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ENSAIOS DINAMOMÉTRICOS
2004
© 2004. SENAI-SP
Ensaios Dinamométricos
Publicação organizada e editorada pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”.
E-mail senaiautomobilistica@sp.senai.br
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 5
DINAMÔMETROS 9
• Finalidade 9
• Dinamômetro de Prony 10
• Dinamômetro hidráulico 14
• Dinamômetro de correntes de Foucault (Parasitas) 15
• Dinamômetro de corrente contínua 15
• Resultados dos ensaios em dinamômetros 16
POTÊNCIA ESPECÍFICA 52
• Aumento da potência específica 52
• Influência de variáveis na potência do motor 53
• Cálculo da pressão média utilizando unidades coerentes 57
UNIDADES DE MEDIDAS 68
• Principais unidades de comprimento 68
• Principais unidades de massa 68
• Principais unidades de velocidade 68
• Principais unidades de força 68
• Principais unidades de pressão 69
• Principais unidades de energia e trabalho 69
• Principais unidades de potência 69
• Principais unidades de velocidade angular 70
• Prefixos do Sistema Internacional 70
INTRODUÇÃO
Esta apostila é destinada ao futuro Técnico de Automobilística e pretende demonstrar
alguns conceitos e características de motores de combustão interna que são utilizados,
principalmente, na área de desenvolvimento de motores e ensaios dinamométricos.
Devido ao grande universo de informações nesta área, não serão mencionados detalhes de
todos os ensaios dinamométricos existentes, sendo dada maior ênfase a aspectos
referentes aos cálculos e resultados que são comumente utilizados na área de
desenvolvimento de motores.
Os itens aqui abordados, de maneira geral, são válidos para os motores ciclo Otto e Diesel,
porém, caso o aluno tenha interesse em aprofundar-se, deve consultar obras especializadas
principalmente quanto aos itens de combustão, combustíveis e gerenciamento eletrônico do
sistema formador de mistura desses motores.
Durante as aulas, serão abordadas algumas situações dos ensaios dinamométricos que não
se encontram nesta apostila. Diante disto, o aluno deve fazer as anotações que, porventura,
forem necessárias.
Este trabalho é dedicado às pessoas mais especiais e importantes na minha vida, as minhas
irmãs Ana e Paloma, a meus pais Jose e Célia que são os principais responsáveis pela
minha formação como homem e profissional e a minha maravilhosa esposa Rita que tanto
me compreende e amo.
Não poderia deixar de agradecer ao colega Fábio Gonçalves que através de suas sugestões
contribuiu na melhoria da qualidade técnica desta apostila.
Desde já também agradeço a todos por críticas, correções e sugestões visando a melhora
desta apostila e por conseqüência disto o crescimento do profissional brasileiro.
Bom Curso!
Junho 2005
Alberto Otero Costoya
Nos motores de combustão interna ciclo Otto ou ciclo Diesel quando ocorre a combustão
surgem forças as quais serão responsáveis pelo desempenho do mesmo. Neste capítulo,
serão apresentadas as forças que atuam quando o motor está em movimento e por
conseqüência a obtenção de torque do motor.
Nos motores de combustão interna, a força devida à combustão, ao ser aplicada na parte
superior do êmbolo, gera uma série de outras forças e reações no pino do êmbolo, na biela,
na árvore de manivelas e nos mancais. Comentaremos aqui uma parcela dessas forças,
demonstradas na ilustração abaixo:
FN
Ft
FB
O êmbolo exerce uma força FG no pino devido à força da combustão Fc. A força FG no
pino é decomposta na força FL lateral (no êmbolo) e na força FB (na biela).
Como a força Fc não é constante, pois varia entre o início e o final da combustão (ou seja
ao longo de um ângulo α da árvore de manivelas), temos que FN e Ft também serão
variáveis (em função do próprio ângulo α).
Com o motor em operação, obtém-se o momento torsor efetivo médio, conjugado efetivo
médio ou simplesmente torque efetivo médio do motor (Tm), devido à multiplicação da
força Ft tangencial na árvore de manivelas pela distância r entre os centros do munhão e do
moente.
OBSERVAÇÃO
A distância r nada mais é do que a metade do curso do êmbolo.
Veremos adiante que a força Fc de combustão é, entre outros itens, função da rotação do
motor e da posição do acelerador (ou carga do motor).
Com isso, pode-se, a partir de agora, deduzir que o torque do motor (Tm) também é
função de rotação e carga de trabalho.
DINAMÔMETROS
FINALIDADE
Neste capítulo inicial, serão apresentados alguns tipos de dinamômetros, seu modo de
funcionamento e utilização.
DINAMÔMETRO DE PRONY
No freio de Prony, um disco de raio r, fixo no eixo de um motor, operando em uma rotação
conhecida, é circundado por uma cinta. Esta cinta gera uma força de atrito fat com o disco.
Ela está conectada a um braço cuja extremidade se apóia sobre a plataforma de uma
balança. O movimento do eixo do motor é restringido pela pressão aplicada pela cinta. Esta,
por sua vez, transmite o esforço ao braço apoiado sobre a balança. A leitura obtida na
balança (que nada mais é que a força F), multiplicada pelo comprimento R do braço, fornece
o torque no eixo. Observe a representação esquemática a seguir:
Regulagem da tensão
da correia fat
(força de atrito fat)
Tm
Distância R
Balança
Força F
Esse dinamômetro funciona sob o princípio que estabelece que, ao se aplicar uma força F
em um braço de comprimento R rigidamente apoiado, surgirá um momento M calculado
como sendo M = F x R , conforme a figura a seguir:
Braço de comprimento R
Apoio
Fixo
Para obter os dados fornecidos pela aplicação do freio de Prony, é preciso saber que:
• Trabalho é definido pela multiplicação da força aplicada em um ponto material pela
distância percorrida pelo mesmo mediante a aplicação da força:
(1) T = F x d
(5) r x fat = F x R
Uma vez tendo-se obtido o torque no eixo do motor (F x R), pode-se calcular a potência do
motor, utilizando unidades coerentes.
Onde:
- F é dado em newton (N) – Representando a força lida na balança
- R é dado em metros (m) – Braço do dinamômetro
- n é dado em rpm (rotações por minuto do motor)
- Tm é dado em newton metro (Nm) – Representando o torque obtido pelo dinamômetro
ATENÇÃO!
1. As expressões acima já fornecem o valor da potência do motor em quilowatts, pois o
valor de 2 x π x F x R x n é dividido por 1000.
2. O torque no eixo do motor (Tm) é dado em Newton x metro (Nm), e é obtido através da
multiplicação F x R.
Onde:
- F é dado em quilograma-força (kgf) – Representando a força lida na balança
- R é dado em metros (m) – Braço do dinamômetro
- n é dado em rpm (rotações por minuto do motor)
- Tm é dado em metro-quilograma-força (mkgf) – Representando o torque obtido pelo
dinamômetro
ATENÇÃO!
1. A expressão acima já fornece o valor em cavalo vapor, pois o valor de 2 x π x F x R x n
é dividido por 4500 (fator de conversão).
2. O torque no eixo do motor (Tm) é dado em metro x quilograma x força (mkgf), e é obtido
através da multiplicação F x R.
OBSERVAÇÕES
• A potência calculada sem a utilização do fator de conversão é obtida na unidade
(mkgf/min). A constante 4500 é resultante da definição de cv, que é a potência
necessária para elevar uma carga de 75 quilogramas à altura de um metro no intervalo
de um segundo, o que corresponde a 75 x 60 = 4500.
cai em virtude de o motor não suportá-la, teremos o início de uma queda contínua até a
parada total do motor.
Por causa disso, essas máquinas foram substituídas por dinamômetros mais versáteis, com
a predominância dos dinamômetros hidráulicos, nos quais a carga aplicada varia em razão
diretamente proporcional ao cubo da rotação. Se a rotação cair, a carga imposta pelo
dinamômetro diminuirá, dando tempo ao operador de reajustar a carga e corrigir a rotação
para o valor desejado.
DINAMÔMETRO HIDRÁULICO
Nos dinamômetros hidráulicos, o freio é exercido pela ação de um rotor que, pressionando
água contra aletas fixas na carcaça, produz o mesmo efeito físico presente no Freio de
Prony. O braço e a balança, embora possam ser empregados neste tipo de equipamento,
foram substituídos por uma célula de carga as quais já fornecem o valor de torque do motor
(Tm).
OUTROS DINAMÔMETROS
A título de informação, lembramos que existem outros tipos de dinamômetros, comentados
resumidamente a seguir.
É constituído por um rotor acionado pelo motor em prova, girando imerso em um campo
magnético. A intensidade do campo é controlada através de uma bobina alimentada por
corrente contínua, podendo-se, assim, variar a carga aplicada. Em um circuito de
arrefecimento, a água dissipa o calor gerado pelas correntes parasitas.
Como nos demais dinamômetros, o esforço que tende a transmitir movimento à carcaça é
medido, e então podem-se conhecer os valores de potência e torque.
Esse dinamômetro tem a vantagem de poder ser utilizado como motor elétrico para medição
da potência de atrito do motor que está sendo testado; pode-se também, com ele, simular as
condições de freio motor.
OBSERVAÇÃO
Lembre-se de que os detalhes técnicos de cada dinamômetro devem ser pesquisados,
sempre, em consulta a catálogos do próprio fabricante.
Outro fator que influi no resultado é o ponto do motor onde é feita a medição: se na câmara
de combustão ou no eixo do motor.
Assim, quando são efetuados os ensaios, deve-se levar em conta os seguintes conceitos:
• Valores observados: valores obtidos nas condições de temperatura, pressão e
umidade no instante do ensaio.
• Valores efetivos: valores obtidos no eixo do motor, ou seja, são considerados os atritos
internos e externos devido à movimentação dos componentes do motor.
Com a associação dos valores listados acima aos conceitos de torque e potência,
obtém-se uma nomenclatura dos resultados obtidos nos ensaios dinamométricos.
Isto é, quando são realizados esses ensaios, é possível obter valores referentes a:
• Torque efetivo observado líquido: é o torque obtido no eixo do motor com todos os
seus periféricos e consumidores acoplados nas condições de temperatura, pressão e
umidade no instante do ensaio.
• Torque efetivo observado bruto: é o torque obtido com o motor operando sem
escapamento, ventilador e filtro de ar (opcionalmente) nas condições de temperatura,
pressão e umidade no instante do ensaio. Geralmente, dependendo da rotação de
trabalho do motor, o torque efetivo bruto fornece valores maiores quando comparado ao
torque efetivo líquido.
• Torque efetivo reduzido líquido: é o torque obtido no eixo do motor com todos os seus
periféricos e consumidores acoplados nas condições de temperatura, pressão e umidade
corrigidas conforme a norma NBR ISO1585.
• Torque efetivo reduzido bruto: é o torque obtido com o motor operando sem
escapamento, ventilador e filtro de ar (opcionalmente) nas condições de temperatura,
pressão e umidade, corrigidas conforme a norma NBR ISO1585.
• Potência efetiva observada líquida: é a potência obtida no eixo do motor com todos os
seus periféricos e consumidores acoplados nas condições de temperatura, pressão e
umidade no instante do ensaio.
• Potência efetiva observada bruta: é a potência obtida com o motor operando sem
escapamento, ventilador e filtro de ar (opcionalmente) nas condições de temperatura,
pressão e umidade no instante do ensaio. Comumente a potência efetiva bruta fornece
valores maiores quando comparada à potência efetiva líquida.
• Potência efetiva reduzida líquida: é a potência obtida no eixo do motor com todos os
seus periféricos e consumidores acoplados nas condições de temperatura, pressão e
umidade, corrigidas conforme a norma NBR ISO1585.
• Potência efetiva reduzida bruta: é a potência obtida com o motor operando sem
escapamento, ventilador e filtro de ar (opcionalmente) nas condições de temperatura,
pressão e umidade corrigidas, conforme a norma NBR ISO1585.
Para estudar as características dos motores, é necessário conhecer alguns conceitos que
descrevem a qualidade dos motores. São elas:
• Rendimento térmico;
• Rendimento mecânico;
• Rendimento global;
• Rendimento volumétrico;
• Cilindrada total do motor;
• Taxa de compressão teórica ou volumétrica;
• Taxa de compressão real ou dinâmica;
• Velocidade e aceleração do êmbolo.
O rendimento térmico é a relação entre a potência indicada (ou seja, obtida na câmara de
combustão) e o fluxo de calor (ou energia) fornecido pelo combustível. Vejamos por quê.
Onde:
.
- Q é o calor fornecido pelo combustível por unidade de tempo ou fluxo de calor ( kcal/s;
kcal/h; kW etc.).
.
- mc é o consumo ou o fluxo em massa do combustível (kg/s; kg/h etc.)
- pci é o poder calorífico inferior do combustível (kcal/kg etc.).
.
A energia Q disponível pelo combustível não é totalmente aproveitada na transformação da
potência e do torque do motor devido às perdas que ocorrem nas trocas de calor com o
fluido de arrefecimento e o ambiente externo; além disso, em algumas situações, a
combustão não é completa.
Diante desses fatos, pode-se definir o rendimento térmico como sendo a relação entre a
potência indicada (ou seja, obtida na câmara de combustão) e o fluxo de energia
(ou calor) fornecido pelo combustível.
Onde:
- ηt é o rendimento térmico (adimensional)
- Ni é a potência indicada (kcal/s; kcal/h; kW; cv etc.).
.
- Q é o calor fornecido pelo combustível por unidade de tempo ou fluxo de calor (kcal/s;
kcal/h; J/s; kW etc.)
Onde:
- ηm é o rendimento mecânico (adimensional)
- Ni é a potência indicada (kcal/s; kcal/h; kW; cv etc.).
- Ne é a potência efetiva (kcal/s; kcal/h; kW; cv etc.).
Ou, ainda,
(13) ηg = ηt x ηm
Onde:
- ηg é o rendimento global (adimensional)
- ηt é o rendimento térmico (adimensional)
- ηm é o rendimento mecânico (adimensional)
- Ne é a potência efetiva (kcal/s; kcal/h; kW; cv etc.).
.
- Q é a energia fornecida pelo combustível por unidade de tempo ou fluxo de calor (kcal/s;
kcal/h; J/s; kW etc.).
Q (calor fornecido)
ηt
ηg
ηm
Ni (potência indicada)
(15) Ne = Ni – Na
(16) Na = Ni – Ne
RENDIMENTO VOLUMÉTRICO
Tc, mac,
Pc, ρc
.
(17) mac
ηv = .
mae
Onde:
• ηv é o rendimento volumétrico (adimensional)
.
• mac é o fluxo em massa de ar no cilindro do motor, ou seja, o fluxo de ar efetivamente
admitido (kg/h; kg/s etc.)
.
• mae é o fluxo em massa de ar na entrada do motor (kg/h; kg/s etc.).
• Tc é a temperatura do ar dentro do cilindro na fase de admissão (K)
• Te é a temperatura do ar na entrada do motor (K)
• Pe é a pressão do gás na entrada do motor (kgf/cm² ;bar etc.).
• Pc é a pressão do gás no cilindro do motor na fase de admissão (kgf/cm² ;bar etc.).
• ρe é a densidade do ar na entrada do motor (kg/dm³; g/cm³ etc.).
• ρc é a densidade do ar no cilindro do motor na fase de admissão (kg/dm³; g/cm³ etc.).
(18) P x V = m x R x T
Onde:
• P é a pressão do gás (kgf/cm² ;bar; etc.).
• V é o volume específico do gás (dm³; cm³; etc.).
• m é a massa do gás (kg; g; etc.).
• R é a constante universal do ar (29,3kgfm/kgK ou 8,31 J/molK ou 0,082 atml /molK)
• T é a temperatura do gás (K)
Também sabemos que a densidade equivale à relação entre a massa e o volume, ou seja:
m
(19) ρ= ou
v
(20) ρ x v = m
Onde:
• ρ é a densidade do gás (kg/dm³; g/cm³; etc.).
• v é o volume do gás (dm³; cm³; etc.).
• m é a massa do gás (kg; g; etc.).
Fazendo ρ x v em P x v = m x R x T , teremos :
Pxv=ρxv x R x T
Resultando em:
P
21) =R×T
ρ
P
22) ρ=
RT
Lembremos que, durante a fase de admissão, o ar entra nos cilindros devido à diferença de
pressão entre a região da entrada e a câmara de combustão. Além disso, o ar sofre um
aumento de temperatura.
Ou seja:
Tc > Te
Pc < Pe
P
Considerando o que já foi dito e a expressão (22) ρ = , teremos que a densidade do ar
RT
na câmara de combustão é menor que a densidade do ar na entrada do motor, ou seja:
ρc < ρe
Onde:
• ρc é a densidade do ar na câmara de combustão (kg/dm³; g/cm³ etc.).
• ρe é a densidade do ar na entrada do motor (kg/dm³; g/cm³ etc.).
Com isso, verificamos que o “enchimento do motor” dá-se com o ar mais rarefeito em
relação ao ar na entrada.
Onde:
.
• mae = é o fluxo em massa de ar na entrada do motor (kg/s; kg/h etc.).
.
• mac = é o fluxo em massa de ar no cilindro (kg/s; kg/h etc.).
• ρe é a densidade do ar na entrada o motor (kg/dm³; g/cm³ etc.).
• Ct é a cilindrada do motor (dm³; cm³; etc.).
• n é a rotação do motor (rpm; rps etc.).
• ηv é o rendimento volumétrico do motor (adimensional)
No caso dos motores Diesel, o turbo alimentador tem a finalidade de elevar acima da
pressão atmosférica a pressão do ar no coletor de admissão. Isso torna possível depositar
maior massa de ar no mesmo volume; conseqüentemente, a quantidade de combustível é
aumentada, resultando em mais potência para o motor.
finalidade de reduzir a temperatura do ar, contribuindo para aumentar, ainda mais, a massa
de ar no interior dos cilindros.
A tendência, para o futuro, é que todos os motores Diesel sejam turbo-alimentados. Nos
motores turbo-alimentados, o rendimento volumétrico pode chegar a ser maior que 100%.
A cilindrada é definida como sendo a soma dos volumes dos cilindros do motor, sendo este
volume caracterizado pelo diâmetro do êmbolo e pelo espaço que ele percorre entre o PMS
(ponto morto superior) e PMI (ponto morto inferior), ou seja, o curso do êmbolo.
π × D 2 × h × nc
(25) Ct =
4
Onde:
• Ct é a cilindrada total do motor (dm³; cm³; l etc.)
• π é a constante 3,1416
• D é o diâmetro do êmbolo (mm; cm etc.).
• h é o curso do êmbolo (cm; mm etc.).
• nc é o número de cilindros do motor
OBSERVAÇÕES
1. O curso do êmbolo não leva em consideração o volume da câmara de combustão.
2. Câmara de combustão é a região onde a mistura ar-combustível é comprimida. O
volume da câmara de combustão é definido como sendo o volume entre a parte superior
do êmbolo (quando este encontra-se no PMS) e a superfície do cabeçote.
Quando o êmbolo encontra-se no PMI, o volume ocupado pelos gases é caracterizado pela
soma do volume referente à cilindrada unitária e o volume da câmara de combustão.
Assim sendo, o significado de um motor ter taxa de compressão (ou relação de compressão)
de 10,0:1 é que, entre o início da fase de compressão (êmbolo no PMI) e final da fase de
compressão (êmbolo no PMS), o volume da mistura será reduzido em 10 vezes;
conseqüentemente, a pressão aumentará em 10 vezes em relação às condições iniciais.
Vi Pf
=
Vf Pi
Onde:
• Vi é o volume inicial da massa gasosa
• Vf é o volume final da massa gasosa
• Pi é a pressão inicial da massa gasosa
• Pf é a pressão final da massa gasosa
Vc + Cu Pf
(26) = = Tct
Vc Pi
Onde:
• Vc é o volume total da câmara de combustão (dm³; cm³; l etc.).
• Cu é a cilindrada unitária (dm³; cm³; l etc.).
• Tct é a taxa de compressão teórica (adimensional)
Vc + Cu Pf
(26) = = Tct
Vc Pi
(Vc + Cu) x Pi
(27) = Tct x Pi = Pf
Vc
Vc + Cu Tfabs
(28) Tcr = ×
Vc Tiabs
Tfabs
(29) Tcr = Tct x
Tiabs
Onde:
• Vc é o volume da câmara de combustão (dm³; cm³; l etc.).
• Cu é a cilindrada unitária (dm³; cm³; l etc.).
• Tct é a taxa de compressão teórica (adimensional)
• Pi é a pressão inicial (bar; kgf/cm² etc.).
• Pf é a pressão final (bar; kgf/cm² etc.).
• Pfd é a pressão final dinâmica (bar; kgf/cm² etc.).
• Tcr é a taxa de compressão real (adimensional)
• Tiabs é a temperatura inicial absoluta (K)
• Tfabs é a temperatura final absoluta (K)
Resolução
Para verificar a taxa de compressão teórica do motor, calcula-se inicialmente:
• A cilindrada unitária;
• O volume da junta do cabeçote;
• O volume da câmara de combustão (volume da junta do cabeçote + volume da face
superior do êmbolo + volume da câmara no cabeçote).
π × 812 × 85 × 1
Cu = = 437782 mm 3 ou 437,78 cm3
4
π × 812 × 2,0
Volume da junta = = 10300 mm 3 ou 10,3 cm 3
4
De posse desses valores, pode-se calcular a taxa de compressão teórica como sendo:
Resolução
Para determinar a taxa de compressão dinâmica do motor, é necessário, primeiramente,
converter os valores das temperaturas inicial e final de compressão para valores absolutos
(ou seja converter graus Celsius para Kelvin):
Tfabs
Tcr = Tct x
Tiabs
463
Tcr = 9,97 x = 14,89 : 1
310
É preciso lembrar, inicialmente, que uma rotação do motor equivale ao movimento de subida
e descida do êmbolo, ou seja, o curso do êmbolo multiplicado por 2.
h×2×n
31) Vme = ou 31a) Vme = 0,033 x h x n
60
Onde:
• Vme é a velocidade média do êmbolo (m/s; mm/s etc.).
• h é o curso do êmbolo (m; mm etc.).
• n é a rotação do motor (rpm)
• 2 é uma constante, porque o espaço percorrido pelo êmbolo é considerado quando da
sua subida e descida em uma rotação do motor.
• 60 é uma constante relativa à conversão de rotações por minuto do motor para rotações
por segundo.
Resolução
De posse dos valores do curso do êmbolo (fornecidos anteriormente) e da rotação do motor,
pode-se calcular a velocidade média como sendo:
85 × 2 × 6000
Vme = = 17000 mm/s = 17,0 m/s
60
PMS
r+l
lcosβ
l
α r rcosα
r
Denominando ∆ como sendo a relação entre r e l, ou seja, ∆ = , a determinação da
l
velocidade instantânea do êmbolo a partir do PMS será dada por:
∆
(33) Vins = ϖ × r × (senα + × sen2α )
2
∆3
(34) Ains = ϖ 2 × r × (cosα + ∆ cos2a - - cos4α + 0,703 x ∆ 5 cos6α)
4
Onde:
• Xins é a posição instantânea do êmbolo (m; cm; mm etc.)
• Vins é a velocidade instantânea do êmbolo (m/s; mm/s etc.).
• Ains é a aceleração instantânea do êmbolo (m/s²; mm/s² etc.).
• ϖ é a velocidade angular (rad/s).
OBSERVAÇÃO
As expressões anteriores são simplificadas e são válidas para relações r/l menores que
0,33. Recomenda-se que seja consultada literatura especializada, caso se queira aprofundar
nos métodos para obtenção das expressões.
Como sabemos, nos motores a álcool ou gasolina, a produção de movimento começa pela
queima de combustível na câmara de combustão. O desempenho do motor depende
fundamentalmente da maneira como essa queima se processa, ou seja, se todo o
combustível utilizado se transforma realmente em trabalho.
RELAÇÃO AR-COMBUSTÍVEL
A ma
real =
F mc
Onde:
A
(35) real = relação ar - combustível real do motor
F
RELAÇÃO COMBUSTÍVEL-AR
F mc
(36) real =
A ma
Onde:
F
(37) real = relação combustível − ar real do motor
A
A relação Lambda (λ) é a relação entre as relações ar-combustível reais e as relações ar-
combustível ideais ou estequiométricas, ou seja:
A/F real
(38) Lambda (λ ) =
A/F ideal
Onde:
• Lambda (λ) é a fração relativa Ar-Combustível (adimensional)
OBSERVAÇÃO
Quando λ = 1,000 a mistura denomina-se estequiométrica.
Quando λ > 1,000 a mistura denomina-se pobre.
Quando λ < 1,000 a mistura denomina-se rica.
OBSERVAÇÕES
• Para a gasolina brasileira, que contém álcool em sua composição, a relação
estequiométrica em peso vale aproximadamente 13,3:1 (gasolina com 22% de álcool
anidro comumente denominada E22% ou B22%). Isso significa que são necessárias
13,3 partes de ar para cada parte de combustível.
• Para o álcool hidratado, a relação estequiométrica em peso vale aproximadamente 8,4:1,
ou seja, seriam necessárias 8,4 partes de ar para cada parte de combustível.
• Para o álcool anidro, a relação estequiométrica em peso vale aproximadamente 9:1.
Assim, são necessárias 9 partes de ar para cada parte de combustível.
OBSERVAÇÃO
No caso do álcool hidratado verifica-se que a água presente não participa da combustão,
devido a isto dependendo do estudo que está sendo efetuado considera-se a relação
estequiométrica do álcool hidratado igual a 9:1
O poder calorífico pode ser classificado em poder calorífico superior ou poder calorífico
inferior.
Tem-se o poder calorífico superior (PCS) quando a água proveniente da combustão é obtida
na forma líquida.
O poder calorífico inferior (PCI) é obtido quando a água proveniente da combustão é obtida
na forma de vapor.
O poder calorífico utilizado nos cálculos de calor em motores de combustão interna deve ser
o inferior (PCI).
Carbono (C) e hidrogênio (H) são os elementos que mais contribuem para o poder calorífico
dos combustíveis. O oxigênio (O) está geralmente presente em combustíveis vegetais
(como o álcool) e sua presença diminui o poder calorífico além das exigências teóricas (ou
estequiométricas) de ar na combustão, conforme descrito no item anterior.
Diante dessas duas observações, é possível entender algumas das razões da diferença de
consumo entre motores álcool e gasolina. Como curiosidade, observe a tabela a seguir:
ÁLCOOL ETÍLICO
GASOLINA COM
GASOLINA PURA – HIDRATADO
TIPO DE COMBUSTÍVEL 22% ÁLCOOL ANIDRO –
E0% (EUROPA) COMBUSTÍVEL- E100%
E22% (BRASIL)
(AEHC)
FÓRMULA QUÍMICA
0,956C2H5OH +
(CORRELACIONANDO OS VOLUMES C8H18(ISOOCTANA) 0,78C8H17 + 0,22C2H5OH
DAS MISTURAS ENVOLVIDAS) 0,014H2O + 0,03C8H17
OBSERVAÇÕES
• Os dados da tabela podem sofrer pequenas alterações dependendo do combustível utilizado.
• O álcool combustível utilizado no Brasil pode ser acrescido de até 3% de gasolina.
• O álcool hidratado possui 6,4% de água em sua composição.
VOLATILIDADE
Por se tratar de substância “pura”, o álcool tem seu ponto de ebulição em torno de 79°C a
pressão de 1 bar.
Por ser menos volátil, o álcool tem maior dificuldade de combustão, dificuldade esta
aumentada devido à maior massa utilizada. Em função do baixo poder calorífico do álcool,
torna-se necessário o aumento da massa de combustível para obter a mesma energia
(quando comparado com a gasolina).
Nos motores de ignição por faísca (sem injeção direta), ocorre a alimentação de uma
mistura ar-combustível durante a fase de admissão. Durante a fase de compressão, ocorre a
faísca proveniente dos eletrodos da vela provocando, com isto, o início de reações de
oxidação do combustível. Tais reações, por sua vez, geram a propagação da chama na
câmara de combustão.
RETARDAMENTO DA COMBUSTÃO
Esse “atraso” implica a necessidade de que a faísca ocorra antes do êmbolo estar no PMS,
pois, para que sejam obtidos os melhores resultados de potência, é desejável que a máxima
pressão provocada pela combustão ocorra quando o êmbolo encontra-se ainda muito
próximo do PMS.
A velocidade da combustão pode ser obtida através da tangente do ângulo formado pela
inclinação da curva de variação de pressão em função do ângulo da árvore de manivelas.
Ou seja, a velocidade da chama pode ser obtida através de dp/dα.
Pressão na
câmara de
combustão (p)
Trabalho
gerado > 0
Avanço de
PMS ignição (α)
Avanço de
PMS ignição (α)
Variação de pressão devido à
compressão
OBSERVAÇÕES
• A região 1 indica a ocorrência de trabalho negativo. Este se deve ao início da elevação
da pressão, uma vez que a faísca inicia-se muito antes do PMS.
• A região 2 indica a ocorrência de trabalho positivo.
Pressão na
câmara de
combustão (p)
Avanço de
PMS ignição (α)
Variação de pressão devido à
compressão
Nos motores ciclo Otto, após o fornecimento da faísca, ocorre o avanço da chama a partir
da vela. Nesse momento, a mistura ainda não queimada é comprimida pela fase queimada,
sofrendo com isso um aquecimento.
Esse aquecimento pode ser suficiente para que ocorra a auto-ignição do combustível
(ignição espontânea), provocando um aumento brusco de pressão e a propagação de
ondas de choque. Essas ondas geram um ruído metálico com freqüências superiores a
5kHz (normalmente na faixa de 7kHz a 15kHz).
Os principais fatores que geram a detonação nos motores ciclo Otto são os seguintes:
• Temperatura elevada do ar de admissão ou da mistura na câmara;
• Temperatura elevada do líquido de arrefecimento;
• Temperatura elevada do óleo lubrificante;
• Aumento da pressão do ar de admissão;
• Ignição adiantada;
• Baixa turbulência da mistura;
• Aumento da carga do motor;
• “Empobrecimento” da mistura;
• Elevadas taxas de compressão;
• Baixo índice de octanas do combustível.
ÍNDICE DE OCTANAS
Existem alguns padrões de ensaio com motor CFR de referência para determinação do
número de octanas; tais padrões, devido às diferenças que apresentam de operação do
motor, fornecem resultados próprios.
Segue abaixo uma tabela comparativa de algumas condições padrão de ensaio do índice de
octanas pelos padrões RON e MON:
OBSERVAÇÃO
Em alguns países é comum definir-se o índice de octanas através da média aritmética entre
o padrão MON e o padrão RON, ou seja, o índice antidetonante (IAD) do combustível é
calculado como sendo (MON + RON) / 2, o IAD (índice antidetonante) também é chamado
de AKI (antiknock index).
Para a gasolina brasileira com 22% de álcool anidro, o número de octanas é especificado
como mínimo 82MON o qual equivale a aproximadamente 92RON.
A determinação do índice de octanas do álcool (maior que 100) é verificada com a adição de
chumbo tetraetila (que é agente antidetonante) no combustível isooctana pura, efetuando-se
o seguinte cálculo:
107T
1 + 2,78T + 1 + 5,57T − 0,505T 2
OBSERVAÇÃO
Esse cálculo é válido somente quando o número de octanas for maior que 100.
Por exemplo: a cadeia a seguir tem sete átomos de carbono alinhados em uma seqüência
direta ou parafinas normais denominada de heptana normal.
HHHHH HH
HC-C-C-C-C-C-CH
HHHHH HH
Já a cadeia abaixo tem quatro átomos de carbono em uma estrutura em anel (nafteno):
H H
HC CH
HC CH
H H
• Com isso, são levantados os requisitos de ignição do motor conforme o exemplo abaixo:
Requisito de Ignição
LDI
MBT
30
Torque [Nm]
25
20
15
0 5 10 15 20
º APMS
A partir de um determinado ponto, verifica-se que ocorre um patamar nos valores de torque,
mesmo quando o avanço de ignição é aumentado.
Após o patamar ser atingido, ocorre uma queda progressiva do torque, iniciada devido ao
excesso de avanço, pois isso gera trabalho antes do PMS. Em virtude disso, há perda de
performance, conforme mostrado no exemplo da ignição adiantada.
No gráfico também é possível verificar os pontos denominados como MBT e LDI. Esses
pontos correspondem respectivamente ao menor avanço para o maior torque fornecido e
ao ponto onde se inicia o processo da detonação.
Acima desse ponto, além de não haver ganho de torque, pode-se ter vibrações indesejáveis,
aumento das emissões de NOx e até mesmo detonação, dependendo do valor aplicado.
Após ser levantado este ponto, prossegue-se com o levantamento de outros tantos em
outras cargas e rotações efetuando-se, com isso, o mapeamento geral do motor.
Esta última situação é indesejável, porém muitas vezes obtida nos motores atuais, pois
implica em limitações da performance do motor.
Por causa disso, podem ocorrer modificações no projeto de maneira a elevar o LDI para
valores acima do MBT ou até mesmo para valores próximos, de maneira que o
compromisso entre as várias situações de funcionamento do motor ainda seja compensador.
P (bar)
20
10
Avanço de
ignição
30º 20º 12º
PMS 10º 20º
Assim, tem-se:
8×1 8
X= = = 0,6 ms
12000 12000
Diferentemente dos motores ciclo Otto, a ignição do combustível nos motores Diesel ocorre
devido à auto-ignição, quando do contato do combustível injetado com o ar aquecido pela
compressão provocada pelo êmbolo.
Os principais fatores que geram a detonação nos motores ciclo Diesel são similares aos do
ciclo Otto. Porém, nos motores que operam com combustível Diesel, a expressão índice de
octanas deve ser substituída por índice de cetanas.
Podem ser utilizados, também, o heptametilnonano, que tem índice de cetanas igual a 15,
obtendo-se, quando da mistura com a cetana, o índice de cetanas interpolado; e o óleo
Diesel brasileiro, que tem especificação de índice de cetanas mínimo de 45.
.
mc
(39) Ce =
Neo
.
mc
(40) Ce = .
mc× pci × ηt × ηm
Ou ainda:
1
(41) Ce =
pci × ηg
Onde:
• Ce é o consumo específico (g/kWh ou g/cvh etc.);
.
• mc é o consumo ou fluxo em massa de combustível (kg/h; kg/s etc.);
• Neo é a potência efetiva observada do motor (kW; cv etc.);
• pci é o poder calorífico inferior do combustível (kcal/kg etc.);
• ηg é o rendimento global (adimensional);
• ηt é o rendimento térmico (adimensional);
• ηm é o rendimento mecânico (adimensional).
vv × ρc
(42) VFC =
CexNeo
ou
vv × ρc
(43) VFC = .
mc
Sendo:
VFC = Consumo do Veículo em km/l (Vehicle Fuel Consumption)
vv = Velocidade do veículo em km/h
ρc = densidade do combustível utilizado em g/l
Ce = Consumo Específico em g/cvh ou g/kWh
Neo = Potência Efetiva Observada do Motor em cv ou kW
.
mc = Consumo ou fluxo em massa ou consumo mássico de combustível (g/h)
OBSERVAÇÃO
Como já visto anteriormente na disciplina de TAB a potência efetiva observada para manter
o veículo em determinada condição de velocidade será função de variáveis tais como:
Características do piso, tipo de pneu, relação de transmissão, rendimento da transmissão,
inclinação da pista, massa do veículo, coeficiente de penetração aerodinâmica, área frontal
da carroceria, densidade do ar, velocidade do vento, etc.
POTÊNCIA ESPECÍFICA
A potência específica que, como já vimos acima, é a relação entre a potência efetiva
reduzida líquida e a cilindrada do motor, pode ser representada matematicamente por meio
da seguinte expressão:
Ner
(44) Pe =
Ct
Onde:
• Pe é a potência específica do motor (kW/l; cv/l etc.)
• Ner é a potência efetiva reduzida líquida do motor (kW; cv etc.).
• Ct é a cilindrada total do motor (cm³; l etc.).
Visando tal resultado, pode-se otimizar a performance dos motores através dos exemplos a
seguir:
• Adoção de maior número de válvulas, modificação de coletores de admissão, adoção de
turbo-compressores – tais procedimentos resultarão em melhorias no rendimento
volumétrico;
Estes conceitos, como vimos, podem ser representados matematicamente por uma série de
expressões. Além da sua própria importância isolada, essas expressões podem, quando
agrupadas, estabelecer a potência do motor como função.
. .
Q = mc xpci
Ni
ηt = .
Q
Ne
ηm =
Ni
Ne
ηg = .
Q
ηg = ηt x ηm
Ni = Ne + Na
π × D 2 × h × nc
Ct =
4
F mc
real =
A ma
A/F real
Lambda (λ ) =
A/F ideal
mac
ηv =
mae
. ρe × Ct × n
mae =
2
. ρe × Ct × n
mac = × ηv
2
Teremos:
. F
(45) Ne = mae × × pci × η t x η m × η v
A
Ou ainda:
pe × Ct × n F
(46) Ne = × × pci × η t × η m × η v
i A
. F
(47) Ne = mac × × pci × η t × η m
A
Onde:
• Ne é a potência efetiva do motor (kW; cv etc.).
• mae é o fluxo em massa de ar na entrada do motor (kg/h; kg/s etc.).
• F/A é a relação combustível-ar do motor (adimensional)
• pci é o poder calorífico inferior do combustível (kcal/kg; MJ/kg etc.).
• ηt é o rendimento térmico do motor (adimensional)
• ηm é o rendimento mecânico do motor (adimensional)
• ηv é o rendimento volumétrico do motor (adimensional)
• ρe é a densidade do ar na entrada do motor
• Ct é a cilindrada total do motor (cm³; l, etc.).
• n é a rotação do motor (rpm)
• i é o índice definido em função do tempo do motor: i =1 para motores 2 tempos ; i = 2
para motores 4 tempos
• mac é o fluxo em massa de ar no cilindro (kg/h; kg/s etc.).
Agora, verifique através das equações do que depende a potência no eixo de um motor!
i × Ni
(48) Pmi =
Ct × n
Onde:
• Pmi é a pressão média indicada (bar; kgf/cm² etc.).
• i é o índice definido em função do tempo do motor: i =1 para motores 2 tempos ; i = 2
para motores 4 tempos
• Ni é a potência indicada do motor (kW; cv etc.).
• Ct é a cilindrada total do motor (cm³; dm³ etc.).
• n é a rotação do motor (rpm)
A potência também não é um bom elemento para permitir a comparação de motores, pois
depende, não somente das dimensões, mas também da velocidade de rotação. Por isso, em
um projeto, tem-se sempre em mente construir o motor de pressão média efetiva elevada,
levando logicamente em conta os limites quanto aos esforços térmicos e mecânicos
envolvidos.
i × Ne
(49) Pme =
Ct × n
Onde:
• Pme é a pressão média efetiva (bar; kgf/cm² etc.).
• i é o índice definido em função do tempo do motor: i =1 para motores 2 tempos; i = 2
para motores 4 tempos.
• Ne é a potência efetiva do motor (kW; cv etc.).
• Ct é a cilindrada total do motor (cm³; dm³ etc.).
• n é a rotação do motor por minuto (rpm)
i × Na
(50) Pma =
Ct × n
Onde:
• Pma é a pressão média de atrito (bar; kgf/cm² etc.).
• i é o índice definido em função do tempo do motor: i =1 para motores 2 tempos ; i = 2
para motores 4 tempos
• Na é a potência de atrito do motor (kW; cv etc.).
• Ct é a cilindrada total do motor (cm³; dm³ etc.).
• n é a rotação do motor (rpm)
Verifique que, da mesma maneira que para as potências, podemos definir as seguintes
relações entre as pressões:
N N
(54) Pm = 1200 × (55) Pm = 600 ×
Ct × n Ct × n
N N
(56) Pm = 833 × (57) Pm = 441 ×
Ct × n Ct × n
Tm Tm
(58) Pm = 0,1257 × (59) Pm = 0,0628 ×
Ct Ct
Como vimos anteriormente nas equações referentes à potência do motor, esta é função de
uma série de variáveis como a pressão, a temperatura e a umidade do local onde o motor
está sendo ensaiado. Por exemplo, se um motor estiver trabalhando em local de baixa
pressão barométrica, a potência observada será menor devido à diminuição da massa de ar
disponível nos cilindros. Da mesma forma, temperaturas elevadas fazem com que a massa
de ar admitida diminua.
Devido a fatores como esses, torna-se necessária a normalização dos ensaios e a correção
da potência observada para condições denominadas condições padrão de referência.
O fator de redução α é o número que deverá ser multiplicado pela potência efetiva
observada no ensaio, gerando com isto a potência efetiva reduzida (ou corrigida). O fator α
leva em conta as condições atmosféricas de referência.
Dados a potência efetiva observada no instante do ensaio e o fator α (ou αc) podemos
calcular a potência efetiva reduzida como sendo:
Onde:
• Ner é a potência efetiva reduzida (kW; cv)
• α é o fator de redução da potência para motores de ignição por centelha ou αc para
motores de ignição por compressão (adimensional)
• Neo é a potência efetiva observada (kW; cv).
Mesmo estabelecendo o fator de redução, a norma define limites dentro dos quais os
motores possam ser ensaiados. Estes limites são:
Para motores ciclo Otto, o fator de redução α ou αc deve ser calculado de acordo com a
seguinte equação:
1,2 0,6
⎛ 99 ⎞ ⎛ 273 + te ⎞
α = ⎜⎜ ⎟⎟ x⎜ ⎟
⎝ pas ⎠ ⎝ 298 ⎠
Onde:
• pas - pressão do ar seco na entrada do motor, no local onde é efetuado o ensaio (kPa).
• te - temperatura do ar na entrada do motor (ºC)
• patm - pressão atmosférica no local do ensaio (kPa)
• tbu - temperatura de bulbo úmido no local do ensaio (ºC)
• tbs - temperatura de bulbo seco no local do ensaio (ºC).
Caso seja observado valor diferenciado, isso deve ser anotado no relatório de ensaio.
Para motores Diesel, o fator de redução α ou αc deve ser calculado de acordo com a
seguinte equação:
αc = fa fm
Onde:
• fa é o fator atmosférico dependente do local de ensaio
• fm é o fator do motor que é dependente da quantidade de combustível injetado
O fator fa é dependente do tipo de aspiração do motor Diesel. Assim, para motores Diesel
de aspiração natural, o fator deverá ser calculado como:
0,7
⎛ 99 ⎞ ⎛ 273 + te ⎞
fa = ⎜⎜ ⎟⎟ x⎜ ⎟
⎝ pas ⎠ ⎝ 298 ⎠
0,7 1,2
⎛ 99 ⎞ ⎛ 273 + te ⎞
fa = ⎜⎜ ⎟⎟ x⎜ ⎟
⎝ pas ⎠ ⎝ 298 ⎠
0,7 0,7
⎛ 99 ⎞ ⎛ 273 + te ⎞
fa = ⎜⎜ ⎟⎟ x⎜ ⎟
⎝ pas ⎠ ⎝ 298 ⎠
FATOR FM
Dentro dos limites estabelecidos para αc, o fator do motor (fm) é uma função do parâmetro
da vazão corrigida do combustível qc, sendo:
Fm = 0,036qc – 1,14
Onde:
q
qc =
r
q=
(Z ) × (vazão de combustível em g/s)
(deslocamento em l) × (rotação do motor por minuto)
Onde:
• Z corresponde a 120.000 para motores Diesel 4 tempos e a 60.000 para motores Diesel
2 tempos
• r é a relação da pressão estática absoluta na saída do sobre-alimentador ou pós-
arrefecedor do ar, quando utilizado, e da pressão ambiente (r = 1 para motores de
aspiração natural).
A equação para o fator do motor (fm) é válida somente para um valor de qc dentro do
intervalo de 37,2 mg/lciclo e 65 mg/lciclo. Valores fora deste intervalo devem ser
consultados na norma.
1 ,4
1 ,2
1
0 ,8
fm
0 ,6
0 ,4
0 ,2
0
0 20 40 60 80
qc
Alguns dos conceitos dos motores de combustão interna, apresentadas anteriormente, não
são constantes. Isto quer dizer que elas variam em função das condições da carga e da
rotação do motor e, conseqüentemente, dos seus rendimentos.
Na tabela a seguir, observe que foram especificados, para a construção das curvas, as
seguintes variáveis:
• A carga de operação do motor: os valores máximos referem-se à plena carga.
• A rotação de operação em que foi obtido o valor máximo.
• Os valores obtidos (para torque e potência) nessas respectivas rotação e carga.
Performance do Motor
160 70,0
140
60,0
120
50,0
100
40,0
Potência [kW]
Torque [Nm]
80
30,0
60
20,0
40
10,0
20
0 0,0
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
00
10
14
18
22
26
30
34
38
42
46
50
54
58
62
rotação do motor
UNIDADES DE MEDIDAS
18
exa E 10
15
peta P 10
12
tera T 10
9
giga G 10
6
mega M 10
3
quilo k 10
2
hecto h 10
deca da 10
-1
deci d 10
-2
centi c 10
-3
mili m 10
-6
micro µ 10
-9
nano n 10
-12
pico p 10
-15
femto f 10
-18
atto a 10
OBSERVAÇÕES
As unidades acima são as mais utilizadas em nosso curso. Para outras conversões devem
ser utilizadas tabelas mais completas. Os prefixos da tabela representam estritamente
potências de 10. Não devem ser utilizados para exprimir múltiplos de 2. Por exemplo, um
kilobit representa 1024 bits e não 1000 bits.
ATENÇÃO!
Todos os cálculos devem ser anexados a esta folha.
As respostas dos exercícios deverão ser colocadas na tabela de respostas, ao fim desta
sessão. Entregue as questões respondidas juntamente com esta folha.
NOTA :...............
c) Baseado nas informações acima, é possível afirmar que o torque que foi calculado
na questão é:
1) ( ) Torque Observado Indicado.
2) ( ) Torque Observado Efetivo.
3) ( ) Torque Reduzido Efetivo.
4) ( ) Torque Reduzido Indicado.
5) ( ) Torque Observado Reduzido
20. Um motor foi ensaiado em um dinamômetro com braço de comprimento igual a 2m.
Foram obtidos os seguintes resultados no eixo do motor:
- Potência Observada do Motor: 82 kW
- Rotação do Motor: 5750 rpm
21. Um motor de combustão interna operando em plena carga, ciclo Otto, 4 tempos, 4
cilindros e aspiração natural foi ensaiado em um dinamômetro localizado a uma altitude
de 600 metros acima do nível do mar.
O relatório de ensaio forneceu os seguintes dados:
- Potência Máxima Efetiva Observada Líquida: 69 kW a 5500 rpm
- Potência Máxima Efetiva Reduzida Líquida: 73,9 kW a 5500 rpm
- Torque Máximo Efetivo Observado Líquido: 130,6 Nm a 3500 rpm
- Torque Máximo Efetivo Reduzido Líquido: 140 Nm a 3500 rpm
- Fator de Redução: 1,072
Admitindo-se que o mesmo motor seja ensaiado também em plena carga a nível do mar
e que as condições de temperatura e umidade permaneçam inalteradas, o que é
esperado que ocorra com os valores de potência e torque observados?
a) ( ) Aumento do torque e diminuição da potência.
b) ( ) Aumento da potência e diminuição do torque.
c) ( ) Aumento do torque e da potência.
d) ( ) Diminuição do torque e da potência.
e) ( ) Os valores do torque e da potência permanecem inalterados.
FOLHA DE RESPOSTAS
QUESTÃO VALOR RESPOSTA
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19a
19b
19c
20a
20b
20c
20d
21
TOTAL
ATENÇÃO!
Todos os cálculos devem ser anexados a esta folha.
As respostas dos exercícios deverão ser colocadas na tabela de respostas, ao fim desta
sessão. Entregue as questões respondidas juntamente com esta folha.
NOTA :...............
1. Calcule o rendimento térmico de um motor que possui uma potência indicada de 158 cv
quando este é ensaiado consumindo 0,6 kg/min de um combustível de poder calorífico
inferior de 10400 kcal/kg.
2. Quais são os rendimentos mecânico e global de um motor que tem uma potência
efetiva de 68kW, operando com um combustível de poder calorífico inferior de
6,4kcal/g, consumido em uma vazão de 36 kg/h, com rendimento térmico de 30%?
4. Através de cálculos verificou-se que um automóvel terá sua velocidade máxima atingida
quando o motor de combustão interna fornecer um torque efetivo observado líquido de
79,8 Nm a 5750 rpm.
8. Dados:
- Diâmetro do pistão = 80 mm
- Distância entre centros entre munhão e moente = 34 mm
- Volume total da câmara de combustão com a junta = 50 cm3
- Rotação do motor = 4000 rpm
- Motor 4 tempos
- 4 cilindros
Determinar:
a) Cilindrada total do motor.
b) Relação de compressão teórica.
c) Velocidade média do pistão.
d) Velocidade angular do comando de válvulas.
FOLHA DE RESPOSTAS
3a
3b
7a
7b
8a
8b
8c
8d
TOTAL
ATENÇÃO!
Todos os cálculos devem ser anexados a esta folha.
As respostas dos exercícios deverão ser colocadas na tabela de respostas, ao fim desta
sessão. Entregue as questões respondidas juntamente com esta folha.
NOTA :...............
1) Um motor ciclo Otto 4 cilindros 4 tempos com cilindrada total de 1,6 l possui diâmetro do
êmbolo de 81 mm. Foram efetuadas modificações na biela e árvore de manivelas de
maneira que a cilindrada total do motor passou a ser 1800 cm3.
Baseado na figura abaixo calcule quais deverão ser as cotas A e B em mm das árvores de
manivelas de ambos os motores. Obs: As distâncias referem-se as linhas de centro de
munhões OU moentes
A
B
2) Qual a velocidade média do êmbolo (em m/s) dos motores do exercício anterior quando
os mesmos operam a 6000 rpm?
3) Dados:
Diâmetro do pistão = 85 mm
Curso do êmbolo = 68 mm
Volume total da câmara de combustão = 40 cm3 ;
Rotação do motor = 4500 rpm
Motor 4 tempos, 4 cilindros, ciclo Otto
Determinar a relação de compressão teórica
4) Um motor ciclo Otto 4 tempos, operando a 5750 rpm em um dinamômetro com braço de
0,8 m, forneceu uma força de 24 kgf lida na balança e um consumo de 45 l/h de um
combustível com poder calorífico inferior de 10400 kcal/kg e densidade de 0,75 kg/l.
Sabe-se que a relação lambda no instante do ensaio é igual a 1,000 e que a relação
estequiométrica do combustível é 14,3:1
Na mesma rotação o motor foi acionado pelo dinamômetro onde verificou-se que a força lida
na balança era de 5 kgf.
6) Um motor 4 cilindros, ciclo Otto, 4 tempos com curso de 76 mm utiliza uma junta de
cabeçote com espessura de 1,7 mm. O volume da câmara de combustão na região do
cabeçote vale 30 cm3. O pistão tem diâmetro de 81 mm e um rebaixo com cota de
profundidade de 6mm em um diâmetro de 20 mm.
Sabendo-se que a junta do cabeçote sofre deformação de 10% após a montagem pede-se
a) Qual a taxa de compressão teórica do motor?
b) Admitindo-se que o motor tenha os pistões substituídos por outros planos, calcule a nova
taxa de compressão do motor.
FOLHA DE RESPOSTAS
4a
4b
4c
4d
4e
4f
5a
5b
5c
5d
6a
6b
TOTAL
ATENÇÃO!
Todos os cálculos devem ser anexados a esta folha.
As respostas dos exercícios deverão ser colocadas na tabela de respostas, ao fim desta
sessão. Entregue as questões respondidas juntamente com esta folha.
NOTA :...............
12) Qual a fase dos cilindros 2,3 e 4 quando o cilindro 1 encontra-se no PMS iniciando a
fase de admissão?
13) Qual seria o valor do consumo de combustível (em l/h) à 6000 rpm caso o valor lambda
nesta rotação fosse igual a 1,000 ?
14) Estime o tempo de injeção (em ms) dos injetores deste motor quando o mesmo opera a
6000 rpm.
Lembre-se: É um motor 4 cilindros,multiponto, foi fornecido o consumo de combustível e a
vazão do injetor.
FOLHA DE RESPOSTAS
10
11
12
13
14
TOTAL
ATENÇÃO!
Todos os cálculos devem ser anexados a esta folha.
As respostas dos exercícios deverão ser colocadas na tabela de respostas, ao fim desta
sessão. Entregue as questões respondidas juntamente com esta folha.
NOTA :...............
1) Um motor ciclo Otto 4 tempos, operando a 5750 rpm em um dinamômetro com braço de
0,8m, forneceu uma força na balança no instante do ensaio de 13,8 kgf e um consumo
específico de 325 g/kWh.
Sabe-se que a relação lambda no instante do ensaio é igual a 0,9 e que o combustível
utilizado é gasolina com relação estequiométrica igual a 13,3:1, densidade 0,756 kg/l e
poder calorífico inferior de 9600 kcal/kg
Na mesma rotação o motor foi acionado pelo dinamômetro onde verificou-se que a força lida
na balança era de 4,3 kgf.
Sabe-se também que o motor tem as seguintes características.
Número de cilindros = 4
Diâmetro do Pistão = 3”
Curso do Pistão = 3 7”
16
Junta do cabeçote com espessura após a montagem = 1,4 mm
Volume da câmara de combustão no cabeçote (exceto a junta) = 32 cm³
As condições de pressão e temperatura ambiente no instante do ensaio eram:
Temperatura do Ar: 20 ºC
Pressão Atmosférica : 0,940 kgf/cm² (921mbar)
O motor utiliza um sistema de injeção multiponto sequencial fasado com injetores de vazão
igual a 177g/min (cada um)
O combustível utilizado para ensaio é armazenado em um tanque com um volume de 100 l
em seu interior.
De posse dos dados acima calcule utilizando:
¶ = 3,14
1kgf=9,8N
1kW = 1,36cv
1 kcal/h = 1,163x10-3 kW
Constante Universal do Gases = R = 29,27 kgfm/kgK
3)Dado um motor ciclo Otto 4 tempos 6 cilindros com ordem de ignição 1-5-3-6-2-4 pede-se:
Qual a posição e a fase do êmbolos de TODOS os cilindros quando o êmbolo do cilindro 1
estiver no PMS iniciando a fase de admissão?
Modelo de resposta:
O êmbolo do cilindro X estará em tempo do motor a Yº antes ou depois do PMS ou PMI
FOLHA DE RESPOSTAS
Questão 1
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
j)
k)
l)
m)
n)
o)
Questão 2
a)
b)
c)
d)
Questão 3
Cilindro 1 O êmbolo do cilindro 1 estará em a º do PM
Questão 3
Cilindro 2 O êmbolo do cilindro 2 estará em a º do PM
Questão 3
Cilindro 3 O êmbolo do cilindro 3 estará em a º do PM
Questão 3
Cilindro 4 O êmbolo do cilindro 4 estará em a º do PM
Questão 3
Cilindro 5 O êmbolo do cilindro 5 estará em a º do PM
Questão 3
Cilindro 6 O êmbolo do cilindro 6 estará em a º do PM
Justificativa:
Questão 4
As páginas seguintes reúnem o resumo das expressões apresentadas nos capítulos desta
apostila. Você deve destacá-las para utilizá-las para os cálculos dos ensaios e exercícios.
N=2xπxFxRxn
N = 0,00010472 xFxRxn = > (N em kW ; F em newton ; R em metros)
N = 0,001396 xFxRxn => (N em cv ; F em kgf ; R em metros)
. .
Q = mc xpci
Ni
ηt = .
Q
Ne
ηm =
Ni
Ne
ηg = .
Q
ηg = ηt x ηm
Ni = Ne + Na
Ne = Ni – Na
Na = Ni – Ne
π × D 2 × h × nc
Ct =
4
Vc + Cu Pf
= = Tct
Vc Pi
Tcr =
(Vc + Cu) × Tfabs
Vc Tiabs
Pfd = Pi x Tcr
h× 2× n
Vme =
60
(λ ) = A / Freal
A / Fideal
mac
ηv =
mae
. ρe × Ct × n
mae = (4 tempos)
2
.
mae = ρe × Ct × n(2 tempos)
. ρe × Ct × n
mac = × ηv (4 tempos)
2
.
mc
Ce =
Neo
.
mc
Ce .
mc× pci × ηt × ηm
1
Ce =
pci × ηg
vv × ρc
VFC =
CexNeo
vv × ρc
VFC = .
mc
Ner
Pe =
Ct
. F
Ne = mae× × pci × ηt × ηm × ηv
A
ρe × Ct × n F
Ne = × × pci × ηt × ηm × ηv
i A
. F
Ne = mac× × pci × ηt × ηm
A
i × Ni
Pmi =
Ct × n
i × Ne
Pme =
Ct × n
i × Na
Pma =
Ct × n
Ner = α x Neo
1, 2 0,6
⎛ 99 ⎞ ⎛ 273 + te ⎞
α = ⎜⎜ ⎟⎟ x⎜ ⎟
⎝ pas ⎠ ⎝ 298 ⎠
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS