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Cocos
04 julho de 2019
Lucinaura Montalvão Oliveira
Lucileide Brito Montalvão da Silva
COCOS
04 DE JULHO DE 2019
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OLIVEIRA, Lucinaura Montalvão, SILVA, Lucileide Brito Montalvão. O ensino da
língua Inglesa na educação infantil. 2019. 27 pág. Trabalho de Conclusão de
Curso (Pós Graduação) – Faculdade Proliz– 2018.
RESUMO
Palavras-Chave:
Aquisição da linguagem. Língua Inglesa. Educação Infantil.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................... 05
DESENVOLVIMENTO............................................................................................... 07
CAPITULO 1 ............................................................................................................. 07
CAPITULO 2 ............................................................................................................. 09
CAPITULO 3........................................................................................................,,,,. 13
CAPITULO 4.............................................................................................................. 17
CAPÍTULO 5 ................................................................................................... 19
Considerações importantes a respeito da segunda língua ...................... 19
CAPÍTULO 6 ................................................................................................... 20
Por que aprender inglês na infância ............................................................ 20
CONCLUSÃO.............................................................................................................. 22
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................................... 24
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INTRODUÇÃO
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Muitas pessoas acreditam que crianças pequenas aprendem idiomas
mais facilmente e mais efetivamente do que crianças mais velhas e o
ensino de línguas em escolas deve começar o mais cedo possível.
[...] Precisamos explorar a aprendizagem dos pequenos educandos e
encontrar a melhor maneira de ensiná-los.4 (UR, 2012, p. 256-257).
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DESENVOLVIMENTO
CAPITULO 1
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e escrita. Trabalha-se com a tradução de textos para estudar as regras
gramaticais. O professor sempre usa a língua materna em sala de aula. Este
método foi oriundo da Alemanha. Nos Estados Unidos, esse método foi, pela
primeira vez, chamado de Método Prussiano. Gramática-tradução objetivava
treinar os alunos para a leitura de literatura e criar uma disciplina intelectual. O
objetivo do ensino de língua inglesa, no período do seu surgimento, era formar
mão de obra.
A fase seguinte, nos leva ao ano de 1931, com a Reforma de Francisco
Campos. Essa reforma trouxe mais ênfase ao ensino das línguas modernas. O
Método Direto foi introduzido. No Método Direto, as instruções de sala de aula
são conduzidas somente na língua alvo; somente o vocabulário do cotidiano
era ensinado; o professor ensinava as expressões concretas através de
demonstrações, objetos e figuras; as expressões abstratas e associadas a
ideias; a gramática era ensinada por indução; novos assuntos eram
introduzidos oralmente; conversação e compreensão oral eram ensinadas e a
correta pronúncia e gramática eram enfatizadas. (RICHARD e RODGERS,
1986).
Em 1942, temos a Reforma Capanema que foi a que mais contribuiu para o
ensino de línguas estrangeiras. Ela destinou 35 horas semanais para o ensino
das línguas estrangeiras. As quatro habilidades: ler, escrever, compreensão
oral e comunicação deveriam ser trabalhadas. Os objetivos eram: “educativos”
(contribuir para a formação da mentalidade, desenvolvendo hábitos de
observação e reflexão) e “culturais” (conhecimento da civilização estrangeira e
capacidade de compreender tradições e ideais de outros povos).” (MACHADO;
CAMPOS e SAUNDER, 2007, p. 04) As LDBs de 1961 e 1971 não incluem as
línguas estrangeiras no currículo das disciplinas. Isso significou um retrocesso
para o ensino de línguas estrangeiras no Brasil.
A LDB de 1996 muda esse contexto determinando a obrigatoriedade do
ensino de uma língua estrangeira no 1º e 2º graus, que tiveram seus nomes
mudados para Ensino Fundamental e Ensino Médio. (ROSSATO, 2012, p.
590). Em 1998, apareceram os PCN’s. Os PCN’s, os quais não são um
conjunto de leis como as LDBs, mas funcionam mais como sugestões para o
ensino de língua inglesa. “A importância do inglês no mundo contemporâneo,
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pelos motivos de natureza político-econômica, não deixa dúvida sobre a
necessidade de aprendê-lo.” (PCN’s, 1998, p. 50).
CAPITULO 2
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Para Lennenberg (1967) a idade crítica para a aprendizagem de uma língua
estrangeira, sem que haja comprometimento neurológico, reside entre os vinte
e um e os trinta e seis meses de vida da criança. Entretanto, até os doze anos
de idade ela ainda consegue aprender sem muito esforço. Para ele, a partir dos
quatorze anos a capacidade de assimilação e aprendizagem do ser humano
começa a diminuir gradativamente, o que não impede que a aprendizagem
ocorra, porém, é necessária maior dedicação tanto por parte do aprendiz como
do professor. Kramer (2005) confirma a teoria de Lennenberg (1967), porém a
modifica no que se refere à questão cronológica. Esse autor parte do
pressuposto de que a melhor idade para se aprender uma língua estrangeira
resida entre quatro e dez anos de idade. Segundo ele, é nesta fase que o
cérebro está suficientemente maleável para permitir que a criança aprenda
outra língua com facilidade.
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Para Schutz (2008), a idade máxima para se aprender um novo idioma pode
variar de pessoa para pessoa e depende principalmente, do ambiente em que
a aprendizagem vai ocorrer. Segundo seus estudos, a principal dificuldade
percebida a partir da puberdade se relaciona à pronúncia. Diante das diversas
teorias acerca da idade ideal para iniciar a aprendizagem de língua estrangeira,
consideramos fundamental dar enfoque integral à protagonista da história: a
criança. .
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Com base nesses referenciais, constatamos a importância do
desenvolvimento de um trabalho integrado entre os diversos profissionais
ligados à educação. Isto certamente levará à elaboração de propostas mais
coerentes e significativas para o ensino e aprendizagem de língua estrangeira
para crianças. Assim dentre os profissionais que podem realizar um trabalho
integrado, enfatizamos o psicopedagogo. Isto se deve, principalmente, à
possibilidade deste profissional atuar juntamente com o professor, com o aluno
e sua família, com a coordenação e com a direção da escola. Por fim,
esclarecemos que apesar de abordarmos a relação idade e tempo de
aprendizagem, ressaltamos que aprender língua estrangeira não se resume
somente a fatores cronológicos, mas também a fatores biológicos, cognitivos,
motores e sociais do aprendiz.
CAPITULO 3
15
mundo exterior, mas sim, como um processo complexo. A respeito disto,
Werstch (1998 apud BERGER; MORO; LAROCCA, 2010, p. 50) afirma que “ a
internalização não é um processo de cópia da realidade externa em um plano
interior já existente; é mais, é um processo em cujo seio se desenvolve um
plano interno de consciência”.
Um dos conceitos de Vygotsky, a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZPD),
também é aplicado na aprendizagem de idiomas tanto para adulto quanto para
crianças. A Zona de Desenvolvimento Proximal é enfatizada pelo autor,
mencionado anteriormente, como sendo a parte do desenvolvimento que ainda
não possuem funções definidas, em que é permitido a intervenção da
aprendizagem. Para ele a intervenção pedagógica é essencial na produção do
desenvolvimento do sujeito, é essencial ao estímulo da aprendizagem. De
acordo com Cameron (2005) “a inteligência não poderia ser determinada pelo o
que a criança consegue fazer sozinha e sim pelo o que ela alcançará após
receber a ajuda de outro indivíduo”.
Quanto à Zona de Desenvolvimento Proximal, Vygotsky firma que,
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Oliveira (1992, p.82) defende que as ideias de Vygotsky foram de suma
importância no que se refere à internalização de linguagem. Além disso,
declara que a criança utiliza a fala como instrumento de pensamento e com o
intuito de expressar seus sentimentos ao meio. É evidente que podemos utilizar
esta percepção ao tratar do ensino do segundo idioma, já que a linguagem será
aplicada para os mesmos fins.
CAPITULO 4
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produção oral (output) dá-se posteriormente, e esta por sua vez, só é realizada
quando o aluno se sentir preparado para reproduzi-la
CAPITULO 5
Assim, não há motivos para não desafiar e não encorajar uma criança a falar
duas línguas. As autoras ainda expõem questões que afirmam isso ainda mais.
Para elas quando uma criança aprende uma língua em seu ambiente familiar, e
é por meio desta que sabe se comunicar, ao frequentar uma escola onde se
fala outra língua, a criança recebe um “corte” em sua primeira língua. Isso fará
com que ela perca a linguagem da família sem tê-la dominado. Desta forma,
ela não estará dominando a segunda língua e não continuará a desenvolver a
primeira.
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Não há evidências de que o cérebro infantil tenha capacidades ilimitadas,
de forma que o conhecimento de uma língua não diminuiria a aprendizagem de
uma nova língua, ou seja, nem a criança, nem o adulto, esqueceriam os
conhecimentos que já adquiriu em uma língua ao aprender outra. Crianças que
têm oportunidades de aprender múltiplas línguas e mantê-las em suas vidas
devem ser encorajadas a aprendê-las, sendo o mesmo caso para adultos.
A aprendizagem entre crianças e adultos difere em alguns pontos, pois
crianças normalmente aprendem sem objetivos, sem benefícios e sem os
conhecimentos sobre a língua que um adulto já possui. Além disso, crianças
não apresentam nervosismo ao tentarem usar a nova língua e não se
preocupam com os erros ocorridos. Já adultos e adolescentes consideram a
tentativa de fala, muitas vezes, uma ação estressante quando não conseguem
proferir sentenças claras e corretas. Crianças tendem a se “arriscar” mais na
nova língua, enquanto aprendizes mais velhos tendem a permanecer por um
tempo em silêncio até terem de ser forçados a falar. (Ligthbown & Spada,
1999).
CAPITULO 6
POR QUE APRENDER INGLÊS NA INFÂNCIA?
As crianças estão sendo inseridas no âmbito escolar cada vez mais cedo.
Onde, as escolas da atualidade oferecem oportunidades de aprendizagens
diversas das diferentes áreas do conhecimento acadêmico, priorizando a
formação deste sujeito com relação a sociedade em que vivi hoje. Frente a
nova configuração da Língua Inglesa, pesquisadores como Salles & Gimenez
(2010 apud KALVA; FERREIRA, 2011, p. 719), entendem esse idioma não
mais como uma língua estrangeira, mas sim como uma língua franca, sendo
usada internacionalmente como meio de comunicação entre falantes não-
nativos.
De acordo com Ligtbown & Spada (2003, apud MOTTER, 2007, p. 81), a
capacidade de uma criança em aprender mais de uma língua ainda em seus
primeiros anos de vida possibilita avanços para o desenvolvimento em ambas
línguas, Materna e Estrangeira. Portanto, inserir essa prática de ensino ainda
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na primeira infância (crianças menores de 6 anos de idade), propicia a manter
um primeiro contato com a Segunda Língua desde cedo, afim de que haja uma
familiarização com o idioma.
Para Figueiredo,
A idade do indivíduo é um dos fatores que determinam o modo pelo
qual se aprende uma língua. Mas as oportunidades para a
aprendizagem, a motivação para aprender, e as diferenças
individuais são também fatores determinantes para o sucesso na
aprendizagem. (FIGUEIREDO, 1997 apud GOLÇALVES, 2009 p.
02).
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CONCLUSÃO
O interesse pela aquisição da segunda língua na infância está cada vez
maior e sabe-se que o ensino não deverá apenas limitar-se às aulas lúdicas e
prazerosas. Para Spratt (2011, p.68) não é uma tarefa fácil descrever o
aprendizado do segundo idioma, pois este acontece de maneiras diversas.
Outra grande diferença entre o aprendizado da língua materna e da segunda
língua na infância é que a primeira é quase sempre bem sucedida, enquanto a
segunda varia bastante.
A alta exigência de pais e responsáveis pede aprendizagens e propostas
pedagógicas eficazes, consequentemente, isso demanda professores cada vez
mais qualificados. Conhecimentos como a teoria construtivista e a zona de
desenvolvimento proximal de Vygotsky, metodologias e abordagens de ensino
da segunda língua, e os quatro pilares da educação, são fontes riquíssimas
que contribuem para a formação do professor e também do aprendiz. O ensino
na educação infantil não se resume apenas na transmissão de conhecimentos,
e sim na formação do ser humano, na interação social e na relação afetiva.
Com base nas concepções da teoria histórico-cultural de Vygotsky,
compreende-se que o processo de ensino aprendizagem da Língua Inglesa
para Crianças, pode oferecer oportunidades únicas para a formação social do
aluno, uma vez que, se faz necessária a participação dos indivíduos próximos a
essa criança na construção de sua expressão pessoal, identidade social, além
das suas habilidades comunicativa.
Para que esse processo ocorra, a colaboração do educador torna-se
indispensável. O docente tem o dever de intervir no desenvolvimento dos seus
pequenos aprendizes por meio das atividades propostas, que devem ser
adequadas ao estágio de desenvolvimento cognitivo em que a criança se
encontra. Os professores tornam-se multiplicadores em um processo continuo
para se obter uma escala de eficácia do ensino, afim de propiciar uma
aprendizagem significativa em uma progressão adjunta entre ele e o aluno.
Para que este se torne capaz de construir uma identidade, na qual, o instrua a
determinar sua condição de locutor, convertendo-se como sujeito participativo
do discurso.
É preciso estar munido de conhecimentos teóricos para quando deparar-se
com a prática de sala de aula, aplicar o procedimento adequado à turma, ao
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nível de desenvolvimento e às particularidades de cada criança. A experiência
pode ser mais pertinente do que a teoria em alguns casos, mas é certo que o
professor de idiomas necessita da combinação dos dois. .
Contudo, constata-se que o ensino precoce da Língua Inglesa é uma
temática complexa, que necessita de vastas pesquisas em torno de suas
possíveis influências e contribuições, não somente no desenvolvimento
linguístico e intelectual, mas também, na fundamental construção das relações
sociais e culturais das crianças.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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