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Lucinaura Montalvão Oliveira

Lucileide Brito Montalvão da Silva

O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Cocos
04 julho de 2019
Lucinaura Montalvão Oliveira
Lucileide Brito Montalvão da Silva

O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Artigo Científico apresentada como


exigência de conclusão do curso de
Graduação em como requisito
parcial a obtenção da especialidade:
Psicopedagogia Clinica, Institucional
e Hospitalar, e Metodologia do
ensino da língua inglesa /espanhola,
sob Orientação do (a) Professor:
Edna Sueli Souto Cruz.

COCOS
04 DE JULHO DE 2019

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OLIVEIRA, Lucinaura Montalvão, SILVA, Lucileide Brito Montalvão. O ensino da
língua Inglesa na educação infantil. 2019. 27 pág. Trabalho de Conclusão de
Curso (Pós Graduação) – Faculdade Proliz– 2018.

RESUMO

Este artigo, tem o propósito de indicar a possível aplicabilidade do ensino da


Língua Inglesa na Educação Infantil, ao elucidar como o processo de aquisição
da Segunda Língua na Infância, pode ou não, favorecer o desenvolvimento
linguístico e intelectual infantil. Apontando as necessidades e possibilidades
que essa abordagem de ensino pode propiciar as crianças, ao demonstrar o
processo de aquisição da linguagem ainda na infância, como um dos meios
sociais do pensamento. Entendida como uma resposta a interação com o meio
externo, e com as pessoas que a cerca, o desenvolvimento da linguagem na
criança ocorre por meio do estimulo e a sua exposição a uma determinada
língua, seja ela materna ou estrangeira.

Palavras-Chave:
Aquisição da linguagem. Língua Inglesa. Educação Infantil.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................... 05

DESENVOLVIMENTO............................................................................................... 07

CAPITULO 1 ............................................................................................................. 07

Um breve histórico do ensino de inglês no brasil .................................... 07

CAPITULO 2 ............................................................................................................. 09

O Ensino da língua Estrangeira para crianças .......................................... 09

CAPITULO 3........................................................................................................,,,,. 13

Teorias vygotskyanas e aprendizagem do segundo idioma ................... 13

CAPITULO 4.............................................................................................................. 17

A teoria atrelada à sala de aula .................................................................... 17

CAPÍTULO 5 ................................................................................................... 19
Considerações importantes a respeito da segunda língua ...................... 19
CAPÍTULO 6 ................................................................................................... 20
Por que aprender inglês na infância ............................................................ 20
CONCLUSÃO.............................................................................................................. 22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................................... 24

4
INTRODUÇÃO

A produção do artigo “O ensino da língua inglesa na educação infantil”, possui


o objetivo de descrever como a linguagem se estrutura de acordo com as
habilidades e aptidões do sujeito, sustentado na teoria sócio-interacionista do
teórico Lev S. Vygotsky, que define como a aquisição da linguagem está
relacionada ao pensamento, englobando fatores como: desenvolvimento,
cognição e sua realidade social nos contextos de interação.
Em concordância com idéia Vygotskyana,

Ao longo do desenvolvimento das funções superiores – ou seja, ao


longo da internalização do processo de conhecimento – os aspectos
particulares da existência social humana refletem-se na cognição
humana: um indivíduo tem a capacidade de expressar e compartilhar
com os outros membros de seu grupo social o entendimento que ele
tem da experiência comum ao grupo. (JOHN-STEINER;
SOUBERMAN, 1998, apud NASCIMENTO; SANTOS, 2013, p. 26-
27).

Acerca do processo de desenvolvimento psíquico e motor possibilita a criança


vivenciar diversas experiências, de experimentar algo novo e obter novos
conhecimentos.
Sabe-se que existe diferença no aprendizado de uma criança e de um
adulto. Para ensinar com sucesso uma segunda língua, é preciso ter o
entendimento de habilidades e técnicas específicas que serão aplicadas no
ensino do idioma, além de conceitos, metodologias e conhecimentos
relacionados ao desenvolvimento e aprendizagem do indivíduo. Crianças que
têm contato direto com um segundo idioma alcançam melhores resultados
quando comparadas com aquelas expostas tardiamente.
Para uma língua ser considerada internacional, ela precisa ser amplamente
falada e geograficamente bem distribuída (BURNS, 2012, p.15). Comunicar-se
em uma língua internacional, possibilita ao falante transmitir e trocar
informações sobre cultura, necessidades, desejos e muitos variados contextos.

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Muitas pessoas acreditam que crianças pequenas aprendem idiomas
mais facilmente e mais efetivamente do que crianças mais velhas e o
ensino de línguas em escolas deve começar o mais cedo possível.
[...] Precisamos explorar a aprendizagem dos pequenos educandos e
encontrar a melhor maneira de ensiná-los.4 (UR, 2012, p. 256-257).

O papel do docente, não é apenas limitar-se na transmissão do


conhecimento que tem domínio. Ensinar uma língua estrangeira vai muito mais
além do que podemos imaginar.
Ter uma visão básica de teorias Vygotskianas é de extrema importância,
pois, partimos do pressuposto de que a linguagem é um sistema que requer
interação social entre indivíduos e que o cognitivo está entrelaçado entre dois
níveis de desenvolvimento, que foi denominado por Vygotsky como zona de
desenvolvimento proximal. Este conceito relata que o aluno parte de saberes
adquiridos de experiências anteriores, tendo como objetivo final atingir
conhecimentos mais complexos, necessitando da assistência de um par
competente entre seus pontos iniciais e concluídos.
Conhecimentos teóricos relacionados ao ensino de idiomas serão
abordados de maneira sucinta, clara e direta. Essa exposição servirá de
motivação e sugestão para que o professor possa aplicar teorias, métodos e
abordagens em sua aula, facilitando o entendimento do aluno e gerando um
ensino mais eficaz.
Outro aspecto importante para o processo ensino-aprendizagem, e
destacado neste, é a relação afetiva em sala de aula, envolvendo
professor/aluno e aluno/aluno. O valor afetivo é um forte influenciador no
aprendizado e tem convincente poder no direcionamento do indivíduo. De
acordo com o pensamento de Oliveira (1992, p.90), “no início da vida,
afetividade e inteligência estão sincreticamente misturadas, com o predomínio
da primeira”. O desenvolvimento do cognitivo está interligado diretamente com
as emoções, que permite à criança alcançar níveis de evolução mais elevados
(ALMEIDA, 1999, p. 51).

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DESENVOLVIMENTO

CAPITULO 1

BREVE HISTÓRICO DO ENSINO DE INGLÊS NO BRASIL

O ensino de língua inglesa como disciplina obrigatória no currículo escolar


brasileiro teve início em 1809. Dom João VI decretara a implantação do ensino
de duas línguas estrangeiras, a inglesa e a francesa, escolhidas
estrategicamente, visando às relações comerciais que Portugal mantinha com
a Inglaterra e a França. Assim sendo, a função do ensino era, como bem
concluem Santos e Oliveira apud Lima (2009), “capacitar os estudantes a se
comunicarem oralmente e por escrito.” Para tanto os professores aplicavam o
Método Clássico ou Gramática-tradução, que era o único método de ensino de
línguas estrangeiras de que se conhecia na época.

Com base nessas informações é possível afirmar que a inadequação entre o


ensino de língua inglesa oficialmente oferecido no Brasil e as necessidades dos
aprendizes vem se observando desde a sua implantação.

Desde o século XIX o sistema educacional brasileiro vem sendo submetido a


sucessivas reformas nas quais o ensino de língua inglesa tem sido ora
negligenciado, ora tratado indevidamente, chegando a ser, até mesmo excluído
da grade curricular obrigatória pelas Leis de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) promulgadas em 1961 e 1971.

Atualmente, o ensino de língua inglesa no Brasil é oferecido em contextos


diversos: universidades, faculdades, escolas públicas e particulares de ensino
fundamental e médio, escolas de idiomas e internet.

FASES DO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO BRASIL

O ensino de língua inglesa no Brasil começa no século XIX. No ano de 1809,


o ensino da língua inglesa e da língua francesa torna-se obrigatório. O método
usado para o ensino de língua inglesa era o Gramática-tradução ou o Método
Clássico. Nesse método, as habilidades que são trabalhadas são as da leitura

7
e escrita. Trabalha-se com a tradução de textos para estudar as regras
gramaticais. O professor sempre usa a língua materna em sala de aula. Este
método foi oriundo da Alemanha. Nos Estados Unidos, esse método foi, pela
primeira vez, chamado de Método Prussiano. Gramática-tradução objetivava
treinar os alunos para a leitura de literatura e criar uma disciplina intelectual. O
objetivo do ensino de língua inglesa, no período do seu surgimento, era formar
mão de obra.
A fase seguinte, nos leva ao ano de 1931, com a Reforma de Francisco
Campos. Essa reforma trouxe mais ênfase ao ensino das línguas modernas. O
Método Direto foi introduzido. No Método Direto, as instruções de sala de aula
são conduzidas somente na língua alvo; somente o vocabulário do cotidiano
era ensinado; o professor ensinava as expressões concretas através de
demonstrações, objetos e figuras; as expressões abstratas e associadas a
ideias; a gramática era ensinada por indução; novos assuntos eram
introduzidos oralmente; conversação e compreensão oral eram ensinadas e a
correta pronúncia e gramática eram enfatizadas. (RICHARD e RODGERS,
1986).
Em 1942, temos a Reforma Capanema que foi a que mais contribuiu para o
ensino de línguas estrangeiras. Ela destinou 35 horas semanais para o ensino
das línguas estrangeiras. As quatro habilidades: ler, escrever, compreensão
oral e comunicação deveriam ser trabalhadas. Os objetivos eram: “educativos”
(contribuir para a formação da mentalidade, desenvolvendo hábitos de
observação e reflexão) e “culturais” (conhecimento da civilização estrangeira e
capacidade de compreender tradições e ideais de outros povos).” (MACHADO;
CAMPOS e SAUNDER, 2007, p. 04) As LDBs de 1961 e 1971 não incluem as
línguas estrangeiras no currículo das disciplinas. Isso significou um retrocesso
para o ensino de línguas estrangeiras no Brasil.
A LDB de 1996 muda esse contexto determinando a obrigatoriedade do
ensino de uma língua estrangeira no 1º e 2º graus, que tiveram seus nomes
mudados para Ensino Fundamental e Ensino Médio. (ROSSATO, 2012, p.
590). Em 1998, apareceram os PCN’s. Os PCN’s, os quais não são um
conjunto de leis como as LDBs, mas funcionam mais como sugestões para o
ensino de língua inglesa. “A importância do inglês no mundo contemporâneo,

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pelos motivos de natureza político-econômica, não deixa dúvida sobre a
necessidade de aprendê-lo.” (PCN’s, 1998, p. 50).

CAPITULO 2

O ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA CRIANÇAS

Há muito tempo, o ensino de língua estrangeira é um assunto bastante


discutido por professores, pedagogos, diretores e lingüistas e muitas dúvidas
ainda pairam sobre em que momento a criança deve começar a aprender ou
estudar um segundo idioma, pois a criança é um universo amplo de
possibilidades de aprendizado desde que seja corretamente orientada e
estimulada.

Todavia, a maioria da população brasileira é muito carente de uma segunda


língua, fato esse encarado e estigmatizado pelo censo comum que acredita
que a inserção de outro idioma é prejudicial para a criança. Porém, olhando
para o mundo pode-se encontrar paises desenvolvidos, como os paises da
comunidade Européia, que já instituíram, como segundo idioma em todos os
paises membros, o inglês. Muitos diriam ao ler essa afirmação que os europeus
são economicamente favorecidos, então o que dizer sobre muitos paises do
continente mais pobre do mundo o Africano que possuem língua oficial
ensinada e falada nas escolas e dialetos próprios falados dentro de casa e com
os outros membros da comunidade.

Sobre a realidade da lingüística da criança é dito que qualquer criança


normal, ou seja, sem problemas biológicos, pode atingir a aquisição da
linguagem. Aos três anos ela é capaz de conversar com outras crianças e com
adultos, compreendendo claramente o que lhe é dito e quanto mais cedo esse
processo acontecer melhor, pois a plasticidade cerebral é maior e os
resultados, sobre tudo para a aquisição fonética perfeita, sem sotaques (DE
HOUVER, 1997) de uma segunda língua acontece sem o menor prejuízo a
nem uma das línguas. Do ponto de vista clínico, apenas crianças com
distúrbios podem não ser tão favorecidas (ROMAINE, 1995). A criança aprende
a falar pela necessidade de comunicar-se. O processo de entender e fazer-se
9
entendido é um critério importantíssimo para o Bilingüismo (DE GREVE &
PASSEL, 1975; TESTILLANO, 1988).

As crianças conseguem construir uma concepção riquíssima que permite a


elas entenderem estruturas gramaticais e lingüísticas nunca explicadas, que
através de manifestações intuitivas são espontaneamente absorvidas em um
processo puramente natural explicando a dificuldade da aquisição de um
segundo idioma por pessoas mais velhas que buscam entender em sua língua
mãe, estruturas peculiares à outra língua (O’GRADY E YAMASSHITA, 2002).

A criança e a aprendizagem da língua estrangeira Estudos de Vygotsky


(1996) nos remetem à interpretação da linguagem como uma possibilidade de
comunicação inerente ao ser humano, como um instrumento de domínio sobre
o mundo. Dessa forma, entendemos que todas as pessoas trazem consigo o
poder de se manifestar socialmente e agir sobre sua cultura.

Chomsky (1965) enfatiza que a linguagem é um processo natural do


desenvolvimento das capacidades do ser humano e que ele aprenderá
qualquer língua da mesma forma que um pássaro aprenderá a voar. Neste
mesmo sentido, percebemos que a função da linguagem no desenvolvimento
humano é insubstituível e que qualquer indivíduo possui capacidade para
aprender o idioma ao qual for exposto.

No que se refere ao desenvolvimento da linguagem ainda na infância,


pressupostos de Vygotsky (1996) destacam que a descoberta mais importante
da criança ocorre por volta dos dois anos de idade, quando as curvas da
evolução do pensamento e da fala se encontram e se unem para desenvolver o
pensamento verbal.

Alguns estudiosos, como Penfield e Roberts (1959) e Lennenberg (1967),


defendem a infância como o momento ideal para o início formal dos estudos de
língua. Esse momento da vida, denominado como período crítico ou período
sensível é, segundo os autores, considerado como o ideal para o
desenvolvimento das habilidades cognitivas da criança.

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Para Lennenberg (1967) a idade crítica para a aprendizagem de uma língua
estrangeira, sem que haja comprometimento neurológico, reside entre os vinte
e um e os trinta e seis meses de vida da criança. Entretanto, até os doze anos
de idade ela ainda consegue aprender sem muito esforço. Para ele, a partir dos
quatorze anos a capacidade de assimilação e aprendizagem do ser humano
começa a diminuir gradativamente, o que não impede que a aprendizagem
ocorra, porém, é necessária maior dedicação tanto por parte do aprendiz como
do professor. Kramer (2005) confirma a teoria de Lennenberg (1967), porém a
modifica no que se refere à questão cronológica. Esse autor parte do
pressuposto de que a melhor idade para se aprender uma língua estrangeira
resida entre quatro e dez anos de idade. Segundo ele, é nesta fase que o
cérebro está suficientemente maleável para permitir que a criança aprenda
outra língua com facilidade.

Ainda com referência à idade mais propícia para a aprendizagem, temos as


contribuições de Jacobs (1999), dizendo que para se alcançar o nível
intermediário de uma língua estrangeira deve-se estar extensivamente exposto
a ela. Em sua concepção, são necessárias cerca de mil e duzentas horas de
exposição à língua estrangeira, e esse período é relativamente mais longo se
levarmos em consideração aulas de duas vezes por semana, em um total de
uma hora e quarenta minutos. Ao considerarmos a relação entre idade e tempo
curricular semanal de exposição à língua, temos que a criança que começar a
estudar com sete anos de idade demorará pouco mais de dez anos para
alcançar o nível intermediário, ou seja, ela provavelmente alcançará esse nível
de conhecimento por volta dos dezessete anos.

Segundo Krashen (1987), outro estudioso da relação idade e aprendizagem,


a criança só adquire os conhecimentos que estiverem adequados ao seu
desenvolvimento maturacional, não importando a frequência das aulas e nem o
grau de dificuldade envolvido. Dessa forma, os conhecimentos que estiverem
além de seu alcance serão apenas memorizados e não internalizados e,
certamente, o aprendiz não fará uso e nem aplicações práticas desses
conhecimentos.

11
Para Schutz (2008), a idade máxima para se aprender um novo idioma pode
variar de pessoa para pessoa e depende principalmente, do ambiente em que
a aprendizagem vai ocorrer. Segundo seus estudos, a principal dificuldade
percebida a partir da puberdade se relaciona à pronúncia. Diante das diversas
teorias acerca da idade ideal para iniciar a aprendizagem de língua estrangeira,
consideramos fundamental dar enfoque integral à protagonista da história: a
criança. .

Os estudos de Brown (2001) se referem à necessidade de atividades de


interação e mediação nos trabalhos com crianças. Esses fatores são
fundamentais ao considerarmos que seu foco de atenção é relativamente curto,
durando aproximadamente sete minutos. Esse é o principal motivo para que a
criança esteja sempre envolvida em tarefas que desenvolvam a construção
ativa de seu conhecimento e o uso significativo da linguagem em pequenos
espaços de tempo.

Igualmente relevante é destacar o papel da afetividade para a obtenção de


resultados positivos no processo de ensino e aprendizagem de língua
estrangeira para crianças. Esse tema tem sido objeto de estudos de vários
pesquisadores, dentre eles Arnold (1999), que define a afetividade como uma
variedade ampla de fenômenos relacionados à emoção e a estados de espírito.
É possível citarmos ainda Krashen (1987) e Brown (2001), que destacam a
interdependência da linguística, da cognição e do afeto.

Ao valorizarmos a importância de um bom aprendizado, não podemos


ignorar a importância da formação inicial e continuada do professor,
perpassando pela cuidadosa preparação das atividades didáticas e avaliativas.
Com isto, retomamos às ideias de Cameron (2001), juntamente com as de
Almeida Filho (1993), que enfatizam a importância de que o processo de
ensino e aprendizagem de língua estrangeira para crianças seja conduzido por
professores bem formados e atualizados. Segundo esses estudiosos, o
professor deve promover interações apropriadas para que o aprendiz se
desenvolva integralmente, pois na medida em que ele aprende a agir e a
resolver situações desafiadoras utilizando a língua estrangeira é que a
aprendizagem se efetiva.

12
Com base nesses referenciais, constatamos a importância do
desenvolvimento de um trabalho integrado entre os diversos profissionais
ligados à educação. Isto certamente levará à elaboração de propostas mais
coerentes e significativas para o ensino e aprendizagem de língua estrangeira
para crianças. Assim dentre os profissionais que podem realizar um trabalho
integrado, enfatizamos o psicopedagogo. Isto se deve, principalmente, à
possibilidade deste profissional atuar juntamente com o professor, com o aluno
e sua família, com a coordenação e com a direção da escola. Por fim,
esclarecemos que apesar de abordarmos a relação idade e tempo de
aprendizagem, ressaltamos que aprender língua estrangeira não se resume
somente a fatores cronológicos, mas também a fatores biológicos, cognitivos,
motores e sociais do aprendiz.

CAPITULO 3

TEORIAS VYGOTSKYANAS E APRENDIZAGEM DO SEGUNDO IDIOMA

A Teoria Construtivista de Vygotsky considera a criança como ser social e


indica que a interação e o aprendizado cooperativo têm grande importância no
desenvolvimento cognitivo. Para Oliveira, (1992, p. 24) “Vygotsky tem como
um de seus pressupostos básicos a ideia de que o ser humano constitui-se
enquanto tal relação com o outro social”. Sendo assim, tal afirmativa evidencia
que a aprendizagem ocorre desde o nascimento, e se estende por toda a vida,
uma vez que o conhecimento é construído por meio de experiências.
O ensino de um segundo idioma não se distancia dos ensinamentos deixados
por Vygotsky, pois partimos do fato de que a linguagem é uma importante
ferramenta e gera oportunidades de novas interações. Por meio desse contato
e transmissão de diálogos, a criança aprende novos vocabulários, costumes e
valores, troca experiências culturais e fortifica a construção de conceitos. Vale
salientar que isso é um dos papeis principais do ensino da segunda língua,
independente da idade que o aluno se encontra.
Vygotsky comtempla que o indivíduo se desenvolve em um ambiente social,
construído historicamente, por tanto, o homem é concebido como um ser
histórico, que se constrói ao longo da história. Assim, observa-se nas ideias do
autor, a influência dos conceitos do Materialismo-Histórico-Dialético de Karl
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Max, pois, ambos percebem o sujeito ligado ao seu contexto histórico, fundado
na interação com o meio social. A respeito das contribuições realizadas por
Vygotsky, Oliveira diz que:

Sua produção escrita foi vastíssima [...] seu interesse


diversificado e sua formação interdisciplinar definiram a
natureza dessa produção. Escreveu aproximadamente 200
trabalhos científicos, cujos temas vão desde a neuropsicologia,
até a crítica literária, passando por deficiências, linguagem,
psicologia, educação e questões teóricas e metodológicas
relativas as ciências humanas. (OLIVEIRA, 1997 apud
BERGER; MORO; LAROCCA, 2010, p. 46).

A corrente interacionista vygotskyana, relaciona o processo de


desenvolvimento humano e a aprendizagem humana, não somente, a partir da
maturação biológica, mas também, através da interação social. Segundo
Oliveira (1993 apud BERGER; MORO; LAROCCA, 2010, p. 47), para entender
a fundamentação do estudo de Vygotsky, é preciso reconhecer três pilares
centrais de sua ideia:
• As funções psicológicas possuem um suporte biológico, pois se faz
necessária a presença de produção de atividades cerebrais para
elaboração do raciocínio;

• O funcionamento psicológico estrutura-se a partir das relações sociais,


entre o sujeito e meio externo, as quais ocorrem num progresso
histórico;

• A relação entre homem/mundo mediada por um sistema simbólico,


como a linguagem, fundamental para vislumbrar o mundo.

Por tanto, quando a criança adquire as habilidades da linguagem, ela terá


uma capacidade maior e melhor de absorção do seu meio. Em sua visão, o
autor afirma que a criança desenvolverá suas funções psicológicas
elementares, para após desenvolver suas funções psicológicas superiores:
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• Pensamento elementar: Seguindo uma linha de desenvolvimento
natural, a criança, praticamente, é conduzida a realizar ações pelo
extinto – reflexos, reações automáticas, estimulo-resposta – onde tudo
que lhe ocorre é guiado pelo outro, causando uma situação de
dependência.
• Pensamento superior: Seguindo uma linha de desenvolvimento cultural,
a criança é capaz de adquirir um comportamento deliberado, que se
origina da internalização de práticas históricas e sociais, baseando-se
nos trabalhos com os signos – ações conscientes, tomada de decisões,
pensamento abstrato, atenção voluntaria e memória ativa - se
direcionando para uma determinada atividade.
A presença dos processos elementares é uma conjuntura essencial, porém
não bastam, para o desenvolvimento dos processos superiores. Segundo
Baquero (1998), é possível dizer que as funções naturais e culturais, aplicam-
se como co-formantes dos processos psicológicos, trabalhando em conjunto e
transpondo uma a outra. Vygotsky especula sobre os processos comunicativos
e ambientais, interligados a cada estágio de desenvolvimento. Ao elaborar uma
nova abordagem, a respeito do desenvolvimento cognitivo do homem, na qual
explana memória e pensamento:

[...] do ponto de vista do desenvolvimento psicológico, a


memória, mais do que o pensamento abstrato, é característica
definitiva dos primeiros estágios do desenvolvimento, ao longo
do desenvolvimento ocorre uma transformação, especialmente
na adolescência. [...]. (VYGOTSKY, 1988 apud BERGER;
MORO; LAROCCA, 2010, p. 48).

A internalização das funções psicológicas, presume que o processo de


desenvolvimento do ser humano é marcado por sua imersão cultural. Por tanto
a aprendizagem ocorre “de fora para dentro”, mediante as ações externas que
o rodeia, conferindo significado. Por tanto, a interação com o outro, é tida como
imprescindível, na abordagem de Vygotsky, onde as relações interpessoais
internalizam planos culturais de conduta e desempenho psicológico. Nesse
caso, a internalização não deve ser entendida como uma mera reprodução do

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mundo exterior, mas sim, como um processo complexo. A respeito disto,
Werstch (1998 apud BERGER; MORO; LAROCCA, 2010, p. 50) afirma que “ a
internalização não é um processo de cópia da realidade externa em um plano
interior já existente; é mais, é um processo em cujo seio se desenvolve um
plano interno de consciência”.
Um dos conceitos de Vygotsky, a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZPD),
também é aplicado na aprendizagem de idiomas tanto para adulto quanto para
crianças. A Zona de Desenvolvimento Proximal é enfatizada pelo autor,
mencionado anteriormente, como sendo a parte do desenvolvimento que ainda
não possuem funções definidas, em que é permitido a intervenção da
aprendizagem. Para ele a intervenção pedagógica é essencial na produção do
desenvolvimento do sujeito, é essencial ao estímulo da aprendizagem. De
acordo com Cameron (2005) “a inteligência não poderia ser determinada pelo o
que a criança consegue fazer sozinha e sim pelo o que ela alcançará após
receber a ajuda de outro indivíduo”.
Quanto à Zona de Desenvolvimento Proximal, Vygotsky firma que,

A distância entre o nível de desenvolvimento real, que se


costuma determinar através da solução independente de
problemas, e o nível de desenvolvimento potencial,
determinado através da solução de problemas sob a orientação
de um adulto ou em colaboração com companheiros mais
capazes. (VYGOTSKY, 1989 apud BERGER; MORO;
LAROCCA, 2010, p. 51).

É preciso que o professor respeite o tempo de aprendizagem de cada


educando e que não realize comparações entre o mais e o menos
desenvolvido em sala, pois a ZPD, parte do pressuposto de que conhecimentos
e experiências já adquiridos pelos aprendizes estão em estágios diferentes.
Para Cameron (2005, p.13), “até os cinco anos de idade existirão diferentes
domínios individuais da linguagem, sendo mais fácil para alguns aprender o
novo vocabulário em outro idioma, além de desenvolver habilidades orais com
mais aptidão”.

16
Oliveira (1992, p.82) defende que as ideias de Vygotsky foram de suma
importância no que se refere à internalização de linguagem. Além disso,
declara que a criança utiliza a fala como instrumento de pensamento e com o
intuito de expressar seus sentimentos ao meio. É evidente que podemos utilizar
esta percepção ao tratar do ensino do segundo idioma, já que a linguagem será
aplicada para os mesmos fins.

CAPITULO 4

A TEORIA ATRELADA À SALA DE AULA

Para ensinar um segundo idioma, é preciso que o professor esteja munido de


alguns conhecimentos teóricos diante do tema, além do domínio da linguagem.
Entender algumas abordagens e estudos sobre aquisição de segunda língua
contribuirá para uma transmissão de conhecimento com mais precisão e
eficácia.
Questionamentos sobre qual metodologia se encaixa melhor quando
falamos do ensino de uma língua estrangeira ocorrem até os dias atuais.
Influências e aperfeiçoamentos já ocorreram, mas sempre existirão vantagens
e desvantagens na sua empregabilidade. Em razão disso, fez-se necessário o
surgimento de abordagens e técnicas para complementar a metodologia e
facilitar o aprendizado. Portanto, é importante esclarecer as diferenças
presentes, então:

[...] existem três elementos hierárquicos na história do ensino de


linguagem que são nomeados de abordagem, método e técnica. A
Abordagem é um conjunto de concepções que ligam a natureza
da linguagem, da aprendizagem e do ensino. O Método é descrito
como um plano geral para a apresentação sistemática da
linguagem com base em uma determinada abordagem

A aquisição de uma língua estrangeira se dá através da aplicação de


determinada metodologia, que por sua vez precisa de uma abordagem e
técnicas para que o aprendizado venha a acontecer. Diferentemente do
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aprendizado da língua materna, em que Spratt (2011, p.67) afirma que a
linguagem é aprendida enquanto bebê e continua por toda infância, tendo
habilidades cognitivas desenvolvidas ao mesmo tempo. O indivíduo é motivado
a falar pelo simples fato de precisar comunicar-se.
Existem diferentes teorias, métodos e materiais que são utilizados em aula
de idiomas. A área do ensino de línguas estrangeiras exige adequação
constante por parte do orientador, sendo necessário adaptar o
desenvolvimento de práticas a partir das suas necessidades e ajustes à
metodologia, caso seja permitido pela escola.
Resposta Física Total (Total Physical Response) – Este método é construído
por atividades motoras e habilidades orais trabalhadas simultaneamente.
Segundo Richards e Rodgers (2011, p.73) “o discurso direcionado para
crianças pequenas é consistido primeiramente de comandos, tendo como
resposta ações físicas antes de dar início à resposta verbal”11. Continuando
com o pensamento desses autores, verificamos o favorecimento desse método,
pois “atividade que envolve movimentos reduz o estresse, cria um ambiente
positivo e facilita a aprendizagem [...] muitas estruturas gramaticais e
vocabulários podem ser aprendidos por meio de comandos”12 (idem, p.73). A
compreensão auditiva é bastante desenvolvida na aplicação desse método e
com a exposição frequente do idioma, o aluno internaliza e consolida as frases
aplicadas.
Múltiplas Inteligências (Multiple Intelligences) – Esta teoria é baseada nas
diversas maneiras que o aluno tem de aprender, seja na educação geral ou no
ensino de um idioma. Seu autor, Horward Gardner, listou oito diferentes tipos
de inteligências que são: Linguística/Verbal, Lógico-Matemática,
Espacial/Visual, Corporal/Cinestésica, Musical, Interpessoal, Intrapessoal e
Naturalista. Para Richards e Rodgers (2011, p.117), a linguagem pode ser
aprendida quando integrada com música, ação corporal, relações
interpessoais, não estando limitada apenas a perspectiva linguística.
Abordagem Natural (The Natural Approach) – Esta abordagem é também
utilizada no aprendizado de idiomas de crianças pequenas, e não utiliza o
recurso da língua nativa como base. A exposição ao segundo idioma é
enfatizada por meio de palavras-chaves e o aluno é exposto a um período
prolongado de compreensão (input), podendo utilizar ações como resposta. A

18
produção oral (output) dá-se posteriormente, e esta por sua vez, só é realizada
quando o aluno se sentir preparado para reproduzi-la

CAPITULO 5

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES A RESPEITO DA SEGUNDA LÍNGUA

Existem muitos casos de pessoas que, já na infância, aprenderam duas


línguas, algumas inclusive, aprendem duas línguas ao mesmo tempo. Muitas
pessoas acreditavam que isso não seria bom para as crianças, pois isso faria
com que a criança confundisse as línguas, ou que não conseguiria aprofundar
seus conhecimentos em nenhuma delas. Até hoje, existem pessoas que
pensam assim. Devido a isso achamos importante esclarecer alguns desses
equívocos, e baseados no estudo e na própria colocação de Ligthbown &
Spada (1999). Em relação ao fato de se aprender duas línguas em um mesmo
tempo as autoras defendem a ideia de que:

The evidence suggests that, when simultaneous bilinguals are


in contact with both languages in a variety of settings, there is
every reason to expect that they will progress in their
development of both languages at a rate and in a manner
which are not different from those of monolingual children5.
(LIGTHBOWN & SPADA, 1999, p. 03).

Assim, não há motivos para não desafiar e não encorajar uma criança a falar
duas línguas. As autoras ainda expõem questões que afirmam isso ainda mais.
Para elas quando uma criança aprende uma língua em seu ambiente familiar, e
é por meio desta que sabe se comunicar, ao frequentar uma escola onde se
fala outra língua, a criança recebe um “corte” em sua primeira língua. Isso fará
com que ela perca a linguagem da família sem tê-la dominado. Desta forma,
ela não estará dominando a segunda língua e não continuará a desenvolver a
primeira.

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Não há evidências de que o cérebro infantil tenha capacidades ilimitadas,
de forma que o conhecimento de uma língua não diminuiria a aprendizagem de
uma nova língua, ou seja, nem a criança, nem o adulto, esqueceriam os
conhecimentos que já adquiriu em uma língua ao aprender outra. Crianças que
têm oportunidades de aprender múltiplas línguas e mantê-las em suas vidas
devem ser encorajadas a aprendê-las, sendo o mesmo caso para adultos.
A aprendizagem entre crianças e adultos difere em alguns pontos, pois
crianças normalmente aprendem sem objetivos, sem benefícios e sem os
conhecimentos sobre a língua que um adulto já possui. Além disso, crianças
não apresentam nervosismo ao tentarem usar a nova língua e não se
preocupam com os erros ocorridos. Já adultos e adolescentes consideram a
tentativa de fala, muitas vezes, uma ação estressante quando não conseguem
proferir sentenças claras e corretas. Crianças tendem a se “arriscar” mais na
nova língua, enquanto aprendizes mais velhos tendem a permanecer por um
tempo em silêncio até terem de ser forçados a falar. (Ligthbown & Spada,
1999).

CAPITULO 6
POR QUE APRENDER INGLÊS NA INFÂNCIA?

As crianças estão sendo inseridas no âmbito escolar cada vez mais cedo.
Onde, as escolas da atualidade oferecem oportunidades de aprendizagens
diversas das diferentes áreas do conhecimento acadêmico, priorizando a
formação deste sujeito com relação a sociedade em que vivi hoje. Frente a
nova configuração da Língua Inglesa, pesquisadores como Salles & Gimenez
(2010 apud KALVA; FERREIRA, 2011, p. 719), entendem esse idioma não
mais como uma língua estrangeira, mas sim como uma língua franca, sendo
usada internacionalmente como meio de comunicação entre falantes não-
nativos.
De acordo com Ligtbown & Spada (2003, apud MOTTER, 2007, p. 81), a
capacidade de uma criança em aprender mais de uma língua ainda em seus
primeiros anos de vida possibilita avanços para o desenvolvimento em ambas
línguas, Materna e Estrangeira. Portanto, inserir essa prática de ensino ainda

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na primeira infância (crianças menores de 6 anos de idade), propicia a manter
um primeiro contato com a Segunda Língua desde cedo, afim de que haja uma
familiarização com o idioma.
Para Figueiredo,
A idade do indivíduo é um dos fatores que determinam o modo pelo
qual se aprende uma língua. Mas as oportunidades para a
aprendizagem, a motivação para aprender, e as diferenças
individuais são também fatores determinantes para o sucesso na
aprendizagem. (FIGUEIREDO, 1997 apud GOLÇALVES, 2009 p.
02).

Capazes de absorver um vasto número de informações distintas, as


“crianças assimilam línguas com mais facilidade, porém têm grande resistência
ao aprendizado formal, artificial e dirigido”, além de não terem vergonha ou
medo de errar, “as crianças, mais do que os adultos, precisam e se beneficiam
de contato humano para desenvolver suas habilidades linguísticas”. (SCHÜTZ,
2004 apud CARVALHO, 2006, p. 02).
Os pequenos aprendizes são questionadores e gostam de demonstrar o que
sabem, fatores que os tornam totalmente participativos nas aulas. Com a
ausência desses bloqueios, o processo de aprendizagem se dá de forma leve e
natural, visto que “ ouvir mais de uma língua na infância torna mais fácil para a
criança ouvir distinções entre os fonemas dessas línguas mais tarde. ”
(NEWPORT, 1996 apud PIRES; PAIVA, 2001, p. 46).

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CONCLUSÃO
O interesse pela aquisição da segunda língua na infância está cada vez
maior e sabe-se que o ensino não deverá apenas limitar-se às aulas lúdicas e
prazerosas. Para Spratt (2011, p.68) não é uma tarefa fácil descrever o
aprendizado do segundo idioma, pois este acontece de maneiras diversas.
Outra grande diferença entre o aprendizado da língua materna e da segunda
língua na infância é que a primeira é quase sempre bem sucedida, enquanto a
segunda varia bastante.
A alta exigência de pais e responsáveis pede aprendizagens e propostas
pedagógicas eficazes, consequentemente, isso demanda professores cada vez
mais qualificados. Conhecimentos como a teoria construtivista e a zona de
desenvolvimento proximal de Vygotsky, metodologias e abordagens de ensino
da segunda língua, e os quatro pilares da educação, são fontes riquíssimas
que contribuem para a formação do professor e também do aprendiz. O ensino
na educação infantil não se resume apenas na transmissão de conhecimentos,
e sim na formação do ser humano, na interação social e na relação afetiva.
Com base nas concepções da teoria histórico-cultural de Vygotsky,
compreende-se que o processo de ensino aprendizagem da Língua Inglesa
para Crianças, pode oferecer oportunidades únicas para a formação social do
aluno, uma vez que, se faz necessária a participação dos indivíduos próximos a
essa criança na construção de sua expressão pessoal, identidade social, além
das suas habilidades comunicativa.
Para que esse processo ocorra, a colaboração do educador torna-se
indispensável. O docente tem o dever de intervir no desenvolvimento dos seus
pequenos aprendizes por meio das atividades propostas, que devem ser
adequadas ao estágio de desenvolvimento cognitivo em que a criança se
encontra. Os professores tornam-se multiplicadores em um processo continuo
para se obter uma escala de eficácia do ensino, afim de propiciar uma
aprendizagem significativa em uma progressão adjunta entre ele e o aluno.
Para que este se torne capaz de construir uma identidade, na qual, o instrua a
determinar sua condição de locutor, convertendo-se como sujeito participativo
do discurso.
É preciso estar munido de conhecimentos teóricos para quando deparar-se
com a prática de sala de aula, aplicar o procedimento adequado à turma, ao

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nível de desenvolvimento e às particularidades de cada criança. A experiência
pode ser mais pertinente do que a teoria em alguns casos, mas é certo que o
professor de idiomas necessita da combinação dos dois. .
Contudo, constata-se que o ensino precoce da Língua Inglesa é uma
temática complexa, que necessita de vastas pesquisas em torno de suas
possíveis influências e contribuições, não somente no desenvolvimento
linguístico e intelectual, mas também, na fundamental construção das relações
sociais e culturais das crianças.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

PILETTI, N. Aprendizagem: Teoria e Prática. 1ª edição. São Paulo: Contexto,


2013.

FERNÁNDEZ, G. E.; CALLEGARI, M. V. Estratégias Motivacionais para


Aulas Língua Estrangeira. 1ª edição. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 2010.

LA TAILLE, Y.; DE OLIVEIRA, M. K.; DANTAS.H.; Piaget, Vygotsky, Wallon:


teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.

RIVERS, M. Wilga. A metodologia do ensino de línguas estrangeiras.São


Paulo: Pioneira, 1975.

ROCHA, H. Cláudia. BASSO, A. Edcleia. Ensinar e aprender língua


estrangeira nas diferentes idades: reflexões para professores e
formadores. São Carlos: Editora Claraluz, 2008.

GOLÇALVES, R.M. A necessidade de incentivar a aprendizagem da língua


inglesa desde a infância. 2009.

BAQUEIRO, R. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes


Medicas, 1998.

PEREIRA, A.C.S.; PERES, M.G. a criança e a língua estrangeira:


contribuições psicopedagógicas para o processo de ensino e
aprendizagem. 2011.

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