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ATUALIDADES

NOVEMBRO

OMS declara nova cepa do vírus da covid-19 como "variante de preocupação"

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declara a nova variante do vírus da covid-19 como "variante de
preocupação" internacional, o que poderá acelerar governos a aplicar novas restrições de viagens e
medidas de cautela diante do risco que a mutação poderia gerar. O termo usado para designar a variante
será ômicron.
Nesta semana, as autoridades da África do Sul anunciaram a descoberta de uma nova variante do
coronavírus, depois de ela ter sido primeiro identificada há duas semanas. A cepa, segundo os cientistas,
tem uma "constelação incomum" de mutações e há preocupação sobre o impacto que ela poderia ter para
a eficácia da vacina.
Sua identificação já levou os mercados a sofrer duras quedas, enquanto governos reavaliam medidas de
controle social e mesmo aceleram processos de vacinação. A Comissão Europeia, por exemplo, já propôs
que medidas de urgência sejam adotadas para impedir a chegada de novos vôos da região sul do
continente africano, Na Bélgica, porém, um primeiro caso de contaminação pelo vírus já foi identificado.
Ainda que a mutação tenha sido apontada como motivo de explosão de casos numa região da África do
Sul, a OMS estima que ela provavelmente surgiu em outro país. A primeira amostra da variante foi
coletada em Botsuana em 11 de novembro.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e o Instituto Adolfo Lutz confirmaram hoje os dois
primeiros casos importados da nova variante ômicron do coronavírus no Brasil. Ambos os casos
aconteceram em um casal brasileiro que veio da África do Sul e desembarcou no aeroporto internacional
de Guarulhos no dia 23 de novembro. Segundo a secretaria, os dois não possuem registros de vacinação
na plataforma estadual VaciVida.

Além da nova variante Ômicron, outros eventos relacionados ao coronavírus devem ser destacados neste
mês. Confira:

03/11: nesse dia, a OMS aprovou o uso emergencial da Covaxin, vacina contra a Covid produzida pela
empresa indiana Bharat Biotech. Esse imunizante é indicado para maiores de 18 anos e tem eficácia de
78%. A vacina ainda não é usada no Brasil.

12/11: Com o aumento de casos de coronavírus na Europa, o continente conta com metade das infecções
no mundo. Nesse dia, a Holanda informou que entraria em lockdown parcial durante três semanas.

22/11: O governo da Áustria informou que, a partir de fevereiro de 2022, quem não quiser tomar a vacina
contra a Covid-19 terá que pagar multas de 3.600 euros, o equivalente a R$ 22,5 mil pela cotação atual.
Com isso, a Áustria seria o primeiro país da Europa Ocidental a tornar obrigatória a vacinação.
24/11: Nesse dia, o governo de São Paulo afirmou que vai deixar de obrigar o uso da máscara em
ambientes externos a partir de 11 de dezembro. (o que não ocorreu)

25/11: Eslováquia e Áustria decretaram lockdown parcial. Portugal voltou com restrições em hotéis e
restaurantes. A Alemanha chegou a registrar mais de 50 mil novos casos em apenas um dia. Reportagens
mostraram que o aumento das infecções ocorre porque há pessoas que ainda não se vacinaram.

Dados da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil) apresentaram que, hoje, as
doenças cardiovasculares voltaram a estar em primeiro lugar na lista das causas de morte dos brasileiros.
A maior quantidade de falecimentos se deve ao Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Desde abril de 2020, a maioria das mortes era em decorrência do coronavírus. Até o momento, 615 mil
pessoas morreram no Brasil devido à Covid-19.

Inep
Em novembro, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza o
Enem 2021, ficou em evidência. No dia 8, vários servidores do órgão pediram demissão relatando
episódios de assédio moral. Segundo os profissionais, a decisão foi tomada devido à "fragilidade técnica e
administrativa da atual gestão máxima" do instituto.

O presidente, Jair Bolsonaro, comentou, no dia 15 de novembro, que “as questões do Enem 2021 agora
estavam a cara do governo”. Em seguida, os 37 servidores que se demitiram afirmaram ter sofrido pressão
psicológica e vigilância velada na formulação do exame para que evitassem escolher questões polêmicas
que eventualmente incomodariam o governo Bolsonaro.

Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que os servidores do Inep se sentem
ameaçados e com risco de contrair a síndrome de Bournout, quando há esgotamento no trabalho.

Enem 2021
As provas do Enem 2021 foram aplicadas nos dias 21 e 28 de novembro. Eram esperados mais de 3
milhões de estudantes, mas 26% faltaram no primeiro dia de prova e 29% no segundo. O ministro da
educação, Milton Ribeiro, avaliou que o número de ausentes não é considerado alto por estarmos em meio
a uma pandemia. Mesmo assim, o Enem 2021 terminou com a menor participação em mais de uma
década.
No primeiro dia do Enem 2021, que abordou a área de humanas, as provas trabalharam temas sociais,
ligados a indígenas e racismo e músicas brasileiras. Já no segundo dia, os participantes resolveram
questões de exatas e da natureza. Professores consideraram os temas tradicionais e destacaram a
ausência de perguntas sobre a pandemia. Química e Física foram consideradas as provas mais difíceis
pelos inscritos.
A redação do Enem 2021 teve como tema: "Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no
Brasil". Professores e alunos comentaram que ficaram surpresos com o assunto.
O Enem Digital 2021 teve 68.892 inscrições confirmadas, mas somente 34 mil estudantes participaram das
provas, uma abstenção de 50,1%. Novidade do Governo Bolsonaro, Enem Digital foi marcado por erros e
baixa adesão.
Os gabaritos do Enem 2021 foram liberados ontem, 1º de dezembro. Já as notas devem sair no dia 11 de
fevereiro de 2022, conforme o ministro Ribeiro.

Novo estado
Um projeto que defende a criação de um novo estado brasileiro está em tramitação no Senado. O projeto
almeja que o estado em questão se chame Tapajós e que englobe 43,15% do atual território do Pará,
totalizando 538,049 mil km².
Ainda conforme o projeto, Tapajós teria como capital a cidade de Santarém e mais 22 municípios.
Também concentraria 15% da população paraense, o que equivale a 2 milhões de habitantes.
Mas, para que o estado de Tapajós realmente seja criado, é necessário passar por várias etapas, entre as
quais, consulta à população.

COP 26
O primeiro dia de discursos da Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre as Mudanças Climáticas
(COP26), em 1º de novembro, foi representado pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. Segundo
ele, o Brasil agora deverá zerar o desmatamento ilegal até 2028; antes a previsão era 2026.
Conforme o novo cronograma apresentado por Leite, o plano de desmatamento ocorrerá da seguinte
maneira:
Até 2024: menos 15% de desmatamento
Em 2025 e 2026: menos 40% de desmatamento
Até 2027: menos de 50% de desmatamento
Até 2028: 0% de desmatamento ilegal

A Human Rights Watch afirmou que o Brasil precisa de ações urgentes para acabar com o desmatamento
na Amazônia e que a meta apresentada por Leite "não exige a adoção de um plano operativo, com metas
e ações, para sua implementação até setembro de 2022".
A COP26 terminou no dia 13 de novembro. Na ocasião, representantes de quase 200 países-membros
assinaram um texto que prevê a redução gradativa dos subsídios aos combustíveis fósseis e do uso do
carvão.
Depois de duas semanas de intensas negociações em Glasgow, na Escócia, a COP26 (Conferência do
Clima das Nações Unidas) aprovou neste sábado (13) um acordo sobre a redução do aquecimento global.
As primeiras opiniões de especialistas apontam que o presente acordo não é ideal e provoca muitos
desapontamentos, mas inegavelmente é um avanço que nos mantém na direção certa na luta contra a
crise climática.
Pela primeira vez na história, é registrado o impacto dos combustíveis fósseis para a crise climática, é
assinado um grande acordo para o fim do desmatamento e avançamos nos debates sobre a proteção dos
povos indígenas.
Consideradas todas as dificuldades para obtenção do presente acordo, não se pode negar que se trate de
um avanço imenso na batalha contra o aquecimento global.
A partir de Glasgow, os países signatários poderão negociar créditos de carbono uns com os outros
visando atingir suas reduções de emissões de gases de efeito estufa por meio de venda de créditos de
emissões excedentes, desde que tenham cumprido seus compromissos.
A partir do estabelecimento deste mecanismo, o mercado de carbono ganhará a prioridade necessária
porque, pela primeira vez e de fato, Capital, Meio Ambiente e Tecnologia estarão atuando juntos em um
projeto global.

Nicarágua
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, foi reeleito no dia 8 de novembro para seu quarto mandato de
cinco anos com 75% dos votos. Walter Espinosa, que ficou em segundo lugar, é acusado de ser aliado de
Ortega.
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, considera que as eleições da Nicarágua foram uma “farsa”. Por
outro lado, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reforçou seu apoio a Ortega.
Ortega venceu as eleições para presidente pela primeira vez em 2007. Em abril de 2018, iniciou-se uma
crise política na Nicarágua que levou o país a uma espiral de violência praticada pelas forças que
defendem o presidente.
Após eleições polêmicas, com sete opositores detidos, Ortega, que chegou ao poder pelas urnas em 2007
e completará 76 anos na quinta-feira (11), continuará na presidência e liderando a FSLN (Frente
Sandinista de Libertação Nacional), ao lado da influente Rosario Murillo (70), sua esposa, candidata à
vice-presidência pela segunda vez.
O ex-guerrilheiro, que também governou o país nos anos 1980, depois que a FSLN derrubou em 1979 o
ditador Anastasio Somoza, enfrentou cinco candidatos, desconhecidos e classificados como colaboradores
do governo.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou de "farsa" as eleições, e a Costa Rica - vizinha da
Nicarágua - não reconheceu o pleito, enquanto o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou apoio
a Ortega. Os 4,4 milhões de eleitores também definiram os 90 deputados do Congresso.
A comunidade internacional já havia criticado as eleições por considerá-las não democráticas. Estados
Unidos e UE anunciaram sanções ao círculo íntimo de Ortega. Biden assinará um arsenal de medidas,
com base na lei 'RENASCER', para aumentar a pressão sobre o governo de Ortega.
A situação na Nicarágua será debatida esta semana na Assembleia Geral da OEA (Organização dos
Estados Americanos), que pode suspender o país do bloco regional. Analistas advertem que um
isolamento vai piorar a situação socioeconômica e provocará um novo aumento da migração.

Auxílio Brasil

O governo federal começa a pagar nesta quarta-feira (17) o Auxílio Brasil – programa que substitui o Bolsa
Família.
Segundo o Ministério da Cidadania, neste primeiro mês serão contempladas mais de 14,5 milhões de
famílias, que receberão um total de mais de R$ 3,25 bilhões. O valor médio neste mês será de R$ 224,41
por família.
Neste mês de novembro, o Auxílio Brasil será pago a quem já era beneficiário do Bolsa Família – exceto
aqueles que, ao longo do mês de outubro, tenham deixado de atender as regras do próprio bolsa. Serão
cerca de 14,6 milhões de beneficiários.
Quem ainda não recebia Bolsa Família, mas está inscrito no Cadastro Único e atende os requisitos do
programa, poderá ser incluído nos próximos meses, mas não há garantias nem prazos. O Ministério da
Cidadania promete adicionar mais 2,4 milhões de beneficiários em dezembro.

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