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Resposta Imunológica
Disciplina – Citologia Clínica
Curso: Farmácia
Professor: Daniel Soares do Nascimento
Patogenia das Infecções Virais
Introdução
Fatores de virulência
Fatores:
Raça, idade, sexo, condição corporal e
estado fisiológico;
-Secreções Respiratórias
- Fezes
- Pele Excreção
- Trato Genitourinario viral
- Leite Materno
- Sangue
Patogenia das Infecções Virais
Patogenia das Infecções Virais
Pele
Camada epidérmica queratinizada.
•Vias de entrada:
–Picada de artrópode (vetor): Arbovírus;
–Pequenas lesões: HPV, HSV, HBV;
–Mordida de animal: Rabdovírus;
–Iatrogênica (intervenção humana): HBV, HCV, HIV.
Patogenia das Infecções Virais
Trato respiratório
Mecanismos de proteção:
Infecções respiratórias
localizadas:
•Rinovírus, Parainfluenza, Influenza,
Coronavírus, RSV, muitos Adenovírus
e alguns enterovírus.
Doenças generalizadas:
•Vírus da caxumba, sarampo,
rubéola, catapora e varíola
Patogenia das Infecções Virais
Trato digestivo
Acidez do estômago
Alcalinidade do intestino
Presença de sais biliares
Enzimas proteolíticas
Camada de muco
Células fagocitárias
Outras Vias
-Transplantes: Citomegalovirus, Virus Epstein-Barr;
2º
Excreção
viral
Patogenia das Infecções Virais
Disseminação nervosa
DISSEMINAÇÃO HEMATÓGENA
Patogenia das Infecções Virais
DISSEMINAÇÃO NERVOSA
Resumindo...
Patogenia das Infecções Virais
3º
Infecção
Excreção
viral
“A sobrevivência dos vírus como espécie depende
de infecções sucessivas e contínuas de diferentes
indivíduos e/ou de infecções prolongadas no
mesmo indivíduo...
Clinicamente
Aparente Latente
INFECÇÃO NÃO
PRODUTIVA
Sub clínica Persistente
Infecções produtivas
Patogenia das Infecções Virais
INFECÇÃO AGUDA
Anticorpos
Natureza auto-limitante
INFECÇÃO CRÔNICA
- Persistência do agente no hospedeiro por longos períodos, muitas
vezes pelo resto da vida
Biologia do agente
Duração
Longos períodos de absoluta ausência de replicação viral intercaladas
com episódios esporádicos de reativação, replicação e excreção viral.
Escape à vigilância imunológica.
Genoma viral em forma de epissomo.
Reativação por estresse ou corticóides endógenos
Reativação permite a perpetuação
Coexistência do agente com a
resposta imune após a fase aguda
Controle parcial da infecção
Genoma integrado à celula
Retrovírus (HIV)
Acomete todos os indivíduos
-Secreções Respiratórias
- Fezes
- Pele Excreção e
- Trato Genitourinario Transmissão
- Leite Materno viral
- Sangue
Interações dos vírus
com as células
Efeito
Citopático
...e
IMUNOPATOLOGIAS!!
INCLUSÕES CELULARES
Acúmulo de Proteínas e
Ácidos Nucleicos Virais
TRANSFORMAÇÃO CELULAR
EFEITO CITOPÁTICO
Formação de Sincícios
Patogenia das Infecções Virais
IMUNOPATOLOGIAS
1. Deposição de imunocomplexos
2. Autoimunidade
3. Imunopatologia Mediada por Linfócitos
T Citotoxicos
4. Imunosupressão
...e depende do balanço entre as estratégias virais
para se perpetuar no organismo e dos
mecanismos de defesa do hospedeiro para
erradicar o agente...”
Características:
Citocinas
Componentes:
Interferon Interferon
(IFN) ALFA Interferons
(IFN) BETA
são Citocinas
Resposta Imunológica do Hospedeiro
1) MACRÓFAGOS, MONÓCITOS:
- liberação de citocinas: Interleucinas (IL-1, IL-6 e IL-8); Fator
de Necrose Tumoral (TNF-)
- produção de óxido nítrico (NO) inibe a replicação intracelular
de alguns vírus
- podem apresentar antígenos para Linfócitos T
IFN-γ e
TNF-α
As Dcs reconhecem
estruturas moleculares
compartilhadas por
diferentes agentes
infecciosos e que são
denominadas de
padrões moleculares
associados a patógenos
(PAMPs)
Reconhecidos por
Receptores de
PAMPs
Resposta Imunológica do Hospedeiro
HUMORAL e CELULAR
Reconhecem
antígenos solúveis
Linfócitos Th ativados
produzem citocinas e
assim estimulam
linfócitos B= proliferação
de LB = secreção de
anticorpos e produção de
células de memória
Função dos Linfócitos T Citotóxicos (Tc)
(a)Proteínas virais, geradas durante o ciclo replicativo viral, são
conjugadas com moléculas do MHC-I. Os complexos MHC-I+ Proteinas
virais são transportados até a superfície celular, onde ficam expostos
(b)Linf Tc reconhecem antígenos pelos receptores de membrana (TCRs)
juntamente com a molécula acessória CD8. Reconhecimento dos
peptídeos+MHC-I pelo TCR+CD8 resulta na ativação dos linfócitos T
CD8
Linfócitos Tc ativados
saem dos linfonodos e
circulam pelo organismo
atrás de
PEPTIDEOS+MHC-
I=destruição de células
infectadas de forma mais
especifica
Importância dos linfócitos Tc (TCD8+) na imunidade
antiviral
Diferenciação em
Diferentes Plamocitos e prod.
Receptores Anticorpos
das Células B
2- antigenos soluveis
reconhecidos pelos LB ou DC
(3)
4 e 5- apresentação de
antigenos a Th pelas DC e LB,
secreção de citocinas que
estimulam a proliferação e
diferenciação dos LB
Plasmócitos produtores de
anticorpos e células de
memória!!!
Anticorpos -> Resposta Humoral
Respostas primária e secundária/memória
imunológica
Células de Vida
RESPOSTA PRIMÁRIA
Curta
Células de
Memoria
2º. Contato=RESPOSTA SECUNDÁRIA;
produtoras de
MAIS RÁPIDA E MAIS INTENSA
Anticorpos
contágio aquisição
c) Variação antigênica;
Rotas não-sexuais.
Mãe para o recém-nascido (transmissão vertical,
rara)
Objetos (roupas íntimas , luvas cirúrgicas,
fórceps para biópsias, etc.,)
– Hipóteses ainda não devidamente documentadas
Determinantes da Infecção pelo HPV
Sexo feminino Sexo masculino
Idade precoce da primeira Idade precoce (faixa de
relação sexual pico:
Idade precoce (faixa de 25–29 anos de idade)
pico: Número de parceiras
20–24 anos de idade) durante vida sexual ativa
Número de parceiros Não ser circuncidado
recentes e ao longo da vida
vida
Comportamento sexual do
parceiro masculino
Uso de contraceptivo oral
Parceiro masculino não
circuncidado
Prevenção das Infecções pelo HPV.
Verrugas genitais:
30 milhões 3
1. Parkin DM, Bray F, Ferlay J, Pisani P. CA Cancer J Clin. 2005;55:74–108. 2. Organização Mundial de Saúde. Genebra, Suíça: Organização Mundialo
de Saúde; 1999:1–22. 3. Organização Mundial de Saúde. Departamento de Informações da OMS. Destaque da OMS. 1990;152:1–6.
HPV e Verrugas Anogenitais.
Infectividade >75%
remissão expontânea - até 40%
Terapias tópicas e cirúrgicas;
tratamento pode ser doloroso e
constrangedor.
Taxas de recorrência variam
bastante.
HPV 6 e 11 são responsáveis por
>90% das verrugas anogenitais¹
Risco estimado de
desenvolvimento de verrugas
genitais ~10%
HPV e Câncer 1
% Associada a Certos
Câncer
Tipos de HPV
Cervico-uterino* ≥95%
Vaginal* 50%
Vulvar* >50%
Peniano 50%
Anal >70%
Orofaríngeo 20%
Não-melanoma da pele/célula escamosa
90%**
cutânea
Número de doses
Efeitos Adversos
Mulheres previamente expostas
Eficácia
Reações adversas
Gravidez
Conclusão:
Comprovou-se em relação a vacina quadrivalente recombinante
6, 11, 16, 18:
Alta eficácia na prevenção de câncer cervical, vulvar, vaginal
e outras doenças ano-genitais causadas pelos tipos 6, 11, 16
e 18.
Substancial redução de CIN 2/3 e AIS comparada ao uso de
placebo
Imunogenicidade comprovada em adolescentes e mulheres
jovens
Evidência de resposta anaminéstica
Segurança
Boa tolerância
Boa aceitação
Efeitos colaterais locais e apenas febre como efeito adverso
sistêmico
CRITÉRIOS CITOMORFOLÓGICOS DE
MALIGNIDADE
As células superficiais normais do epitélio cérvico-vaginal são oriundas de células
profundas do mesmo epitélio por divisão celular e progressiva maturação.
Estes achados são compatíveis com normalidade genética, com epitélio normal.
Nos epitélio atípicos isto não se observa.
Estas alterações são tão peculiares que tornam possível a classificação citológica das
atipias epiteliais em leves, moderadas e acentuadas. Não foge à regra o diagnóstico de
carcinoma "in situ", invasor, tanto de origem escamosa como glandular.
Vacuolizações atípicas
A coilocitose observada na infecção por HPV, indicativa de infecção ativa, apresenta-se como
grandes cavidades que tomam quase que totalmente o citoplasma da célula afetada. O
coilócito verdadeiro tem 3 características: atipia nuclear, extenso halo perinuclear e
espessamento das bordas deste vacúolo.
Papa 10 x - Neoplasia intra-epitelial
cervical grau 2 (Displasia moderada). Da
mesma lâmina da imagem anterior.
Observar a presença de células
paraceratóticas atípicas (1).
Papa 40 x – Paraceratose – Células
fusiformes . Podem ser observadas em
achados colposcópicos de epitélio branco
Papa 40 x – Carcinoma de células
escamosas "in situ". Em (1) células do
"terceiro tipo" e em (2) células atípicas
paraceratóticas (carcinoma "in situ" com
diferenciação superficial).
Papa 10 x – Coilocitos – Células do
porte das intermediárias ou superficiais
exibindo núcleos atípicos, halo
perinuclear extenso com bordas
espessadas (1)
Papa 40 x – Coilocitos – Detalhe da imagem
anterior.
CRITÉRIOS NUCLEARES DE MALIGNIDADE
Cariomegalia (Figura 67) - é o crescimento do núcleo acima do usual. Deve-se a uma maior
quantidade de DNA e pela presença de cromatinas gigantes e anômalas.
Hipercromasia (Figuras 58, 64, 70, e 72) - maior afinidade tintorial do núcleo. Os núcleos se
coram mais intensamente. Deve-se a maior riqueza de DNA.
Cromatina grosseira e irregular (Figuras 72, 74 e 78)- é um dos maiores critérios
citomorfológicos de malignidade. As células normais possuem cromatina finamente distribuída
e uniforme. As células atípicas exibem cromossomas anômalos, grandes e irregulares que se
somam em cromatinas também grandes e irregulares.
Espaços vazios (Figuras 75 e 78- é outro grande critério de malignidade. O arranjo irregular da
cromatina faz com que apareçam cavidades no núcleo.
Membrana nuclear grosseira e irregular - devido a um arranjo também irregular da cromatina,
nas imediações da face interna da carioteca.
Contorno nuclear irregular - determina formatos nucleares bastante diversos.
Presença de nucléolos múltiplos, proeminentes e irregulares (Figuras 60, 61 e 74) - é indicativa
de neoplasia pouco diferenciada ou de adenocarcinoma. É um grande critério de malignidade.
Papa 40 x - Neoplasia intra-epitelial cervical
grau 2 (Displasia moderada) – Células do porte
das parabasais com núcleo aumentado de
tamanho, contorno nuclear irregular e
cromatina mais granulosa que a observadas nas
NIC 1.
Papa 40 x – AGUS favorável a neoplasia (adenocarcinoma "in situ" ou carcinoma de células
escamosas "in situ" indiferenciado) – Células endocervicais com um mínimo ou ausência de
citoplasma, exibindo núcleos hipertrofiados, agrupados e com tendência a formação de "fileira
indiana". A cromatina é levemente irrgular e com pequenos nucléolos.
Papa 40 x - Neoplasia intra-epitelial
cervical grau 1 (Displasia leve) –
Detalhes da imagem anterior.
Papa 40 x – Carcinoma de células escamosas "in situ"
do tipo indiferenciado. Células desprovidas de
citoplasma e em "fila indiana" (3), célula parabasal (1)
com cromatina grosseira e espaços vazios (células do
"terceiro tipo") e um pequeno coilócito (2)
Papa 40 x – Carcinoma de células escamosas
provavelmente micro-invasor – O diagnóstico com certeza
e histopatológico, no entanto células com morfologia de
carcinoma "in situ", porém com nucléolos e presença de
hemácias lisadas sugerem a possibilidade de micro-invasão.
Papa 10 x – Carcinoma de células escamosas invasor pouco diferenciado – Esfregaço com
numerosas células escamosas de pequeno porte apresentando anisocariose, cromatina grosseira,
espaços vazios, pequenos nucléolos e escasso citoplasma
Papa 40 x – Carcinoma de células escamosas provavelmente micro-
invasor – Além de hemácias lisadas a presença de pequenos focos de
necrose (círculo) sugere a possibilidade de micro-invasão.