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04/05/2019

ALEITAMENTO MATERNO:
COMPOSIÇÃO, MANEJO E
TÉCNICAS, BENEFÍCIOS E
CONTRAINDICAÇÕES

NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA OBSTÉTRICA


E PEDIÁTRICA

AULA 8

Prof. Flávia Santos

ALEITAMENTO MATERNO:
COMPOSIÇÃO, MANEJO E
TÉCNICAS, BENEFÍCIOS E
CONTRAINDICAÇÕES

SEÇÃO 3.2

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04/05/2019

LEITE HUMANO

Alimento completo e ideal para lactentes,


devido aos seus aspectos nutricionais,
imunológicos, cognitivos, econômicos e afetivos.

ALEITAMENTO MATERNO

Aleitamento materno exclusivo:

Até os seis meses de vida.


Quando a criança recebe somente o leite
materno, direto de mama ou ordenhado, ou
leite humano de outra fonte, sem outros
líquidos ou sólidos, com exceção de vitaminas e
sais de reidratação oral.

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ALEITAMENTO MATERNO

Aleitamento materno complementado:

A partir dos seis meses.


Aleitamento materno associado à
alimentos sólidos ou semi-líquidos, com o
objetivo de complementar o aleitamento
materno e não substituí-lo.

ALEITAMENTO MATERNO

Lactogênese: Produção láctea

Lactopoese: Ejeção láctea

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HORMÔNIOS ENVOLVIDOS DIRETAMENTE NA


LACTOGÊNESE E LACTOPOESE

Prolactina: Produção láctea


Ocitocina: Ejeção ou liberação do leite

Estímulos:

Prolactina: Sucção

Ocitocina: Sucção, visão, cheiro e choro da criança,


motivação, autoconfiança e tranquilidade.
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LACTOGÊNESE
Primeiro estágio:

• Último trimestre da gestação: Aumentos


significativos na produção da lactose, proteínas totais
e imunoglobulinas.

• Terceiro mês de gestação: Secreção láctea que


lembra o colostro.

• Segundo trimestre de gestação: Lactogênio


placentário humano, com maior desenvolvimento
das estruturas mamárias, será responsável pela
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síntese de colostro.

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LACTOGÊNESE

Segundo estágio:

• Dois a três dias pós-parto, clinicamente caracterizado


como momento da “descida do leite”.

• Aumento do fluxo sanguíneo, captação de oxigênio e


glicose, bem como concentração de citrato.

• As mudanças no leite continuam por 10 dias e, a


partir desse período, considera-se que já produz leite
maduro.
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LACTOGÊNESE

Terceiro estágio (galactopoese):

• Manutenção da lactação.

• Esse processo exige a produção de leite no alvéolo e


a saída do mesmo pelos ductos lactíferos, e, quando
não há saída, ocorre aumento na pressão capilar,
inibindo nova síntese de leite.

• A falta de sucção impedirá que o hipotálamo


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estimule a hipófise a produzir prolactina.

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LEITE HUMANO

• Alimento ideal para a criança e atende às


necessidades nutricionais e imunológicas para
o crescimento e desenvolvimento adequados.

• Composição nutricional balanceada, com


fatores antimicrobianos, agentes anti-
inflamatórios, enzimas digestivas, hormônios
e fatores de crescimento.

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LEITE HUMANO

Composição varia nos diferentes estágios da lactação:

• Colostro: leite secretado nos primeiros dias até cerca


de uma semana pós-parto.

• Leite de transição: leite secretado do 7º ao 10º dia


ou até duas semanas pós-parto.

• Leite maduro: leite secretado após duas semanas pós


parto.
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COLOSTRO

• Líquido amarelado e espesso, com alta


concentração proteica, vitaminas lipossolúveis
e minerais como sódio e zinco.

• Quando comparado ao leite maduro, possui


menor quantidade de lactose, gordura e teor
energético.

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COLOSTRO

As concentrações de imunoglobulinas no
colostro são altíssimas e este conteúdo de
anticorpos confere proteção contra bactérias e
vírus que estão presentes no canal de parto,
associados a outros contatos humanos. Por isso,
é importante que o recém nascido receba
colostro, mesmo que em poucas quantidades,
nas primeiras 48 horas.
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COLOSTRO

• Presença do fator bífido, que é um


polissacarídeo responsável pelo crescimento
da microbiota intestinal específica,
caracterizada pela presença de Lactobacillus
bifidus.
• Facilita a eliminação do mecônio e possui
propriedades anti-inflamatórias.
• Composição compatível com as necessidades
do recém nascido que, neste momento,
necessita muito mais de proteção. 15

LEITE DE TRANSIÇÃO

Aumento da lactose, gordura, valor energético e


vitaminas hidrossolúveis, variando a composição
do leite até se transformar no leite maduro.

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LEITE MADURO
Proteína: 1,2 a 1,5g/dL e é adequada à velocidade do
crescimento do lactente

60% de proteínas do soro (alfalactalbumina,


imunoglobulinas e enzimas)

40% de caseína (quando sofre hidrólise, é fracionada


facilitando a digestão)

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LEITE MADURO

Todas as classes de imunoglobulinas estão


presentes, sendo a IgA a principal, com
propriedades importantes de proteção da
mucosa intestinal já que é resistente a ação
enzimática.

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LEITE MADURO

Lactose: Carboidrato mais expressivo no leite


humano, com 7g/dL

Oligossacarídeos: 1g/dL com funções de


proliferação do Lactobacilus bifidus na
microbiota intestinal e proteção contra infecções
gastrintestinais, pois estes oligossacarídeos em
meio à lactose produzem ácidos láctico e
succínico, o que diminui o pH intestinal,
tornando-se um meio desfavorável à
proliferação T. 19

LEITE MADURO

Lactose:

• Dissacarídeo composto dos dois


monossacarídeos, glicose e galactose, sendo,
portanto, favorável ao sistema nervoso, já que
esta última é constituinte do tecido nervoso e
cerebral.

• Favorece a absorção de cálcio, fósforo e


magnésio. 20

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LEITE MADURO
Lipídios:

• Componentes energéticos mais importantes do leite


materno.

• 3,5g/dL (97% de triglicerídeos e quantidades


pequenas de fosfolipídios, colesterol e ácidos graxos
livres)

• Quantidade total de gorduras não sofre influência da


dieta e da condição nutricional da mãe.
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LEITE MADURO

Lipídios:

• Ácidos graxos são altamente influenciados


pelo tipo de gordura consumido.

• Geralmente, o leite materno possui


quantidades significativas de ácidos graxos
essenciais, importantes para o
desenvolvimento da criança.
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LEITE MADURO
Minerais e os oligoelementos:

• Totalmente compatíveis com as necessidades e com


o metabolismo do bebê.

• Ferro: baixas quantidades, mas alta


biodisponibilidade.

• Criança que recebe aleitamento materno exclusivo


não tem necessidade de água, pois a carga osmótica
renal do leite humano não sobrecarrega suas
funções. 23

LEITE MADURO

Vitaminas:

• Quantidades suficientes para as necessidades


do bebê, com exceção da vitamina D.

• Exposição solar

• Suplementação
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LEITE MADURO

Variação biológica durante a mamada:

Leite anterior: aquoso, com menos gordura e


teor energético;

Leite posterior: maior quantidade de gordura.

Importante que o bebê esvazie a mama por


completo, para receber todas as propriedades
oferecidas. 25

LEITE HUMANO

• Para os recém-nascidos prematuros também há


inúmeras vantagens, incluindo melhora na digestão,
absorção, imunidade, desenvolvimento neurológico,
além dos benefícios psicológicos à mãe.

• Leite das mães dos recém-nascidos prematuros


possui maior concentração de calorias, gorduras,
proteínas, sódio e IgA, e menor quantidade de
lactose, cálcio, fósforo, quando comparado com o
leite de mães de recém-nascidos a termo.
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VANTAGENS GERAIS DO LEITE MATERNO

1. Fonte de nutrientes
2. Estabelece vínculo mãe e filho
3. Reduz mortalidade infantil
4. Fonte de fatores imunológicos
5. Evita diarréia e infecções respiratórias
6. Reduz risco de desenvolvimento de alergias
7. Melhor desenvolvimento da cavidade oral
8. Efeito positivo na inteligência
9. Reduz obesidade na vida adulta
10.Reduz fertilidade materna 27

VANTAGENS DO ALEITAMENTO MATERNO

Vantagens técnicas:
• Imediatamente disponível
• Temperatura ideal
• Seguro microbiologicamente
• Econômico

Vantagem psicológica:
• Vínculo mãe e filho
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Vantagens orgânicas para o lactente:


• Fácil digestibilidade e hipoalergênico

Vantagens maternas:
• Favorece a perda gradual de peso materno
• Ocitocina: Promove contração da
musculatura uterina
• Proteção contra câncer mamário
• Método contraceptivo

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INÍCIO DO PROCESSO DE AMAMENTAÇÃO

Importantes tanto a posição como a pega da


criança no peito, ou seja, o abocanhamento.

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COMO AMAMENTAR:
• Quando oferecer o peito?

1. Desde a sala de parto


2. Livre demanda
3. Esvaziar o seio a cada mamada

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POSIÇÕES PARA AMAMENTAÇÃO

Sentada: o bebê está na frente para a mãe, seu


abdômen está colocado junto ao da mãe e as costas
apoiadas. Além disso, o bebê tem que estar apoiado nas
pernas da mãe ou em um travesseiro bem colocado no
colo dela.

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POSIÇÕES PARA AMAMENTAÇÃO

Deitada: a mãe
permanece deitada de
lado e com a barriga do
bebê junto ao seu
corpo e oferece o peito
do lado em que está
deitada. É uma posição
adequada quando a
mãe é submetida a
uma cesariana.
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POSIÇÕES PARA Sentada invertida:


coloca-se o corpo do
AMAMENTAÇÃO bebê debaixo da axila
materna com o ventre
apoiado sobre as costelas
da mãe. O corpo do bebê
deve estar apoiado pelo
braço materno e a
cabeça pela mão da mãe.
Posição adequada nos
casos de mamas ou
mamilos machucados
com intuito de mudar o
local da pega do bebê e
nos pós-operatórios de
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cesariana.

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TÉCNICAS FACILITADORAS

• No início, para estimular a descida do leite, as


mamas podem ser massageadas e,
posteriormente, extraídas algumas gotas de
leite para a aréola ficar mais macia.

• A posição adequada e confortável é


importante, mas, além disso, é essencial para
o sucesso da amamentação a observação do
abocanhamento da criança.
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PEGA

• A criança deve abrir bem a boca, de forma que


alcance parte ou toda a aréola, ficando o lábio
superior virado para cima e o inferior para baixo.

• A mãe deve colocar o polegar acima da aréola e


os demais dedos e a palma da mãe debaixo da
mama, formando uma prega, deixando os dedos
longe do mamilo para que o bebê possa
abocanhar boa parte da aréola.
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OBSERVAÇÕES
• Amamentar não dói e, portanto, se isso acontecer o
ato está sendo realizado de maneira errada.
• Durante a mamada, a criança não pode fazer barulho
para sugar, a não ser o da deglutição.
• Se, enquanto a criança suga, entra ar pelo canto da
boca, este pode produzir gases e aumentar o risco de
cólicas.
• Se a pega estiver errada, aumentam as chances de
fissuras e rachaduras no mamilo, além de dificultar o
esvaziamento da mama, promovendo a diminuição
da produção de leite e consequentemente o não
ganho de peso adequado. 38

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DIRETRIZES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE


APOIADORES DA AMAMENTAÇÃO
• Hospital Amigo da Criança,
• Método Canguru,
• Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil,
• Mulher Trabalhadora que Amamenta,
• Normas Brasileiras de Comercialização de
Alimentos para Lactentes e Crianças de
primeira infância, e
• Rede de Banco de Leite Humano (BLH)
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DIRETRIZES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE


APOIADORES DA AMAMENTAÇÃO
Banco de Leite Humano (BLH) executa
atividades de coleta do leite materno,
seleção, classificação, processamento,
controle de qualidade e distribuição,
por exemplo, para os lactentes
hospitalizados que por algum motivo
não podem receber o leite da própria
mãe. Para a coleta há os chamados
Postos de Coleta de Leite Humano
(PCLH) que possuem unidades fixas ou
móveis e intra ou extra-hospitalares.
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DIRETRIZES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE


APOIADORES DA AMAMENTAÇÃO
A RDC nº171 (2006) regulamenta os
bancos de leite no Brasil, com
preconizações sobre as atribuições do
BLH e PCLH, procedimentos,
dimensionamento das estruturas além
de quando a doação pode acontecer.
São elas: produção excessiva, ou seja,
produção de um volume de leite além
da necessidade do bebê; estar
saudável; não usar medicamentos que
impeçam a adoção e estar disposta a
doar o excedente. 41

DIRETRIZES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE


APOIADORES DA AMAMENTAÇÃO
Iniciativa Hospital Amigo da Criança foi
lançada em 1991 e, atualmente, mais
de 20.000 hospitais de 156 países
adotam essa iniciativa, inclusive o
Brasil, que está inserida na Estratégia
Global para Alimentação de Lactentes
e Crianças de Primeira Infância da
Organização Mundial da Saúde (OMS)
e Fundo das Nações Unidas para
Infância (Unicef).

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DIRETRIZES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE


APOIADORES DA AMAMENTAÇÃO
O Hospital Amigo da Criança é uma
estratégia efetiva para o aumento da
prevalência e duração do
aleitamento materno, e, para o
credenciamento dos hospitais nessa
estratégia, estes devem cumprir “os
10 passos para o Sucesso do
Aleitamento Materno” e as normas
do Código Internacional de
Comercialização de Substitutos do
Leite Materno.
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DIRETRIZES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE


APOIADORES DA AMAMENTAÇÃO
Em 22 de maio de 2014, o Ministério
da Saúde publicou a Portaria 1.153
(MS, 2014) que incluiu dois novos
critérios de habilitação da iniciativa
Hospital Amigo da Criança que são:
presença de acompanhante para o
recém-nascido internado em UTI
neonatal durante todo o período de
permanência no hospital, e o
Cuidado Amigo da Mulher, que prevê
as boas práticas de atenção ao pré-
natal, parto e pós-parto adotados na
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Rede Cegonha.

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DIRETRIZES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE


APOIADORES DA AMAMENTAÇÃO

O Método Canguru – Atenção Humanizada ao


Recém-Nascido de Baixo Peso – foi
implementado no Brasil em 1997, com o intuito
de auxiliar no combate à mortalidade de bebês
prematuros e/ou nascidos com menos de 2,5 kg,
com uma série de cuidados ao recém-nascido,
incluindo o estímulo ao contato de mãe/pai e
bebê, gradualmente, até a posição canguru.

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DIRETRIZES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE


APOIADORES DA AMAMENTAÇÃO
Entre os resultados positivos, destacam-se:
• aumento do vínculo mãe-filho;
• redução no tempo de separação mãe-
filho;
• melhora da qualidade do
desenvolvimento neurocomportamental
e psico-afetivo do recém nascido de baixo
peso;
• estímulo ao aleitamento materno,
permitindo maior frequência,
precocidade e duração;
• controle térmico adequado;
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DIRETRIZES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE


APOIADORES DA AMAMENTAÇÃO
• favorecimento da estimulação
sensorial adequada do recém- -
nascido;
• contribuição para a redução do risco
de infecção hospitalar;
• redução do estresse e a dor dos recém-
nascido de baixo peso;
• propicia um melhor relacionamento da
família com a equipe de saúde;

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DIRETRIZES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE


APOIADORES DA AMAMENTAÇÃO
• propicia um melhor relacionamento da
família com a equipe de saúde;
• possibilita maior competência e
confiança dos pais no manuseio do seu
filho de baixo peso, inclusive após a
alta hospitalar;
• contribuição para a otimização dos
leitos de UTI e de Cuidados
Intermediários.

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DIFICULDADES E INTERCORRÊNCIAS PODEM


SER ENCONTRADAS COMO:

• Bloqueio de ducto
• Ingurgitamento mamário
• Fissura e rachaduras
• Mastite puerperal
• Mamilos ausentes, planos ou invertidos.

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DIFICULDADES E INTERCORRÊNCIAS PODEM


SER ENCONTRADAS COMO:
planos
Mamilos planos ou invertidos:

Esta é uma situação que pode


dificultar a amamentação, mas não
a impede, já que os mamilos
planos ou invertidos podem ser
diagnosticados na gestação e, invertidos

então, a mãe deve ser orientada a


fazer exercícios de estimulação.
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DIFICULDADES E INTERCORRÊNCIAS PODEM


SER ENCONTRADAS COMO:

Mamilos planos ou invertidos:

• Manobras para aumentar o mamilo


Compressa fria
Sucção com bomba manual
Exercícios antes da amamentação

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DIFICULDADES E INTERCORRÊNCIAS PODEM


SER ENCONTRADAS COMO:

Ingurgitamento mamário: É a complicação mais


comum e ocorre com mais frequência no período de
até uma semana após o parto, com maior produção
de leite e inadequado estímulo de ejeção. Com isso, as
mamas ficam doloridas, quentes, intumescidas e
endurecidas. O mamilo fica menos protuso devido ao
intumescimento da aréola.

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DIFICULDADES E INTERCORRÊNCIAS PODEM


SER ENCONTRADAS COMO:

Ingurgitamento mamário:

Para prevenir isso é preciso que a ejeção


não demore a acontecer, fazendo com que o
bebê sugue logo após o parto. Outras
orientações são massagens circulares nas
mamas, especialmente nos nódulos
encontrados. É importante ressaltar que usar
bomba elétrica ou manual não é aconselhável.
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DIFICULDADES E INTERCORRÊNCIAS PODEM


SER ENCONTRADAS COMO:
Fissuras e rachaduras: Esta intercorrência está
relacionada à pega errada e preparo inadequado dos
mamilos no pré-natal. Como prevenção, as mães devem
ser orientadas a tomar sol na área dos mamilos e da
aréola para fortalecer a pele. Além disso, não passar
óleos ou cremes que retirem a proteção natural da pele.
Aleitamento materno livre demanda ordenha do
excesso, que também auxilia na prevenção.

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DIFICULDADES E INTERCORRÊNCIAS PODEM


SER ENCONTRADAS COMO:
Fissuras e rachaduras:

Se surgirem rachaduras, é fundamental


manter o mamilo seco e expor as partes
afetadas ao sol, usar a posição invertida, deixar
o leite materno atuando na área acometida e
manter mais livre para evitar o contato do sutiã
e das roupas.

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DIFICULDADES E INTERCORRÊNCIAS PODEM


SER ENCONTRADAS COMO:

Mastite: É um processo inflamatório que pode ou


não evoluir para infecção microbiana. A parte
acometida da mama apresenta-se dolorosa,
edemaciada, com aumento da temperatura e
avermelhada. Quando há infecção a mãe tem febre e
calafrios. A ocorrência de mastite é mais comum
quando há ingurgitamento, rachaduras e estagnação do
leite na mama.

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DIFICULDADES E INTERCORRÊNCIAS PODEM


SER ENCONTRADAS COMO:
Mastite:

O tratamento deve ser com


acompanhamento médico e em, alguns casos
mais graves, é necessária a drenagem dos
abcessos que são formados por mastites não
tratadas devidamente.

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DIFICULDADES E
INTERCORRÊNCIAS PODEM SER
ENCONTRADAS COMO:
Bloqueio do ducto:

Podem estar relacionados ao esvaziamento


inadequado, como um longo intervalo entre as mamadas
ou quando o bebê não está conseguindo sugar o leite de
forma suficiente. Há o aparecimento de nódulos que são
localizados, sensíveis e dolorosos, acompanhados de
vermelhidão e calor na área afetada. Em algumas
situações podem estar acompanhados por um ponto
esbranquiçado, quase imperceptível na ponta do
mamilo, mas muito doloroso. 59

DIFICULDADES E
INTERCORRÊNCIAS PODEM SER
ENCONTRADAS COMO:

Bloqueio do ducto:

O tratamento consiste em continuar a


amamentação, estimular o esvaziamento mais
frequente, massagens circulares suaves na
região dos nódulos e compressas mornas. Se
não tratado precocemente, pode evoluir para
uma mastite.
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DIFICULDADES E INTERCORRÊNCIAS PODEM


SER ENCONTRADAS COMO:

• Todas essas intercorrências que podem


acontecer, dificultam o processo da
amamentação, mas, com apoio e orientação,
ainda é possível ter sucesso.

• Em algumas situações pode haver alguma


indicação para complementar o aleitamento
ou até suspendê-lo. Porém, é de extrema
importância saber distinguir as situações.
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INDICAÇÕES DE COMPLEMENTO LÁCTEO

• Recém nascidos com peso muito baixo ou


muito prematuros (menos de 1.500g ou de 32
semanas);

• Lactentes em risco de hipoglicemia;

• Lactentes em que o leite materno não está


disponível.
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LACTENTES QUE NÃO DEVEM RECEBER LEITE


MATERNO OU QUALQUER OUTRO TIPO DE LEITE

• Galactosemia
• Fenilcetonúria

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CONTRA INDICAÇÕES PARA O ALEITAMENTO


MATERNO

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CONTRA INDICAÇÕES PARA O ALEITAMENTO


MATERNO

• Contudo, para os casos em que o aleitamento


materno é contraindicado, o bebê poderá
receber o leite humano do Banco do Leite
Humano ou por outra nutriz.

• Porém, nem sempre são alternativas


disponíveis, principalmente pela elevada
demanda.

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SUBSTITUTOS DO LEITE MATERNO

• Fórmulas infantis são elaboradas a partir do


leite de vaca e tentam se igualar às
propriedades fisiológicas do leite humano;
• Nutricionalmente, as fontes de carboidratos,
proteínas e lipídios diferem tanto
qualitativamente como quantitativamente.
• Caseína do leite humano e bovino:
aminoácidos diferentes para cada espécie.
• Proteína do leite de vaca é um potente
alérgeno para os lactentes. 67

SUBSTITUTOS DO LEITE MATERNO

• Carboidratos no leite humano, como vimos


anteriormente, apresentam 7g/dL de lactose,
enquanto no leite de vaca possui em média
4,5g/dL, além de muitas fórmulas adicionarem
outras fontes como sacarose, maltose-
dextrina, polímero de glicose e amido.

• Leite humano traz benefícios adicionais aos


nutricionais, que nenhuma fórmula láctea
poderia imitar. 68

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GALACTAGOGOS

• Auxiliam na iniciação e manutenção da


produção adequada do leite

• Parto prematuro, doença materna e do


bebê, adoção

• Aumenta nível sérico prolactina

• Metoclopramida, Domperidona, Sulpiride,


Clorpromazina 69

HIPOGALACTIA
• Raras
• Pode relacionar-se a técnicas inadequadas ou
ansiedade

Fatores indicativos:
Perda de peso
Ganho peso inadequado (<20g/dia)
Ausência urina em 24 horas
Baixa micção (< 6 vezes ao dia)
Sinais clínicos desidratação
Choro excessivo 70

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RELACTAÇÃO E LACTAÇÃO ADOTIVA

• Relactação: Reestabelecimento do processo


de produção de leite

• Lactação adotiva
Lactação em mulheres que nunca engravidaram
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