Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SISTEMA DIGESTIVO
NUTRIÇÃO
Não é resumo
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
2
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
SUMÁRIO
P1
01. CONCEITOS BÁSICOS DE NUTRIÇÃO ........................................................................................................................... 3
02. OS NUTRIENTES ........................................................................................................................................................... 5
03. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DOS INDIVÍDUOS.............................................................................................................. 8
04. DIETAS HOSPITALARES .............................................................................................................................................. 11
05. TERAPIA NUTRICIONAL (TN)...................................................................................................................................... 18
05.01 TN enteral ......................................................................................................................................................... 18
05.02 TN parenteral (TNP) .......................................................................................................................................... 24
P2
06. DESNUTRIÇÃO ........................................................................................................................................................... 26
07. NUTRIÇÃO E CIRURGIA.............................................................................................................................................. 31
08. OBESIDADE ................................................................................................................................................................ 34
09. DOENÇAS DO TRATO GASTROINTESTINAL ................................................................................................................ 40
10. NUTRIÇÃO EM AFECÇÕES ESPECÍFICAS .................................................................................................................... 49
10.1 Nutri e câncer ..................................................................................................................................................... 49
10.2 Nutrição e pancreatite........................................................................................................................................ 54
10.3 NUTRI E ESTEATOSE HEPÁTICA E CIRROSE ......................................................................................................... 54
10.4 NUTRI E COLELITÍASE .......................................................................................................................................... 55
11. ALERGIAS E INTOLERÂNCIAS ALIMENTARES ............................................................................................................. 56
11.1 Alergias Alimentares (AA) ................................................................................................................................... 56
11.2 Doença Celíaca (dc) ............................................................................................................................................ 57
11.3 Alergia A Proteína Do Leite De Vaca - APLV ....................................................................................................... 59
11.4 Intolerância à lactose ......................................................................................................................................... 60
12. ALIMENTOS FUNCIONAIS .......................................................................................................................................... 61
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
3
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
5
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
02. OS NUTRIENTES
- Macronutriente: Carboidratos, Proteínas, Lipídeos - Fontes: exógenas (proteínas dos alimentos) e
(tem calorias, geram energia ao corpo) endógenas (degradação das proteínas celulares do
- Micronutriente: Vitaminas, Sais minerais (não tem próprio organismo)
calorias, não geram energia, mas são reguladores do - Origem animal: Carnes, vísceras, ovos, leite e
organismo) derivados
- Carboidrato e proteína: 1g tem 4kcal - Origem vegetal: Cereais integrais e leguminosas
- Lipídeo: 1g tem 9kcal - Proteína de Alto Valor Biológico – AVB: quando tem
todos os aminoácidos essenciais (proteína animal);
MACRONUTRIENTES - Proteína de Médio Valor Biológico – MVB: quando
tem quase todos os aminoácidos essenciais
CARBOIDRATOS (leguminosas)
- São classificados em SIMPLES e COMPLEXOS; - Proteína de Baixo Valor Biológico – BVB: quando não
- Os SIMPLES são: Monossacarídeos (glicose, frutose e tem tantos aminoácidos essenciais (cereais)
galactose) e Dissacarídeos (maltose, sacarose e - Aminoácidos essenciais: o organismo não sintetiza.
lactose); maltose vem da fermentação dos cereais, - Aminoácidos não essenciais: são sintetizados pelo
sacarose vem de frutas; glicose, frutose e galactose organismo
não tem puro na natureza; Digestão rápida - Aminoácidos condicionalmente essenciais: São
- Os COMPLEXOS são: Oligossacarídeos (3 a 9 necessários no período de crescimento
moléculas – maltodextrina, frutoligossacarídeos), - Os AA terão três destinos principais: anabolismo,
Polissacarídeos (> 10 moléculas – glicogênio, amido e catabolismo ou degradação; e produção de energia.
FIBRAS); frutoligossacarídeos são açúcares vindos dos - Através dessas vias os AA farão a construção e
vegetais, maltodextrina vem dos cereais; manutenção dos tecidos, a formação de enzimas,
hormônios, anticorpos, o fornecimento de energia e a
FIBRA ALIMENTAR regulação de processos metabólicos
- Carboidratos não digeríveis, não absorvemos - proteína não é o composto de maior quantidade,
- São divididas em solúveis e insolúveis. mas é o de maior destaque em uma dieta, por conta
1. Solúveis dessa característica anabólica, de construção;
- Substância com característica em gel em contato LIPÍDEOS
com a água.
- Fermentadas no intestino grosso pela microbiota - As funções são: Reserva de energia, combustível
bacteriana, produzindo AGCC (ácido graxo de cadeia celular, componente estrutural das membranas
curta) biológicas, isolamento e proteção de órgãos.
- Exercem efeitos no controle da glicemia por - Alguns ácidos graxos (AG) são sintetizados pelo
retardarem o esvaziamento gástrico e diminuírem a organismo e outros não, devendo ser obrigatórios na
velocidade do trânsito intestinal. alimentação.
- Ex: pectinas (frutas), frutanos (inulina e - Os ácidos graxos são classificados como saturados ou
frutoligossacarídeos) e uma fração da hemicelulose. insaturados, dependendo da ausência ou presença de
OBS: pacientes com diarreia se usa fibras solúveis para ligações duplas carbono-carbono
ajudar; - Ácido graxo → saturado e insaturado
2. Insolúveis (monoinsaturado e polinsaturado)
- Não dissolvem na água, absorvem a mesma, incham 1. Ácidos graxos saturados
e aceleram o transito intestinal. - Praticamente todas sólidas à temperatura ambiente
- Retiram substâncias potencialmente tóxicas mais - Gorduras de origem animal geralmente são ricas em
rapidamente do organismo. AGS
- Não fornecem calorias. - Origem animal: Carnes, leite , manteiga, banha,
- Ex: lignina, celulose e a maior parte das hemicelulose bacon
(cascas, bagaço) - Origem Vegetal: Óleo de coco e palma (dendê)
OBS: não adianta colocar fibra na alimentação se não 2. Ácidos graxos insaturados
ingerir mais água, pois piora o caso - São geralmente líquidos à temperatura ambiente
- Óleos de origem vegetal são ricos em ácidos graxos
insaturados.
PROTEÍNA - Origem animal: Peixes, óleo de peixes, gema de ovo
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
6
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
7
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
substâncias.
- Regula a temperatura
- Reposição diária para manter a saúde e as funções
básicas do organismo.
- Necessário para os processos fisiológicos de
digestão, absorção e excreção;
- A água corporal se localiza nos diversos
compartimentos das células, intra e extracelular
- Balanço hídrico: equilíbrio entre ingestão e
excreção/perda de água; organismo não armazena
água
- A ingestão de água ocorre por consumo de
alimentos, consumo de água e outras bebidas,
mecanismos corporais
-Excreção: respiração, transpiração, urina e fezes
- Não são equivalentes a água: H2O, água saborisadas
- Deficiência de água: pode levar ao coma
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
8
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
→ AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
HOSPITALAR/ AMBULATORIAL
- Identificar os distúrbios nutricionais;
- Possibilitar uma intervenção adequada;
- Auxiliar na recuperação e/ou manutenção do estado
de saúde.
- Métodos Objetivos: Antropometria, Parâmetros
bioquímicos, Composição corporal, Consumo
alimentar
- Métodos Subjetivos: Exame físico, Avaliação global
subjetiva - PI = IMC médio x Altura2
* Peso * Estatura
- É a soma de todos os componentes corporais e - Estadiômetro
reflete o equilíbrio protéico-energético do indivíduo. - Posição em pé, descalço, calcanhares juntos, costas
- Balança calibrada, Posição em pé, descalço e com retas e braços estendidos ao lado do corpo.
roupas leves
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
9
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
10
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
11
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
12
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
* Dieta com Restrição de Líquidos (480mg) e vitamina D (11ug) que atua na redução de
- Indicação: Pacientes com insuficiência hepática, quedas e fraturas.
cirrose alcoólica, hepatite fulminante, falência - Possui também Prebio1, que é um composto
hepática, insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e exclusivo da Nestlé a base de inulina e FOS
condições renais desfavoráveis. (frutoligossacarideos) que contribui para o equilíbrio
- Características: Restrição de líquidos. Volume deve da flora intestinal.
ser indicado conforme a prescrição dietética, que é - Indicado para auxiliar no estado nutricional dos
partilhada com a enfermagem. pacientes desnutridos ou em risco de desnutrição, e
- Prescrição dietética: Prescreve-se restrição de melhorar a força e a capacidade funcional.
líquidos. - NÃO CONTÉM GLÚTEN.
* Outros Tipos de Dietas - Pode-se usar na alimentação salgada ou doce.
- Dietas Hipocolesterolêmica 4. Prosure
- Dieta isenta de glúten - É um suplemento indicado para paciente com perda
- Dieta isenta de lactose de peso induzida pelo câncer ou com risco para estas
- Dieta pobre em purinas (ácido úrico) condições.
- Dieta rica em ferro ou rica em cálcio - Possui FOS em sua formulação, goma arábica e
- Dieta para úlcera péptica ou para gastrite polissacarídeo de soja, hipercalórico, hiperproteico,
- Dieta para DM + IRC Dieta para IRC em tratamento baixo teor de lipídeos, enriquecido com EPA e DHA.
conservador - Contém sacarose (10%), não contém lactose e
- Dieta para IRC em fase dialítica glúten.
- Dieta para hepatopatia sem/com encefalopatia 5. Nutren 1.5
- Dieta para gastroplastia - Suplemento hipercalórico, normoproteico e
- Dieta para preparo de exames normolipidico.
→ Suplementos Alimentares - Indicado para recuperar ou manutenção do estado
nutricional.
- Suplementação alimentar → Cota adicional de
6. Nutren 2.0
alimentos destinada a prevenir ou corrigir deficiências
- Um alimento nutricionalmente completo para
nutricionais.
nutrição oral, hipercalórico e hiperproteico.
* Suplemento Natural
- Dieta líquida pronta para o uso.
- Leite em pó, Creme de leite, Óleos, Clara de ovo,
- ISENTO DE LACTOSE E GLÚTEN.
Gema de ovo, Proteína Isolada de Soja, Extrato de
7. Calogen
Soja, Açúcar mascavo, Açúcar branco, Mel, Amido de
- Um suplemento hipercalórico, uma exclusiva
milho, Aveia.
emulsão de lipídios composta por triglicérides de
* Suplemento Industrializado cadeia longa canola e girassol de alto teor oléico.
- Módulo de Glicose (maltodextrina), Módulo de - Indicado nas seguintes situações: idosos inapetentes,
Proteína (whey), Módulo de Lipídeos, Módulo de câncer, SIDA, DPOC, caquexia cardíaca, demência,
Fibras, Neston, Mucilon, Sustagem ou Sustare, Parkinson, Alzheimer, insuficiência renal.
Nutren, Soymilke 8. Nutridrink
1. Nutren 1.0 - Suplemento alimentar nutricionalmente completo,
- É uma nutrição completa e balanceada para hipercalórico, rico em vitaminas e minerais.
manutenção e/ou recuperação do estado nutricional. - Fornece alto aporte de nutrientes em volume
- Indicada para intolerância à lactose, desnutrição, pequeno.
doença celíaca, anorexia, estados neurológicos. - Acrescido do mix de carotenóides.
- Isenta de glúten, colesterol e lactose. - Indicado para desnutrição, pré e pós-operatório,
2. Isosource Standard Pó restrição hídrica, cirurgias buco-maxilo, distúrbios
- É uma fórmula completa, normocalórica, neurológicos e cardiopatas.
normoproteica e normolipídica. - Isento de lactose e glúten. Contém sacarose.
- Indicada para atender às necessidades nutricionais
na manutenção e recuperação do estado nutricional e
alimentação de transição.
- Isento de lactose, sacarose e glúten.
3. Nutren Senior
- É um suplemento nutricional oral, formulado com
nutrientes essenciais para os idosos como ACT 3, que
é uma combinação única de proteínas (40gr), cálcio
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
17
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
9. Outros
- Cubitan: paciente com escaras, melhora cicatrização
- Nutridrink rico em fibras
- Diasip: diabéticos
- Respifor: mais gordura e menos carboidrato, para
pacientes com problemas respiratórios
- Fortini: hipercalórico para crianças
- Nutilis: um espessante, para espessar líquidos em
algumas dietas
PROVA
- tipo de dieta especifica (todo paciente
renal) e especial (um paciente renal com
constipação)
- saber consistências e uma indicação
- Branda: sem muita fermentação, digestão
facilitada
- Pastosa: Dificuldade deglutição, dispneia
- Cremosa: disfagia severa, avc, cirurgia de
TGI
- Líquida completa: avc, cirurgia TGI
- Liquida restrita: preparo exames TGI,
cirurgia de intestino
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
18
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
* Gastrostomia
1. Vantagens
- Pré-pilórica: Nasogástrica, Orogástrica (com - Indicadas para longos períodos
sedação), Faringostomia, Gastrostomia - Quando não se pode utilizar alguma parte do tubo
- Pós-pilórica: Nasoduodenal, Nasojejunal, digestivo
Duodenostomia, Jejunostomia - Preparações com mais viscosidade (mais
- Nasogástrica, Nasoduodenal e Nasojejunal: É concentrada)
indicada para período de tempo mais curto. As sondas - Todas as da SNG
Naso são as mais utilizadas devido ao seu baixo custo 2. Desvantagens
e fácil colocação. - Necessidade de incisão cirúrgica
- Ostomias (Faringo, Gastro, duodeno e
Jejunostomia): É indicada para períodos de tempo
mais longos. * Vias Pós Pilóricas – Naso e Ostomias
* Exclusão da Etapa Bucal 1. Vantagens
- Mastigação e subdivisão dos alimentos; - Posicionada distalmente ao Piloro, maior risco RGE e
- Estímulos secretórios gástricos (fase psíquica e broncoaspiração
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
20
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
- Evita desconforto das sondas plásticas muito * A indicação do método de infusão deve-se
calibrosas basear-se no(a)
- Permite alimentação Via Oral quando consciente - Estado do paciente;
- Método eficaz e seguro para longos períodos de - Posicionamento da sonda; Pré pilórica pode usar
tempo volumes maiores, pode fazer em bolus
2. Desvantagens - Tipo de dieta;
- Maior dificuldade de posicionamento (mais nas - Necessidades nutricionais;
nasos) - Alimentação por via concomitante.
- Não tolera sobrecarga osmótica → paciente tem → Técnica de Administração da Dieta
distensão abdominal, cólicas e diarreias
- O volume e a concentração das fórmulas devem
ajustar-se a cada caso (começa aos poucos, evitar
complicações)
- Depende das necessidades nutricionais, estado
nutricional, situação clínica e a fórmula selecionada.
- O trato digestivo precisa de um período de
adaptação à nova via de alimentação;
- Capacidade de adaptação depende das condições
clínicas, integridade e do funcionamento do trato
gastrointestinal.
- Deve-se considerar que o duodeno e o jejuno são
mais sensíveis que o estômago ao volume
administrado e a osmolaridade da solução (portanto
as pós-pilóricas devem ser bem mais devagar);
- Preferência à administração por gotejamento.
* Administração da NE
→ Métodos de Administração - Pré-pilórica: maior Volume, menor Fracionamento,
maior Osmolaridade , menor Tempo de administração
- Pós-pilórica: menor Volume, Dietas isoosmolares,
Gotejamento contínuo
→ Complicações
- As observações mais frequentes durante a nutrição
por sonda, pode ser prevista em boa parte através da
seleção correta da fórmula, da administração
adequada e de um controle atento.
- Complicações Gastrintestinais: Náuseas, vômitos,
estase gástrica, RGE, distensão abdominal, cólicas,
flatulência, diarreia ou constipação.
- Complicações Metabólicas: Hiperidratação ou
desidratação, hiperglicemia ou hipoglicemia,
anormalidade de eletrólitos e elementos traços,
alterações da função hepática.
- Contínuo: sem intervalos (durante 20/22/24h), no
- Complicações Mecânicas: Erosão nasal e necrose,
hospital; a domicílio quando tem bomba de infusão.
abscesso septonasal, sinusite aguda, rouquidão, otite,
Se usa mais no hospital – lava a sonda 1xdia.
faringite, esofagite, ulceração esofágica, estenose,
- Bolus: para período domiciliar (com seringa se
ruptura de varizes esofágica.
coloca direto na sonda, não tem equipo, não fica
- Complicações Infecciosas: Gastroenterocolite por
pingando); volume mais rápido, usa no estomago, lava
contaminação microbiana no preparo, nos utensílios e
cada vez que se alimenta.
na administração da fórmula. A RCD nº 63, da ANVISA,
- Intermitente: para período domiciliar (fraciona dieta
estabelece orientações e critérios, com o objetivo de
conforme horários);
garantir a qualidade do produto final.
- Cíclica: concomitante com VO, necessidade de
- Complicações Respiratórias: Pneumonia aspirativa. É
complementação em algum horário do dia. Períodos
a complicação mais grave da TNE. Comum em
mais curtos de alimentação com qtd maior; Ex.: usa
pacientes neurológicos. Observar oferta exagerada,
sonda no período noturno, durante o dia dieta
retardo do esvaziamento gástrico e íleo paralítico →
normal.ç
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
21
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
23
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
24
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
PROVA
- VIAS DE ACESSO → PRÉ E PÓS PILÓRICA (as 8 vias)
COMPLICAÇÕES METABÓLICAS DA NP
- métodos de administração → contínuo, bolus,
Hiperglicemia, Balanço ácido-básico, Disfunção intermitente, cíclico
hepática, Síndrome da realimentação - causa de diarreia na NE
- complicações metabólicas da NP
Hiperglicemia
- Complicação imediata – Desidratação hiperosmolar e
coma Secundários - Diurese osmótica;
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
26
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
06. DESNUTRIÇÃO
CONCEITO
- Desnutrição é um estado mórbido secundário a uma
deficiência ou excesso, relativo ou absoluto, de um ou
mais nutrientes essenciais (proteína, energéticos), que
se manifesta clinicamente ou é detectado por meio de
testes bioquímicos, antropométricos, topográficos ou
fisiológicos.
- as vezes o paciente não está emagrecido, mas pode
estar desnutrido
- A desnutrição pode ser definida como uma condição
clínica decorrente de uma deficiência ou excesso,
relativo ou absoluto, de um ou mais nutrientes
essenciais.
- Desnutrição é um estado de nutrição agudo,
subagudo e crônico, com graus variáveis de
overnutrition (nutrição excessiva ou supernutrição) ou
de undernutrition (subnutrição), com ou sem
atividade inflamatória, que leva a mudança na
composição corporal e redução da funcionalidade dos
tecidos e órgãos.
PREVALÊNCIA DA DESNUTRIÇÃO
HOSPITALAR
- A desnutrição proteico-calórica pode ocorrer em
19% a 80% dos pacientes hospitalizados (paciente não
responde rapidamente ao tratamento pela
desnutrição).
- Doença comum é aquela com uma prevalência
superior a 10%, a desnutrição é a doença mais
frequente nos hospitais.
- O tempo de permanência hospitalar em pacientes
desnutridos é significativamente maior e pode estar
aumentado em até 90%.
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
27
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
PESQUISA DO HCPA
- Objetivo era verificar a prevalência de desnutrição e
a frequência do registro de medidas antropométricas
e diagnóstico nutricional no prontuário dos pacientes
adultos internados no HCPA.
- Aproximadamente 70% dos pacientes tinham
registro de peso, altura e avaliação nutricional na
admissão hospitalar. Entretanto, 16% dos registros de
peso e/ou altura foram baseados na informação do
paciente.
- Somente 5% dos pacientes tiveram a desnutrição
CICLO VICIOSO DA DESNUTRIÇÃO
diagnosticada pelo médico
- atentar para dar diagnostico de desnutrição e
obesidade como patologia, médico as vezes dá
diagnostico de diabetes e hipertensão mas não dá de
desnutrição.
CAUSAS DE DESNUTRIÇÃO HOSPITALAR
- Waitzberg (2004) refere que não somente os
pacientes após a internação podem desenvolver
desnutrição, como até 70% dos inicialmente
desnutridos pioram gradualmente seu EN durante a
hospitalização.
- O IBRANUTRI verificou também as condições
encontradas no ambiente hospitalar que levam a DPC,
podendo ter causas relacionadas ao próprio paciente,
tipo e extensão da doença de base, ocasionando
maiores perdas e catabolismo.
- o paciente pode entrar eutrófico no hospital e - Um fator aumenta a influência negativa do outro
desnutrir; - Alimentos (quantidade e qualidade) influenciam no
sistema imunológico: diminuem a resistência às
infecções, aumento da duração, intensidade e
frequência das infecções, diminuição da alimentação e
absorção dos nutrientes
- Devido as inter-relações dos processos nutritivos, a
deficiência de um ou outro elemento acarreta a
deficiência ou o mau aproveitamento de outros.
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
28
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
- Para conservar massa corporal magra e economizar 1. Identificar o risco nutricional ou a desnutrição
energia, ocorrem adaptações fisiológicas e endócrinas (quando existente, o tratamento deve ser
na desnutrição. instituído)
- salientar a importância da presença do profissional 2. Determinar e tratar as causas subjacentes e
nutricionista e a da voz do médico na orientação de definir alvo calórico e proteico (essa definição
uma nutrição adequada e fazer com que o paciente depende da duração e da gravidade da
tenha uma aderência melhor à dieta desnutrição e deve considerar preferencias do
paciente)
3. Considerar uma dieta enriquecida com alimentos
DESNUTRIÇÃO NO ADULTO e/ou Suplemento nutricional oral (SNO) (adicionar
fontes de HC, Proteína e Lipídio pode ser uma
- câncer, AIDS, UTI, aceleração do catabolismo, estratégia apropriada para o tratamento inicial)
anorexia nervosa 4. Uso de suporte nutricional enteral (quando o uso
- A causa pode ser por inúmeros fatores: de SNO é impossível ou inadequado)
socioeconômicos e culturais, fisiopatológicos e 5. Uso de suporte nutricional parenteral (de modo
psicológicos isolado ou complementar, a nutrição enteral e/ou
- Desnutrição: variedade de deficiências de nutrientes oral deve ser instituída quando o TGI estiver
(complexo b, proteínas), peso corporal, baixo peso ou comprometido)
subnutrição
- Está associada a várias respostas homeostáticas e de OBJETIVOS DA DIETA
preservação de nutrientes - Impedir a progressão da desnutrição
- Na presença concomitante de doença, as respostas - Fornecer nutrientes para obter uma repleção
adaptativas de preservação de nutrientes são nutricional
geralmente revertidas, de modo que a depleção das - Melhorar a imunidade (Uso de glutamina,
reservas corporais de nutrientes e tecido torna-se probióticos...)
acelerada. - Melhorar as proteínas plasmáticas (ex: albumina)
* CAUSAS - Tratar doenças associadas (câncer, ICC, DPOC, etc)
- Aporte de nutrientes inferior ao suprimento CAQUEXIA
adequado, relacionado principalmente, ao aporte de
energia - É uma síndrome complexa e multifatorial, que se
- Deficiência energética caracteriza pela perda de peso, com predominante
perda de massa corpórea e tecido adiposo.
* CONSEQUÊNCIAS
- Tipos: Caquexia Cardíaca, Caquexia Neoplásica e
- Físicas: fadiga muscular, hipotermia, redução da Caquexia Pulmonar
cicatrização de feridas, comprometimento da função - Alguns autores referem que a Caquexia pode ser
imunológica entendida como um estado avançado de desnutrição.
- Psicológicas e comportamentais: depressão,
DIFERENÇA ENTRE A CAQUEXIA NEOPLÁSICA E
ansiedade, menor desejo de recuperar-se
AS OUTRAS CAQUEXIAS
DESNUTRIÇÃO AGUDA
- Na caquexia neoplásica a perda da proteína
- Súbita e associada a um declínio do peso corporal
muscular é precoce, enquanto que nas demais causas
- Perda involuntária de peso superior a 10% do peso
de caquexia, há primeiramente uma grande alteração
corporal no decorrer dos 3 a 6 meses precedentes
do tecido adiposo e posterior consumo da
DESNUTRIÇÃO CRÔNICA musculatura esquelética (primeiro ocorre perda
- Longo período, de modo que o peso corporal nos proteica, depois adiposa → é mais difícil de recuperar)
meses antecedentes pode ser baixo, porém estável - As caquexias de origem não neoplásicas são
- Baixo IMC em indivíduos com peso estável corrigíveis por terapia nutricional, já a correção da
(deficiência crônica de energia) caquexia neoplásica exige um controle sistêmico do
câncer associado ao aporte nutricional, psicológico e
ETAPAS PARA A AVALIAÇÃO E O social (primeiro ocorre perda adiposa, depois proteica
→ é mais fácil de recuperar o paciente)
TRATAMENTO DA DESNUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO INFANTIL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
29
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
Temperatura Baixa Muito baixa - Evoluir gradualmente com a dieta, de modo a evitar
corporal a desidratação e diarreia
Potássio Baixo Muito baixo - Permitir a regularização dos níveis plasmáticos de
corporal nutrientes
Anemia Comum Muito comum - Restabelecer balanço energético positivo, atingindo
Intercorrências Presença de infecções intestinais as necessidades individuais, para garantir o
e resp. inf. parasitária, sinais de crescimento e desenvolvimento adequado
carências de micronutrientes - Melhorar a imunidade (oferecer probióticos):
OBS: os dois tem atraso de crescimento pois os dois melhorar microbiota intestinal e imunidade
tem deficiência proteica VITAMINAS E MINERAIS
- edema: por alteração da albumina sérica;
- As crianças com desnutrição grave apresentam
deficiência de Vit. A, Zn, Se, Fe, Cu, B9 e outras;
CONSEQUÊNCIAS A LONGO PRAZO - As deficiências de Zn e vitamina A prejudicam a
- Crianças desnutridas apresentam coeficiente função do sistema imunológico e têm efeito direto
respiratório maior, levando a baixa oxidação de sobre a estrutura e função da mucosa;
gordura - A função cardíaca está prejudicada na deficiência de
- Diminuição do crescimento, diminuição da massa selênio.
muscular, diminuição da massa óssea e acúmulo de
gordura PROVA
OBJETIVOS DA DIETA NA CRIANÇA - objetivos da dieta
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
31
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
33
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
34
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
08. OBESIDADE
INTRODUÇÃO
- Obesidade é um problema global
- Triplicou em 40 anos: 14% obesos, 39% sobrepeso
- Obesidade acarreta comorbidades: HAS,
dislipidemia, DM2, doença cardiovascular, neoplasias,
transtornos psiquiátricos, morte
- com o passar da idade, diminui a velocidade do
metabolismo e vai aumentando a prevalência de
obesidade
- A frequência de obesidade é semelhante entre os
sexos
- O excesso de peso é mais prevalente em homens
- Obesidade no Brasil: Vigitel 2017 → mais de FATORES ENVOLVIDOS
53.000 brasileiros em todas as capitais
- É uma doença crônica e multifatorial:
• Aspectos sociais,
• ambientais,
• neuroendócrinos,
• genética,
• microbiota (relacionada com alimentação),
• metabólicos,
• culturais
OBESIDADE GRAVE
Tratamento integral:
• medicamentoso,
MUDANÇA DE DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA
• dietético,
• terapia cognitivo comportamental,
• atividade física,
• cirurgia bariátrica
TRATAMENTO DA OBESIDADE
CIRURGIA BARIÁTRICA
- Transtornos e principalmente comorbidades que
acompanham a obesidade grau III → cirurgia da
obesidade ou cirurgia bariátrica
- Indicação deve ser criteriosa, para pacientes que
realmente já tentaram mudanças no padrão e
comportamento alimentar, aumento de atividade
física e terapia medicamentosa.
- tem que avaliar cada caso com cuidado: paciente
beliscador, paciente comedor de quantidade, paciente
mais ansioso, paciente pode trocar um vício por outro
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
35
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
- Pacientes com IMC > a 40Kg/m2 e que tentaram - Identificar erros alimentares e de comportamento
tratamento clínico por mais de 2 anos consecutivos praticados
sem sucesso
COMPREENSÃO
- Pacientes com IMC maior ou igual a 35Kg/m2 , mas
que apresentem, pelo menos, uma comorbidade - Análise da habilidade para preparar os alimentos
(ver se o paciente será capaz de preparar)
ALGUMAS CONTRAINDICAÇÕES
- Compreensão das orientações relativas à técnica
- Idade menor que 18 e maior que 65 anos cirúrgica e às etapas de realimentação
- Quadro de transtorno psiquiátrico atual não
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
controlado, incluindo-se uso de álcool ou drogas
ilícitas. - Processo de reeducação alimentar
- OBS: Quadros psiquiátricos graves, porém sob - Orientação de práticas alimentares saudáveis: Novo
controle, não contraindicam os procedimentos. Guia Alimentar para a População Brasileira
- Correção dos erros alimentares e, principalmente, as
TÉCNICAS CIRÚRGICAS
condições para evitar carências nutricionais no pós-
- Restritivas, Mal-absortivas, Mistas, Balão operatório
Intragástrico - Orientação do programa de alimentação pós-
1. Escolha da Técnica - Hábito Alimentar operatório: progressão da dieta em consistência e
- Grande comedor ("comilones") - Hiperfágico volume, primeiro período pós-operatório, mudanças
- Polifágico ("snackers") definitivas devido ao processo cirúrgico
- Comedor de doces ("sweets eaters"): mais difícil,
pois esse paciente consegue “manter o vício” PRÉ-OPERATÓRIO
comendo leite condensado, etc
- Implica na escolha da técnica cirúrgica a ser utilizada * Dieta e Suplementos no Pré-Operatório
2. Escolha da Técnica e Emagrecimento Esperado - A avaliação pré-operatória dos pacientes candidatos
- Os resultados dos procedimentos cirúrgicos são à cirurgia bariátrica deverá ser realizada por equipe
avaliados em termos de melhora da qualidade de multidisciplinar com o objetivo de informar sobre os
vida, remissão de comorbidades e perda de peso em riscos, benefícios e opções de técnicas cirúrgicas
excesso (PPE) disponíveis.
- % PPE = [(peso inicial – peso final) / (peso inicial – * Conduta Nutricional no Pré-Operatório
peso ideal)] x 100 - A conduta nutricional no pré divide-se 3 etapas:
- A %PPE é de 50% nas técnicas restritivas, de 60 a . Avaliação antropométrica: avaliação da compleição
70% nas mistas e de 70 a 80% nas malabsortivas física (peso, altura, circunferências e se preciso
bioimpedância elétrica, dobras cutâneas e
calorimetria);
TRATAMENTO NUTRICIONAL . Avaliação bioquímica: a partir de exames
laboratoriais (de sangue)
OBJETIVOS . Avaliação Dietética: anamnese alimentar,
questionário de frequência alimentar, recordatório
- Promover perda de peso saudável (mudanças de
24h, sempre avaliando a ingestão das principais
hábitos)
vitaminas e minerais e o consumo de alimentos
- Prevenção de deficiências nutricionais por meio da
proteicos ou muito calóricos (doces, gorduras, bebidas
reeducação alimentar
adoçadas alcoólicas).
- Modificação do comportamento alimentar e no
1. A partir dessas avaliações é possível
estilo de vida
- Identificar e tratar deficiências nutricionais
- Diminuição de comorbidades
- Minimizar risco cirúrgico mediante redução de peso
- Melhora da qualidade de vida
- Planejar um programa alimentar de baixa calorias
OBJETIVOS DO ATENDIMENTO NUTRICIONAL em pré-operatório visando reduzir a gordura hepática
e abdominal
- Preparar o paciente para o programa de alimentação
- Fazer um diagnóstico nutricional emitindo assim um
no período pós-operatório
parecer nutricional.
- Promover uma reeducação alimentar que terá
- Na maioria dos casos, é comum iniciar com dieta
continuidade com o processo cirúrgico
hipocalórica e de baixa carga glicêmica e hiperproteica
- Superobesos deveriam emagrecer 10% do peso
antes da cirurgia.
antes da operação
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
36
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
37
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
- Hortaliças: cozidas ou em forma de purê (purê de - Dificuldades: baixa ingestão alimentar e intolerância
batata, de mandioquinha, etc.). Excluir folhas cruas, a carne comum nesses pacientes, perda nas fezes
brócolis, abóbora, couve-flor, pepino, pimentão (cirurgias malabsortivas).
- Carnes: carnes moídas, aves e peixes bem cozidos e - 3º mês pós-operatório = déficit proteico, com perda
desfiados, almôndegas, ovo cozido de massa corporal
- Temperos: óleo vegetal; temperos normais: sal, - ex: Whey protein, aminoácidos
cebola, alho, tomate, salsinha * Carboidratos
- Gelatina dietética, pudins e flans dietéticos - A ingestão de carboidratos de absorção rápida e
açúcares pode causar síndrome de dumping (mal
estar pós-prandial, fraqueza, taquicardia, sudorese
fria e vertigem) → O açúcar e os alimentos que o
contenham devem ser excluídos
* EVOLUÇÃO PARA UMA CONSISTÊNCIA - Alguns pacientes apresentam na fase inicial
intolerância à lactose, devendo-se, nesse caso, excluir
PRÓXIMA AO NORMAL o leite de vaca → Fórmulas especiais sem lactose,
– 15 dias como substituto ao leite de vaca, além de
suplementação de vitamina D e cálcio
- Alimentos abrandados por ação da cocção ou ação
mecânica * Gorduras
- Excluir alimentos muito fibrosos e consistentes - Ingestão de gorduras poli-insaturadas e mono-
- Realizar 6 refeições diárias, com o volume de 50mL insaturadas para a prevenção de deficiência de ácidos
por vez até o volume de 200mL graxos essenciais
- Alimentos excluídos: Especiarias e condimentos - Por conterem alto valor calórico, deve-se consumir
fortes, Frituras, Hortaliças cruas, Grão das alimentos e preparações com pouca quantidade de
leguminosas (ingerir apenas o grão liquidificado), gordura e evitar as preparações que utilizam gordura
Embutidos e conservas no preparo
* Vitaminas e Minerais
* DIETA PRATICAMENTE NORMAL - 45 DIAS A 2 - Complicações nutricionais:
MESES APÓS . Síndrome de Wernicke-Korsakoff – deficiência de
tiamina (anorexia, náuseas, vômitos, diplopia,
- Preocupação com a seleção dos alimentos ricos em ansiedade, depressão; evolui para desorientação,
proteínas, cálcio, ferro, vitaminas A e C e folatos alucinação e coma) → Reposição de tiamina
- O controle do volume deve ser mantido . Anemia megaloblástica, por deficiência de vitamina
- Excluir alimentos muito fibrosos e consistentes B12 e ácido fólico
- Realizar 6 refeições diárias, com o volume de 50mL . Anemia ferropriva, hipocalcemia e hipoproteinemia
por vez até o volume de 200mL . Má absorção de vitaminas lipossolúveis
- Alimentos excluídos: Especiarias e condimentos . Queda de cabelo, unha quebradiça e pele ressecada
fortes, Frituras, Hortaliças cruas, Grão das no período de emagrecimento rápido (deficiência de
leguminosas (ingerir apenas o grão liquidificado), proteínas, zinco, ferro e ácido fólico)
Embutidos e conservas - Deficiências tendem a melhorar com a estabilização
do peso
NECESSIDADES NUTRICIONAIS 1. Suplementação Multivitamínica Diariamente
- Objetivos: evitar desidratação, desnutrição proteica - Reposição nos meses iniciais, na maioria dos casos,
e deficiência de vitaminas e minerais por suplementos em forma de pastilhas e/ou em pó
- paciente deve estar ciente que vai fazer solúveis mas há possibilidade de diluição do
suplementação de nutrientes após cirurgia comprimido em líquidos; em geral, após 60-90 dias o
* Hidratação uso de comprimidos e cápsulas é permitido → no
- Causas da desidratação: ingestão diminuída de início o paciente não tolera muito ingerir
líquidos, frequentes episódios de fezes líquidas, medicamentos, por isso usa-se pó ou pastilha
vômitos e diarreia - Poderá ser utilizada por toda a vida
- Ingestão de 2000mL/dia de líquidos, com baixo teor - Em geral, as deficiências nutricionais mais comuns
calórico (ÁGUA, limonada, água de coco, Gatorade, são: proteína, ferro, zinco, cálcio, vitamina D e
suco) vitaminas do complexo B.
- Os sinais e sintomas que geralmente podem ocorrer
* Suplementação Proteica
destas deficiências são: queda de cabelo, unhas
quebradiças, anemia, fraqueza, cansaço, pele
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
38
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
39
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
- Medicações para a obesidade sem mudança no da fome, reduz os hormônios da saciedade e aumenta
estilo de vida levam a perdas de peso inferiores à o impulso de comer alimentos mais calóricos.
mudança de estilo de vida isolada. Porém, quando
bem indicadas, as medicações potencializam os ALGUMAS CAUSAS QUE PODEM
efeitos da mudança de estilo de vida, levando a uma CONTRIBUIR NA EPIDEMIA DA
maior perda de peso.
OBESIDADE
- Ao longo de um tratamento para a obesidade,
oscilações de aumento de peso são parte do processo, - Obesidade na mãe e pai
e não podem ser encaradas como fracasso, sob o risco - Menor período de aleitamento materno
de abandono do tratamento. - Uso de antibióticos na infância
- Manter o peso perdido depende menos de como foi - Iluminação noturna
o emagrecimento e muito mais do que fará - Privação de sono
ativamente dali para frente. - Temperatura do ambiente
- Poluição
VOCÊ SABIA QUE? - Disruptores endócrinos (ex: plástico)
- Vírus
- Valorizar os pontos positivos de perder peso é mais
- Medicamentos
importante que ressaltar os riscos de permanecer no
peso que está.
ESTOU EM DIETA HIPOCALÓRICA E
- Entre as pessoas que perdem muito peso, o que mais
diferencia aquelas que recuperam daquelas que NÃO EMAGREÇO: ESTÁ MESMO EM
mantem é o nível de exercício físico. DIETA HIPOCALÓRICA?
- Um dos maiores preditores de sucesso de perda de
peso e a frequência de visitas ao profissional de - Só achando que come menos, sem medidas
saúde. objetivas
- Após perder 10% do peso, para mantê-lo é - Estimativas erradas de tamanho de porções ou
necessário comer 20% menos calorias. calorias nos alimentos
- Em 1 ano após a perda de peso, a fome permanece - Esquecendo-se de frutas e vegetais
maior, com menos hormônios alterados. - Comendo por estresse (sem perceber)
- Alguém com 70kg, mas que já pesou uns 90kg, terá - Fazendo contas erradas ou com informações erradas
que comer menos e se exercitar mais do que alguém - Esquecendo-se do álcool
com os mesmos 70kg que nunca engordou? - Não contando os beliscos extras
- Entre pessoas que perderam peso e são bem - Esquecendo o final de semana
sucedidas em manter o peso perdido, cerca de 90%
são fisicamente ativas?
- Você pode fazer restrição calórica sem melhorar a PROVA
qualidade da alimentação ou você também pode - tipos de dieta pós bariátrica: evoluções,
melhorar a qualidade da alimentação sem fazer função de cada uma delas
restrição calórica. Mas só com ambas poderá haver
perda de peso saudável e sustentada.
- Ser condicionado fisicamente reduz em mais de 3x o
risco de DCV em pessoas com obesidade,
independente da perda de peso.
- Muitas vezes o paciente quer mudança, mas não
quer mudar.
- A velocidade de perda de peso e perda total atingida
não são variáveis independentes → uma maior
resposta inicial com um tratamento implica em um
maior resultado final.
- Segundo dados do VIGITEL, 56% da população
brasileira está com sobrepeso e 20% com obesidade
→ Agora pode ser dizer que 100% se julga especialista
e sabe o que tem que fazer para emagrecer.
- Um único dia de sono ruim aumenta os hormônios
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
40
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
GENGIVITES
- Processo inflamatório agudo ou subagudo, ou
crônico ou recidivante, necrotizante ou hemorrágico
- Evitar carboidratos simples
- Proteínas devem ser aumentadas (inflamação,
infecção, febre; diminuir processo inflamatório;
promover a cicatrização) DRGE
- Dar ênfase no zinco, vitamina A, vitaminas do - Fatores relacionados à DRGE: Hérnia hiatal,
complexo B, vitamina C e folato) obesidade, úlcera péptica (H. pylori), AINE, gravidez,
- Líquidos aumentados (evitar desidratação e limpeza) entre outros.
- Fracionamento aumentado e volume diminuído → - Quadro clínico: Pirose, disfagia, regurgitação, dor
passa menos alimentos no local retroesternal, sialorréia (secreção abundante de
- Consistência de Líquida completa ou pastosa → para saliva).
evitar dor Tratamento Nutricional
- Temperatura: Normal ou fria - Fracionamento aumentado (evitar distensão,
desconforto e aumento da pressão intra-abdominal)
- Volume diminuído (evitar a distensão intra-
DISFAGIA
abdominal e a estimulação do ácido gástrico)
- Dificuldade no transporte do bolo alimentar da - Reduzir os lipídios devido a liberação de
faringe ao esôfago e deste ao estômago colecistoquinina (reduz a pressão do EEI)
- Depende do tamanho do bolo alimentar, do - Devem ser enfatizada a vitamina A (reepitalização),
diâmetro luminal, da contração peristáltica, da vitaminas do complexo B, vitamina C (síntese de
inibição da deglutição, incluindo contração e colágeno, cicatrização, imunidade)
relaxamento do EES e EEI
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
41
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
- Dos minerais, o cuidado é com o potássio, pois pode - Diminuir a pressão intra-abdominal
interagir com enxofre, aumentando a pressão intra- - Aumentar a Pressão do EEI
abdominal - Facilitar o esvaziamento gástrico
- Evitar purinas (excitantes da mucosa gastrintestinal) - Dieta semelhante à do DRGE
- Evitar alimentos de difícil digestibilidade, flatulentos
e fermentáveis (distensão abdominal, desconforto,
GASTRITE
aumento da pressão intra-abdominal) → uma dieta
meio abrandada, não chega a ser branda, mas evita-se * Fatores que Podem Provocar Danos à Barreira
alimentos mais flatulentos Ex.: cebola, brocolis, da Mucosa Gástrica
couve-flor, ovo, feijão. Deixar feijão de molho 24h - Alimentos muitos quentes: aumentam a secreção
(troca de agua a cada 5-6 horas). ácida e diminuem o tempo de esvaziamento gástrico
- Evitar/reduzir suco de laranja, tomate e carminativos - Bebidas alcoólicas: aumentam a secreção ácida
(hortelã ou menta) → diminuem a pressão do EEI - Refrigerantes à base de cola: diminuem a PEEI e
- Evitar chocolate (diminui a pressão do EEI) facilitam o RGE
- Evitar refeições copiosas (grande quantidade) - Nicotina: diminui a PEEI, facilita o RGE, promove
- Redução do peso em obesos alterações do conteúdo gástrico
- Outros: - Condimentos picantes: aumentam a secreção e
• A última refeição deve ser feita 2h antes de causam irritação da mucosa
deitar - Pimenta vermelha e páprica (capsaicina): irritantes
• Elevar a cabeceira da cama (para evitar o da mucosa, aumentam a secreção ácida
refluxo, aspiração e outras complicações), - Pimenta-preta: irritante da mucosa, aumenta a
• Evitar o cigarro (nicotina diminui a PEEI e do secreção ácida e dispepsia
esfíncter pilórico) - Pimenta chilli e mostarda: produz eritema e lesão
- Alimentos que afetam a pressão do EEI: café, gástrica
hortelã, pimenta, bebida alcoólica, chocolate, chá, - Purinas (são bases nitrogenadas, compostos
gorduras saturadas, leite orgânicos heterociclícos): excitantes da mucosa
gastrintestinal e aumentam a secreção ácida
Cirurgia do DRGE - Carboidratos concentrados: retardam esvaziamento
- Evitar a perda de peso excessiva (principalmente em gástrico
pacientes mais magros) - Alimentos ricos em gorduras: retardam
- Dieta de evolução líquida → cremosa → pastosa → esvaziamento gástrico
branda → normal - Lembrando que o leite não deve ser consumido em
- Volume bem reduzido, aumentando conforme a momentos de crise, pois produz uma falsa sensação
aceitação de alívio imediato, contudo é acompanhado de "efeito
- Fracionamento: 1/1h → 2/2h → 3/3h rebote" que aumenta a secreção gástrica para sua
- Usar suplementação alimentar (cápsula, pastilha ou digestão. Mesmo fora das crises, não deve ser
pó) ingerido isoladamente.
- Cuidar dos alimentos com risco de engasgo → Carne, Tratamento Nutricional
maçã, coco, castanhas (orientar trituração desses - Recuperar o estado nutricional (quando alterado)
alimentos) - Favorecer o trabalho gástrico, reduzindo a secreção
gástrica, evitando a progressão das lesões
- Promover o esvaziamento adequado do estômago,
HÉRNIA HIATAL
permitindo que o revestimento mucoso se regenere
- Fatores relacionados à hérnia hiatal: senilidade, - Minimizar ou evitar os efeitos colaterais e as
obesidade, constipação, gravidez, vômitos interações entre fármacos e nutrientes
persistentes (aumento da pressão intra-abdominal) - Dar ênfase no zinco, vitamina A (betacaroteno),
- Quadro clínico: dor retroesternal alta, pirose, vitaminas do complexo B, vitamina C e folato -> são
regurgitação, odinofagia, disfagia, soluço, cicatrizadores
hematêmese e melena, dispneia, cianose, tosse, - Promover educação nutricional: orientar MEV, evitar
vertigem, taquicardia, palpitação, podendo também jejum, café, etc
surgir esofagite, úlcera do esôfago e estenose
esofagiana
ÚLCERA PÉPTICA
Tratamento Nutricional
- Diminuir o peso corporal Fatores Relacionados à Úlcera Péptica
- Dificultar o refluxo gastroesofágico
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
42
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
- Tabagismo: Aumento da secreção ácida e do refluxo - Dar preferência às carnes brancas (peixe e aves),
duodenogástrico retirando a pele das aves antes da cocção;
- Bebidas alcoólicas e cafeína: Aumento da secreção - Consumir alimentos com alto teor de vitamina B12:
ácida carne de boi magra, aves, peixe, ovos cozidos;
- Antiinflamatórios não esteroides: Inibição da
produção de prostaglandinas, diminuição da produção
de muco e de bicarbonato (efeito protetor)
- Helicobacter pylori
- Fatores psicológicos
- Estresse DOENÇAS DO TGI INFERIOR
Tratamento Nutricional
- Fracionamento: Aumentado na fase aguda / Normal DIARREIA
na fase de recuperação - Manifestação clínica relativamente comum,
- Volume: Diminuído na fase aguda para diminuir o decorrente da alteração na absorção, secreção ou
desconforto abdominal / Normal na fase de motilidade intestinal
recuperação - As causas de diarreia crônica são múltiplas e
- Consistência: Líquida completa a pastosa na fase incluem: inflamação da mucosa, formação de
aguda / Branda a normal na fase de recuperação gradiente osmótico, secreção de íons, causas
- Isenta de alimentos ricos em enxofre, de difícil iatrogênicas, má-absorção de nutrientes, alteração da
digestibilidade, flatulentos, fermentáveis, infusos motilidade. Causa perda de peso e deficiência
concentrados, carminativos, bebidas alcoólicas e nutricional
derivados de cola, etc. → são excitantes da mucosa Tratamento Nutricional
gastrintestinal - Fibra solúvel como a pectina (maçã, pera) pode
- Na fase pós-ulcerosa, a dieta deve ser ajustada às ajudar a controlar a diarreia → sem casca
necessidades do paciente - Iniciar com amidos facilmente absorvidos (arroz,
- O paciente deve ser orientado para diminuir os batata, cereais simples) e seguir com alimentos
fatores agressivos proteicos
- Lactose, frutose e grande quantidade de sacarose
- Dieta equilibrada é fundamental no tratamento da podem agravar a diarreia
úlcera péptica, uma vez que o alimento pode prevenir, - Avaliar a restrição de gordura
tratar ou mesmo aliviar os sintomas que envolvem - Se a diarreia for persistente e decorrente de doença
essa doença infecciosa, imunodeficiência ou inflamatória, pode ser
GASTRITE E ÚLCERA – ALIMENTOS necessário suplementação de vitaminas, minerais,
proteínas e lipídios (por via enteral ou parenteral)
RECOMENDADOS Recomendações Nutricionais
- Alimentos ricos em antioxidantes (vitamina C, - Não suspender a alimentação;
vitamina A e flavonoides): frutas, ervas /especiarias e - Aumentar a hidratação (10–12 copos/dia) com água
legumes que são benéficos para gastrite incluem filtrada ou fervida, água de coco, chás (entrecasca do
cebolas, alho, abóbora, pimentão, folhas verdes, coco, folha de goiaba), água de arroz, sucos (maçã,
alcachofra, aspargos, aipo, funcho, gengibre, açafrão e lima coado, goiaba, caju);
maçãs. - Fazer uso de alimentos obstipantes: maçã sem casca,
- Alimentos probióticos (possuem bactérias benéficas) banana, caju, goiaba, pera, arroz branco, mucilagem
- Alimentos rico em fibras, gorduras e proteínas de arroz, amido de milho (maizena);
saudáveis - Dar preferência a vegetais cozidos como: cenoura,
- Alimentos vermelhos/alaranjados/verdes (ex: batata, chuchu, beterraba, vagem, batata-doce,
mamão, moranga, couve...) inhame;
Recomendações Nutricionais - Dar preferência às carnes brancas: peixe, aves
- Fazer as refeições com calma e em lugares grelhadas, assadas ou cozidas.
sossegados;
- Mastigar bem os alimentos; COLITE ULCERATIVA
- Observar e evitar alimentos que causem
desconforto; - Doença intestinal de causa desconhecida, com
- Consumir frutas ácidas de acordo com a tolerância; prováveis componentes psicossomáticos, ambientais,
- Preferir a utilização de vegetais cozidos; dietéticos e bacterianos
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
43
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
- Sintomas: diarreia com muco e sangue e as vezes pus Vitaminas Deve-se A reposição de Fe é
ou diarreia com perdas hidroeletrolíticas, dor prescrever necessária para os
abdominal, desnutrição por anorexia e restrição suplementos pacientes com perda
alimentar pela dor, febre e hipoalbuminemia, anemia vitamínicos como contínua de sangue, e
B12 e vit. C para os suplementos de
(deficiência de Fe, ácido fólico e vitamina B12),
melhorar a ácido fólico e B12
anorexia por perda de zinco.
absorção de Fe e devem ser fornecidos
Tratamento Nutricional também as ao paciente que toma
- Reduzir o processo inflamatório lipossolúveis, sulfassalazina. Os
- Recuperação e manutenção do estado nutricional especialmente vit. suplementos de Ca e
- Integridade das funções imunológicas K. vit. D podem ser
- Recuperação tecidual e cicatrização necessários na
- Vitaminas e minerais: suplementação de Ca, folato, esteatorreia.
vitamina C, Fe, Mg, Zn, vitaminas antioxidantes SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL
- Fibras: reduzir o conteúdo de fibras insolúveis e
suplementar com fibras solúveis (usar aveia) - Na síndrome do intestino irritável (SII), as contrações
- Fracionamento: aumentado podem ser mais fortes e podem durar mais tempo do
- Volume: diminuído que o normal, surgindo alguns sintomas
- Líquidos: aumentados característicos → gases, flatulência e diarreia.
- Pode acontecer o oposto também, com contrações
intestinais mais fracas que o normal, o que retarda a
DOENÇA DE CROHN passagem de alimentos e leva a fezes mais
- Doença inflamatória crônica endurecidas → constipação
- Sintomas iniciais: Dores abdominais episódicas e - A combinação de fatores pode estar envolvida na SII
pós-prandial periumbilical, febre baixa e discreta com como alimentação, estresse, hormônios (mulheres)...
diarreia Sinais e Sintomas
- Sintomas posteriores: Dores abdominais no - Podem variar muito e algumas vezes são
quadrante inferior direito, perda de peso por diarreia, semelhantes aos sintomas de outras doenças.
que se alterna com constipação (controlar a - Dor abdominal ou cólicas
alimentação conforme diarreia/constipação). Gases, - Sensação de inchaço
anorexia, fadiga, anemia por deficiência de ácido - Gases
fólico, menor absorção de vitaminas lipossolúveis - Diarreia ou constipação - às vezes alternando crises
Tratamento Nutricional entre os dois problemas
- Vitaminas e minerais: suplementação de Ca, folato, - Muco nas fezes.
vitamina C, Fe, vitamina B12, vitaminas lipossolúveis, Tratamento Nutricional
Mg, Zn; Recomenda-se administração diária de - Atualmente o melhor benefício é a dieta com baixa
multivitaminas quantidade de FODMAPs –
- Fracionamento: aumentado • Fermentable
- Líquidos: aumentados • Oligosaccharides,
- Fase aguda: Modificar alimentos pela cocção. • Disaccharides,
Reduzir o conteúdo de fibras, principalmente quando • Monosaccharides e
houver indício de estreitamento da luz intestinal e • Polyol’s
diarreia - Os alimentos fermentáveis referidos são os
- Fase de remissão: Evoluir para o conteúdo normal de carboidratos não digeridos pelo trato digestivo
fibras. AGCC (ácido graxo de cadeia curta) humano.
- Os oligossacarídeos são os Fruto-oligossacarídeos
Doença de Crohn Colite Ulcerativa (FOS) e os Galacto-oligossacarídeos (GOS).
Fibras Evitar fibras nos Os pacientes com - Os dissacarídeos se inclui a lactose
pacientes com constipação - Os monossacarídeos a frutose.
estreitamento melhoram com o
- Os polióis é representado principalmente pelo
intestinal ou aumento do teor de
sorbitol e manitol (adoçantes da indústria)
diarreia, fibras. Aqueles com
acrescentando cólicas ou diarreia - São alimentos de alta osmolaridade ou que possuem
fibras para a melhoram com uma substratos rapidamente fermentados por
constipação. dieta pobre em fibras microorganismos intestinais.
insolúveis. - A alta osmolaridade → pode desencadear diarreia
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
44
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
45
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
- Estase do intestino grosso, com redução da
frequência das evacuações, com fezes duras e de
pequeno volume
- Etiologia: erros dietéticos, uso abusivo de laxantes,
uso de medicação obstipante (antiácidos, analgésicos,
suplementos de ferro), depressão, falta de reposta à
vontade de evacuar, diminuição do poder expulsivo
Tratamento Nutricional
- Habitualmente, define-se a constipação funcional
1. Identificar a causa
como um transtorno caracterizado por uma
2. Aumentar o consumo de fibras (> 30 g/dia):
dificuldade persistente para evacuar ou uma sensação
aumento do volume fecal, estímulo mecânico no
de evacuação incompleta e/ou movimentos
peristaltismo intestinal, aumento da frequência das
intestinais infrequentes (a cada 3–4 dias ou com
evacuações
menor frequência), em ausência de sintomas de
Fibras insolúveis:
alarme ou causas secundárias
• Celulose (cascas),
* Critérios Diagnósticos para a Constipação • Lignina (linhaça, girassol, hortaliças),
Funcional – Roma III • Hemicelulose (farelo de trigo) → Retenção de
1. Critérios Gerais água
- Presença durante pelo menos 3 meses durante um Fibras Solúveis:
período de 6 meses
• Pectina (polpa de frutas),
- Pelo menos uma de cada quatro evacuações cumpre
• Gomas e mucilagens, Hemicelulose (farelo de
com critérios específicos
aveia) → lentifica a passagem de alimento
- Critérios para síndrome do intestino irritável (SII) são
através do TGI e reduz absorção de glicose e
insuficientes
colesterol.
- Ausência de fezes, ou, rara vez, fezes de consistência
Conteúdo de fibras: Baixo teor: 0 – 12g, Médio teor:
diminuída
13 – 30g, Alto teor: > 30g
2. Critérios Específicos - Presença de Dois ou Mais
Dicas: substituir os cereais refinados pelos integrais
- Esforço para evacuar
(pão integral, arroz integral...), aumentar o consumo
- Fezes fragmentadas ou endurecidas
de farelo de trigo e farelo aveia, aumentar o consumo
- Sensação de evacuação incompleta
de frutas, verduras e legumes, principalmente cru,
- Sensação de obstrução anorretal ou bloqueio
com casca quando possível
- Necessidade de manobra manual ou digital para
Cuidar com o excesso: formação de complexos
facilitar a evacuação
insolúveis diminuindo a absorção de minerais,
- Menos de três movimentos intestinais por semana
formação de meteorismo → muita fibra precisa de
Tipos de Constipação
muito consumo de água
- A constipação ocorrer quando a massa fecal
3. Horários regulares das refeições: aumentar
permanece no cólon por mais de 24-72 horas normais
fracionamento e diminuir volume
após a ingestão de uma refeição ou quando
4. Aumentar o consumo de líquidos: adultos → 1
apresentar esforço para evacuar.
mL/Kcal (2000kcal = 2L), crianças → 1,5 mL/Kcal,
- Constipação atônica (intestino preguiçoso): quando a
compensar as perdas sensíveis quando excessivas
musculatura dos intestino não funciona mais
(clima quente, exercícios extremos...)
adequadamente, em alguns casos pelo uso excessivo
5. Prática de atividade física
de laxantes ou por maus hábitos intestinais.
6. Desenvolvimento de regularidade no ato de defecar
- Constipação espática: envolve maior estreitamento
7. Aumentar o consumo de gordura/óleo vegetal, se
no cólon, com fezes em forma de fita, causado por
não contra indicado (sobrepeso)
inatividade, imobilidade ou obstrução
8. Aumentar o consumo de potássio (ajuda na
1. Escala Fecal de Bristol
motilidade intestinal)
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
47
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
48
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
49
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
50
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
e mentoladas sem açúcar, Usar ervas aromáticas como tempero nas preparações, evitando sal e
condimentos em excesso, Mastigar e chupar gelo feito de água, água de coco e suco frutas ou picolés
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
53
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
PROVA
- câncer: os cuidados com sintomas, ex: náusea,
vômito diarreia
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
54
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
55
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
56
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
57
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
58
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
GLÚTEN TRATAMENTO
- O glúten é uma fração proteica insolúvel (presente 1. Tratamento Clínico
nos cereais) - Reposição de líquidos e eletrólitos
- Trabalhar com a retirada do trigo, centeio, cevada, - Suplementação de vitaminas e minerais
malte e aveia (aveia não tem glúten, porém pelo - Administração de Ca e vitamina D
próprio cultivo alterado de cereais no mesmo terreno 2. Tratamento Nutricional
no Brasil, pode ocorrer contaminação cruzada; a - Substituir por milho, batata, soja, tapioca e araruta
menos que seja uma aveia que seja propriamente (derivados da mandioca, farinha de polvilho, farinha
cultivada para não conter glúten); de milho)
- Sendo a fração responsável pela toxicidade à mucosa - Eliminar fontes de gliadina da dieta
intestinal de portadores de DC: - Ler os rótulos de alimentos para identificar presença
• Trigo é a Gliadina, de gliadina (muito cuidado com a procedência dos
• Cevada é a Hordeína, alimentos, existe muita facilidade de contaminação
• Centeio é a Secalina, cruzada, principalmente para celíacos)
• Aveia é a Avenina 3. Importante
- O Malte, muito questionado, é um produto da - A dieta indicada é teoricamente de preparo fácil e de
fermentação da cevada, portanto apresenta uma custo relativamente acessível a pessoas de baixa
fração de glúten. renda;
- Na prática, a situação não é tão simples;
FISIOPATOLOGIA - Os brasileiros utilizam farinhas com muita frequência
- Dano ao intestino delgado: Atrofia das vilosidades, nos cardápios e as indústrias de alimentos raramente
Área reduzida para absorção, Deficiência celular de apresentam de maneira legível os constituintes
dissacarídeos e peptidases, Carreadores de transporte básicos dos produtos;
de nutrientes reduzidos - O planejamento da dieta deve levar em consideração
- Efeitos extra-intestinais: Anemia, Perda óssea, a idade, estado metabólico e uma dieta isenta em
Fraqueza muscular, Neuropatia periférica, Distúrbios glúten.
endócrinos, Hiperceratose folicular 4. Alimentos Permitidos X Alimentos Proibidos
- Alimentos Permitidos: Todos os alimentos que não
SINTOMAS
contém em sua composição trigo, cevada, centeio,
- Absorção intestinal prejudicada e anormalidades aveia (cuidado- NA PROVA COBRA AVEIA COMO
histológicas da mucosa do duodeno e jejuno; GLÚTEN pq tem resquícios que vem desde o cultivo
- Na fase aguda, são comuns a esteatorreia e a junto com o trigo), pães feitos de milho, fubá, batata,
distensão abdominal; arroz, soja, tapioca e farinha de araruta
- Outros sintomas são: dor abdominal intensa, fadiga, - Alimentos Evitados: Todos os alimentos que contém
náuseas, vômito e anemia; em sua composição trigo, cevada, centeio e aveia
- A longo prazo, está associada à probabilidade
aumentada de aparecimento de complicações graves,
principalmente osteoporose e doenças malignas do
trato gastroentérico.
DIAGNÓSTICO
- Através da caracterização da má-absorção;
- Retirada de alimentos com glúten;
- Biópsia jejunal compatível;
- Reaparecimento das alterações laboratoriais,
anatômicas e clínicas com a reintrodução do glúten;
- A DC tem sido relatada em associação com várias
outras doenças de base autoimunes, como dermatite,
diabetes tipo I, artrite reumatoide e tireoidites.
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
59
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
60
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
61
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
DISBIOSE INTESTINAL
- Conjunto de desequilíbrio da microflora intestinal
que causa alterações da saúde com contribuição
importante no desenvolvimento de processos
degenerativos e alterações do sistema imune.
- Alguns pesquisadores referem que a disbiose pode
ser a possível etiologia de algumas patologias:
*Já existe exames para avaliar a microbiota. • artrite reumatoide,
• acne,
SIMBIÓTICOS • urticárias,
- O termo simbiótico representa um produto que • depressão,
contém tanto prebiótico como probiótico, onde o • celulite.
composto prebiótico favorece seletivamente o - A Disbiose pode ocorrer em situações como:
composto probiótico. • uso de medicamentos (antibióticos,
- produto que tem tanto prebiótico quanto probiótico antiácidos, anti-inflamatório e corticoide),
- Ex: O frutooligossacarídeo adicionado ao iogurte • estresse,
(iogurte com aveia) • uso de laxantes,
- componentes manipulados: SIMcaps, Lactofos, • infecções,
Lactofiber. • dieta inadequada (alta quantidade de
proteína, açúcar e gordura, e baixa
FITOQUÍMICOS quantidade de fibras),
• falta de secreções digestivas;
- São substâncias químicas presentes nos alimentos, • intoxicação por agrotóxicos e metais pesados;
nutrientes ou não, cuja ingestão pode reduzir a
• uso abusivo de álcool e cigarro, constipação
incidência de algumas doenças (NÃO é cura, é
intestinal.
prevenção).
- Os sintomas referentes a essa alteração da
- Os mais importantes são os compostos fenólicos
microbiota incluem alterações no ritmo intestinal,
representados pelos flavonóides, ácidos fenólicos e
flatulência, irritabilidade e fadiga.
fitoestrógenos
- As bactérias intestinais digerem as fibras vegetais -
- Ex.: Isoflavona (muito usada na menopausa, mas
solúveis e insolúveis - para a sua própria alimentação.
usado a longo prazo, idealmente antes da
- São produzidos AGCC (butirato, acetato e
menopausa) → geralmente a soja e derivados, o óleo
propionato), principal "combustível" utilizado pelos
também é o mais usado por ser mais suave e barato;
enterócitos.
Fonte: Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais
- Na disbiose aparece com certa frequência a redução
das bactérias tipo lactobacilos acidófilus e
bifidobactérias, e a presença de parasitas, o
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial
63
Original: Maria Eduarda Guarezi XXXVIII Edição e acréscimos: Ludmilla Costa XL
“Desejo que seu caminho seja leve e que alcance seus objetivos.” @ludmillacostaoficial