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2018
Ela está prevista na nossa Constituição Federal, que prevê a cobertura previdenciária
para idade avançada (art. 201, I e § 7º, II).
Neste guia, abordo todos os aspectos importantes da aposentadoria por idade do Regime
Geral de Previdência Social (RGPS / INSS).
Sumário
5) Curiosidades
6) Mapa Mental
Nós temos diversos tipos de aposentadoria por idade, cujos principais requisitos são a
carência e a idade. Ou seja, não basta atingir uma determinada idade para ter direito a
este benefício, é preciso cumprir a carência.
A carência é o tempo mínimo contribuições exigidos pelo INSS para ter direito a um
determinado benefício (ela varia conforme o benefício).
[Obs.: sobre este assunto, recomendo meu artigo: “O que é carência no Direito
Previdenciário?”]
É a aposentadoria por idade devida aos trabalhadores que exerceram somente atividades
urbanas.
REQUISITOS
Idade mínima
• Homens - 65 anos
• Mulheres 60 anos
É a aposentadoria por idade devida aos trabalhadores que exerceram somente atividades
rurais.
REQUISITOS
Idade mínima
• Homens - 60 anos
• Mulheres - 55 anos
Lei 8.213/91, Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que,
cumprida a carência exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade,
se homem, e 60 (sessenta), se mulher.
§ 1º. Os limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e cinqüenta e cinco anos
no caso de trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na
alínea a do inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11.
(...)
É a aposentadoria por idade devida aos trabalhadores que exerceram tanto atividades
rurais quanto urbanas.
REQUISITOS
Idade mínima
• Homens - 65 anos
• Mulheres 60 anos
(...)
§ 3º. Os trabalhadores rurais de que trata o § 1o deste artigo que não atendam ao
disposto no § 2o deste artigo, mas que satisfaçam essa condição, se forem considerados
períodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício ao
completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos, se
mulher.
Este é um tipo de aposentadoria por idade urbana diferenciada, devida à pessoa com
deficiência
REQUISITOS
Idade mínima
• Homens - 60 anos
• Mulheres 55 anos
(...)
(...)
A aposentadoria por idade compulsória é uma exceção à regra dentro dos benefícios
previdenciários. Via de regra, o requerimento da aposentadoria é voluntário. No entanto,
a empresa na qual o segurado trabalha pode requerer a aposentadoria do trabalhador que
completar 70 (se homem) ou 65 anos (se mulher), desde que tenha sido cumprida a
carência de 180 meses.
Neste caso, o trabalhador terá direito a todas as verbas trabalhistas que teria direito em
uma demissão sem justa causa.
Lei 8.213/91, Art. 51. A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa,
desde que o segurado empregado tenha cumprido o período de carência e completado
70 (setenta) anos de idade, se do sexo masculino, ou 65 (sessenta e cinco) anos, se do
sexo feminino, sendo compulsória, caso em que será garantida ao empregado a
indenização prevista na legislação trabalhista, considerada como data da rescisão do
contrato de trabalho a imediatamente anterior à do início da aposentadoria.
Decreto 3.048/99, Art. 54. A aposentadoria por idade pode ser requerida pela empresa,
desde que o segurado tenha cumprido a carência, quando este completar setenta anos
de idade, se do sexo masculino, ou sessenta e cinco, se do sexo feminino, sendo
compulsória, caso em que será garantida ao empregado a indenização prevista na
legislação trabalhista, considerada como data da rescisão do contrato de trabalho a
imediatamente anterior à do início da aposentadoria.
Eu não concordo com dar ao empregador o poder de decidir se o seu trabalhador deve
aposentar-se ou não. E se a pessoa está fazendo um planejamento previdenciário para
obter um melhor valor de aposentadoria? Isso é especialmente preocupante agora que o
STF decidiu contrariamente à desaposentação. O que você acha disso? Conte para mim
nos comentários.
SB (Salário-de-benefício):
[Obs.: na palestra Ao Vivo que vou realizar no próximo dia 04/10, às 10h: “Descubra
o quanto você está perdendo por não saber cálculos previdenciários, eu vou ensinar
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Lei 8.213/91, Art. 50. A aposentadoria por idade, observado o disposto na Seção III
deste Capítulo, especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de 70% (setenta
por cento) do salário-de-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12
(doze) contribuições, não podendo ultrapassar 100% (cem por cento) do salário-de-
benefício.
A) Inscritos antes da Lei 8.213/91 que já haviam cumprido todos os requisitos para a
aposentadoria por idade de acordo com a legislação anterior → aplica regras da
legislação anterior.
B) Inscritos antes da Lei 8.213/91 que NÃO haviam cumprido todos os requisitos para a
aposentadoria por idade de acordo com a legislação anterior → aplica regras de
transição - vide tabela progressiva do próximo item.
Lei 8.213/91
Art. 142. Para o segurado inscrito na Previdência Social Urbana até 24 de julho de
1991, bem como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela Previdência
Social Rural, a carência das aposentadorias por idade, por tempo de serviço e especial
obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segurado
implementou todas as condições necessárias à obtenção do benefício:
199160 meses
199260 meses
199366 meses
199472 meses
199578 meses
199690 meses
199796 meses
1998102 meses
1999108 meses
2000114 meses
2001120 meses
2002126 meses
2003132 meses
2004138 meses
2005144 meses
2006150 meses
2007156 meses
2008162 meses
2009168 meses
2010174 meses
2011180 meses
Via de regra, para fazer jus a um benefício previdenciário, é preciso que a pessoa tenha
qualidade de segurado no momento do requerimento. No entanto, esta regra não é
aplicada para as aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e especial.
[Obs.: Para entender mais sobre este assunto, recomendo meu artigo: Manutenção da
Qualidade de Segurado e Período de Graça (FÁCIL)]
Lei 10.666/2003, Art. 3º. A perda da qualidade de segurado não será considerada para
a concessão das aposentadorias por tempo de contribuição e especial.
§ 1º. Na hipótese de aposentadoria por idade, a perda da qualidade de segurado não
será considerada para a concessão desse benefício, desde que o segurado conte com,
no mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido para efeito de carência
na data do requerimento do benefício.
(...)
2. Esta Corte Superior de Justiça, por meio desta Terceira Seção, asseverou, também,
ser desnecessário o implemento simultâneo das condições para a aposentadoria por
idade, na medida em que tal pressuposto não se encontra estabelecido pelo art. 102, §
1.º, da Lei n.º 8.213/91.
4. No caso específico dos autos, é de se ver que o obreiro, além de contar com a idade
mínima para a obtenção do benefício em tela, cumpriu o período de carência previsto
pela legislação previdenciária, não importando, para o deferimento do pedido, que tais
requisitos não tenham ocorrido simultaneamente.
Esta exceção não se aplica à aposentadoria por idade rural. O STJ firmou entendimento
no sentido de que o segurado especial deve estar trabalhando no campo quando
completar a idade mínima para obter a aposentadoria por idade rural. Neste sentido é o
Tema 642 do STJ:
5) Curiosidades
2) Antigamente, esse benefício era denominado Aposentadoria por Velhice pela Lei
3.807/60 (Lei Orgânica da Previdência Social),
3) Caso um segurado, que já tenha cumprido a carência, venha a falecer após completar
a idade mínima requerida para a aposentadoria por idade, seus dependentes poderão
requerer a pensão por morte, mesmo que ele não tenha requerido a aposentadoria (falo
mais deste assunto no artigo “Cliente parou de contribuir para o INSS. Ainda tem
direito a algo?”). Neste sentido:
6) Mapa Mental
Aviso da Alê
No próximo dia 04/10/18, eu vou realizar uma palestra AO VIVO no portal IBIJUS. Na
palestra: Descubra o quanto você está perdendo por não saber cálculos
previdenciários, eu vou ensinar tudo sobre o fator previdenciário, inclusive como
calculá-lo passo a passo. Clique aqui e inscreva-se gratuitamente.]
FONTES:
Lei 8.213/91;
Decreto 3.048/99;
Lei 10.666/2003;
Castro, Carlos Alberto Pereira de. Manual de Direito Previdenciário - 19. Ed. Rev.
Atual. E ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2016.
Alessandra Strazzi
Especialista em Direito Previdenciário
Advogada especialista em Direito Previdenciário (INSS), formada pela Universidade
Estadual Paulista - UNESP. Autora do blog Adblogando, no qual procura explicar o
Direito de forma simples para as pessoas leigas, e do Desmistificando, voltado para o
público jurídico. http://alessandrastrazzi.adv.br e http://www.desmistificando.com.br