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CÁLCULO
para um curso de química
Volume 1
São Paulo
2009
©Pró-Reitoria de Graduação, Universidade Estadual Paulista, 2009.
ISBN 978-85-98605-94-4
CDD 515
Reitor
Herman Jacobus Cornelis Voorwald
Vice-Reitor
Julio Cezar Durigan
Chefe de Gabinete
Carlos Antonio Gamero
Pró-Reitora de Graduação
Sheila Zambello de Pinho
Pró-Reitora de Pós-Graduação
Marilza Vieira Cunha Rudge
Pró-Reitora de Pesquisa
Maria José Soares Mendes Giannini
Pró-Reitor de Administração
Ricardo Samih Georges Abi Rached
Secretária Geral
Maria Dalva Silva Pagotto
COMISSÃO EXECUTIVA
Elizabeth Berwerth Stucchi
José Roberto Corrêa Saglietti
Klaus Schlünzen Junior
Leonor Maria Tanuri
APOIO TÉCNICO
Ivonette de Mattos
José Welington Gonçalves Vieira
Capa
PROJETO GRÁFICO
DIAGRAMAÇÃO
Estela Mleetchol ME
PROGRAMA DE APOIO
À PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO
Este material foi elaborado para ser o material de apoio aos alu-
nos que cursam a disciplina Cálculo Diferencial e Integral I, dos
cursos de Licenciatura e Bacharelado em Química da Unesp, Câm-
pus de Araraquara. Estes cursos, assim como os demais cursos de
Química da Unesp, concentram o conteúdo de Cálculo Diferencial e
Integral em dois semestres, o que os diferenciam da maioria dos
cursos da área de exatas, que normalmente distribui tal conteúdo ao
longo de quatro semestres, tratando do Cálculo de uma variável nos
dois primeiros semestres e do Cálculo de duas variáveis, nos dois
semestres subseqüentes. Esta particularidade sugere um material
mais específico, que contemple os tópicos que devam ser trabalha-
dos e, ao mesmo tempo, os apresentem em uma seqüência lógica e
harmoniosa, focando a compreensão e a aplicação dos conteúdos.
Além disso, é mais motivador ao aluno um material que apresente
aplicações voltadas para a área, favorecendo a apreensão do conhe-
cimento adquirido. Assim, com esse intuito, desenvolvemos este
material, o qual vem sendo utilizado e reformulado ao longo dos
últimos anos e apresentando bons resultados. Esperamos que possa
ser útil também a outros cursos de Química.
8 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Introdução.................................................................................. 13
tância, por exemplo, 200 km, em duas horas, dizemos que sua velo-
cidade média foi de 100 km/h, porém isso não significa que ele se
manteve sempre na mesma velocidade. Em alguns momentos ele
pode ter atingido 120 km/h, em outros, 70, 80 km/h e pode ter até
parado durante o percurso. Isso quer dizer que a sua velocidade não
foi constante, e sim, variável ao longo deste período de duas horas,
ou seja, ocorreu um processo de aceleração, sendo que em alguns
momentos ele acelerou mais e em outros, menos, ou desacelerou.
Isso parece óbvio para nós, que estamos acostumados com os velo-
címetros dos carros mostrando, a cada instante, a sua velocidade.
Mas qual a idéia inserida no cálculo, da velocidade instantânea mos-
trada no velocímetro?
Por outro lado, aprendemos e memorizamos, por exemplo, que
a área de um círculo de raio R é πR2, mas como surgiu esta fórmula
se a geometria possuía recursos apenas para o cálculo da área de
polígonos?
Estas são apenas algumas das muitas questões que o Cálculo a-
juda a responder e que serão tratadas neste material. Antes, porém,
consideramos importante retomar um pouco a história desta impor-
tante Ciência, a fim de compreendermos melhor como surgiu, a que
veio e, principalmente, como se dá o processo de desenvolvimento
de uma nova teoria.
Embora atribuído a Newton (1642-1727) e a Leibniz (1646-
1716), o Cálculo foi, na verdade, o resultado do esforço de muitos
matemáticos que, ao longo da história, foram lançando sementes e
desenvolvendo idéias que culminaram no que hoje estudamos. Uma
das idéias precursoras é, certamente, a dos infinitos e dos infinitési-
mos, apresentada mediante a seguinte questão: é válido admitir que
uma grandeza possa ser subdividida indefinidamente ou que é for-
mada de um número muito grande de partes atômicas indivisíveis?
Há evidências de que na Grécia antiga se desenvolveram esco-
las de raciocínio matemático que abraçaram uma ou outra dessas
idéias. O filósofo Zenão de Eléia (450 a.C.) levantou uma polêmica
ao chamar a atenção para as dificuldades ocultas em cada uma des-
INTRODUÇÃO 15
Funções e Gráficos
Funções e Gráficos
Introdução
Um provérbio chinês exprime uma grande verdade em relação
ao estudo da Matemática: “Uma boa figura vale mais do que mil
palavras”. Nosso estudo de equações e funções se aplica a desenhar
gráficos e interpretá-los, com o objetivo de adquirir o hábito de pen-
sar graficamente até o ponto em que isto se torne automático.
Na Química, freqüentemente investigamos de que maneira uma
propriedade particular de um sistema varia quando a concentração
de uma espécie (volume, pressão ou temperatura) também varia. Por
exemplo, o pH de um ácido ou base na água varia de acordo com a
atividade de espécies H+ na solução; o valor de uma entalpia (o con-
teúdo de energia de cada substância participante em uma reação),
associada com uma reação química ou física, varia com a temperatu-
ra; a constante de equilíbrio, para uma reação química, varia com a
temperatura; etc.
Quando dizemos, por exemplo, que o volume ocupado por uma
massa constante de um gás, em condições de pressão constante, de-
pende unicamente da temperatura do gás, queremos dizer que, uma
vez conhecida a medida da temperatura T, podemos determinar o
seu volume V através da expressão V = kT. Neste caso, chamamos T
de variável independente, pois pode assumir qualquer valor, enquan-
to V é a variável dependente, pois sua variação está vinculada à va-
riação de T.
A equação V = kT, onde k é uma constante, define V como fun-
ção de T, pois para cada valor de T, existe, em correspondência, um
único valor para V. Uma relação deste tipo é denominada de função
de uma variável.
Existem muitas situações em que a propriedade de interesse de-
pende de duas ou mais variáveis. Por exemplo, o movimento vibra-
cional do núcleo na molécula de água pode ser descrito em termos da
variação de três coordenadas; o elétron no átomo de hidrogênio requer
FUNÇÕES E GRÁFICOS 23
Conceito e Definição
A idéia de função matemática é um dos mais importantes con-
ceitos matemáticos. No estudo de funções de uma variável, traba-
lhamos com problemas em que uma grandeza tem seu valor deter-
minado a partir do valor atribuído à outra grandeza. Por exemplo,
FUNÇÕES E GRÁFICOS 25
nRT
V (T , P ) =
P
(Lei dos gases ideais)
onde n e R são constantes, T é a temperatura e P é a pressão do gás.
Podemos citar outros exemplos de relações funcionais:
• A posição de uma partícula em movimento depende do tem-
po (tempo, posição);
• O tamanho de uma população depende do tempo (tempo, po-
pulação);
• A concentração de uma substância (fármaco) no sangue de-
pende do tempo (tempo, concentração);
• A pressão de um gás, à volume constante, depende da tem-
peratura (temperatura, pressão);
• Cada pessoa tem exatamente uma sombra (pessoa, sombra);
• A cada espécie biológica está associado um número típico de
cromossomos (espécie, número de cromossomos), etc.
Quando indicamos uma função, devemos ter cuidado em acres-
centar função de que. Por exemplo, se disséssemos a altura de uma
árvore é função, a informação seria insuficiente. O certo seria dizer:
a altura de uma árvore é função do tempo (depende do tempo).
Definição de Função
Uma função f, de um conjunto A em um conjunto B, é uma rela-
ção que associa cada elemento x pertencente ao conjunto A
( x ∈ A ) a um único elemento y pertencente ao conjunto B
( y ∈ B ).
Solução
Para verificar se uma equação define uma função, isole a variável
dependente y do lado esquerdo da equação e analise a equação
modificada.
(a) x + y = 2 ⇒ y = 2 – x
(para cada valor de x corresponde um
único valor de y ⇒ y é uma função de x)
(b) x2 – y = 1 ⇒ y = x2 – 1
(para cada valor de x corresponde um
único valor de y ⇒ y é uma função
de x)
(c) x2 + y2 = 4 ⇒ y = ± 4 − x 2
(para cada valor de x, obtemos dois
valores para y: um positivo e o outro
negativo e, portanto, y não é uma fun-
ção de x)
Notação de função
Quando usamos uma equação para definir uma função, de ma-
neira geral isolamos a variável dependente do lado esquerdo da
igualdade. Por exemplo, quando escrevemos a equação 2x + y = 3 na
forma y = 3 – 2x, queremos dizer que y é a variável dependente, ou
seja, y é função de x. Usando a notação funcional, essa equação as-
sume a forma
FUNÇÕES E GRÁFICOS 29
⎧ 1
⎪ , x<2
f ( x) = ⎨ 2 − x .
⎪⎩ x − 1, x ≥ 2
30 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Solução
Usando a primeira fórmula (pois 1/3 < 2), temos que:
⎛1⎞ 1 1 3
f ⎜ ⎟= = = .
⎝ 3⎠ 2 − 1 5 5
3 3
Agora, usando a segunda fórmula (pois 3 > 2 e 2 = 2) temos:
f (2) = 2 – 1 = 1 e f (3) = 3 – 1 = 2.
Domínio
No caso de uma função, é essencial estabelecer, a priori, quais
valores podem ser atribuídos à variável independente x. Esses valo-
res irão constituir um conjunto denominado domínio da função
que, no nosso estudo, será um subconjunto dos números reais.
Na maioria das vezes, uma função é dada por uma expressão al-
gébrica e, freqüentemente, seu domínio não está especificado expli-
citamente. Em tais circunstâncias, o domínio consiste de todos os
valores que a variável independente pode assumir de modo que os
valores da função possam ser calculados.
2h
I = {t ∈ \ : 0 ≤ t ≤ }.
g
Solução
Com a idade de 1 ano, a árvore medirá 1 metro.
Com a idade de dois anos, a árvore medirá 2 metros.
Com a idade de três anos, a árvore medirá 3 metros.
Assim, a relação entre a altura h e o tempo t será de igualdade, uma
vez que a árvore terá sempre tantos metros de altura quanto forem
seus anos. Portanto, uma fórmula que representa a altura da árvore é
h = t.
EXERCÍCIOS 1.1
s
2. Sabendo que h( s ) = encontre os valores de h(1/2), h(0) e
1 − s2
h(a –1).
⎪⎧ 1 + x , x ≥ 1
3. Dada a função f ( x ) = ⎨ , encontre os valores de
⎪⎩ 2, x <1
f(0), f(3), f(1), f(–2,1), f(t3 – 1). Neste último caso, encontre o
domínio da função.
4. Determine o domínio das funções dadas e descreva-os com
palavras.
a) f(x) = x2 – 2x + 2 b) f(x) = 8 c) f(x) = 1
x 2− x
d) f(x) = x
f ( x + h) − f ( x)
5. Simplifique a expressão (h ≠ 0) considerando
h
cada uma das funções dadas.
a) f(x) = 2 b) f(x) = 3x c) f(x) = x – x2 d) f(x) = 2/x
36 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Gráficos
O plano cartesiano
eixo y
2o quadrante 1o quadrante
origem
eixo x
3o quadrante 4o quadrante
Solução
x y = 2x + 3
–2 –1
–1 1
0 3
1 5
2 7
Se não tivermos mais informações a respeito, poderemos esco-
lher qualquer um dos gráficos descritos abaixo.
y2 = 2 x 2
y1 = x 3 − 3 x
⎧
⎪ −2 x, para x < 0
⎪
G ( x) = ⎨ −2, para x = 0
⎪ 2
⎪ , para 0 < x ≤ 4
⎩ x
trace o gráfico de G num plano xy.
Solução
O gráfico da função G é formado por três partes: a primeira, à esquer-
da, é a parte da reta y = -2x, para x < 0; a segunda, é o ponto (0,-2) e a
terceira, à direita, é a parte da hipérbole y = 2/x, para 0 < x ≤ 4.
FUNÇÕES E GRÁFICOS 45
Solução
(a) o ponto (2,4) está sobre o gráfico de f , o que implica que o valor
de f para x = 2 é igual a f(2) = 4; ou seja, o ponto (2,4) está 4
unidades acima do eixo-x. Para x = 6, o ponto sobre o gráfico,
que corresponde a esse valor está abaixo do eixo-x, aproxima-
damente 2 unidades, e assim f(6) ≈ -2.
(b) f(x) está definida quando 0 ≤ x ≤ 7 e assim, o domínio de f é o in-
tervalo fechado [0,7]. Agora, os valores de f variam de -2 até 4 e,
portanto, a variação (imagem) de f é o intervalo fechado [-2,4].
1 1 = K e PV
PV 3 3 =K
P2V2 = K1 com K1 ≠ K .
Observe que a representação gráfica obtida é um conjunto de
pontos isolados. No nosso curso utilizaremos um programa de com-
putador para determinar uma reta ou uma curva que melhor se ajuste
a esses dados, a fim de representá-los matematicamente e, mais tar-
de, no curso de Estatística, estudar com maiores detalhes a teoria
envolvida nesse processo (regressão linear), uma vez que nosso
objetivo aqui é, por enquanto, saber obter corretamente todas as in-
formações contidas em um gráfico.
EXERCÍCIOS 1.2
t C(t)
0 0,0800
2 0,0570
4 0,0408
6 0,0295
8 0,0210
FUNÇÕES E GRÁFICOS 49
⎧1 − x, x ≤ 1
2. Considere a função f definida por f ( x ) = ⎨ 2 .
⎩ x , x >1
Calcule f(0), f(1) e f(2) e faça um esboço do gráfico.
Tipos de Funções
Função polinomial
Uma função f é uma função polinomial se f ( x) é um polinô-
mio, isto é:
f ( x) = an x n + an−1 xn−1 + ... + a1x + a0 ,
EXEMPLOS
(a) f ( x ) = 2 x 3 − 3 x 2 + 4 x − 1 (polinomial de grau 3)
Função constante
É uma função polinomial da forma f ( x ) = k , onde k ∈ \ . O
gráfico cartesiano de uma função constante é sempre uma reta para-
lela ao eixo-x e que intercepta o eixo-y no ponto (0, k).
FUNÇÕES E GRÁFICOS 51
Função potência
Uma função da forma f ( x ) = x a , onde a é uma constante, é de-
nominada função potência.
1
f ( x ) = x2 , f ( x ) = x3 , f ( x) = x2 , f ( x ) = x −2
Função racional
3x3 − 2 x 2 − 2
f ( x) =
x3 − 1
é uma função racional.
FUNÇÕES E GRÁFICOS 53
EXEMPLO
3x 3 − 2 x 2 − 2
f ( x) =
x3 − 1
Função algébrica
Uma função algébrica é uma função que pode ser expressa em
termos de somas, diferenças, produtos, quocientes, potências ou
raízes de polinômios. Por exemplo:
x( x 2 + 5)
f ( x) = 5 x 4 − 2 3 x +
x3 + x
Funções trigonométricas
x = cos θ e y = sen θ
⎧π ⎫ f(x) = cotg(x) D = \ − {k π}
f(x) = tg(x) D = \ − ⎨ + k π⎬
⎩2 ⎭
⎧π ⎫ f(x) = cossec(x) D = \ − {k π}
f(x) = sec(x) D = \ − ⎨ + k π⎬
⎩ 2 ⎭
56 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Relações importantes
Funções exponenciais
Uma função exponencial é uma função da forma y = ax, onde a
é uma constante positiva, diferente de um (a ≠ 1), denominada base.
Funções dessa forma surgem naturalmente em processos que envol-
vem crescimento ou decrescimento muito rápido. Por exemplo:
crescimento de bactérias, decaimento radioativo, o decrescimento na
concentração do H2 em sua reação com Br2, juros compostos, etc.
O gráfico da função y = ax está descrito nas figuras abaixo, ini-
cialmente para a qualquer e em seguida, para alguns valores especí-
ficos de a.
FUNÇÕES E GRÁFICOS 57
OBS.:
a) Observe que à medida que a base a se aproxima de 1, os grá-
ficos vão se aproximando da reta horizontal que passa pelo
ponto (0,1). Isso explica porque a base deve ser diferente de
1, pois 1x = 1 para todo x finito e, neste caso, teríamos a fun-
ção constante f(x) = 1.
b) Uma pergunta natural que surge ao nos depararmos com a
definição da função exponencial é: por que a base deve ser
positiva? Observe que se ela pudesse ser negativa, não pode-
ria ser aplicada, por exemplo, a todos os valores de x do tipo
1 1
, n natural. Veja, quando x = temos a 1/2 = a ∉ R se
2n 2
a é negativo. E por outro lado, se a base fosse zero, teríamos
f(x) = 0x = 0 para todo x finito, ou seja, a função nula.
c) Observe ainda que para a > 1, a função y = ax é crescente, y
se aproxima de zero quando x torna-se um número negativo
cada vez menor e y é cada vez maior conforme x vai ficando
cada vez maior.
d) Por outro lado, para a < 1, y = ax é decrescente e y se apro-
xima de zero quando x torna-se um número cada vez maior e
quando x torna-se um número negativo cada vez menor, y
vai ficando cada vez maior.
58 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Propriedades
As propriedades algébricas básicas válidas para ax são as mes-
mas que se aplicam às potências, ou seja, se a e b são constantes
positivas e x, x1 e x2 são números arbitrários, então:
a) a x1 ⋅ a x2 = a x1 + x2 c) ( ab) = axbx
x
b) (a x1 ) x2 = a x1 x2
x x
⎛a⎞ ax −x 1 ⎛1⎞
d) ⎜ ⎟ = x e) a = x =⎜ ⎟
⎝b⎠ b a ⎝a⎠
Funções hiperbólicas
As funções hiperbólicas são construídas a partir das funções ex e
–x
e . Elas têm interesse porque apresentam muitas propriedades aná-
logas às das funções trigonométricas e porque aparecem no estudo
de queda dos corpos, cabos suspensos, níveis de energia e outros
tópicos em Ciências.
As funções seno e cosseno hiperbólico são representadas por
y = senh x e y = cosh x e definidas por:
e x − e− x e x + e− x
y = senh x = y = cosh x =
2 2
Composição de Funções
Existem muitas situações em que uma função depende de uma
variável que, por sua vez, depende de outra, e assim por diante. Po-
demos dizer, por exemplo, que a concentração de monóxido de car-
bono na atmosfera de uma determinada cidade depende da quantida-
de de carros que trafega por ela, porém a quantidade de carros varia
com o tempo. Conseqüentemente, a concentração de monóxido de
carbono varia com o tempo. Nestas situações, compondo-se as fun-
ções de modo apropriado, podemos expressar a quantidade original
como função da última variável. Esse processo é chamado de com-
posição de funções e definido do seguinte modo:
60 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Solução
Temos que:
(f (
D g )( x ) = f ( g ( x ) ) = f x 2 + 1 = ) x2 + 1
( g D f )( x ) = g ( f ( x ) ) = g ( ) ( x)
2
x = +1 = x +1.
FUNÇÕES E GRÁFICOS 61
OBS.:
1. No exemplo anterior você pode observar que f D g ≠ g D f .
Isso acontece na maioria das vezes.
2. A notação f D g significa que a função g é aplicada em pri-
meiro lugar e, em seguida, aplica-se à função f.
Solução
Como a taxa de monóxido de carbono está relacionada a p pela
equação c( p) = 0,5 p +1 , e a variável p está relacionada à variável t
pela equação p(t ) = 10 + 0,1t 2 , a função composta
c( p(t )) = 0,5(10 + 0,1t 2 ) +1 = 6 + 0,05t 2
EXERCÍCIOS 1.3
a) F ( x) = (7 − x)3 b) H ( x ) = cos x
1 d) u (t ) = sen t
c) G ( x ) =
x−2
3. Um estudo ambiental realizado em certo município revela que a
concentração média de poluentes no ar será Q ( p ) = 0, 5 p + 19, 4
unidades quando o município tiver p mil habitantes. Calcula-se que
daqui a t anos a população terá p(t ) = 8 + 0,2t 2 mil habitantes.
Funções Inversas
Imagine um conjunto formado por todas as funções reais, ou se-
ja, funções cujos domínios e imagens são subconjuntos de \ . Como
em todo conjunto, podemos definir operações e propriedades. As
operações de soma, subtração, produto e divisão já são bem familia-
res entre as funções, ou seja, já estamos acostumados a somar duas
funções, dividir uma pela outra, multiplicar, e assim por diante. Note
que a composição, que acabamos de estudar, é mais uma operação
que podemos fazer com as funções, e por ser uma operação, também
possui propriedades. Dentre elas, destacamos o elemento neutro e o
inverso, que são semelhantes aos das operações de soma e multiplica-
ção em conjuntos numéricos. Veja como são definidos em um conjun-
to de funções:
• Elemento neutro: é uma função que, ao ser composta com
qualquer outra, não altera esta outra. Portanto, o elemento
FUNÇÕES E GRÁFICOS 63
Solução
Na figura ao lado, vemos que
qualquer reta horizontal irá cru-
zar o gráfico de f ( x ) = x 3 em
um único ponto. Portanto a fun-
ção f é um a um.
Solução
Na figura ao lado vemos que exis-
tem retas horizontais que cruzam o
gráfico de f em mais de um ponto.
Assim, a função f não é um a um.
f g
x f(x) g(f(x)) = x
–1
CUIDADO!!!! Observe que o –1 do f não é um expoente, ou
1
seja, f −1 ( y ) não significa .
f ( y)
1 −1
Agora, pode ser escrito como ⎡⎣ f ( x ) ⎤⎦ .
f ( x)
3x − 5 + 5
(a) f −1 ( f ( x ) ) = f −1 ( 3 x − 5 ) = =x.
3
⎛ x +5⎞ x+5
( )
(b) f f −1 ( x ) = f ⎜
⎝ 3 ⎠
⎟ = 3⋅
3
−5= x .
2x + 5 − 5 2x
f −1 ( f ( x)) = f −1 (2 x + 5) = = = x, ∀ x ∈ \
2 2
x−5 x−5
f ( f −1 ( x )) = f ( ) = 2( ) + 5 = x − 5 + 5 = x, ∀ x ∈ \.
2 2
EXEMPLO 6 Se f ( x) = xn , então f −1 ( x) = n x , ∀ n ∈ `, n ≥ 2 .
f ( x) = x 2 ⇒ f −1 ( x) = x .
⎪⎧ f ( f ( x)) = f ( x ) = ( x ) = x, ∀ x ≥ 0
−1 2
De fato, ⎨
⎪⎩ f −1 ( f ( x)) = f −1 ( x 2 ) = x 2 = x, ∀ x ≥ 0.
f ( x ) = x 3 ⇒ f −1 ( x ) = 3 x .
⎧⎪ f ( f −1 ( x)) = f ( 3 x ) = ( 3 x )3 = x, ∀ x ∈ \
De fato, ⎨
⎪⎩ f −1 ( f ( x)) = f −1 ( x3 ) = x3 = x, ∀ x ∈ \.
3
Funções logarítmicas
y = f −1 ( x) ⇔ x = f ( y) , ou seja, log a x = y ⇔ ay = x .
OBS.:
Propriedades
As propriedades algébricas básicas da função logarítmica são as
mesmas válidas para logaritmos e são as seguintes: sejam a > 1, b e
c positivos e n qualquer.
(i) loga 1 = 0 (ii) loga a = 1
⎛b⎞
(iii) loga (b.c) = loga b + logac (iv) log a ⎜ ⎟ = log a b − log a c
⎝c⎠
log d b
(v) loga bn = n ⋅ loga b (vi) log a b = , d > 1 (mudança de
log d a
base)
FUNÇÕES E GRÁFICOS 71
OBS.:
1. Tendo em vista que f(x) = ln(x) é a inversa de g(x) = ex,
segue que ln(e x ) = x e eln x = x
2. ln e = 1 e ln 1 = 0.
ln x
log a x = , ∀a > 0, a ≠ 1 .
ln a
72 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
ln x log x
logb x = ou log b x =
ln b log b
Solução
x
(a) 2 = 9 ⇒
x
2 2 =9
Aplicando log 2 em ambos os lados da igualdade, obtemos:
x
x
log 2 2 2 = log 2 9 ⇒ log 2 2 = log 2 9
2
x
⇒ = log 2 9 ⇒ x = 2log 2 9
2
2
(b) 10 x = 7 x .
Aplicando log 10 em ambos os lados da igualdade, obtemos:
2 x2
log10 10 x = log10 7 x ⇒ x 2 log10 10 = x log10 7 ⇒ = log10 7
x
⇒ x = log 10 7
( ) ( )
(c) log 7 x 2 = 3 log 7 ( 2 x ) ⇒ log 7 x 2 = log 7 ( 2 x ) ⇒ x2 = (2x)3
3
⎡ π π⎤ ⎡ π π⎤
f : ⎢ − , ⎥ → [ −1,1] f −1 : [ − 1,1] → ⎢ − , ⎥
⎣ 2 2⎦ ⎣ 2 2⎦
x 6 sen x x 6 arc sen x
f : [ 0, π] → [ −1,1] f −1 : [ −1,1] → [ 0, π]
x 6 cos x ’ x 6 arc cos x
FUNÇÕES E GRÁFICOS 75
⎛ π π⎞ ⎛ π π⎞
f : ⎜ − , ⎟ → ( −∞, +∞ ) f −1 : ( −∞, +∞ ) → ⎜ − , ⎟
⎝ 2 2⎠ ⎝ 2 2⎠
x 6 tg x x 6 arc tg x
f : ( 0, π ) → ( −∞, +∞ ) f −1 : ( −∞, +∞ ) → ( 0, π )
x 6 cotg x x 6 arc cotg x
⎡ π⎞ ⎛π ⎤ ⎡ π⎞ ⎛π ⎤
f : ⎢ 0, ⎟ ∪ ⎜ , π ⎥ → ( −∞, −1⎦⎤ ∪ ⎣⎡1, +∞ ) f −1 : ( −∞, −1⎦⎤ ∪ ⎣⎡1, +∞ ) → ⎢0, ⎟ ∪ ⎜ , π ⎥
⎣ 2⎠ ⎝2 ⎦ ⎣ 2⎠ ⎝2 ⎦
x 6 sec x x 6 arc sec x
76 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
⎡ π ⎞ ⎛ π⎤ ⎡π ⎞ ⎛ π⎤
f : ⎢ − ,0 ⎟ ∪ ⎜ 0, ⎥ → ( −∞, −1⎦⎤ ∪ ⎣⎡1, +∞ ) f −1 : ( −∞, −1⎦⎤ ∪ ⎣⎡1, +∞ ) → ⎢ ,0 ⎟ ∪ ⎜ 0, ⎥
⎣ 2 ⎠ ⎝ 2⎦ ⎣2 ⎠ ⎝ 2⎦
x 6 cossec x x 6 arc cossec x
EXERCÍCIOS 1.4
a) y = 3x – 2 b) y = (3x + 2)3 + 1 c) y = 2 + x −1
d) y = 2 − 3 x e) y = 1 − x 3 2
f) y = + 2 para x ≠ 2
x−2
FUNÇÕES E GRÁFICOS 77
a) f ( x) = 1
b) f ( x ) = ( 3 x + 2)3 c) f ( x) = 3 + ( x − 2 )5
x−3
1
d) f ( x) = ( x 2 + 1) 2 e) f ( x) = 2 − 4 x2 , x ≤ 0 f) y = 1 − x 2 , 0≤ x<1
5. Dado o gráfico de f ao
lado: a) Explique por que
f é um a um; b) Determine
o domínio e a variação de
f –1; c) Faça uma estimati-
va para o valor de f –1(1);
d) Use o gráfico de f dado,
para esboçar o gráfico de
f –1.
5
6. A fórmula C = ( F − 32 ) , para f ≥ – 459,67 nos dá a tempera-
9
tura C em graus Celsius como uma função da temperatura F em
graus Fahrenheit. Encontre uma fórmula para a função inversa e
faça uma interpretação para a função encontrada. Determine o
domínio da função inversa.
a) 2 log ⎛⎜ ⎞⎟ = 1
x
b) log 2 ⎛⎜ ⎞⎟ = 5
1 c) log [ x ]2 = 16
⎝3⎠ ⎝x⎠
d) log x = 3
78 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
( ) 1
x
a) 10 x = 10 b) 2 x 4 x8 x =
16
c) 16 x = 2 d) x x − 2 = 1
( )
f) 4 x = 5 8 x (use o logaritmo na base 2)
2 1000 x
h) 10 x = (use o logaritmo na base 10)
100
i) log x = log5 x ( )
j) log 2 ( x + 1) − log 2 x 2 + 2 x + 1 = 4
Modelos Matemáticos
Um modelo matemático é uma descrição matemática – geral-
mente através de uma função ou de uma equação – de um fenômeno
qualquer da natureza: a velocidade de um objeto em queda livre, a
concentração de um produto em uma reação química, etc. O modelo
matemático serve para entender e/ou predizer um comportamento
futuro de um fenômeno qualquer.
Modelos lineares
Uma função linear de x é uma função da forma y = f(x) = mx + b,
cujo gráfico é uma reta. Seu coeficiente angular é dado por m e o coe-
ficiente linear, por b. Uma característica importante das funções linea-
res é que elas variam a uma taxa constante, como mostra o gráfico da
função linear f(x) = 2x + 1 e a tabela de valores para f(x).
x f ( x ) = 2x +1
1 3
1,1 3,2
1,2 3,4
1,3 3,6
1,4 3,8
Agora, quando não existe uma lei física ou um princípio que nos
auxilie na formulação de um modelo, utilizamos os dados coletados
em um determinado experimento para que possamos construir um
modelo empírico, ou seja, buscamos uma curva que se ajuste aos
dados com o objetivo de captar o comportamento dos pontos obtidos
empiricamente. É o que veremos no exemplo a seguir.
C
346
344
342
340
338
336
334
332
330
328
326 t
C
346
344
342
340
338
336
334
332
330
328
326 t
344
342
340
338
336
334 C = -2472,56786+1,41964t
332
330
328
326 t
Uso do computador
Nesta seção vamos considerar que tenhamos acesso a um com-
putador com um software gráfico qualquer (ou a uma calculadora
gráfica).
Observamos que existem muitos programas (softwares) que
possibilitam fazer o gráfico de funções e realizar uma série de estu-
dos sobre elas. Dentre eles, citamos o Graphmatica e o Winplot, que
são programas fáceis de usar e que atendem bem às necessidades do
Cálculo neste estágio. Podem ser obtidos nos endereços listados nas
referências [25] e [24], respectivamente. Um material de apoio para
o uso do Graphmatica pode ser obtido na referência [22], enquanto
que para o Winplot, na referência [26].
O uso do computador para esboçar o gráfico de funções e resol-
ver problemas é importante e necessário, especialmente naqueles
casos em que as funções apresentam alto nível complexidade algé-
brica. Todavia, seu uso só será proveitoso se estivermos atentos a
alguns contratempos que essas máquinas podem ocultar. É impor-
FUNÇÕES E GRÁFICOS 85
0 x
0 2 4 6 8 10
Observe que nessa primeira tentativa não fomos muito felizes, uma vez
que a janela onde deveria aparecer o gráfico está em branco. Um mo-
mento de reflexão nos mostra que a variação da função f(x) = x2 + 10 é
dada pelo intervalo [10, +∞), o que significa que o gráfico f está
inteiramente fora da janela retangular [0,10] × [0,10]. Assim, torna-
se necessário modificar os intervalos de variação dos eixos coorde-
nados. Esse é um dos primeiros cuidados que devemos ter ao usar
um software para esboçar um gráfico, seja ele qual for.
86 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
(a)
y
14
12
10
0 x
-2 0 2
-2
(b)
y
1000
800
600
400
200
0
x
-30 -20 -10 0 10 20 30
0 ≤ 4 − x2 ≤ 4 = 2 .
(a) (b)
y y
2 2
0 x 0 x
-2 0 2 -10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8 10
-2 -2
1
EXEMPLO 4 Faça o gráfico da função y = utilizando para
x −1
isso um computador.
FUNÇÕES E GRÁFICOS 89
Solução
A figura ao lado mostra o gráfico pro- y
mínio da função
D = { x ∈ \ : x ≠ 1} .
EXERCÍCIOS 1.5
x2 2
a) F ( x ) = +2 b) H(t) = −3 c) f(u) = 2u – 1
2 t
d) f(x) = x4 + 2 e) f ( x) = 4 x − x2 f) f(x) = 0,01x3 – x2 + 3
⎧ 1 − x 2 , para x < 0
g) f ( x) =
x −1
h) f ( x) = 2
1 i) K ( x ) = ⎪⎨ 0, para x = 0
x+2 x −4 ⎪ 2
⎩ −1 + x , para x > 0
j) f(x) = cos (30x) k) y = tg (5x) l) y = e x −1
90 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Interpretação de um Gráfico
Freqüentemente nos deparamos com gráficos e tabelas que pro-
curam retratar uma determinada situação. Em geral, esses gráficos e
tabelas representam funções e, através delas, podemos obter infor-
mações sobre a situação que retratam, bem como sobre as funções
que representam.
Obter informações através de um gráfico é um dos aspectos
mais importantes no estudo de gráficos de funções. Pouco ou nada
adiantaria sabermos traçar um gráfico se não conseguirmos extrair
as informações contidas nele, principalmente quando o mesmo esti-
ver representando uma determinada situação.
Nesta seção começaremos a trabalhar com gráficos, procurando
interpretá-los de maneira correta, buscando coletar as informações
necessárias para a melhor compreensão da situação que os mesmos
estejam retratando.
No decorrer do curso iremos cada vez mais aprimorar essa aná-
lise, à medida que novos conceitos forem sendo introduzidos. Atra-
vés de exemplos, vamos procurar aprender como interpretar corre-
tamente um gráfico e quais as informações que deles podemos obter.
EXEMPLO 2 O gráfico
ao lado descreve a relação
pressão × volume do hidrogê-
nio à temperatura de 25°C
com resultados obtidos em
laboratório.
EXERCÍCIOS 1.6
2. O gráfico descrito na
figura mostra o espaço
S (Km) percorrido por
um automóvel em fun-
ção do tempo (minu-
tos). Observe o gráfico
e responda às perguntas
EXERCÍCIOS EXTRAS
5− x
1. Sabendo que f ( x) = , determine:
1 − x2
⎛1⎞
a) f ( 0 ) b) f ( −2 ) c) f ⎜ ⎟
⎝ x⎠
d) f (1 − x ) e) f ( x 2 ) f) domínio de f
1
3. Dada uma função f ( x) = , x ≠ 0 , mostre que
x
h
f ( h + 1) − f (1) = − e calcule f ( x + 2) − f (2) .
h +1
f ( x + h) − f ( x )
4. Dada a função f (x) = 2x −1 , determine , h ≠ 0,
h
e interprete o resultado obtido.
⎛ −1 ⎞ ⎛1⎞
a) Determine f (2), f ⎜ ⎟ e f ⎜ ⎟ ;
⎝ 2 ⎠ ⎝2⎠
b) Determine o domínio da função dada;
c) Esboce o gráfico de f ( x ) ;
17035,2n 62,4n
a) Mostre que P = + T.
V V
b) De a), observa-se que PV = 62,4 n Tk. Mantendo-se a pressão
V
constante, mostre que V = V0 + 0 T onde V0 é o volume do
273
gás a 0°C.
c) Determine a pressão de 5 moles de gás, cujo volume é 120 litros
a uma temperatura de 310 K.
d) Qual a temperatura em graus centígrados de 2 moles de gás a
uma pressão de 650 torr, sendo o volume igual a 40 litros?
KP
24. A isoterma de adsorção de Langmuir θ = dá a cobertura
1 + KP
fracionária de uma superfície pelo gás adsorvido à pressão P,
onde K é uma constante. Expresse P em termos de θ.
⎛ n2 a ⎞
25. Dada a equação de Van der Waals ⎜ P + 2 ⎟ (V − nb) − nRT = 0
⎝ V ⎠
onde P é a pressão, V o volume, T a temperatura, R a constante
do gás, a e b são constantes. Expresse T como função de P e V e
P como função de V e T.
εr − 1 ρ N A ⎛ μ2 ⎞
27. A equação de Debye = ⎜ α + ⎟⎟ relaciona a
ε r + 2 M 3ε0 ⎜⎝ 3kT ⎠
permissividade relativa (constante dielétrica) εr de uma substân-
cia pura ao momento dipolo μ e polarizabilidade α de molécu-
las constituintes, onde ρ é a densidade a uma temperatura T e
M, NA, k e ε0 são constantes. Explique como μ e α podem ser
obtidas graficamente dos resultados das medidas de εr e ρ em
relação à temperatura.
102 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS ADICIONAIS
8. Sabendo que uma função f pode ser dada por uma tabela de valo-
res, um gráfico, uma fórmula ou por meio de descrição verbal,
determine se f é um a um. Explique sua resposta.
a)
x 1 2 3 4 5 6
f(x) 1,5 2,0 3,6 5,3 2,8 2,0
b) f (x) = 3x – 2
c) f (t) é sua altura no tempo t
d)
A Derivada
A Derivada
Introdução
Como já foi mencionado na Introdução deste material, o desen-
volvimento do Cálculo Diferencial e Integral se deu a partir de dois
problemas concretos:
Limite e Continuidade
Com o Cálculo Diferencial e Integral, podemos dizer o que está
ou deveria estar acontecendo em determinado ponto, sabendo o que
acontece nos pontos que dele se aproximam. A noção de “limite” é
essencial nesse processo e é uma ferramenta indispensável para a
interpretação de fenômenos das Ciências. É importante lembrar que,
nas Ciências, a análise e o desenvolvimento físico-matemático de
um fenômeno está relacionado com os aspectos de experimentação,
hipótese e teoria.
Nesta seção veremos os fundamentos necessários para o estudo
da derivada, que é o alvo a ser atingido neste capítulo. Assim, discu-
tiremos o significado de limite de modo intuitivo e geométrico, sem
nos atermos ao rigor matemático das definições. Estaremos interes-
sados em métodos para investigar o comportamento de funções que
são importantes dentro de um contexto químico e/ou físico. Esses
tipos de técnicas aplicadas a funções descrevem processos químicos
associados com mudanças da concentração, fase, estrutura de cristal,
temperatura, volume, pressão, etc.
Para introduzir a idéia de limite e ver como esta se apresenta
no contexto das Ciências Exatas, apresentamos, a seguir, alguns
exemplos de fenômenos que utilizam o conceito de limite para a
sua compreensão.
110 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
V0
T1 T
μ ⎛μ⎞
lim =
P →0 P ⎜⎝ P ⎟⎠0
P ⋅V = k , k (m,T )
112 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
lim P = +∞
V →0
x f(x)
–0,5 0,95885
–0,01 0,99998
–0,0001 0,9999998
0,001 0,9999998
0,01 0,99998
0,5 0,95885
Note que a função não está definida para x = 0, porém, à medida que
x se aproxima muito de zero, seu valor se aproxima muito de 1, ou
seja, lim f ( x ) = 1 .
x→0
x y=x–1
2,9 1,9
2,99 1,99
2,999 1,999
2,9999 1,9999
3,0001 2,0001
3,001 2,001
3,01 2,01
3,1 2,1
⎧ x , para x ≤ 1
f ( x) = ⎨ ,
⎩ x + 2, para x > 1
quando x tende a 1.
Solução
x y
0,9 0,9
0,99 0,99
0,999 0,999
0,9999 0,9999
...... ......
1,1 3,1
1,01 3,01
1,001 3,001
1,0001 3,0001
Limites laterais
O tipo de limite apresentado nos exemplos 6 e 7, a seguir, nos
dá uma boa idéia de limite lateral à esquerda de uma função f(x)
quando x tende à um valor x0, considerando x se aproximando de x0
A DERIVADA 115
⎧ 2 − x 2 , para x < 1
⎪
g ( x ) = ⎨ 2 , para x = 1
⎪ x , para x > 1
⎩
OBS.:
1. Se os limites laterais à direita e à esquerda, lim+ f ( x ) e
x → x0
limites laterais.
2. Se os limites laterais à direita e à esquerda, lim+ f ( x ) e
x → x0
Solução
Utilizando raciocínio análogo ao
do exemplo 1 obtemos:
(a) lim+ f ( x) = −1
x →2
(b) lim− f ( x ) = 2
x→2
x2 − 1
EXEMPLO 8 Determine o valor de lim
x→1 x − 1
Solução
Observe que essa função não está definida para x = 1, mas isso não
tem importância para o cálculo do limite uma vez que devemos con-
siderar os valores de x que estão próximos de x = 1, mas que não são
iguais a 1.
2. lim x = x0
x → x0
então:
f ( x) L
3.5. lim = , M≠0 3.6. lim f ( x ) = L
x → x0 g ( x) M x → x0
x3 lim x 3 −8 −8
x →−2
lim = = = = −8 .
x→ −2 x + 3 lim [ x + 3] ⎡ lim x ⎤ + ⎡ lim 3⎤ −2 + 3
x →−2
⎣⎢ x→−2 ⎦⎥ ⎣⎢ x→−2 ⎦⎥
A DERIVADA 119
2
−2
EXEMPLO 10 Determine o limite lim x .
x→ 1 1 − x
Solução
Neste caso, calculando o limite através das propriedades estudadas,
0
encontramos , o que é um resultado sem significado matemático.
0
Para resolver este problema, primeiramente devemos simplificar a
fração de modo a obter uma outra equivalente a ela, cujo limite te-
nha significado. Neste caso, fazemos:
2 2 − 2x
−2
x 2(1 − x) 2
= x = = .
1− x 1− x x(1 − x) x
Portanto,
2
−2
2
lim x = lim =2 .
x→ 1 1 − x x→ 1 x
x −2
EXEMPLO 11 Determine o limite lim .
x→ 4 x−4
Solução
Para aplicar o processo de racionalização, multiplicamos e dividi-
mos a expressão da função pela soma x + 2
x −2 1 1 1
lim = lim = = .
x→ 4 x − 4 x→ 4 x + 2 2 + 2 4
x2 − 4
EXEMPLO 12 Determine o limite lim .
x → -2 x + 2
Solução
A propriedade 3.5 não pode ser utilizada, pois o limite do denomi-
nador é igual a zero e, além disso, o limite do numerador também é
0
zero, resultando em uma indeterminação do tipo . Para determinar
0
tal limite, fatoramos o numerador x2 – 4 e simplificamos a expressão
x2 − 4 x 2 − 4 ( x + 2)( x − 2)
obtendo assim, = = x − 2 e, portanto,
x+2 x+2 x+2
x2 − 4
chegamos à lim = lim ( x − 2) = −2 − 2 = − 4 .
x → -2 x + 2 x → -2
1− 3 x
EXEMPLO 13 Determine o limite lim .
x →1 1 − x
Solução
0 1− 3 x
Calculando o limite diretamente, obtemos: lim (indeter- =
x 0 x→1 1 −
1− 3 x 1 − 3 u6 1 − u2 0
lim = lim = lim = .
x→1 1 − x u →1 u →1 1 − u 3 0
1 − u6
122 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
1− 3 x 1 − u2 (1 − u )(1 + u ) 2
lim = lim = lim = .
x →1 1 − x u →1 1 − u 3 u →1 (1 − u )(u 2 + u + 1) 3
lim f ( x) = +∞ ou lim f ( x ) = −∞
x → x0 + x → x0 +
lim f ( x) = +∞ ou lim f ( x ) = −∞
x → x0 − x → x0 −
1
EXEMPLO 1 Determine os limites de f ( x) = :
1− x
Solução
(a) Se x é um número positivo
muito grande, então 1 – x é
um número negativo de va-
lor absoluto muito grande.
1
Portanto, < 0 e possui
1− x
valor absoluto muito pe-
queno, o que representamos
1
por → 0 ou
1− x
1
lim =0.
x →+∞ 1 − x
1
EXEMPLO 2 Determine os limites de f ( x ) = :
( x − 1)2
(a) quando x →+∞ ; (b) quando x →−∞ ;
Solução
(a) e (b) Quando x se torna um número positivo cada vez maior ou
um número negativo cada vez menor, então (x – 1)2 torna-se um
1
número positivo cada vez maior e assim, → 0 . Portanto,
( x − 1)2
1
escrevemos lim = 0 . Assim, y = 0 é uma assíntota hori-
x →± ∞ ( x − 1) 2
zontal do gráfico de f.
(c) Se x é um número maior que 1 e bem próximo de 1, então
1
(x – 1)2 é um número positivo muito pequeno. Portanto,
( x − 1)2
é um número positivo muito grande e escrevemos
1
lim+ 2
= +∞ .
x →1 ( x − 1)
1
(d) Analogamente, lim− 2
= +∞ . Portanto, x = 1 é uma assínto-
x →1 ( x − 1)
ta vertical do gráfico de f.
126 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
x 2 + 3x + 1
EXEMPLO 3 Determine graficamente o limite lim+ .
x→ 1 1− x
Solução
Observando o gráfico ao
lado, notamos que
x 2 + 3x + 1
lim+ = −∞ .
x→ 1 1− x
−3x + 2
EXEMPLO 4 Determine graficamente o limite lim− .
x→ 1 ( x − 1)2
Solução
Análogo ao exemplo anterior,
observando o gráfico ao lado,
notamos que
−3x + 2
lim = −∞ .
x → 1− ( x − 1)2
A DERIVADA 127
Solução
Se x torna-se um número positivo cada vez maior, –x2 torna-se um
número negativo de valor absoluto cada vez maior e, portanto,
2 − x 2 → −∞ quando x → +∞ .
A interpretação geométrica
para esses limites pode ser vista
na figura ao lado, ou seja, o
gráfico desce, afastando-se do
eixo-y indefinidamente, quando
x move-se para a direita ou para
a esquerda.
x2 + x + 3
EXEMPLO 6 Determine os limites da função f ( x) =
2 x2 − 2 x − 3
quando x → ±∞ .
Solução
Neste caso, apenas observando
a figura ao lado, é difícil ter
certeza de que
1
lim f ( x) = .
x →±∞ 2
128 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
x2 + x + 3 x2 1 1
lim = lim = lim = .
x →±∞ 2 x 2 − 2 x − 3 x →±∞ 2 x 2 x →±∞ 2 2
1 3 1 3
x 2 (1 + + 2 ) 1 + + 2
x2 + x + 3 x x = x x .
=
2 x 2 − 2 x − 3 x 2 (2 − 2 − 3 ) 2 − 2 − 3
x x2 x x2
x2 − x + 1
EXEMPLO 7 Determine os limites da função f ( x) =
3 x3 + 2 x + 2
quando x → ±∞.
A DERIVADA 129
Solução
Utilizando a regra anterior, temos que:
x2 − x + 1 x2
lim = lim =
x→±∞ 3 x3 + 2 x + 2 x → ± ∞ 3x 3
1
= lim =0
x → ± ∞ 3x
x −5
EXEMPLO 8 Determine o limite da função f ( x) = quando
x+5
x → − 5.
Solução
Quando x se aproxima arbitrariamente de –5, x + 5 se aproxima de
zero, enquanto x – 5 se aproxima de –10. Logo, o quociente é infi-
nitamente grande, porém, positivo ou negativo? Observe que quando
x tende a –5 pela direita, x é obviamente negativo, porém em módu-
lo, é menor que 5 e, portanto, x + 5 é positivo.
Por outro lado, quando x se aproxima de –5 pela esquerda, x é tam-
bém negativo, porém agora possui valor absoluto maior que 5; lo-
go, x+5 é negativo. Como o numerador é sempre negativo (próximo
de –10), pela regra dos sinais para o quociente, temos:
130 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
⎧ x−5
lim = −∞
x − 5 ⎪⎪ x →−5+ x+5
lim =⎨
x →−5 x + 5
⎪ lim x−5
= +∞
⎪⎩ x →−5− x+5
EXERCÍCIO 2.1
b) lim − f ( x)
x→−2
c) lim f ( x)
x→−2
d) lim f (x)
x→0
b) lim− f ( x)
x→0
c) lim f (x)
x→0
A DERIVADA 131
2 x2 −3x
c) f ( x) = d) f ( x) =
3 ( x 2 + 1) x2 + 3
1 1 ⎛2 ⎞
a) lim − b) lim c) lim ⎜ + 2 ⎟
x →−3 ( x + 3)2 x →−3 − ( x + 3) − x
x →0 ⎝ ⎠
⎛ 1⎞ 3x − 1 2x
d) lim ⎜ x 2 − ⎟ e) lim f) lim
x →0 ⎝
− x⎠ x →∞ 4 x + 3 x →∞ 3 x 2 −2
3x 2 ⎛ 1 ⎞ ⎛ 3x 2x ⎞
g) lim h) lim ⎜ 3x − 3 ⎟ i) lim ⎜ + ⎟
x →−∞ x + 2 x →+∞ ⎝ x ⎠ x →−∞ ⎝ x − 2 x+2⎠
132 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
x+3 x2 3
a) f ( x) = b) y = c) g ( x ) = 2
2− x x2 + 4 x −4
1 x2 − x x2 − 3
d) y = 2 e) f ( x) = f) y =
x −x x−2 ( x − 1) 2
Funções Contínuas
Na linguagem cotidiana, um processo contínuo é aquele que
ocorre sem interrupções ou mudanças repentinas. Os fenômenos
naturais, em sua maioria, são descritos através de funções contínuas.
Se representarmos graficamente a pressão de um gás como uma fun-
ção do volume que o mesmo ocupa a uma temperatura constante,
obtemos uma curva sem interrupção (fig. 1).
Se representarmos graficamente o crescimento de uma cultura
de bactérias em relação ao tempo, obtemos uma curva sem interrup-
ção (fig. 2). A figura 3 descreve o gráfico de uma função descontí-
nua. Tal função nos dá a densidade de uma substância pura como
função da temperatura, para uma pressão fixa.
(iii) lim f ( x) = f ( x0 )
x → x0
134 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
x
EXEMPLO 1 Trace o gráfico da função f ( x ) = e determine
x
os valores de x para os quais ela não é contínua.
Solução
Observando a figura ao lado, con-
cluímos que em x = 0 a função não
é contínua, pois aí o gráfico sofre
uma interrupção seguida de um
salto. A função não é contínua
em x = 0 porque os números
lim+ f ( x) = 1 e lim− f ( x) = −1 são
x→0 x→0
diferentes e, portanto, não existe o
limite lim f ( x )
x→0
⎧3x − 4 , para x ≥ 3
f ( x) = ⎨
⎩3 − 2 x , para x < 3
é contínua em x = 3.
Solução
Para verificar se uma função é contínua em um determinado ponto,
basta verificar se as três condições da definição de continuidade são
satisfeitas:
A DERIVADA 135
(i) Existe f ( 3) = 3 ⋅ 3 − 4 = 5.
lim f ( x ) = lim+ ( 3 x − 4 ) = 5
x → 3+ x →3
(ii)
lim− f ( x ) = lim− ( 3 − 2 x ) = −3
x →3 x →3
⎧ x , para 0 ≤ x < 2
f ( x) = ⎨ .
⎩ 3 , para x = 2
Solução
A função dada está definida no interva-
lo [0,2]. Ela é contínua em x = 0, pois
lim+ f ( x ) = f (0) = 0 e descontínua em
x→ 0
x = 2, pois lim - f ( x ) = 2 ≠ f (2) = 3 .
x→ 2
136 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Continuidade em um intervalo
Uma função f é dita contínua em um intervalo aberto (a,b) se
for contínua em todos os valores de x pertencentes a esse intervalo.
Uma função f é dita contínua no intervalo fechado [a,b] se for
contínua no aberto (a,b) e, além disso, lim+ f ( x ) = f ( a ) e
x→ a
lim− f ( x ) = f (b ) .
x→b
Propriedades
a) Toda função polinomial é contínua em todos os reais.
b) Toda função racional (divisão de polinômios) é contínua em
seu domínio.
c) As funções f(x) = sen(x) e f(x) = cos(x) são contínuas para
todo número real x.
d) A função exponencial f(x) = ex é contínua para todo número
real x.
e) Se f e g são funções contínuas em um ponto x0, então:
(i) f + g é contínua em x0;
(ii) f – g é contínua em x0;
A DERIVADA 137
em x0. Então
⎡ ⎤
lim g[ f ( x)] = g ⎢ lim f ( x) ⎥ .
x → x0 ⎣ 0
x → x ⎦
g) Se f é contínua em x0 e g é contínua em f(x0), então a função
composta g o f é contínua em x0.
h) Seja y = f(x) definida e contínua em um intervalo real I. Seja
J = Im(f). Se f admite uma função inversa f –1 : J → I, então
f –1 é contínua em todos os pontos de J.
Solução
sen x
(a) A função f ( x) = tg x = é o quociente de duas funções
cos x
contínuas e, pela propriedade (e)(iv), f é contínua em todos os
pontos que não anulam o seu denominador, ou seja, no conjunto
π
S = {x ∈ \ : x ≠ + k π, k ∈ ]} .
2
138 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS 2.2
⎧ 2 x 2 + 3x + 1
⎪ , para x ≠ −1
1. Verifique se a função f ( x) = ⎨ x +1
⎪ 3 , para x = −1
⎩
é contínua em x = –1. Justifique sua resposta.
2. Determine o valor de k para o qual as funções dadas sejam com-
tínuas.
⎧ x2 − 4
⎪ , para x ≠ 2
⎧ x + 3k , para x ≤ −1
⎪⎪ x − 2 ⎪
a) f ( x) = ⎨ b) f ( x ) = ⎨
⎪ k , para x = 2 ⎪ 2
⎪ ⎩ k , para x > −1
⎪⎩
3. Esboce o gráfico das funções dadas e verifique a continuidade
em x=a.
a) f ( x) = 3 + 2 x − 1 ; a=3
⎧ x − 5 , para x ≠ 5
⎪
b) f ( x) = ⎨ ; a=5
⎪ , para x = 5
⎩ 2
A DERIVADA 139
⎧ 2 x 2 , para x ≥ −1
⎪
c) f ( x ) = ⎨ ; a = –1
⎪1 − 2 x , para x < −1
⎩
d) f ( x) = ln( x 2 + 1) e) f ( x) = x − 5 f) f ( x ) = cossec( x)
⎧ π π
⎧1 − cos( x ), x < 0 ⎪⎪sen( x + 2 ), x ≤ 2
g) f ( x ) = ⎪⎨ 2 h) f ( x ) = ⎨
⎪⎩ x + 1 , x ≥ 0 ⎪x − π , x > π
⎪⎩ 2 2
x 2
i) f ( x) = j) f ( x ) =
x e − e− x
x
140 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Coeficiente angular
Denomina-se coeficiente angular ou declividade de uma reta r
com equação y = ax + b, como sendo a tangente da inclinação α.
• α = 0D ⇒ tg α = 0
variação de y
m=
variação de x
variação de y y1 − y0
m= =
variação de x x1 − x0
variação de y y1 − y0
coeficiente angular da reta = m = = = tg α
variação de x x1 − x0
onde α é a inclinação da reta.
Solução
Considerando (x1,y1) = (1,3) e (x2,y2) = (–1,5) e aplicando a fórmula
acima, obtemos:
y2 − y1 5 − 3 2
m= = = = −1
x2 − x1 −1 − 1 −2
A DERIVADA 143
y2 − y1
Observe que consideramos m = , mas se tivéssemos
x2 − x1
y1 − y2
considerado m = , obteríamos o mesmo resultado.
x1 − x2
Propriedades
1. Duas retas quaisquer são paralelas se, e somente se, possuem o
mesmo coeficiente angular.
2. Duas retas quaisquer são perpendiculares se, e somente se, o pro-
duto de seus coeficientes angulares é igual a –1.
A DERIVADA 145
3 1 3
2 y = 1 − 3x ⇒ y = − x + ⇒ m=−
2 2 2
3
Como a reta procurada é paralela à reta dada, segue que mr = m = − .
2
Assim, a equação da reta procurada é dada por:
3 3 7
y−2=− ( x − 1) ou y = − x + .
2 2 2
Solução
O coeficiente angular da reta dada é m = –3. Como a reta procurada
1 1
é perpendicular a essa, seu coeficiente angular é mr = − = . As-
m 3
sim, obtemos:
1 x 17
y − 7 = ( x − 4) ou y= +
3 3 3
como equação da reta.
146 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS 2.3
x1 < x2 ⇒ f ( x1 ) < f ( x2 )
f ( x2 ) − f ( x1 ) )
>0
x2 − x1
f ( x2 ) − f ( x1 ) )
<0
x2 − x1
Δs 20m
t = 2 seg a t = 6 seg ⇒ v= = = 5 m/s
Δt 4s
Δs 10m
t = 2 seg a t = 4 seg ⇒ v= = = 5 m/s
Δt 2s
Δs 5 m
t = 2 seg a t = 3 seg ⇒ v= = = 5 m/s
Δt 1 s
Continuando esse processo indefinidamente, a fim de reduzir o
intervalo de tempo Δt, sempre obteremos o mesmo resultado para a
velocidade média. A velocidade média nesse intervalo de tempo,
extremamente pequeno, é definida como sendo a velocidade instan-
tânea e, no nosso caso, diremos que a velocidade instantânea, no
instante t = 2s, é igual a 5 m/s.
Utilizamos a seguinte notação para a velocidade instantânea:
Δs
v = lim
Δt → 0 Δt
Solução
(a) Da Física (Cinemática), temos que a velocidade média (vm) de
uma partícula num certo intervalo de tempo, é definida como
sendo o quociente entre o espaço percorrido (∆s = sf – si ) e o in-
tervalo de tempo que se gastou para percorrê-lo (∆t = tf – ti ) ou
Δs
seja, vm = . Assim,
Δt
s (5) − s (3) 25 − 15 + 2 − 9 + 9 − 2
vm = = = 5m / s .
5−3 2
s (4) − s (3) 16 − 12 + 2 − 9 + 9 − 2
(b) vm = = = 4 m/ s.
4−3 1
s (3,1) − s (3) 9,61 − 9,3 + 2 − 9 + 9 − 2
(c) vm = = = 3,1 m / s .
3,1 − 3 0,1
s (3 + Δt ) − s(3)
vi = lim .
Δt → 0 Δt
(f) Do item e) concluímos que a velocidade instantânea, no instante
t = 3s, é o valor para o qual tende a expressão vm = 3 + ∆t, quan-
do ∆t → 0, ou seja, v(3) = 3 m/s.
s(3 + Δt ) − s(3) Δs
mSec = tg α = = = vm
3 + Δt − 3 Δt
Δ y y − y0 f ( x) − f ( x 0 )
msec = = =
Δ x x − x0 x − x0
f ( x ) − f ( x0 )
mS = , para x ≠ x0
x − x0
desde que esse limite exista e seja finito. Assim, podemos formalizar
a seguinte definição:
desde que esse limite exista e seja finito. Quando o limite não existe
ou seja, os limites laterais são diferentes ou o limite é infinito, dize-
mos que f não tem derivada em x0.
A derivada de uma função f em x0 é numericamente igual ao
coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de f nesse ponto.
Neste caso, a equação da reta tangente ao gráfico de f em (x0,y0) po-
de ser dada por
y − y0 = f ' ( x0 )( x − x0 )
f (x) − f (2) x2 − 4
mtg = f '( 2) = lim = lim
x→2 x−2 x→2 x − 2
= lim (x + 2) = 4
x→2
g(x) − g(2) x− 2 ( x − 2) ( x + 2)
g '(2) = lim = lim = lim
x→2 x −2 x→2 x − 2 x→2 (x − 2) ( x + 2)
1 1
= lim =
x→2 x + 2 2 2
b)
A DERIVADA 163
EXERCÍCIOS 2.4
f ( a + h) − f ( a )
f '− (a) = lim
h →0 − h
f ( a + h) − f ( a )
e f '+ (a) = lim
h →0 + h
a) Dada a função
⎧
⎪ 0, se x ≤ 0
⎪
f ( x) = ⎨5 − x, se 0 < x < 4
⎪ 1
⎪ , se x ≥ 4
⎩ 5− x
a) f ( x) = x − 2 b) f ( x) = x + 4
⎧ x 3 + 2, x < 0 3
c) y = ⎪⎨ d) f ( x) = ( x − 2) 4
3
⎪⎩ x − 2, x > 0
A DERIVADA 165
df f ( x) − f ( x0 )
( x 0 ) = lim .
dx x → x0 x − x0
Δf = f ( x ) − f ( x0 ) = f ( x0 + Δx ) − f ( x0 )
Solução
(a) A velocidade instantânea é o limite da velocidade média quando
consideramos um intervalo de tempo tendendo a zero, o que é
fornecido pela derivada da função posição, no instante desejado.
Portanto, temos que:
A velocidade média da partícula no intervalo de tempo Δt, a par-
tir de a, é dada por:
p ( a + Δt ) − p ( a ) [(a + Δt )]2 − 6( a + Δt ) − ( a 2 − 6a)]
Vm = =
Δt Δt
= 2a + Δt − 6 .
A velocidade instantânea em t = a é dada por:
p (a + Δt ) − p(a )
Vi = V (a) = lim = lim (2a + Δt − 6) = 2a − 6 .
Δt →0 Δt Δt →0
EXERCÍCIOS 2.5
1+ h −1 cos x + 1
lim lim
h→0 h x →3π x − 3π
170 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Derivação Gráfica
Quando uma função é determinada experimentalmente, conta-
mos apenas com um esboço do seu gráfico, ou seja, não temos uma
fórmula que nos dê seus valores. Neste caso, não podemos determi-
nar os valores exatos da função, nem de sua derivada. Assim, utili-
zando um processo geométrico, podemos determinar “valores apro-
ximados” da função e de sua derivada. Veremos com se dá esse
processo, no exemplo seguinte.
Solução
(a) Do esboço do gráfico, obtemos que S(25°C) ≈ 35g e S(30°C) ≈
42g.
(b) Com uma régua, traçamos retas tangentes (da melhor forma pos-
sível) ao gráfico em T = 40°C e em T = 70°C. O coeficiente an-
gular da reta tangente em T = 40°C é aproximadamente igual a
dS
2, de modo que (40) ≅ 2 e a solubilidade está aumentando à
dT
razão aproximada de 2 gramas por °C, à temperatura de 40°C.
O coeficiente angular da reta tangente em T = 70°C é aproxima-
dS
damente 3, de modo que (70) ≅ 3 e a solubilidade está au-
dT
mentando à razão aproximada de 3 gramas por °C, à temperatu-
ra de 70°C .
A DERIVADA 173
EXERCÍCIOS 2.6
Regras de Derivação
O processo de derivação, usando a definição de derivada, requer
um esforço muito grande quando utilizado para derivar qualquer fun-
ção que apresente algum nível de complexidade em sua expressão.
Veremos, a seguir, algumas regras de derivação que nos possibilitam
calcular derivadas de muitas funções sem referência à definição de
derivada. As demonstrações destas regras serão omitidas neste mate-
rial, porém decorrem da definição de derivada e podem ser encontra-
das na maioria dos livros de Cálculo Diferencial e Integral.
Antes, porém, gostaríamos de observar que, apesar da derivada
de uma função ter sido definida em um ponto de seu domínio, este
ponto foi tomado de modo genérico e, assim, podemos estender este
conceito a um intervalo qualquer onde a função esteja definida e seja
contínua. Portanto, dizemos que uma função f é diferenciável em um
intervalo se a sua derivada existir em todos os pontos deste interva-
lo. E definimos a derivada de f em um ponto x qualquer de seu do-
mínio, como sendo
f ( x + Δx ) − f ( x )
f ' ( x ) = lim ,
Δx →0 Δx
f ( x ) = k (constante) ⇒ f ' ( x ) = 0
f ( x ) = x ⇒ f '( x ) = 1
f ( x ) = x n ⇒ f ' ( x ) = nx n −1 , ∀ n ≠ 0
Exemplos:
a) f ( x ) = x 5 ⇒ f ' ( x ) = 5 x 4
1 3
1 − 1 − −1
b) g ( x ) = = x 2 ⇒ g '( x) = − x 2 =
x 2 2x x
1 −3
c) f ( x ) = ⇒ f '( x ) =
x3 x4
Exemplos:
a) f ( x ) = x 3 + x 2 ⇒ f ' ( x ) = 3 x 2 + 2 x
b) g ( t ) = t − t 5 ⇒ g ' ( t ) = 1 − 5t 4
f ( x) = k g ( x) ⇒ f '( x) = k g '( x)
A DERIVADA 177
Exemplos:
a) f ( u ) = 3u2 ⇒ f ' ( x ) = 3 ⋅ 2u = 6u
b) g ( x ) = − 3x 7 ⇒ g ' ( x ) = −3 ⋅ 7 x 6 = −21x 6
( )(
f ( x ) = 3 x4 − 2 x3 − x ) ( )( x − x ) + 3 ( x
⇒ f ' ( x ) = 3 4 x3 3 4
)( )
− 2 3x 2 =
= 12 x ( x − x ) + 9 x ( x
3 3 2 4
− 2)
2x2 − 1 4 x ( x − 2 ) − ( 2 x 2 − 1) (1) 2 x 2 − 8 x + 1
f (x) = ⇒ f '(x) = =
x−2 ( x − 2) ( x − 2)
2 2
1. Se y = f ( x ) = a x , então f ′( x ) = a x ln a .
1
2. Se y = log a x , então f ´( x ) = loga e
x
1
Se y = f ( x ) = ln x , então f ´( x ) = , já que ln e = loge e = 1 .
x
( f ) ' ( y ) = f '1( x )
−1
dx 1
=
dy dy
dx
que se torna mais fácil de memorizar.
Exemplo:
f ( x ) = x 5 + 2 x 3 ⇒ f ' ( x ) = 5 x 4 + 6 x 2 que é sempre positiva
para todo x real. Portanto,
( f ) ' ( y ) = f '1( x ) = 5x
−1
4
1
+ 6x2
Regra da Cadeia
Considerando uma função F = F(x), onde x é uma função da va-
riável t, x = x(t), já vimos que a função H = H(t), onde H = F(x(t)) é
dita função composta, obtida pela composição das funções F e x.
Para derivarmos tais funções, usamos uma regra denominada
regra da cadeia, a qual é apresentada abaixo.
dy dy du
= ⋅
dx du dx
OBS.:
1) Uma maneira de verificar se a regra da cadeia está montada
dy du
corretamente, é imaginar que e são quocientes e, as-
du dx
sim, “cancelar” du, reduzindo a expressão do lado direito da
igualdade à expressão do lado esquerdo da mesma, ou seja,
dy dy du
= ⋅
dx du dx
2) Ao usarmos a regra da cadeia, trabalhamos de fora para den-
tro, ou seja, imaginamos que y = f ( g ( x ) ) possui uma parte
interna e uma parte externa e assim, a fórmula
d
( f D g ) '( x) = f ( g ( x)) = f ' ( g ( x ) ) ⋅ g ' ( x )
dx
nos diz que primeiro derivamos a função externa f [em rela-
ção a uma variável que representa a função interna g] e então
multiplicamos o resultado pela derivada da função interna g.
( )
3
EXEMPLO 1 Calcule a derivada da função y = 2 x4 − x em rela-
ção a x.
Solução
dy d
( ) ( ) d
( ) ( ) ( )
3 2 2
= 2 x4 − x = 3 2x4 − x ⋅ 2 x 4 − x = 3 2 x 4 − x ⋅ 8 x3 − 1
dx dx dx
Se preferir, faça:
u = 2 x4 − x ⇒ y (u ) = u3
A DERIVADA 181
4
2t + 1 ⎞
EXEMPLO 2 Derive a função f ( t ) = ⎛⎜ ⎟ usando a regra da
⎝ t+2 ⎠
cadeia.
Solução
2t + 1
Seja u ( t ) = . Então f ( u ) = u 4 e, portanto,
t+2
⎡ 2 ⋅ (t + 2) − (2t + 1) ⋅ 1 ⎤
f ' ( t ) = f ' ( u ) ⋅ u ' ( t ) = 4u 3 ⋅ ⎢ ⎥=
⎢⎣ ( t + 2 )2 ⎥⎦
⎛ 2t + 1 ⎞ ⎡ 3 ⎤ 12 ( 2t + 1)
3 3
= 4⎜ ⎟ ⋅⎢ ⎥= .
⎝ t + 2 ⎠ ⎢⎣ ( t + 2 ) ⎥⎦ ( t + 2 )5
2
EXEMPLO 4 ( )
Sabendo que g ( t ) = f 2t 3 + 1 e f ' (17 ) = 2 , deter-
mine g ' ( 2 ) .
Solução
Usando a regra da cadeia, temos
g '(t ) = f '(2t 3 + 1) ⋅ 6t 2
(a) y = 43 x
2
− 2 x +1
(b) y = e
3x
2 (
(c) y = ln x3 − 3 )
(d) y = log3 ( 2 x + 4 ) (e) y = sen 5x3 ( ) −2
(f) y = cos ⎛⎜ ⎞⎟
⎝ 3x ⎠
(g) y = 2tg( x ) − cotg(2 x )
Solução
dy 2 3x 3x
(a) = 43 x − 2 x +1 ⋅ ln 4 ⋅ (6 x − 2) (b) dy = e 2 ⋅ 3 = 3 e 2
dx dx 2 2
dy 1 3x 2 dy 1 2log3 e
(c) = 3 ⋅ 3x 2 = 3 (d) = ⋅ log3 e ⋅ 2 =
dx x − 3 x −3 dx 2 x + 4 2x + 4
dy dy −2 ⎛ −2 ⎞
(e) = 15x2 cos(5x3 ) (f) = 2 ⋅ sen ⎜ ⎟
dx dx 3x ⎝ 3x ⎠
dy sec 2 ( x )
(g) = + 2cossec 2 (2 x )
dx x
EXERCÍCIOS 2.7
e− x − e x x 1
10. y= 11. y = (1 − x ) e 2 12. y = ln( x + 1)
3 x
x x
13. y = ln x 14. y = 3 − ln 15. y=
3 ln 3 x
16. (
y = ln e5 x – 1 ) 17. y = ln ( ln x ) 18. y = e− x ln x
t2 −1 1 1− x
19. y = t ln 20. y= ln(5 x 2 − 3) 21. y = ln
t2 +1 2 1+ x
− ln 2 x
s2 − 1 + s2 ⎛1⎞ 3
22. y= 23. y = ⎜ ⎟ 24. f ( x) =
s ⎝3⎠ (5 x + 3)2
25. ( )
y = tg 6 x 3 26. f ( x) = (2 x − 3)4 27. f (u ) = 3
u
184 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
1
x+
28. y = x 2 − 3x
29. y=
1 5x − 1
x−
x
2x −1
30. y= 31. y = e x − e− x
3x + 1
sen x
48. y = tg ( sen t ) 49. y=
tg(3 x )
1 − cos x tg(2u )
50. y= 51. y=
x4 cos u
1
2. Dada F ( x ) = 5 x3 − , calcule F ' ( 3) .
x
f ( x ) = 3g ( x ) − 5h ( x ) , g ' ( 2 ) = 4 e h ' ( 2 ) = 6 .
A DERIVADA 185
dP dQ
(3) = 4 e (3) = −1 .
dt dt
z + g ( z)
6. Calcule L’(1) onde L ( z ) = , g(1) = 4 e g’(1) = 2.
z − g ( z)
(
10. Escreva a equação da reta tangente ao gráfico de y = ln x 2 + e )
no ponto ( 0, y ( 0 ) ) .
11. Chama-se reta normal a uma curva em um ponto x0, a reta que
é perpendicular à reta tangente nesse ponto. Determine a equa-
ção da reta normal à curva y = x ln x, que seja perpendicular à
reta x − y + 7 = 0 .
18. A afirmação:
2
1 −
dy (3 − x) 3
y = (3 − ⇒
x) 3 =
dx 3
é verdadeira ou falsa? Justifique sua resposta.
1
riação da massa no intervalo de tempo [0, ]. Qual a taxa de varia-
4
ção instantânea para t = 1 h?
Solução
1
A taxa média de variação da massa no intervalo de tempo [0, ] é
4
1
( ) − (0)
ΔM M 4 M
= = −0,64 unidade de massa /hora
Δt 1
−0
4
dm −25
(t = 1) = = −1,56 unidade de massa /hora
dt (t + 3) 2 t =1
m (1) = 6,25 ⎫
⎪ dm
dm ⎬ ⇒ m ( 2 ) ≈ m (1) + ( t = 1) =
(t = 1) = −1,56 ⎪ dt
dt ⎭
= 6,25 – 1,56 = 4,69 unidade de massa
Solução
dQ
Queremos determinar (2) .
dI
dQ
(2) = 300 I I =2
= 600 calorias /ampère.
dI
A + B → C
Δ[C ] d [C ]
taxa de reação = lim =
Δt →0 Δt dt
Como a concentração do produto aumenta quando a reação está
d [C ]
ocorrendo (função crescente ⇒ derivada positiva), a derivada
dt
será positiva e, portanto, a taxa de reação de C é positiva.
A DERIVADA 191
EXERCÍCIOS 2.8
f ( x) = 4 − x2 e g ( x) = − 4 − x2 .
dy
Deixe os termos que envolvem do lado esquerdo da igualdade.
dx
dy dy
3y2 + = 2 − 9x2
dx dx
A DERIVADA 195
dy
Coloque em evidência.
dx
( 3 y 2 + 1) dy
dx
= 2 − 9 x2
dy
Isole .
dx
dy 2 − 9 x2
= .
dx (3 y 2 + 1)
f ( x) = 9 − x2 e g ( x) = − 9 − x2 ,
Derive em relação a x.
d 3 d d d
( x ) + ( y 3 ) = 5 y ( x ) + 5x ( y )
dx dx dx dx
196 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
dy
Deixe os termos que envolvem do lado esquerdo da igualdade.
dx
dy dy
3y2 − 5x = 5 y − 3x 2
dx dx
dy
Coloque em evidência
dx
( 3 y 2 − 5x ) dy
dx
= 5 y − 3x 2
dy
Isole .
dx
dy 5 y − 3x 2
=
dx 3 y 2 − 5x
dy 5(2) − 3(4) 2 10 − 48 19
(4) = = =−
dx 3(2) − 5(2) 12 − 20
2
4
dy
Observe que (4) é o coeficiente angular da reta tangente à curva
dx
x 3 + y 3 = 5 xy , no ponto (4,2).
EXERCÍCIOS 2.9
dy
1. Calcule , onde y = f ( x ) é uma função diferenciável dada im-
dx
plicitamente pela equação:
a) y3 + x y2 = x – 4 b) y4 + 2y = x c) x2 y3 + x y = 2
PV 3 − bPV 2 − RTV 2 + aV − ab = 0 .
dP
Usando o processo de derivação implícita, calcule supondo
dV
que a temperatura T, a e b sejam constantes.
198 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Taxas Relacionadas
Quando temos duas ou mais quantidades variando em relação a
uma outra, temos um problema de taxas relacionadas, onde o obje-
tivo é determinar a taxa de variação de uma grandeza em relação à
taxa de variação de uma outra (que pode ser determinada mais fa-
cilmente). Em algumas situações práticas, a quantidade em estudo é
dada através de uma função composta e, nesse caso, devemos utili-
zar a regra da cadeia para determinar a taxa de variação.
Vejamos alguns exemplos para compreender melhor tal pro-
blema, bem como aprender de que maneira podemos resolvê-lo.
dA dA dr
= ⋅
dt dr dt
da taxa de variação da área em relação ao raio pela taxa de variação
do raio em relação ao tempo.
Primeiro calculamos a taxa de variação da área em relação ao raio.
A DERIVADA 199
d d
A = ( πr 2 ) = 2 πr
dr dr
Assim, temos que:
dA dA dr dr
= ⋅ = 2πr .
dt dr dt dt
dr
Fazendo r = 5 cm e = 1,5 cm / s , obtemos
dt
dA
= 2π ( 5)(1,5) ≈ 47,12 cm2 / s.
dt
dV
Assim, dado = 10 m3 /h e sabendo que h = r , devemos determi-
dt
dA
nar quando h = 4 m.
dt
A área da base do cone é dada pela fórmula A = πr2 onde A = πr2(t).
Pela regra da cadeia, a taxa de variação de A = A(t), em relação a t, é
o produto
dA dA dr
= ⋅
dt dr dt
200 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
dr
Agora devemos encontrar o valor de . O volume de um cone é
dt
dado pela fórmula
1
V = πr 2 h ,
3
que relaciona V, r e h. Vamos expressar V em termos de uma única
variável, usando o fato de que r = h, obtendo assim
1
V = πr 3 .
3
Pela regra da cadeia, derivando esta igualdade em relação a t, te-
mos que
dV dr
= πr 2
dt dt
dr
e, isolando obtemos
dt
dr 1 dV
= 2 .
dt πr dt
dr dA dr dA 2 dV
Substituindo na expressão = 2πr , obtemos = ⋅ .
dt dt dt dt r dt
dV
Fazendo r = 4 m e = 10 m3 /h , obtemos
dt
dA 2
= ⋅10 = 5 m2 /h .
dt 4
EXERCÍCIOS 2.10
Derivada de f(x)g(x)
Sejam f e g duas funções deriváveis com f ( x ) > 0 de modo que
g( x)
y = f ( x) . Para derivar tal função, vamos transformá-la num
produto e, assim podermos utilizar as regras de derivação vistas an-
teriormente.
Usaremos um artifício matemático que consiste em “aplicar” o
logarítmo neperiano, ln, aos dois membros da equação, para “derru-
bar” g(x) do expoente, ou seja,
A DERIVADA 203
propriedade
g( x) ⎤
ln y = ln ⎡ f ( x ) ⇒ ln y = g ( x ) ⋅ ln f ( x ) ⇒ y = e g ( x )⋅ln f ( x )
⎣⎢ ⎦⎥ log arítmo
dy d
∴ = e g ( x )⋅ln f ( x ) [ g ( x) ⋅ ln f ( x)]
dx dx
ln y = ln ⎡⎣ x x ⎤⎦ ⇒ ln y = x ln x ⇒ y = e x ln x
dy d 1
= e x⋅ln x [ x ⋅ ln x] = e x⋅ln x [ln x + x ⋅ ] = e x⋅ln x [ln x + 1]
dx dx x
Portanto,
dy
= x x [ln x + 1]
dx
Observe que poderíamos ter derivado implicitamente a função
ln y = x ln x e termos obtido o mesmo resultado.
EXERCÍCIOS EXTRAS
⎛ 3 27 ⎞ ⎛ −1 −1 ⎞
a) (3,27) b) ⎜ , ⎟ c) ⎜ , ⎟
⎝2 8 ⎠ ⎝2 8⎠
8. Mostre que a tangente à parábola y = x2, em um ponto (x0,y0)
x
diferente do vértice, corta o eixo x no ponto x = 0 .
2
15. Sabendo que uma reta normal ao gráfico de uma função f(x) no
ponto P(x0 ,y0) é a reta que passa por P e é perpendicular à reta
tangente ao gráfico de f neste ponto, determine a equação da re-
ta normal à curva y = x 2 + 4 , em x = 0.
1
21. Dado f ( x ) = , verifique se f é diferenciável nos intervalos
x
[0,2] e [1,3]. Explique.
2
2
1− x ⎞
i) f ( x ) = ⎛⎜ ⎟ j) f ( x ) =
x3
3
⎝ x ⎠
x5
1
t+
k) f (t ) = t 3x
l) f ( x ) =
1 x −3
3
t−
t
26. Dizemos que duas curvas são tangentes num ponto onde elas se
cruzam, se elas têm a mesma reta tangente nesse ponto. Determi-
ne os valores de a e b tais que as curvas y = x e y = ax 2 + b
sejam tangentes em (1,1).
u + f (u )
29. Sabendo que K ( u ) = e f ' ( 2 ) = 3 , f (2) = –2 determi-
u − f (u )
ne K ' ( 2 ) .
2
30. Escreva a equação da reta tangente a curva y = em x = –2.
2− x
Esboce o gráfico da curva e da reta tangente encontrada.
c) f ( x ) = 2 x 3 − 4 x 3 d) g ( x ) = x 5 − 3
x
(
e) h ( r ) = 8r 2 − 3r 7 r 2 − 3)( ) f) f ( u ) = ( u 2 − 3u + 7 )
2
(
g) g (u ) = u u 3 − u + 1 ) h) f ( x ) = (8x − 3)
−5
2x − 3
i) K ( x ) = 3 3 x 2 + 5 j) f ( x ) =
3x + 1
x2 − 2 x 2 3 4
k) h ( x ) = l) f ( x ) = 1 + + 2+ 3
3
x 2
x x x
3
x 3 − x + 2 x2 2
m) f ( x ) = 2 n) f ( x ) = o) g ( x ) = x
( x + 1) 3 2 − 5x 3
+1
x
z3 − 2 a3 2
p) h( z) = q) g ( a ) = r) p( z ) =
z3 + 2 3a − 2 z +3
2
2 1 3
s) f ( v ) = v 2 + t) h( r ) = 2r + u) F ( x ) =
v2 2r 3
x − 12
5
A DERIVADA 209
f (a + h) − f (a − h)
f '(a ) ≅
2h
a) Interprete essa fórmula graficamente.
f (a + h) − f (a − h)
b) Mostre que lim = f '(a ) .
h →0 2h
1
c) Se f ( x ) = , use a fórmula acima para estimar f ' (1) com
x2
h = 0,1 ; h = 0,01 ; h = 0,001 .
d) Determine o valor exato de f ' (1) .
t 0 1 2 3 4 5 6 7
s(t) 0 11.7 42.6 89.1 149 220.1 303.7 396.7
3
36. Determine a equação da reta tangente ao gráfico de f ( x ) =
1 − x2
no ponto P(2, –1).
4 3
50. a) Determine a taxa de variação média do volume V = πr
3
a) (metros cúbicos) de uma esfera de raio r (metros) em relação
a) ao raio, para 2 ≤ r ≤ 4 .
b) Mostre que a taxa de variação instantânea do volume da esfera
em relação a seu raio é igual à área da superfície da esfera.
212 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
51. Sabendo que duas cargas positivas, cada uma de 1 unidade ele-
1
trostática, exercem uma carga repulsiva de F = 2 dinas, uma so-
r
bre a outra, quando estão afastadas de r centímetros, responda:
a) Qual a taxa de variação média da força em relação à distância,
para 5 ≤ r ≤ 100 ?
b) Qual a taxa de variação instantânea da carga em relação à dis-
tância, quando a distância r =10 cm?
54. Uma bola é deixada rolar morro abaixo, sendo que depois de t
segundos a bola rolou 90 + 15t2 centímetros.
a) Depois de 5 segundos quanto rolou a bola?
b) Para que a bola chegue a rolar 330 cm/seg , quanto é que ela
deve rolar?
OBS.: FAÇA O EXERCÍCIO USANDO O CÁLCULO.
A DERIVADA 213
59. Joga-se uma pedra num lago, ocasionando ondas circulares con-
cêntricas. Se após t segundos, o raio de uma das ondas é 40t cm,
ache a taxa de variação, em relação a t, da área do círculo
causado pela onda quando t = 3 segundos.
61. Uma chapa de metal é aquecida de modo que seu diâmetro varia
à razão de 0,01 cm/min. Determine a taxa à qual a área de uma
das faces varia, em relação ao tempo, quando o diâmetro está
em 35 cm.
72. Se p(x) = q(r (x)) tal que r (3) = 3, q(3) = –2, r’(3) = 4 e q’(3) = 6,
determine p(3) e p’(3).
⎧ x 2 + 4, para x < 0
75. Calcule f ' ( 3) e f ' ( −3) para a função f ( x ) = ⎪⎨ .
3
⎪⎩ x − x, para x > 0
x3 + 1 x 3 + 3x − 10 x 3 + 3x − 10
a) lim b) lim c) lim
x →−1 x 2 − 1 x →2 3 x 2 − 5 x − 2 x →−2 3x 2 − 5x − 2
(4 + t )2 − 16 ⎛ 1 4⎞ 2 x 5 − 3x 3 + 2
d) lim e) lim ⎜ 2 − + 2 ⎟ f) lim
t →0 3t 2 − 5t − 2 x x ⎠ 5 − x2
x→+∞
⎝ x →+∞
−5x 3 + 2 h) lim
x
g) lim
x →−∞ 5 x 3 + 2 x →2+ x −4
2
⎧ x 2 − 2 x + 1, para x ≠ 3
77. Sabendo que h( x ) = ⎨ calcule o limite
⎩7, para x = 3
lim h( x).
x →3
sen x
78. Sabendo que lim = 1 (limite fundamental), calcule os
x →0 x
limites:
x
sen 3
sen 9 x sen 10 x 2
a) lim b) lim c) lim
x →0 x x →0 sen 7 x x →0 x3
x
80. Investigue a continuidade da função f ( x ) = nos reais, no
x
domínio D = [0,+∞) e no domínio D = (0,+∞). Justifique a sua
resposta.
218 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
83. O que você entende por uma função crescente? E por uma fun-
ção decrescente?
e lim+ f ( x ) = ∞ .
x →2
EXERCÍCIOS ADICIONAIS
1
10. Esboce o gráfico de y = . Sem utilizar o computador ou uma
x
tabela de valores para x e y, esboce o gráfico da função
1
u = 2 − , utilizando para isso as conclusões dos dois exercícios
t
anteriores. Explique seu procedimento.
⎛ a ⎞
11. Dada a equação de estado de van der Waals ⎜ P + 2 ⎟ (Vm − b ) = RT ,
V⎝ m ⎠
ache uma expressão para P como função de T, mantendo Vm
constante (a e b são constantes).
1 1
j) f (u ) = k) f ( u ) = l) G ( x ) = e x −1
( u + 1)
2
u−2
x2 − x 1
m) f ( x ) = n) f ( x ) = x + o) f (t ) = t − 1
x +1 x
p) u = ln ( t − 2 )
r
de x = é a razão dos raios, r e R, dos dois tipos de átomos na
R
rede, e c e K são constantes positivas.
a) A função f(x) tem exatamente um ponto crítico. Encontre-o e
classifique-o como um máximo ou um mínimo relativo.
b) Os valores das constantes c e K e o domínio de f(x) dependem
2π
da geometria da rede. No caso do sal de cozinha, c = 1, K = e
3
o domínio é o intervalo 2 − 1 ≤ x ≤ 1 . Determine os valores
máximo e mínimo de f(x).
c) Repita o item b) para o caso da β-cristobalita, em que
3π
c = 2, K = e o domínio é o intervalo 0 ≤ x ≤ 1.
16
d) O que se pode dizer a respeito da fração de empacotamento f(x)
se r é muito maior que K? Responda a esta pergunta calculando
lim f ( x ) .
x →∞
9 − x2 2x + 3 c) lim
2x + 3
a) lim b) lim
x →3− x−3 x →1 x + 1
x →3+ x − 3
x+3 x+3
d) lim e) lim
x →+∞ x + 1 x →−∞ x + 1
A DERIVADA 227
26. Plote o gráfico e determine o limite (se existir) de cada uma das
funções dadas:
27. Se uma esfera oca de raio R, está carregada com uma unidade
de eletricidade estática, então a intensidade do campo E(x) no
ponto P, localizado x unidades do centro da esfera, satisfaz:
⎧
⎪0 se 0 < x < R
⎪
⎪ 1
E ( x) = ⎨ 2 se x = R
⎪ 2x
⎪ 1
⎪ x 2 se x > R
⎩
f(x) f’(x)
230 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
4
c) v = d) y = 3e −3 x − 4
(5 − 2t 4 )
e) u = tg ( 3v ) (
f) t = cos 3u 3 − 2u )
y = ln 2 ( sen 2 x ) p = ln ( 3u − 2 )
2
g) h)
i) (
y = 2 ln cos 2 x + cos2 x ) j) y = tg x cos 2x
3 − x4
k) y=
4x − 3
dP
40. Ache .
dT
a) 2P4 – 3T + P3 – 2 = 0 b) T = P ln (PT)
232 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Capítulo 3
Aplicações da Derivada
Aplicações da Derivada
Introdução
Neste capítulo vamos utilizar derivadas para obter detalhes
importantes a respeito de uma função f(x), quando x varia em um
intervalo.
Tendo em vista o traçado de curvas e as aplicações práticas, é
da maior importância a determinação dos pontos mais alto e mais
baixo do gráfico de uma função, uma vez que eles correspondem ao
maior e menor valor desta função.
A determinação dos valores extremos de uma função é muito
importante em aplicações que envolvem tempo, temperatura, volu-
me, pressão e, de modo geral, qualquer quantidade que possa ser
representada por uma função. Assim, se uma quantidade pode ser
escrita como função de uma outra quantidade, o Cálculo Diferencial
nos fornece um método para determinar os valores extremos de tal
função, ou seja, o valor máximo e o valor mínimo dessa função.
função constante
A derivada da função é
f ' ( x ) = 3x − 1 . Portanto, a de-
2
EXEMPLO 5
(a) Use um recurso gráfico para estimar (calcular aproximadamente)
os valores máximos e mínimos absolutos da função f (x) = x3 – x
no intervalo [–1,1].
(b) Use o cálculo para calcular os valores máximos e mínimos abso-
lutos exatos.
APLICAÇÕES DA DERIVADA 243
Solução
(a)
1
EXEMPLO 6 Determine os extremos absolutos de f ( x ) = nos
x2
intervalos:
(a) [–1,2] (b) [–1,2)
244 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Solução
( )
Temos que f ' ( x ) = 3 x 2 − 27 = 3 x 2 − 9 e, como a derivada existe
para todo x, os pontos críticos são aqueles onde a derivada é zero, ou
seja, x = − 3 e x = 3 . Sabemos que os extremos absolutos podem
ocorrer nos pontos críticos ou nos valores extremos do intervalo
[–3,5].
APLICAÇÕES DA DERIVADA 245
EXERCÍCIOS 3.1
1
2. Mostre que a função f ( x ) = x3 − 2 x2 + 5x não tem pontos extre-
3
mos locais:
a) utilizando o cálculo
b) utilizando um método gráfico.
Solução
3
A derivada da função é f ' ( x ) = 3x2 − 1 . A derivada é zero em x0 =
3
3
e em x1 = − e, para esses valores, temos os pontos críticos da
3
função dada.
Estudando o sinal da derivada, observamos que:
3 ⎫
f ' ( x ) > 0 para x < − = −0,57 ⎪
3 ⎪ em x = −0,57 temos um ponto
⎬⇒
3 de máximo local ( −0,57;0,38 )
f ' ( x ) < 0 para x > − = −0,57 ⎪⎪
3 ⎭
3 ⎫
f ' ( x ) < 0 para x < = 0,57 ⎪
3 ⎪ em x = 0,57 temos um ponto
⎬⇒
3 de mínimo local ( 0,57; −0,38 )
f ' ( x ) > 0 para x > = 0,57 ⎪⎪
3 ⎭
OBS.:
1. Do exemplo 2 podemos concluir que nem todo ponto crítico
conduz a um extremo local.
2. Freqüentemente fazemos referências incorretas aos valores
máximo e mínimo. No exemplo 1, o mínimo local ocorre em
x = 0,57, e o valor mínimo local é f ( 0,57 ) = 0,38 . O máximo
local ocorre em x = –0,57 e o valor máximo local é f(0,57) =
0,38. Assim, para determinar um valor máximo local (ou mí-
nimo local) não é suficiente encontrar o valor de x no qual ele
ocorre, é necessário calcular o valor da função para esse x.
3. Devemos observar que nem sempre é possível relacionar
máximos e mínimos locais com a derivada da função, pois
existem funções que possuem máximos e mínimos locais em
pontos nos quais a derivada nem sequer existe.
250 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Notações:
df
f ' ( x ) ou (derivada de primeira ordem de f em relação à x)
dx
d2 f
f '' ( x ) ou (derivada de segunda ordem de f em relação à x)
dx 2
d3 f
f ''' ( x ) ou (derivada de terceira ordem de f em relação à x)
dx 3
#
dn f
f ( n ) ( x ) ou (derivada de ordem n de f em relação à x).
dx n
f ''( x) = 96 x 2 + 30 x − 2 f v ( x) = 0
f '( x ) = 32 x 3 + 15 x 2 − 2 x f ( n ) ( x ) = 0, n ≥ 5 .
APLICAÇÕES DA DERIVADA 251
x
EXEMPLO 5 Se f ( x) = e 2 , calcule f ( n ) ( x ) .
Solução
x x x x
1 1 1 (n) 1
f '( x ) = e 2 ; f ''( x ) = e 2 ; f '''( x ) = e 2 ; f ( x) = n e 2 .
2 4 8 2
1
EXEMPLO 6 Se f ( x ) = = x −1 , determine f ( n ) ( x ) .
x
Solução
f '( x) = (−1) x −2 = − x −2
( − 1) n n !
... f ( n ) ( x ) = ( − 1) n n ! x − ( n +1) = .
x ( n +1)
Fazendo a = 0 teremos
( t + 1) 3 − 8
=0 ⇔ ( t + 1) 3 − 8 = 0 ⇔ ( t + 1) 3 = 8
( t + 1) 3
⇔ ( t + 1) = 2 ⇔ t =1
Quando t = 1 , temos
1 4 5 4
s(1) = + = e v (1) = 1 + =2.
2 1+1 2 (1 + 1) 2
Solução
Derivando a função dada obtemos
f ' ( x ) = 6 x 2 + 6 x − 12 .
Fazendo f ' ( x ) = 0 , concluímos que
x = 1 e x = -2 são os pontos críticos
de f. Derivando a derivada primeira
da função, obtemos a derivada se-
gunda, f '' ( x ) = 12 x + 6 .
x3
f ( x ) = 6 x − 3x 2 +
2
usando o teste da segunda derivada.
Solução
2
Derivando a função dada obtemos f ' ( x ) = 6 − 6 x + 3 x . Fazendo
2
f ' ( x ) = 0 , concluímos que x = 2 é o único ponto crítico de f. Deri-
vando a derivada da função, obtemos f '' ( x ) = 3 x − 6 . Substituindo o
ponto crítico da função em f '' ( x ) , concluímos que f '' ( 2 ) = 0 e,
nesse caso, não podemos utilizar o Teste da Derivada Segunda para
verificar a existência de máximo e mínimo relativo da função f.
Assim, temos que analisar a função de outra maneira. Observe que a
função derivada é sempre positiva, para qualquer valor de x, o que
254 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS 3.2
OBS.:
f '' ( x ) > 0 , para todo x ∈ (a,b) ⇒ f ( x ) tem concavidade pa-
ra cima em (a,b).
256 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
OBS.:
f '' ( x ) < 0 , para todo x ∈ (a,b) ⇒ f ( x ) tem concavidade pa-
ra baixo em (a,b).
O fato de f '' ( x ) < 0 implica que a derivada f ' ( x ) é decrescen-
te. Isso significa, geometricamente, que a reta tangente “gira”
no sentido horário quando nos deslocamos sobre a curva da es-
querda para a direita.
OBS.:
1. Em um ponto de inflexão, o gráfico cruza sua reta tangente
nesse ponto.
258 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Solução
– nos intervalos (–∞,3) e (5,+∞) a função é crescente;
– no intervalo (3,5) a função é decrescente;
APLICAÇÕES DA DERIVADA 259
3
EXEMPLO 2 Dada a função f ( x ) = x − 3 x 2 + 9 x + 1 , verifique
3
se existem pontos de inflexão e analise a concavidade da curva.
Solução
Derivando a função duas vezes e igualando a segunda derivada a
zero, obtemos f '' ( x ) = 2 x − 6 = 0 para x = 3 . Calculando a tercei-
ra derivada, f ''' ( x ) = 2 ≠ 0 , ∀ x, concluímos que em x = 3 temos
um ponto de inflexão (3,10).
OBS.:
Um fato importante relacionado com a definição de ponto de in-
flexão é que o gráfico da função deve ter “uma única reta” tan-
gente no ponto de inflexão. Considere, por exemplo, a função
⎧4 − x 2 , x ≤1
dada por: f ( x ) = ⎪⎨ .
2
⎪⎩ 2 + x , x >1
Assíntotas
No capítulo anterior já havíamos definido assíntotas, porém
vamos retomá-las aqui, uma vez que seu estudo é essencial na cons-
trução de gráficos. Inicialmente lembramos que uma assíntota é uma
reta para a qual o gráfico de uma função tende, em determinadas
situações. Observe os gráficos descritos na ilustração a seguir.
APLICAÇÕES DA DERIVADA 261
OBS.:
Na figura acima temos a ocorrência de assíntota horizontal, ver-
tical e oblíqua, porém esta última não será estudada aqui. Va-
mos analisar apenas as assíntotas horizontais e as verticais.
Exemplo:
A reta x = 2 é uma assíntota
vertical do gráfico de
1
f ( x) = .
( x − 2) 2
1
De fato, lim+ = +∞ ,
x→2 ( x − 2) 2
1
e lim = +∞
x→2− ( x − 2) 2
262 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Exemplo:
As retas y = 1 e y = –1 são assíntotas horizontais do gráfico de
x x x
f ( x) = , pois lim = 1 e lim = − 1.
2 x → +∞ 2 x → −∞ 2
x +2 x +2 x +2
crescente / concavidade
x < −1 positiva / decrescente
para baixo
crescente / concavidade
−1 < x < 1 positiva / crescente
para cima
tangente horizontal
x = −1 ponto de inflexão
⎣ f ' ( −1) ⎤⎦
⎡∃
crescente / concavidade
1< x < 4 positiva / decrescente
para baixo
tangente horizontal
x =1 ponto de inflexão
⎣ f ' (1) ⎤⎦
⎡∃
decrescente / conc.
x>4 negativa / decrescente
para baixo
f '( 4) = 0
tangente horizontal
x=4
(máximo local)
APLICAÇÕES DA DERIVADA 265
EXERCÍCIOS 3.3
1. Esboce o gráfico de uma função que tem as seguintes proprieda-
des, ao mesmo tempo:
a) ponto de máximo local em x = 1 e x = 5;
b) ponto de mínimo local em x = 3;
c) pontos de inflexão em x = 2 e x = 4.
3. Suponha que lhe foi dada uma fórmula para uma função f.
a) Como você determina onde f é crescente ou decrescente?
b) Como você determina onde o gráfico de f é côncavo para cima ou
para baixo?
c) Como você localiza os pontos de inflexão?
APLICAÇÕES DA DERIVADA 267
x
4. Dada a função f ( x ) = :
( x − 1)2
a) Encontre as assíntotas vertical e horizontal;
b) Encontre os intervalos onde a função é crescente ou decrescente;
c) Encontre os valores de máximo ou mínimo local;
d) Encontre os intervalos de concavidade para cima e para baixo e
pontos de inflexão;
e) Use as informações dos itens anteriores para esboçar o gráfico de f;
f) Use um programa gráfico para verificar seu trabalho.
a) f ( x ) = ln ( 2 x + 3) b) f ( x ) = 4 − x 2
−x
c) f ( x) = e d) f ( x ) = x 3 + 1
Problemas de Otimização
Nesta seção veremos vários exemplos de problemas cujas solu-
ções exigem a determinação de valores máximos e/ou mínimos ab-
solutos das funções que os representam. São chamados de problemas
de otimização pelo fato de que as soluções encontradas com esta
técnica são as melhores possíveis para cada caso, ou seja, resolver
estes problemas com as técnicas de máximos e mínimos significa
encontrar a solução ótima para eles.
APLICAÇÕES DA DERIVADA 269
V (r ) =
r
2
(
S − 2πr 2 . )
Queremos saber qual o valor do raio r que fornece o maior volume.
S
Obtemos assim, as raízes r = ± e, como o raio não pode ser um
6π
S
número negativo, o único ponto crítico da função V ( r ) é r = .
6π
S S
tuindo r = na expressão de h, obtemos h = 2 . Assim,
6π 6π
S S
para os valores r = e h=2 o volume do cilindro será
6π 6π
máximo.
EXERCÍCIOS 3.4
h cBv T
onde Θr = , qr = e h ( J ) é aproximada por sua fun-
k Θr
ção envelope (a função contínua passando por todos os pontos da
forma ( J , h ( J ) ) . Mostre que o máximo de h ( J ) ocorre quando
2T
2J + 1 = . Dado que Θ r = 1 5 , 2 K , determine qual o va-
Θr
lor de J para o qual se tem a maior ocupação fracional a uma
temperatura de 298 K.
0
numerador como o denominador tendem a zero, e é uma indeter-
0
minação. Nesse caso, vamos utilizar outra maneira para efetuar esse
cálculo.
Vamos supor que f(x) seja o numerador, de maneira que f (x) =
sen x e que g ( x ) seja o denominador, ou seja, g ( x ) = x. Então,
f ( 0 ) = 0, g ( 0 ) = 0 e g ' ( 0) ≠ 0. Estamos interessados no comporta-
mento da razão
f ( x)
g ( x)
f ( x) − f (0) ⎫
f '(0) = lim ⎪ f ( x) − f (0)
x →0 x−0 lim
⎪ f '(0) x→0 x−0 f ( x)
⎬ ⇒ =
g ( x ) − g (0)
= lim
g '(0) lim x →0 g ( x )
g ( x) − g (0) ⎪
g '(0) = lim ⎪ x → 0 x − 0
x →0 x−0 ⎭
f ( x) f '(0)
de onde segue que, lim = .
x→0 g( x) g '(0)
sen x cos(0)
Portanto, lim = = 1.
x →0 x 1
ln x
EXEMPLO 1 Calcule o valor do limite lim
x →1 x −1
Solução
Como f (1) = g(1) = 0 e g’(x) = 1 ≠ 0, podemos aplicar a Regra de
L’Hôpital:
1
ln x f '(1) 1
lim = = =1.
x →1 x − 1 g '(1) 1
ex − x − 1
EXEMPLO 2 Calcule o valor do limite lim .
x →0 x2
Solução
Como f(0) = g(0) = 0, podemos aplicar a Regra de L’Hôpital
f ( x) ex − x −1 f '( x ) ex −1
lim = lim = lim = lim .
x →0 g ( x) x →0 x2 x →0 g ' ( x ) x →0 2 x
ex − x − 1 ex − 1 ex 1
lim = lim = lim = .
x →0 x2 x →0 2 x x →0 2 2
278 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
f ( x) f '( x )
lim = lim
x → ±∞ g ( x ) x → ±∞ g '( x )
ex
EXEMPLO 3 Calcule lim .
x→ ∞ x2
Solução
ex ∞
Como lim = podemos aplicar a Regra de L’Hôpital. Temos
x→ ∞ x 2
∞
então que
ex ex ∞
lim 2
= lim = .
x→ ∞ x x → ∞ 2x ∞
ln x
EXEMPLO 4 Calcule lim .
x →∞ x
Solução
ln x ∞
Como lim = podemos aplicar a Regra de L’Hôpital. Temos
x →∞ x ∞
então que
1
ln x 1
lim = lim x = lim = 0.
x →∞ x x →∞ 1 x →∞ x
APLICAÇÕES DA DERIVADA 279
sen x
EXEMPLO 5 Calcule lim+ .
x →π 1 − cos x
Solução
Se tentarmos utilizar a Regra de L’Hôpital sem verificar se isso é
possível, obteremos
sen x cos x
lim+ = lim+ = +∞
x →π 1 − cos x x →π sen x
sen x senπ 0 0
lim+ = = = = 0.
x →π 1 − cos x 1 − cos π 1 − ( −1) 2
Solução
x
Primeiramente, reescrevemos a função xe − x na forma xe − x = .
ex
x ∞
Como lim = , podemos aplicar a Regra de L’Hôpital. Assim,
x →∞ e x ∞
x 1
lim xe − x = lim x = lim x = 0
x →∞ x →∞ e x →∞ e
EXERCÍCIOS 3.5
3x − 5x ln x sen x
d) lim e) lim+ f) lim
x→0 x x →0 x x→0 e x
x
g) lim h) lim e − x ln x i) lim x 3e − x
2
x →∞ ln
( 3e x + 1) x →∞ x →∞
j) lim ⎛⎜
1 1 ⎞
4
− 2⎟
x →0⎝x x ⎠
EXERCÍCIOS EXTRAS
4 x2
e) y = 3
x+3 f) y =
x2 − 4
11. A lei de Coulomb afirma que a força de atração F entre duas partí-
culas carregadas é diretamente proporcional ao produto das cargas
e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre as par-
tículas. Suponha uma partícula com carga +1 colocada em uma re-
ta coordenada entre duas partículas de carga –1 (ver figura). Sa-
bendo que a força resultante que atua sobre a partícula de carga +1
é dada por F(x) onde k é uma constante positiva, faça k = 1 e es-
k k
boce o gráfico de F para F ( x) = − + , 0 < x < 2.
2
x ( x − 2)2
Integração
Integração
Introdução
A integração pode ser vista sob dois aspectos distintos:
1o) PROCESSO ALGÉBRICO – Dada uma função y = f (x), quer-
se determinar uma função F(x) tal que F’(x) = f (x). Neste caso, F(x)
é denominada primitiva ou integral indefinida de f e se escreve
Aproximação linear
Foi visto anteriormente que uma curva se aproxima de sua reta
tangente nas proximidades do ponto de tangência. Esse fato constitui
a base para o método de encontrar valores aproximados de funções.
Vejamos como utilizar a reta tangente em um ponto (a, f(a)) de uma
curva dada por y = f(x) como uma aproximação para essa curva,
quando x está próximo de a.
Considere uma função f que seja diferenciável em x = a. A
equação da reta tangente no ponto (a,f(a)) é dada por
y = f ( a ) + f ' ( a )( x − a )
288 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Solução
A derivada de f é
1
f ´( x ) = .
2 x
A equação da reta tangente ao
gráfico de f no ponto (2, 2) é:
y − f (2) = f ´(2)( x − 2)
1
y− 2 = ( x − 2)
2 2
y = 0,3533x + 2,1213 (aproximação pela reta tangente).
y =0,3533x +
1,1317 1,2023 1,273 1,3436 1,4143 1,485 1,5556 1,6263 1,6969
0,7077
INTEGRAÇÃO 289
Diferenciais
A derivada f ' ( x ) de uma função y = f ( x ) pode ser denotada
dy
por = f '( x) , que enfatizamos anteriormente ser apenas uma fra-
dx
ção simbólica e não ter o significado do quociente entre duas dife-
renciais (a derivada é um operador matemático). Neste sentido,
f ' ( x ) ou y ' são símbolos melhores para representar a derivada. Em
dy
algumas circunstâncias, como por exemplo, na regra da cadeia,
dx
funciona como uma fração,
dy du dy
⋅ = .
du dx dx
dy = m dx.
dy
1. Se dx ≠ 0, então dy = f '( x ) dx , o que implica em = f '( x)
dx
que está relacionado com a notação de derivada vista ante-
dy
riormente; ou seja, podemos ver a fração simbólica co-
dx
mo uma verdadeira fração (razão entre diferenciais).
Cálculo de diferenciais
Todas as regras de derivação estudadas anteriormente podem
ser escritas na forma diferencial. Considere u e v funções diferen-
ciáveis de x tais que:
INTEGRAÇÃO 295
⎡ u ⎤ v du − udv Quociente
d⎢ ⎥=
⎣v⎦ v2
Solução
(a) df = f ’(x) dx = (18x2 – 8x) dx
−x
(b) df = f ' ( x ) dx = dx .
2 − x2
Solução
(a) Temos que:
f ’(x) = 3x2 ⇒ f ’(4) = 48
dy = f ’(4) dx = 48 × 0,1 = 4,8
Δy = f (4 + dx) – f (4) = f (4,1) – f (4) = 4,921
Δy – dy = 4,921 – 4,8 = 0,121
(b) dy = f ’(4) dx = 48 × 0,01 = 0,48
Δy = f (4 + dx) – f (4) = f (4,01) – f (4) = 0,4812
Δy – dy = 0,4812 – 0,48 = 0,0012.
EXERCÍCIOS 4.1
a) f ( x ) = x 3 , x0 = 1; x1 = 1, 01
b) f ( x ) = ln x, x0 = 1; x1 = 1, 02
c) f ( x) = e −2 x , x0 = 0; x1 = 0,98
d) f ( x ) = 3 x , x0 = −8; x1 = −8, 01
1
e) f ( x) = , x0 = −2; x1 = −2,05
x
f) f ( x ) = x 2 − 3 x, x0 = 2; x1 = 1,07
298 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
A Integral Indefinida
O estudo das derivadas consistiu em medir o acréscimo (incre-
mento) unitário de uma grandeza. Por exemplo, para a grandeza
y = x2, o seu incremento unitário (derivada de x2) era medido por 2x.
Como um processo inverso, o cálculo integral consiste em, co-
nhecendo-se a derivada de uma função f(x), encontrar a função pri-
mitiva (ou antiderivada) da qual ela provém; ou seja, significa en-
contrar uma função F(x), tal que sua derivada F´(x)= f(x) para
qualquer x no domínio de f.
Suponha que se queira saber qual a função primitiva y = F(x)
que tem por derivada 2x. Sem muito esforço, podemos encontrar
uma função com esta propriedade, ou seja, F (x) = x2. Além dessa,
outras funções possuem esta mesma propriedade, como por exem-
plo: x2 + 1, x2 – 2 , x2 + π e, de uma maneira mais geral, x2 + C
onde C é uma constante qualquer.
A função y = x2 + C é denominada uma primitiva de f (x) = 2x .
F ( x ) = x2 + C , onde C é uma
constante arbitrária, é uma família
de primitivas (ou antiderivadas)
para f ( x ) = 2 x. .
∫ f ( x ) dx = F ( x ) + C.
de modo que F’(x) = f(x). A função f(x) a ser integrada é denomina-
da de integrando, x é a variável de integração e C é a constante de
integração.
300 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Integrais imediatas
∫ dx = ∫ 1dx = x + C
x n +1 1
∫ x n dx =
n +1
+ C ( n ≠ −1) ∫ x dx = ln x + C
∫ sen x dx = − cos x + C ∫ cos x dx = sen x + C
∫ sec x dx = tg x + C ∫ cossec x dx = −cotg x + C
2 2
1 1 x 1
∫a+x 2
dx =
a
arctg + C
a ∫ 1+ x 2
dx = arctg x + C
1 x 1
∫ a−x 2
dx = arcsen
a
+C ∫ 1 − x2
dx = arcsen x + C
1 1 ⎛ x⎞ 1
∫x dx = arcsec ⎜ ⎟ + C
2 a ⎝a⎠
2 ∫x x2 − 1
dx = arcsec x + C
x −a
Propriedades
2. ∫ ⎡⎣ f ( x ) ± g ( x )⎤⎦ dx = ∫ f ( x ) dx ± ∫ g ( x ) dx
CUIDADO: A integral do produto não é o produto das integrais,
assim como a integral do quociente também não é o quociente das
integrais, ou seja, em geral temos
INTEGRAÇÃO 301
∫ f (x) dx .
∫ f ( x) g (x) dx ≠ ∫ f ( x) dx × ∫ g ( x) dx ∫
f ( x)
e dx ≠
∫ g ( x) dx
g ( x)
EXEMPLO 1
x4
A primitiva de f (x) = x3 é a função F ( x ) = + C pois
4
F’(x) = f (x) = x3
A primitiva de f(x) = 3 é a função F(x) = 3x + C pois
F’(x) = f(x) = 2.
∫ (4x )
2
EXEMPLO 2 Calcule a integral indefinida + 3sen x dx .
Solução
Usando as propriedades e a tabela anterior, temos que
∫ (4x ) ∫ ∫ ∫ ∫
2
+ 3sen x dx = 4 x 2dx + 3sen xdx = 4 x 2 dx + 3 sen xdx
⎛ x3 ⎞
= 4 ⎜ + C1 ⎟ + 3 ( − cos x + C2 )
⎝ 3 ⎠
4 3
= x + 4C1 − 3cos x + 3C2
3
4
= x 3 − 3cos x + C
3
onde C = 4C1 + 3C2.
⎛ 4 1⎞ 5t 5 2t 3/2 t −1 4 3 1
∫ ⎜ 5t − 2 t + 2 ⎟ dt =
⎝ t ⎠ 5
−
3
+
−1
+ C = t5 −
3
t − +C.
t
2
Observe que no exemplo 3, omitimos o passo
1
EXEMPLO 4 Calcule ∫ cos u ⋅ cotg u du .
Solução
A integral não é nenhuma daquelas apresentadas na tabela de inte-
grais. Assim, primeiramente, utilizamos identidades trigonométricas
para modificar a forma do integrando, para depois calcularmos a
integral utilizando a tabela, ou seja,
1 1 1
∫ cos u ⋅ cot g u du = ∫ cos u ⋅ cos u du = ∫ sec u ⋅ tg u du = sec u + C.
senu
Solução
Temos que m = 1 – 2x3 é o coeficiente angular da reta tangente à
curva y = f (x) no ponto (x, f (x)). Procedemos então, do seguinte
modo: integrando f ’(x) = 1 – 2x3, obtemos:
x4
∫ f ' ( x ) dx = ∫ (1 − 2 x ) dx ⇒ f ( x) = x −
3
+C
2
para alguma constante C
1
Como f (1) = 4, segue que 4 = f (1) = 1 − + C ou C = 7/2 . Logo, a
2
solução da equação diferencial f ' ( x ) = 1 − 2 x3 , com a condição ini-
x4 7
cial f (1) = 4 , é f ( x ) = x − + .
2 2
A equação dada poderia ser escrita em termos das diferenciais de
y = f ( x ) , como segue:
dy
dx
(
= 1 − 2 x 3 ou dy = 1 − 2 x 3 dx . )
∫ ∫ (1 − 2 x ) dx e, portanto,
3
Integrando ambos os lados, obtemos dy =
x4
y= x− +C.
2
Obtemos a constante C = 7/2, fazendo x = 1 e y = 4 na expressão
acima.
x3 3 x 2
∫ f '' ( x )dx = ∫( )
x 2 + 3 x + 1 dx ⇒ f ' ( x ) =
3
+
2
+ x+C
304 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
x3 3 x 2
f '( x ) = + +x+2
3 2
Integrando novamente, obtemos
⎛ x3 3x 2 ⎞ x 4 x3 x 2
f ( x) = ∫ ∫
f ' ( x ) dx = ⎜⎜
⎝ 3
+
2
+ x + 2 ⎟⎟ dx =
⎠
+
12 2
+
2
+ 2x + D
x 4 x3 x 2
f ( x) = + + + 2x + 1 .
12 2 2
s ( t ) = −4,9t 2 + 30t + 45
− 4, 9 t 2 + 30 t + 45 = 0
EXERCÍCIOS 4.2
1 3 2 4 u 3 − 5 + 3) du
d) ∫(x 3
−
x5
)dx e) ∫ (5 u−
u
) du f) ∫ (3 u2
2
∫
g) (2 x − 3)2 dx ∫
h) ( − 3x)dx
x ∫
i) 3 x (5 x + 2) dx
3x 2 − x + 2 7x − 3 x 3 −8
j)
∫ x
dx k) ∫5x
dx l) ∫
x−2
dx , x ≠ 2
( x − 1) 2 1
m) ∫ y( y + 1)2 dy n)
∫ x
dx o) ( ∫ x
− 9 x 2 ) dx
2 x 4 1
p)
∫ (3 x
−
5
) dx q) ∫ 3 cos u du r) ∫ 5 (sen u − u )du
8 1
s) ∫ cossec x dx t) ∫ 5sec x dx u)
∫ sec u ⋅ cos u du
2. Encontre todas as funções com a propriedade:
a) f ’(t) = 0 b) f ’(x) = x e f(0) = –2
c) f ’(x) = x2 – x e f(4) = –1 d) f ’(x) = 4 e f(1) = 5
determine f (π/2).
100
Nosso primeiro impulso seria tentar desenvolver (2x+1) para de-
pois integrarmos como soma, o que no mínimo seria um trabalho
bastante tedioso, além do tempo que perderíamos neste processo.
Para resolver problemas desse tipo, existe um método cha-
mado integração por substituição, que simplifica em muito o
cálculo de integrais. O método consiste em mudar a variável de
integração de modo que a integral possa ser calculada por meio
das fórmulas básicas para integrais indefinidas.
∫ ( 2 x + 1)
100
dx = +C = +C .
202 202
∫ ( 3x )
2 3
EXEMPLO 1 Calcule a integral − 1 x dx .
Solução
Fazemos u = 3x2 – 1 porque parte de sua diferencial du = 6x dx apare-
ce no integrando. Observando o integrando, notamos a presença do
termo (x dx) e, assim, escrevemos (x dx) como função de du, ou seja,
du
xdx =
6
Reescrevemos a integral dada em termos de u, e calculamos a inte-
gral resultante.
du 1 u4
∫ ∫
(3 x 2 − 1) 3 x dx = u 3
6
=
6 ∫
u 3 du =
24
+C .
OBS.:
1. É necessário observar que o método da substituição de va-
riáveis não funciona para todo tipo de função, ou seja, exis-
tem integrais para as quais este método não resolve, como
por exemplo, a integral
INTEGRAÇÃO 309
∫ (x
2
− 1)3 dx
∫ (x
2
2. Às vezes somos tentados a calcular a integral − 1)3 dx
escrevendo
( x 2 − 1) 4
∫ (x
2
− 1) 3 dx = +C
4
o que está totalmente incorreto. Basta observar que a deriva-
da da função obtida não é igual ao integrando.
x dx .
EXEMPLO 2 Calcule a integral
∫x 2
−1
Solução
du
Fazemos u = x 2 − 1 e d u = 2 x d x . Escrevemos xdx = , rees-
2
crevemos a integral dada em termos de u, e calculamos a integral
resultante.
x dx du 1 du 1
∫x 2
−1
= ∫ 2u = 2 ∫ u
= ln u + C
2
x dx 1
Voltando à variável x, obtemos
∫x 2
= ln x 2 − 1 + C .
−1 2
(4 x + 8) dx
EXEMPLO 3 Calcule a integral
∫ x2 + 4x + 3
.
310 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Solução
Fazemos u = x2 + 4x + 3 e du = 2(x + 2)dx. Escrevemos
du
( x + 2 ) dx = , reescrevemos a integral dada em termos de u e cal-
2
culamos a integral resultante.
( 4 x + 8 ) dx 4 ( x + 2 ) dx du −
1
∫ x2 + 4x + 3
=
∫ u
=4
∫ 2 u ∫
= 2 u 2 du = 4 u + C.
(4 x + 8) dx
Voltando à variável x, obtemos
∫ 2
x + 4x + 3
= 4 x2 + 4x + 3 + C .
x dx
EXEMPLO 4 Calcule a integral
∫ x +1 .
Solução
Neste caso, o problema é que o denominador é uma soma e, assim,
não podemos desmembrar o integrando em uma soma de funções
integráveis. Desta forma, fazemos uma substituição para que a soma
fique no numerador.
Fazemos então u = x + 1, du = dx e x = u – 1. Escrevemos a integral
dada em termos de u e calculamos a integral resultante.
xdx u −1 1
∫ x +1 = ∫ u
du = 1du −
∫u ∫
du = u − ln u + C.
x dx
Voltando à variável x, obtemos
∫ x + 1 = ( x + 1) − ln x + 1 + C .
∫ xe
x2
EXEMPLO 5 Calcule a integral dx.
Solução
Fazemos u = x2 e du = 2xdx. Escrevemos a integral dada em termos
de u e calculamos a integral resultante.
INTEGRAÇÃO 311
2 du 1 u eu
∫ xe dx = ∫ e = ∫ e du =
x u
+ C.
2 2 2
Voltando à variável x, obtemos:
2
x2 ex
∫ xe dx =
2
+ C.
Solução
1
Fazendo u = ln x, obtemos du = dx . Substituindo na integral, ob-
x
temos:
ln x u2 (ln x ) 2
∫ x dx = ∫ u du =
2
+ C =
2
+C.
EXERCÍCIOS 4.3
xdx (1 + x )1/ 4 dx
4) ∫x
2/3
(2 − x 5/3 ) −5 dx 5) ∫ (5 − 4 x 2 1/ 2
)
6)
∫ x
312 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
dx
∫ 3x + 5 ∫e ∫ 3 xe
x2
7) 8) 9x
dx 9) dx
2 x 4 dx
∫ 2 xe ∫
x 2 −1 12) (3 x 2 − 1) e x 3 − x dx
10) dx 11)
3x5 − 2
∫
dx x
ln 5x e
13)
∫ x
dx 14) ∫ x ln x
15) ∫ x
dx
xdx xdx
16)
∫ x−4 17)
∫x x − 2 dx 18) ∫ ( x − 7)4
19)
∫e 20)
∫ tg x 21)
∫ cos x sen x dx
x
cos(2 e x ) dx sec 2 x dx 4
25) ∫ tg 2 x dx 26)
∫( )
2 x + sec 2 4 x dx
O Problema da Área
Quando definimos uma reta tangente a uma curva, aproxima-
mos essa tangente por retas secantes e então tomamos o limite des-
sas aproximações. No caso do cálculo de áreas iremos utilizar uma
idéia semelhante. Primeiramente fazemos uma aproximação da re-
gião R, em relação a qual iremos calcular a área, por retângulos e
então tomamos o limite das áreas desses retângulos conforme au-
mentamos o número de retângulos. Vejamos alguns exemplos para
ilustrar esse processo.
20 309 359 50
40 321 346 25
ou pela soma
n
Área A+ = f (x1)dx + f (x2)dx + f (x3)dx + ... + f (xn)dx = ∑ f ( xi ) dx
i =1
Observe que:
n −1 n
∑ f ( xi ) dx < Área A < ∑ f ( xi ) dx
i =0 i =1
O Problema da Distância
Vamos agora determinar a distância percorrida por um objeto,
durante certo período de tempo, sendo conhecida a velocidade do
objeto em alguns instantes.
Se a velocidade do objeto permanece constante, então o pro-
blema de se encontrar a distância percorrida pode ser resolvido atra-
vés da fórmula
316 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Tempo (segundos) 0 5 10 15 20 25 30
Velocidade (pés/seg) 25 31 35 43 47 46 41
Solução
O gráfico da função velocidade do carro está esboçado na figura
abaixo. Traçamos os retângulos cuja altura é a velocidade inicial
para cada intervalo de tempo. Observe que a área de cada retângulo
pode ser interpretada como uma distância, uma vez que a altura re-
presenta a velocidade e a largura representa o tempo.
A área do primeiro retângulo é dada por 25 ⫻ 5 = 125 que é uma
estimativa para a distância percorrida nos primeiros cinco segundos.
A área do segundo retângulo é dada por 31 ⫻ 5 = 155; a do terceiro
retângulo é 35 ⫻ 5 = 175 e assim por diante...
INTEGRAÇÃO 317
EXERCÍCIOS 4.4
2. Na figura ao lado é
dado o gráfico da ve-
locidade de um carro
em aceleração a partir
do repouso até uma ve-
locidade de 120 km/h
em um intervalo de
tempo de 30 segundos.
Faça uma estimativa da distância percorrida durante esse interva-
lo de tempo.
318 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
A Integral Definida
A integral definida é o tipo de integração mais utilizado na prá-
tica. Ela é freqüentemente usada na Termodinâmica e em análises
cinéticas. Por exemplo, o trabalho envolvido na expansão de um gás
contra uma pressão externa P é dado por W = – PΔV.
(a) (b)
Foi visto também que esse limite aparece quando tentamos de-
terminar a distância percorrida por um objeto qualquer. Esse tipo de
limite ocorre em várias outras situações mesmo quando f não é ne-
cessariamente uma função positiva. Assim, vamos dar a esse limite
um nome e uma notação especial.
Utilizando a notação de Leibniz, este limite é escrito como
b n
∫ a
f ( x ) dx = lim
n →∞
∑ f ( x ) Δx
i =1
i
n
3. A soma ∑ f ( x ) Δx
i =1
i é denominada soma de Riemann,
b
f ( x) ≥ 0 ⇒ ∫a
f ( x ) dx é a área sob a curva y = f(x) de
a até b.
b
∫a
f ( x ) dx = A1 − A2
2π
EXEMPLO 1 Considere a integral ∫0
senx dx .
onde
π 2π
A1 = ∫
0
senx dx = +2 e A 2 = ∫π senx dx = −2
2π
e, portanto, A = ∫0 sen x dx = 0 .
OBS.:
1. Quando precisamos calcular a área de uma região R, que está
sob uma curva y = f(x) de x = a até x = b, dividimos o inter-
valo [a,b] em subintervalos, aproximamos a região R por re-
tângulos com alturas iguais aos valores da função f(x) nos
extremos direitos ou esquerdos desses subintervalos e to-
mamos o limite das áreas desses retângulos à medida que
aumentamos o número de retângulos. A opção de escolher-
mos os extremos direitos ou esquerdos dos subintervalos é,
simplesmente, devido ao fato dessa escolha ser mais conve-
niente para o cálculo do limite.
Contudo, do ponto de vista puramente algébrico, podemos es-
colher qualquer valor no intervalo e, mais ainda, podemos
escolher valores diferentes para intervalos diferentes.
322 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS 4.5
= F (b ) − F ( a ) + C − C = F (b ) − F ( a ).
F ( x)
⎛ 2 2 ⎞ ⎛ 1 2 ⎞ 3 5
= ⎜⎜ 2 + ⎟⎟ − ⎜⎜ 1 + 2 ⎟⎟ = 4 − 2 = 2 u.a.
⎝ 2 ⎠ ⎝ ⎠
INTEGRAÇÃO 325
= ln (1 + 2 ) − ln (1 + 1) = ln 3 − ln 2.
3 1 x −1 3 1 4
∫−1 x2
dx =
−1 −1
= − −1 = −
3 3
326 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Solução
Em primeiro lugar podemos
observar que o resultado é um
número negativo apesar de
1
f ( x) = ≥ 0 e sabemos que
x2
b
∫a
f ( x ) dx ≥ 0 quando f ≥ 0.
Além disso, o TFC não pode ser aplicado aqui, uma vez que
1
f ( x) = não é contínua em [–1,3] (ver figura acima). Portanto, a
x2
3 1
∫−1 x2
dx exige um outro procedimento para seu cálculo, o qual será
OBS.:
É importante compreender a diferença entre integral indefinida
b
e integral definida. Uma integral definida ∫ a
f ( x ) dx é um nú-
EXERCÍCIOS 4.6
( )
2
c) F ( x ) = ∫ x
cos t 2 dt
1 3 4 1 π /3
d)
∫ −1 t 4
dt e)
∫1 x
dx f) ∫ π/4 sen t dt
2
7. Calcule a integral ∫
−1
x 3 dx e interprete-a como uma diferença de
Aplicações
Foi visto anteriormente que se f for uma função contínua em um
intervalo [a,b], então
b
∫ a
f ( x ) dx = F ( b ) − F ( a )
distância
t2
∫ t1
v ( t ) dt = A 1 − ( − A 2 ) = A 1 + A 2
t2 3 4
∫t1
v (t ) dt = − ∫
1
v (t )dt + ∫
3
v (t )dt =
3 4
=− ∫
1
(t 2 − 2t − 3)dt + ∫ 3
(t 2 − 2t − 3)dt =
⎡ t 3 2t 2 ⎤ 3 ⎡ t 3 2t 2 ⎤4
=- ⎢ − − 3t ⎥ + ⎢ − − 3t ⎥ = 29m
⎣3 2 ⎦1 ⎣ 3 2 ⎦3
1 b
ou seja, existe z ∈ (a,b) tal que f ( z ) =
b−a ∫ a
f ( x ) dx .
Interpretação Geométrica: Se
f ( x ) ≥ 0, ∀ x ∈ [a , b ] ,
1 16 ⎡ 2 2⎤ 1 ⎡ 2 3 ⎤ t = 16
TM = ∫ ⎢ 3 − ( t − 13) ⎥ dt = ⎢3t − ( t − 13) ⎥ =
16 − 6 6 ⎣ 3 ⎦ 10 ⎣ 9 ⎦ t=6
1 ⎡ 2 3⎤ 1 ⎡ 2 3⎤
= ⎢ 3 (16 ) − (16 − 13) ⎥ − ⎢3 ( 6 ) − ( 6 − 13) ⎥ = −5, 22.
10 ⎣ 9 ⎦ 10 ⎣ 9 ⎦
2
= × 27 = 6
9
INTEGRAÇÃO 333
3 z + 1 = 6 ⇒ 9 ( z + 1) = 36 ⇒ 9 z = 27 ⇒ z = 3.
b
A= ∫
a
⎡⎣ f ( x ) − g ( x ) ⎤⎦ dx, ,
1o caso:
f ( x ) ≥ 0, g ( x ) ≥ 0 e f ( x ) ≥ g ( x ), ∀ x ∈ [a , b] .
Neste caso,
b b b
A=
∫a
f ( x ) dx −
∫ a
g ( x ) dx =
∫ a
[ f ( x ) − g ( x )] dx
2o caso:
f ( x ) ≥ 0 e g ( x ) ≤ 0, ∀ x ∈ [a , b ] .
Neste caso
b ⎡ b ⎤
A=
∫a
f ( x )dx + ⎢ −
⎣ ∫ a
g ( x )dx ⎥ =
⎦
b b b
∫a
f ( x )dx −
∫ a
g ( x )dx =
∫ [ f ( x) − g ( x)]dx.
a
334 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
3o caso:
f ( x ) ≤ 0, g ( x ) ≤ 0 e f ( x ) ≥ g ( x ), ∀ x ∈ [a , b ]
Neste caso,
b ⎡ b ⎤
A=−
∫ a
g ( x )dx − ⎢ −
⎣ ∫a
f ( x )dx ⎥ =
⎦
b b b
=
∫a
f ( x )dx −
∫
a
g ( x )dx =
∫ [ f ( x) − g( x)]dx.
a
2 ⎡ x3 ⎤2 8
∫0
( −2 x 2 + 4 x )dx = ⎢ −2 + 2 x 2 ⎥ = = 2,6667
⎣ 3 ⎦0 3
EXEMPLO 2 Encontre a área da região limitada pelas curvas
y2 = 2x − 2 e y = x − 5 .
Solução
As intersecções ocorrem em x = 3 e x = 9. Portanto:
3 9
A=
∫[1
2 x − 2 − ( − 2 x − 2 )]dx +
∫3
[ 2 x − 2 − ( x − 5)]dx =
3 9
=2
∫ 1
2 x − 2 dx +
∫ 3
[ 2 x − 2 − x + 5]dx = 18
INTEGRAÇÃO 335
5π /4 9π /4
A= ∫π /4
⎡⎣ sen ( x ) − cos ( x ) ⎤⎦ dx + ∫π
5 /4
⎡⎣ cos ( x ) − sen ( x ) ⎤⎦ dx = 4 2 ≈ 5,6569.
EXERCÍCIOS 4.7
a) y = x + 1, y = 9 − x 2 b) y = x , y = x 2 − 2
c) y = x 3 − 6 x 2 + 8 x, y = x 2 − 4 x d) y 2 = x, x − 2 y = 3
Integrais Impróprias
Até aqui trabalhamos com integrais definidas de funções restri-
tas a um intervalo fechado [a,b] finito. Nesta seção vamos trabalhar
com integrais que apresentem pelo menos um dos limites de integra-
ção infinito
∞ b ∞
∫a
f ( x)dx ,
∫ −∞
f ( x )dx e ∫
−∞
f ( x )dx
4 2 1 1
∫ 1 x −1
dx
∫
−1 x2
dx
∫ a
f ( x )dx = lim
t →∞ a ∫ f ( x ) dx
∫−∞
f ( x )dx = lim
t →−∞ ∫ t
f ( x )dx
pode ser usada para definir o trabalho realizado neste caso. Por
exemplo, se f(x) é a força de atração entre uma partícula fixa em A e
∞
uma partícula (móvel) em P e se c > a, então ∫ c
f ( x )dx representa o
∞ 1
EXEMPLO 2 Verifique se a integral ∫1 x
dx é convergente ou
divergente.
Solução
∞ 1 t 1 t
∫1 x
dx = lim
t→ ∞ ∫ 1 x
dx = lim ln x = lim (ln t − ln 1) = lim ln t = ∞ .
t → ∞ 1 t→ ∞ t→ ∞
∞ 1
EXEMPLO 3 Verifique se a integral
∫1 x2
dx é convergente ou
divergente.
Solução
∞ 1 t 1 ⎡ 1⎤t ⎡1 ⎤ ⎡ 1⎤
∫1 x2
dx = lim
t→ ∞ ∫ 1 x2
dx = lim ⎢ − ⎥ = lim − ⎢ − 1⎥ = lim ⎢1 − ⎥ = 1
t→ ∞ ⎣ x ⎦ 1 t→ ∞ ⎣ t ⎦ t→ ∞ ⎣ t⎦
1 1
y= 2
aproxima-se de zero mais rápido do que a função y = .
x x
1
Conseqüentemente a região sob y = 2 , à direita de x = 1, tem uma
x
1
área finita, enquanto a região sob y = , à direita de x = 1, tem uma
x
área infinita.
⎧⎪ce−c x se x ≥ 0 e c ≥ 0
Verifique que a função f ( x) = ⎨ é uma função
⎪⎩0 se x < 0
densidade de probabilidade.
Solução
(i) f ( x ) ≥ 0 , ∀ x ∈ R , pois é produto de uma função exponencial
por uma constante positiva.
(ii)
+∞ 0 +∞ 0 k
∫−∞
f ( x ) dx =
∫
−∞
f ( x ) dx +
∫ 0
f ( x ) dx = lim
k →−∞ ∫
k
f ( x ) dx + lim
k →+∞ ∫
0
f ( x ) dx =
k
0 k ce − c x
∫ ∫
− cx
= lim 0dx + lim ce dx = 0 + lim = lim ( − e − c k + 1) = 1 .
k →−∞ k k →+∞ 0 k →+∞ − c k →+∞
0
EXERCÍCIOS 4.8
1
1. Determine a área sob a curva y = de x = 1 a x = t e calcule o
x3
seu valor para t = 10, t = 100 e t = 1000. Depois encontre a área
total, abaixo dessa curva, para x ≥ 1.
∞ ln x
∫
∞
d) ∫ −∞
x 3dx e)
1 x
dx
INTEGRAÇÃO 341
⎪⎧0,5e
−0,5 x
, para x ≥ 0
f ( x) = ⎨
⎪⎩0, para x < 0
b
V =π
∫ a
[ f ( x )]2 dx .
∫a
f ( x ) dx = lim−
t→b ∫ a
f ( x ) dx
∫ a
f ( x )dx = lim+
t →a ∫
t
f ( x )dx
∫ a
f ( x )dx =
∫a
f ( x ) dx +
∫ c
f ( x ) dx
b
A integral ∫a
f ( x )dx diverge se pelo menos uma das inte-
c b
grais ∫
a
f ( x ) dx ou
∫ c
f ( x ) dx divergir.
INTEGRAÇÃO 343
3 2
EXEMPLO 1 Calcule
∫
2 3 x−2
dx .
Solução
Primeiramente observamos que f é contínua no intervalo (2,3] e que
2
lim = ∞ . Assim, temos que:
x → 2+ 3 x−2
3 2 3 2
∫ 2 3 x−2
dx = lim+
a→2 ∫ a 3 x−2
dx Definição de integral imprópria
⎡ 2 ⎤x=3
= lim+ ⎢3( x − 2) 3 ⎥ Cálculo da antiderivada
a →2 ⎢⎣ ⎥⎦ x = a
⎡ 2⎤
= lim+ ⎢3 − 3(a − 2) 3 ⎥ Teorema Fundamental do Cálculo
a →2 ⎢⎣ ⎥⎦
2 1
EXEMPLO 2 Calcule
∫
1 ( x2 − 2 x)
dx .
Solução
Primeiramente observamos que f é contínua no intervalo [1,2) e que
1
lim− 2
= −∞ . Assim, temos que:
x→ 2 ( x − 2 x)
344 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
2
1 a
1 1 ⎡ a
⎛ 1 1⎞ ⎤
∫ (x
1 2
− 2x )
dx = lim
a →2 − ∫ (x
1 2
− 2x )
dx = lim ⎢
2 a →2 ⎣
− ∫1
⎜ x − 2 − x ⎟ dx ⎥ =
⎝ ⎠ ⎦
1 ⎡ a
1 a
1 ⎤ 1 ⎡ a a⎤
= lim ⎢
2 a →2 ⎣
− ∫ 1 x−2
dx −
∫
1
dx ⎥ = lim ⎢( ln x − 2 ) − ( ln x ) ⎥ =
x ⎦ 2 a →2 ⎣
− 1 1⎦
1 ⎡ a−2 ⎤ 1 a−2 1
= lim ln = ln lim = ln
N0.
2 a →2− ⎢⎣ 2 ⎥⎦ 2 a →2− 2 2 ∃
Solução
1
Primeiramente observamos que o integrando y = possui uma
x2
descontinuidade infinita em x = 0 e, portanto a integral é imprópria.
Assim, temos que:
1
1 01 1 1 a 1 1 1
∫−1 x 2
dx = ∫ −1 x 2
dx +
0 x2
dx = ∫
lim
a → 0 − −1 x
2
dx + lim+
a →0 ∫ ∫ a x2
dx =
⎡ 1⎤ x = a ⎡ 1⎤ x =1
= lim− ⎢ − ⎥ + lim+ ⎢ − ⎥ =
a → 0 ⎣ x ⎦ x = −1 a → 0 ⎣ x ⎦ x = a
⎡ 1 ⎤ ⎡ 1⎤
= lim− ⎢ − − 1⎥ + lim+ ⎢ −1 + ⎥ .
a →0 ⎣ a ⎦ a →0 ⎣ a⎦
OBS.:
Observe que se não tivéssemos percebido que a integral
1 1
∫ −1 x 2
dx é imprópria, poderíamos ter cometido o erro de calcu-
1
1 ⎡ −1 ⎤ x =1 −1 1
∫−1 x 2
dx = ⎢ ⎥ = − = −2
⎣ x ⎦ x =−1 1 1
obtendo assim um resultado errado. Assim, esteja atento para
quando trabalhar com integrais impróprias que apresentem uma
descontinuidade infinita entre os limites de integração.
EXERCÍCIOS 4.9
1
1. a) Faça um esboço dos gráficos das funções y = 12 e y = .
x x
∞ 1 ∞ 1
b) Calcule o valor das integrais impróprias
∫ 1 x2
dx e ∫
1 x
dx .
∞
2. Calcule o valor da integral imprópria ∫0
e −0,2 x dx e faça um esbo-
EXERCÍCIOS EXTRAS
∫1 ( x ) ∫−2 ( 5 + x − 6 x ) dx ∫−2 (8 z )
4 3 3
1) 2
− 4 x − 3 dx 2) 2 3) 2
+ 3 z − 1 dz
∫0 ( z )
2 12 −1
∫7 ∫−6 8 dx
4
4) − 2 z 3 dz 5) dx 6)
2 5 4 9t −3
7) ∫1 x6
dx 8) ∫1 16x5 dx 9) ∫4 t
dt
10)
−1
∫−2
( 2t − 7 )
t3
dt 11) ∫−8 (
8 3
s 2 + 2 ds ) 12) ∫1 s ( s − s ) ds
0 2 3
∫1 ( 4 x )
0 2
x2 −1
∫−1 ( 2 x + 3)
2 −5
13) dx 14) − 5 x 4 dx 15) 2
∫3 x −1
dx
3 2
−1 x
3
+8 3 2x − 4 x2 + 5 −1 ⎛ 1⎞
16) ∫0 x+2
dx 17) ∫1 x2
dx 18)
∫−2 ⎜⎝ x − x ⎟⎠ dx
6 5 4
19) ∫−3 x − 4 dx 20) ∫−1 2 x − 3 dx 21) ∫1 5 − xdx
∫−1( v )
53 1 3
v2
22) ∫1 2 x − 1dx 23) 2
− 1 v dv 24)
0
∫−2 dv
( )
2
v3 − 2
1 1 4 x 4 1
25) ∫0 ( 3 − 2 x )2 dx 26) ∫0 dx 27) ∫1 dx
( )
3
x2 + 9 x x +1
∫ (3 − x )
4 3 π
1 3 π ⎛ x⎞ ⎛ x⎞
28)
0
x dx 29)
∫2
π cos ⎜ ⎟ dx
⎝3⎠
30) ∫02 3 sen ⎜⎝ 2 ⎟⎠ dx
2. Calcule as seguintes integrais pelo método da substituição ou
usando a tabela de integrais.
x
∫
1) (2 x 2 + 2 x − 3)10 (2 x + 1) dx 2) ∫ 5 2
x −1
dx
e1/ x + 2
3) ∫ x 2 + 2 x 4 dx 4) ∫ x2
dx
INTEGRAÇÃO 347
∫
7) x sen 5 x dx ∫
8) ( x + 1) cos 2 x dx
∫
9) x3 1 − x2 dx ∫
10) ( x + 3) 2 e x dx
e1/ x
11) ∫ x3
dx ∫
12) ln( x 2 + 1) dx
sen x sen 2 x
13) ∫ x
dx 14) ∫ cos x
dx
∫
15) cos x tg (sen x ) dx ∫
16) e2 x cos2 ( e2 x − 1)dx
x
6. Seja F(x) = ∫
0
f ( t ) dt , onde f é a função descrita abaixo.
x
7. Seja F ( x ) = ∫ 0
f ( t ) dt , onde f é a função descrita abaixo. Deter-
o trabalho realizado ⎛⎜ W = ⎞
b
⎝ ∫
a
PdV ⎟ quando o gás se expande de
⎠
32 pol3 para 40 pol3.
3) ∫ e cos2 x dx
3x
4) ∫ cos 3
x dx
cos 3 x
∫
5) sen ( 4 x ) cos ( 3x ) dx 6) ∫ senx
dx
cos x dx
7) ∫ 2 − senx dx 8) ∫x 2
x 2 − 25
dx 3x − 5
9) ∫ 2
4 x − 25
10) ∫ 1 − x2
dx
x2 − x − 6
∫
11) x x 2 − 9 dx 12) ∫ x+2
dx
x +1
13) ∫ x2 + 2 x
dx
∫
1) (2 x + 6)5 dx ∫
2) 3e−7 x −2dx 3) ∫ 5x − 1dx
2
∫ ∫
2
4) ∫ 2 x + 3 dx 5) xe x dx 6) x (2 x 2 − 1)5 dx
4
∫ ∫
5
7) 2 x x 2 + 4 dx 9) x 4e1− x dx
∫
8) x 2 ( x 3 − 1) 3 dx
3x 4 x2 ln 3 x
10) ∫ x5 − 1
dx 11) ∫ ( x3 − 3)2
dx 12) ∫ 2x
dx
352 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
ln x 2 1 2e x
13) ∫ x
dx 14) ∫ x (ln x ) 2
dx 15) ∫ 3 x
dx
ex x
16) ∫ 2
+ x x dx ∫
17) sen( ) dx
2 ∫
18) x cos(1 − 3 x 2 ) dx
sen x
19) ∫ 1 + cos x dx
18. A variação da entropia (ΔS) em relação à temperatura é gover-
nada pela equação d ( Δ S ) = Δ C P dT onde ΔCP é a capacidade
T
calorífica para a reação. Ache uma expressão para ΔS como
função da temperatura, assumindo que ΔCP é independente da
temperatura. Se ΔS = 90 J K-1mol-1 para 298 K e ΔCP = 10 JK-
1
mol-1, calcule o valor da constante de integração e então calcu-
le ΔS para T = 350 K.
[23] www.cepa.if.usp.br/e-calculo
[25] www.graphmatica.com
[26] wwwp.fc.unesp.br/~mauri
358 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Apêndice
Tabelas de Integração
Formas Básicas
1 n +1
∫u
n
1. du = u +C
n +1
du
2. ∫ u
du = ln u + C
∫e
u
3. du = e u + C
1 u
∫a
u
4. du = a +C
ln a
5. ∫ senu du = − cos u + C
6. ∫ cos u du = senu + C
∫ sec u du = tg u + C
2
7.
∫ cos s ec u du = − co tg u + C
2
8.
du u
15. ∫ 2
a −u 2
= sen −1
a
+C
du 1 −1 u
16. ∫ a2 + u2 =
a
tg
a
+C
du 1 u+a
17. ∫ a 2 − u 2 = 2 a ln u − a +C
du 1 u
18. ∫u u −a2 2
=
a
sec −1 + C
a
du 1 u−a
19. ∫ u 2 − a 2 = 2 a ln u + a +C
20. ∫ a 2 + u 2 du =
u
2
a2 + u2 +
a2
2 (
ln u + a 2 + u 2 + C )
21. ∫ u 2
a 2
+ u 2
du =
u 2
8
( a + 2u 2
) a 2
+ u 2
−
a4
8 (
ln u + a2 + u2 + C )
du 1 ⎛ a + a2 + u2 ⎞
22. ∫ u a 2 + u 2 a ln ⎜⎜
= −
u
⎟+C
⎟
⎝ ⎠
du a2 + u 2
23. ∫ u2 a2 + u 2
=−
a 2u
+C
du u
24. ∫ 3
=− +C
( )
2
2 2 2 a a2 + u 2
a +u
25. ∫ a 2 + u 2 du =
u
2
a2 + u2 +
a2
2 (
ln u + a 2 + u 2 + C )
a2 + u 2 ⎛ a + a2 + u2 ⎞
26. ∫ u
du = a 2 + u 2 − a ln ⎜
⎜ u
⎟+C
⎟
⎝ ⎠
APÊNDICE 361
27. ∫
a2 + u2
u2
du = −
a2 + u2
u
+ ln u + a 2 + u 2 + C ( )
28. ∫
du
2
a +u 2
= ln u +( )
a2 + u2 + C
29. ∫
u 2 du
a2 + u2
=
u 2
2
a2
(
a + u 2 − ln u + a 2 + u 2 + C
2
)
Formas Envolvendo a2 − u2 , a > 0
u a2 u
30. ∫ a 2 − u 2 du =
2
a2 − u2 +
2
sen −1 + C
a
u a4 u
∫ u a − u du = sen −1 + C
2 2 2
31. (2u 2 − a 2 ) a 2 − u 2 +
8 8 a
a2 − u 2 a + a2 − u 2
32. ∫ u
du = a 2 − u 2 − a ln
u
+C
a2 − u2 1 u
33. ∫ u 2
du = −
u
a 2 − u 2 − sen −1 + C
a
u2 u 2 a2 u
34. ∫ a2 − u 2
du = −
2
a − u 2 + sen −1 + C
2 a
du 1 a + a2 − u 2
35. ∫ u a 2 − u 2 a ln
= −
u
+C
du 1
36. ∫ u2 2
a −u 2
=−
a 2u
a2 − u2 + C
du u
37. ∫ 3
=
2
a2 − u2
+C
( a2 − u2 2 ) a
du u
38.
∫ 2
a −u 2
= sen −1
a
+C
362 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
39. ∫ u 2 − a 2 du =
u 2
2
u − a2 −
a2
2 (
ln u + u 2 − a 2 + C )
40. ∫ u2
u2
− a2
du =
u 2 2 2 2 a4
8
(2u − a ) u − a − ln u + u2 − a2 + C
8 ( )
u2 − a2 a
∫ u
du = u 2 − a 2 − a cos −1 + C
u
u2 − a2 u2 − a2
41. ∫ u2
du = −
u
+ ln u + u 2 − a 2 + C
du
42. ∫ 2
u −a 2
= ln u + u 2 − a 2 + C
du u 2 − a2
43. ∫ u2 u 2 − a2
=
a 2u
+C
u 2 du u 2 a2
44. ∫ u2 − a2
=
2
u − a 2 + ln u + u 2 − a 2 + C
2
du u
45. ∫ 3
=−
2
u 2 − a2
+C
( u2 − a2 2 ) a
e au
∫e
au
48. sen (bu ) du = ( asenbu − b cos bu ) + C
a2 + b2
e au
∫ e cos(bu ) du =
au
49. ( a cos bu − bsenbu ) + C
a2 + b2
50. ∫ ln u du = u ln u − u + C
u n +1
∫ u ln u du =
n
51. [(n+1) ln u − 1] + C
( n + 1) 2
1
52. ∫ u ln u du = ln ln u + C
Formas Trigonométricas
1 1
∫ sen u du = 2 u − 4 sen 2u + C
2
53.
1 1
∫ cos
2
54. u du = u + sen 2u + C
2 4
∫ tg
2
55. u du = tg u − u + C
∫ cotg
2
56. u du = − cot gu − u + C
58. ∫ cos
3
u du =
1
3
(
2 + cos 2 u senu + C )
1
∫ tg u du = 2 tg
3 2
59. u + ln cos u + C
1
∫ cotg u du = − 2 cotg
3 2
60. u − ln senu + C
1 1
∫ sec
3
61. u du = sec utgu + ln sec u + tgu + C
2 2
1 1
∫cossec u du =− 2 cossecucotgu + 2 ln cossecu − cotgu + C
3
62.
364 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
1 n −1
∫ sen u du = − n sen n ∫
n −1
63. n
u cos u + sen n − 2 udu + C
1 n −1
∫ cos u du = cos n −1 usenu + ∫ cos n − 2 u du + C
n
64.
n n
1
∫ tg tg n −1u − ∫ tg n − 2 u du + C
n
65. u du =
n −1
sen ( a − b )u sen ( a + b )u
66. ∫ sen( au ) sen (bu ) du = 2( a − b )
−
2( a + b )
+C
sen ( a − b )u sen ( a + b )u
67. ∫ cos( au ) cos(bu ) du = 2( a − b )
+
2( a + b )
+C
cos( a − b )u cos( a + b )u
68. ∫ sen (au ) cos(bu )du = − 2( a − b )
−
2( a + b )
+C
Formas Envolvendo (a 2
− u2 ) e (u 2
− a2 )
1 1 u+a
71. ∫ a 2 − u 2 du = 2a ln u − a +C
du 1 u−a
72. ∫u 2
−a 2
= ln
2a u + a
+C
Respostas dos Exercícios
Capítulo 1
EXERCÍCIOS 1.1
a −1
2. h(1/2) = 2/3; h(0) = 0; h(a – 1) =
a (2 − a )
⎧⎪t t , t ≥ 3 2
f (t − 1) = ⎨
3
; D=
⎪⎩2 , t < 3 2
*
4. a) ; b) ; c) (–∞, 2); d) [0, +∞)
−2
5. a) 0; b) 3; c) 1 – 2x – h; d)
x( x + h)
EXERCÍCIOS 1.2
⎧ x, 0 ≤ x <1
⎪
3. f ( x ) = ⎨ 2 − x , 1 ≤ x < 2
⎪0, 2≤ x≤5
⎩
4. a) f(–1) = –2; b) f(2) ≅ 2,9; c) x = 1 e x ≅ –2,8;
d) x ≅ 0,4 e x ≅ –2,3; e) D(f) = [–3, 3]; Im(f) = [–2, 3]
EXERCÍCIOS 1.3
b) (f o g) (x) = 1 − x 2 ; D = [–1, 1]
(g o f ) (x) = 1 – x ; D =
(f o f ) (x) = 1 − 1 − x ; D = [0, 1]
(g o g) (x) = x4 ; D =
1 *
c) (f o g) (x) = ; D=
x + 2x
3
1 2 *
(g o f ) (x) = + ;D=
x3 x
(f o f ) (x) = x; D =
(g o g) (x) = (x3 + 2x)3 +2x3 +4x ; D =
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 367
*
d) (f o g) (x) = cos(1 − x) ; D =
(f o f ) (x) = c os(c os x ) ; D =
(g g )( x ) = 1 − 1 − x ; D = [0, 1]
3. a) Q ( t ) = 0,1t 2 + 23, 4
b) Q(3) ≅ 4,9
c) t = 4 anos
EXERCÍCIOS 1.4
y+2 3 y −1 2
2. a) x = b) x = −
3 3 3
c) x = ( y − 2) 2 + 1 d) x = (2 − y ) 3
2y − 2
e) x = 3 1 − y 2 f) x =
y−2
1 −1
3. a) f −1
( x) = +3 b) f ( x ) = ( 3 x − 2) 3
x2
c) f −1
( x) = 5
x−3+2 d) f −1 ( x ) = x2 − 1
− 2− y
e) f −1
( x) = f) f −1 ( x ) = 1 − x 2
2
7. a) x = 3 10 ; b) x = 1 32 ;
8. a) x = ± 2 ; b) x = – 2/3 ; c) x = ½ ;
d) x = 2; e) x = 0,93578; f) x = –2,32193;
g) x = –0,1; h) x = 2 ou x = 1; i) x = 1;
j) x = –15/16
9. N(6) = 8 N(0).
10. t = 20 anos.
EXERCÍCIOS 1.6
2. a) Entre t = 30 e t = 60 min.
b) 40 km/h; c) 80 km/h
EXERCÍCIOS EXTRAS
5 − x2
e) f ( x 2 ) = ; f) D = { x ∈ R : x ≠ ± 1}
1 − x4
−x
3. f ( x + 2) − f (2) =
2( x + 2)
5. a) f(2) = –1; f(–1/2) = –9/4; f(1/2) = –1/4
b) D = [–1,3]
c) use um programa gráfico para conferir sua resposta.
d) f(1– x) = – x2; D=
9. a) Sim b) q c) p
15. a) 2,5 m b) 10 m
π h3
17. V =
27
19. a) K = 1/25 V = 1/50
b) eixo-x: x = –1/K; eixo-y: y = 1/V
370 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS ADICIONAIS
1. a) f(–4) = –2 g(3) = 4
b) x = –2 e x = 2
c) f(x) = –1 ⇔ x = –3 ou x = 4
d) [0,4]
e) D(f) = [–4, 4]; Im(f) = [–2, 3]
D(g) = [–4, 3]; Im(g) = [1/2, 4]
3. f(x) = ax + (1 – 2a)
a = ½ → f(x) = x/2; a = 1 → f(x) = x – 1;
a = 2 → f(x) = 2x – 3
use um programa gráfico para conferir sua resposta.
9. a) g(2) = 3
b) Porque é uma função sempre crescente.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 371
c) g −1(2) ≈ 1/3
d) D(g −1) = [–1, 3,7]
e) use um programa gráfico para conferir sua resposta.
Capítulo 2
EXERCÍCIOS 2.1
1. a) 0 b) 0 c) 0 d) 2
2. a) 0 b) 0 c) 0
EXERCÍCIOS 2.2
3± 5
2. a) k = 4 b) k =
2
3. use um programa gráfico para conferir sua resposta
a) f é contínua em x = 3
b) f não é contínua em x = 5
c) f não é contínua em x = –1
4. a) f é descontínua em x = 0
b) f é contínua para todo x real
y y
3 3
2 2
1
1
x
x
-6 -4 -2 0 2 4 6
-6 -4 -2 0 2 4 6
⎧ 0, se x < 1.313,70
⎪
7. a) F ( x ) = ⎨ x − 1.313,70, se 1.113,70 ≤ x ≤ 2.625,12
⎪196,71 + 0, 27 ⋅ ( x − 2.625,12 ) , se x > 2.625,12
⎩
b) f é contínua para todo x.
8. a) 9 minutos.
b) em t = 5 minutos a população de bactérias aumenta de 12 mi-
lhares para 32 milhares.
EXERCÍCIOS 2.3
2. a) y = –4x + 11 b) y = 5 c) x = 3
d) y = –3x –2 e) y = (3x/4) – 3
3. a) y = 3 b) x = –2
EXERCÍCIOS 2.4
1. a) m = 2 b) y = 2x – 2
2. a) f ´−(4) = –1 e f ´+(4) = 1
b)
y
x
-2 0 2 4 6
-2
-4
c) x = 0 e x = 5
d) x = 0, x = 4 e x = 5
3. a) x > 2
b) x ≠ –4, pois existem infinitas retas tangentes nesse ponto.
c) x ≠ 0, pois nesse ponto a função é descontínua
d) x > 2
EXERCÍCIOS 2.5
4. f ´(1) ≈ 3,4
5. a) f ( x ) = x b) f ( x ) = cos x
a =1 a = 2π
6. a) taxa de variação do consumo de combustível em relação à
variação da velocidade.
b) galões/milha.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 375
EXERCÍCIOS 2.7
1.
1. 12 4 3 t 2
f '( x ) = − + 2. f ´( t ) = − 3
x3 x 2 2 3 t
1 4
3. g´( u ) = − 4. F ´( s ) = − 1 +
7 s5
2 u 33 u2 2
−1 4 9 6. dy 6 − x
5. f ´( x ) = + − =
x2 x3 x4 dx 4 x2
( ) (1 + e ) dy
dy 3 2
7.
2
= 8x e x + x2 x2 8. = 6te t
dx dt
9. dy
dt
= −5e1−t 10. dy
dx
1
(
= − e− x + e x
3
)
dy
x
⎛ −1 − x ⎞ dy 1 1
11. = e2 ⎜ ⎟ 12. = − 2 ln( x + 1) +
dx ⎝ 2 ⎠ dx x x ( x + 1)
dy 1 dy −1
13. = 14. =
dx 2 x ln x dx x
dy ln x − 3 dy 5e5 x
15. = 16. = 5x
dx ln 4 x dx e − 1
dy 1 dy ⎛1 ⎞
17. = 18. = e − x ⎜ − ln x ⎟
dx x ln x dx ⎝x ⎠
dy 4t 2 t2 − 1 dy 5x
19. = 4 + ln 2 20. =
dt t − 1 t +1 dx 5 x 2 − 3
dy −2 22. dy = 1 + 1
21. =
dx 1 − x 2 ds s 2
1 + s2
dy 3ln 2 x ln 3 −30
23. = 24. f ´( x ) =
dx x (5x + 3)3
dy
( )
3
25. = 18 x 2 sec 2 (6 x 3 ) 4 2 x −3
dx 26. f ´( x ) =
x
376 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
−4 x
27. f ´( u ) = 61
dy
28. =
6 u 5 dx ( x 2 − 1)2
29. dy −7 30. dy 5
= =
dx 2 (2 − 3 x )(5 x − 1) 3 dx 2 (2 x − 1)(3 x + 1) 3
31. dy e x + e− x 32. 3x
= f ´( x ) =
dx 2 e x − e − x 3x 2 + 1
dy dy
33. = 9sec3 ( x) tg x − 12sec2 (3x) tg(3x) 34. = −24cotg 3 (6 x ) cossec 2 (6 x )
dx dx
dy dy
35. = (sec 2 x ) e tg x 36. = 2 cossec(3 − 2x) cotg(3 − 2x)
dx dx
47. y´( x) =
ab cos(bx) 48. y´(t ) = cos t sec2 (sen t )
2 sen bx
2. F ´(3) = 1216
9
3. f ´(2) = –18
4. y = x + 2
27
5. R ´(3) = 14
6. L´(1) = − 4
9
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 377
12. y = − x + ln 2 + 4
8 8
13. H´(2) = –15
14. u ´(1) = –9
15. f ´(2) = –72
16. f ´(1) = 24
17. a) dA = 60 b) dp = 4/15
dt dt
18. Falsa, pois não aplicou a regra da cadeia.
EXERCÍCIOS 2.8
dI −100
1. a) = b) dI = − 25 A / Ω
dR R2 dR R=2
b) s ´(1) = – 4
c) A velocidade encontrada em (b) é o limite das velocidades
médias encontradas em (a), quando t → 1.
3. dP = −200
2
;
dP
= −2
dV V dV V =10
6. – 0,002 m3/KPa
EXERCÍCIOS 2.9
dy 1 − y2 dy 1
1. a) = 2 b) = 3
dx 3 y + 2 xy dx 4 y + 2
dy y2
c) =− 2
dx x
2. a) f(1) = –1; b) y = 0 é a reta tangente
5
3. y − 5 = − ( x − 1) reta tangente
38
38
3. y − 5 = ( x − 1) reta normal
5
dy x2 dy 4 x 3 − 2( x + y )
4. a) =− 2 b) =
dx y dx 2( x + y ) − 4 y 3
dy − y − 2 xy 3 dy − y
c) = d) =
dx x + 3 x 2 y 2 dx 2 ( y − x+ y )
dy y ( x − y ) + 2 y x − 2 y ( x − y ) x
2 2 3 2
e) =
2 x[ y 2 ( x − y ) + y3 − x ( x − y ) ]
2
dx
dy 6 y − 4 x 2 y 3
f) =
dx 3x3 y 2 − 3
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 379
5. y = 9/4
− 3PV 2 − a
6. dP = 2 RTV + 2bpV
3 2
dV V − bV
EXERCÍCIOS 2.10
dV
1. ≈ 615,7 cm 3 /cm
dr
dr
2. = −0,0095 m/min
dt
dP
3. = 1, 25 kg/cm 2 /s
dt
dP 1
4. = lb/pol2/min
dt 3
dz
5. = 78 mi/h
dt
EXERCÍCIOS 2.11
dy ⎡ sen 3 x ⎤
a) = x sen 3 x ⎢ 3(cos 3 x )(ln x ) +
dx ⎣ x ⎥⎦
dy 2 ⎡ x2 + 1⎤
b) = x x +1 ⎢ 2 x ln x + ⎥
dx ⎣ x ⎦
dy −t ⎡ t ⎤
c) = (1 + i ) ⎢ − ln(1 + i ) − 1 + i ⎥
dt ⎣ ⎦
dy
d) = π xπ −1 + π x ln π
dx
dy 1
e) = x
⋅ x x [1 + ln x ]
dx 1 + x
2x
f) g '( x) = 2 ⋅ 32 x +1 ln 3 +
( x + 1) ln 2
2
380 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS EXTRAS
3. a) y = 2x + 5 b) y = –3x + 4
5. P(3/2, 9/4)
27 3 1
7. a) y = 27 x – 54 b) y = ( x − 1) c) y = x +
4 4 4
13. m = –1 use um programa gráfico para conferir sua resposta.
15. x = 0
−2
23. a) f '( x ) = 2 x − 3 b) f '( x ) = −7
x2
−2 6 12
c) f '( x ) = −1 + 1 d) f '( x ) = + −
2 x x2 x3 x4
e) f ' ( x ) = 1 − 3 x 2 − 2 x f) g '( u ) = 4 − 2 u
x 3
3 x 2u
g) h '( t ) = 4 t h) f '( a ) = 6 ( 2 a − 3 )2
2( x − 1)
i) f '( x ) =
x3
1 −4t
j) f '( x ) = k) f '( t ) =
30 x 29/30 ( t 2 − 1) 2
3
l) f '( x ) = −3(33 + 2 x2 )
( x − 3)
x 4
25. tangente: y = + ; normal: y = − 1 2 x + 9 8
12 3
27. k = –4
29. k '( 2 ) = 1
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 381
6
31. a) g '( x ) = b) h '(t ) = 4 − 4t − 12t 3
5 x 3/5
3 1
c) f '(t ) = 6 x 2 − d) g '( x ) = 5 x 4 −
4 x1/4 6 x 5/6
q) g '( a ) = 3 a ( a − 2)
2
r) p '( z ) = −4 z
2(3a − 2) ( z + 3) 2
2
4 1
s) f '(v ) = 2v − t) h '( r ) = 2 −
v3 2r 2
5x4
u) F ' ( x ) =
(x )
5 2
3 − 12
37. x = 1 e x = (1/5)3/2
39. use um programa gráfico para conferir sua resposta
41. use um programa gráfico para conferir sua resposta
43. a = –3 e b = 4
382 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
45. β =2
⎛ 2 89 ⎞ ⎛ 1 9 ⎞
47. ⎜ − , ⎟ ; ⎜ , − ⎟
⎝ 3 27 ⎠ ⎝ 2 4 ⎠
49. y = –2x
dT 273
57. =
dV V0
dy 4 xy 2 − 15 x 2
69. a) =
dx 12 y 2 − 4 x 2 y
dy 6 xy 2 − y 4
b) =
dx 2 xy 3 + 1
dy −2
c) =
( )
2
dx x x −2
dy y − 4 xy
d) =
dx 4 y xy − x
76. a) − 3
2
b) não existe
c) − 6
5
d) 0
e) 2
f) –∞
g) –1
h) +∞
77. 4
78. a) 9 b) 10 c) 1
7 8
384 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
81. a) k = 2 b) k = − 7
8
2
m0
82. v = c 1 − função que dá a velocidade de uma partícula em
m2
função de sua massa.
m → +∞
85. lim f ( x ) = +∞ os valores da função aumentam indefinidamen-
x → −1
EXERCÍCIOS ADICIONAIS
5. b) s = 65 km ; t ≈ 4,7h (móvel 2)
c) vmáxima ≈ 30,7 km/h (t = 7,7h ; s = 80km)
d) v(0) = 0
e) aproximadamente em t = 1h e em t = 6,3h
f) 130 km
11. P = RT − a 2
vm − b vm
4 RH
13. n 2 =
RH − 4 v
15. a)
h(t)
400
300
200
100
t
-4 -2 0 2 4 6 8 10 12 14
b) t = 10s
c) h(5) = 400 pés
d) t = 5s
16. a) C ⎛⎜ ⎞⎟ =
x 75.000 x
; b) 21,05%; c) ∞
⎝ 2 ⎠ 200 − x
dV
20. ≈ −1,9 m 3 /s
dt
V está diminuindo pois a taxa é negativa
386 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
⎛ k ⎞ E ⎡T − T ⎤
21. ln ⎜ 1 ⎟ = 0 ⎢ 2 1 ⎥
⎝ k2 ⎠ R ⎣ T1T2 ⎦
22. a) 0 m/s (observe que o fato da velocidade média ser nula, não
implica que o móvel esteja em repouso. Nesse caso é porque
o móvel ocupa a mesma posição nos instantes inicial e final).
b) t ≈ 2s e t ≈ 4s
c) Descartando o tempo em que o móvel está parado,
em t = 1 a velocidade é máxima
em t = 3 a velocidade é mínima
em t = 6 a velocidade é máxima
e) em t = 1 pois a inclinação da reta tangente é maior.
f) v(0) = 0
1
23. x= é um mínimo relativo.
c
q(T −T0 )
dK K0 q 2T0T
28. = e
dT 2T 2
Km 1
29. y = x+
Rm Rm
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 387
30.
f(t)
30
20
10
t
0 2 4 6 8 10
39. a)
dy
=
(
−3 6 x 2 − 3 )
dx
( )
2
2 3 2 x3 − 3x − 1
388 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
dt −3u 2
b) =
du 2 5 − u 3
dv 32t 3
c) =
( )
2
dt 5 − 2t 4
dy
d) = −9e −3 x − 4
dx
du
e) = 3sec 2 ( 3v )
dv
f)
dt
du
( ) (
= − 9u 2 − 2 sen 3u 3 − 2u )
dy 2 cos 2 x
g) = 2 ln ( sen 2 x )
dx sen 2 x
dp 6
h) =
du 3u − 2
dy
j) = sec 2 x cos ( 2 x ) − 2tg x sen ( 2 x )
dx
dy −4 x 4 + 12 x3 − 12
k) =
dx ( 4 x − 3) 2
dP 3 dP P −T
40. a) = b) =
dT 8 P 3 + 3 P 2 dT T ⎡⎣ ln ( PT ) + 1⎤⎦
42. D.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 389
Capítulo 3
EXERCÍCIOS 3.1
1.
b)
390 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
c)
EXERCÍCIOS 3.2
b) Mínimo local: x = 0; y = 0
Máximo local: não existe
c) Mínimo local: não existe
Máximo local: não existe
d) Mínimo local: t = 1; y = 2
Máximo local: t = –1; y = –2
e) Mínimo local: x = 1/3; y = 0
Máximo local: não existe
f) Máximo local: não existe
Máximo local: não existe
3. a = 3 e b = –3
EXERCÍCIOS 3.3
1.
2.
d)
EXERCÍCIOS 3.4
1. T ≈ 4,16°C
2. R = r
3. a) x = 2 B
3
b) x = B
3
4. J = 3 (aproximadamente).
EXERCÍCIOS 3.5
7
1. a) –4 b) c) 1 d) ln3 – ln5
3
e) +∞ f) 0 g) 1 h) 0
i) 0 j) +∞
mg
2. a) b) tg
c
2
3. y =
3
394 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS EXTRAS
7. a)
b)
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 395
c)
15. r = 5 cm ; h = 15 cm.
16. R = r
Capítulo 4
EXERCÍCIOS 4.1
1.
a)
y ( x ) = 2 x − 3;
f (1, 02) = − 0, 9570697; y (1, 02) = − 0, 96 ⇒ f (1, 02) − y (1, 02) = 0, 00293
396 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
b)
y ( x ) = 512 x − 1536
f (3, 96) = 491, 82516; y (3, 96) = 491, 52 ⇒ f (3, 96) − y (3, 96) = 0, 305
c)
y ( θ) = 1, 232051 θ + 1, 220925
⎛ 27 π ⎞ ⎛ 27 π ⎞ ⎛ 27 π ⎞ ⎛ 27 π ⎞
f⎜ ⎟ = 1, 798988; y⎜ ⎟ = 1,801515 ⇒ f ⎜ ⎟− y⎜ ⎟ = 0, 002527
⎝ 180 ⎠ ⎝ 180 ⎠ ⎝ 180 ⎠ ⎝ 180 ⎠
d)
y (ϕ) = 3, 464102 ϕ − 1, 6275987
⎛ 62 π ⎞ ⎛ 62 π ⎞ ⎛ 62 π ⎞ ⎛ 62 π ⎞
f⎜ ⎟ = 2,1300545; y⎜ ⎟ = 2,1257589 ⇒ f ⎜ ⎟− y⎜ ⎟ = 0, 004296
⎝ 180 ⎠ ⎝ 180 ⎠ ⎝ 180 ⎠ ⎝ 180 ⎠
3. a) 2,5237×10−10 m e 2,5671×10−10 m
b) −h ;
2( mkT 3 )1/2
c) d λ = 4, 23 × 10 − 12 m e Δ λ = 4, 34 × 10 − 12 m
d) d f ( − 8 ) = − 0 , 0 0 0 8 3 3 3; Δ f = − 0, 0008329 ⇒ Δ f − df = 0, 0000004
e) d f ( − 2 ) = 0 , 0 1 2 5; Δ f = 0, 0121951 ⇒ Δ f − df = − 0, 0003048
f) d f ( 2 ) = − 0 , 9 3; Δ f = − 0, 0651 ⇒ Δ f − d f = 0, 86 49
9. dV = 1,936 π μm3
EXERCÍCIOS 4.2
5x2
1. a) + 2x + C
2
7 x2
b) x3 − + 2x + C
2
3t 4 t 3 5t 2
c) − + − 7t + C
4 3 2
−1 3
d) 2
+ 4 +C
2x 4x
10 3
e) u −4 u +C
3
7
f) 12 u 4 + 5 + 3u + C
7 u
g)
( 2 x − 3) 3
+C
6
3x 2
h) 2ln x − +C
2
i) 5 x 3 + 3 x 2 + C
5 3 1
j) 6 x 2 − 2 x 2 + 4 x 2 + C
5 3
9 −4
k) 35 x5 −
15
x 5 +C
9 4
x3
l) + x2 + 4 x + C
3
3 2 5
m) y + 4 y 2 + y + C
3 5 2
398 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
3
1
2x 2
n) − 2x + 2x 2 + C
3
o) 2 x − 3x3 + C
4 2
p) x− x3 + C
3 15
4
q) sen ( u ) + C
3
1 2
r) − cos ( u ) − u3 + C
5 15
s) −8cos ( x ) + C − 8 c o s ( x ) + C
1
t) sen ( x ) + C
5
u) u + C
x2
2) a) f ( t ) = c, c = constante b) f ( x ) = −2
2
x3 2 3
c) f ( x ) = − x − 17 d) f ( x ) = 4 x + 1
3 3
e) f ( x ) = − cos x + 2 f) f ( x ) = tg x − 1
3) f ⎛⎜ π ⎞⎟ = − 2 − π
2
⎝2⎠ 4
4) 20 anos
EXERCÍCIOS 4.3
(3x + 1)
2 3
−1
1. +C 2. +C
9 2 ( 2 x − 3)
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 399
3. −
( 1 − 4 x3 ) 4
+C 4.
3
+C
4
15 ⎛ 5⎞
20 ⎜ 2 − x 3 ⎟
⎜ ⎟
⎝ ⎠
( )
1/2
− 5 − 4x2 8
( )
5/4
5. +C 6. 1+ x +C
4 5
1 e9 x
7. ln 3 x + 5 + C 8. +C
3 9
2
3e x 2
−1
9. +C 10. e x +C
2
2 3
−x
11. ln 3 x5 − 2 + C 12. e x +C
15
13.
( ln 5 x )
2
+C 14. ln ln x + C
2
x x2
15. 2e +C 16. ln x − 4 + C
2
2 4 − x2
17. ( x − 2 )5/2 + ( x − 2 )3/2 + C 18. +C
6( x − 7)
3
5 3
( tg x )2
( )
19. sen 2e x + C 20.
2
+C
21.
( sen x )5 +C 22.
−1
+C
2 ( cos x )
2
5
23.
− cos ( 4θ − π )
+C 24.
sen x 2 ( ) +C
4 2
1 tg ( 4 x )
25. ln sec 2 x + C 26. x 2 + +C
2 4
400 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS 4.4
EXERCÍCIOS 4.5
1. ≈ –1,5
2. a) 4; b) 10; c) 3; d) 18
EXERCÍCIOS 4.6
2. a) 7,5; b) ≈ 33
⎡ V − nb ⎛ 1 1 ⎞⎤
3. − ⎢ nRT ln 2 + an 2 ⎜ − ⎟ ⎥
⎢⎣ V1 − nb ⎝ V2 V1 ⎠ ⎥⎦
5. a) g ' ( x ) = 1 + 2 x
b) g '( x ) = ln x
c) g '( x ) = − cos( x 2 )
1
6. a) 121,33; ;b) c) 138
2
d) não existe, pois é descontínua no intervalo considerado;
e) 2; f) ≈ 0,207
7. 3,75
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 401
b
8. ∫a
I ( t ) dt = Q ( b ) − Q ( a ) , ou seja, representa a diferença de car-
gas quando t = b e t = a.
120
9. ∫
0
r ( t ) dt : quantos galões vazaram nos primeiros 120 min.
4
10. ∫
0
r ( t ) dt = 19 l
EXERCÍCIOS 4.7
EXERCÍCIOS 4.8
1. A ( t ) = ⎛⎜ 1 − 2 ⎞⎟
1 1
2 ⎝ t ⎠
A(10) = 0,495; A(100) = 0,4995;
A(1000) = 0,4999995;
AT = lim A ( t ) = 0,5
t →∞
5. a) 86,5%; b) 2,35%
6. V = π
402 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS 4.9
1 1
c) f ( x ) = 2 tende a zero mais rapidamente que f ( x ) = ,
x x
quando x → +∞ .
+∞
2. ∫0
e −0,2 x dx = 5 use um programa gráfico para conferir sua
resposta.
EXERCÍCIOS EXTRAS
5. a) s(t) = t – cos t – 2
t 4 t3 t 2
b) s ( t ) = − +
12 2 2
9. W = 140 Joules
11. q máxima = 1/12
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 403
(
15. a) Q ( t ) = 2,5 1 − e −4t ; ) b) t → ∞ ⇒ Q ( t ) → 2,5
( 2 x + 6 )6 2 ( 5x − 1)3 x 2
17. 1) +C 3) +C 5) e + C
12 15 2
(x )
2 3
2 +4 1− x 5
−1
7) +C 9) − e +C 11) +C ;
3 5 (
3 x3 − 3 )
13)
( ln x )3 +C; 15)
4e x
+C
x
17) −2cos + C ;
3 3 2
19) − ln (1 + cos x ) + C
20. C (t ) = C0 e − k t
Sidinéia Barrozo
Fez graduação em Matemática no Instituto de Biociências, Letras e
Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista – UNESP, Câm-
pus de São José do Rio Preto (1987); mestrado em Matemática na
Universidade de Brasília – UnB (1990), na área de Geometria Dife-
rencial, com ênfase em Superfícies Mínimas; e doutorado em Ma-
temática Aplicada na Universidade Estadual de Campinas – UNI-
CAMP (2000), na área de Biomatemática, onde trabalhou com
Modelagem Matemática em Epidemiologia e Fisiologia Humanas.
Ministra aulas de Cálculo Diferencial e Integral desde 1990, quando
iniciou sua carreira de Professora Universitária na Universidade do
Estado de Santa Catarina – UDESC, Câmpus de Joinville. É profes-
sora da UNESP desde 1992, tendo trabalhado no Departamento de
Matemática da Faculdade de Ciências, Câmpus de Bauru, de 1992 a
2005, e desta em diante, no Departamento de Físico-Química do
Instituto de Química, Câmpus de Araraquara. Trabalha com mode-
lagem matemática – desenvolvimento e análise de modelos matemá-
ticos aplicados às áreas biológicas e à Química; com implementação
de métodos numéricos e computacionais para análise matemática de
experimentos em Físico-Química e com produção de materiais didá-
ticos relacionados às disciplinas de Cálculo Diferencial e Integral.
Supervisiona a área de Matemática do Centro de Ciências da UNESP
de Araraquara e atua como colaboradora no projeto Informática
para a Terceira Idade, também desenvolvido no Instituto de Química
de Araraquara.
PRÓ REITORIA
DE GRADUAÇÃO