Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Bizelli
Sidinéia Barrozo
CÁLCULO
para um Curso de Química
Volume 2
Araraquara
2011
Prefácio
Sumário
Capítulo 1
∫ f ( x ) dx = F ( x ) + C.
A função f(x) a ser integrada é denominada de integrando, x é a
variável de integração, dx é um símbolo que indica em relação a
qual variável a função está sendo integrada e C é a constante de
integração.
A tabela a seguir mostra as primitivas consideradas imediatas,
ou seja, que não demandam de cálculos para serem obtidas.
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO 11
Integrais Imediatas
∫ dx = ∫1dx = x + C
x n +1 1
∫ x n dx =
n +1
+ C ( n ≠ −1) ∫ x dx = ln x + C
∫ sen x dx = − cos x + C ∫ cos x dx = sen x + C
∫ sec x dx = tg x + C ∫ cossec x dx = −cotg x + C
2 2
Propriedades
2. ∫ f ( x ) ± g ( x ) dx = ∫ f ( x ) dx ± ∫ g ( x ) dx
∫ f ( x) dx
∫ f ( x) g( x) dx ≠ ∫ f ( x) dx × ∫ g( x) dx ∫
f ( x)
e dx ≠
∫ g( x) dx
g ( x)
Mudança de Variáveis
x2
EXEMPLO 1 Calcule ∫xe dx.
Solução
Observe que a função a ser integrada possui o termo x2, cuja
derivada, 2x, também aparece no integrando, multiplicando do dx, a
menos da constante 2. Este é, portanto, um caso típico dee função
cuja integral se resolve pelo método de mudança de variáve vel, pois
fazendo
u = x2 , obtemos du = 2 x dx ⇒ x dx = du = 1 du ,
2 2
ou seja, mudamos adequadamente a variável x para u e, com om isso,
obtemos uma integral mais simples de ser calculada, ago agora na
variável u:
x2 1 u 1 u
∫ dx = 2 ∫ e du = 2 e + C .
x e
Outras substituições
∫t
2
EXEMPLO 3 Calcule 1 + t dt .
Solução
Observe que não estamos no caso típico de mudança de vvariável
visto no Cálculo 1. Porém, é possível substituir o integrand
ando por
uma expressão que não contenha a raiz quadrada, considerand
ndo
1 + t = u 2.
Com isso, teremos
u2 = 1 + t ⇒ t = u 2 − 1 e dt = 2u du .
∫t
2
1 + t dt = 2 ∫ ( u 4 − 2u 2 + 1) u u du = 2 ∫ ( u 6 − 2u 4 + u 2 ) du =
u 7 2u 5 u 3
= 2 − + + C.
7 5 3
Para retornarmos à variável t, basta substituir a variável el u, da
1/2
solução, pela sua expressão em t, ou seja, por (1 + t ) , obtendndo
2 4 2
∫ t 1 + t dt = 7 (1 + t ) − 5 (1 + t ) + 3 (1 + t ) + C .
2 7/2 5/2 3/2
16 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∫x
5
EXEMPLO 4 Calcule x2 + 4 dx .
Solução
Por se tratar de uma raiz quadrada, aplicaremos o mesm smo
procedimento adotado no Exemplo 3, ou seja, faremos x2 + 4 = u2
com o objetivo de eliminar a raiz do integrando. Com isso teremos
os
u 2 = x 2 + 4 ⇒ x 2 = u 2 − 4 ⇒ 2 x dx = 2u du ⇒ x dx = u du
d
∫x x 2 + 4 dx = ∫ ( x 2 ) 2 x 2 + 4 x dx = ∫ (u 2 − 4) 2 u u du =
5
u7 u5 u3
∫ (u − 8u + 16) u du = ∫ (u − 8u + 16u )du =
4 2 2 6 4 2
− 8 + 16 + C =
7 5 3
( x 2 + 4) 7/2 ( x 2 + 4)5/2 ( x 2 + 4) 3/2
= −8 + 16 +C.
7 5 3
x
EXEMPLO 5 Calcule ∫1+ 3
x
dx .
Solução
Observe que agora o integrando contém uma raiz quadrada e uma um
raiz cúbica e seria interessante fazermos uma mudança de variáv
iável
que eliminasse as duas raízes ao mesmo tempo. Para isso, bas asta
tomarmos para expoente da nova variável, digamos u, o mínim imo
múltiplo comum entre os índices das raízes que aparecem na funçã
ção,
6
ou seja, basta fazermos x = u , já que 6 = mmc(2,3). Assim sim,
teremos
x = u 6 ⇒ dx = 6u 5 du .
x u3 6 u5 u8
∫ 1+ 3
x
dx = ∫
1+ u2
du = 6 ∫ 1 + u 2 du.
Aqui temos um novo problema: como calcular a integral res esultante
acima. Para resolver este problema precisamos nos lembrar qu
que se
P ( x)
H ( x) =
Q( x)
onde P e Q são polinômios reais e o grau de Q é menor ou igu
igual que
o grau de P, então H é dita uma função racional imprópria. Para
Pa que
H se torne uma função racional própria é necessário dividir P por Q
até que o grau do numerador seja menor que o do denomi minador.
Assim, teremos
u8 1
2
= u6 − u4 + u2 − 1 +
1+ u 1 + u2
e, substituindo na integral acima, obtemos:
x 1
∫ 1+ 3
x
dx = 6∫ u 6 − u 4 + u 2 − 1 +
du =
1+ u2
u7 u5 u3
= 6 − + − u + arctg u + C =
7 5 3
x7/6 x5/6 x3/6 1/6
= 6 − + − x + arctg x1/6 + C.
7 5 3
EXERCÍCIOS 1.1
1. Calcule as seguintes integrais:
x+3
∫ x(2 + 3x ) dx
2 8
a) b) ∫ dx
x+4
et dt
c) ∫ et + 4 d) ∫ cos(5 x − 2)dx
∫x ∫x
2
e) 1 + x dx f) x + 1 dx
g) ∫t t − 4 dt h) ∫ x tg( x2 ) dx
−1
x 4 − 3x 2
+4 x3
i) ∫ 3
x
dx j)
∫ 3
x2 + 4
dx
1
k)
∫ x+3x
dx l)
∫x 3
x + 9 dx
x 1
m)
∫ 5
3x + 2
dx n)
∫ ( x + 1) x−2
dx
∫e
3x
o) 1 + e x dx
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO
O 19
∫ f ( x ) g ( x ) dx = ∫ u dv = uv − ∫ v du ,
a qual é denominada “fórmula da integração por partes” .
∫x
2
EXEMPLO 1 Calcule e x dx .
Solução
O primeiro passo é sempre a escolha da parte que será chamad
ada de u
e daquela que será chamada de dv. Temos várias possibilidade
des para
dv:
dx, x2 dx, ex dx ou x2 ex dx.
20 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
ente
Dentre estas, a mais complexa que sabemos integrar imediatamen
x
é e dx. Portanto, fazemos:
u = x 2 ⇒ du = 2 x dx
dv = e x dx ⇒ v = e x + C1.
∫ x e dx = x ( e x + C1 ) − 2 ∫ ( e x + C1 ) xdx =
2 x 2
x 2 ( e x + C1 ) − C1 x 2 − 2 ∫ xe x dx = x 2 e x − 2 ∫ xe x dx.
Para resolver esta nova integral, aplicamos novamente o métod
odo,
tomando agora
u = x du = dx
x
⇒ x
d v = e dx v = e + C2 .
Com isso, obtemos:
∫ x e dx = x e
2 x 2 x
− 2 ∫ e x xdx = x 2 e x − 2 x(e x + C2 ) − ∫ ( e x + C2 )dx =
2 x x x
= x e − 2 xe − 2 xC2 + 2e + 2 xC2 + C.
∫ x e dx = e ( x − 2x + 2) + C .
2 x x 2
∴
OBS:
1. Note que as constantes de integração, C1 e C2, que
qu
surgiram ao integrar dv e d v , foram canceladas ao longoo ddo
desenvolvimento dos cálculos. É possível provar que os
termos que contêm estas constantes sempre se anularão neseste
método e, por isso, não será necessário considerar ttal
constante quando integrar dv. Assim, daqui por diante, e, a
constante de integração de dv será omitida neste texto.
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO 21
du = e x dx
u = e x
⇒ x2
dv = xdx v =
2
x x2 x2 x
∫ ∫ 2 e dx
2 x 2 x
⇒ x e dx = x e − 2 e −
2
∫ x e dx = x e − x 2e x + ∫ x 2e x dx .
2 x 2 x
∴
∫ u dv = uv − ∫ v du ,
a qual é denominada, como já fora dito, fórmula da integração
por partes . Assim, para calcular a integral de uma função que se
apresenta na forma f(x) g(x) dx, fazemos u = f(x), dv = g(x) dx e
aplicamos a fórmula acima.
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO
O 23
EXEMPLO 2 Calcule ∫ x ln x dx .
Solução
Como não sabemos calcular a integral de ln x, não devemos es escolhê-
la para compor dv, ou seja, fazemos
1
u = ln x du = x dx
⇒ 2
dv = x dx v = x ,
2
já que x é uma função fácil de ser integrada e ln x é uma funçã
ção fácil
de ser derivada. Substituindo na fórmula de integração porr partes,
obtemos:
x2 x2 1 x2 x
∫ x ln x dx =
2
ln x − ∫ 2 x
dx =
2
ln x − ∫ dx =
2
2 2
x x
= ln x − + C .
2 4
∫ sec
3
EXEMPLO 3 Calcule x dx .
Solução
Neste caso, uma boa estratégia é escrever a integral naa forma
2
∫ sec x sec x dx , uma vez que a função sec x pode ser facicilmente
2
∫ sec
3
Assim, somando o termo x dx em ambos os lados da
d
igualdade, obtemos
OBS: A integral
∫ sec x dx pode ser encontrada na tabelala de
integração, que se encontra no Apêndice desse livro, ou pod
ode
ser facilmente calculada, após a utilização de um artifíc
fício
nada óbvio, como podemos ver abaixo:
sec x + tg x
∫ sec x dx = ∫ sec x sec x + tg x dx =
du
=
∫ u = ln u + C = ln sec x + tg x + C,
onde
u = sec x + tg x e, consequentemente, du = (sec x tg x + sec2 x)dx.
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO 25
EXERCÍCIOS 1.2
1) Calcule as seguintes integrais:
a) ∫ ln x dx b) ∫ x ln x dx
2
c) ∫ x sen x dx
2
d) ∫ e x sen x dx e) ∫ cossec x dx
3
f) ∫ x e −2 x dx
g) ∫ x sen x dx h) ∫ arctg x dx i) ∫ x ln x dx
m) ∫ x cos5 x dx n) ∫ x e dx
2 3x
o) ∫ x cos x dx
2
1
sen(2 x) = 2sen x cos x sen x cos y = [sen( x − y ) + sen( x + y )]
2
1
sen x sen y = [cos( x − y ) − cos( x + y )]
2
1
cos x cos y = [cos( x − y ) + cos( x + y )]
2
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO 27
∫ sen
m
x cos n x dx
OBS: Note que esta regra poderá ser utilizada sempre que
houver uma potência ímpar do cosseno, estando ele sozinho
ou multiplicado por qualquer potência positiva de seno.
28 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∫ cos
5
EXEMPLO 1 Calcule x dx .
Solução
Como o expoente é ímpar, o primeiro passo é separar um fator cos
os x
no integrando, fazendo com que o restante seja potência de dois:
2
∫ cos
5
x dx = ∫ cos 4 x cos x dx = ∫ ( cos 2 x ) cos x dx .
u5 u7 1 1
∫ u (1 − u )du = ∫ (u − u )du =
4 2 4 6
− + C = sen 5 x − sen 7 x + C ,
5 7 5 7
sendo que novamente foi usada a mudança de variável u = sen x..
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO
O 29
= ∫ u 3 (1 − u 2 ) 2 du = ∫ u 3 (1 − 2u 2 + u 4 ) du =
u4 u6 u8
= ∫ (u 3 − 2u 5 + u 7 ) du = −2 + +C =
4 6 8
1 1 1
= sen 4 x − sen 6 x + sen 8 x + C .
4 3 8
u3 1
= − ∫ (1 − u 2 ) du = − u + C = cos3 x − cos x + C
3 3
∫ sen x cos
3 2
EXEMPLO 2 Calcule x dx .
Solução
∫ sen
3
EXEMPLO 3 Calcule x cos 3 x dx .
Solução
Neste caso, tanto o critério de expoente ímpar de cossenos comoo de
senos pode ser aplicado para solucionar o problema. Inicialmen
ente
vamos resolvê-lo utilizando o expoente ímpar do seno. Então,
o, a
integral pode ser escrita como
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO
O 31
u6 u4
= − ∫ (1 − u 2 ) u 3 du = ∫ (u 5 − u 3 )du = − +C =
6 4
1 1
= cos 6 x − cos 4 x + C
6 4
novamente com a mudança de variável u = cos x.
u6 u4
= ∫ ( −u 5 + u 3 ) du = − + +C =
6 4
−1 6 1
sen x + sen 4 x + C
=
6 4
com a mudança de variável u = sen x.
1 − cos2 x 1 + cos2 x
sen 2 x = e cos2 x =
2 2
∫ sen
4
EXEMPLO 1 Calcule x dx .
Solução
Para podermos utilizar a identidade indicada acima, inicialmen
ente
escrevemos o integrando como uma potência de sen2x. Em seguid
ida,
reescrevemos a função em termos de cossenos e procedemos com
omo
nos casos anteriores. Assim, teremos:
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO 33
2
2 1 − cos 2 x
∫ sen x dx = ∫ sen x
4 2
( ) dx = ∫
2 dx =
1
=
4 ∫ (1 − 2cos 2 x + cos 2 2 x ) dx =
1 1 1
= x + C1 − ∫ cos 2 x dx + ∫ cos 2 2 x dx =
4 2 4
1 1 1
= x + C1 − ∫ cos y dy + ∫ cos 2 y dy ,
4 4 8
1 + cos 2 y 1
∫ cos
y dy = ∫ dy = ∫ (1 + cos 2 y )dy =
2
2 2
1 1
= y + C2 + ∫ cos z dz =
2 4
1 1
= y + C2 + sen2 y + C3 ,
2 4
onde a mudança z = 2y foi utilizada no cálculo da última integral.
Retomando agora a integral inicial, teremos
1 1y 1
∫ sen x dx = 4 ( x − sen y ) + 8 2 + 4 sen 2 y + C ,
4
1 1 2x 1
∫ sen x dx = 4 ( x − sen 2 x) + 8 2
4
+ sen 4 x + C =
4
3 1 1
= x − sen2 x + sen4 x + C.
8 4 32
∫ sen
4
EXEMPLO 2 Calcule x cos 2 x dx .
Solução
Neste caso, os dois expoentes são pares e, portanto, fazemoss as
substituições em ambos os termos. Assim, a integral torna-se:
2
1 − cos 2 x 1 + cos 2 x
∫ sen x cos x dx = ∫ 2 2 dx =
4 2
1
= ∫ (1 − cos 2 x − cos 2 2 x + cos3 2 x ) dx =
8
1
= ∫ (1 − cos y − cos 2 y + cos3 y ) dy,
16
onde a mudança de variável y = 2x fl dx = dy/2 foi utilizada.
A nova integral obtida é a soma de quatro parcelas, sendo quee as
duas primeiras são facilmente integráveis e as duas últimas são
sã
potências de cosseno, necessitando portando, dos métodos vist
istos
acima para calculá-las. Para simplificar o entendimento, novamen
ente
vamos resolvê-las separadamente:
1 + cos2 y y 1
∫ cos y dy = ∫
2
dy = + sen 2 y + C1 .
2 2 4
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO
O 35
z3 1
( )
= ∫ 1 − z 2 dz = z −
3
+ C2 = seny − sen 3 z + C2 ,
3
onde a mudança de variável z = sen y foi utilizada .
Retomando do ponto onde havíamos interrompido temporaria
riamente
os cálculos, temos
1
∫ sen x cos
4 2
x dx =
16 ∫
(
1 − cos y − cos2 y + cos3 y dy = )
1 y 1 1
= y − sen y − − sen 2 y + seny − sen3 y + C =
16 2 4 3
1 y 1 1
= − sen 2 y − sen3 y + C =
16 2 4 3
1 2x 1 1
= − sen 4 x − sen 3 2 x + C =
16 2 4 3
1 1 1
= x − sen 4 x − sen 3 2 x + C ,
16 4 3
onde C = C1 + C2 + C3, sendo que C3 é a constante correspond
ndente à
primeira parte da integral.
∫ tg
m
x sec n x dx
Solução
∫ tg x dx = ∫ tg x tg x dx = ∫ tg x(sec x − 1) dx =
5 3 2 3 2
= ∫ tg x sec x dx − ∫ tg x dx =
3 2 3
= ∫ tg x sec x dx − ∫ tg x (sec x − 1) dx =
3 2 2
= ∫ tg x sec x dx − ∫ tg x sec x dx − ∫ tg x dx =
3 2 2
u4 u2
= ∫ u 3 du − ∫ u du − ∫ tg x dx = − − ln sec x + C =
4 2
1 1
= tg 4 x − tg 2 x − ln sec x + C ,
4 2
∫ tg x dx.
4
EXEMPLO 2 Calcule
Solução
∫ tg x dx = ∫ tg 2 x tg 2 x dx = ∫ tg 2 x (sec 2 x − 1) dx =
4
= ∫ tg 2 x sec 2 x dx − ∫ tg 2 x dx =
= ∫ tg 2 x sec 2 x dx − ∫ (sec 2 x − 1) dx =
= ∫ tg 2 x sec 2 x dx − ∫ sec 2 x dx + ∫ dx =
u3
= ∫ u 2 du − ∫ sec 2 x dx + ∫ dx = − tg x + x + C =
3
1 1
= tg 4 x − tg 2 x − ln sec x + C ,
4 2
onde a novamente a mudança de variável u = tg x foi utiliza
zada.
∫ sec
4
EXEMPLO 1 Calcule x dx .
Solução
u3 1
∫ (1 + u ) du = u +
2
+ C = tg x + tg 3 x + C ,
3 3
onde a mudança de variável u = tg x foi utilizada.
∫ tg x sec
5 4
EXEMPLO 2 Calcule x dx .
Solução
∫ tg x sec
5 4
x dx = ∫ tg 5 x sec 2 x sec 2 x = ∫ tg 5 x (1 + tg 2 x ) sec 2 x dx =
u 6 u8 1 1
∫ u (1 + u ) du = ∫ (u + u ) du =
5 2 5 7
+ + C = tg 6 x + tg 8 x + C ,
6 8 6 8
onde a mudança de variável u = tg x foi utilizada.
∫ tg
4
EXEMPLO 3 Calcule x sec 4 x dx .
Solução
∫ tg x sec 4 x dx = ∫ tg 4 x (1 + tg 2 x )sec 2 x dx =
4
u5 u 7 1 1
∫ u (1 + u ) du =
4 2
+ + C = tg 5 x + tg 7 x + C ,
5 7 5 7
onde a mudança de variável u = tg x foi utilizada.
∫ tg x sec
5 3
EXEMPLO 1 Calcule x dx.
Solução
= ∫ (u 2 − 1) 2 u 2 du = ∫ (u 6 − 2u 4 + u 2 ) du =
u7 u5 u3
= −2 + +C =
7 5 3
1 2 1
= sec 7 x − sec5 x + sec 3 x + C ,
7 5 3
onde a mudança de variável u = sec x foi utilizada.
∫ tg x sec
5 4
EXEMPLO 2 Calcule x dx.
Solução
= ∫ (u 2 − 1)2 u 3 du = ∫ (u 7 − 2u 5 + u 3 ) du =
u8 u6 u4
= −2 + +C =
8 6 4
1 1 1
= sec8 x − sec6 x + sec4 x + C ,
8 3 4
onde a mudança de variável u = sec x foi utilizada.
∫ sec
3
EXEMPLO 1 Calcule x dx .
Solução
Este exemplo já foi feito quando estudamos o método de integraç
ação
por partes, porém, como esta integral aparecerá muitas vezes daq
aqui
por diante, entendemos ser válido relembrar sua resolução. Note qque
u = sec x du = sec x tg x dx
2
⇒
dv = sec x dx v = tg x
teremos, pela fórmula de integração por partes:
∫ sec
3
Assim, somando o termo x dx em ambos os lados
lad da
igualdade, obtemos
2 ∫ sec3 x dx = sec x tg x + ln sec x + tg x + C1 ,
ou
1
∫ sec
3
x dx = sec x tg x + ln sec x + tg x + C , onde C = C1/2.
2
∫ tg x sec
2 3
EXEMPLO 2 Calcule x dx .
Solução
Análogo ao que foi feito no Exemplo 1, precisamos reescr
crever a
função a ser integrada de modo que ela se apresente em umaa forma
que seja fácil visualizar qual termo chamaremos de u e qual
chamaremos de dv. Lembre-se que u deve ser facilmente deriv
rivável e
dv deve ser facilmente integrável. Assim, segundo estes critérios,
cr
podemos fazer
sen 2 x 1 sen x
∫ tg x sec x dx = ∫ dx = ∫ sen x
2 3
2 3
dxx.
cos x cos x cos5 x
Fazendo agora a escolha
u = sen x ⇒ du = cos x dx
sen x 1
dv = dx ⇒ v =
cos5 x 4 cos 4 x
e aplicando a fórmula de integração por partes, teremos
42 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
sen x 1 cos x
∫ tg x sec − ∫
2 3
x dx = dx =
4cos x 4 cos 4 x
4
sen x 1 1
= 4
− ∫ 3 dx =
4cos x 4 cos x
sen x 1
= 4
− ∫ sec3 xdx =
4cos x 4
sen x 11
= − sec x tg x + ln sec x + tg x + C =
4cos x 4 2
4
sen x 1
= 4
− sec x tg x + ln sec x + tg x + C.
4cos x 8
= − ∫ u (u + 1) du = − ∫ (u + u ) du =
3 2 5 3
u6 u4 cotg 6 x cotg 4 x
=− − +C = − − + C,
6 4 6 4
onde a mudança de variável u = cotg x, du = cossec2x dx foi
f
utilizada.
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO
O 43
cotg 3 x
= − ∫ u 2 du − ∫ cossec 2 x dx + ∫ dx = − + cotgg x + x + C ,
3
cossec2x
onde novamente a mudança de variável u = cotg x, du = co
dx foi utilizada.
Assim,
EXERCÍCIOS 1.3
1) Calcule as seguintes integrais:
∫ tg x dx
6
e) ∫ sen x cos 3 x dx f)
i) ∫ tg x sec
3 2
x dx j) ∫ (tg x + cotg x ) 2 dx
1º Caso: a2 − x 2 , a > 0 , x ≤ a .
dx
EXEMPLO 1 Calcule ∫ a2 − x2
.
Solução
Considere x = a senθ ⇒ dx = a cosθ dθ , −π / 2 ≤ θ ≤ π / 2
Substituindo na integral e aproveitando os cálculos realizados logo
log
acima, obtemos:
dx a cos θ x
∫ 2
a −x 2
=∫
a cos θ
dθ = ∫ dθ = θ + C = arcsen + C .
a
dx
Caso particular: ∫ = arcsen x + C .
1 − x2
9 − x2
EXEMPLO 2 Calcule ∫ x2
dx .
Solução
Considere a = 3 e x = 3 senθ , − π / 2 ≤ θ ≤ π / 2.
9 − x2 9 − 9sen 2θ 1 9 cos 2 θ
∫ x2
dx = 3 ∫ 9sen 2θ cos θ d θ =
3 ∫ sen 2θ
cosθ dθ =
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO
O 47
cos 2 θ
=∫ dθ = ∫ cotg 2θ d θ = ∫ (cossec 2θ − 1) dθ = ∫ cossec 2θ d θ − ∫ dθ =
sen 2θ
− 9 − x2 x
= −cotg θ − θ + C = − arcsen + C .
x 3
x3
EXEMPLO 3 Calcule ∫ 16 − x 2
dx .
Solução
Considere a = 4, x = 4 sen θ , − π / 2 ≤ θ ≤ π / 2 .
1
= 64 ∫ senθ dθ − 64 ∫ u 2 du = 64 − cosθ − cos3 θ + C =
3
48 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
− 16 − x 2 1 ( 16 − x 2 )3 − x 2 − 32
= 64 + + C = 16 − x 2 +C .
4 3 64 3
2º Caso: a2 + x 2 , a > 0 .
a 2 + x 2 = a 2 + a 2 tg 2θ = a 2 (1 + tg 2θ ) = a 2 sec 2 θ = a seccθ ,
π π
já que a > 0 e sec θ ≥ 0 para − <θ < .
2 2
x
∴ a 2 + x 2 = a secθ , sendo θ = arctg ,
a
π π
uma vez que f(x) = tg x é inversível em − , .
2 2
EXEMPLO 1 Calcule ∫ x 2 + 5 dx .
Solução
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO
O 49
∫ x 2 + 5 dx = ∫ 5 secθ 5 sec2 θ dθ =
5
= 5∫ sec3 θ dθ = secθ tg θ + ln secθ + tgθ + C =
2
5 5 + x2 x 5 + x2 x
= + ln + + C.
2 5 5 5 5
dx
EXEMPLO 2 Calcule ∫a 2
+ x2
.
Solução
π π
Considere x = a tgθ , − <θ < . Então, dx = a sec 2 θ dθ e a
2 2
integral torna-se:
dx a sec 2 θ 1 1 1 x
∫ a 2 + x 2 ∫ a 2 sec 2 θ dθ = ∫ a dθ = a θ + C = a arctg a + C .
=
dx
Caso particular: ∫1+ x 2
= arctg x + C .
3º Caso: x2 − a2 , a > 0 , a ≤ x .
50 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
π 3π
sendo que 0 ≤ θ < para x ≥ a e π ≤ θ < para x ≤ − a .
2 2
No triângulo retângulo agora temos
∴ x 2 − a 2 = a tgθ ,
x
sendo θ = arcsec , uma vez que f ( x ) = sec x é inversível para
pa
a
π 3π
todo x ∈ 0, ∪ π , .
2 2
dx
EXEMPLO 1 Calcule ∫x x2 − a2
.
Solução
Considere
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO
O 51
π 3π
x = a secθ ⇒ dx = a secθ tgθ dθ , θ ∈ 0, ∪ π , .
2 2
Substituindo na integral, obtemos:
dx a sec θ tg θ 1 1 1 x
∫x 2
x −a 2
=∫
a sec θ a tg θ
dθ = ∫ dθ = θ + C = arcsec
a a a
ec + C .
a
dx
Caso particular: ∫x = arcsec x + C .
x 2 − 12
dx
EXEMPLO 2 ∫x 3
x2 − 9
Considere
x = 3 secθ ⇒ dx = 3 secθ tgθ dθ , θ ∈ (0, π / 2) ∪ (π ,3π / 2)
2 .
Substituindo na integral, obtemos:
dx 3 sec θ tg θ
∫x 3
x −92
=∫
27 sec3 θ 3 tg θ
dθ =
1 1 1
27 ∫ sec 2 θ 27 ∫
= dθ = cos 2 θ dθ =
1 (1 + cos 2θ ) 1 1
27 ∫
= dθ = θ + sen 2θ + C =
2 54 2
1
= [θ + 2 sen θ cosθ ] + C =
54
52 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
1 xx2 − 9 3
= arcsen + +C =
54 3 x x
.
1 2
x 3 x −9
= arcsen + +C
54 3 x2
EXERCÍCIOS 1.4
dx dx dx
a) ∫ 4 + x2 b) ∫x 2
x +3
c) ∫ 2
x − 16
x2 − 1
d) ∫ et 9 − e2 t dt e) ∫ x 25 − x dx
2 2 f) ∫ x2
dx
P ( x)
Inicialmente relembramos que se H ( x) = onde P e Q são
Q( x)
polinômios reais e o grau de Q é menor ou igual que o grau de P,
então H é dita uma função racional imprópria. Para que H se torne
uma função racional própria é necessário dividir P por Q até que o
grau do numerador seja menor que o do denominador.
Se tomarmos, por exemplo, a função
x 4 − 10 x 2 + 3 x + 1
H ( x) =
x2 − 4
observamos que é uma função racional imprópria. Porém, ao
dividirmos o polinômio do numerador pelo do denominador,
obtemos uma nova forma de representar a mesma função, agora
composta por um termo polinomial somado a uma fração própria,
como podemos ver abaixo.
x 4 − 10 x 2 + 3x + 1 2 3x − 23
H ( x) = 2
= x −6+ 2
x −4 x −4
fração imprópria fração própria
x −1
EXEMPLO 1 Calcule ∫x 3
− x2 − 2 x
dx .
Solução
Inicialmente verificamos se o integrando é uma fração pprópria.
Como o maior expoente do denominador é 3 e o do numerad ador é 1,
concluímos que a fração é própria e, portanto, podemos passa
ssar para
o passo seguinte, que é a aplicação do método em si.
O primeiro passo é fatorar o denominador para que ele fique fiq na
forma de produto de fatores lineares ou quadráticos irredu dutíveis.
Com isso nossa integral torna-se:
x −1 x −1
∫ x3 − x2 − 2 x dx = ∫ x( x − 2)( x + 1) dx .
Agora tomamos o integrando e usamos o método descrito to acima
para transformar a fração dada em uma soma de frações es mais
simples. Como os fatores são todos lineares e não se repetem,
re
atribuímos a cada um deles uma constante no numera erador e
efetuamos a soma das frações resultantes, como mostrado abai
aixo:
x −1 A A A
= 1+ 2 + 3 =
x( x − 2)( x + 1) x x − 2 x +1
A1 ( x 2 − x − 2) + A2 x( x + 1) + A3 x( x − 2)
= =
x( x − 2)( x + 1)
( A1 + A2 + A3 ) x 2 + ( A2 − A1 − 2 A3 ) x − 2 A1
= .
x( x − 2)( x + 1)
( A1 + A2 + A3 ) x 2 + ( A2 − A1 − 2 A3 ) x − 2 A1 = x − 1 ,
56 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
o que é equivalente a
A1 + A2 + A3 = 0 1 1
A2 + A3 = − A2 =
1 2 6
− A1 + A2 − 2 A3 = 1 ⇒ A1 = ⇒ ⇒
−2 A = −1
2 A − 2A = 3 A = − 2
1
2 3
2
3
3
Dessa forma, encontramos os valores para as constantes A1, A2 e A3
de maneira que:
x −1 A A A 1 1 2
= 1+ 2 + 3 = + − .
x( x − 2)( x + 1) x x − 2 x +1 2 x 6( x − 2) 3( x + 1))
Logo,
x −1 1 1 1 1 2 1
∫x 3 2
− x − 2x
dx = ∫ dx + ∫
2 x 6 x−2
dx − ∫
3 x +1
dx =
1 1 2
= ln x + ln x − 2 − ln x + 1 + C .
2 6 3
( x3 − 1)
EXEMPLO 2 Calcule ∫ 2 dx .
x ( x − 2)3
Solução
Observando que a fração é própria e usando o mesmo procedimen
ento
do exemplo 1, porém notando que agora os fatores linearess se
repetem, fazemos
( x3 − 1) A2 A1 B3 B2 B1
= + + + + =
x 2 ( x − 2)3 x 2 3 2
x ( x − 2) ( x − 2) ( x − 2)
A2 ( x − 2)3 + A1 x( x − 2)3 + B3 x 2 + B2 x 2 ( x − 2) + B1 x 2 ( x − 2) 2
= .
x 2 ( x − 2)3
x 3 − 1 = A2 ( x 3 − 6 x 2 + 12 x − 8) + A1 ( x 4 − 6 x3 + 12 x 2 − 8 x) + B3 x 2 +
+ B2 ( x 3 − 2 x 2 ) + B1 ( x 4 − 4 x3 + 4 x 2 ) =
= ( A1 + B1 ) x 4 + ( A2 − 6 A1 + B2 − 4 B1 ) x 3 +
+ ( −6 A2 + 12 A1 + B3 − 2 B2 + 4 B1 ) x 2 + (12 A2 − 8 A1 ) x − 8 A2 .
Assim,
1
A2 = 8
−6 A2 + 12 A1 + B3 − 2 B2 + 4 B1 = 0 A = 3
1 16
A2 − 6 A 1 + B2 − 4 B1 = 1
7
A1 + B1 = 0 ⇒ B3 = .
12 A − 8 A 4
=0
2 1
5
−8 A2 = −1 B2 = 4
B = −3
1 16
Portanto,
( x3 − 1)
∫ x2 ( x − 2)3 dx =
1 dx 3 dx 7 dx 5 dx 3 dx
= ∫ 2+ ∫ + ∫ 3
+ ∫ 2
− ∫ =
8 x 16 x 4 ( x − 2) 4 ( x − 2) 16 x − 2
−1 3 7 5 3
= + ln x − − − ln x − 2 + C =
8 x 16 8( x − 2) 2 4( x − 2) 16
3 x 1 1 7 5
= ln − + + + C.
16 x − 2 4 2 x 2( x − 2) 2
( x − 2)
5 x3 − 3x2 + 7 x − 3
EXEMPLO 3 Calcule ∫ ( x2 + 1)2 dx .
58 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Solução
Como neste caso temos um fator quadrático irredutível no
denominador, o qual se repete, colocamos um fator linear no
numerador de cada fração parcial, e procedemos como nos exemplos
anteriores:
5 x3 − 3x 2 + 7 x − 3 Ax + B Cx + D
= + .
( x 2 + 1) 2 ( x 2 + 1)2 ( x 2 + 1)
5 x3 − 3x2 + 7 x − 3 2x 5x − 3
∫ ( x 2 + 1)2 dx = ∫ ( x 2 + 1)2 dx + ∫ ( x 2 + 1) dx =
2x 5x 3
=∫ 2 dx + ∫ 2 dx − ∫ 2 dx =
( x + 1) 2 x +1 x +1
1 5
=− 2 + ln( x 2 + 1) − 3arctg x + K .
x +1 2
EXERCÍCIOS 1.5
1. Calcule as seguintes integrais:
6x + 7 x2 + 1
a) ∫ ( x + 2) 2
dx b) ∫ ( x − 1)( x − 2)( x − 3) dx
4 x 2 + 13 x − 9 2x 3
c) ∫ x3 + 2 x 2 − 3 x dx d) ∫ x 2 + x dx
ALGUNS MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO 59
−2 x + 4 9 x3 − 3x + 1
e) ∫ ( x 2 + 1)( x − 1)2 dx f) ∫ x 3 + x dx
2x2 + 7 x 2x + 1
g) ∫ x 2 + 6 x + 9 dx h) ∫ 2x 2
+ 3x − 2
dx
EXERCÍCIOS EXTRAS
x 2 + 5x + 4 4
1) ∫ x 2 − 2 x + 1 dx 2) ∫ x − x2
4
dx
1 1
3) ∫ 9t 2 + dt
t3
4) ∫x x2 + 9
dx
sec 2 x
5) ∫ dx 6) ∫ tg
2
x cossec 2 x dx
(1 + tgx )2
x dx cos x
7) ∫ ( x − 1) 2
( x + 1) 2
dx 8) ∫ 2 − sen x dx
dx
∫ 16 + x ∫ tg (5x ) dx
2
9) 2
10)
2 9
11) ∫ 3t 2
+3
dt 12) ∫ 1 − x2
dx
1 1 1x
13) ∫ 2 y − dy 14) ∫ e dx
2 y x2
60 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
x 3 + 6 x 2 + 3 x + 16 1
15) ∫ x3 + 4 x
dx 16) ∫x 4
x2 − 3
dx
x3 + 2 x2 + 4
17) ∫ sen 2 (2θ ) cos3 (2θ ) d θ 18) ∫ dx
2x2 + 2
2 x 2 − 25 x − 33
21) ∫ cossec 6 x dx 22) ∫ ( x + 1)2 ( x − 5) dx
sen x 2 x +1
23) ∫ 2e 2 x −
2
+ 7 dx
cos x x
24) ∫ x2 − 4
dx
x x
25) ∫ (16 − x 2 2
)
dx 26) ∫ e x cos
2
dx
sec 2 x
∫ cotg x dx
2
∫ x e dx
5 x
27) 28)
30) ∫ ( x − 1) sec 2 x dx
x −1
29) ∫ dx
( x + 2 x + 3) 2
2
Equaçoes Diferenciais
Ordinárias
Equações Diferenciais
Introdução
Problemas de Mistura
dy
V = QC − Qy
dt
Corrente i em um circuito RL
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS 65
di
L + iR = ε 0
dt
Existem vários outros exemplos de aplicação das equações
diferenciais: variação de temperatura, modelo presa-predador (em
Biologia), decaimento radioativo, crescimento e decrescimento
populacional e muitos outros.
Uma equação diferencial é uma equação que envolve uma
função incógnita (desconhecida) e suas derivadas. Assim, resolver
uma equação diferencial é encontrar uma função que satisfaça
identicamente aquela equação. Todavia, análogo às equações
algébricas, existem muitos tipos de equações diferenciais e,
portanto, para cada tipo, existe uma técnica para determinar sua
solução, quando esta existe. Fazendo novamente um paralelo com as
equações algébricas, lembramos que nem toda equação possui
solução analítica, sendo que em muitos casos, somente métodos
numéricos são capazes de fornecer as soluções procuradas. Todavia,
quando as soluções analíticas existem, as operações inversas são
normalmente utilizadas para obtê-las, ou seja, assim como em uma
equação envolvendo soma, utilizamos a subtração na sua resolução,
em uma equação envolvendo multiplicação, utilizamos a divisão, e
assim por diante, para resolver uma equação envolvendo
diferenciais, utilizaremos algum tipo de integração.
A existência e a unicidade de soluções de equações diferenciais
são garantidas mediante a satisfação de algumas hipóteses, através
de teoremas específicos para isso. Contudo, estes teoremas não serão
66 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
abordados neste texto, uma vez que o objetivo aqui é estudar alguns
métodos de resolução, partindo da premissa de que tal solução
exista. Assim, este material só tratará de equações cujas soluções
existam analiticamente.
É importante observar que as equações diferenciais compõem
um grande grupo, o qual é dividido, inicialmente, em dois
subgrupos: o de equações diferenciais ordinárias (EDO) e o de
equações diferenciais parciais (EDP). Dizemos que uma equação
diferencial é ordinária se a função que se deseja determinar depende
de uma única variável, por exemplo, y = f(t). Se a função incógnita
depender de duas ou mais variáveis, por exemplo, u = f(x,y), a
equação é denominada equação diferencial parcial.
Dentro de cada um desses subgrupos, as equações se
classificam por ordem, assim como os polinômios, porém a ordem
neste caso está associada à ordem da maior derivada que aparece na
equação. Assim, uma equação diferencial é dita de primeira ordem
se apenas a primeira derivada e a função estiverem presentes na
equação. Se a segunda derivada estiver presente e nenhuma outra de
maior ordem, dizemos que ela é uma equação de segunda ordem, e
assim por diante. E dentro de cada ordem, existem vários tipos,
porém o estudo completo de todos eles demandaria muito tempo e
foge dos objetivos deste material.
t
EXEMPLO A função y(t ) = e é uma solução da equaçã
ação
dy
diferencial − y(t ) = 0 no intervalo I = (−∞, +∞) , pois
po
dt
substituindo y e a sua derivada no lado esquerdo dessa equaç
ação
obtemos
dy d
− y(t ) = [et ] − et = et − et = 0
dt dt
para todos os valores reais de t.
dy
− y (t ) = 0
dt
y (0) = 1
dy
EXEMPLO A solução geral da equação diferencial + et = 0
dt
é y(t) = −et + C, para qualquer valor real da constante C.. Para
obtermos a solução do problema de valor inicial
dy t
+e =0
dt
y (0) = 2
Solução
Note que à primeira vista não dá para saber se a equação é do tipo
separável ou não. Para verificar tal fato, precisamos reescrever a
equação diferencial de modo que as expressões envolvendo x
permaneçam de um lado e as expressões envolvendo y e sua
derivada, fiquem do outro lado da equação.
Assim, o primeiro passo é subtrair dos dois lados da equação o
termo contendo a variável x, a fim de que ele “passe” para o lado
direito da igualdade:
dy
= − y 4 e2 x .
dx
Agora, dividindo ambos os lados da igualdade por y4 conseguimos
deixar as expressões envolvendo y do lado esquerdo da equação,
multiplicando a derivada, e as expressões envolvendo a variável x,
do lado direito:
1 dy
4
= −e2 x .
y dx
dy
onde usamos a notação de diferencial dy = y '( x )dx ou dy =
dx
dx
na integral do lado esquerdo. Com esta notação de diferenciais,
74 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
1 e2 x 1 e2 x
− + C1 = − + C2 ⇒ − = − + C2 − C1
3 y3 2 3 y3 2
1 e2 x 1 3e2 x + 6(C1 − C2 )
⇒ = + C1 − C2 ⇒ = ⇒
3 y3 2 y3 2
1
3 2 2 3
y = 2x ⇒ y = 2x , onde C = 6(C1 − C2 ).
3e + C 3e + C
OBS:
1
2 3
1. Observe que na solução y = 2 x aparece uma ma
3e + C
constante C, que é a constante de integração. Isso signific
ica
que para cada valor da constante C, temos uma solução ção
diferente e, por isso, a solução encontrada não é única e é
denominada solução geral da equação diferencial. A figuraura
a seguir, mostra o gráfico das soluções para vários valore
res
da constante C.
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS 75
dy 2 x − 1
= 2
EXEMPLO 2 Encontre a única solução do PVI dx 3 y − 3.
3
y(1) = 0
Solução
Inicialmente executamos as operações necessárias para ver se é
possível deixar y e suas derivadas de um lado e a variável x do out
utro
lado da equação dada. Sendo possível, integramos.
dy
(3 y 2 − 3) = 2x − 1 ⇒ (3 y 2 − 3) dy = (2 x − 1) dx
dx
∫ (3 y − 3)dy = ∫ (2 x − 1)dx
2
⇒
∫ (3 y ∫ (2 x − 1)dx
2
− 3)dy = ⇒ y 3 − 3 y + C1 = x 2 − x + C2
⇒ y 3 − 3 y − x 2 + x + C = 0 onde C = C2 – C1
EXERCÍCIOS 2.1
1. O que você entende por uma equação diferencial? O qu
que você
entende por uma solução de uma equação diferencial? Quantas
Q
soluções existem para uma determinada equação difere
erencial?
3
−x
Mostre que y = 2 + e é uma solução da equação dife
ferencial
y '+ 3x 2 y = 6 x 2 .
2 + ln x
2. Verifique que y = é uma solução para o proble
lema de
x
valor inicial x2y’ + xy = 1 com y(1) = 2.
3. Geometricamente, qual a sua compreensão sobre impo
por uma
condição inicial y(t0) = y0 para uma equação dife
ferencial
qualquer?
x2
4. (a) Mostre que cada uma das funções y = Ce 2 é uma soluçã
ção para
a equação diferencial y’ = xy.
78 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
e)
dy y cos x dy x2
= , y (0) = 1 f) =
dx 1 + 2 y 2 dx y(1 + x3 )
−x
g) dy = x − e y h) y '( x) + xy2 = 0
dx y+e
2x
i)
dy
= y2 j) dy = e 3
dx dx 4y
k) y y’ = x l) y ' = xy
2 ln y
Aplicações
Crescimento e decrescimento
populacional
⇒ ln y + C1 = kt + C2 ⇒ ln y = kt + C , onde C = C2 – C1
OBSERVE que o
módulo de y foi
tirado, pois y é uma
quantidade positiva.
OBS:
i) Se k = 0, então a taxa de
crescimento é nula e, portanto, a
quantidade considerada se
mantém constante e igual ao seu
tamanho inicial, ou seja,
y(t ) = y(0) para todo tempo t.
Solução
a) Seja y(t) o número de bactérias no instante t. Então temos:
dy
= ky (t ), y (0) = 500 e, portanto, y (t ) = 500ek t
dt
Mas, qual é o valor de k ? Para obtê-lo utilizamos a informação de
que y(3) = 8.000, ou seja, fazemos:
8.000
8000 = 500 e 3 k ⇒ e 3 k = = 16
500
ln16
⇒ 3k = ln16 ⇒ k = ≅ 0,924196.
3
Assim, o número de bactérias em um instante t qualquer é dado por
y ( t ) = 500e 0,924196t .
Agora, para determinar o número de bactérias, após 4 horas, basta
substituir t por 4 na função y ( t ) = 500e 0,924196t e iremos obter
y ( 4 ) = 20.159 bactérias.
b) Queremos determinar o valor de t que faz com que y(t) seja igual
a 30.000, ou seja, precisamos resolver a equação:
30.000 = 500e0,924196 t ⇒ e0,924196 t = 60
ln 60
⇒ t= ≅ 4, 43 horas.
0,924196
Logo, existirão 30.000 bactérias após aproximadamente 4 horas e 26
minutos.
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
S 83
OBS:
Como a função exponencial cresce muito rápido do, uma
pequena mudança na variável independente implica em uma
variação muito grande no valor da função. Por isso, devemos
de
evitar arredondamentos com poucas casas decimais qquando
estamos lidando com exponenciais. Apesar dee mais
trabalhoso, se quisermos um resultado mais con onfiável,
devemos manter os números com o máximo de casas decimais
de
possível.
Meia-Vida
Na Física, meia-vida é uma medida da estabilidade de uma um
substância radioativa. A meia-vida é o tempo gasto para metade dos
d
átomos de uma quantidade inicial A0 se desintegrar ou se transmut
utar
em átomos de outro elemento. Quanto maior a meia-vida de um uma
substância, mais estável ela é. Por exemplo, o isótopo de urân ânio
mais comum, U-238, tem uma meia-vida de aproximadamen ente
4.500.000.000 de anos. Nesse tempo, metade de uma quantidadee de
U-238 é transformada em chumbo, Pb-206.
A(t) = A0 e−0,00002867 t .
Agora, considerando que a meia-vida é o tempo t no qual
A
A ( t ) = 0 e calculando o valor de t nesta equação, temos que
ue:
2
A0 1 −0,00002867t
= A0 e−0,00002867t ⇒ =e
2 2
1
⇒ − 0,00002867 t = ln ⇒ t = 24.2
4.235,92.
2
Portanto, a meia-vida do isótopo de plutônio é de aproximada
damente
24.236 anos.
C (0) 1
C (0)ek 5745 = ⇒ ek 5745 =
2 2
1
⇒ k 5745 = ln( ) ⇒ k ≅ −0,0001207
2
∴ C (t ) = C (0)e−0,0001207 t .
Por outro lado, queremos determinar t de tal modo que, nes este
instante, a concentração de carbono 14 seja 0,74 da concentraç
ação
original. Para isso, procedemos do seguinte modo:
C(0)e−0,0001207 t = 0,74C(0) ⇒ e−0,0001207 t = 0,74 ⇒ t ≅ 2.494,7
4,7 .
Portanto, a partir destes cálculos, concluímos que o tecido te
tem
aproximadamente 2.500 anos.
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS 87
1 dP
⇒
∫ P 1 − P ∫
dP = α dt ⇒
∫ P 1 − P = α t + C1.
K K
P K − P P( K − P)
P 1 − = P =
K K K
concluímos que:
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS 89
1 K
= .
P P (K − P)
P 1 −
K
Assim, aplicando o método das frações parciais, verificamos
que:
K A B 1 1
= + =⋯= +
P( K − P ) P K − P P K−P
dP dP dP P
∴
∫ P 1 − P = ∫ P + ∫ K − P = ln P − ln K − P + C 2 = ln
K−P
+ C2 .
K
P P t + C3
ln = α t + C3 ⇒ = eα = C 4 eα t ,
K−P K−P
onde C3 = C1 – C2 e C 4 = e C3 .
⇒ P (1 + C4 eα t ) = KC4 eα t
KC4 eα t KC4 K 1
⇒ P (t ) = αt
= −α t
= −α t
, C=
1 + C4 e C4 + e 1 + Ce C4
K
∴ P (t ) = .
1 + Ce −α t
90 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
K K − P(0))
Supondo t0 = 0, obtemos C : P(0) = ⇒ C=
1+ C P(0)
α 2P (t )
⇒ P '' ( t ) = α P ' ( t ) − 2 P ( t ) ⋅ P ' ( t ) = α P ' ( t ) 1 − =0
K K
2P (t ) K
⇔ = 1 ⇔ P (t ) =
P '( t ), α >0 K 2
K
P '' ( t ) > 0 se P ( t ) <
e 2
K
P '' ( t ) < 0 se P ( t ) >
2
Isso significa que a taxa de crescimento começa a diminuir
quando a população atinge metade de sua capacidade de suporte, e
continua diminuindo até zerar, ao atingir a capacidade de suporte.
Nesse estágio dizemos que a taxa de crescimento atingiu seu
equilíbrio.
4) O modelo logístico também é utilizado para analisar a capacidade
de crescimento de empresas e a velocidade de algumas reações
químicas.
Caso 2: P > K
P
P>K ⇒ = C 4 eα t ⇒ P = ( P − K )C 4 eα t
P−K
⇒ P (1 − C 4 eα t ) = − KC 4 eα t
KC 4 eα t KC 4 K 1
⇒ P (t ) = αt
= −α t
= −α t
, C=
C4 e −1 C4 − e 1 − Ce C4
K
∴ P (t ) = .
1 − Ce −α t
92 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Supondo t0 = 0, obtemos C :
K P(0) − K
P(0) = ⇒ C=
1− C P(0)
EXEMPLO 1
a) Se x(0) = 0, resolva a equação geral dada acima.
b) Faça o mesmo quando as substâncias P e Q são as mesmas,, ou
o
dx
seja, = α ( p − x )2 .
dt
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS 95
Solução
a) A EDO dada é do tipo separável e, portanto, para resolvê-la
fazemos:
dx
∫
( p − x )( q − x ) ∫
= α dt .
1
= ln q − x − ln p − x + C1 =
q− p
1 q−x
= ln + C1
q− p p−x
Portanto,
96 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
1 q−x q−x
ln = α t + C3 ⇒ ln = (q − p)(α t + C3 ) ⇒
q− p p−x p−x
q−x
⇒ = e( q− p )(α t +C3 ) = Ce( q− p )α t ,
p−x
onde C3 = C2 – C1 e C = eC3 ( q− p) .
q
Como x(0) = 0, segue que = C e como p – x > 0 e q – x > 0
p
(representam as concentrações remanescentes de p e q,
respectivamente), podemos eliminar o módulo, fazendo com que
ue a
equação acima se torne:
q − x q ( q − p )α t q ( q − p )α t
= e ⇒ q − x = ( p − x) e
p−x p p
q
⇒
p
(
x e( q − p )α t − 1 = q e ( q − p )α t − 1)
⇒ x=
(
pq e ( q − p )α t − 1 ).
( q − p )α t
qe −p
Portanto, x (t ) =
(
pq e( q− p )α t − 1 ) , para p ≠ q .
( q − p )α t
qe −p
250 − x 250 − x
⇒ ln = 210 k t + c1 ⇒ = c2e 210 k t .
40 − x 40 − x
1 88
210 k = ln = 0,1258.
10 25
Com estas informações, explicitamos x:
1 − e −0,1258 t
x (t ) = 1000 .
25 − 4e −0,1258 t
Calculando o limite de x(t), quando t ö ∞, vemos que após um
longo período de tempo, x ö 40, ou seja, haverá se formado 40 g
do composto C, deixando 42 g de A (50 – (1/5) 40) e 0 g de
B (32 – (4/5) 40).
O gráfico de x(t) é mostrado na figura abaixo:
EXERCÍCIOS 2.2
1. Uma célula está em um líquido contendo um soluto, por
exemplo, potássio, de concentração constante C . Se C(t) é a
concentração do soluto dentro da célula no instante t, então o
princípio de Fick da difusão passiva através da membrana da célula
afirma que a taxa à qual a concentração varia é proporcional ao
gradiente de concentração C C(t). Determine C(t) se C(0) = 0.
2. O isótopo radioativo tório 234 desintegra-se numa taxa
proporcional à quantidade presente. Se 100 miligramas deste
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS 99
EDOs Lineares
1
µ (t )q(t )dt + C
µ (t ) ∫
∴ y (t ) =
µ '(t )
⇒ µ (t ) p (t ) = µ '(t ) ⇒ p (t ) =
µ (t )
⇒ µ (t ) = e ∫ = Ae ∫
p ( t ) dt +C1 p ( t ) dt
⇒ ∫ p(t )dt + C 1 = ln µ (t ) ,
onde A=eC1.
Portanto, todas as funções do tipo µ (t ) = Ae ∫
p ( t ) dt
podem ser
utilizadas na obtenção da solução y(t).
102 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
dy 1 2
dx − x + 1 y = ( x + 1) , x > −1
y (0) = 2
.
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
S 103
Solução
1
Neste caso temos p (t ) = − e q(t ) = ( x +1)2 .
x +1
Assim, o fator integrante é dado por
−1
OBSERVE E que
∫ x+1dx −1 1 considerammos a
µ ( x) = e = e − ln( x +1) = e ln( x +1) =
x +1 constante de
d
integraçãoo igual
i a
zero.
1 x2
y= + x+C
x +1 2
Como y(0) = 2, segue que C = 2 e, portanto, a solução do PVII é dada
por:
x3 3x 2
y ( x) = + + 3x + 2 .
2 2
dy −t
+ 2y = e
EXEMPLO 2 Encontre a solução do PVI dt
y (0) = 3
Solução
Temos que
p(t) = 2 e q(t) = e – t
Logo,
µ (t ) = e ∫ = e 2 t
2 dt
104 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∴ y (t ) = e − t + Ce −2t .
y '− 2 xy = 1
EXEMPLO 3 Encontre a solução do PVI
y (0) = 1 .
Solução
Neste caso, p(x) = − 2x e q(x) = 1. Logo, µ ( x ) = e ∫
−2 x dx 2
= e− x e
y(x) é dada por:
d − x2
e y ( x) = e− x
2 2 2
⇒ e− x y (t ) = ∫ e− x dx + C .
dx
Aplicações
Misturas
Na mistura de dois fluidos, normalmente se deseja determ
rminar a
concentração de um deles em cada instante de tempo. Quandodo existe
fluxo, ou seja, entrada e saída de uma substância, então a taxa
t de
variação da concentração desta substância num determinado instante
in
é dada pela taxa de entrada menos a taxa de saída desta subs
bstância,
neste instante.
106 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Então, considerando µ (t ) = e ∫
0,03 dt
= e 0,03 t , Q(t) é dada por:
d 0,03 t 3
e Q(t ) = e0,03 t
dt 4
donde segue que:
e0,03t
e0,03t Q(t ) = 0,75∫ e0,03 t dt = 0,75 +C
0,03
∴ Q(t ) = 25 + Ce−0,03 t .
µ (t ) = e∫
0,01dt
= e0,01t
Logo,
d 0,01t
e C (t ) = 0,7e0,01t
dt
108 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
0,7 0,01t
⇒ e0,01t C (t ) = 0, 7 ∫ e0,01t dt = e +c
0, 01
∴ C (t ) = 70 + ce− 0,01t
d −k t −kTm e− k t
e T (t ) = −kTme− k t ⇒ e− k tT (t ) = − kTm ∫ e− k t dt = +C
dt −k
∴ e− k tT (t ) = Tme − k t + C ⇒ T (t ) = Tm + Ce k t .
T (t ) = 25 + 65e−0,080043 t .
Circuito em série
Em um circuito em série contendo um resistor e um indutor, or, a
segunda lei de Kirchhoff diz que a soma da queda de tensãoo no n
indutor (L . (di/dt)) e da queda de tensão no resistor (iR) é igual
al à
voltagem (E(t)) no circuito. Logo, obtemos a equação diferenci ncial
linear para a corrente i(t) :
di
L + Ri = E (t )
dt
onde L e R são constantes conhecidas como a indutância e a
resistência, respectivamente.
A queda de potencial em um capacitor com capacitância C é
q (t )
dada por , em que q é a carga no capacitor. Então, para um
u
C
circuito em série, a segunda lei de Kirchhoff nos dá:
1
Ri + q = E (t ).
c
dq
Mas a corrente i e a carga q estão relacionadas por i = .
dt
Logo, esta última equação torna-se
dq 1
R + q = E (t ).
dt c
1 di
+ 10 i = 12, i(0) = 0.
2 dt
Como podemos observar, trata-se de uma equação linear, poré
rém não
se encontra na forma adequada para calcularmos o fator inte
tegrante.
Para que isso ocorra, dividimos a equação dada por ½ e assim,
as a
equação resultante será
di
+ 20 i = 24,
dt
cujo fator integrante é, então, dado por
µ (t ) = e ∫
20 dt
= e 20t .
Logo, teremos:
d 20t 24 6
e i = 24e20t ⇒ e20t i = e20t + C ⇒ i(t ) = + Ce−20t .
dt 20 5
Considerando que i(0) = 0, segue que c = −6/5, e assim,
as a
corrente i(t) é dada por
6
i(t ) =
5
(1 − e−20t . )
EXERCÍCIOS 2.3
2 2x
−2 x d) y '− 2 y = x e
c) y '( x) + 3y = x + e
112 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
2x
y f) y '− y = 2xe , y(0) = 1
e) y '+ = 3cos(2 x)
x
dy x3 − 2 y −2 x
g) dx = x h) y '+ 2 y = xe , y (1) = 0
Campo de Direções
Nem sempre é possível resolver uma equação diferencial no
sentido de conseguir uma fórmula explícita para a solução. Apesar
disso, podemos obter informações a respeito de uma solução,
utilizando uma abordagem gráfica, através do campo de direções.
Vamos então introduzir o conceito de campo de direções (ou
campo de inclinações) utilizando para isso um problema concreto.
Observe que no problema de valor inicial
dy
= y+x
dx
y (0) = 1
1
Inclinação: a inclinação de uma curva em um ponto P é dada pelo
coeficiente angular da reta tangente a essa curva nesse ponto.
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS
S 115
OBS:
Vimos que quanto mais segmentos de reta desenharmoss no
campo de direções, mais fácil traçaremos os gráficos das d
curvas-solução. Contudo, seria bastante cansativo e trabalho
hoso
calcular inclinações e desenhar manualmente segmentoss de
reta para um número muito grande de pontos. Assim, irem mos
utilizar o computador para nos auxiliar nessa tarefa.
EXEMPLO
(a) Na figura abaixo é dado o campo de direções da equação
dy
diferencial = y . Use o campo de direções para encontrar a
dx
curva-solução que passa pelo ponto (0,1).
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS 119
Solução
(a) A partir do ponto (0,1) dado, devemos traçar uma curva tangente
aos segmentos de reta que estiverem mais próximos daquele que
passa por este ponto.
120 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
OBS:
Observe que no exemplo anterior, as soluções de equilíbrio y = 0 e
y = 3 dividem o plano xy em três faixas horizontais e que qualquer
solução não constante está contida inteiramente em uma dessas
faixas. Observe ainda que uma solução é decrescente se estiver nas
faixas correspondentes a y < 0 e y > 3, e é crescente se estiver na
faixa correspondente a 0 < y < 3. Este fato segue do estudo do sinal
da função g(y) = y(3 – y) cujo gráfico é uma parábola com
concavidade voltada para baixo (o sinal de y2 é negativo).
Analisando o sinal da parábola, observamos o seguinte:
• para y < 0 ou y > 3, temos que g(y) < 0
dy
e, portanto, < 0, indicando que a
dx
solução y = f ( x ) é uma função
decrescente.
• para 0 < y < 3, temos que g(y) > 0 e,
dy
portanto, > 0, indicando que a solução
dx
y = f ( x ) é uma função crescente.
3
1 − Ce −3 x , para y < 0 ou y > 3
y( x) =
3
, para 0 < y < 3,
1 + Ce −3 x
g ( y ) = y (3 − y ) ⇒ g '( y ) = 3 − 2 y
g '(0) = −3 < 0
g '( y ) = 2 y − 3 ⇒
g '(3) = 3 > 0
tável e a
Portanto, a solução de equilíbrio y = 0 é assintoticamente está
solução de equilíbrio y = 3 é instável.
EXERCÍCIOS 2.4
Resolva os exercícios abaixo usando um computador. Suge
gerimos
os programas Graphmatica ou Winplot.
1. a) Faça um esboço do campo de direções para a eq
equação
dy 1 2
diferencial = ( y − 1) .
dx 2
b) Analisando o campo de direções obtido, quais são as soluções
so
constantes (denominadas de soluções de equilíbrio) da equação
eq
dy 1 2
diferencial = ( y − 1) ?
dx 2
126 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
dy
7. Explore graficamente a equação diferencial = x+ y,
dx
7
y ( 0) = − ; 4 ≤ x ≤ 4, 4 ≤ y ≤ 4 seguindo os passos indicados
10
para isso.
(a) Trace um campo de direções para a equação diferencial
especificando os intervalos de variação de x e de y.
(b) Faça uma análise do campo de direções descrito no item (a).
(c) Existem soluções de equilíbrio? Justifique sua resposta a partir
da equação diferencial dada e do campo de direções.
(d) Determine a solução geral da equação diferencial dada.
(e) Trace os gráficos das soluções para os valores da constante
arbitrária C = 2, 1, 0, 1, 2 sobrepostos ao seu campo de
direções.
(f) Determine e trace a solução que satisfaz a condição inicial
especificada ao longo do intervalo [0,1].
dy 1
8. A equação diferencial = y − ln y não possui solução
dx 2
explícita em termos de funções elementares. Explore graficamente a
equação diferencial dada, através de seu campo de direções, tirando
todas as informações possíveis a respeito do comportamento das
curvas soluções, ou seja, do comportamento de y como uma função
de x.
9. Certo material radioativo decai a uma taxa proporcional à
quantidade presente. Se inicialmente há 100 miligramas e se, após
dois anos, 5% do material decaiu, determine:
(a) a expressão para a massa m(t) em um instante t qualquer;
(b) o tempo necessário para o decaimento de 10% do material.
(c) Esboce o campo de direções para a equação diferencial obtida e
o gráfico da função m(t), obtida anteriormente.
130 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
16. Associe cada uma das equações diferenciais dadas a seuu campo
de direções e justifique sua escolha, da melhor maneira para se
s fazer
entender.
132 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
(2)
(3)
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS 133
1)
134 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
2)
3)
4)
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS 135
EXERCÍCIOS EXTRAS
y '+ 3t 2 y = e − t 3 + t 2
y − 1 − (2 y + xy ) y ' = 0
c) d)
y (0) = 2 y(2) = 4
2
( x + 9) y '+ xy = 0 xy '+ y = 2 x
g) h)
y(4) = 3 y (1) = 0
dy
5. Considere a equação + p(t ) y = 0.
dt
136 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
120, 0 ≤ t ≤ 20
17. Uma força eletromatriz dada por E (t ) = é
0 , t > 20
aplicada a um circuito L R em série no qual a indutância é de 20
henrys e a resistência, 2 ohms. Encontre a corrente i(t), se i(0) = 0.
18. Um marcapasso consiste em uma bateria, um capacitor e o
coração como resistor. O capacitor é carregado e descarregado
periodicamente, enviando um impulso elétrico ao coração. Durante
esse tempo, a voltagem E aplicada ao coração é dada por
dE 1
=− E , t1 < t < t2 , em que R e C são constantes. Determine
dt RC
E(t) se E(t1) = E0.
19. A equação diferencial P '(t ) = (k cos t ) P, em que k é uma
constante positiva, é frequentemente usada como um modelo de uma
população sujeita à flutuações sazonais. Encontre P(t) e faça um
gráfico da solução. Suponha P(0) = P0.
20. Suponha que um estudante infectado por um vírus da gripe
retorne a uma faculdade isolada no campus onde se encontram 1000
estudantes. Presumindo que a taxa na qual o vírus se espalha é
proporcional não somente à quantidade x de alunos infectados, mas
também à quantidade de alunos não infectados, determine o número
de alunos infectados após 6 dias se ainda é observado que depois de
4 dias haviam 50 alunos infectados.
139 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
140 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Capítulo 3
Introdução
No curso de Cálculo Diferencial e Integral I, estudamos
algumas propriedades relacionadas com funções de uma variável
independente, do tipo y = f(x). Contudo, a maioria dos fenômenos
que ocorrem na natureza está relacionada com a influência mútua de
duas ou mais grandezas. Por exemplo, podemos considerar que a
quantidade de água em um reservatório dependa das chuvas e do
consumo realizado pelos habitantes; ou então que a freqüência de
um circuito sintonizador dependa da sua capacitância, da sua
indutância e da sua resistência; ou ainda que a pressão de um gás
dependa da sua temperatura e de seu volume, e assim por diante.
Na Química, quando a equação de estado de um gás ideal é
nRT
escrita na forma V = f ( P, T , n) = , quer dizer que em qualquer
P
estado do sistema, o valor do volume V (variável dependente) é
determinado pelos valores da pressão P, da temperatura T e da
quantidade de substância n (variáveis independentes), uma vez que
R é uma constante universal.
Particularmente, na Físico-Química, existem inúmeras funções
de várias variáveis independentes. Por exemplo, as propriedades
termodinâmicas de um sistema fluido simples de uma componente e
uma fase, são funções de três variáveis independentes. Se
escolhermos temperatura (T), volume (V) e número de mols (n)
como nossas variáveis independentes, então outra propriedade tal
como a pressão (P), é a variável dependente. Escrevemos então,
P = f (T ,V , n ) . Na Termodinâmica também existem quantidades
que dependem de mais de uma variável, como por exemplo: o
volume molar Vm depende da pressão P e da temperatura T, ou seja,
142 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
ℝ = ℝ × ℝ × ℝ ={(x,y,z): x∈ ℝ , y∈ ℝ e z∈ ℝ }.
EXERCÍCIOS 3.1
1. Plote os pontos dados no mesmo sistema tridimensional de
coordenadas.
(a) P(3,1,2) (b) P(2, 3,4)
Q( 2,1,2) Q(3,4, 2)
(c) P(3, 1,1) (d) P(0,3, 2)
Q( 3, 1, 1) Q(3,0,2)
d = ( x2 − x1 )2 + ( y2 − y1 )2 + ( z2 − z1 )2
d = ( x2 − x1 )2 + ( y2 − y1 )2 + ( z2 − z1 )2
Substitua os valores
d = ( −3 − 2)2 + (4 − 0)2 + (2 − 1)2
FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS
IS 149
Simplifique a expressão
d = 25 + 16 + 1
Obtenha o valor
d = 42.
EXERCÍCIO 3.2
Determine a distância entre os pontos dados
(a) P(3,1,2) (b) P(2, 3,4)
Q( 2,1,2) Q(3,4,-2)
( )
( x − a )2 + ( y − b)2 + ( z − c) 2 = r , obtemos a equação da esfera
x + x y + y2 z1 + z2
Ponto Médio = 1 2 , 1 ,
2 2 2
( x − a )2 + ( y − b)2 + ( z − c)2 = r 2
Substitua os valores.
2
1 1 62
( x − ) 2 + ( y − ) 2 + ( z − 4) 2 =
2 2 2
Simplifique.
1 1 31
( x − )2 + ( y − )2 + ( z − 4)2 = .
2 2 2
( x − a )2 + ( y − b)2 + ( z − c)2 = r 2
(x – 1)2 + (y + 2)2 + (z – 3)2 = 6
a = 1, b = 2, c = 3 e r = 6
C(1, 2,3) e r = 6
EXERCÍCIOS 3.3
1. Determine as coordenadas do ponto médio do segmentoo dde reta
que une os dois pontos dados.
(a) P( 2,0, 3) e Q(4,4,3)
(b) P( 3, 2,3) e Q(4,3,5)
2. Determine a equação da esfera sabendo que:
(a) centro = C(2,2,3) e raio = 5.
(b) centro = C( 3,2,2); a esfera é tangente ao plano-xy.
(c) diâmetro da esfera tem como extremidades os pontos P(3
(3,0,0) e
Q(0,5,0).
3. Determine o centro e o raio da esfera:
(a) x2 + y2 + z2 – 7x = 0
(b) 2x2 + 2y2 + 2z2 – 4x – 12y – 8z + 3 = 0
154 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Contra-domínio
z
( x, y, z = f ( x, y ) )
y
y
x
(x,y) Domínio
x
NOTAÇÃO
f :D⊂ 2 →
( x, y ) ֏ z = f ( x, y )
onde z é a variável dependente e x e y são as variáveis
independentes.
FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS
IS 155
x2 y 2
EXEMPLO 1 Calcule f ( 3,2) onde f ( x , y ) = + .
3 4
Solução
O domínio de f é todo ℝ , uma vez que qualquer par ordenad
ado (x,y)
pode ser substituído na expressão da função. Assim, paraa (x,y)
( =
( 3,2), temos
( −3) 2 (2) 2 9 4
f ( −3, 2) = + = + = 3 + 1 = 4.
3 4 3 4
x+ y
EXEMPLO 2 Dada a função racional f ( x , y ) = ,
x− y
determine e represente geometricamente o domínio de f.
Solução
A expressão para f está bem definida se o denominador for diferente
dif
de 0. Assim, o domínio da função f é:
Df = {(x,y) ∈ ℝ : x ≠ y}
Solução
A expressão para f está bem definida se o denominador for diferen
ente
de zero e o número que está dentro da raiz quadrada for maiorr oou
igual a zero. Assim, devemos ter
y x ≥ 0 e x + 1 ≠ 0 ⇒ y ≥ x e x ≠ 1.
Portanto, o domínio de f é
Df = {(x,y) ∈ ℝ : y ≥ x e x ≠ 1}.
EXERCÍCIOS 3.4
Aplicações
A seguir veremos alguns exemplos de aplicações de funçõess dde
mais de uma variável.
Fel = f ( Q1 , Q2 , r ) .
FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS
IS 159
3
A eletrólise é um processo que separa os elementos químicos de uum
composto através do uso da eletricidade (é o processo inverso da pilha).. É
uma reação de oxi-redução não espontânea, provocada por uma corren rente
elétrica contínua fornecida por um gerador. Um eletrólito, ou substâncncia
que conduz eletricidade, é colocado em um recipiente onde se realiza iza a
eletrólise (cuba eletrolítica).
4
O equivalente-grama de um elemento químico é a massa deste elemen ento
que é capaz de reagir (ou deslocar) com 1g de hidrogênio ou 8gg de
oxigênio.
FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS 161
a) b)
FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS
IS 163
z = 1 − x2 − y2 z = − 1 − x2 − y2
EXEMPLO 3
f : ℝ2 → ℝ
( x, y) → f ( x, y) = 2
EXEMPLO 4
f : ℝ2 → ℝ
( x, y) → f ( x, y) = y
164 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXEMPLO 5
f : ℝ2 → ℝ
( x, y ) → f ( x, y ) = x 2 + y 2
D = {( x, y ) ∈ ℝ 2 : x ≥ 0, y ≥ 0}
EXEMPLO 6
f : ℝ2 → ℝ
( x, y ) → f ( x, y ) = x 2
Curvas de Nível
Inicialmente gostaríamos de chamar a atenção para o fatoo de
que só é possível fazer representações gráficas de funções reais que
q
possuam, no máximo, duas variáveis independentes, uma vez que qu
seus gráficos estão sempre inseridos em espaços com uma dimens nsão
a mais que a do domínio. Assim, o gráfico de uma função de um uma
variável, é uma curva no plano ℝ , como já vimos; o gráficoo de
FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS 165
EXEMPLO 2 f : ℝ2 → ℝ
( x, y ) → f ( x, y ) = x 2 + y 2
168 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
0
-4 -2 0 2 4
-2
-4
PV
onde n é o número de moles, dada pela equação T ( P,V ) = . As
R
curvas de nível da figura ao lado, mostram as isotermas de um gás
ideal.
OBS:
1. É importante observar que, conforme o ponto (x,y) se move
ao longo de uma curva de nível, os valores de f(x,y) não se
alteram.
2. Uma curva de nível é um subconjunto do domínio de f e,
portanto, do plano ℝ .
3. Podemos obter curvas de nível de uma função z = f(x,y) no
plano-yz e no plano-xz. Para obter uma curva de nível no
plano-xz, basta fazer y = y0, de maneira que z = f(x,y0) = g(x).
Neste caso, a curva de nível é o conjunto dos pontos (x,z) do
plano-xz para os quais
f(x,y0) = z (y0 = constante).
FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS 171
Solução
EXERCÍCIOS 3.5
EXERCÍCIOS EXTRAS
1. Determine os pontos de interseção da equação 2x – y + z = 4 com
os eixos x e y.
2. Reescreva a expressão x 2 + y 2 + z 2 − 2 x − 4 y − 6 z + 15 = 0
completando o quadrado.
3. Plote os pontos no mesmo sistema tridimensional.
(a) (2,1,3) e (-1,2,1) (b) (3,-2,2) e (3,-2,-2)
(c) (0,4,-5) e (4,0,5)
4. Determine a distância entre os pontos dados.
(a) (4,1,5) e (8,2,6) (b) (-1,-5,7) e (-3,4,-4)
5. Determine as coordenadas do ponto central do segmento de reta
que liga os pontos (4,0,-6) e (8,8,20).
6. (a) Você está 2 unidades abaixo do plano xy e está no plano yz.
Quais as coordenadas? (b) Agora você está no ponto (4,5,2) olhando
para o ponto (0,5;0;3). Você está olhando para cima ou para baixo?
Justifique suas respostas.
7. Os cristais são classificados de acordo com a simetria: os que
possuem simetria na forma cúbica são chamados de isométricos. Os
vértices de um cristal foram representados em um sistema
tridimensional de coordenadas. Determine as coordenadas do ponto
(x,y,z) se o cristal for isométrico.
FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS 177
f (1,2) e f (1,4) .
(a) f ( x, y ) = x + y (b) f ( x , y ) = x + y
3x + 5 y
(c) f ( x, y ) = (d) f ( x, y ) = xy x 2 + y
x + y2 − 4
2
x − 3y
(e) f ( x, y ) = (f) f ( x, y) = 1 − x − y
x + 3y
y−x
18. Seja f ( x, y ) = .
2x + y
x + y +1
(i) f ( x, y ) = ; P(3,2)
x −1
(ii) f ( x , y ) = x ln( y 2 − x ) ; P(e,1)
(a) f ( x, y ) = x3 + y3 (b) f ( x, y ) = xy 2 − x3
(c) f ( x, y ) = xy 3 − yx 3
FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS 181
a) z = x + y b) z = y - x c) z = x2 - y2
d) z = y2 – x e) z = x , x ≥ 0 f) z = x + y + 1
g) z = 1 - x2 - y2 h) z = x 2 + y 2
8
b) Dado que V ( x, y ) = , esboce as curvas
16 + x 2 + y 2
equipotenciais nas quais V = 2,0; V = 1,0 e V = 0,5.
y2
44. Sabendo que a função T ( x, y ) = 30 − x 2 + representa a
4
temperatura nos pontos da região delimitada pela elipse
2 y2
x + = 1 pergunta-se:
4
a) Em que ponto (x,y) a temperatura é a mais alta possível?
b) Em que pontos a temperatura é a mais baixa possível?
45) Se T(x,y) for a temperatura em um ponto (x,y) sobre uma placa
delgada de metal no plano xy, então as curvas de nível de T são
chamadas de curvas isotérmicas. Suponha que uma placa ocupa o
primeiro quadrante e T(x,y) = xy.
(a) Esboce as curvas isotérmicas sobre as quais T = 1, T = 2 e T = 3.
(b) Uma formiga, inicialmente em (1,4), anda sobre a placa de modo
que a temperatura ao longo de sua trajetória permanece constante.
Qual é a trajetória (definida por uma equação) tomada pela formiga
e qual é a temperatura ao longo de sua trajetória?
46) As questões a seguir, referem-se ao mapa de contorno abaixo.
186 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Capítulo 4
Derivadas Parciais
Derivadas Parciais
Introdução
∂P
∂T V ,n
Derivadas Parciais
Nas aplicações de funções de várias variáveis, para saber de
que maneira o valor de uma função será afetado por alterações em
uma das variáveis independentes, é bastante comum considerar as
variáveis independentes uma de cada vez. Por exemplo,
considerando a equação de estado da lei dos gases ideais, suponha
que um físico, estudando gases, queira saber como a pressão varia
em relação à temperatura. Para isso, ele pega uma amostra de um
gás ideal e mede sua pressão em diferentes temperaturas,
considerando o volume e o número de mols no sistema gasoso como
constantes. Em outras palavras, para determinar a taxa de variação
da pressão em relação à temperatura, mantemos fixos o volume e o
DERIVADAS PARCIAIS 191
f ( x0 + h, 2) − f ( x0 ,2) ∂z
= lim = ( x0 ,2)
h →0 h ∂x
∂z f ( x0 + h, y0 ) − f ( x0 , y0 )
(1) ( x0 , y0 ) = lim ,
∂x h→0 h
se esse limite existir. Neste caso, tal limite chama-se derivada
parcial de z em relação a x no ponto (x0,y0).
192 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
NOTAÇÕES
∂z ∂f ∂f
( x0 , y0 ) ; ( x0 , y0 ) ; ;
∂x ∂x ∂x ( x0 , y0 )
∂f
f x ( x0 , y0 ) ; Dx f ( x0 , y0 ) ; ( x0 , y0 ),
∂x y
d f
escrevermos estamos representando a derivada ordinári
ária
dx
de f em relação à x e, portanto, está subentendido que f é
função de uma única variável x. Ao passo que, quand ndo
∂f
escrevemos estamos representando a derivada parcial de f
∂x
em relação à variável x, estando subentendido que f é um
ma
função de duas ou mais variáveis e que estamos calculand
ndo
apenas a sua taxa de variação em relação à x, mantendo aas
outras variáveis constantes neste cálculo.
OBS:
As derivadas parciais são as principais ferram ramentas
matemáticas utilizadas no estudo da Termodinâmi mica. É
prática universal nessa ciência evitar confusão usandoo ííndices
nas derivadas parciais para especificar a variáve vel (ou
variáveis) mantida fixa na derivação. Assim, se w = f(x,y),
∂w ∂w
então é usualmente denotada por . Essa notação
n
∂x ∂ x y
indica que w está sendo considerada função de x e y, porém
po y
é mantido fixo durante o processo de derivação em rel
relação à
x. Desse modo, sempre que necessário, vamos pr procurar
utilizar tal notação.
valores de y
10 20 30 40 50
valores de x
20 18 16 14 13 13
16 14 11 9 7 7
12 9 5 3 1 0
8 5 0 -3 -5 -6
valores de y
10 20 30 40 50
valores de x
20 18 16 14 13 13
16 14 11 9 7 7
12 9 5 3 1 0
8 5 0 -3 -5 -6
g ( x ) − g (12 ) f ( x, 20 ) − f (12, 20 )
g ' (12 ) = lim = lim
x →12 x − 12 x →12 x − 12
DERIVADAS PARCIAIS 195
5
Capacidade calorífica de um sistema é definida como a variação do
calor em relação à temperatura.
196 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
1 ∂V
α=
V ∂T P
∂G
µ =
∂ni P ,T
6
A definição da energia livre de Gibbs, associada ao uso adequado das
derivadas parciais, possibilita a dedução de um rico conjunto de relações
matemáticas, que permitem que a Termodinâmica seja aplicada plenamente
a muitos fenômenos, como reações químicas, equilíbrio químico e na
previsão de ocorrências químicas.
DERIVADAS PARCIAIS 197
∂T ∂P ∂T ∂V
=− ; ∂P = ∂S
∂V S ∂S V S P
∂S ∂V ∂S ∂P
∂P = − ∂T ; ∂V = ∂T
T P T V
onde S é a entropia (propriedade termodinâmica). As duas últimas
relações são as mais importantes, pois relacionam a entropia S com
propriedades volumétricas. Sua importância deve-se ao fato de que
∂S ∂S
as duas derivadas e não podem ser estudadas
∂P T ∂V T
experimentalmente, uma vez que não é possível medir entropia.
Todavia, esses resultados podem ser obtidos analisando as derivadas
∂V ∂P
e que dependem apenas de propriedades
∂T P ∂T V
volumétricas (P, V, T, etc.) e, portanto, são mensuráveis.
∂U ∂P ∂H ∂V
∂V = T ∂T − P ∂P = − T ∂T + V
T V T P
∂ f 2
∂ x (x,y) = 2x +2y
y
Substitua os valores de x = 1 e y = 2.
DERIVADAS PARCIAIS
IS 199
∂ f 2
∂ x (1,2) = 2 ⋅1 + 2.(2) = 10
y
∂z 3 3 2
∂ x = 4(x + 2xy + y) (3x + 2y)
y
Suponha x constante e derive em relação a y.
∂z 3 3
= 4(x + 2xy + y) (2x + 1).
∂ y x
OBS:
1) A substituição de valores numéricos na expressão que
fornece a inclinação da reta deve resultar em unidades que
sejam apropriadas à derivada parcial.
Por exemplo, para V = 22,4 litros e 1 mol de gás,
∂P nR
= = 0,00366 atm/K .
∂T V ,n V
∂ V ∂ T ∂ P kn V ( − knT ) − knT − PV
= = = = −1 .
∂ T ∂ P ∂V P kn V 2 PV PV
∂I = −1 −3/ 2 −V 2 R −V R
( 2
V R +L ω
2 2
) 2R = =
∂R V , L 2
2 (R 2
+ L2ω 2 )
3
(R 2
+ L2ω 2 )
3
∂I = −1 −3/ 2 −V 2 Lω
2 2
−ω V L
∂L V , R 2
( 2
V R +L ω
2 2
) 2
2L ω =
3
=
3
2 (R 2
+Lω
2 2
) (R 2
+Lω
2 2
)
204 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS 4.1
a) z = 5xy3 24 b) z = 3e y ln (2x2 − 1)
2 x3 2 x3
e) z = f) z = ln 3
1− 4 y y
g) z = cos( x 2 y ) + sen x 2 + 3 y 3 h) z = ( x − ln y ) e xy
x2 + y
i) z =
x+ y
z2 y3x
j) f ( x , y , z ) = ln( x + y ) − + xyz
x+z
w3 z 3 xy 2 z 3
k) f ( w, x, y , z ) = 3xy 2 + −
32 y w
x ∂z ∂z
3. Seja z = x sen . Verifique que x +y =z.
y ∂x ∂ y
DERIVADAS PARCIAIS 205
x v
w
u
f y v
z v
∂f ∂f ∂x ∂f ∂y ∂f ∂z
= + + = −2r senθ cos ϕ + 3r cos θ coss ϕ + 1 × 0
∂θ ∂x ∂θ ∂y ∂θ ∂z ∂θ
∂f ∂f ∂x ∂f ∂y ∂f ∂z
= + + = −2r cosθ senϕ − 3r senθ senϕ + 1 r cos ϕ
∂ϕ ∂x ∂ϕ ∂y ∂ϕ ∂z ∂ϕ
Portanto,
208 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∂f
= cos ϕ ( 2cos θ + 3senθ ) + senϕ
∂r
∂f
= cos ϕ ( 3cos θ − 2senθ )
∂θ
∂f
= r senϕ ( −2 cos θ − 3senθ ) + r cos ϕ .
∂ϕ
x t
T y t
z t
DERIVADAS PARCIAIS
IS 209
OBS:
Observe que a temperatura T, vista apenas como umaa função
do tempo t, assim como as funções posição x(t), y(t) e z(t)
z são
funções de uma variável. Por isso a notação de derivadade
ordinária na fórmula acima, nestes quatro casos.
Por outro lado, quando estamos medindo a taxa de variação
va
da temperatura em relação à posição, temos três variá riáveis e,
consequentemente, justifica-se a notação de derivadas parciais
p
para a derivada da temperatura em relação à x, y e z.
dz
EXEMPLO 2 Calcule sendo z = x2 − xy + 3, y = t − 2 e
dt
t
x= .
2
Solução
∂z ∂z dx dy
= 2x − y , = −x , = 1/2 , =1
∂x ∂y dt dt
dz ∂ z dx ∂ z dy 1
= . + . = ( 2 x − y ) + ( − x )(1) =
⇒
dt ∂ x dt ∂ y dt 2
y −y 2 −t
= x− −x= = .
2 2 2
210 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
OBS:
O mesmo resultado pode ser obtido no exemplo anterio rior,
substituindo
x = t/2 e y = t − 2
2
na equação z = x − xy + 3 e derivando z diretamente em e
relação à t.
Todavia, em muitas funções, este procedimento gera uma
grande complexidade na expressão da função, tornando
inviável o cálculo de sua derivada. Nestes casos, a regra da
cadeia é a solução indicada.
1 1
T ´(3) = 4 +3 = 2.
4 3
Logo, após 3 segundos, a temperatura aumenta a uma taxa de 2
°C/seg, na direção do inseto.
OBS:
dy
Observe que enquanto a derivada ordinária pode ser associa
iada
dx
∂y
ao quociente de duas diferenciais, a derivada parcial não po
pode
∂x
ser tratada como o quociente entre ∂y e ∂ x , pois esses símbololos
não tem significado por si só. Por exemplo, se fôssemos “cancela
elar”
símbolos na fórmula da regra da cadeia
dT ∂T dx ∂T dy
= +
dt ∂x dt ∂y dt
iríamos obter
dT dT dT
= +
dt dt dt
DERIVADAS PARCIAIS
IS 213
dT
que só é verdade se = 0.
dt
∂V ∂V ∂S ∂P ∂P ∂S
= ⋅ e = ⋅
∂T P ∂S P ∂T P ∂T V ∂S V ∂T V
de onde segue que
∂V ∂P
∂S ∂T P ∂S ∂T V
= e = .
∂T P ∂V ∂T V ∂P
∂S P ∂S V
Portanto,
214 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∂V
∂T P
∂S ∂V ∂V ∂P
⋅
CP ∂T P ∂S P ∂T P ∂S V
= = =
CV ∂S ∂P ∂V ∂P
⋅
∂T V ∂T V ∂S P ∂T V
∂P
∂S V
Como
∂P 1 ∂P 1
= ∂S e = ∂T
∂S V ∂T V
∂P V ∂P V
segue que:
∂V ∂T
⋅
CP ∂T P ∂P V
= .
CV ∂V ∂S
⋅
∂S P ∂P V
∂V ∂T ∂P
⋅ ⋅ = −1
∂T P ∂P V ∂V T
∂V ∂T 1 ∂V
⇒ ⋅ = − ∂P = −
∂T P ∂P V ∂P T
∂V T
∂V ∂S ∂P
⋅ ⋅ = −1
∂S P ∂P V ∂V S
∂V ∂S 1 ∂V
⇒ ⋅ = − ∂P = −
∂S P ∂P V ∂P S
∂V S
Portanto,
DERIVADAS PARCIAIS
IS 215
∂V ∂T ∂V
⋅
CP ∂T P ∂P V ∂P T − β ⋅ V β
= = = = .
CV ∂V ∂S ∂V −∆ ⋅ V ∆
⋅
∂S P ∂P V ∂P S
EXERCÍCIOS 4.2
1. A pressão P, o volume V e a temperatura T de um gás confi
nfinado
estão relacionados pela lei dos gases ideais PV = kT, em que
qu k é
uma constante. Se P e V variam às taxas de dP/dt e dV/dt, d
respectivamente, ache uma fórmula para dT/dt, onde t é o temp
mpo.
2. Quando o tamanho das moléculas e suas forças de atração sã
são
levados em conta, a pressão P, o volume V e a temperatura T de
d
um mol de gás confinado estão relacionados pela equação de Van
V
Der Waals
a
P+ 2 (V − b) = kT
V
em que a,b e k são constantes positivas. Se t é o tempo, estab
abeleça
uma fórmula para dT/dt em termos de dP/dt, dV/dt, P e V.
3. O raio r e a altura h de um cilindro circular reto aumentam
m à taxa
de 0,01 cm/min e 0,02 cm/min, respectivamente.
a) Encontre a taxa de variação do volume quando r = 4 cm e h = 7
cm.
b) A que taxa a área da superfície curva está variando neste ins
instante?
4. Na idade de 2 anos, um menino típico de 86 cm de altura,, pesa
p 13
Kg e cresce à taxa de 9 cm/ano e engorda à taxa de 2 Kg/ano.
o. A área
da superfície do corpo humano é descrita em função do pes eso e da
altura pela fórmula de DuBois e DuBois, a qual é dada por
S = 0,007184 x0,425 y 0,725
216 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
dz
11. Use a regra da cadeia para calcular. Compare sua resposta
dt
com a encontrada, escrevendo z como função de t e derivando
diretamente em relação a t.
2x + y
a) z = , x = 1 − t2 , y = 1− t
x− y
b) z = ( x + 6 y )3 , x = 3t , y = 3t 3
2
12. Seja G (t ) = f ( et , sen t ) onde f(x,y) é diferenciável em ℝ 2 .
Interpretação Geométrica
No caso de uma função de uma variável independente y = f(x),
foi mostrado que a derivada, em cada ponto x = x0, está relacionada
com o coeficiente angular da reta tangente (que é única) ao gráfico
da função y = f(x), neste ponto.
De maneira análoga, uma função de duas variáveis do tipo
z = f ( x, y ) define no espaço uma superfície de tal modo que, em
cada ponto (x0, y0) do domínio, onde a função é diferenciável, existe
um único plano tangente a esta superfície, neste ponto. Portanto, a
diferenciabilidade de f no ponto (x0, y0) implica na existência de um
único plano tangente ao gráfico de f, passando por (x0, y0, f(x0, y0).
Considere uma função de duas variáveis independentes
z = f ( x, y ) , cuja representação no espaço é uma superfície
qualquer e considere um ponto P(x0, y0, z0) sobre ela.
∂ f
Analogamente, interpretamos a derivada parcial (x0,yy0).
∂ y x = x0
(Tente fazer esta interpretação geométrica).
−2 x −x
z x ( x, y ) = =
2 2
4 24 − x − 2 y 2 24 − x 2 − 2 y 2
DERIVADAS PARCIAIS
IS 221
−1 − 3
⇒ z x (2,2) = = .
12 6
Logo, a reta solicitada tem equação dada por:
− 3 − 3 4 3
z− 3= ( x − 2) ou z= x+ .
6 6 3
z = 4 − x2 − y 2 e z = − 4 − x2 − y 2 .
z + 1 = 2 ( y − 2) ou z = 2 y − 3.
EXERCÍCIOS 4.3
∂2f ∂ ∂ f
f xx ou = : derivada parcial de fx em relação a x
∂x 2
∂ x ∂ x
∂2f ∂ ∂ f
f xy ou = : derivada parcial de fx em relação a y
∂ y∂ x ∂ y ∂ x
∂ 2f ∂ ∂ f
f yy ou 2
= : derivada parcial de fy em relação a y
∂y ∂ y ∂ y
∂2f ∂ ∂ f
f yx ou = : derivada parcial de fy em relação a x
∂ x∂ y ∂ x ∂ y
OBS:
Observe que são utilizadas convenções diferentes para indicar a
ordem de derivação, nos dois tipos de notação.
A notação
∂2 f ∂ ∂ f
=
∂y∂x ∂y ∂x
∂f
A partir de obtemos:
∂x
∂2 f ∂2 f
2
= 6 xy + 2 y 4 e = 3x 2 + 8 xy 3 .
∂x ∂y ∂x
∂f
A partir de obtemos:
∂y
∂2 f ∂2 f
= 12 x 2 y 2 e = 3x 2 + 8 xy 3 .
∂ y2 ∂x ∂y
Portanto,
f xy = −2sen(2 x + y ) e f yx = −2sen(2 x + y ) .
DERIVADAS PARCIAIS 227
∂2 f ∂2 f
( x0 , y0 ) = ( x0 , y0 )
∂x ∂y ∂y ∂x
para todo ( x0 , y0 ) ∈ A .
OBS:
Assim como definimos derivadas parciais de segunda ordem,
podemos definir derivadas parciais de ordens mais altas. Por
exemplo:
∂3 f ∂ ∂ ∂f
3
= = fx x x
∂x ∂x ∂x ∂x
∂3 f ∂ ∂ ∂f
2
= = f y y x
∂ x ∂y ∂x ∂y ∂y
∂3 f ∂ ∂ ∂f
= = f y x y ,
∂y ∂ x ∂y ∂y ∂x ∂y
e assim, sucessivamente.
228 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS 4.4
∂2 f ∂2 f ∂2 f
5. A equação de Laplace tridimensional + + =0é
∂ x2 ∂ y2 ∂ z 2
satisfeita, dentre outras funções, pelas distribuições de temperatura
no estado estacionário no espaço, pelos potenciais gravitacionais e
pelos potenciais eletrostáticos. A equação de Laplace
∂2 f ∂2 f
bidimensional + = 0 descreve potenciais e distribuições
∂ x2 ∂ y2
DERIVADAS PARCIAIS 229
e) f ( x, y , z ) = 1 − x 2 − y 2 − z 2 ; fz z ; fyx
OBS:
Assim como no caso de funções de uma variável, existe
uma diferença fundamental entre os extremos relativos e
os extremos absolutos de uma função f(x,y).
O número f(a,b) é um máximo absoluto de f na região
D, se f(a,b) é o maior valor de f em D. De maneira
análoga, o número f(a,b) é um mínimo absoluto de f na
região D se f(a,b) é o menor valor de f em D.
∂f ∂ f
(a, b) = 0 e (a, b) = 0
∂x ∂y
OBS:
1. Este resultado é útil na determinação de máximos e
mínimos de funções, quando são conhecidas informações
adicionais sobre a função como, por exemplo, seu gráfico.
∂ f
=0
∂ x
∂ f
=0
∂ y
OBS:
O discriminante acima pode também ser visto comoo o
determinante da matriz composta pelas derivadas parciaiss de
segunda ordem da função f, conhecida como matriz Hessia iana
de f:
f xx ( x, y ) f xy ( x, y)
H ( x, y) = .
f xy ( x, y ) f yy ( x, y )
f xx ( a, b ) f xy ( a, b )
D ( a, b ) = det H ( a, b ) = =
f xy ( a, b ) f yy ( a, b )
2
= f xx ( a, b ) ⋅ f yy ( a, b ) − f xy ( a, b )
1
f x = 8 x − 2 x = 0
3 2
x(8x − 2) = 0 ⇒ x = 0 ou x=±
⇒ 2
f y = 2 y − 2 = 0 y = 1
Portanto, os pontos críticos de f são:
1 1
P1 (0,1); P2 ( − ,1); P3 ( ,1) .
2 2
238 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
f xx = 24 x 2 − 2 ; f xy = 0 ; f yy = 2 .
Assim,
24 x 2 − 2 0
D ( x, y ) = = 48 x 2 − 4 .
0 2
f x x ( x, y ) = 2 y 2
2
f yy ( x, y ) = 2 x
f xy ( x, y ) = 4 xy
2
⇒ D ( x, y ) = f x x ( x, y ) ⋅ f yy ( x, y ) − f xy ( x, y ) = −12 x 2 y 2
Portanto,
D ( 0, y ) = 0 e D ( x,0 ) = 0 , para quaisquer x, y reais
240 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
OBS:
1) O teste da segunda derivada e o uso do determinante da
matriz Hessiana para classificar possíveis pontos extremos
não se aplicam a funções de três ou mais variáveis. Nestes
casos, outros critérios são utilizados, porém não serão
abordados aqui e podem ser vistos nos livros indicados nas
referências.
2) Para utilizar a teoria dos extremos de uma função de duas
variáveis para resolver problemas de otimização, devemos
trabalhar com os extremos absolutos dessa função.
Determinar os extremos absolutos de uma função de duas
variáveis é muito mais difícil do que no caso de função de
uma variável. Contudo, para funções quadráticas, temos o
seguinte resultado:
Se uma função quadrática (polinômio de segundo grau em x e
y) possui um máximo (mínimo) relativo em um determinado
DERIVADAS PARCIAIS
IS 241
EXEMPLO 5 Considerando f ( x, y) = 2 x2 + 3 y 2 − 12 x − 6 y + 9 ,
determine o ponto no qual a função possui um máximo ou o um
mínimo absoluto.
Solução
Inicialmente determinamos os pontos críticos de f através dde suas
derivadas parciais de primeira ordem:
f x = 4 x − 12 = 0 x = 3
⇒
f y = 6 y − 6 = 0 y =1
Portanto, existe um único ponto crítico (3,1).
Para estudar a natureza destes pontos críticos (máximo, míniínimo ou
sela) precisamos determinar o Hessiano de f e, para isso, preci
ecisamos
das derivadas parciais de segunda ordem:
f xx = 4 ; f xy = 0 ; f yy = 6 .
Assim,
4 0
D(3,1) = = 24 .
0 6
e, portanto,
D(3,1) = 24 > 0; f xx (3,1) = 4 > 0 ⇒ no ponto (3,1) existe
iste um
mínimo relativo de f.
f ( 3,1) = −12 .
242 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∂C −C0 kπ 2 4C0 kx 2 2
( x, t ) = e − x / 4 kt + 2
e − x /4 kt
∂t 2 ( kπ t )
3
( 4kt ) kπ t
Simplifique e iguale a zero.
DERIVADAS PARCIAIS
IS 243
∂C C0 x 2 C0 kπ
( x, t ) = − e − x2 /4 kt = 0
∂t 2
4kt kπ t 2 ( kπ t )3
2
/4 kt
Resolvendo a equação e considerando o fato de que e− x ≠ 0,
2
x0
obtemos tm = como sendo o instante em que oco
corre a
2k
concentração máxima do poluente.
2C0
C ( x0 , tm ) = .
π e x0
f x = −10 x + 10 y − 20 = 0 x = 53
⇔
f y = 10 x − 14 y + 240 = 0 y = 55.
−10 10
D ( x, y ) = = 40 > 0 e f xx = −10 < 0.
10 −14
( )
T ( x, z ) = xz 4 − x 2 − z 2 = 4 xz − x 3 z − xz 3 .
Tx = 4 z − 3 x 2 z − z 3 = z (4 − 3 x 2 − z 2 ) = 0
3 2 2 2
Tz = 4 x − x − 3 xz = x (4 − x − 3 z ) = 0
z = 0 ou 4 − 3 x − z = 0
2 2
⇒ 2 2
x = 0 ou 4 − x − 3 z = 0,
−6 xz 4 − 3x 2 − 3z 2
D ( x, z ) = 2 2
= 36 x 2 z 2 − (4 − 3 x 2 − 3 z 2 ) 2 .
4 − 3x − 3 z −6 xz
Assim,
D(0,0) = −16 ⇒ (0,0) é ponto de sela.
D(0, −2) = D(0,2) = D(−2,0) = D(2,0) = − 64 ⇒ estes 4
pontos são de sela.
D(−1, −1) = D(−1,1) = D(1, −1) = D(1,1) = 32 > 0.
246 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
S ( x, y ) = ( x − 1) 2 + ( y − 5) 2 + x 2 + y 2 + ( x − 8) 2 + y 2
W a A W a B W a C
DERIVADAS PARCIAIS
IS 247
S x = 2( x − 1) + 2 x + 2( x − 8) = 6 x − 18 = 0 x = 3
⇔ 5
S y = 2( y − 5) + 2 y + 2 y = 6 y − 10 = 0 y = 3
6 0 2
D ( x, y ) = = 36 > 0, ∀ ( x, y ) ∈ e
0 6
2
S xx > 0, ∀ ( x, y ) ∈ .
EXERCÍCIOS 4.5
c) f ( x, y) = 25 − x 2 + y 2 d) f ( x, y ) = x 3 − y 3 + 6 xy
8 8
e) f ( x , y ) = + + xy f) f(x,y) = 6x − x2 − 8y − 2y2
x y
g) f(x,y) = x4 + y4 − (x + y)2
2. Para cada uma das funções dadas, determine o ponto no qual a
função possui um máximo ou mínimo absoluto.
a) f ( x, y ) = 3 + 6 x + 4 y − 3 x 2 − 4 y 2
b) f ( x, y ) = 5 − 2 x − 6 y − 3 x 2 − 10 xy − 9 y 2
∂ f
aproximadamente, ( a, b) . ∆y unidades. Assim, quando x e y
∂ y x
estiverem variando ao mesmo tempo, a variação em z será dada,
aproximadamente, pela soma desses termos, ou seja,
∂ f ∂ f
∆z = f (a + ∆x, b+∆y) f(a,b) ≈ ( a, b) . ∆x + ( a , b ) . ∆y
∂ x y ∂ y x
∂ f ∂ f
dz = (a, b) . dx + (a, b) . dy = fx (a,b) dx + fy (a,b) dy
∂ x y ∂ y x
∆A ∆A
∆A = ∆x + ∆y + ∆x ∆y .
∆x y ∆y x
∂ A ∂ A
dA = dx + dy + dx dy .
∂ x y ∂ y x
∂ A ∂ A
dA = dx + dy .
∂ x y ∂ y x
254 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∂U ∂U
dU = dS + dV
∂ S V ∂ V S
∂U ∂U
de onde segue que T = e −P= .
∂ S V ∂ V S
onde
∂Fel ∂F ∂F 2
= k1 ; el = k 2 e el = k3 ⋅ − 3 .
∂Q1 Q2 ,r ∂Q2 Q1 ,r ∂r Q1 ,Q2 r
EXEMPLO 3 Seja z = x2 y.
a) Calcule a diferencial total dz, quando variamos (x,y) de x = 1 e
y = 2 para x = 1,02 e y = 2,01.
b) Calcule ∆z, quando variamos (x,y) de x = 1 e y = 2 para x = 1,02 e
y = 2,01.
c) Verifique a relação existente entre dz e ∆z. Determine a diferença
dif
entre os valores de dz e de ∆z.
Solução
a)
f x = 2 xy
2
⇒ dz = 2 xy dx + x 2 dy
f y = x
⇒ dz = 2 ⋅1 ⋅ 2 ⋅ 0,02 + 1 ⋅ 0,01 = 0,08 + 0,01 = 0,09
0,
b)
2
∆z = f ( x + 0,02; y + 0,01) − f ( x, y ) = ( x + 0,02 ) ( y + 0,01) − x 2 y =
( )
= x 2 + 0,04 x + 0,0004 ( y + 0,01) − x 2 y =
2
= 0,01x + 0,04 xy + 0,0004 x + 0,0004 y + 0,000004 =
= 0,01 + 0,08 + 0,0004 + 0,0008 + 0,000004 = 0,091204
nRT
PV = nRT ⇒ P=
V
de onde concluímos que
∂P ∂ P ∂ P
dP = dV + dT + dn =
∂ V n ,T ∂ T n ,V ∂ n V ,T
− nRT nR RT
= 2
dV + dT + dn = 1,779 × 10−3 Nm -22
V V V
1 J = 1 Nm
∆P = P(n2 ,V2 ,T2 ) P(n1 ,V1 ,T1 ) = 1,797×10 3 N/m2 (Pascal)
al)
OBS:
Observe que no Exemplo 4, o cálculo de ∆P foi mais
simples que o de dP, o que na maioria das veze zes não
acontece. Na Físico-Química, frequentemente te nos
deparamos com o fato de não conhecermos uma fó fórmula
para uma função e sabermos apenas os valore res das
derivadas parciais e, neste caso, o cálculo de dP seria
necessário.
V
PV = C1 e = C2
T
onde C1 e C2 são constantes, obtenha a equação do gás ideal PV = kT
onde k = nR é uma constante.
Solução
∂V ∂V
V = V(P,T) dV = dP + dT
∂P T ∂T P
onde as derivadas parciais representam o comportamento dos gas ases
ideais de acordo com as leis de Boyle e de Gay-Lussac. Deste mod odo,
as derivadas parciais podem ser calculadas a partir das leis dadas:
V ∂V
Lei de Gay-Lussac : = C2 V = C2 T = C2
T ∂T P
1 ∂V C1
Lei de Boyle : PV = C1 V = C1 =− 2
P ∂P T P
Substituindo esses resultados na expressão da diferencial total, seg
egue
que:
∂V ∂V C1
dV = dP + dT = C2 ⋅ dT − 2 ⋅ dP
∂P T ∂T P P
Substituindo as constantes C1 e C2 pelos seus valores nas respectiv
tivas
leis empíricas, segue que:
C1 V PV dV dT dP
dV = C2 ⋅ dT − 2
⋅ dP = ⋅ dT − 2 ⋅ dP = −
P T P V T P
Integrando essa equação diferencial, obtemos:
dV dT dP
∫ V =∫ T −∫ P ln V = ln T − ln P + k1
kT
lnV = ln T − ln P + ln k = ln para k1 = lnk.
P
kT kT
∴ ln V = ln ⇒ V= ⇒ PV = kT .
P P
DERIVADAS PARCIAIS
IS 259
∂P ∂P ∂V ∂V
dP = dV + dT e dV = dP + dT
∂V T ∂T V ∂P T ∂T P
Substituindo dV na diferencial de P, obtemos:
∂P ∂V ∂V ∂P
dP = dP + dT + dT =
∂V T ∂P T ∂T P ∂T V
∂P ∂V ∂P ∂V ∂P
= ⋅ dP + ⋅ + dT
∂V T ∂P T ∂V T ∂T P ∂T V
Segue daí que:
∂P ∂V ∂P ∂V ∂P
1 − ⋅ dP = ⋅ + dT
d
∂V T ∂P T ∂V T ∂T P ∂T V
Para que a igualdade anterior seja verdadeira, os termos den
entro do
colchete, nos dois lados da igualdade, devem ser iguais a zero.
Portanto, temos que:
260 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∂P ∂V ∂P ∂V
1 − ⋅ =0 ⇒ ⋅ =1
∂V T ∂P T ∂V T ∂P T
∂P 1
⇒ = ∂V
∂V T
∂P T
e
∂P ∂V ∂P
⋅ + =0 ⇒
∂V T ∂T P ∂T V
∂P ∂V ∂P 1
⇒ ⋅ = − = − ∂T
∂V T ∂T P ∂T V
∂P V
Portanto,
∂P ∂V 1 ∂P ∂V ∂T
⋅ = − ∂T ⇒ ⋅ ⋅ = −1.
∂V T ∂T P ∂V T ∂T P ∂P V
∂P V
OBS:
1. Análogo ao caso de funções de uma variável, co
com
funções de duas ou mais variáveis também podem
mos
calcular a variação percentual ou relativa da função,
o, a
qual nos dá uma visão mais adequada da variação. Para
Pa
isso, basta fazermos
dz df
ou
z f
2. Todas as definições e resultados válidos para funçõess dde
duas variáveis são estendidos para funções de trêss ou
o
mais variáveis.
DERIVADAS PARCIAIS
IS 261
R4
h = π2 g
C2
onde g é uma constante gravitacional e C é uma Con
onstante
meteorológica chamada circulação da velocidade do vento.
o. Se os
erros percentuais máximos nas medidas de R e h são ≤2% e ≤5%,
respectivamente, estime o erro percentual máximo no cálculoo de
d C.
Solução
Inicialmente devemos escrever C como função de R e h,, já que
queremos analisar o erro percentual de C. Isolando C na eq
equação
dada, obtemos
R2
C = πg1/ 2 .
h1/ 2
Se os erros nas medidas de R e h são, respectivamente, dR e dh,
então o erro em C pode ser aproximado por
∂C ∂C 2R 1 R2
dC = dR + dh = πg1/ 2 1/ 2 dR − πg 1/ 2 .
∂R ∂h h 2 h3 / 2
Como estamos interessados em erros percentuais, dividimos am
ambos
os membros desta equação por C, obtendo
dC dR 1 dh
=2 − .
C R 2 h
262 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS 4.6
xy (ln x − ln y )
T= .
( x − y ) ln 2
dV
(a) Encontre a equação diferencial envolvendo os
V
1 ∂V
coeficientes de expansão térmica α = e o coeficiente de
V ∂T P
1 ∂V
compressibilidade isotérmica β = − a partir da expressão
V ∂P T
da diferencial total de V.
(b) Interprete o resultado obtido para o caso em que α = 0 e β = 0.
(c) Considerando que para a acetona, a 200C e 1 bar de pressão, os
valores de α e β são dados por
α = 1,487 ⋅10 −3 0
C −1 e β = 6,2 ⋅10 −5 bar −1 ,
∂P
calcule o valor da derivada .
∂T V
(d) Integre a equação obtida no item (a) supondo α e β constantes, e
pequenas variações de P e T. Calcular o valor do volume sabendo
que a pressão variou de 10 bar e a temperatura de 100C, e que o
volume inicial é de 1,287 cm3.
Propriedades de Diferenciais
Dada uma função definida implicitamente pela equação
F ( x, y , z ) = 0 , onde x, y e z são propriedades de um sistema,
algumas propriedades para as derivadas parciais podem ser
estabelecidas.
266 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
1. A derivada total
∂f ∂f
∆z = ≈ ( a, b) . ∆x + ∂y ( a, b ) . ∆y
∂x y x
∆z ∂z ∆x ∂z ∆y
≈ +
∆t ∂x y ∆t ∂y x ∆t
∂z ∂z
dz = dx + dy
∂x y ∂y x
DERIVADAS PARCIAIS 267
∂z ∂z ∆y
0 ≈ + .
∂x y ∂y x ∆x
∆y
e fazendo ∆x → 0, temos que a razão se aproxima da derivada
∆x
de y em relação a x, mantendo z constante
∂z ∂z ∂y
0 = + .
∂x y ∂y x ∂x z
∂z
∂y ∂x y
=−
∂x z ∂z
∂y x
∂z 1
e, como = , a equação pode ser escrita como
∂x y ∂x
∂z y
∂x ∂y ∂z
= −1 (Regra Cíclica)
∂y z ∂z x ∂x y
∂x ∂y ∂z
OBS: A expressão = −1 comprova o
∂y z ∂z x ∂x y
fato de que as derivadas parciais não podem ser
DERIVADAS PARCIAIS 269
3. Diferencial exata
∂ ∂z ∂ ∂z
=
∂x ∂y x y ∂y ∂x y x
270 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
OBS:
1. As operações matemáticas, resultantes da aplicação do
conceito de diferencial a cada tipo de função (de estado e de
linha), são diferentes. Como consequência desse fato, sua
representação simbólica (no contexto da Termodinâmica)
costuma ser diferente. Sendo assim, vamos adotar a seguinte
simbologia para o conceito de diferencial:
d diferencial exata δ diferencial inexata
∂ R R ∂ R
RT
é uma diferencial exata pois =− 2 = − 2 .
∂ PP P ∂T P
RT
O trabalho feito, δ W = P dV = −RdT +
dP , quan
ando um
P
gás está em expansão não é uma diferencial exata pois
∂ ∂ RT R
(− R) = 0 e =
∂P ∂T P P
e, portanto, a relação de reciprocidade de Euler nã
não está
satisfeita.
considerando U = f (V , T ) .
Portanto,
∂U ∂U ∂U ∂ U
δQ = dV + dT + PdV = dT + + P dV .
∂ V T ∂ T V ∂ T V ∂ V T
∂ ∂U ∂ ∂U
= + P
∂V ∂ T V T ∂T ∂ V T V
∂ ∂U ∂ ∂U ∂P
⇒ = +
∂V ∂ T V T ∂T ∂ V T V ∂T V
EXERCÍCIOS 4.7
Derivação Implícita
Seja z = f ( x, y ) diferenciável, definida implicitamente por
F ( x, y , z ) = 0 . Como z é função de duas variáveis independentes,
∂z ∂z
admitirá duas derivadas parciais, ou seja, e . Temos então:
∂x ∂y
274 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∂ ∂F dx ∂F dy ∂F ∂z
F ( x, y , z ) = + + =0
∂x ∂x y , z dx ∂y x , z dx ∂z x , y ∂x
∂ ∂F dx ∂F dy ∂F ∂z
F ( x, y , z ) = + + =0
∂y ∂x y , z dy ∂y x , z dy ∂z x , y ∂y
dx/dy = 0 pois x
não é função de y
∂F
∂F ∂F ∂z ∂z ∂x z , y
⇒ ∂x + ∂z ∂x = 0 ⇒ = − ∂F
∂x y
y,z x, y
∂z x , y
∂F
∂y
∂F ∂F ∂z ∂z x, z
∂y + ∂z ∂y = 0 ⇒ = − ∂F
x,z x, y ∂y x
∂z x , y
∂F 1 ∂F z
= − y 2 z3 ; = − 2xyz3
∂x y, z x + yz ∂y
x, z x + yz
∂F y
= − 3xy2 z 2
∂z x, y x + yz
Portanto,
∂F −1 + y 2 z 3 ( x + yz )
∂z ∂x = ( x + yz ) xy 2 z 3 + y 3 z 4 − 1
∂x = − =
y ∂F y − 3 xy 2 z 2 ( x + yz ) y − 3 x 2 y 2 z 2 − 3 xyy 3 z 3
∂z ( x + yz )
3
∂F − z + 2 xyz ( x + yz )
∂z ∂y ( x + yz ) 2 x 2 yz 3 + 2 xy 2 z 4 − z
= − = = .
∂y x ∂F y − 3xy 2 z 2 ( x + yz ) y − 3 x 2 y 2 z 2 − 3xy 3 z 3
∂z ( x + yz )
∂F
∂y 3 xy − y 3
⇒ = − ∂z = .
∂z ∂F −3 xz + 3 y 2 z − 1
∂y
EXERCÍCIOS 4.8
∂V
2. Calcule para a equação de Berthel
elot
∂T P
a
P+ 2 ( )
V − b = RT (equação, proposta em 1899, que procurourou
TV
melhorar os resultados previstos pela equação de van der Waa aals,
a
substituindo o parâmetro a por , com o objetivo de mostrar quee as
T
forças de interação entre partículas deve diminuir com o aumentoo da
temperatura).
EXERCÍCIOS EXTRAS
1. Ache a primeira e a Segunda derivadas de:
a) z = 2x2y + cos (x + y) b) z = sen (x+y) ex-y
2. Calcule as derivadas parciais em relação à x e a y das funções
dadas.
DERIVADAS PARCIAIS 277
1 x
a) f (x,y) = 5x4 y3 + 2x3 y 7x + 8 b) z = f
y y
x x2 + y
c) z = f cos d) z =
y x+ y
x y
g) z = 3 cos − ln h) g(x,y) = 7yx
y x
f x = 4 x3 y 2 − 7 y
y
f y = 2 x4 y − 7 x + 2
y +1
a) f ( x, y ) = 6 xy b) f ( x, y ) = 3 x 2 + 2 y − 3
c) f ( x, y ) = 3 x 2 e y d) f ( x, y ) = 3 x + 2e xy
x2 f) h ( x, y ) =
x
e) f ( x, y ) =
y 1+ ey
g) f ( x, y ) = ( 3 x − y + 4 )
2
h) f ( x, y ) = ( y − ln x ) e xy
278 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
3 xy
i) f ( x, y ) = y
ey j) f ( x, y ) = x 2sen
x
6. A função entropia S para 1 mol de um gás ideal monoatômico
pode ser expressa em termos do volume V e da temperatura T pela
equação
5V 3
e2
S = R ln 3 (2π m k T )
2
Lh
onde R, m, k, h são constantes e L é a constante de Avogrado.
∂S C
a) Sabendo que = v , onde CV é a capacidade de calor do
∂T v T
gás a volume constante, escreva uma expressão para CV.
b) Usando a equação de estado para um gás ideal, PV = RT, escreva
S em termos de T e P.
∂S C
c) Sabendo que = P , onde CP é a capacidade de calor do
∂T P T
gás a pressão constante, escreva uma expressão para CP.
CP
d) Calcule o valor de .
CV
∂V ∂V
7. Ache e para a equação de van der Waals
∂T P ,n ∂P T ,n
n2 a
P + (V − nb ) − nRT = 0 onde a e b são constantes.
V2
DERIVADAS PARCIAIS 279
∂H 5
12. Sabendo que = CP e que para um gás ideal, CP = R
∂T P 2
(onde R é uma constante), determine o formato das isóbaras (P
constante) de um gás ideal no plano H × T. Depois disso, verifique
280 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
T , se 0 ≤ v < 4
W (T ,V ) = 91,4 + (91,4 − T )(0,0203v − 0,304 v − 0,474) , se 4 ≤ v ≤ 45
1,6 T − 55 , se v > 45
∂W ∂W
a) Encontre e , e calcule estas derivadas parciais para o
∂T ∂v
caso em que T = 30°F e v = 20mph.
∂W ∂W
b) Resolva as equações =0 e = 0 . Existem números T e
∂T ∂v
v que satisfaçam ambas as equações simultaneamente?
15. Considere uma barra metálica aquecida desigualmente colocada
ao longo do eixo-x, com a extremidade esquerda na origem e x
medido em metros.
x (m)
0 1 2 3 4 5
Seja u (x) a temperatura em °C da barra no ponto x . A tabela abaixo
dá os valores de u (x) .
x (m) 0 1 2 3 4 5
Integrais Múltiplas
Integrais Múltiplas
Introdução
As integrais com as quais trabalhamos no Cálculo dde uma
variável diziam respeito, naturalmente, às funções de uma variável.
va
A ampliação do Cálculo Integral a funções de duas ou mais
variáveis, leva-nos ao estudo das Integrais Múltiplas, s, cujas
aplicações podem ser encontradas no cálculo de áreas e volu
olumes e
na definição de algumas grandezas físicas, tais como massa,
a, centro
de massa, momento de inércia, etc.
Integrais Duplas
Quando trabalhamos com as derivadas parciais de funç nções de
duas variáveis, considerávamos uma das variáveis comoo sendo
constante e derivávamos a função em relação à outra variável.
va
Podemos, de modo análogo, “integrar parcialmente” uma eq equação
algébrica envolvendo duas ou mais variáveis, integrando a exp
xpressão
em relação a uma das variáveis, mantendo a outra como consta
stante.
A novidade no caso da “integração parcial” é que a cons
nstante
de integração será função da variável que consideramos comoo
constante. Vamos ilustrar tal fato com alguns exemplos.
2
∫ (2 x + y + 3)dx = x + xy + 3 x + C ( y ) onde C(y) é uma funçã
ção de y.
2 y2 x2 y 2 y3
∫(x y + 3
)dy =
2
+
9
+ K ( x ) onde K(x) é uma função de x..
∫ f ( x, y )dx = g ( x, y )
(1) ∫ g ( x, y )dy = ∫∫ f ( x, y ) dx dy
Analogamente, o resultado da “integração parcial” de uma um
função f(x,y) em relação à variável y, continua sendo uma funçãoo de
duas variáveis e, consequentemente, podemos integrá-la agora eem
relação a variável x, ou seja,
∫ f ( x, y )dy = h( x, y )
(2) ∫ h( x, y )dx = ∫∫ f ( x, y ) dy dx
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
S 287
x y2 y = x x2 02 5 x3
∫0 5 xy dy = 5x
2 y=0
= 5x − 5x ( ) =
2 2 2
y é a variável de O resulta
ltado da
integração e x é Substituir y pelos integração
ão é uma
constante limites de funçãoo de x
integração
y2 xy
EXEMPLO 2 Calcule ∫ln y ye dx .
Solução
Mantendo y como constante, f(x,y) = y exy torna-se função ape
penas de
x. Fazendo a substituição u = xy, obtemos du = y dx e, consid
iderando
inicialmente o cálculo da integral indefinida, teremos
xy
∫ ye dx = ∫ eu du = eu + C ( y ) = e xy + C ( y ) .
∫ln y (
ye xy dx = e xy + C ( y) ) = e y + C ( y ) − e y ln y − C ( y ) =
x =ln y
y3 y ln y
= e −e .
288 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
OBS:
1. Como no Cálculo de funções de uma variável, a “constan
tante
de integração”, C(y), cancela-se durante o cálculo de um
uma
integral definida. Por isso, não é necessário acrescentá--la,
quando tratar-se de integrais definidas.
2. Poderíamos ter calculado a integral definida com a
mudança de variável, lembrando de fazer a mudança també bém
nos limites de integração. Neste modo, o cálculo ficariaa da
seguinte forma:
y3
y2 xy u = y3 3
∫ln y ye dx = ∫ eu du = eu
u = y ln y
= e y − e y ln y .
y ln y
u = xy fl { x = lny ⇒ u = y lny; x = y2 ⇒ u = y3
Analogamente, se f é uma função de duas variáveis tal
que, para cada valor fixo de x, f(x,y) é uma função integrável
el
de y, então podemos formar a integral definida parcial
h( x )
∫g ( x ) f ( x, y )dy .
x2 +1 2
EXEMPLO 3 Calcule ∫x x ydy .
Solução
y = x 2 +1
x2 +1 2 y2 1 2 2 2 1
∫ x ydy = x2 = x x + 1 − x 2 = x 2 x 4 + x 2 + 1 .
( ) ( )
x 2 y=x
2 2
2 2
EXEMPLO 4 Calcule ∫0 x y 3 dy .
Solução
2
2 2 3 2 2 y4
∫0 x y dy = x ∫0 y dy = x 2 = 4 x 2 .
3
4 0
OBS:
x =b ( y )
1. A quantidade ∫x=a( y ) f ( x, y )dx depende somente de y e,
consequentemente, podemos definir uma função G(y) po
por :
b( y)
G ( y) = ∫ f ( x, y ) dy
a( y )
y = h( x )
2. A quantidade ∫y = g ( x ) f ( x, y )dy depende somente dee x e,
consequentemente, podemos definir uma função F(x) po
por:
h( x )
F ( x) = ∫ f ( x, y ) dy .
g( x)
x =d x = d h( x )
∫x=c F ( x ) dx = ∫ f ( x, y ) dy dx
x =c ∫g ( x )
y=d y = d b( y )
∫ y =c G( y ) dy = ∫ f ( x, y )dx dy
y =c ∫a ( y )
2 2
EXEMPLO 5 Calcule a integral dupla ∫−1 ∫0 x2 y4 dy dx .
Solução
Escreva a integral dada e integre em relação à y
2 2 2 2 y5 y =2
∫−1 ∫0 x2 y4 dy dx = ∫−1 x dx
5 y =0
2 2 y5 y =2 32 2
∫−1 x dx = ∫ x 2 dx
5 y =0 5 −1
Integre em relação à x.
2 2 y5 y =2 32 2 2 32 x3 x = 2
∫−1 x
5 y =0
dx =
5 ∫−1
x dx =
5 3 x =−1
2 2 y 5 y =2 32 x3 x = 2 32 8 −1 96
∫−1 x dx =
5 y =0
5 3 x =−1
= − = .
5 3 3 5
4 3 x /2
EXEMPLO 6 Calcule a integral dupla ∫0 ∫0 16 − x 2 dy dx .
Solução
Escreva a integral dada e integre em relação à y.
3x
4 3 x /2 4 y=
2 y 16 − x 2 2
∫0 ∫0 16 − x dy dx = ∫
0
dx
y =0
4 3 x /2 3 4
∫0 ∫0 16 − x 2 dy dx = x 16 − x 2 dx.
2 ∫0
Para integrar em relação à x, fazemos a substituição u = 16 x2 ,
obtendo du = 2x dx e, portanto, a integral indefinida torna-se
se:
3 3 du −3
∫ x 162 − x 2 dx = ∫ − u
4 ∫
= u du =
2 2 2
3 3
−3 (u ) 2 −(16 − x 2 ) 2
= =
4 3 2
2
Logo,
3 4
2 2
4 3 x /2 −(16 − x )
∫0 ∫0 x 16 − x 2 dy dx = = 32 .
2
0
EXERCÍCIOS 5.1
Calcule as integrais duplas.
3 2 b a
1. ∫2 ∫−1( 2 x + 3 y + 6 ) dxdy 2. ∫0 ∫0 ( x + y ) dxdy
dxd
y
π /2 π /2 1 x2
3. ∫0 ∫0 ( a cos 2θ + bsen2θ ) dθ dy 4. ∫0 ∫0 x
e dydxx
π a cosθ
5. ∫0 ∫0 ρ senθ d ρ dθ
292 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
y = f(x)
b
Área = ∫a f ( x ) dx
x
a b
y
a b
x
b
Área = ∫a f ( x ) dx
∫∫ f ( x, y ) dA
D
294 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Interpretação geométrica:
Se f ( x, y ) ≥ 0 em D, então ∫∫ f ( x, y ) dA fornece o volume do sólido
D
delimitado superiormente pelo gráfico de f, inferiormente pela
região D e lateralmente pelo cilindro vertical cuja base é o contorno
de D.
2
Propriedades: Sejam f , g: D ⊂ → funções
integráveis em D e seja c uma constante. Valem as seguintes
propriedades:
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
S 295
1) ∫∫ c f ( x, y ) dx dy = c ∫∫ f ( x, y ) dx dy
D D
2) ∫∫ [ f ( x, y ) + g ( x, y )] dx dy = ∫∫ f ( x, y ) dx dy + ∫∫ g ( x, y ) dx dy
D D D
∫∫ f ( x, y ) dx dy = ∫∫ f ( x, y ) dx dy + ∫∫ f ( x, y ) dx dy
D D1 D2
D= {( x, y ) ∈ 2
:a≤ x≤b e c≤ y≤d . }
Neste caso,
db d b
∫∫ f ( x, y ) dA = ∫∫ f ( x, y ) dx dy = ∫ ∫ f ( x , y ) dx dy = ∫ ∫ f ( x , y ) dx
d dy
D D ca ca
Integre em relação à y.
2 y =4
2 4 2 y
∫∫ ( y − x)dydx =∫ 1 ∫3 ( y − x) dy dx = ∫ − xy dx
1
2 y =3
D
Integre em relação à x.
x=2
27 7 x2
∫∫ ( y − x)dydx =∫1 − x
2 dx =
2
x −
2 x=1
D
D= {( x, y ) ∈ 2
:a ≤ x ≤b e }
y1 ( x ) ≤ y ≤ y2 ( x ) ,
b y2 ( x )
∫∫ f ( x, y ) dydx = ∫a ∫y ( x) f ( x, y ) dydx.
1
D
pelos gráficos de y1 = x2 e y2 = x + 2.
Solução
Faça o gráfico para visualizar a região de integração.
x 2 = x + 2 ⇒ x = −1 e x = 2
Escreva a integral dada e coloque os limites de integração.
2 x+2
∫∫ xydydx = ∫−1 ∫x 2 xydydx
D
Integre em relação à y.
y = x+2
2 x+2 y2 2
∫∫ xydydx = ∫−1 ∫x 2
xydydx = ∫ x
−1
2 y=x2
dx
D
2 x+ 2
∫∫ xydydx = ∫−1 ∫x 2
xydydx =
D
y = x+ 2
y2
2 1 2
= ∫ x (
dx = ∫ x3 + 4 x 2 + 4 x − x5 dx )
2 y = x2 2 −1
−1
Integre em relação à x.
2 x +2
∫∫ xydydx = ∫−1 ∫x 2
xydydx =
D
x =2
1 2 1 x4 x3 x 2 x6
( 2 4 3 2
)
= ∫ x3 + 4 x 2 + 4 x − x5 dx = + 4 + 4 −
2 −1 6 x=−1
Integre em relação à y.
4 2 x 4 y =2 x
∫∫ 2 xydydx = ∫1 ∫0 2 xydydx = ∫ xy 2 dx
1 y =0
D
Integre em relação à x.
x=4
3
4 x dx = 4 x
4 2
∫∫ 2 xydydx = ∫1
3 x=1
D
x=4
3
4 x 2 dx = 4 x = 256 − 4 = 84.
4
∫∫ 2 xydydx = ∫1
3 x=1 3 3
D
D= {( x, y ) ∈ 2
}
: x1 ( y ) ≤ x ≤ x2 ( y ) e c ≤ y ≤ d ,
d x2 ( y )
∫∫ f ( x, y ) dydx = ∫c ∫x ( y ) f ( x, y ) dxdy.
1
D
y 2 = 2 + y ⇒ y = 2 e y = −1 .
Integre em relação à x.
2 2+ y 2 x = 2+ y
∫∫ (1 + 2 x ) dxdy = ∫−1 ∫y (1 + 2 x ) dxdy = ∫−1 x + x x= y
2
2 2
dy
d
D
Integre em relação à y.
x=2
2 5 y 2 y5
∫∫ (1 + 2 x ) dxdy =
∫−1 6 + 5 y − y dy4
= 6 y + −
2 5 x=−
D = 1
OBS:
1. Se f é contínua em D, a ordem da integração é irrelevantante,
ou seja, tanto faz integrar primeiro em relação à x e depoiss eem
relação à y, ou vice-versa, que o resultado será o mesmo. o. É
importante observar, no entanto, que os limites do primei eiro
símbolo de integração (o mais externo) devem sempre serr os
valores constantes. A escolha da ordem depende do grauu dde
dificuldade em integrar em relação a cada uma das variáveis is.
2. Para sabermos a ordem de integração mais conveniente, te, é
essencial esboçar o gráfico da região de integração antess de
tentar calcular uma integral dupla.
3. Às vezes, a escolha da ordem de integração é determinad
nada
pela natureza do integrando f(x,y). Pode ser muito difícil (ou
(o
mesmo impossível) calcular uma integral dupla num uma
determinada ordem, mas pode ser extremamente fácil fazê--lo
se a ordem da integração for invertida.
1 2 2
EXEMPLO 4 Calcule ∫0 ∫2 y 4e x dx dy.
Solução
Observe que a integração é impossível nessa ordem. Portant nto,
vamos tentar invertê-la. Para inverter a ordem de integraçã ção,
precisamos primeiramente esboçar o gráfico da região de integraçã
ção.
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
S 303
∫0 ∫2 y 4e x dxdy = ∫ 2 4e x dydx
∫ =
0 0
x x2
2 y= 2 xe
= 4∫ e x y 2 dx = 4 ∫
2
dx = e 4 − 1.
0 y =0 0 8
4 2
5
EXEMPLO 5 Calcule ∫ ∫ y cos x dx dy
0 y
Solução
9 3
3
EXEMPLO 6 Calcule ∫ ∫ sen( x ) dx dy .
0 y
Solução
9 x3 3 x2 3 y = x2
∫0 ∫
3
sen x dxdy = ∫ ∫ sen x dxdy = ∫ y sen x
3 3
dx =
y 0 0 0 y =0
3 1 27 1 u = 27
= ∫ x 2 sen x3 dx = ∫ sen u du = − [ cos u ]u =0 =
0 3 0 3
1
=− ( cos 27 − 1) .
3
OBS:
Podemos determinar a área de regiões planas utilizand ando
integrais duplas, considerando para isso, f (x,y) = 1, ou seja,
sej
AD = ∫∫ dA . (Por quê?)
D
Solução
x2
4 8− 4 x2 x
A=∫ ∫2 dydx = ∫ 8 − − 2 + dx =
−3 2 − x −3 2 2
2
x =4
x3 x 2
= 6 x − + = 28,6 unidades de área.
a.
6 4 x =−3
EXERCÍCIOS 5.2
∫∫ dA onde D é a região do 1
o
1. Calcule quadrante limitada pela
D
curva y2 = x3 e a reta y = x.
∫∫ x dA onde D é a região no 1
2 o
2. Calcule quadrante limitada por
D
xy = 16 e as retas y = x, y = 0 e x = 8.
3. Inverta a ordem de integração.
1 x 1 y
a) ∫∫
0 0
f ( x , y ) dy dx b) ∫∫
0 - y
f ( x, y ) dx dy
a) ∫∫
0 y2
y cos x 2 dx dy b) ∫ ∫ y dy dx
1 0
8 2 2 2
y
∫∫ ∫∫ y
4
c) dx dy d) cos( xy 2 )dy dx
7
0 3 y 16 + x 0 x
y = 3− 3 x
1 3− 3 x 1 y2
V =∫ ∫ ( 3 − 3x − y ) dydx = ∫0 3 y − 3xy − dx =
0 0
2 y =0
x =1
1 1 1 x3
2 0
( 2
)
= ∫ 9 − 18 x + 9 x 2 dx = 9 x − 9 x 2 + 9
3 x=0
3 3
= ( unidades ) .
2
OBS:
Note que a ordem de integração dy dx, no exemplo lo 1, foi
escolhida ao acaso. Nesse caso, poderíamos ter utiliz
ilizado a
ordem de integração dx dy, com y como variável extern
rna, sem
nenhum problema.
∫0 ∫ 2y e − x dxdy ou ∫0 ∫0 e − x dydx
0
u = − x2
0
du
du = −2 xdx ⇒ xdx
dx = −
2
x =2
1 2 1 3
= 2 − e− x = −e−4 − −e0 = 1 − 4 ( unidades ) .
( )
2 x =0 e
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
S 313
EXERCÍCIOS 5.3
1. Determine o volume do sólido limitado pelas equações:
a) z = x + y, x 2 + y 2 = 4 (primeiro octante)
b) z = 3 − x 2 , z = 0, x = 0, y = 0, y = 4.
P = ∫∫ σ ( x, y ) dxdy
D
M y = ∫∫ xσ ( x, y ) dxdy
D
M x = ∫∫ yσ ( x, y ) dxdy
D
b) Os momentos Mx e My ;
c) O centro de gravidade.
Solução
3
8 x
a) P = ∫∫ σ ( x, y ) dxdy = ∫
0 ∫0
kxdydx ≈ 54,86k u.m
D
3
8 x
b) M x = ∫∫ yσ ( x, y ) dxdy = ∫
0 ∫0
kxy dydx ≈ 48k
D
3
8 x
M y = ∫∫ xσ ( x, y ) dxdy = ∫ ∫ kx 2 dydx ≈ 307,2k
0 0
D
EXERCÍCIOS 5.4
1. Calcule o Peso e o centro de gravidade de uma chapa planaa que
ocupa a região D num plano-xy e tem peso específico σ ( x, y) em
(x,y):
a) A região D é a quarta parte do círculo x2 + y2 ≤ 1, x ≥ 0, y ≥ 0;
σ ( x, y) = xy.
316 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Momento de Inércia
O momento de inércia de um corpo em relação a um eixo xo é
sua capacidade de resistir à aceleração angular em torno desse eixixo.
O momento de inércia de um corpo em relação a um eixo é dado por p
2
I = mr , onde m é o peso do corpo e r sua distância em relaçãoo ao
eixo. Assim, os momentos de inércia de uma chapa plana de pe peso
específico σ ( x, y ) , ocupando a região D no plano-xy são definid
idos
por:
1 1 4 2 1 4 y =2
VM =
8 ∫∫ f ( x, y ) dA = 8 ∫0 ∫0 xdy dx = 8 ∫0 [ xy ] y =0 dx =
D
1 4 1 x =4 16
= ∫ 2 xdx = x 2 = = 2 unidades.
8 0 8 x =0 8
EXERCÍCIOS 5.5
1. Calcule o momento de inércia Ix de uma lâmina ocupando a
região D : 0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ 1 − x2 , sabendo que o peso
3 2
específico no ponto (x,y) é σ ( x, y ) = 3 y g/cm .
Integrais Triplas
A definição e conceito de integrais triplas são análogos aos de
integrais duplas. As propriedades de integrais duplas também
continuam válidas neste caso. A única diferença é que agora,
considerando que a região de integração está contida em ℝ 3, o
símbolo de integração dx dy dz representa o volume de um pequeno
cubo de arestas dx, dy e dz, respectivamente.
Logo,
2 3
EXEMPLO 1 Calcule ∫∫∫12 xy z dV se D é dada por
D
−1 ≤ x ≤ 2, 0 ≤ y ≤ 3, 0 ≤ z ≤ 2 .
Solução
Como o grau de dificuldade para integrar a função é o mesm smo para
todas as variáveis, escolhemos, arbitrariamente, integrá-la naa ordem
dz dy dz, obtendo:
320 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
z =2
2 3 2 3 2 2 3 z4 2 3 2
∫∫∫ 12 xy z dV = ∫−1 ∫0 ∫0 12 xy z dz dy dx = ∫−1 ∫0
12 xy dydx
4 z =0
dx =
D
y =3
2 3 2 y3 2 2
= ∫ ∫ 3 xy ⋅16 dydx = 48∫ x dx = 16∫ 27 x dx =
3 y =0
−1 0 −1 −1
x=2
x2
= 432 = 216 ( 4 − 1) = 648.
2 x =−1
∫∫∫ ( xy )
2
EXEMPLO 2 Calcule + yz 3 dV se
D
D= {( x, y, z ) ∈ ℝ 3
: − 1 ≤ x ≤ 1, 3 ≤ y ≤ 4, 0 ≤ z ≤ 2 . }
Solução
ntão
Novamente o grau de dificuldade é mesmo para cada variável, ent
agora escolhemos dx dz dy, obtendo:
4 2 1
∫∫∫ ( xy ) ∫ ∫ ( xy + yz ) dx dz dy =
2
+ yz 3 dV = ∫ 2 3
3 0 −1
D
x =1
4 2 x 3
2
2
=∫ ∫ y + xyz dz dy =
2
3 0
x =−1
4 2y2 3 y2
=∫ ∫ + yz − + yz 3 dz dy =
2 2
3 0
4 2 2 4 z =2
= 2 ∫ ∫ yz 3 dz dy = ∫ yz 4 dy =
3 0 4 3 z =0
y =4
1 4 y2
2 ∫3
= 16 y dy = 8 = 4 (16 − 9 ) = 28.
2 y =3
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
S 321
c b a c b x =a
V = ∫∫∫ dV = ∫
0 ∫0 ∫0
dx dy dz = ∫ ∫ [ x ]x =0 dy dz =
0 0
D
c b c y =b c z =c
=∫
0 ∫0
a dy dz = a ∫ [ y ] y = 0 dz = a ∫ b dz = ab [ z ]z = 0 = abc
ab .
0 0
Portanto, V = abc.
OBS:
As integrais triplas podem também ser definidas em uma
região limitada genérica S do espaço tridimensiona nal (um
sólido) pelo mesmo método usado para integrais dupl plas. Os
cálculos são análogos, porém como já foi dito, a dific
ficuldade
neste caso está em elaborar o desenho do sólido, uma vez
ve que,
na maioria das vezes, isso é necessário para visualializar os
limites de integração. Assim, restringiremos nossos est
studos a
322 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
u2 ( x , y )
∫∫∫ f ( x, y, z ) dV = ∫∫ ∫u ( x, y ) f ( x, y, z ) dz dA.
1
S D
OBS:
Lembre-se que os limites de integração da integral de dentro
contêm no máximo duas variáveis; os limites de integração da
324 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Observe que:
θ é medido no sentido anti-horário se θ > 0
θ é medido no sentido horário se θ < 0
OBS:
1. As coordenadas polares de um ponto não são únicas (Por
quê?).
2. A coordenada radial r de um ponto P(r,θ) é não-negativa,
pois representa a distância de P ao pólo. Contudo, existem
situações em que r aparece negativo e, nesse caso,
subentende-se que o sinal negativo de r significa que, ao invés
de sairmos da origem no sentido indicado pelo lado terminal
de θ, dirigimo-nos a partir da origem no sentido oposto a ele,
ou seja, o ponto P estará sobre a extensão do lado terminal do
ângulo θ. Assim, o ponto ( r, θ) coincide com o ponto
(r, θ + p).
326 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Solução
Uma vez conhecidos x e y, determinamos r através da relaçãoo
r 2 = x 2 + y 2 . Assim, temos que:
2
( −1)2 + ( 3 ) = r2 ⇒ r2 = 4
⇒ r = ±2 ( vamos considerar r = 2 )
3 π 2π
3 = 2 sen θ ⇒ sen θ = ⇒ θ = 60 = ou θ = 1200 = .
2 3 3
2π
De onde concluímos que θ = .
3
4π
2ª possibilidade: Observamos que y = 3 > 0 e, se θ = 240 = ,
3
então o ponto está no terceiro quadrante, ou seja, y < 0.
2π
Logo, só poderemos ter θ = .
3
2π
∴ ( r ,θ ) = 2, .
3
328 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
π
EXEMPLO 2 Converta o ponto P 2, de coordenadas
4
polares para cartesianas.
Solução
π π π
Como r = 2 e θ = , segue que x = 2 cos e y = 2 sen ,
4 4 4
ou seja,
2 2
x= 2 =1 e y = 2 = 1.
2 2
Portanto, em coordenadas cartesianas, o ponto P é representado po
por
P(1,1).
EXERCÍCIOS 5.6
1. Represente graficamente os pontos cujas coordenadas cartesiana
nas
são dadas. Determine dois pares de coordenadas polares para cadaa
um destes pontos:
( 2,2) ; (4,0) ; (0,4) ; (3,3) ; ( 1, 1) ; ( 1,0) ; (1,2)
,2) ;
(0, 2) ; (5, 4).
2. Represente graficamente os pontos cujas coordenadas polares são
sã
dadas. Então encontre as coordenadas cartesianas do ponto:
então,
θ1 r1
∫∫ f ( x, y ) dA = ∫θ ∫r f ( r cosθ , r senθ ) r dr dθ .
0 0
R
x2 + y 2
EXEMPLO 1 Usando coordenadas polares calcule ∫∫ e dA
d
R
onde R é a região do primeiro quadrante interior ao círcu
culo
x 2 + y 2 = 4 e exterior ao círculo x 2 + y 2 = 1.
Solução
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
S 331
3 9− x2
EXEMPLO 2 Calcule ∫−3 ∫0 ( 2 x + y ) dydx usando
coordenadas polares.
Solução
3 9− x2 π 3
∫−3 ∫0 ( 2 x + y ) dydx = ∫0 ∫0 r 2 ( 2cosθ + senθ ) drdθ = 18.
EXERCÍCIOS 5.7
1. Mostre, usando coordenadas polares, que a área de um círculoo de
d
2
centro na origem e raio r é dada por A = π r .
círculos x 2 + y 2 = 4 e x 2 + y 2 = 25.
c) ∫∫ x 2 + y 2 dA , onde R = {( x, y ) ∈ ℝ 2 :1 ≤ x 2 + y 2 ≤ 9, y ≥ 0} .
R
− x2 − y 2
d) ∫∫ e dA , onde R é a região limitada pelo semi-círcu
culo
R
x = 4 − y 2 e o eixo-y.
INTEGRAIS MÚLTIPLAS 333
Coordenadas Cilíndricas e
Esféricas
Nesta seção iremos estudar dois novos tipos de sistemas de
coordenadas no espaço tridimensional que são bastante úteis no
estudo de superfícies com simetria e que têm aplicações no estudo
do movimento rotacional em torno de um eixo.
No estudo de coordenadas retangulares vimos que são
necessárias três coordenadas para estabelecer a localização de um
ponto no espaço tridimensional. Nas ilustrações abaixo podemos ver
as coordenadas retangulares (x,y,z) de um ponto P, as coordenadas
cilíndricas (r,θ,z) de P e as coordenadas esféricas (ρ,θ,φ) de P.
334 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Coordenadas cilíndricas
As coordenadas cilíndricas são úteis em problemas que qu
envolvem simetria em torno de um eixo. Por exemplo, o cilind
ndro
circular com equação x 2 + y 2 = c 2 tem como eixo de simetria o eixo
eix
z (esta é a razão para o nome coordenadas “cilíndricas”).
No sistema de coordenadas cilíndricas, um ponto P no espa paço
tridimensional é representado pela tripla ordenada (r,θ,z), onde r e θ
são as coordenadas polares da projeção de P sobre o plano-xy e z é a
distância direta do plano-xy ao ponto P (ver figura).
EXEMPLO 1
INTEGRAIS MÚLTIPLAS 335
( x, y , z ) = ( 2 )
3, 2,3 .
7π
3 2, 4 , −7 .
336 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
−π
Outro conjunto de coordenadas é 3 2, , −7 .
4
Da mesma maneira que para coordenadas polares, existe stem
infinitas escolhas possíveis para coordenadas cilíndricas.
Coordenadas esféricas
O sistema de coordenadas esféricas é especialmente útil em
e
problemas onde existe simetria em relação a um ponto. Por P
exemplo, uma esfera com centro na origem e raio c (esta é a raz
azão
para o nome coordenadas “esféricas”).
No sistema de coordenadas esféricas, um ponto P no espa paço
tridimensional (ver figura abaixo) é representado pela trip ripla
ordenada (ρ, θ, φ), onde ρ = |OP| é a distância da origem a P, θ é o
mesmo ângulo que em coordenadas cilíndricas e φ é o ângulo entretre o
eixo positivo z e o segmento de reta OP. Note que
ρ ¥ 0 e 0 ≤ φ ≤ p.
Para fazermos a conversão das coordenadas esféricas pa
para
retangulares, e vice-versa, usamos as seguintes fórmulas:
x = ρ senφ cos
os θ
r = ρ senφ ⇒ y = ρ senφ sen
enθ
z = ρ cosφ
ρ 2 = x2 + y2 + z2
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
S 337
EXEMPLO 2
(a) Determine as coordenadas retangulares do ponto com
coordenadas esféricas ( ρ ,θ ,φ ) = (1, π ,0 ) .
(b) Determine as coordenadas esféricas do ponto com coorden
enadas
(
retangulares 1, 3, −2 . )
(a) A partir das fórmulas de conversão das coordenadas esféric
ricas
para coordenadas retangulares, com ρ = 1, θ = π e φ = 0, obtemos:
ob
x = 1sen0 cos π = 0
y = 1sen0 senπ = 0
z = 1cos0 = 1
Assim, as coordenadas retangulares do ponto são (x,y,z) = (0,0
,0,1).
(b) Pelas fórmulas de conversão de retangulares para esféricas
as
temos:
ρ = x2 + y 2 + z 2 = 1 + 3 + 4 = 2 2
y π
tgθ = = 3 ⇒ θ= ( pois y > 0 e, portanto, 0 < θ < π )
x 6
z −2 2 5π
cos φ = = =− ⇒ φ=
ρ 2 2 2 4
OBS:
Podemos fazer também a conversão entre coord rdenadas
cilíndricas e esféricas, no espaço tridimensional e, par
ara isso,
utilizamos as seguintes fórmulas de conversão:
338 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
r = ρ senφ
θ =θ
z = ρ cos φ
r
tgφ =
z
EXEMPLO 3
das
(a) Determine as coordenadas cilíndricas do ponto com coordenada
esféricas (4,π/4, π/3).
as
(b) Determine as coordenadas esféricas do ponto com coordenadas
cilíndricas (4, π/3, 4).
Solução
(a) A partir das fórmulas de conversão acima e considerando qque
π π
ρ = 4, θ = e φ= , temos que:
4 3
π 3
r = 4sen = 4⋅ =2 3
3 2
π
θ=
4
π 1
z = 4cos = 4⋅ =2
3 2
Assim, as coordenadas cilíndricas solicitadas são:
( r ,θ , z ) = 2
π
3, , 2 .
4
INTEGRAIS MÚLTIPLAS
S 339
2
senφ 2
⇒ ρ= = 2 = .
r 4 8
Portanto, uma possibilidade de coordenadas esféricas para
pa as
coordenadas cilíndricas dadas é:
2 π π
( ρ ,θ ,φ ) = , , .
8 3 4
∫∫∫ f ( x, y, z ) dV = ∫α ∫
S
h1 (θ ) ∫ ( u1 r cos θ , r senθ )
f ( r cos θ , r senθ , z ) rdzdr
drdθ .
F ( x, y , z ) = k x 2 + y 2 = kr ,
2π 1 2π 1
= ∫ ∫
0 0 ( )
kr 2 4 − 1 − r 2 drdθ = k ∫ ∫ ( 3r
0 0
2
)
+ r 4 drdθ =
r =1
2π 3 r5 6 2π 12kπ
=k ∫ 0
r + dθ = k [θ ]0 =
5 r =0 5 5
unidades de mas
assa.
342 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
2 4− x2 2
EXEMPLO 2 Calcule ∫− ∫−
2 4− x 2 ∫ x2 + y2
(x 2
)
+ y 2 dz dy dx.
Solução
Essa integral iterada é uma integral tripla sobre a região sólida
S= {( x, y, z ) : − 2 ≤ x ≤ 2, − 4 − x2 ≤ y ≤ 4 − x2 ; x2 + y2 ≤ z ≤ 2 }
2π 2 z=2 2π 2
= ∫ ∫0 0
r 3 [ z ]z = r dr dθ = ∫ ∫ 0 0
r 3 ( 2 − r ) dr dθ =
r =2
2π r 4 r5 8 θ = 2π 16π
= ∫ 0
− dθ = θ
2 5 r =0 5 θ =0
=
5
.
INTEGRAIS MÚLTIPLAS 343
∫∫∫ f ( x, y, z ) dV =
S
d β b
= ∫ ∫α ∫
c a
f ( ρ senφ cos θ , ρ senφ senθ , ρ cos φ )ρ 2 senφ d ρ dθ dφ .
3
(x +y
2 2
+ z2 ) 2
EXEMPLO 1 Calcule ∫∫∫
B
e dV , onde S é a bola
bo
1 π θ = 2π 1 π
=
3
( e − 1) ∫0
( senφ )θ
θ =0
dφ =
3
( e − 1) 2π ∫
0
senφ dφ =
2π 4π
= ( e − 1) [ − cos φ ]φφ ==π0 = ( e − 1) .
3 3
Portanto,
ρ =r
π 2π r π 2π ρ3
∫0 ∫0 ∫0 ρ senφ d ρ dθ dφ = ∫0 ∫0
2
V= senφ dθ dφ =
3 ρ =0
r 3 π 2π r3 π
= ∫ ∫
3 0 0
senφ dθ dφ = 2π
3 ∫0 senφ dφ =
3 3
2π r 4π r
= [ − cosφ ]φφ ==π0 = .
3 3
EXERCÍCIOS 5.8
1. Faça um esboço do ponto cujas coordenadas cilíndricas são dadas
e, em seguida, determine as coordenadas retangulares do ponto.
(a) (3,π/2,1) (b) (3,0, 6) (c) (1, π, e)
2. Converta de coordenadas retangulares para cilíndricas.
(a) ( 2,0,0) (
(b) 1,1, 2 )
5. Converta de coordenadas esféricas para cilíndricas.
(a) (2,0,0) (b) (8, π/6, π/2)
6. Converta de coordenadas cilíndricas para esféricas.
346 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
π π
(a) 2, ,0 (b) 1, 2 ,1
4
2 2
onde S é a região contida dentro do cilindro x + y = 16 e entre os
planos z = 5 e z = 4.
∫∫∫ ( x )
3
8. Utilize coordenadas cilíndricas para calcular + xy 2 dV
S
onde S é o sólido do primeiro octante que está abaixo do parabolóide
z = 1 – x2 – y2.
9. Utilize coordenadas esféricas para calcular
∫∫∫ ( x )
2
+ y 2 + z 2 dV onde S é a bola unitária x2 + y2 + z2 ≤ 1.
S
EXERCÍCIOS EXTRAS
3
2 y2 x 1 x
∫0 ∫x ( y + y ) dy dx
3
e) ∫∫
1 0
2 dx dy
y
f)
1 x2 π
2
∫ ∫ ( xe ) dy dx
y
g)
0 0
h) ∫ ∫
2
0 0
x2 cos y dx dy
2 2
c) ∫0 ∫x y
4
( )
cos xy 2 dy dx
2 4− x 2 1 3 y
a) ∫ ∫
−1 − 4 − x 2
f ( x, y ) dy dx b) ∫0 ∫ y f ( x, y ) dx dy
∫∫ e
x
b) sen y dxdy ; R limitada por x = 3, x = 4, y = 0 e y = 5.
R
∫∫ cos
2
f) y dxdy ; R limitada por y = x e y =1 e y = 4.
R
g) ∫∫ ( x + 2 y )dxdy
R
; R é a parte do círculo x2 + y2 ≤ 1 no
primeiro quadrante.
5. Calcule as integrais dadas.
3
2 2
a) ∫∫ ( x + y ) 2 dA ; R limitada pelo círculo x + y = 4.
2 2
x2 2 2 2 2
b) ∫∫ x
R
2
+y 2
dA ; R é a região limitada por x + y = 4 e x + y = 9.
c) ∫∫ R
x 2 + y 2 dA ; R limitada pelo círculo y = 2 x − x 2 e a reta
y=x.
∫∫ ye
xy
a) dA onde R é o retângulo 0 ≤ x ≤ 3, 0 ≤ y ≤ 1;
R
b) ∫∫ ( x + y ) dA
R
onde R é a região limitada por y = x2 e y = 2x.
x2
9. Calcule ∫∫R y2
dx dy onde R é a região delimitada por
1
y=x ; y= e x = 2.
x
10. Calcule o volume do sólido acima do plano-xy delimitado por
z = 4 − 2 x2 − 2 y2 .
14. Use uma integral dupla para calcular o volume sob o plano
z = 2 x + y e acima do retângulo R = {(x,y): 3 ≤ x ≤5, 1 ≤ y ≤ 2}.
∫∫ sen ( y ) dA
3
18. Calcule a integral (dA pode ser dxdy ou dydx),
R
3 2
19. Calcule a integral ∫∫ 0 1
( x 2 y + xy 2 )dxdy e mostre que o
resultado é independente da ordem de integração.
20. Esboce a região de integração e mostre que
2− y x+4
2 1 2−2 x 0
∫0 ∫ 2 x 3 dx
2 y −4
dy = ∫0 ∫0 x3 dy dx + ∫ ∫
−4 0
2 x3 dy dx. .
Calcule a integral.
π R
∫0 ∫0 e cos 2 θ senθ dr dθ .
−r
21. Calcule a integral
Cálculo Vetorial
Cálculo Vetorial
Vetor
O VETOR OPOSTO
Dado o vetor v, existe o vetor – v , que possui o mesmo módulo e
mesma direção do vetor v , porém, de sentido oposto.
CÁLCULO VETORIAL 359
O VETOR NULO
Vetor de módulo igual a zero e o único sem direção específica.
Notação: 0 = 0, 0
1 v
u= ⋅v = .
v v
u = x , y , z = xi + yj + zk .
( )
Assim, o terno i , j , k , será a base do espaço ℝ3 .
u = x , y , z = xi + yj + zk
é definido por: u = x 2 + y 2 + z 2 .
OBS:
Em aplicações é bastante comum querermos encontrar os
componentes de um vetor v que tenha a mesma direção e
362 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Adição
Dados dois vetores u = u1 , u2 e v = v1 , v2 , o vetor soma é
dado por
u + v = u1 + v1 , u2 + v2
Subtração
Considerando-se a existência do vetor
oposto
−v = −v1 , −v2 ,
podemos determinar a diferença u − v
como sendo igual à soma
u + ( − v ) = u1 − v1 , u 2 − v2 .
1. u + v = v + u 5. k1 ( u + v ) = k1u + k1v
2. u + ( v + w ) = ( u + v ) + w 6. ( k1 + k 2 ) u = k1u + k 2 u
3. u + 0 = u 7. ( k1 ⋅ k 2 ) u = k1 ( k 2 u )
4. u + ( −u ) = 0 8. 1 ⋅ u = u
364 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS 6.1
1. Quais das seguintes grandezas são vetoriais? Explique.
a) O custo de um bilhete de cinema.
b) A correnteza de um rio.
c) O caminho inicial do voo entre Houston e Dallas.
d) A população mundial.
F1
senα = ⋅ senθ
F1 + F2
2 2
F1 + F2 = F1 + F2 + 2 F1 F2 cosθ =
F1
Agora, a partir da equação senα = ⋅ senθ obte
temos o
F1 + F2
F1 300
α = arcsen ⋅ senθ ≈ arcsen ⋅ sen40 ≈ 24,, 2 .
F1 + F2 471
u ⋅ v = u v cos θ .
Q
u −v
v
P
u
x
O
Projeções
O produto escalar oferece a possibilidade de determinar a
projeção de um vetor sobre outro, sem que seja necessário
conhecermos o ângulo entre os dois. Isso é possível devido à
equivalência algébrica do produto escalar com o cosseno do ângulo
entre os dois vetores, como foi visto anteriormente.
CÁLCULO VETORIAL
L 371
u ⋅ v = u v cos θ
1 u
( u ⋅ v ) = v cos θ ⇒ ⋅ v = v cosθ
u u
compu v versor de u
Trabalho
A fórmula, W = F ⋅ d , para calcular o trabalho realizado por
uma força constante de magnitude F , ao mover um objeto ao longo
de uma distância d, é verdadeira apenas se a força estiver agindo na
direção do movimento.
= ( F cosθ ) d = F d cosθ = F ⋅ d
W = F ⋅ d = F d cosθ
OBS:
Observe que a quantidade F cos θ é o componente esc
scalar da
força ao longo do vetor deslocamento. Portanto, se cos
os θ > 0
então uma força de magnitude F agindo em um ân ângulo θ
realiza o mesmo trabalho que uma força de mag
agnitude
F cos θ agindo na direção do movimento.
W = F ⋅ d = F d cosθ = 20 × 30 × cos 60
EXERCÍCIOS 6.2
1. Determine o produto escalar dos vetores dados e o cosse
sseno do
ângulo entre eles.
(a) u = i + 2 j , v = 5i − 4 j
374 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
(b) u = −3,1, 2 , v = 4, 2 − 5
π
2. Sabendo que u = 1, v = 2 e o ângulo entre u e v é ,
6
encontre o valor do produto escalar u ⋅ v .
O Produto Vetorial
O produto vetorial u × v de dois vetores u e v , só é definido
se u e v forem vetores tridimensionais.
CÁLCULO VETORIAL 375
Definição
Dados dois vetores u = u1 , u 2 , u3 e v = v1 , v2 , v3 , definimos
o produto vetorial de u e v como sendo o vetor
u × v = u 2 v3 − u3 v2 , u3 v1 − u1v3 , u1v2 − u 2 v1 .
i j k
u × v = u1 u2 u3
v1 v2 v3
OBS:
1. O produto vetorial está definido apenas para vetores no
espaço tridimensional.
2. O produto vetorial entre dois vetores é um vetor, enquanto
que o produto escalar de dois vetores é um número real.
Propriedades
1. Se ß é o ângulo formado pelos vetores u e v (portanto
0 ≤ β ≤ π ), então u × v = u v senβ .
OBS:
1. O produto vetorial é também denominado produto
externo.
2. Da propriedade 3, pode-se concluir que u × v = − ( v × u ) , ou
seja, o produto vetorial é uma operação não comutativa.
3. Se ß = 0º então os vetores u e v são paralelos e u × v = 0
e, portanto, o vetor u × v será o vetor nulo. Observe então que
o produto vetorial de dois vetores pode ser nulo, sem que pelo
menos um dos vetores seja nulo; basta que eles sejam
paralelos.
4. Considerando os vetores unitários (ou seja, de módulo
igual a 1) do espaço R3, i , j e k , podemos escrever as
seguintes igualdades:
CÁLCULO VETORIAL 377
i ×i =0 i × j =k
j× j =0 j ×k =i
k ×k =0 k ×i = j
EXERCÍCIOS 6.3
1. Determine o produto vetorial u × v . Em seguida, faça um esboço
dos vetores u , v e u × v como vetores posição.
(a) u = 2i + j − k , v = j + 2k (b) u = 1,2,0 , v = 0,3,1
2. Verifique se as afirmações a seguir fazem sentido, justificando
sua resposta. Se fizerem, diga se correspondem a um escalar ou a
um vetor.
(a) u ⋅ ( v × w ) (b) u × ( v ⋅ w )
(c) u × ( v × w ) (d) ( u ⋅ v ) × w
3. Determine dois vetores unitários que sejam ortogonais tanto a
1, −1,1 quanto a 0, 4, 4 .
4. Determine a área do paralelogramo com vértices em A(5,2,0),
B(2,6,1), C(2,4,7), D(5,0,6).
P0 P = tv , t ∈ ℝ
x − x0 , y − y0 , z − z0 = t a, b, c = ta, tb, tc
x − x0 = ta
⇒ y − y0 = tb
z − z = tc
0
x = x0 + ta
equações paramétricas y = y0 + tb , t ∈ℝ
z = z + tc
0
x =3+t
y = 1 − 2t
(b) A partir de
x – x0 = ta y – y0 = tb z = z0 + tc
com x0 = −1 , y0 = 2, z0 = 3, a = 2, b = 3 e c = −5, obtemoss as
equações paramétricas da reta no espaço tridimensional
CÁLCULO VETORIAL
L 381
x = −1 + 2t
y = 2 + 3t
z = 3 − 5t
EXEMPLO 2
(a) Encontre equações paramétricas da reta r que passa peloss pontos
P (1,3, −2 ) e Q ( 3,0,5 ) .
(b) Em que ponto essa reta intercepta o plano yz?
Solução
(a) Primeiramente devemos escolher um dos dois ponto
tos para
“montar” as equações. No nosso caso escolhemos o ponto
P (1,3, −2 ) . Observe que o vetor PQ = Q − P = 2, −3,7 é p
paralelo
à reta r (na realidade, ele possui representantes nesta reta).
x = 1 + 2t
y = 3 − 3t , t ∈ ℝ
z = −2 + 7t
382 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
OBS:
Observe que poderíamos ter utilizado o ponto Q como pon
onto
de r ao invés do ponto P. Iríamos obter as equaçõ ções
paramétricas:
x = 3 + 2t
y = −3t , t ∈ ℝ
z = 5 + 7t
que fornecerão o mesmo conjunto de pontos que constituir
irão
a reta r.
OBS:
Duas retas no espaço tridimensional que não são pararalelas e
não se interceptam são denominadas de retas reversas.
x = 1 + 2t
y = 3 − 3t , t ∈ ℝ
z = −2 + 7t
O ponto P é obtido fazendo t = 0 e o ponto Q é obtido fazendo t = 1
nas equações acima. Assim, as equações paramétricas para ra o
segmento de reta que une os pontos P e Q são:
x = 1 + 2t
y = 3 − 3t , 0 ≤ t ≤ 1
z = −2 + 7t
OBS:
1) A partir das equações paramétricas, podemos obter er a
equação vetorial de uma reta, do seguinte modo:
x = x0 + ta
y = y0 + tb ⇔ x, y , z = x0 + ta, y0 + tb, z0 + tc
.
z = z0 + tc
⇔ x, y, z = x0 , y0 , z0 + t a, b, c
w = x, y , z ; w0 = x0 , y0 , z0 ; v = a, b, c
w = w0 + tv Equação Vetorial
EXERCÍCIOS 6.4
1. Determine as equações vetorial e paramétrica da reta que passa
pelo ponto ( −2, 4,10 ) e é paralela ao vetor 3,1, −8 .
Campo Vetorial
A idéia de campo vetorial está associada ao conceito de “fluxo”
como, por exemplo, fluxo de um fluido ou fluxo da eletricidade. O
conceito de campo vetorial pode ser entendido então como a
descrição matemática de um fluxo.
Um campo vetorial em um plano é definido como sendo uma
função V que associa a cada ponto P(x,y) do plano um único vetor
V ( x, y ) do plano. Um campo vetorial no plano pode ser descrito
como:
V ( x, y ) = f ( x, y ) i + g ( x, y ) j
V ( x, y , z ) = f ( x, y , z ) i + g ( x, y , z ) j + h ( x, y , z ) k
CÁLCULO VETORIAL
L 387
EXERCÍCIOS 6.5
1. Faça um esboço do campo vetorial dado, desenhando algu
guns
vetores.
(a) V ( x, y ) = xi
(b) V ( x, y ) = yi + xj
(c) V ( x, y ) = 3i + j
2. Determine se as afirmações sobre o campo
CÁLCULO VETORIAL 389
x y
V ( x, y ) = i− j
2 2
x +y x + y2
2
Derivada Direcional
Quando estudamos derivadas parciais, aprendemos a calcular a
derivada de uma função em relação a cada uma de suas variáveis, ou
seja, supondo f uma função de x e y, vimos que f x ( x0 , y0 ) fornece a
variação de f, na direção do eixo-x, no ponto (x0, y0), assim como
f y ( x0 , y0 ) fornece a variação de f, na direção do eixo-y, no ponto
(x0, y0).
A pergunta que surge neste momento é: podemos calcular a
derivada de f, em uma direção qualquer do plano-xy, no ponto
( x0 , y0 ) ?
390 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
inte
A resposta é sim e, para calculá-la, utilizaremos o seguin
teorema:
lar a
Como o vetor não é unitário, tomamos seu versor para calcular
derivada solicitada, ou seja, tomamos o vetor
2 1 2 1
u= i+ j ou u = , .
5 5 5 5
∂f ∂f 2 ∂f 1
(1, −2 ) = (1, −2 ) ⋅ + (1, −2 ) ⋅ =
∂u ∂x 5 ∂y 5
2 1 −8 1 −7
= 2 xy (1,−2 ) + x 2 (1,−2 ) = + = .
5 5 5 5 5
CÁLCULO VETORIAL
L 391
OBS:
Se u = u1 i + u2 j é um vetor unitário, já vimoss que a
derivada direcional de f, na direção de u , em (x0, y0), é dada
por:
∂f ∂f ∂f
Du f ( x0 , y0 ) = ( x0 , y0 ) = ( x0 , y0 ) u1 + ( x0 , y0 ) u2 .
∂u ∂x ∂y
∂f ∂f ∂f
( x0 , y0 ) = ( x0 , y0 ) , ( x0 , y0 ) ⋅ u1 , u2
∂u ∂x ∂y
ou
Du f ( x0 , y0 ) = ∇f ( x0 , y0 ) ⋅ u
(
= −2 − 2 3 = −2 1 + 3 . )
x2 y 2
EXEMPLO 4 Calcule a derivada de f ( x, y ) = + n
, na
16 9
π
direção do vetor unitário que faz um ângulo de com o eixo-x,, no
n
4
ponto P(4,3).
Solução
π
O vetor unitário que faz um ângulo de com o eixo-x é dado por
or
4
CÁLCULO VETORIAL
L 393
π π 2 2
u = cos i + sen j = i+ j.
4 4 2 2
Assim, a derivada solicitada é dada por
∂f (4,3)
Du f ( 4,3) = = ∇f (4,3) ⋅ u .
∂u
Por outro lado, o gradiente de f é dado por
x 2y 1 2
∇f ( x , y ) = , ⇒ ∇f (4,3) = ,
8 9 2 3
Logo, sua derivada direcional, no ponto P(4,3), é dada por
∂f 1 2 2 2 2 2 7 2
Du f ( 4,3) = (4,3) = , ⋅ , = + = .
∂u 2 3 2 2 4 3 12
OBS:
O gradiente de uma função em um ponto fornece a direç
reção e o
sentido da maior taxa de variação da função neste pont
nto. E o
valor desta taxa máxima é dado pela norma do gradie iente no
ponto.
De fato, temos que:
Du f = ∇f ⋅ u = ∇f u cosθ = ∇f cos θ
EXEMPLO 5
a) Determine a derivada direcional da função f ( x, y ) = xe y , na
1
direção do vetor que vai do ponto P(2,0) ao ponto Q , 2 .
2
b) Em que direção f tem a taxa máxima de variação? Qual é a taxa
ta
máxima de variação?
Solução
a) O vetor gradiente é dado por:
∇f ( x, y ) = f x , f y = e y , xe y
∇f (2,0) = 1, 2
Considere
3 9 9 + 16 5
v = PQ ⇒ v = − , 2 ⇒ v = +4 = = .
2 4 4 2
∇T ( x, y ) = 2 x ,2 y ⇒ ∇T (3,4) = 6,8
∂T 1 3
(3,4) = 6,8 ⋅ , = 3+ 4 3 .
∂u 2 2
3 1 ∂V π π 3 1
v = + =1 ⇒ 0, 4 = ∇V 0, 4 ⋅ ,
4 4 ∂v 2 2
π
∇V 0, = −2e −2 x cos ( 2 y ) , −2e −2 x sen ( 2 y ) π
= 0,, −2
4 0,
4
∂V π 3 1
∴ 0, = 0, −2 ⋅ , = −1.
∂v 4 2 2
OBS:
Todas as definições e resultados apresentados acimaa podem
ser estendidos para funções de três ou mais variáveis.
2
a) v = 22 + ( −3) + 62 = 7 ⇒ v não é unitário. Tomemo mos,
u
portanto, seu versor para calcular a derivada direcional.
2 −3 6 −2 −2 1
u= , , e ∇V ( 2,2, −1) = , , .
7 7 7 27 27 27
Assim,
∂V −2 −2 1 2 −3 6 8
( 2, 2, −1) = , , ⋅ , , = ≈ 0,042..
∂u 27 27 27 7 7 7 189
b) A maior taxa de variação de V em P se dá na direção do gradien
iente
neste ponto. Se tomarmos o versor do gradiente, teremos uma idédéia
melhor desta direção:
9 3 1
∇V ( 2, 2, −1) = 2
= =
( 27 ) 27 9
∇V ( 2,2, −1) 2 2 1
⇒ = − i − j + k.
∇V ( 2,2, −1) 3 3 3
EXERCÍCIOS 6.6
1. Encontre a derivada direcional de f em P, na direção indicada:
2
a) f ( x, y ) = x 2 − 5 xy + 3 y 2 ; P ( 3, −1) ; v =
2
(i+ j )
b) f ( x, y ) = x 2 ln y ; P ( 5,1) ; v = − i + 4 j
x− y
c) f ( x, y ) = ; P ( 2, −1) ; v = 3, 4
x+ y
CÁLCULO VETORIAL 399
d) f ( x, y , z ) = xy 2 z 2 ; P ( 2, −1, 4 ) ; v = 1, 2, −3
e) f ( x, y , z ) = xe yz + xy ; P (1,3, −2 ) ; v = i + j − k
V ( x, y , z ) = x 2 + 4 y 2 + 9 z 2 .
a) Determine a taxa de variação de V em P(2, 1,3), na direção de P
para a origem.
b) Encontre a direção que produz a taxa máxima de variação de V
em P.
c) Qual a taxa máxima de variação em P?
4. A temperatura em um ponto (x, y, z) é dada por:
2
− 3 y 2 −9 z 2
T ( x, y, z ) = 200e − x ,
Integral de Linha
As integrais de linha encontram-se em inúmeras aplicações nas
Ciências Exatas, como por exemplo, no cálculo do trabalho
realizado por uma força variável sobre uma partícula, movendo-a de
um ponto A a um ponto B no plano. Na Termodinâmica, uma
integral de linha é utilizada para calcular o trabalho e o calor
desenvolvido numa transformação qualquer.
Para entender melhor esse conceito, consideremos o problema
de encontrar a massa de um bastão de comprimento cuja função
densidade linear (massa por unidade de comprimento) seja
conhecida.
∆m
indicada por ρ, ou seja, = ρ é constante em todo o
∆x
comprimento do bastão. A massa total é então M = ρ .
∫
M = dm =
∫ ρ ( x) dx .
0
∫
M = dm =
C
∫ f ( x, y ) ds
C
onde
∫
C
significa integração ao longo da curva C, de A até B.
( ds )2 = ( dx )2 + ( dy )2 ⇒ ds = ( dx )2 + ( dy )2 .
Portanto,
b 2
∫
C
f ( x, y ) ds = ∫ f ( x, y ( x ) )
a
1 + y ' ( x ) dx.
CÁLCULO VETORIAL
L 405
x2
EXEMPLO Calcule a integral ∫
C
xy ds sobre a curva y =
2
do
1
ponto ( 0,0 ) ao ponto 1, .
2
Solução
Escreva a função f ( x, y ) = xy restrita à curva C:
x2 x 2 x3
f x, = x ⋅ =
2 2 2
Encontre ds:
2
ds = 1 + y ' ( x ) dx = 1 + x 2 dx
1 x3 1 1
∫ ∫ 1 + x 2 dx = ∫x
3
xy ds = 1 + x 2 dx
C
0 2 2 0
1 1
∫ xy ds = 2 ∫ x
3
1 + x 2 dx =
0
C
1 1 u 2 = 1 + x 2 ⇒ 2udu = 2 xdxx
=
2 ∫
0
x 2 1 + x 2 xdx =
⇒ x dx = u du
1 1
∫ (u )
2
= − 1 u udu =
2 0
1 1 1 u5 u3
=
2 ∫(
0 2 5
)
u 4 − u 2 du = − =
3
x =1
5 3
=
(
1+ x
2
) − (1 + )
2 x 2 2
=
10 6
x = 0
25 23 1 1 1 + 2
= − − + = .
10 3 10 6 15
Portanto,
tb 2 2
∫ f ( x, y ) ds = ∫ f ( x ( t ) , y ( t ) )
C
ta
x ' ( t ) + y ' ( t ) dt.
CÁLCULO VETORIAL
L 407
x ( t ) = cos t π π
; − ≤t≤
y ( t ) = sen t 2 2
Assim,
f ( x ( t ) , y ( t ) ) = 2 + cos 2 t sen t
e,
2 2
ds = x ' ( t ) + y ' ( t ) dt = ( −sent )2 + ( cos t )2 dt = 1 ddt.
Portanto,
π
∫ ( 2 + x y ) ds = ∫ π ( 2 + cos )
2 2 2
− t sent dt =
C 2
∫ cos ∫
2
π π t sent dt = − u 2 du =
∫ ∫
2 2 2
= −π 2 dt + −π cos t sent dt = u3
cos3 t
2 2 =− =−
3 3
π π
2
cos3 t 2
= 2t −π − −π = π + π − 0 + 0 = 2π .
2
3 2
408 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
OBS:
O Cálculo de integrais de funções, sobre curvas no espaço,, é
feito de modo totalmente análogo às curvas planas, lembrandndo
que as curvas no espaço são mais facilmente descritas por
equações paramétricas.
EXEMPLO
∫( x )
2
Calcule + y 2 − z ds, onde C é a hélice circular da
dada
C
por:
x ( t ) = cos t
y ( t ) = sen t
z (t ) = t
do ponto P (1,0,0 ) até o ponto Q (1,0, 2π ) .
Solução
= ( −sen t )2 + ( cos t )2 + 1 = 2
t = 2π
2π t2
∫( x ) ∫
2 2
+ y − z ds = (1 − t ) 2 dt = 2 t − =
C
0
2 t =0
( )
= 2 2π − 2π 2 = 2 2 π − π 2 . ( )
∫
I = F ( x, y ) dx + G ( x, y ) dy
C
que pode ser convertida a uma integral ordinária quando a equ
quação
da curva C for conhecida.
Para uma curva y = y (x) de x = a até x = b , substituindo
do dy
dy
por dx na integral acima obtemos:
dx
dy
C
∫
I = F ( x, y ( x ) ) + G ( x, y ( x ) ) dx.
dx
EXEMPLO 1
(a) Ache o valor da integral sobre o caminho C (ver figura) pa
para
F = − y e G = xy , quando C vai de A até B.
(b) Ache o valor da integral sobre o caminho C (ver figura) para
pa
F = − y e G = xy , quando C vai de B até A.
Solução
(a) Considerando y = 1 − x (equação da reta que vai de A atéé B)
B
com 1 ≤ x ≤ 0, temos que dy = − dx e, portanto,
0
∫
I = F ( x, y ) dx + G ( x, y ) dy =
C
∫1 −1(1 − x ) − x (1 − x ) dx =
1 2
∫ (1 − x ) dx = 3 .
2
=
0
1
∫
I = F ( x, y ) dx + G ( x, y ) dy =
C
∫ −1(1 − x ) − x (1 − x ) dx =
0
1 2
∫ (x )
2
= − 1 dx = − .
0 3
OBS:
Em geral se atribui um sentido para o cálculo de uma integral
in
de linha ao longo de uma curva orientada C. Isso é nece
ecessário
porque as grandezas físicas, obtidas por este procedim
dimento,
ficam afetadas de um sinal algébrico.
Observe que no exemplo 1, invertendo a orientação da curva
C o sinal da integral de linha mudou. Se C for uma cur
urva lisa
orientada, denotamos por –C a curva orientada que consiste
co
dos mesmos pontos de C, mas com orientação oposta.
Solução
A equação do arco circular é dada por:
y = + 1 − x2
x x
⇒ dy = − dx = − dx
1 − x2 y
⇒
∫ F ( x, y)dx + G( x, y)dy = ∫ − y dx + xy dy =
C C
0
− 1 − x 2 − x 2 dx = π + 1 .
=
∫
1 4 3
OBS:
Observe que apesar das funções F(x,y) e G(x,y) serem as
mesmas do exemplo 1, o resultado obtido para a integrall de
d
linha foi diferente. Isto se deve ao fato de, neste caso,
o, o
caminho de integração ser diferente.
x ( t ) = cos t π dx = −sen t dt
, 0≤t ≤ ⇒
y ( t ) = sen t 2 dy = cos t dt
Portanto,
CÁLCULO VETORIAL
L 413
π π π
= ∫
0
2 sen 2 t + cos 2 t sen t dt =
∫0
2 sen 2 t dt + ∫
0
2 cos 2 t sen
se t dt =
π π
t= t=
2 cos t 2 π 1
3
1 1
= t − sen 2t − = + .
2 4 t =0 3 t =0 4 3
OBS:
Observe que o resultado obtido no exemplo 3, foi o mes
esmo do
exemplo 2, o que já era esperado, pois tomamos a mesmam
curva e apenas mudamos o modo de repres esentá-la
matematicamente. Portanto, lembre-se que:
→ O valor da integral de uma função ou umaa forma
diferenciável, sobre uma curva C, será sempre o mesmo, m
independentemente da expressão matemática que utili tilizamos
para representá-la (forma cartesiana ou paramétrica).
→ O valor da integral de uma função ou umaa forma
diferenciável, sobre uma curva C, poderá ser diferente
nte sobre
caminhos (curvas) diferentes.
∫
I = F ( x, y ) dx + G ( x, y ) dy
C
414 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
F ( x, y ) dx + G ( x, y ) dy
for uma diferencial exata, ou seja, se existir uma função z = f(x,y)) tal
t
que
∂z ∂z
F ( x, y ) dx + G ( x, y ) dy = dz = dx + dy.
∂x y ∂y x
∂F ∂G ∂ ∂z ∂ ∂z
= ou =
∂y x ∂x y ∂y ∂x ∂x ∂y
EXEMPLO 4
(a) Verifique se a diferencial dz = ye xy dx + xe xy dy é exata.
2
x
pela curva y = que vai de (0,0) a (2,2).
2
Solução
(a) Considerando F ( x, y ) = ye xy e G ( x, y ) = xe xy , para verific
ficar
se a diferencial dz é exata, basta verificar se
∂F ∂G
= .
∂y x ∂x y
CÁLCULO VETORIAL 415
∂F xy xy xy
= 1e + ye x = e (1 + xy )
∂y x ∂F ∂G
⇒ =
∂G xy xy xy ∂y x ∂x y
= 1e + xe y = e (1 + xy )
∂x y
e, portanto, a diferencial dz é exata.
(b)
2 2 2
∫
C
∫
dz = ye xy dx + xe xy dy =
C
∫0
xe x dx + xe x dx =
C : y = x ⇒ dy = dx
0≤ x≤2
2 2 2 4
=2 ∫0
xe x dx =
2 ∫
0
eu du = e 4 − 1.
u = x 2 ⇒ du = 2 xdx
du
⇒ xdx =
2
(c)
x3 x3
2 x2 2
∫ dz = ∫ ye ∫ e dx + x 2 e 2 dx =
xy xy
dx + xe dy =
C C
0 2
x2
C: y= ⇒ dy = xdx
2
0≤ x≤2
x3
3 2 3 2 4
∫ ∫
2
= x e 2 dx = ⋅ eu du = e 4 − 1.
2 0 2 3 0
x3 3
u= ⇒ du = x 2 dx
2 2
2 2
⇒ x dx = du
3
416 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
OBS:
Observe que no exemplo 3, como a diferencial é exata o valor
da integral independe do caminho que vai do ponto (0,0) ao
ponto (2,2). Assim, quando for calcular uma integral de linha
EXERCÍCIOS 6.7
∫ xy dx + x dy se:
2
1. Calcule a integral de linha
C
a) C consiste do segmento de reta que vai de (2,1) a (4,1) e do
segmento de reta que vai de (4,1) a (4,5);
b) C é o segmento de reta de (2,1) a (4,5);
c) As equações paramétricas de C são:
5
x = 3t − 1 ; y = 3t 2 − 2t , 1 ≤ t ≤ .
3
2. Calcule a integral de linha ao longo do caminho C.
(1, 2 ) .
b) ∫ y dx + ( x + y ) dy
C
onde C é o gráfico de y = x 2 + 2 x de (0,0)
a (2,8).
CÁLCULO VETORIAL 417
c) ∫ ( x − y ) dx + x dy
C
onde C é o gráfico de y 2 = x de ( 4, −2 ) a
(4,2).
3. Verifique se as diferenciais dadas são exatas.
a) dz = ( 4 x + 3 y ) dx + ( 3 x + 8 y ) dy
b) dz = y cos x dx + senx dy
6. Mostre que:
dz = F ( x, y ) dx + G ( x, y ) dy ,
para F ( x, y ) = 9 x 2 + 4 y 2 + 4 xy e G ( x, y ) = 8 xy + 2 x 2 + 3 y 2 , é uma
diferencial exata. Escolhendo um caminho apropriado, avalie a
integral ∫ [ F dx + G dy ] de (0,0) a (1,2).
C
418 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Algumas Aplicações
1. Comprimento de Arco
Como já comentamos anteriormente, dS representa uma porçrção
infinitesimal de uma curva C, ou seja, uma unidade de comprimen
ento
infinitesimal da curva, obtida quando dividimos C em uma imenensa
quantidade de pequenos pedacinhos. Portanto, quando somamoss os
comprimentos de todos esses pedacinhos, obtemos o comprimen ento
total da curva C, denominado de comprimento de arco e
representado por:
∫ dS = S = comprimento da curva C
C
x ( t ) = R cos t
; 0 ≤ t ≤ 2π
y ( t ) = R sen t
dx = − R sen t dt
⇒
dy = R cos t dt
Portanto,
2π
∫
S = dS = ∫0
( − R sen t )2 + ( R cos t )2 dt =
C
2π
= ∫ 0
( )
R 2 sen 2 t + cos 2 t dt = R t t = 2π
t =0 = 2π R.
CÁLCULO VETORIAL
L 419
2. Movimento
Quando um objeto se desloca, sobre uma curva do plan lano, seu
deslocamento pode ser medido através do cálculo do compri primento
da curva sobre a qual este se deslocou, como feito anteriormen
ente.
Porém, quando estudamos deslocamentos de objetos ouu corpos,
c
estamos interessados em obter mais informações tais co como a
velocidade e a aceleração, por exemplo. Nesses casos, a nnotação
vetorial simplifica muito os cálculos. Levando isso em conside
ideração,
é por isso que a Física representa a posição de um objeto no plano
(ou no espaço) através do seu vetor posição.
Para estudar o movimento de um ponto P em um plano,, durante
d
um determinado intervalo de tempo, é necessário saber sua pposição
( x, y ) em um instante t qualquer. Vamos supor que para obje
jetos em
movimento, sua massa esteja concentrada em um ponto P ( x, y ) .
Considerando
r (t ) = x (t ) i + y (t ) j
x = x (t ) , y = y (t )
Resumindo, considerando
r (t ) = x i + y j = x (t ) i + y (t ) j
d2x d2y
Aceleração: a ( t ) = v ' ( t ) = r '' ( t ) = i + j
dt 2 dt 2
EXEMPLO ial v0 de
Lança-se um projétil, com velocidade inicial
um ponto ho metros acima do solo. Se a única força que atua
tua sobre
o projétil é causada pela aceleração gravitacional g , determi
mine sua
posição após t segundos.
Solução
Vamos inserir um plano-xy, onde ( 0, h 0 ) é o ponto de oonde o
g = −g j e g = g ≈ 9,8 m/s2
r '' ( t ) = g .
r ' ( t ) = tg + C
para algum vetor constante C.
1
r ( t ) = − t 2 g + h0 j + t v0 .
2
EXERCÍCIOS 6.8
1. O vetor posição de um ponto P, que se move em um plan
ano-xy, é
( )
dado por r ( t ) = t 2 + 1 i + t 3 j , para 0 ≤ t ≤ 2.
(a) Ache a velocidade e a aceleração de P no instante t = 1.
(b) Esboce a trajetória C do ponto, e os vetores v (1) e a (1) .
2 3
(a) r (t ) = i + j ; t = 2.
t t +1
(b) r (t ) = e 2t i + e −t j ; t = 0.
( )
6. Seja r ( t ) = 2t i + t 2 − 4 j , − 2 ≤ t ≤ 3.
x = t , y = t 2 , z = t 3 ; t ≥ 0.
Teorema de Green
O Teorema de Green estabelece uma relação entre as integrais
duplas e as integrais de linha sobre uma curva fechada no plano.
∂N ∂M
∫C M ( x, y ) dx + N ( x, y ) dy = ∫∫D ∂x − ∂y dA
onde dA = dx dy ou dA = dy dx
Curva fechada
fec
simpl
ples
OBS:
1) No Teorema de Green, usaremos a convenção de que a
orientação positiva de uma curva fechada simples C se refere
a percorrer C no sentido anti-horário.
2) O teorema de Green é importante porque em certos
problemas é mais fácil resolver a integração atrav ravés da
integral dupla, do que utilizando uma integral de linha.
∫ x dx + xy dy onde
4
EXEMPLO Calcule a integral on C é
C
o caminho descrito na figura abaixo.
Solução
Se fôssemos calcular a integral, utilizando os métodoss uusuais,
vistos anteriormente, teríamos que estabelecer três in
integrais
separadas sobre os três lados dos triângulos.
426 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
y =1− x
1 1 1
2
1 2
= ∫
0
y
2 y =0
dx =
2 ∫ (1 − x )
0
dx =
1 x =1 1
=− (1 − x )3 = .
6 x=0 6
∫ e dx + 2xe dy
y y
a) ; C: quadrado com vértices em (0,0), (1,0
1,0),
C
(0,1) e (1,1).
b) ∫ ( y + e
C
x
) dx + ( 2x + cos y ) dy
2
; C é a fronteira da regi
gião
delimitada por y = x 2 e y = 4 .
CÁLCULO VETORIAL 427
c) 3 3
∫ y dx − x dy ; C: círculo x 2 + y 2 = 4 .
C
Funções de Estado
Para entendermos melhor o que é uma função de estado, vamos
fazer uma analogia com o processo de subir uma montanha.
Considere a montanha descrita na ilustração abaixo.
∫ dw = w ∫ dq = q ∫ dU = U
As diferenciais dw e dq são denominadas de diferenciais
inexatas, significando que seus valores integrados w e q são
dependentes do caminho. Por outro lado, dU é uma diferencial
CÁLCULO VETORIAL
L 429
∂S ∂S
dS = dT + dP.
∂T P ∂P T
Como a entropia é uma função de estado, a mudança na passagegem
de um estado a outro é independente do caminho e, portanto,
∂S ∂S
∫
∆S1→2 = S ( P2 , T2 ) − S ( P1 , T1 ) =
C
dT +
∂T P
dP .
∂P T
CÁLCULO VETORIAL
L 431
T2 ∂S
∆S1→3 = S ( P1 , T2 ) − S ( P1 , T1 ) = ∫C ds =∫T 1
∂T
P = P1
dT
1
e
P2 ∂S
∆S3→ 2 = S ( P2 , T2 ) − S ( P1 , T2 ) = ∫
C
ds = ∫P ∂P T T dP.
1 = 2
2
dr = dx i + dy j ou dr = dx i + dy j + dz k ,
F ( x, y ) = f ( x, y ) i + g ( x, y ) j
escrevemos:
∫ F ⋅ dr = ∫ f ( x, y ) i + g ( x, y ) j ⋅ dx i + dy j =
C C
∫
= f ( x, y ) dx + g ( x, y ) dy .
C
432 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
r = r (t ) = x (t ) i + y (t ) j ; a≤t ≤b
então:
F ( r (t )) = f ( x (t ) , y (t )) i + g ( x (t ) , y (t )) j
e escrevemos a fórmula
b
∫ F ⋅ dr = ∫ F ( r ( t ) ) ⋅ r ' ( t ) dt
C
a
Portanto,
2 2
∫ ∫0 x + x 2 , − x 4 ⋅ 1, 2 x dx = ∫0 ( x + x )
2
F ⋅ dr = − 2 x5 dx =
C
x =2
x 2 x3 x6 −50
= + −2 = ≈ −16, 667.
2 3 6 x =0 3
∫
W = F ⋅ dr
C
onde
434 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
r = xi + y j e dr = dx i + dy j
Assim,
t2 dr
∫
W = F ⋅ dr =
C
∫
t1
F ⋅ dt.
dt
1 1
W = mv2 2 − mv12 .
2 2
∂φ ∂φ ∂φ ∂φ
F ( x, y ) = , = i+ j
∂x ∂y ∂x ∂y
∂φ ∂φ ∂φ ∂φ
onde o vetor ∇φ ( x, y ) = , = i+ j é o vetor
∂x ∂y ∂x ∂y
gradiente da função φ ( x, y ) .
EXEMPLO 9
(a) Mostre que o campo vetorial F ( x, y ) = y i + x j é conserv
ervativo,
verificando que F ( x, y ) é o gradiente de φ ( x, y ) = xy.
(b) Mostre que o trabalho realizado pelo campo, na partículala que se
move do ponto (0,0) ao ponto (1,1) é o mesmo ao longo de:
C1: segmento de reta que vai do ponto (0,0) ao pontoo (1,1)
(
2
C2: parábola y = x de (0,0) a (1,1)
Solução
(a) De fato,
436 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∂φ ∂φ
=y e =x ⇒ ∇φ ( x , y ) = y i + x j = F ( x , y ) .
∂x ∂y
x = t ; y = t2 ( 0 ≤ t ≤ 1)
Portanto,
∫ F ⋅ dr = ∫ y i + x j ⋅ dx i + dy j = ∫ [ y dx + x dy ] =
C C C
1 1
∫ ( t dt + t 2tdt ) = ∫ 3t dt =1.
2 2
=
0 0
OBS:
No exemplo anterior, como as curvas C1 e C2 são gráficoss de
d
função, poderíamos ter resolvido utilizando coordenad adas
cartesianas. Nesse caso, a solução torna-se:
CÁLCULO VETORIAL
L 437
C1 : y = y ( x ) = x ; 0 ≤ x ≤ 1
⇒ F ( x, y ( x ) ) = F ( x, x ) = x i + x j = x, x
dr = dx i + dy j = dx i + dx j = ( i + j ) dx = 1,1 dx
Portanto,
1 1
∫ F ⋅ dr =∫ ∫
x, x ⋅ 1,1 dx = 2 x dx = x 2 x =1
x = 0 = 1.
0 0
C
C2 : y = y ( x ) = x 2 ; 0 ≤ x ≤ 1
( )
⇒ F ( x, y ( x ) ) = F x, x 2 = x 2 i + x j = x 2 , x
dr = dx i + dy j = dx i + 2 x dx j = 1,2 x dx
Portanto,
1 1 1
∫ F ⋅ dr =∫0 x 2 , x ⋅ 1, 2 x dx = ∫0 ( x ) ∫0
2
+ 2 x 2 dx =3 x 2 dx =
C
x3 x =1
=3 = 1.
3 x=0
EXERCÍCIOS 7.0
1. Determine o valor do trabalho realizado pela força
F ( x, y ) = x ( x + y ) i + xy 2 j
ao mover uma partícula da origem ao longo do eixo x até o ponto
(1,0), em seguida ao longo de um segmento de reta até o pont
nto (0,1)
e, então, de volta à origem ao longo do eixo y.
Resultado Importante
Considere o campo vetorial conservativo
F ( x, y ) = f ( x, y ) i + g ( x, y ) j
∫C F ⋅ dr = φ ( x1, y1 ) −φ ( x0 , y0 ).
O vetor
∂φ ∂φ ∂φ ∂φ
∇φ ( x, y ) = , = i+ j
∂x ∂y ∂x ∂y
F ( x, y ) = ∇φ ( x, y ) e φ ( x, y ) = xy.
OBS:
Teste para verificar se um campo é conservativo
440 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∫
φ ( x, y ) = 3 y 2 dx = 3 xy 2 + k ( y )
onde k(y) representa a “constante” de integração. Observe que a
constante de integração é uma função de y, uma vez que y é mantida
constante no processo de integração. Veremos a seguir como
determinar k(y).
Derivar a função obtida φ ( x, y ) em relação a y.
∂φ
= 6 xy + k ' ( y )
∂y
Igualar a derivada da função φ ( x, y ) , obtida pela integração, a
∂φ
= 6 xy definida inicialmente.
∂y
442 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Simplificar a expressão.
k '( y ) = 0
∫ k '( y ) dy = ∫ 0 dy
Simplificar (se for o caso).
k ( y ) = C (constante numérica)
∂φ
(c) Integrar = 6 xy em relação a y.
∂y
∫
φ ( x, y ) = 6 xy dy = 3 xy 2 + k ( x )
∂φ
Igualar a derivada de φ ( x, y ) , obtida pela integração, a = 3y2
∂x
definida inicialmente.
3 y2 + k '( x ) = 3 y2
Derivada de
∂φ
φ ( x, y ) obtida definida
∂x
pela integração inicialmente
Simplificar a expressão.
k '( x ) = 0
Integrar os dois lados da expressão em relação a x.
∫ k '( x ) dx = ∫ 0 dx
Simplificar (se for o caso).
k ( x ) = C (constante numérica)
V ( x, y, z ) = −φ ( x, y, z )
444 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∫
W = F ⋅ dr = φ ( x1 , y1 , z1 ) − φ ( x0 , y0 , z0 ) =
C
= − V ( x1 , y1 , z1 ) − V ( x0 , y0 , z0 ) .
1 1
mv f 2 + V f = mvi 2 + Vi .
2 2
Esta equação nos diz que a energia total da partícula (energia
cinética +energia potencial) não se altera à medida que a
partícula se move, ao longo de um caminho, num campo
vetorial conservativo. Este resultado, conhecido como
princípio da conservação da energia, explica a origem do
termo “campo vetorial conservativo”.
EXERCÍCIOS 7.1
1. Dado F ( x, y ) = (2 x + y 3 ) i + (3xy 2 + 4) j :
a) Mostre que F é um compo vetorial conservativo.
b) Enconre uma função potencial para F .
(2,3)
c) Calcule ∫ (0,1)
F ⋅ dr .
2. Mostre que ∫ F ⋅ dr
C
é independente do caminho determinando
(1, π /2)
b) ∫ (0,0)
( e x sen y ) dx + ( e x cos y ) dy
446 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS EXTRAS
5. Determine: u , u + v , u − v , 2u e 3u + 4v .
(a) u = −3, 2 ; v = 4,1 (b) u = 2 i − 3 j ; v = i + 4 j
16. O que você entende por produto escalar entre dois vetores?
Como é que você verifica se dois vetores são ortogonais (ou
v = ai + bj
perpendiculares)? (a) Mostre que se for um vetor no
v1 = b, a v2 = b, − a v
plano, então os vetores e são ortogonais a .
(b) Use o resultado da parte (a) para determinar dois vetores
v = 3i − 2 j
unitários que são ortogonais ao vetor . Esboce os vetores
v v1 v2
, e (não os vetores posição).
(a) (b)
(c)
21. O que você entende por produto vetorial entre dois vetores?
Determine dois vetores unitários que são perpendiculares ao plano
determinado pelos pontos A(0,-2,1), B(1,-1,-2) e C(-1,1,0). Lembre-
se que dois vetores determinam um plano no espaço.
v2 × v3
22. Se v1 , v2 e v3 são vetores não coplanares e se k1 = ,
v1 ⋅ ( v2 × v3 )
v3 × v1 v1 × v2
k2 = e k3 = (esses vetores aparecem no
v1 ⋅ ( v2 × v3 ) v1 ⋅ ( v2 × v3 )
450 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
x, y , z = −1, 0, 2 + t −1,3,0 .
∂N ∂M
∫ [ M dx + N dy ] = ∫∫R ∂x −
C
dA (Teorema de Green),
∂y
∫ xy dx + ( y + x ) dy onde C é o círculo x
2
calcule + y 2 = 1.
C
( ) (
42. Seja F ( x, y ) = 2 x + y 3 i + 3xy 2 + 4 j . )
a) Mostre que ∫C F ⋅ dr é independente do caminho.
( 2,3)
b) Calcule ∫(0,1) F ⋅ dr .
43. Mostre que a integral de linha
( 3,1)
∫( −1,2) ( y ) ( )
2
+ 2 xy dx + x 2 + 2 xy dy
∫C y dx + 2 xy dy
2
47. Calcule o valor da integral de linha ao longo
Regras de Derivação
du dv
Considerando u = f ( x ) , u ' = e v ' = , temos que:
dx dx
d d
1. [ cu ] = cu ' 2. [u ± v ] = u '± v '
dx dx
d d u u ' v − uv '
3. [u ⋅ v ] = u ' v + uv ' 4. =
dx dx v v2
d d n
5. [c] = 0 6. u = nu n −1u '
dx dx
d d u
7. [ x] = 1 8.
dx
u = ( u ') , u ≠ 0
u
dx
d u' d u u
9. [ln u ] = 10. e = e u'
dx u dx
d u' d u
11. [log a u ] = 12. a = au ( ln a ) u '
dx ( ln a ) u dx
d d
13. [sen u ] = ( cos u ) u ' 14. [cos u ] = − ( sen u ) u '
dx dx
d d
15.
dx
(
[ tg u ] = sec2 u u ') 16.
dx
(
[cotg u ] = − cossec2u u ' )
17. 18.
d d
[sec u ] = ( sec u tg u ) u ' [ cossec u ] = − ( cossecu cotg u ) u '
dx dx
REGRAS DE DERIVAÇÃO E INTEGRAÇÃO 457
d u' d −u '
19. [ arcsen u ] = 20. [arccos u ] =
dx 1 − u2 dx 1 − u2
d u' d −u '
21. [arctg u ] = 22. [ arccotg u ] =
dx 1 + u2 dx 1 + u2
d d
23. [senh u ] = ( cosh u ) u ' 24. [cosh u ] = ( senh u ) u '
dx dx
Regras de Integração
FORMAS BÁSICAS
u n +1
∫ u n du =
n +1
+C
du
∫u = ln u + C
∫ e du = e
u u
+C
1
∫ a du = ln a a
u u
+C
!
∫ sen u du = − cos u + C
"
∫ cos u du = sen u + C
∫ sec u du = tg u + C
2
#
∫ cossec u du = −cotg u + C
2
$
458 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
%
∫ secu tgu du = sec u + C
&
∫ cossecu cotgu du = −cossec u + C
∫ tg u du = ln sec u + C
∫ cotg u du = ln sen u + C
∫ secu du = ln sec u + tg u + C
∫ cossecu du = ln cossecu − cotg u + C
du u
!
∫ a −u2 2
= sen −1
a
+C
du 1 u
∫ a 2 + u 2 = a tg
−1
" +C
a
du 1 u+a
#
∫ a 2 − u 2 = 2a ln u − a + C
du 1 u
$
∫u u 2 − a2
=
a
sec −1 + C
a
du 1 u−a
%
∫ u 2 − a 2 = 2a ln u + a + C
u a2
&
∫ a 2 + u 2 du =
2
a2 + u 2 +
2 (
ln u + a 2 + u 2 + C )
u 2 a4
∫u
2
a 2 + u 2 du =
8
(
a + 2u 2 ) a2 + u 2 −
8 ( )
ln u + a 2 + u 2 + C
REGRAS DE DERIVAÇÃO E INTEGRAÇÃO 459
du 1 a + a2 + u2
∫ u a2 + u2
= − ln
a u
+C
du a2 + u 2
∫ u2 a2 + u 2
=−
a 2u
+C
du u
∫ 3
=−
a2 a2 + u 2
+C
( 2
a +u 2 2
)
a2 + u 2 a + a2 + u 2
!
∫ u
du = a 2 + u 2 − a ln
u
+C
a2 + u2 a2 + u 2
"
∫ u2
du = −
u (
+ ln u + a 2 + u 2 + C )
du
#
∫ 2
a +u 2 (
= ln u + a 2 + u 2 + C )
u 2 du u 2 a2
$
∫ a2 + u 2
=
2 2 (
a + u 2 − ln u + a 2 + u 2 + C )
FORMAS ENVOLVENDO a2 − u 2 , a > 0
u a2 u
%
∫ a 2 − u 2 du =
2
a 2 − u 2 + sen −1 + C
2 a
u a4 u
&
∫ u 2 a 2 − u 2 du =
8
(2u 2 − a 2 ) a2 − u2 +
8
sen −1 + C
a
a2 − u2 a + a2 − u2
∫ u
du = a 2 − u 2 − a ln
u
+C
a2 − u 2 1 2 u
∫ u 2
du = −
u
a − u 2 − sen −1 + C
a
460 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
u2 u 2 a2 u
∫ a2 − u 2
du = −
2
a − u 2 + sen −1 + C
2 a
du 1 a + a2 − u2
∫ u a2 − u 2
= − ln
a u
+C
du 1
!
∫ u2 a2 − u 2
=− 2
a u
a2 − u 2 + C
du u
"
∫ 3
=
a2 a2 − u2
+C
( 2
a −u 2 2
)
du u
#
∫ a2 − u2
= sen −1
a
+C
u 2 a2
$
∫ u 2 − a 2 du =
2
u − a2 +
2 (
ln u + u 2 − a 2 + C )
u a4
% ∫ u 2 u 2 − a 2 du =
8
(
2u 2 − a 2 ) u 2 − a2 −
8 ( )
ln u + u 2 − a 2 + C
u 2 − a2 a
&
∫ u
du = u 2 − a 2 − a cos −1 + C
u
u2 − a2 u2 − a2
∫ u2
du = −
u
+ ln u + u 2 − a 2 + C
du
∫ 2
u −a 2
= ln u + u 2 − a 2 + C
REGRAS DE DERIVAÇÃO E INTEGRAÇÃO 461
du u 2 − a2
∫ u2 u 2 − a2
=
a 2u
+C
u 2 du u 2 a2
∫ u2 − a2
=
2
u − a 2 + ln u + u 2 − a 2 + C
2
du u
!
∫ 3
=−
a2 u 2 − a2
+C
(u 2
− )
a2 2
1
∫ ue
au
" du = 2 (
au − 1) eau + C
a
1 n n −1 au
∫u e ∫
n au
# du = u n e au − u e du + C
a a
e au
$
∫ eau sen ( bu ) du =
a2 + b2
( a sen ( bu ) − b cos ( bu ) ) + C
e au
%
∫ eau cos ( bu ) du =
a2 + b2
( a cos ( bu ) − b sen ( bu ) ) + C
!&
∫ ln u du = u ln u − u + C
u n +1
!
∫ u n ln u du =
( n + 1)2
( n + 1) ln u − 1 + C
1
!
∫ u ln u du = ln ln u + C
462 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
FORMAS TRIGONOMÉTRICAS
1 1
∫ sen u du = 2 u − 4 sen 2u + C
2
!
1 1
∫ cos u du = 2 u + 4 sen 2u + C
2
!
∫ tg u du = tg u − u + C
2
!!
∫ cotg u du = −cotg u − u + C
2
!"
1
∫ sen u du = − 3 ( 2 + sen u ) cos u + C
3 2
!#
1
!$
∫ cos
3
u du =
3
( )
2 + cos 2 u sen u + C
1
∫ tg u du = 2 tg u + ln cos u + C
3 2
!%
1
∫ cotg u du = 2 cotg u − ln sen u + C
3 2
"&
1 1
∫ sec
3
" u du = sec u tg u + ln sec u + tg u + C
2 2
1 1
"
∫ cossec3u du = cossecu cotg u + ln cossec u − cotg u + C
2 2
1 n −1
"
∫ sen n u du = − sen n −1u cos u +
n n ∫
sen n −2u du + C
1 n −1
"
∫ cos n u du = cos n −1 u sen u +
n n ∫
cos n −2 u du + C
1
"!
∫ tg nu du =
n −1 ∫
tg n−1u − tg n− 2u du + C
sen ( a − b ) u sen ( a + b ) u
""
∫ sen ( au ) sen ( bu ) du = 2(a − b)
−
2( a + b)
+C
REGRAS DE DERIVAÇÃO E INTEGRAÇÃO 463
sen ( a − b ) u sen ( a + b ) u
"#
∫ cos ( au ) cos ( bu ) du = 2( a − b)
+
2(a + b)
+C
cos ( a − b ) u cos ( a + b ) u
"$
∫ sen ( au ) cos ( bu ) du = −
2(a − b)
−
2( a + b)
+C
"%
∫ u senu du = sen u − u cos u + C
#&
∫ u cos u du = cos u + u sen u + C
FORMAS ENVOLVENDO (a 2
) (
− u 2 e u 2 − a2 )
1 1 u+a
#
∫ a2 − u 2 du = 2a ln u − a + C
1 1 u−a
#
∫ u 2 − a2 du = 2a ln u + a + C
464 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
Referências Bibliográficas
[1] AGUIAR,A.F. A., XAVIER, A.F. S., RODRIGUES,
J .E.M., Cálculo Para Ciências Médicas e Biológicas.
Editora Harbra, São P aulo, 1988 .
[2] ANTON, H., Cálculo – um novo horizonte, vol. 2, 8a edição,
2007.
[3] BELL , D. W. , F ísico -Quí mica, vol. 2 , T homs on,
2005.
[4] BOULOS, P., Cálculo Diferencial e Integral, vol. 2, Makron
Boo ks,1 999.
[5] BOYER, C. B., Hi stória da Matemática, Ed. Ed gard
Blucher, 19 86.
[6] BRADLE Y, G. L. , HOF FMANN, L . D. Cálculo –
Um curso Modern o e suas Aplicações, 7 a e dição, LT C,
2002.
[7] DOGGET T , G. an d SUT CL IFF E, B.T ., Mathe matics
for Che mistr y, 1995 .
[8] EVES, H. , Introd ução à História da Matemática,
Editora da Unica mp, 2 004.
[9] GOLDSTEIN, LARRY J., SCHNEIDER, DAVID I., LAY,
DAVID C. Cálculo e suas Aplicações, Editora Hemus, 1a edição,
2007
[10] GONÇALVES , M . B., FL EMM ING, D. M., Cálculo
A, 6 a edição, Pearson Education, 2 007.
[11] HAL LET T , HUGHES Cálculo de u ma Variável, 3 a
edição, Editora LT C, 2004.
REGRAS DE DERIVAÇÃO E INTEGRAÇÃO 465
CAPÍTULO 1
EXERCÍCIOS 1.1
1 1 1
a) (2 + 3x 2 )9 + C b) 2 ( x + 3) 2 − 2arctg ( x + 3) 2 + C
54
1
(
c) ln et + 4 + C ) d)
5
sen ( 5 x − 2 ) + C
7 5 3 5 3
2 4 2 2 2
e) (1 + x ) 2 − (1 + x ) 2 + (1 + x ) 2 + C f) ( x + 1) 2 − ( x + 1) 2 + C
7 5 3 5 3
2 5
8 3 1
g) ( t − 4 ) 2 + ( t − 4 ) 2 + C h) ln sec x 2 + C
5 3 2
14 1 2 2
3 3 3 2
i)
14
x − 18 x 6 + 6 x 3 + C j)
10
(
x +4 ) (x
3 2
)
−6 +C
7 4
3 27
k) 2 x − 3 3 x + 6 6 x − 6 ln ( 6
)
x +1 + C l)
7
( x + 9) 3 − ( x + 9) 3 + C
4
9 4
5 5 2 x−2
m) ( 3x + 2 ) 5 − ( 3x + 2 ) 5 + C n) arctg +C
81 18 3 3
7 5 3
2 4 2
o)
7
(
1+ ex ) 2 −
5
(
1 + ex ) 2 +
3
(1+ ex ) 2 +C
EXERCÍCIOS 1.2
1.
x3 1
a) x ( ln x − 1) + C b) ln x − + C
3 3
1
( )
c) 2 − x 2 cos x + 2 x sen x + C d) e x ( sen x − cos x ) + C
2
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 467
1
e)
2
( -cossec x cot g x + ln cossec x − cot g x ) + C
e −2 x 1
f) − x+ +C g) − x cos x + sen x + C
2 2
3
1 2
2
(
h) x arctg x − ln 1 + x 2 + C ) i) x 2 ( 3ln x − 2 ) + C
9
j) cos x (1 − ln ( cos x ) ) + C k) x sec x − ln sec x + tg x + C
1 x
l) −e − x [ x3 + 3x 2 + 6 x + 6] + C m) cos5 x + sen5 x + C
25 5
e3 x 2
n)
27
9 x − 6 x + 2 + C ( )
o) x 2 − 2 sen x + 2 x cos x + C
−e−2t 1 1
2. p(t ) = t + +
2 2 4
EXERCÍCIOS 1.3
sen 5 x b)
1 1 1
x − sen4 x + sen 3 2 x + C
a) +C
5 16 64 48
cossec7 x cossec5 x 1 2 1
d) − cos3 x + cos5 x − cos 7 x + C
c) − + +C
7 5 3 5 7
cos 4 x tg 5 x tg3 x
e) − +C f) − + tg x − x + C
4 5 3
2 2 1 2 1
g) cos 7 x − cos3 x + C h) tg9 x + tg 7 x + tg5 x + C
7 3 9 7 5
tg 4 x j) tg x − cotg x + C
i. +C
4
1
k) sen x − sen 3 x + C
3
468 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
1 1 1
l) − cossec3 x cotg x + cossec x cotg x − ln cossec x − cotg x + C
4 8 8
EXERCÍCIOS 1.4
1.
1 x 1 x2 + 3 3
a) arctg + C b) ln − +C
2 2 3 x x
x x 2 − 16 9 x x
c) ln + +C d) arcsen + 9 − x2 + C
4 4 2 3 2
625 x x
e)
8
arcsen +
5 8
(
25 − x 2 25 − 2 x 2 + C )
x2 − 1
f) ln x + x 2 − 1 − +C
x
EXERCÍCIOS 1.5
5 x−3
a) + 6ln x + 2 + C b) ln x − 1 + 5ln +C
x+2 x−2
c) 3ln x − ln x + 3 + 2ln x − 1 + C d) x 2 − 2 x + 2 ln x + 1 + C
1
( )
e) ln x 2 + 1 +arctg x −
x −1
− 2ln x − 1 + C
1
f) 9 x − ln ( x + 1) − 12arctg x + ln x + C
2
2
3 3 2 1
g) 2 x + − 5ln x + 3 + C h) ln x + 2 + ln x − + C
x+3 5 5 2
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 469
EXERCÍCIOS EXTRAS
1.
10
1) x + 7 ln x − 1 − +C 2) 2 arcsec x + C
x −1
2 1 x2 + 9 3
3) 3t 3 − +C 4) ln − +C
t 3 x x
−1
5) +C 6) tg x + C
1 + tg x
1 1 1 1
7) − +C 8) ln +C
4 x + 1 x − 1
2 − sen x
1 x 1
9) arctg + C 10) tg 5 x − x + C
4 4 5
2 12) 3 arcsen x + C
11) arctg t + C
3
1 1
13) ( 2 y )3 − 2 y + C 14) −e x +C
3
1 x
( )
15) x + 4ln x + ln x 2 + 4 − arctg + C
2 2
17)
16)
( )
3 + 2 x2 x2 − 3
+ C 1 sen 3 2θ sen 5 2θ
− +C
27 x3 2 3 5
x2 1
18)
4 4
( )
+ x − ln x 2 + 1 +arctg x + C
2x
e −1 1
19)
4
( ) ( )
+ sen e 2 x − 1 cos e 2 x − 1 + C
4
1 2
20) − xe − x + C 21) − cotg5 x − cotg3 x − cotg x + C
5 3
1
22) 5ln x + 1 − − 3ln x − 5 + C
x +1
470 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
1 1
23) e2 x − − 6 +C 24) 4 − x 2 + ln x + 4 − x 2 + C
cos x 3 x
1 2 x x x
25) +C 26) e sen + 2cos + C
(
2 16 − x 2 ) 5 2 2
2 x
4
1 2
27) e x − x 2 + 1 + C 28) tg x + C
4 2
−x − 2 2 x +1
29) − arctg +C
( 2
2 x + 2x + 3 ) 4 2
30) ( x − 1) tg x + ln cos x + C
5
3.
2
1 1 2
4. p ( t ) = cos3 t − cos t + 10t +
9 3 9
5. ≈ 0,082
CAPÍTULO 2
EXERCÍCIOS 2.1
5.
1 3 3
a) y +
3
(
y − x +C =0 ) b) y = 2e x
c) y 2 − 2 y − x3 − 2 x 2 − 2 x − 3 = 0 ( )
d) y = − 2 ln 1 + x 2 + 4
2 3 2 2
e) ln y + y − sen x − = 0 f) y = ± ln 1 + x3 + C
3 3 3
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 471
1 2 2
g)
2
( )
y − x 2 + e y − e− x + C = 0 h) y = 2
x −C
−1 e2 x
i) y = j) y = ± 4 +C
x+C 2
2 x2
k) y = ± x 2 + C l) ( ln y ) − +C =0
2
6. a) y = tg ( x − 1) b) x = 2et ( t − 1) + 3
7. k = 3 ou k = 3.
−2
8. y = 2
x + 4x − 2
4
9. Considerando 0 ≤ y < 4 temos y ( t ) = −2 2
, onde
t
1 + Ce 3
4 − y0
C= .
y0
a) t → +∞ ⇒ y ( t ) → 4.
1 1
10. y ( x ) =
8
( )
1 − e −2 x ; y ( x ) → quando x → ∞.
8
EXERCÍCIOS 2.2
( )
1. C ( t ) = C 1 − e − kt , onde k é a constante de proporcionalidade.
1 1 − x0
6. x ( t ) = −βt
, C=
1 + Ce x0
EXERCÍCIOS 2.3
1.
1 sen x
a) y ( x ) =
2
( 2
3e x − 1 ) b) y ( x ) =
x2
1 1 x3
c) y ( x ) = x − + e −2 x + Ce −3 x d) y ( x ) = e 2 x + C
3 3 3
3 cos 2 x
e) y ( x ) = sen 2 x + +C f) y ( x ) = 2e 2 x ( x − 1) + 3e x
2 2 x
x3 C 1
g) y ( x ) = +
5 x2 2
(
h) y ( x ) = e−2 x x 2 − 1 )
3. t ≈ 7h,42min
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 473
5. Aproximadamente 25ºC.
( )
6. i ( t ) = 0,3 1 − e−100t , i ( t ) → 0,3 quando t → ∞.
( )
7. q ( t ) = 0,01 1 − e−50t , i ( t ) = 0,5e−50t .
EXERCÍCIOS EXTRAS
1.
a) a = 0 ou a=2 b) a = 0 ou a = 1/3
2.
1
1 5 2
1
a) y ( x ) = − e− x + e x −x
b) y ( x ) = (1 + x2 2 )
2 2 2
15
( 2 + x )2 + 1
3 3
c) y ( t ) = et −t + e −t d) y ( x ) =
16
4 x5 − x5
esen t t 2
e) y (t ) =
2
e +3 ( ) 1
f) y ( x ) = e
5
5 4
+ e
5
5
15 1
g) y ( x ) = h) y ( x ) = x −
x2 + 9 x
1 1 5
3. y ( x ) = + y0 − e− x .
5 5
1 1
a) A solução é decrescente para y0 > e crescente para y0 < .
5 5
1
b) y ( x ) → quando x → ∞ e independe do valor de y0.
5
474 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
4 y0
4. y ( x ) = .
x2 − 9
a) x > 3 para y0 ≠ 0 e ¶ < x < ¶ para y0 = 0.
b) y(x) → 0 quando x →¶ e independe do valor de y0.
8. 4,06 gramas.
−1
t
(
9. a) Q ( t ) = e100 t 2 + 100 )
1
−
b) C (10 ) = 2e 10 gramas por litro.
10. y0 = 64
11. t ≈ 2,71 h
12. t ≈ 0,5 h
13. 760
14. 11 horas
−t
60 1 − e 10 , 0 ≤ t ≤ 20
17. i ( t ) =
−t
( )
60 e 2 − 1 e 10 , t > 20
−
( t −t1 )
18. E ( t ) = E0e RC
19. P ( t ) = P0 e k sen t
CAPÍTULO 3
EXERCÍCIOS 3.2
EXERCÍCIOS 3.3
1 1
1. a) (1,2,0) b) , ,4
2 2
2 2 2
2. a) ( x − 2 ) + ( y − 2 ) + ( z − 3) = 25
2 2 2
b) ( x + 3) + ( y − 2 ) + ( z − 2 ) = 4
2 2
3 5 17
c) x − + y − + z 2 =
2 2 2
476 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
7 7
3. a) C ,0,0 ; r =
2 2
5
b) C (1,3, 2 ) ; r =
2
EXERCÍCIOS 3.4
1.
a) f ( −1, 2 ) = −1 b) f ( b, x ) = 3b + x
f ( x + ∆x, y ) − f ( x, y ) f ( x , y + ∆y ) − f ( x , y )
c) =3 d) =1
∆x ∆y
2. a) D = {( x, y ) ∈ ℝ 2
: x2 + y2 ≤ 4 }
b) D = {( x, y ) ∈ ℝ 2
: y ≥ x2 }
c) D = {( x, y ) ∈ ℝ 2
: y ≠ ± x}
x
d) D = ( x, y ) ∈ ℝ 2 : y < − + 2
2
3. a) f ( 2,1) = 5
b) f ( 3a , a ) = 9a 3 + 1
c) f ( ab, a − b ) = a 2 b 2 ( a − b ) + 1
4. a) f ( x ( t ) , y ( t ) ) = t 2 + 3t10
b) f ( x ( 0 ) , y ( 0 ) ) = 0
{
5. D = ( x, y ) ∈ ℝ 2 : x ≠ y 2 . }
3x 7
6. a) D = ( x, y ) ∈ ℝ 2 : y ≠ − ; f ( 2,1) = ; f ( 6, −4 ) = 0.
2 8
{ }
b) D = ( x, y ) ∈ ℝ 2 : y ≥ ± x ; f ( 4,5) = 3; f ( −1, 2 ) = 3.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 477
EXERCÍCIOS 3.5
1.
a) b)
y y
4 4
2 2
x x
-6 -4 -2 0 2 4 6 -6 -4 -2 0 2 4 6
-2 -2
-4 -4
c) d)
6 y 6 y
4 4
2 2
x x
-6 -4 -2 0 2 4 6 -6 -4 -2 0 2 4 6
-2 -2
-4 -4
-6 -6
3.
a) b)
6 y 10 y
4 8
2 6
C=-3
C=9
4
-6 -4 -2 0 2 4
-2 C=1
2
C=4
-4
C=2 -6 -4 -2 0 2 4
-6 -2 C=0
478 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
( )
5. T 1,13;31,275 × 103 = −273,49 C
EXERCÍCIOS EXTRAS
x=0 ⇒ z− y=4
1.
y = 0 ⇒ 2x + z = 4
2 2 2
2. ( x − 1) + ( y − 2 ) + ( z − 3) + 1 = 0
4. a) d = 18 b) d = 206
5. (6,4,7)
7. P(3,3,3)
5 5
8. C ,0,0 ; r =
2 2
10. a) 5 b) 9a 3 + 1 c) a 2b 2 ( a − b ) + 1
F ( 0, 09;60 ) = 722,84
11.
F ( 0,14; 240 ) = 8090,13
A ( 500;0,10;5 ) = 824,36
12.
A (1500;0,12;20 ) = 16534,76
f (1, 2 ) = 0
13.
f (1, 4 ) = 6
14. f ( x + ∆x, y ) = 3 xy + y 2 + 3 y ∆x
f ( x, y + ∆y ) − f ( x, y )
= 3x + 2 y + ∆y
∆y
15. 0,7%
17.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 479
a) b) c)
10 y y
6
8
4
6
2
4
-6 -4 -2 0 2 4 6
2
-2
-6 -4 -2 0 2 4 6 -4
-2
-6
d) e) f )Todo o plano xy
y y
6 6
4 4
2 2
-6 -4 -2 0 2 4 6 -6 -4 -2 0 2 4 6
-2 -2
-4 -4
-6 -6
19. a) D = { x ∈ ℝ : x ≠ 2}
b) D = {( x, y ) ∈ ℝ 2
: x ≠ 2}
20. V = π r 2 h
Do ponto de vista matemático: D = ( r , h ) ∈ ℝ2 { }
480 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
4 4
2 2
x x
-2 -1 0 1 2 3 -2 -1 0 1 2 3
-2 -2
-4 -4
-6 -6
c) D = {( x, y ) ∈ ℝ 2
: x 2 + y 2 ≤ 16} d) D = {( x, y ) ∈ ℝ 2
: 2 x − y > 0}
y y
6 6
4 4
2 2
x x
-6 -4 -2 0 2 4 6 -6 -4 -2 0 2 4 6
-2 -2
-4 -4
c) d)
e) f)
g) h)
34. ye x = 2
y
x
-2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
-1
-2
15
10
V=0,5
5
V=1
x
V=2
-20 -15 -10 -5 0 5 10 15 20
-5
-10
-15
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 483
38.
41. a) 1,14x10-4
43. a) b) z = x 2 y − 3 para z = 0
y
6
x
-6 -4 -2 0 2 4 6
-2
-4
45.
a) b)
y y
3
4
2 y=4/x
1
x x
-3 -2 -1 0 1 2 3 -4 -2 0 2 4
y=1/x -1
y=2/x
-2
y=3/x -2
-4
-3
484 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
CAPÍTULO 4
EXERCÍCIOS 4.1
2.
a) z x = 5 y 3 ; z y = 15 xy 2 12 xe y
b) z x =
2x2 − 1
( )
; z y = 3e y ln 2 x 2 − 1
c) z x = y cos x ; z y = sen x
d) z x = 7 ye2 xy (1 + 2 xy ) ; z y = 7 xe2 xy (1 + 2 xy )
6 x2 8 x3 3 −3
e) z x = ; zy = f) z x = ; zy =
1− 4y (1 − 4 y )2 x y
( ) ( )
g) z x = 2 x cos x 2 − y sen x 2 y ; z y = − x 2 sen x 2 y + 9 y 2
1
h) z x = e xy [1 + y ( x − ln y )]; z y = e xy x( x − ln y ) −
y
x 2 + 2 xy − y x − x2
i) z x = ; zy =
( x + y )2 ( x + y )2
j)
1 z3 y3 yz
fx = − 2
+
x + y ( x + z) 2 xyz
1 3z 2 y 2 x xz
fy = − +
x+ y x+z 2 xyz
2 zy 3 x 2 z 2 y3 x xy
fz = − 2
− 2
+
( x + z) ( x + z) 2 xyz
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 485
∂V R ∂Vm RT
4. m = ; =− 2
∂T P P ∂P T P
5.
f x ( 3, 2 ) ≈ 12, 2
f x ( 3; 2, 2 ) ≈ 16,8
EXERCÍCIOS 4.2
dT V dP P dV
1. = +
dt k dt k dt
dT 1 dP 2ab − aV dV
2. = (V − b) +P+
dt k dt V3 dt
dV dA
3. a) = 0,88π cm3/min b) = 0,3π cm2/min
dt dt
dS
4. = 0,07626 cm2/ano
dt
dW
b) = −1,1 (Nestas condições, a produção de trigo diminuirá
dt
cerca de 1,1 unidades por ano.)
dI
6. = −3,1× 10−5 A / s
dt
dV
7. = −0,27
dt
dw
8. (t = 0) = 4
dt
21
10. −
6
dz 6 yt − 3x dz 2
11. a) = b) = 9 ( x + 6 y ) 1 + 18t 2
dt ( x − y )2 dt
∂f 2 ∂f
12. a) G ' ( t ) = 2tet + cos t
∂x y ∂y x
∂f dx ∂f dy
b) G ' ( 0 ) = (1, 0 ) (1, 0 ) + (1, 0 ) (1,0 ) = 5
∂x y dt ∂y x dt
EXERCÍCIOS 4.3
2. z = x − 4
2 5 5 4
3. z = x + z= y+
3 3 3 3
4. f x (1, 2 ) = −8 (coeficiente angular da reta tangente à curva de
nível gerada, no plano yz, quando se fixa x = 1)
f y (1, 2 ) = −4 (coeficiente angular da reta tangente à curva de
nível gerada, no plano xz, quando se fixa y = 2)
4
5. (a) x = 0 e x = 3
(b) x = 0 e x = 1
9
∂T
6. ( 2,3) = −2, 4 (a partir do ponto (2,3) do plano xT, para
∂x y
cada uma unidade que você anda (aumenta), na direção do eixo x, o
valor de z diminui de 2,4 unidades)
∂T
( 2,3) = −9 (a partir do ponto (2,3) do plano yT, para
∂y x
cada uma unidade que você anda (aumenta), na direção do eixo y, o
valor de z diminui de 9 unidades)
488 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∂I
7. (a) = 0,885 + 1, 2h (taxa de variação da temperatura
∂t h
aparente em relação a temperatura do ar, mantendo a umidade
relativa do ar como constante).
∂I
= −22, 4 + 1, 2t (taxa de variação da temperatura
∂h t
aparente em relação a umidade relativa do ar, mantendo a
temperatura do ar como constante).
∂I ∂I
(b) = 1,845 e o = 16
∂t h = 0,8 ∂h t =32
EXERCÍCIOS 4.4
1. a) D = {(V , T ) ∈ ℝ 2 : V > 0, V ≠ b}
∂P RT 2a ∂P R
b) =− 2
+ 3 ; = ;
∂V T (V − b ) V ∂T V (V − b )
∂2 P 2 RT 6a
2 = 3
− 4
∂V (V − b ) V
∂ 2Vm R ∂ 2Vm
3. = − =
∂P ∂T P 2 ∂T ∂P
(
4. a) Não satisfaz o teorema f xy ≠ f yx )
(
b) Satisfaz o teorema f xy = f yx )
6. a) f xx = 2 + 8 y 2 ; f xy = 16 xy ; f yx = 16 xy ; f yy = −18 y + 8 x 2
1 1
b) f xx = − 2
; f xy = 0 ; f yx = 0 ; f yy = − 2
x y
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 489
c)
f xx = y 2 e xy ; f xy = e xy +xye xy ; f yx = e xy + xye xy ; f yy = x 2 e xy
4 xy
d) f yx = − 2
(x 2
+ y2 )
−1 z2
e) f zz = 1+ 2 2 2
1− x − y − z 1− x − y − z
2 2 2
− xy
f yx = 3
(1 − x2 − y2 − z 2 ) 2
EXERCÍCIOS 4.5
4. Os números são: x = y = z = 8
5 1
9. A antena deve ser instalada no ponto , −
4 4
EXERCÍCIOS 4.6
1. a) df = 2 x sen y dx + ( x 2 cos y + 3 y ) dy
2
b) df = x e xy (2 + xy ) dx + x3 e xy − 3 dy
y
2x 2y
c) df = 2 2
dx + 2 2
dy + sec 2 z dz
x +y x +y
d) df = (2 xz − z 2t ) dx + 4t 3 dy + ( x 2 − 2 xzt ) dz + (12 yt 2 − xz 2 ) dt
3) Falta 0,03459 m3
7. dI = −0,01A
dV
9. a) = α dT − β dP
V
b) Quando α = 0 e β = 0, tem-se que V = cte (que significa que se
trata de um fluido (líquido) incompressível.
c) 24 bar ⋅ C-1
d) V2 = 1, 267 cm3
EXERCÍCIOS 4.7
3 3
1. a) dU = VdP + PdV
2 2
3 5
c) δ QR = VdP + PdV
2 2
∂m ∂m ∂m
2. dm = dE + dQ onde dE é a variação de m
∂E Q ∂Q E ∂E Q
∂m
em relação a E mantendo-se Q constante e dQ é a variação
∂Q E
de m em relação a Q mantendo-se E constante
3. Não é exata
EXERCÍCIOS 4.8
492 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
z
4 xyz − − y2 z2
∂y y
1. a) = ;
∂x z 2 xyz 2 − 2 x 2 z − xz
y2
x
3z 2 − + 2 x 2 y − 2 xy 2 z
∂y y
∂z = xz
x 2 xyz 2 − 2 x 2 z − 2
y
cos( x + y ) sen( x − y )
+
∂y 2 − z3 z2
b) =
∂x z sen( x − y ) − cos( x + y )
z2 2 − z3
3 z 2sen( x + y ) 2cos( x − y )
+
∂y (2 − z 3 )2 z3
= sen( x − y ) cos( x + y )
∂z x −
z2 2 − z3
a
2. Considere F ( P , T ,V ) = P + (V − b ) − RT = 0 e utilize
TV 2
derivação implícita.
a (V − b)
R+
∂V T 2V
2
=
∂T P P − a (2b − V )
3
TV
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 493
EXERCÍCIOS EXTRAS
∂z
1. a) ; = 2 x 2 − sen ( x + y )
∂y x
∂z
b) = e x − y cos ( x + y ) + sen ( x + y ) ;
∂x y
∂z x− y
= e cos ( x + y ) -sen ( x + y )
∂y
x
∂f ∂f
2. a) = 20 x3 y 3 + 6 x 2 y − 7 ; = 15 x 4 y 2 + 2 x3
∂x y ∂y x
∂z 1 x ∂z 1 y x x
b) = 2 f ' ; = − 2 f − 3 f '
∂x y y y ∂y x y y y y
∂z 1 x x
c) = − f ' cos sen ;
∂x y y y y
∂z x x x
= 2 f ' cos sen
∂y x y y y
∂z x 2 + 2 xy − y ∂z x − x2
d) = ; =
∂x y ( x + y )2 ∂y x ( x + y )
2
∂z 2 x4
(
e) = 3 x 2 ln 2 − x 2 − y −
∂x y
)
2 − x2 − y
∂z x3
= −
∂y x 2 − x2 − y
494 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∂z ∂z
f) = 3 ye 2 xy [1 + 2 xy ] ; = 3 xe 2 xy [1 + 2 xy ]
∂x y ∂y x
∂z 3 x 1 ∂z 3x x 1
g) = − sen + ; = 2 sen −
∂x y y y x ∂y x y y y
∂w ∂w x −1
h) = 7 y x ln y ; = 7 xy
∂x y ∂y x
∂w
3. (1,1) = 17
∂x y
1
4. f ( x, y ) = x 4 y 2 − 7 xy + ln y 2 + 1 + K
2
fx = 6 y f x = 6x f x = 6 xe y
5. a) b) c)
f y = 6x fy = 2 f y = 3x 2e y
2x 1
fx = hx =
f x = 3 + 2 ye xy y 1+ ey
d) e) f) xe y
f y = 2 xe xy x2 hy = −
fy = − 2
y2 (
1+ ey )
1
f x = 6 ( 3x − y + 4 ) f x = − e xy + ( y − ln x ) ye xy
g) h) x
f y = −2 ( 3 x − y + 4 )
f y = e + ( y − ln x ) xe xy
xy
3y y y
fx = f x = 2 xsen − y cos
ey x x
i) j)
3 x (1 − y ) y
fy = f y = x cos
ey x
5 RT
3
3R e 2P
3 (
6. a) CV = b) S = R ln ⋅ 2π mkT ) 2
2 Lh
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 495
5TR 2 3R C P 5 RT
c) R d) +1
2 P + 2 CV
=
3P
∂V nR
7. = 2
∂T P , n n a 2nb
P − 2 1 −
V V
∂V nb − V
= 2
∂P T , n n a 2nb
P − 2 1 +
V V
∂H RI 2
8. = calorias/seg
∂t I 4,18
∂P 760 ρ0 ∂ρ 760 ρ0 T
9. = e =− 2
1+
∂T P 273P ∂P T P 273
∂A 21π ∂A 67π
10. a) = b) =
∂h r 58 ∂r h 58
1 1 ∂P
11. B = =− = −V
β 1 ∂V ∂V T
V ∂P T
m ∂µ ∂ m m µ
µ= ⇒ = = − 2 = −
V ∂V T ∂V V
T V V
µ ∂V
⇒ V =− = −µ
∂µ ∂µ T
∂V T
∂V ∂P ∂V ∂P ∂P
⇒ B = − −µ ⋅ = µ = µ
∂µ T ∂V T ∂µ T ∂V T ∂µ T
496 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
∂H
12. é uma constante positiva ⇒ H é função crescente da
∂T P
temperatura e que H é linear. Portanto, a isóbara é uma reta com
5
R
coeficiente angular positivo e igual a 2 . Somente com a
dx 1
b) =−
dy 2
∂S nR
23. (a) =
∂V T V
∂T ∂U ∂U
∴ ⋅ = −
∂V U ∂T V ∂V T
Como
∂T ∂U
µ J ⋅ CV = ⋅
∂V U ∂T V
∂U
segue que µ J ⋅ CV = −
∂V T
498 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
CAPÍTULO 5
EXERCÍCIOS 5.1
ab ( a + b )
1. 43,5 2.
2
πb 1
3. 4.
2 2
a2
5.
3
EXERCÍCIOS 5.2
1. 0,1 2. 448
1 1 1 1
3. a) ∫0 ∫y f ( x, y ) dxdy b) ∫−1 ∫x f ( x, y ) dydx
2
EXERCÍCIOS 5.3
16
1. a) b) 8 3
3
4 2 2 −1
2. 104 3.
3 5
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 499
EXERCÍCIOS 5.4
1 8 8
1. a) P = e
CG = ,
8 15 15
8 5 9
b) P = e CG = ,
3 4 16
1 2
2. C = ,
2 5
EXERCÍCIOS 5.5
8
1.
35
15 15
2. a) I x = e Iy =
77 63
3 1
b) I x = e Iy =
2 2
9
3. a) VM = 16 b) VM = c) VM = 0
2
e2 − 3
d) VM =
4
EXERCÍCIOS 5.6
3π 7π
1. ( −2, 2 ) → 2 2, → −2 2,
4 4
( 4,0 ) → ( 4,0 ) → ( 4, 2π )
3π
( 0, 4 ) → 4,
π
→ −4,
2 2
5π
( 3,3) → 3, → −3,
π
4 4
5π
( −1, −1) → 2, → − 2,
π
4 4
( −1,0 ) → (1, π ) → ( −1,0 )
500 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
(1,2 ) → ( ) (
5,70 → − 5,250 )
EXERCÍCIOS 5.7
π
r
1. A = 4 ∫ ∫
2
0 0
rdrdθ = π r2
4 2 1 3π
2. − −
3 4 32
26π π π
3. a) 2,634 b) 39 c) d) −
3 2 2e 4
EXERCÍCIOS 5.8
1. a) P(0,3,1) b) P(3,0,-6) c) P(-1,0,e)
7π 4π
2. a) 2, ,2 b) 2, , 2
4 3
6 6
3. a) (0,0,0) b) (0,0,-2) c) , ,1
2 2
π π π
4. a) 2, π , b) 2, ,
2 4 4
π
5. a) (0,0,2) b) 8, ,0
6
π π π π
6. a) 2, , b) 2, ,
4 2 2 4
4π 15π
7. 384π 9. 10.
5 16
EXERCÍCIOS EXTRAS
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 501
y
2 2 1 4 1 e e
2. (a) ∫ ∫ 0 0
2 e y dxdy
(=
4
e −1 ) (b) ∫0 ∫e y
ydxdy =
2
+1
2 y 4
(c) ∫0 ∫0
y ( )
cos xy 2 dxdy = 0,38
3.
(a) (b)
1 − cos 64
4. (a) 21,3 (b) 39,06 d) e)
3
0,54 f) 0,035 g) 1
64π 5π
5. (a) (b)
5 2
6. (a)
(
e3 − 10 ) (b) 3,46
3
7.
8 (b) 1,35
(a)
3
502 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
(c) 0,54
2 4 1 3 y
8. a) ∫0 ∫2 y f ( x, y ) dx dy b) ∫0 ∫ y f ( x, y ) dx dy
2 2 e2 2
c) ∫∫
0 1
f ( x, y ) dx dy + ∫
e ∫
ln y
f ( x, y ) dx dy
9
9.
4
10. V = 4π
16π − 32
15. V =
3
16. e -1
17. Área= 27,87
1
18. (1 − cos8 )
3
19. 24
20. -25,5
2 2
21. − e − R
3 3
23. kA
1 1− y 2
24. Falsa. V = 8 ∫ ∫ 1 − x 2 − y 2 dxdy.
0 0
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 503
8
25.
3
CAPÍTULO 6
EXERCÍCIOS 6.1
1. O vetor posição <3,2> aponta para o ponto (3,2) no plano xy.
→
3. PQ = Q − P = −3, 2,3
4. w = v − u
→ → →
5. AB + BC = AC
7. a) u = −2,3 b) u = 0,0,3
8. 3, −1 + −2, 4 = 1,3
u = 14 , u + v = 1,0, −4
9. a)
2u = −6, −4, −2 , 3u + 4v = 7, 2, −15
u = 5 , u + v = 1, −1,3
b)
2u = 2, −4,0 , 3u + 4v = 3, −2,12
10. Módulo de um vetor é o tamanho desse vetor. v = 21
6 4 2
11. − , ,−
56 56 56
504 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
EXERCÍCIOS 6.2
3
1. a) u ⋅ v = −3 ; cos θ = −
205
20
b) u ⋅ v = −20 ; cos θ = −
630
2. u ⋅ v = 3
3. u ⋅ v = −34 ⇒ u e v formam um ângulo obtuso
7
4. k =
5
2 2
5. compv u = compu v =
5 5
6. W = -12 lb metro
7. W = 375 libras ⋅ pés
EXERCÍCIOS 6.3
1. a) 3i − 4 j + 2k
b) 2i − j + 3k
2. a) escalar b) não faz sentido c) vetor
d) não faz sentido
2 1 1 2 1 1
3. − ,− , e , ,−
6 6 6 6 6 6
4. ≈ 32,19
EXERCÍCIOS 6.4
1.
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 505
EXERCÍCIOS 6.6
c) ≈ 54,73
4 3
5. u = ,− e u = 0,1
5 5
6. b) −12,92
EXERCÍCIOS 6.7
170
1. a) 70 b) c) 58
3
34 16
2. a) b) 48 c) −
7 3
3. a) é exata b) é exata
64
4. ∫ C1
dz =
3
; ∫
C2
dz = 20
5. -3
6. ∫ F dx + G dy = 31
C
EXERCÍCIOS 6.8
1. a) v (1) = 2,3 e a (1) = 2,6
π π
2. a) v = 0,87i − 6,93 j e a = −0,5i − 8 j
6
6
1 1 1 2
4. a) v ( 2 ) = − i − j e a ( 2 ) = i + j
2 3 2 9
b) v ( 0 ) = 2i − j e a ( 0 ) = 4i + j
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 507
v ( 2 ) = 0,6 v ( 0 ) = 2, 24
t3
( ) (
5. a) r ( t ) = + 2 i + 3t 2 + t − 3 j + 2t 4 + 1 k )
3
t2
( ) ( )
b) r ( t ) = 7 + t 3 + t i + 2t − t 4 j + 1 + − 3t k
2
6. b) r ' ( t ) = 2i + 2tj
7.
x = 2+t
y = 4 + 4t
z = 8 + 12t
EXERCÍCIOS 6.9
32
a) e −1 b) c) −24π
3
EXERCÍCIOS 7.0
1
1. − 2. 12π 3. M = 2p 2
12
4. W = 29/60 J 5. Escoamento = p/2 – 1/2
EXERCÍCIOS 7.1
1. a) φ ( x, y ) = x 2 + xy 3 + 4 y + c ; 66
2. a) φ ( x, y ) = x 3 y + 2 x + y 4 + c
508 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
b) φ ( x, y ) = x 2sen y + 4 e x + c
3. a) φ ( x, y ) = xy 2 + x 2 y; 14
b) φ ( x, y ) = e x sen y + c; e
EXERCÍCIOS EXTRAS
→ → → → → →
1) a) CD + DA = CA b) BC − DC = BD
3. a) u = 3,2 b) u = 2,0, −2
5. a) u = 13 ; u + v = 1,3 ; u − v = −7,1 ;
2u = −6, 4 ; 3u + 4v = 7,10
b) u = 13 ; u + v = 3i + j ; u − v = i − 7 j ;
2u = 4i − 6 j ; 3u + 4v = 10i + 7 j
9 5 12 5
6. a) ,− b) i − j
106 106 13 13
8 1 4
c) i − j+ k
9 9 9
9. u = −3, 4,0
10. B = ( −1,3,1)
11. a) −i + 4 j − 2k b) 18i + 12 j − 6k c) −i − 5 j − 2k
7 5 6 5
12. u = , 0, −
5 5
2 2 2 2
13. u = ,− e v= − ,
2 2 2 2
RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS 509
16 8 1 2
17. 3,1, −2 = , 0, − + − ,1, −
5 5 5 5
19. −5 3
1 2 1 1 2 1
21. w1 = i+ j+ k e w2 = − i− j− k
6 6 6 6 6 6
23. Precisamos de um ponto por onde a reta passa e de um vetor
direção ou de dois pontos por onde a reta passa.
x = −1 − t
25. y = 3t
z=2
26. P (1, 2,2 ) e v = 0,0,0
32 23
37. a) − b)
3 6
2 6
40. a) b) Na direção do vetor gradiente 2, −4, −8
3
c) 84 d) Na direção contrária a do gradiente −2,4,8
510 CÁLCULO PARA UM CURSO DE QUÍMICA
x2 y2
41. f ( x, y ) = +K
2
42. 30
77
43.
12
46. Não é conservativo
47. 13
48. 16
49. 2ka2
Texto sobre as Autoras
Sidinéia Barrozo