Pedras Preciosas Do Grego 1 - Inverno

Sumário
Palavra do Editor
Prefácio
Introdução
21 de junho
22 de junho
23 de junho
24 de junho
25 de junho
26 de junho
27 de junho
28 de junho
29 de junho
30 de junho
1 de julho
2 de julho
3 de julho
4 de julho
5 de julho
6 de julho
7 de julho
8 de julho
9 de julho
10 de julho
11 de julho
12 de julho
13 de julho
14 de julho
15 de julho
16 de julho
17 de julho
18 de julho
19 de julho
20 de julho
21 de julho
22 de julho
23 de julho
24 de julho
25 de julho
26 de julho
27 de julho
28 de julho
29 de julho
30 de julho
31 de julho
1 de agosto
2 de agosto
3 de agosto
4 de agosto
5 de agosto
6 de agosto
7 de agosto
8 de agosto
9 de agosto
10 de agosto
11 de agosto
12 de agosto
13 de agosto
14 de agosto
15 de agosto
16 de agosto
17 de agosto
18 de agosto
19 de agosto
20 de agosto
21 de agosto
22 de agosto
23 de agosto
24 de agosto
25 de agosto
26 de agosto
27 de agosto
28 de agosto
29 de agosto
30 de agosto
31 de agosto
1 de setembro
2 de setembro
3 de setembro
4 de setembro
5 de setembro
6 de setembro
7 de setembro
8 de setembro
9 de setembro
10 de setembro
11 de setembro
12 de setembro
13 de setembro
14 de setembro
15 de setembro
16 de setembro
17 de setembro
18 de setembro
19 de setembro
20 de setembro
21 de setembro
Rhema Brasil Publicações
Rua Izabel Silveira Guimarães, 172
58.410-841 - Campina Grande - PB
Fone: 83.3065 4506
www.rhemabrasilpublicacoes.org.br
editora@rhemabrasilpublicacoes.org.br
Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Rhema Brasil

Publicações.
Direção: Samir Ferreira de Souza

Supervisão: Ministério Verbo da Vida
Tradução: Claudio Chagas
Revisão e copidesque: Idiomas & Cia
Prova de revisão: Idiomas & Cia
Capa: Filipi Rodrigues e Bárbara Giselle
Diagramação: DIAG Editorial
Publicado no Brasil por Rhema Brasil Publicações com a devida

autorização de Teach All Nations A division of RICK RENNER MINISTRIES
| P.O BOX 8540, Tulsa, Oklahoma
Esta é uma tradução da 1a edição do título original e a 1a edição em língua
portuguesa
Título original: Sparkling Gems From the Greek 1
Copyright © 2003 por Rick Renner

Copyright © 2017 Rhema Brasil Publicações
Todos os direitos reservados
Volume 1 - Inverno
As citações bíblicas, exceto quando indicado em contrário, foram extraídas
da Bíblia Sagrada, Almeida Edição Revista e Atualizada, © 1993,
Sociedade Bíblica do Brasil. Outras versões utilizadas: Bíblia Amplificada
(AMP, tradução livre), Nova Versão Internacional (NVI), Almeida Corrigida
Fiel (ACF), A Mensagem e King James Version (KJV), traduzida livremente
para o português.
Proibida a reprodução, de quaisquer formas ou meios, eletrônicos ou

mecânicos, sem a permissão da editora, salvo em breve citações, com
indicação da fonte.
1a Edição
Pedras Preciosas é uma nova e empolgante abordagem que une um
devocional cheio de fé a estudos das palavras gregas. Recomendo-o
enfaticamente! Os devocionais diários o exortarão, ensinarão e abençoarão.
Rev. Kenneth W. Hagin,
Pastor do RHEMA Bible Church
Presidente executivo do Kenneth Hagin Ministries
Tulsa, Oklahoma
Rick Renner conseguiu de novo! Ele escreveu um livro tão fascinante e

intrigante que você mal pode esperar para chegar à próxima página. Trata-se
de um devocional diário, mas não conheço ninguém que vá se contentar em
ler apenas um dia de cada vez. Rick Renner é a única pessoa que conheço
que pode explanar sobre o grego e, no entanto, tornar isso simples o bastante
para qualquer pessoa entender. Este é um presente precioso para a biblioteca
de qualquer pessoa. Um diamante brilha mais forte que qualquer outra pedra,
e este livro é realmente um diamante!
Charles e Frances Hunter
Hunter Ministries
Kingwood, Texas
Este devocional é totalmente incrível e um recurso maravilhoso para

aqueles de nós que não sabemos ler o grego. A habilidade que o Senhor deu
a Rick de explicar as palavras gregas de uma maneira tão avivada, de fácil
entendimento e de fácil aplicação é um dom de Deus ao Corpo de Cristo.
Pedras Preciosas é definitivamente uma necessidade para a biblioteca de
todo pastor!
Dr. Jim Kaseman
Presidente do Jim Kaseman Ministries
Association of Faith Churches and Ministers
Branson, Missouri
Rick Renner é não apenas um dos apóstolos de maior destaque dos nossos
dias, como é também um dos mestres da Bíblia mais completos do Corpo de
Cristo. Seus livros e seu ministério de ensino têm sido uma inspiração para
mim e para milhares de outros como eu. Creio que você encontrará uma
“Pedra Preciosa” para cada dia do ano no seu devocional diário.
Recomendo enfaticamente este livro e creio que ele é um dos melhores
devocionais diários da atualidade!
Pastor Ray McCauley
Pastor do RHEMA Bible Church
Johanesburgo, África do Sul
Se você quer que a sua vida espiritual seja levada a um novo nível, este
livro será um catalisador maravilhoso para você, e um grande recurso para
promover maturidade e crescimento no Corpo de Cristo.
Tony Cooke
Tony Cooke Ministries
Broken Arrow, Oklahoma
Rick Renner é um estudioso da Bíblia que pega a revelação da Palavra de

Deus e transforma vidas. Ele entende o que significa colocar a Palavra à
prova, e ele escreve como resultado de circunstâncias que exigem fé. Você
será fortalecido com novas percepções da Palavra de Deus ao ler Pedras
Preciosas do Grego.
Billy Joe Daugherty
Pastor do Victory Christian Center
Tulsa, Oklahoma
Sou um crente que acredita firmemente que há respostas esperando por

você na Presença de Deus. Qualquer quantidade de tempo que você passe na
Sua Presença nunca é desperdiçada. É por isso que o devocional de Rick
Renner, Pedras Preciosas, é tão oportuno. Não há nada como começar cada
dia da maneira certa: deleitando-se na presença de Deus, meditando na Sua
Palavra, e focando unicamente nas coisas celestiais.
Sendo um “homem da Palavra” simples e direto como Rick, gosto do fato
deste devocional ser prático e ter um forte fundamento bíblico. Ele abrange
questões realistas como o tédio espiritual, o desejo de fugir dos “becos sem
saída”, as exigências para manter uma atitude voltada para o sucesso, e
como pensar como um bilionário espiritual. O ponto principal é que este
devocional o ajudará a mudar sua maneira de pensar para que você possa
mudar sua maneira de viver.
Dr. Creflo A. Dollar
Pastor Sênior e CEO do World Changers Ministries
PALAVRA DO EDITOR
A Rhema Brasil Publicações tem a honra e a alegria de trazer ao Corpo de

Cristo no Brasil o terceiro trimestre de um dos devocionais cristãos mais
lidos em todo o mundo. Muitos cristãos que leram as estações anteriores já o
adotaram como devocional de estudo número um.
Ele irá lhe inspirar e aprofundar seu conhecimento bíblico, abençoando
sua vida e fortalecendo seu coração. Ao começar cada dia com uma pedra
preciosa, extraída dos tesouros da Palavra de Deus pelo Rev. Rick Renner,
uma das maiores referências cristãs no estudo do grego, você irá abrir uma
porta para riquezas duradouras e insondáveis.
Saia da superfície e aprofunde-se ainda mais no conhecimento do Senhor
ao conhecer o significado oculto em mais de mil palavras, do texto original
das Escrituras Sagradas, traduzidas e explicadas pelo autor.
A publicação é organizada em um formato devocional com mais de mil
estudos de palavras em grego em profundidade e divididos em quatro
volumes, correspondentes a cada estação do ano. O volume que você tem em
mãos é a edição de Inverno, que compreende os dias 21 de Junho a 21 de
Setembro. Esperamos que este possa ser um tempo de renovação em seu
tempo devocional com Deus. Que durante os dias frios desta estação, seu
coração seja aquecido pelas promessas verdadeiras e infalíveis da Palavra
de Deus. Que o fogo purificador do Mestre possa moldá-lo, como o ferro
quando é aquecido, tornando-o à semelhança de Cristo através de cada
meditação da Palavra revelada contida aqui.
Leia também os volumes correspondentes às outras estações do ano e não
perca nenhuma dessas “Pedras Preciosas” em sua caminhada cristã. Estes
ensinamentos lhe desafiarão a corrigir ações, realinhar atitudes e obedecer à
vontade do Senhor revelada em Sua Palavra.
Nosso objetivo é oferecer a você uma ferramenta para a compreensão
mais profunda do texto bíblico, aumentando a sua fé e reacendendo a paixão
em seu interior por perseguir o plano de Deus para a sua vida.
Rhema Brasil Publicações
PREFÁCIO
Não é com frequência que se encontra um livro (se é que se encontra) de

tamanho valor prático quanto Pedras Preciosas, de Rick Renner. Este livro
recebeu um nome muito apropriado, porque ele literalmente resplandece com
uma estação inteira de “pedras preciosas” de verdades divinas, não apenas
das nossas traduções da Bíblia como também do Novo Testamento Grego.
Não conheço outra coleção de volumes onde você encontrará:
• 365 mensagens em potencial.

• 365 pensamentos devocionais seletos.
• 365 verdades transformadoras.
• 365 leituras para ocasiões especiais.
• 365 pérolas para meditar.
• 365 refeições espirituais para alimentar a alma faminta.
Tenho de oito a dez mil volumes em minha biblioteca, mas nenhum livro é
tão monumental em sua riqueza de verdades bíblicas. Além do mais, o valor
deste livro é multiplicado pela clareza e pela simplicidade com as quais a
verdade é expressa.
E o mais importante, precisamos entender que a Bíblia é Deus falando
conosco pessoalmente, desde que ela possa falar no idioma em que foi
originalmente escrita por homens santos de Deus (2 Pedro 1:20-21) — o
maravilhoso idioma grego. Esse é o caso de Pedras Preciosas — ele contém
as próprias palavras do Deus vivo que devem ser seguidas por aqueles que
desejam ter vida (Mateus 4:4). Jeremias experimentou essa palavra viva,
gritando em seu espírito estas palavras: “Achadas as tuas palavras, logo as
comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração...” (Jeremias
15:16).
É assim que me sinto depois de me banquetear com Pedras Preciosas. Sei
que realmente encontrei a própria palavra do Deus vivo, e me alegro com
uma alegria indizível. Como, então, eu poderia deixar de recomendar este
livro a qualquer pessoa que tenha fome do pão que dá vida do nosso Rei que
um dia foi crucificado, agora ressurreto, que reina e que em breve virá?
Seria uma terrível ingratidão se eu não o elogiasse e o recomendasse ao
mundo inteiro. E assim o faço.
Soli Deo Gloria.
Dr. Bill Bennett
Professor de Homilética e Ministérios Pastorais

Capelão do Seminário Teológico Batista do Sudeste
Wake Forest, Carolina do Norte
Fundador e Presidente do Mentoring Men for the Master
Diretor Geral do Alpha Ministries International, Índia
BA, Wake Forest University; MA, M, Dic., Duke University
Doutor em Teologia pelo New Orleans Seminary
INTRODUÇÃO
Enquanto escrevo a introdução deste livro, é muito tarde da noite, e estou

olhando pela janela para as belas torres de domo dourado do Kremlin de
Moscou. Meu coração está cheio de gratidão a Deus por chamar a mim e
minha família para este país, e por nos permitir dedicar nossas vidas a essas
pessoas que nos têm enriquecido mais do que jamais poderíamos expressar.
Essa é verdadeiramente uma das maiores honras que Deus concedeu à nossa
família.
Enquanto estou sentado aqui, no coração da capital russa, também estou
pensando em que grande honra é ministrar a você através das Pedras
Preciosas extraídas do grego. Ao escrever este prefácio, acabo de colocar
as últimas palavras neste devocional diário. Escrever este livro era um
sonho há muitos anos, e sou grato por Deus ter me permitido realizá-lo.
Minha oração é que este devocional diário contendo centenas de estudos
diferentes da Palavra abençoe ricamente cada pessoa que tenha o coração
faminto em cujas mãos ele venha a cair.
Embora eu tenha estudado o Novo Testamento Grego por muitos anos,
ainda sou um estudante vigoroso do Novo Testamento em seu idioma original
e descubro continuamente muitas novas verdades e percepções maravilhosas
que transformam minha própria vida. Ao longo da minha caça ao tesouro no
Novo Testamento Grego que tem durado décadas e da minha extração
contínua de novas “pedras preciosas”, muitas vezes pensei em Mateus 13:52,
onde Jesus diz: “Por isso, todo escriba versado no reino dos céus é
semelhante a um pai de família que tira do seu depósito coisas novas e
coisas velhas”. Sei por experiência própria que quando damos atenção à
Palavra de Deus, o Espírito Santo nos dá novas percepções e amplia
maravilhosamente nosso entendimento de Deus e da Sua Palavra.
Ao escrever este devocional, identifico-me bem com o escriba descrito
em Mateus 13:52. Muitos dos estudos das palavras gregas que você lerá
neste livro são antigos para mim, porém muitos outros são inteiramente
novos. Muitas vezes penso que desenterrei todas as pedras que poderiam ser
encontradas em um versículo específico do Novo Testamento. Mas, então,
quando volto a estudar aquele mesmo versículo, o Espírito Santo abre meus
olhos maravilhosamente e ilumina minha mente para me mostrar verdades
que antes eu havia ignorado. Investi milhares de horas em oração e estudo e
na redação do livro que você tem em mãos. É minha oração sincera e de
coração que Deus o use para levar você a um lugar mais alto nele.
Como você verá, este livro pode ser usado como um devocional diário ou
como uma ferramenta de referência do grego para seu próprio estudo
pessoal. Ao ler Pedras Preciosas, peça ao Espírito Santo para ajudá-lo a
compreender essas verdades, pois embora você utilize sua mente para
buscar e estudar fatos, história e idioma, o Espírito Santo é o Único que
pode iluminá-la e transmitir a revelação divina ao seu espírito.
Nas páginas a seguir, você também verá muitas vezes uma tradução
parafraseada, uma explicação do versículo ou versículos específicos do
Novo Testamento que está ou estão sendo discutidos em uma data específica.
Não pretendo que sejam traduções palavra por palavra, desejo apenas
oferecer uma compreensão mais completa e ampliada do significado por trás
do versículo que está sendo estudado. Tentei primeiro capturar a imagem
apresentada por cada palavra e por cada versículo. Em seguida, esforcei-me
por levar essa imagem a uma tradução contemporânea interpretativa para lhe
dar uma compreensão mais ampla do que Deus está tentando dizer a você
através desse versículo em particular.
Ao ler Pedras Preciosas, cave fundo nos ricos tesouros da Palavra de
Deus para poder extrair tantas pedras preciosas de verdade quanto possível.
Agora é hora de começar!
Rick Renner
Moscou, Rússia
12 de outubro de 2003
21 DE JUNHO
Você Precisa Ser Convencido?

Quando ele vier, convencerá... da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais...
— João 16:8,10
V ocê já elogiou alguém que respondeu discutindo com você —

rejeitando o seu elogio e, principalmente, questionando o seu
julgamento sobre o assunto? Por exemplo, após você ter dito a uma pessoa
que ela parecia ter perdido peso, ela lhe respondeu dizendo quão gorda está,
em vez de lhe agradecer pelo elogio? A pessoa pode ter dito: “Bem, eu
ganhei muito peso e pareço muito gorda agora. Gostaria que você pudesse
ter me visto três meses atrás, quando eu realmente estava com uma boa
aparência. Não está tão boa agora”.
Isso é o equivalente a rebater o elogio de forma agressiva. Teria sido
muito mais educado e gracioso dizer: “Obrigado. Estou feliz por você ter
percebido. Fico grato por você me dizer que estou com uma aparência
melhor”.
Eis aqui outro exemplo que penso que provará o argumento. Uma pessoa
está diante da igreja e canta um belo solo que o deixa profundamente
comovido. Ao final do culto, você atravessa a congregação para encontrar o
solista porque quer expressar o quanto o seu canto o comoveu. Depois de
abrir seu coração e agradecê-lo por permitir que Deus o use, o solista
respondeu da seguinte maneira: “Obrigado pelo elogio, mas acho que meu
desempenho foi horrível esta noite. Não consigo acreditar que cantei tão
mal; não sei como você aproveitou algo daquilo”.
É grosseiro responder assim a alguém que está tentando agradecer a outra
pessoa por ser uma bênção. Embora essa pessoa, provavelmente, não tivesse
a intenção de ser mal-educada, essa resposta ainda é equivalente a uma
rejeição do amor, da admiração e da gratidão que Deus está expressando a
ela por intermédio de outrem. É o mesmo que dizer: “Eu sou grato pelo fato
de você ter feito esse elogio, mas nós dois sabemos que não é verdadeiro,
então você não precisa dizê-lo”. De fato, essa pessoa está sendo chamada de
mentirosa!
Às vezes, respondemos assim um ao outro, sem a intenção de sermos
rudes. Porém, você sabia que também fazemos isso com Deus quase todos os
dias? Considere, por exemplo, o que 2 Coríntios 5:21 declara: “Aquele que
não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos
feitos justiça de Deus”.
Esse versículo diz que Deus enviou Jesus à Cruz para receber sobre si o
pecado, morrer em nosso lugar e nos dar a Sua posição de justiça aos olhos
de Deus. Contudo, se há algum assunto sobre o qual os cristãos ficarão
desorientados, é a questão de serem “justos”. A maioria dos cristãos é tão
consciente de sua antiga natureza pecadora que não consegue acolher a
verdade de que foram declarados justos! Diga-lhes que eles são justos diante
de Deus e eles responderão dizendo quão maus eles são.
A natureza pecaminosa sempre se agarra ao pior e ao mais negativo.
Sempre gravitará para baixo, nunca para cima. Essa é a natureza da mente
que não está sob o controle do Espírito Santo. Se você for abandonado à sua
carne, nunca acreditará em um bom relato; nunca crerá que Deus está fazendo
uma boa obra em você; e, certamente, nunca crerá ter sido feito “justiça de
Deus” em Cristo.
O pensamento pecaminoso, raso e negativo tem feito parte da humanidade
há tanto tempo que requer algum convencimento especial para nos fazer
perceber o que Deus fez em nosso interior. Para realmente crermos que
somos justificados perante Deus, será necessária a obra do Espírito Santo
para nos convencer! Caso contrário, quando Deus disser “Você é meu filho.
Eu o tornei justo. Você é lindo para mim”, nossas mentes e emoções
negativamente carregadas responderão: “Não é assim! Eu sou indigno. Sou
profano. Sou tão desprezível!”.
Eis aqui, porém, a boa notícia: assim como o Espírito Santo convence um
pecador de seu pecado, Ele é enviado também para convencer os cristãos de
sua nova justificação diante de Deus! Jesus nos disse sobre o Espírito Santo:
“Quando ele vier, convencerá... da justiça, porque vou para o Pai, e não me
vereis mais” (João 16:8,10).
A palavra “convencerá” vem da palavra grega elegcho. Significa expor
ou condenar, como em condenar alguém por um crime ou pecado. Essa
palavra era usada para descrever processos jurídicos durante os quais uma
pessoa era interrogada e investigada em um tribunal de justiça até que ele
emitisse uma decisão final. Se considerada culpada, a pessoa era
inequivocamente condenada por seu crime. Nesse sentido, a palavra
elegcho descreve a obra do Espírito para convencer total e
inconfundivelmente um pecador de seu pecado. Quando o Espírito Santo
termina de abrir os olhos de uma pessoa para o seu pecado, ela sabe que é
pecadora. Não há como o incrédulo escapar da verdade quando o Espírito
Santo a revelou ao seu coração!
Porém, a palavra “convencerá” é usada também em sentido positivo:
convencer alguém de algo positivo. Novamente no sentido jurídico, era
usada para indicar advogados que trabalhavam muito diligentemente para
convencer as pessoas de uma nova maneira de pensar ou de um novo modo
de ver as coisas. Talvez elas estivessem enraizadas em uma mentalidade
errada ou tivessem uma percepção distorcida, então os advogados se
dedicariam a mudar a opinião delas. Nesse caso, eles não estavam tentando
condenar alguém; estavam trabalhando para convencer alguém!
Referindo-se ao Espírito Santo, Jesus disse: “Quando ele vier,
convencerá... da justiça...” (João 16:8). Após o Espírito Santo nos convencer
do pecado e Deus nos declarar justos, é necessária uma obra sobrenatural de
Deus para nos fazer compreender a nossa nova condição em Jesus Cristo.
Essa percepção é tão sobrenatural quanto o momento em que reconhecemos
que estávamos perdidos. Só que, dessa vez, estamos sendo
sobrenaturalmente despertados para o fato de que somos justos!
Consigo me lembrar de quando acordei para essa verdade muitos anos
atrás. Eu estava dirigindo pela rua, me sentindo totalmente injusto enquanto
ouvia uma fita didática sobre o tema da justiça. De repente, minha mente
começou a entender o que eu estava ouvindo. Foi como se alguém tirasse
uma venda de meus olhos e tampões de minhas orelhas! Pela primeira vez,
eu estava vendo e ouvindo a verdade sobre a minha nova justiça em Cristo
Jesus.
Essa verdade estava indo diretamente ao meu coração pelo poder do
Espírito Santo! Eu não só ouvi as palavras, mas também as entendi. O meu
homem interior pulou de alegria quando o Espírito de Deus iluminou a minha
compreensão da justiça. Ele me convenceu da verdade e eu fui liberto
daquela mentalidade!
Se você luta contra uma autoimagem pobre e um constante sentimento de
condenação, precisa que o Espírito Santo faça a Sua obra convincente em
sua vida. Somente Ele pode abrir os seus olhos para verem quem você se
tornou em Jesus Cristo. Quando os seus olhos tiverem sido abertos e você
entender que é justo, nunca mais lançará agressivamente a verdade de volta
para Deus nem discutirá com Ele. Quando o Espírito Santo o lembrar de que
você foi declarado justo, você gritará com alegria: “Obrigado! Esse é
exatamente quem eu sou!”.
Isso significa que você não precisa ser negativo quanto a si mesmo o
tempo todo. Você não tem de bater a cabeça, lembrando-se constantemente
de quão indigno você é, porque Jesus o tornou digno! Ele o tornou justo!
Por outro lado, se você não tem uma compreensão dessa justiça dada por
Deus, uma autoimagem negativa terá muita probabilidade de controlar a sua
vida, inibindo a sua capacidade de orar com a firme confiança de que Deus
responderá. Essa sensação de indignidade fará com que uma nuvem de
abatimento paire sobre a sua vida, dificultando a sua capacidade de
caminhar na alegria e vitória do Senhor.
Então, você não pensa ser o momento de deixar o Espírito Santo abrir os
seus olhos e ouvidos para verem e ouvirem a verdade sobre quem Deus o fez
ser? Pode parecer difícil crer que você é justo, e pode ser necessário muito
convencimento para você finalmente crer nisso. Porém, o Espírito Santo foi
enviado para ser o Grande Convencedor! Ele está operando e está pronto,
neste momento, para começar a convencê-lo da verdade sobre quem você é
em Cristo!
MINHA ORAÇÃO PARA HOJE

Senhor, preciso que o Espírito Santo abra os meus olhos e me convença de que eu me
tornei justo por meio do sangue de Jesus Cristo. Eu li e ouvi essa verdade, e a conheço
intelectualmente, mas preciso de uma revelação dela em meu coração. Por isso, Espírito
Santo, opera em meu coração. Abre os olhos e ouvidos do meu espírito para ver e ouvir
que eu sou a justiça de Deus em Jesus Cristo. Liberta-me do pensamento religioso que me
mantém preso a sentimentos de indignidade. Por favor, faz isso hoje!
Assim eu oro, em nome de Jesus!
MINHA CONFISSÃO PARA HOJE
Confesso que sou a justiça de Deus em Jesus Cristo. Jesus se tornou pecado por mim,
para que eu pudesse me tornar a justiça de Deus nele. O Espírito Santo é o Grande
Convencedor e está ocupado me convencendo de que eu estou livre de defeitos e de
pecado, e não sou mais a pessoa que eu era. Porque o sangue de Jesus me tocou, lavou e
limpou, eu agora estou livre!
Declaro isso pela fé, em nome de Jesus!
PARA REFLETIR
1. Você tem consciência de que você é a justiça de Deus em Cristo

Jesus?
2. Você luta contra sentimentos de indignidade, pecaminosidade e
vergonha, mesmo sendo filho de Deus? Se a sua resposta for sim, que
medidas você pode tomar para se livrar dessas emoções mentirosas
que tentam mantê-lo cativo?
3. Você consegue se lembrar de uma situação de sua vida em que,
repentina e sobrenaturalmente, você foi iluminado com a
compreensão de que havia sido declarado como a justiça de Deus em
Cristo Jesus? Quando isso aconteceu e qual foi o resultado imediato
dessa revelação em sua vida?
Se você luta contra uma autoimagem pobre e um constante sentimento de

condenação, precisa que o Espírito Santo faça a Sua obra convincente em
sua vida. Somente Ele pode abrir os seus olhos para verem quem você se
tornou em Jesus Cristo.
22 DE JUNHO
Não Jogue Fora Sua Confiança!

Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão.
— Hebreus 10:35
V ocê já ficou tão exausto esperando a promessa de Deus se realizar, que

ficou tentado a dizer: “Chega! Esperei tempo demais! Não vou mais
ficar aqui esperando. Dediquei tempo suficiente de minha vida a isso e estou
cansado. Vou jogar tudo para o alto e seguir em frente com a minha vida!”.
Se para você essa é uma tentação, precisa ler Hebreus 10:35 — a forte
advertência de Deus que nos exorta a nunca desistir e nunca se dar por
vencido. Esse versículo diz: “Não abandoneis, portanto, a vossa confiança;
ela tem grande galardão”.
As palavras “não abandoneis” são tomadas da palavra grega apoballo,
composta pelas palavras apo e ballo. A palavra apo significa fora, e a
palavra ballo significa lançar algo, como uma bola, uma pedra ou algum
outro objeto. Quando essas duas palavras são combinadas, formando uma
nova, esta significa jogar fora; descartar; ou livrar-se de algo não mais
ansiado, necessário ou desejado.
Um exemplo claro da palavra apoballo é usado em Marcos 10:50. Jesus
tinha acabado de encerrar seu ministério na cidade de Jericó, e Ele e Seus
discípulos estavam prestes a deixar a cidade, juntamente com um grande
número de pessoas que o seguiam. Ao percorrer a estrada, Jesus passou por
um cego chamado Bartimeu.
Marcos 10:47-48 diz: “... e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno,
[Bartimeu] pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! E
muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada vez gritava mais:
Filho de Davi, tem misericórdia de mim!”. Jesus ficou tão impressionado
com a insistência de Bartimeu, que Marcos 10:49 nos diz: “Parou Jesus e
disse: Chamai-o...”.
A palavra apoballo é encontrada no versículo seguinte. Este diz:
“Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus”
(Marcos 10:50). A palavra “lançando” provém de apoballo. Significa que
Bartimeu não tirou simplesmente a roupa e a pôs de lado; em vez disso, ele
rapidamente a sacudiu para longe do corpo e a jogou no chão. Ele se libertou
daquela roupa!
Veja, a roupa de Bartimeu estava enrolada tão firmemente em seu corpo
que o impedia de chegar a Jesus. Para se libertar, ele pegou aquela roupa e a
atirou para fora do caminho. Ele a descartou. Ela era um incômodo que
estava impedindo a sua mobilidade; por isso, ele a lançou para fora do
caminho. Aquela roupa limitava seu movimento e o impedia de ir aonde ele
queria estar; por isso, ele a agarrou e a lançou fora.
O cego Bartimeu quis se levantar e chegar a Jesus rapidamente, mas
estava tão irritado, exasperado e aguçado pela roupa que impedia a sua
movimentação, que a atirou e a soltou de suas pernas para poder mover-se.
A palavra grega apoballo descreve esse processo de remoção em Marcos
10:50.
Por que esse exemplo do cego Bartimeu é tão importante? Porque o
versículo com o qual começamos hoje foi escrito para os cristãos que
haviam sofrido muito por sua fé. Eles suportaram dificuldades, mas ainda
permaneceram fiéis ao chamado de Deus e à sua firme crença nas promessas
de Deus. Porém, quando o livro de Hebreus foi escrito e eles leram esse
versículo pela primeira vez, eles já vinham crendo que Deus transformaria
as suas tragédias em vitórias durante vários anos. É bem possível que eles
tenham começado a se perguntar:
• Será que Deus um dia transformará a nossa tristeza em regozijo?

• Ele realmente transformará as nossas cinzas em beleza?
• Quanto tempo mais precisaremos esperar para que as promessas de
Deus se cumpram?
• Entendemos mal as promessas de Deus?
• Estamos esperando por algo que nunca acontecerá?
É por isso que Hebreus 10:35 adverte esses cristãos: “Não abandoneis,
portanto, a vossa confiança...”. Em função de as palavras “não abandoneis”
derivarem da palavra apoballo, esse versículo sugere que eles estavam tão
cansados e frustrados por esperar a promessa de Deus se cumprir, que foram
tentados a abandonar “toda essa coisa de fé” e esquecer as promessas de
Deus às quais estavam se apegando havia tantos anos. Eles estavam
começando a pensar que viver por fé era o que os havia limitado, atado e
mantido no mesmo lugar todos aqueles anos.
O uso da palavra apoballo sugere que os cristãos hebreus estavam
pensando: se nós não tivéssemos nos mantido tão firmes na Palavra de
Deus todos esses anos, pelo menos poderíamos ter feito outra coisa com
nossa vida. Vamos simplesmente nos esquecer da promessa que Deus nos
deu. Nós nos mantivemos firmes tempo suficiente! Simplesmente vamos nos
afastar e nos esquecer dela. Pelo menos, poderemos então começar a
seguir em frente com nossa vida e fazer algo diferente. Chega dessa
fantasia de que Deus fará algo milagroso por nós! Lancemos fora essa
promessa que nos reteve e sigamos em frente com a nossa vida!
Hebreus 10:35 é a resposta de Deus a esses tipos de pensamentos,
acusações e dúvidas mentirosos. Deus clama a eles que se apeguem e nunca
larguem as promessas que Ele fez a cada um deles. E Deus está dizendo o
mesmo para nós hoje!
A palavra “confiança” vem da palavra grega paressia. Significa ousadia e
descreve um tipo de linguagem muito ousado, franco e sincero. Carrega o
significado de ser franco, firme, direto e objetivo. Nesse versículo, ela se
refere às declarações e confissões de fé ousadas, corajosas e destemidas
referentes às promessas de Deus que aqueles cristãos vinham fazendo.
Eles vinham confessando, declarando e reivindicando as promessas da
Palavra de Deus para sua vida pessoal. Eles o fizeram de forma corajosa,
audível e pública. Aquilo em que eles criam, haviam declarado em alta voz!
Entretanto, agora que os resultados não aconteciam e eles estavam ficando
cansados, sentiam-se tentados a largar tudo e considerar aquilo como um
absurdo. Porém, esse versículo recomendou enfaticamente que se
mantivessem firmes e continuassem crendo! E, agora, você precisa se firmar
nas promessas de Deus, da mesma maneira que aqueles cristãos hebreus
foram instruídos a fazer.
Hebreus 10:35 poderia ser lido assim:
“Não descartem, afastem, dispensem, joguem no lixo ou lancem fora
a sua ousada declaração de fé, porque ela traz grande recompensa”.
Hoje estou recomendando enfaticamente — não deixe o diabo convencê-
lo a lançar fora a sua fé. Você esperou durante um tempo demasiado e
investiu muito da sua vida nessa promessa para se afastar agora. Se você se
afastar do que Deus lhe prometeu, após esperar todos esses anos, isso
significará que todos esses anos de nada serviram!
Provavelmente, a manifestação dos seus sonhos está muito próxima. É por
isso que, neste momento, o diabo está trabalhando em regime de hora extra
para desencorajá-lo! Ele quer que você descarte a sua fé agora porque sabe
que, se você se firmar durante muito mais tempo, verá seus sonhos se
tornarem realidade! Por isso, é o momento de você ficar firme, aguentar e
continuar crendo, porque não demorará muito mais para que você esteja
no meio de seus sonhos!
Senhor, ajuda-me a agarrar-me às promessas que Tu me deste em Tua Palavra. Quando eu

ficar fisicamente cansado ou espiritualmente desgastado, recupera-me com o Teu Espírito
e recarrega-me com o Teu poder, para que eu possa continuar crendo até, finalmente, ver
a manifestação das minhas orações. Sei que Tu és fiel e que a Tua Palavra nunca falha;
por isso, ajuda-me a permanecer firme até eu ver todas as Tuas promessas se tornarem
realidade em minha vida. Com a ajuda do Teu Espírito e do Teu poder, posso ficar e
FICAREI firme até o fim.
Confesso que tenho uma fé inabalável! Eu me mantenho firme e fundamentado nas

verdades que Deus me deu. As tempestades da vida podem vir contra mim e o diabo pode
tentar me mover, mas eu não me afastarei das promessas contidas na Palavra de Deus!
Essas promessas me pertencem e, por fé, eu as reivindico neste momento! Sou forte e cheio
do poder do Espírito! O inferno se afasta do meu caminho porque eu me posiciono na
Palavra de Deus e me recuso a me mover!
PARA REFLETIR
1. Você já teve a dolorosa experiência de ver um crente abandonar a sua

fé após ter crido e esperado durante muitos anos algo acontecer?
2. Depois de aquele crente ter se afastado de sua posição de fé
longamente sustentada, a vida dele melhorou ou deteriorou?
3. Se aquela pessoa em quem você está pensando for você, como a sua
vida evoluiu desde que você abandonou a promessa que Deus lhe
fez? Você se arrependeu de não ter ficado firme um pouco mais? Em
caso afirmativo, por que você não busca o Senhor e se arrepende,
para poder apreender novamente aquela palavra de Deus e começar a
buscá-la de novo?
Não deixe o diabo convencê-lo a lançar fora a sua fé. Você esperou
durante um tempo demasiado e investiu muito da sua vida nessa promessa
para se afastar agora. Se você se afastar do que Deus lhe prometeu, após
esperar todos esses anos, isso significará que todos esses anos de nada
serviram!
23 DE JUNHO
É Possível Um Cristão se Tornar Inimigo de Deus?

Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser
ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
— Tiago 4:4
C omo Deus vê um cristão que já andou com Ele e conheceu o poder do

Espírito Santo, mas agora se tornou tão envolvido com o mundo que
quase nunca pega sua Bíblia para lê-la, raramente ora e vem à igreja somente
se isso “se encaixar” em sua agenda de coisas a fazer? Como Deus encara
um cristão que se afasta da ardente paixão espiritual que antes possuía e
direciona a sua devoção para outras coisas?
Tiago 4:4 diz: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é
inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se
inimigo de Deus”. Esse versículo nos diz exatamente como Deus se sente
com relação a um cristão que se afasta dele.
Quero que você perceba a palavra “é” desse versículo. Ela provém da
palavra grega kathistemi, que significa constituir ou tornar. Isso é muito
importante, porque nos alerta para o fato de que, ao escolher seguir um
caminho mundano, um cristão se coloca em direta oposição ao caminho
divino que Deus deseja para ele. Como resultado das escolhas que fez, ele
mesmo se tornou, constituiu ou se transformou no “inimigo” de Deus.
Sei que a palavra “inimigo” é forte; por isso, vejamos o que ela significa.
A palavra “inimigo” vem do grego echthros. Geralmente, é usada para
descrever inimigos em uma guerra ou inimigos em um conflito militar. É a
imagem de duas nações que se opõem uma à outra e por isso se envolvem em
um conflito militar. São nações em guerra. Sentem hostilidade, antagonismo
e até mesmo inimizade entre elas.
Em Lucas 23:12, a palavra echthros é usada para transmitir a inimizade e
a hostilidade que existia entre Pilatos e Herodes Antipas antes de se
tornarem aliados no momento da crucificação de Jesus. Antes de formarem
sua nova aliança, Pilatos e Herodes Antipas eram ferozmente hostis um ao
outro. Ciúme e competição eram ferozes entre esses dois homens. Eles eram
inimigos.
Então, o significado da palavra echthros em Tiago 4:4 é inquestionável. É
a imagem de uma força hostil. Porém, agora Tiago usa essa palavra para
expressar os sentimentos e as emoções que Deus possui por um cristão que
transfere sua devoção e paixão para o mundo. Usando essa palavra, Tiago
nos diz que, se um cristão opta por tornar o seu relacionamento com o mundo
uma prioridade maior do que o seu relacionamento com Deus, está fazendo
uma escolha que irá colocá-lo em direta oposição a Deus. De fato, a palavra
echthros nos permite saber que Deus considera essa decisão algo tão
pessoal que a vê como um ato de guerra! Para Deus, esse é o cúmulo da
transgressão!
Percebo que Romanos 8:31 diz: “... Se Deus é por nós, quem será contra
nós?”. Porém, da mesma maneira, se Deus se opuser a nós e às nossas
atividades porque os nossos atos estão errados, nossos planos e objetivos
serão frustrados e paralisados, e não teremos sucesso em nossos esforços.
Deus não é contra sermos abençoados ou termos muitos bens. Porém, Ele é
contra o que quer que tome o Seu lugar em nosso coração. Quando as coisas
do mundo saem de nossas mãos e entram em nosso coração, essa é a
transgressão que mais importa para Deus!
Em Mateus 6:24, Jesus disse: “Ninguém pode servir a dois senhores;
porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e
desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”. Segundo essas
palavras de Jesus, é impossível entregarmos nosso coração simultaneamente
a dois senhores. Precisamos escolher a quem serviremos: a Deus ou às
riquezas.
“Riquezas” era uma expressão usada pela comunidade judaica dos tempos
do Novo Testamento para expressar a ideia de mundanismo. Por isso, ao
dizer que era impossível servir a Deus e às riquezas, Jesus estava, na
verdade, dizendo que é impossível servir a Deus e ao mundanismo.
A palavra “servir” vem da palavra grega doulos, que descreve um servo
ou um escravo. Era usada para indicar um servo que havia se tornado
escravo pelo resto de sua vida. A responsabilidade vitalícia do servo era
“servir” ao seu senhor com toda sua atenção, tempo e energia. Em outras
palavras, ele atendia a todos os desejos, anseios ou exigências de seu
senhor. Ele estava lá para ajudar, auxiliar e cumprir os desejos e sonhos de
seu senhor, nada mais importando. Toda a existência desse servo era para
“servir” ao seu senhor de todas as maneiras que ele pedisse ou exigisse.
Deixe-me dar-lhe um exemplo. Quando você compra um carro ou uma
máquina de lavar roupa, essas máquinas funcionarão durante algum tempo
sem a sua atenção. Entretanto, chega um momento em que você precisa dar
atenção a elas para mantê-las em boas condições de funcionamento. E, se
você possui uma casa ou um apartamento, sabe que um lar exige todo o tipo
de atenção, tempo, energia e dinheiro para mantê-lo em boa forma. Em
outras palavras, todos esses bens naturais precisam ser “consertados”.
Quando Jesus nos disse “... Não podeis servir a Deus e às riquezas”, Ele
estava nos dizendo que tanto Deus quanto o mundo exigem atenção, tempo,
energia e dinheiro. Jesus sabia que não existe o suficiente em você e em mim
para “servir” adequadamente a Deus e ao mundanismo em nossa vida.
Portanto, precisamos escolher a qual senhor vamos servir. Uma vez tomada
essa decisão, precisamos, então, “... aborrecer-[nos] de um e amar ao
outro...”.
Para servir verdadeiramente a Deus, você precisa dedicar tempo a Ele
para poder conhecer a Sua voz e desenvolver um padrão de obediência em
sua caminhada diária. Isso exigirá a sua total atenção. A obra de Deus
precisa ser “consertada” com oração, obediência, arrependimento e
adoração.
Se uma pessoa escolhe servir às “riquezas” (mundanismo) em vez de ao
Senhor, terá de voltar sua atenção e devoção ao mundo. Como uma pessoa
mundana, será obrigada a aprender os caminhos do mundo e a adaptar-se ao
pensamento do mundo. Servir ao mundo e ao mundanismo requer 100 % da
atenção de uma pessoa.
Assim como servir a Deus exige sua atenção, seu tempo, sua energia e seu
dinheiro, o mundo exigirá o mesmo de você. Foi por isso que Jesus disse que
não é possível servir a Deus e às riquezas. Veja, não existe o suficiente em
você para servir a esses dois senhores simultaneamente; por isso, você
precisa escolher a quem servirá.
Então, deixe-me perguntar-lhe uma coisa: a quem você está servindo em
sua vida neste momento? O que exige mais seu tempo e sua atenção? Você
pode dizer, com sinceridade, que está dando a Deus a sua total atenção e que
a principal prioridade de sua vida é servir e obedecer a Ele? Ou você
precisa confessar que objetivos mundanos, bens materiais e sucesso
corporativo consomem seus pensamentos e energias?
Se você é monopolizado por Deus, essas outras coisas ocuparão um lugar
inferior em sua lista de prioridades. Porém, se você é monopolizado pelo
mundo, coisas materiais dominarão a perspectiva de sua mente. Por isso,
pare e pergunte-se: em que eu penso mais do que em qualquer outra coisa
na vida? Provavelmente, a sua resposta lhe dirá a quem seu coração está
servindo mais.
Tiago 4:6 nos diz que Deus se opõe a um cristão que volta a sua devoção
para o mundo e se torna mundano. De fato, diz que Deus “resiste” a tais
cristãos. A palavra “resiste” vem do grego antitasso — um termo militar
que significa dispor-se militarmente contra outra pessoa. Esse não é um
plano de resistência acidental, às cegas, mas uma resistência bem planejada
e preparada.
Isso declara enfaticamente que Deus considera de forma tão pessoal um
cristão voltar a sua devoção de Deus para o mundo, que Ele mesmo se
coloca em oposição a esse cristão. Como um comandante militar, Deus
analisa a situação; então, decide como resistir e frustrar o que esse cristão
está tentando conseguir e, assim, levá-lo a uma posição de rendição.
Se esse cristão não se render rapidamente, arrepender-se e voltar para
onde deveria estar, Deus continuará a opor-se às suas atividades. O cristão
poderá repreender o diabo durante o dia todo, mas isso será inútil, porque o
seu problema não é o diabo — é Deus!
Independentemente de quão inteligente essa pessoa seja, quantos talentos e
dons ela possua ou quanto trabalhe para atingir os seus objetivos, as coisas
simplesmente não darão certo porque Deus está se opondo a ela, frustrando
todos os seus passos, para chamar a sua atenção e ajudá-la a levar suas
prioridades de volta à ordem divina.
Por mais terrível que essa resistência pareça, é uma manifestação da graça
de Deus! Bloqueando o nosso caminho e resistindo às nossas escolhas, o
precioso Espírito Santo se esforça para atrair a nossa atenção e nos levar a
um doce lugar de quebrantamento, onde o pecado é confessado e a comunhão
com Deus é restaurada.
Veja, Deus é tão apaixonado pelo relacionamento que você tem com Ele,
que não está disposto a compartilhar você com o mundo. Isso não significa
que você não pode ter um emprego ou ser bem-sucedido. Na maioria dos
casos, você precisa ter um emprego; e Deus quer que você seja bem-
sucedido. Porém, se você trocar a sua fidelidade a Deus pelo mundo ao seu
redor, Deus vê isso como a suprema transgressão. O próprio ato é o que faz
com que Ele decida se levantar e fazer algo para levá-lo de volta aonde você
deveria estar!
Por isso, eu o aconselho a dar uma boa olhada em sua vida e certificar-se
de que suas prioridades estão onde precisam estar! Certifique-se de estar
mais alinhado com o Senhor do que com o mundo ao seu redor! Caso
contrário, Deus poderá avançar para frustrar deliberadamente os seus
planos, a fim de levá-lo de volta aonde você deveria estar!
Senhor, estou correndo para Ti! Quero estar o mais perto de Ti quanto seja possível! Não
quero nem sequer a menor sugestão de mundanismo em minha vida. Quero ser como o
Senhor, pensar como Tu pensas e Te agradar em todas as partes de minha vida — minha
família, trabalho, relacionamentos e finanças. Espírito Santo, se há alguma parte de mim
que tenha sido influenciada enganosamente pelo mundo, eu Te peço que a mostres a mim e
me ajudes a corrigi-la.

Confesso que estou em chamas por Jesus Cristo! Estou vivo para Deus e morto para o
mundo que me rodeia. Para mim, nada tem mais significado do que agradar a Jesus. Todos
os dias de minha vida, vivo para servi-lo e para fazer a Sua vontade. Embora eu viva no
mundo, não pertenço ao mundo. Sou um cidadão do céu, vivendo com a eternidade na
vanguarda de minha mente!
PARA REFLETIR
1. Houve algum momento em que você permitiu involuntariamente que a

sua devoção se desviasse do Senhor enquanto a sua atenção foi
atraída para o mundo ao seu redor?
2. O que você fez para voltar para onde precisava estar com o Senhor?
3. Durante aquele tempo em que se afastou do Senhor, você sentiu que
Deus estava operando sobrenaturalmente nos bastidores para chamar
a sua atenção e levá-lo de volta à sua casa espiritual?
24 DE JUNHO
Levando Correção à Vida de Outra Pessoa

Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com
todos, apto para instruir, paciente...
— 2 Timóteo 2:24
V ocê já se viu tentando ajudar alguém que não escutava ou prestava

atenção ao que você tentava dizer a ele? Se isso lhe acontecer no
futuro, não se permita ficar irritado a ponto de perder a paciência e dizer ou
fazer algo de que, mais tarde, irá se arrepender!
É frustrante tentar ajudar alguém que, teimosamente, se opõe a você, olha
para você de forma totalmente rebelde e reage ao seu conselho como se você
não tivesse a menor ideia do que está dizendo. Porém, de tempos em tempos,
todos enfrentam situações como essa. Talvez isso aconteça quando um pai
tenta falar ao seu filho rebelde; quando um empregador tenta levar correção
a um empregado; quando um pastor fala a verdade que um membro da igreja
não quer ouvir ou quando alguém tenta transmitir amorosamente sua
preocupação a um amigo que ele acredita estar cometendo um erro em sua
vida.
Quando você começar o processo de levar correção à vida de uma
pessoa, coloque-se no lugar dela. Se fosse você que estivesse sentado ali,
seria fácil ou difícil ouvir o que está prestes a ser dito? Você se sentiria
maravilhoso com relação a receber correção ou se sentiria um pouco
constrangido?
Se, no início, a pessoa que você está corrigindo se fechar ou impuser um
muro de defesa, pode ser que ela esteja apenas constrangida ou reagindo
com insegurança. Portanto, não pare a conversa, a menos que você consiga
ver que ela está, definitivamente, sendo combativa e que está completamente
fechada à sua contribuição. Para discernir a verdadeira situação, você
precisa ser paciente e tardio em julgar a reação dela à sua correção.
Ao escrever e instruir Timóteo sobre como levar correção à vida de
alguém, Paulo enfatizou a necessidade de ser “paciente” ao corrigir. Em 2
Timóteo 2:24, ele escreveu: “Ora, é necessário que o servo do Senhor não
viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir,
paciente”. A palavra grega que significa “paciente” é aneksikakos. Ela é
composta pelas palavras anechomai e kakos. Anechomai significa suportar
pacientemente, aguentar ou ter uma atitude tolerante para com alguém ou
algo. Kakos significa mal ou algo que é ruim.
Quando essas duas palavras são combinadas à aneksikakos, como ocorre
nesse versículo, a nova palavra retrata uma atitude tolerante e que suporta
uma resposta ruim, desprezível ou má. Paulo estava nos dizendo que,
quando tentamos levar correção à vida de uma pessoa e a reação dela é
errada ou até mesmo terrível, não devemos ficar irados com isso! Ficar
magoado não melhorará a situação em nada. Em vez disso, devemos agarrar
o poder de Deus, olhar essa pessoa nos olhos e suportá-la até ela se acalmar
e ouvir o que estamos dizendo. Em outras palavras, às vezes nós
simplesmente precisamos aguentar a reação, boa ou má, de uma pessoa.
Por causa da palavra aneksikakos ser usada nesse versículo, 2 Timóteo
2:24 poderia ser lido assim:
“E o servo do Senhor não deve contender, mas ser brando com todos
os homens, apto a ensinar, paciente. Isso significa que você precisa
aguentar aqueles que não ficam muito entusiasmados quando você se
senta para corrigi-los ou instruí-los. Você precisa ser paciente e
tolerante com eles e suas reações, até que por fim ouçam o que você
está tentando expressar a eles.”
Em Gálatas 6:1, Paulo nos advertiu: “Irmãos, se alguém for surpreendido
nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e
guarda-te para que não sejas também tentado”. Quando estou prestes a
corrigir, sempre me foi útil lembrar quão difícil seria estar sentado do outro
lado da mesa e ouvir um superior me corrigir. Por isso, antes de advertir
alguém, considero primeiramente como eu gostaria de ser informado se
tivesse feito algo errado, como Paulo sugeriu: “... guarda-te para que não
sejas também tentado”.
Antes de entrar em uma sala para corrigir alguém, primeiramente dedique
algum tempo a orar e realmente pensar sobre a melhor, mais pacífica e mais
positiva maneira de falar aquelas palavras de correção ou até mesmo de
repreensão. Faça-o com o espírito correto e não se permita ficar aborrecido
se vir uma reação que não é exatamente a que você havia esperado. Apenas
mantenha-se firme, fique calmo e tenha paciência com o seu interlocutor
mais um pouco de tempo, enquanto ele se ajusta à ideia de ser corrigido. Se,
em última instância, ele recusar a sua correção e permanecer irredutível,
você poderá ter de seguir um caminho diferente. Porém, pelo menos no
início, seja paciente com a pessoa se ela não reagir da maneira que você
esperava.
É exatamente disso que o apóstolo Paulo está falando quando enfatiza que
precisamos ser “pacientes” ao levar correção à vida de alguém. Então, por
que não pedir hoje ao Espírito Santo para ajudá-lo a tornar-se mais
controlado quando as pessoas sob a sua autoridade não reagem exatamente
como você havia desejado? Seja paciente e acredite que, por fim, elas
mudarão de atitude!
Senhor, eu Te peço que me ajudes a ser bondoso e paciente quando for necessário levar
correção. Ajuda-me a não me ofender se a pessoa que estou tentando ajudar não reagir,
inicialmente, como eu desejava que ela reagisse. Ajuda-me a colocar-me no lugar da
pessoa e sentir-me como ela poderia se sentir. Eu Te peço que me dês a sabedoria de saber
o que dizer, quando dizer e como dizer. Peço também que Tu dês à outra pessoa a graça de
ouvir o que eu estou lhe dizendo, para que ela possa ver que o que está em meu coração é
para o seu benefício e que eu estou apenas tentando ajudá-la.
Confesso que tenho a mente de Jesus Cristo! Quando é necessário que eu

faça correção em outra pessoa, realizo isso com amor, bondade e
paciência. Eu me recuso a permitir que a raiva se levante dentro de mim.
Sou cuidadoso com as palavras que saem da minha boca e me nego a
participar de discussões em vão. Permaneço no controle de mim mesmo
enquanto o Espírito Santo opera poderosamente em meu íntimo. Minhas
palavras levam vida a todos os que as ouvem e recebem!
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em um momento de sua própria vida em que

alguém precisou corrigi-lo? De que maneira você recebeu aquilo?
Seu coração estava aberto ou ficou ofendido e irredutível?
2. Ao ser corrigido, o que você fez que não gostaria que alguém lhe
fizesse se fosse você a pessoa que estivesse tentando levar correção?
3. Quando é necessário levar correção a alguém, o que você deve fazer
para tornar mais fácil para essa pessoa receber a sua correção?
25 DE JUNHO
O Que Você Faria se Uma Cobra Venenosa o Picasse?

Porém ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum.
— Atos 28:5
Q uando leio sobre as viagens do apóstolo Paulo, acho sua história

simplesmente notável! O que ele teve de suportar para levar o
Evangelho aos gentios foi extraordinário!
Por exemplo, em 2 Coríntios 11:25, Paulo nos diz que, durante o curso de
seu ministério, ele naufragou três vezes! Ele escreve: “... em naufrágio, três
vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar”. Esse versículo é um
pouco misterioso, porque somente um naufrágio está registrado no livro de
Atos. Contudo, é certo que numerosos eventos importantes ocorreram
durante o ministério de Paulo para que todos fossem registrados no relato de
Lucas no livro de Atos.
Viajar por mar era um empreendimento perigoso e arriscado. Os navios
nem sempre eram confiáveis. Frequentemente, as rotas os levavam por meio
de águas que continham rochas afiadas, recifes e detritos. Mesmo que o
navio fosse conduzido por uma liderança forte e capacitada, as correntes
eram tão fortes que até mesmo os melhores navios podiam ser arrastados
diretamente para rochas e outros obstáculos perigosos.
Em Atos 27, lemos que Paulo estava viajando a bordo de um navio que
colidiu com rochas e se partiu em pedaços. Naquele momento de crise,
Paulo se tornou o homem de Deus a bordo do navio! Ele falou a palavra de
fé à tripulação e aos passageiros, e logo estava no comando de toda a
situação.
Após chegarem à ilha de Malta, Paulo trabalhou com os outros membros
da tripulação para juntar madeira a fim de fazerem uma fogueira.
Aparentemente, uma víbora estava escondida nos gravetos que ele carregava
para colocar no fogo. Quando Paulo jogou a madeira nas chamas, aquela
serpente saiu do feixe de madeira e picou sua mão. Atos 28:3 diz: “Tendo
Paulo ajuntado e atirado à fogueira um feixe de gravetos, uma víbora,
fugindo do calor, prendeu-se-lhe à mão”.
A palavra “víbora” vem da palavra grega echidna, que se refere a uma
serpente extremamente venenosa. O versículo diz que ela “prendeu-se-lhe à
mão”. A palavra “prendeu” vem da palavra grega kathapto, que significa
prender fortemente. Essa serpente mordeu profundamente o apóstolo Paulo.
Ela não só o mordeu, mas também injetou seu veneno na mão dele, porque a
palavra kathapto também significava introduzir veneno no corpo. Aquela
víbora afundou suas presas profundamente na carne de Paulo e, então,
liberou toda a sua carga de veneno na mão dele. É por isso que Atos 28:4
diz: “Quando os bárbaros viram a víbora pendente da mão dele, disseram
uns aos outros: Certamente, este homem é assassino, porque, salvo do mar, a
Justiça não o deixa viver”.
Porém, o que Paulo fez? Ele sacudiu aquela serpente! Atos 28: 5 diz:
“Porém ele, sacudindo o réptil no fogo, não sofreu mal nenhum”. A palavra
“sacudindo” provém da palavra grega apotinasso. Ela é composta pela
palavra apo, que significa fora e longe, e a palavra tinasso, que significa
sacudir. Essa palavra retrata o apóstolo Paulo sacudindo sua mão para a
frente e para trás até, por fim, a víbora soltar suas presas e cair na fogueira.
Ao ver que Paulo não morreu, a multidão bárbara presumiu que ele era um
deus. Pouco tempo depois, Paulo usou o evento para reunir toda a ilha para
uma cruzada! Públio, o chefe da ilha, ficou tão impressionado que hospedou
Paulo em sua casa durante três dias. Enquanto esteve lá, Paulo impôs as
mãos sobre o pai de Públio, que estava “... enfermo de disenteria, ardendo
em febre...” (Atos 28:8).
O homem foi milagrosamente curado e, logo, toda a ilha estava em
avivamento! A Bíblia nos diz: “À vista deste acontecimento, os demais
enfermos da ilha vieram e foram curados” (Atos 28:9). Quando partiu de
Malta, Paulo era tão respeitado e honrado que eles lhe forneceram tudo o
que seria necessário para o resto de sua viagem!
Como você teria agido se estivesse na posição de Paulo? Suponha que
você tenha naufragado e perdido todos os seus bens pessoais. Então, você se
encontrou abandonado em uma ilha habitada por bárbaros, onde
imediatamente uma serpente venosa o pica! Você acha que a teria
“sacudido”, como Paulo fez? Você teria transformado o seu desastre em um
avivamento? Ou teria sido tentado a sentar e chorar enquanto se preocupava
com os seus planos terem sido arruinados?
A atitude de Paulo foi o que o manteve em meio ao avivamento em todo
lugar aonde ele foi. Ele teve a oportunidade de ceder à sua carne e se lançar
à autopiedade, como você e eu fazemos. Mas, por Paulo escolher seguir em
frente e nunca parar, o poder de Deus sempre esteve disponível para ajudá-
lo em todas as situações.
O que o está impedindo hoje? O que o diabo está tentando usar para se
agarrar à sua vida e distraí-lo? Por que você não toma a decisão de sacudir
isso? Há coisas demais em jogo para você deixar algo pequeno distraí-lo e
arrastá-lo para a derrota. Reverta esse ataque e use-o para a glória de Deus.
Faça o diabo lamentar ter enviado aquela víbora para tentar atacá-lo!
Senhor, dá-me a atitude que transforma todos os ataques enviados pelo diabo em uma
oportunidade de avivamento! Ajuda-me a andar com uma fé tão forte e duradoura que eu
não vacilo em COISA ALGUMA que o diabo tenta fazer a mim. Em vez de ceder à minha
carne e deixar a preocupação me conquistar, ajuda-me a lembrar-me da tarefa que Tu me
deste e a permanecer empenhado em terminar o meu caminho no tempo determinado!
Confesso que acontece avivamento em todos os lugares aonde eu vou! Todo desastre que o
diabo envia é minha oportunidade de promover o Evangelho! Eu me recuso a ceder à
minha carne e a me lançar à autopiedade. Por eu me manter seguindo em frente e nunca
ceder ou desistir, o poder de Deus está sempre disponível para me ajudar em todas as
situações. Há coisas demais em jogo para eu deixar algo pequeno me arrastar para a
derrota. Com o Espírito de Deus operando em mim, supero todos os obstáculos que tentam
bloquear o meu caminho!
PARA REFLETIR
1. Houve um momento em que o diabo tentou enviar uma “víbora” à sua

vida para destruir você, seus negócios, ministério, igreja ou
relacionamentos? Quem ou o que foi aquela “víbora” e o que você
fez ao perceber que ela já havia fincado as presas em seus assuntos
pessoais?
2. O que você aprendeu com aquela experiência da “víbora”? O que
você faria de maneira diferente hoje do que fez quando tal evento
ocorreu?
3. Você conseguiu sacudir a “víbora” que o inimigo enviou ao seu
encontro ou aquela experiência o fez tropeçar emocionalmente? Você
foi uma rocha ou desmoronou? O que a sua resposta lhe revelou e o
que você precisa fazer agora para fortalecer o seu ser interior?
26 DE JUNHO
Quem Você Está Considerando Hoje?

Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras.
— Hebreus 10:24
V ocê fica, às vezes, tão ocupado e voltado para si mesmo que se esquece
de que há pessoas ao seu redor que também têm necessidades e
desafios? É verdade que, frequentemente, estamos tão preocupados com nós
mesmos que esquecemos ou ignoramos os que estão lutando terrivelmente,
sem perceber que eles necessitam de um ato ou uma palavra especial para
encorajá-los. Isso é especialmente triste quando acontece dentro da igreja,
porque supostamente somos uma família espiritual cujos membros se
importam genuinamente uns com os outros e ajudam a atender às
necessidades uns dos outros. É por isso que Hebreus 10:24 diz:
“Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e
às boas obras”.
A palavra “considerar” provém do grego katanoeo, composto pelas
palavras kata e noeo. Kata retrata algo que está se movendo para baixo;
noeo (proveniente de nous) retrata a mente e significa pensar. Quando as
duas palavras são unidas, formam uma nova, que significa pensar
minuciosamente sobre algo ou ponderar algo de cima a baixo. Trata-se da
ideia de ponderar algo; contemplar cuidadosamente uma questão;
ponderar e examinar cuidadosamente determinado assunto; ou examinar e
estudar completamente um assunto.
Essa palavra retrata alguém que se preocupa tanto com outra pessoa, que
dedicou tempo a realmente refletir sobre essa pessoa. Observou os altos e
baixos dela. Estudou para descobrir o que ajuda aquela pessoa a se sentir
encorajada e quais eventos tendem a derrubá-la. Por ter se determinado a
realmente conhecer e entender aquela outra pessoa, investe bastante tempo e
concentração em estudar e conhecê-la. Esse tipo de conhecimento não ocorre
por acidente, mas por uma busca determinada.
À luz desse entendimento, precisamos nos lembrar de que, embora a igreja
local seja um lugar onde podemos ir para adorar e ouvir a Palavra de Deus
pregada e ensinada, é também um lugar onde os cristãos devem “considerar-
se mutuamente” como esse versículo ordena. O escritor de Hebreus usa essa
palavra para transmitir a imagem de uma comunidade amorosa na qual as
pessoas estão essencialmente empenhadas com o bem-estar dos outros. De
fato, estão constantemente se observando e pensando umas nas outras para
saber como encorajar e suscitar nelas o amor e as boas obras.
Não só devemos nos considerar mutuamente, mas a Bíblia prossegue
dizendo que devemos também nos estimular ao amor e às boas obras. A
palavra “estimular” vem da palavra grega paraxusmos. A palavra para
significa ao lado e transmite a ideia de estar perto. A segunda parte da
palavra é a palavra xusmos, que significa afiar algo, como uma faca, e
indica uma situação muito perspicaz. Quando você as ajunta, a palavra
composta descreve alguém que se aproximou da outra pessoa com o
propósito de estimular e impulsionar essa pessoa a fazer algo.
Você já pode ter adivinhado que “estimular” uns aos outros pode ser
positivo ou negativo! Uma tradução para essa palavra paraxusmos seria
chamar ao combate. Ao longo de todo o Novo Testamento, a palavra
paraxusmos costuma ser traduzida com o significado de irritar, incitar, irar,
inflamar ou enfurecer. Obviamente, esse tipo de estímulo é muito ruim!
Porém, em Hebreus 10:24, a palavra “estimularmos” está nos dizendo que os
nossos relacionamentos com outros cristãos devem nos encorajar a nos
tornarmos melhores, mais fortes e mais ousados no Senhor.
Como você pode estimular outros cristãos de maneira positiva? Como
você pode incentivar seu irmão no Senhor de tal maneira que o faça desejar
andar em amor e fazer boas obras? Como você pode avivar e inspirar o
cristão que está precisando de perseverança?
Você pode se aproximar dessa pessoa e amá-la o suficiente para não a
deixar em situação de desânimo e derrota. Você pode incentivá-la, estimulá-
la, impulsioná-la e inspirá-la a continuar lutando o bom combate da fé!
Todos os cristãos precisam ser encorajados às vezes, independentemente da
sua posição no Corpo de Cristo. Todas as pessoas precisam de um empurrão
amoroso na direção certa de vez em quando!
Uma interpretação desse versículo poderia ser:
“Estejam constantemente observando uns aos outros, analisando-se,
estudando-se e examinando-se mutuamente com seriedade, até
saberem exatamente como se incentivarem e estimularem mutuamente
ao amor e às boas obras.”
Esse versículo simplesmente nos diz que devemos estar extremamente
envolvidos com o bem-estar e o avanço espiritual uns dos outros. Devemos
nos envolver na igreja local, não só para nosso próprio benefício, mas para
sermos um benefício para os outros também. Precisamos de pessoas que nos
amem, nos observem e nos apoiem quando estivermos enfrentando lutas ou
nos posicionando quanto a uma palavra de Deus. Porém, ao mesmo tempo,
os outros também precisam da nossa ajuda.
Provérbios 17:17 diz: “Em todo tempo ama o amigo, e na angústia se faz o
irmão”. Esse versículo está nos dizendo que amigos verdadeiros nos amam
em todos os momentos e permanecem conosco, mesmo em meio a
circunstâncias difíceis. Eles nos amarão e ficarão conosco
independentemente do que estivermos passando, procurando maneiras de nos
ajudar quando estivermos enfrentando momentos difíceis.
A igreja local deve ser um lugar de vitória onde a fé é edificada, a alma é
encorajada, e sabedoria e força são transmitidas. É uma comunidade onde a
fé vive e triunfa por intermédio de uma família de cristãos que se amam e se
preocupam mutuamente.
Nada é semelhante a viver em uma atmosfera de fé e amor na qual você
está cercado por cristãos que realmente creem na Palavra de Deus e a
praticam. Ter amigos assim lhe dá força — e ser um amigo assim de alguém
ajuda a dar a ele a força de que necessita para viver como vencedor.
Não há, absolutamente, nenhum substituto para a alegria e a satisfação que
sentimos quando outros membros da igreja deixam os seus próprios
interesses para telefonar para você, ir visitá-lo, escrever-lhe um bilhete ou
verificar pessoalmente como você está — só porque perceberam que você
precisa de um pouco de encorajamento! O simples fato de saber que alguém
se preocupa o suficiente para agir assim pode fazer muita diferença quando
você está passando por um momento difícil!
Se você se parece com o restante de nós, provavelmente é muito bom em
incitar outras pessoas no sentido negativo. Então, por que não se
comprometer a tornar-se igualmente competente em incitar seus irmãos e
irmãs no Senhor no sentido positivo? Tome uma decisão de qualidade de
tornar-se um especialista em estimular os outros ao amor e às boas ações!
Senhor, perdoa-me por ser tão egocêntrico que negligenciei ver as necessidades das
pessoas à minha volta. Lamento ter sido tão egoísta que nem sequer reconheci os tempos
em que eu poderia ter sido uma bênção e um encorajamento. Eu me arrependo e tomo a
decisão de alcançar os que estão à minha volta. Da mesma maneira que os outros me
fortaleceram, quero ser uma fonte de força para os que me rodeiam!
Confesso que dedico tempo a considerar cuidadosamente as necessidades de outras

pessoas. Observo seus altos e baixos. Estudo para descobrir o que as ajuda a se sentirem
encorajadas. Estou constantemente observando e analisando os outros para saber como
encorajá-los e estimulá-los ao amor e às boas obras. Deus me usa para me aproximar dos
que estão ao meu redor a fim de ajudar a encorajá-los a permanecerem alinhados com Ele
e com as atribuições dadas por Ele. Em função de eu ter o cuidado de perceber as
necessidades das outras pessoas e buscar ajudá-las com palavras de força, elas estão se
tornando melhores, mais fortes e mais ousadas no Senhor.
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em alguém que Deus realmente usou para

encorajá-lo em um momento decisivo de sua vida? O que essa pessoa
fez que teve uma influência decisiva sobre você?
2. Quem é a pessoa que precisa que você seja uma fonte de força e
encorajamento para ela neste momento? Não é tempo de você ajudar
alguém como outros o ajudaram no passado?
3. Que coisas práticas você pode fazer para transmitir a sua
preocupação com outros (por exemplo, escrever um bilhete,
telefonar, enviar flores, etc.)? Há algo concreto que você precisa
fazer hoje para mostrar a alguma pessoa que está pensando e orando
por ela?
27 DE JUNHO
Cinja o Seu Entendimento!

Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos
está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo.
— 1 Pedro 1:13
H oje quero chamar a sua atenção para a frase “cingindo o vosso

entendimento” usada no versículo. Não é apenas uma frase interessante
que Pedro inventou ao escrever esse versículo: é uma imagem extremamente
poderosa e gráfica que expressa algo muito importante que você e eu
precisamos entender e aplicar em nossa vida!
Essa palavra “cingir” provém da palavra grega anadzonnumi, que era
usada para descrever os orientais que usavam longas vestes. Antes de fazer
uma longa viagem ou de participar de uma corrida, eles reuniam suas vestes
soltas e as prendiam sob o cinto.
Mais frequentemente, essa palavra seria usada para descrever um
corredor que disputava uma corrida. Para correr livremente e sem
obstáculos, ele se abaixava para juntar as longas e pendentes bordas de seus
trajes e, em seguida, colocá-las sob o cinto. Com as pontas soltas fora do
caminho, poderia correr livremente e sem distração.
Porém, o corredor teria problemas se permitisse que suas roupas caíssem
e se enredassem em suas pernas. Mesmo que viesse mantendo o ritmo e
fazendo uma boa corrida até aquele momento, o incômodo das roupas
penduradas e soltas dificultaria os seus passos. E permitir que aquelas
bordas soltas continuassem pendentes certamente o faria perder a corrida!
Observe, porém, que Pedro não está falando de uma peça do vestuário; ele
está se referindo ao nosso entendimento. Veja, Pedro está nos dizendo que:
• Se não lidamos com as pontas soltas que existem em nossa mente e
nossas emoções;
• Se não corrigimos as áreas de nosso pensamento que sabemos estar
erradas;
• Se não tomamos todas as áreas pendentes de nossos pensamentos e as
tiramos do caminho, removendo-as pela autoridade da Palavra de Deus
—
• Então, estamos escolhendo permitir que existam em nossa vida coisas
que dificultarão os nossos passos e nos retardarão em nossa corrida e
em nossa capacidade de caminhar com Deus no sucesso!
Se quisermos ser bem-sucedidos em nossa vida espiritual e realmente

caminhar com Deus, precisamos começar a lidar com o “nosso
entendimento”. Em outras palavras, precisamos procurar lidar com todas as
pontas soltas de nosso pensamento que ainda não foram submetidas à
Palavra de Deus ou rendidas ao poder do Espírito Santo.
Se permitirmos deliberadamente que o pensamento e a crença errados
continuem em nossa vida, estamos cometendo o mesmo tipo de erro que o
corredor, o qual permite deliberadamente que sua roupa fique pendente e se
enrosque em suas pernas. É por isso que Pedro nos exorta a “cingir” (tratar)
as áreas que o diabo poderia tentar agarrar e usar contra nós!
Há alguma ponta solta com a qual você precisa lidar em sua vida neste
momento? Se houver, estou certo de que você já sabe quais são essas áreas!
O Espírito Santo tem tentado lidar com você acerca dessas áreas há muito
tempo, mas você tem escutado? Se você continuar a ignorar a Sua voz,
pagará o preço do fracasso — de nunca perceber o seu máximo potencial.
Veja, Deus está apenas tentando ajudá-lo quando fala a você sobre as
pontas soltas em sua vida. Se você for esperto, parará tudo que você está
fazendo para agarrar essas pontas pendentes e tirá-las de seu caminho de
uma vez por todas. Então, você será capaz de correr sem distrações a
carreira que lhe foi proposta!
Então, o que você fará a respeito das pontas soltas em sua vida hoje? Se
você se dispuser a abrir o seu coração à ajuda do Espírito Santo, Ele irá
ajudá-lo a identificar todas as áreas que necessitam da sua atenção; então,
Ele irá auxiliá-lo a agarrar essas pontas soltas e tirá-las do seu caminho para
sempre!
Senhor, peço que Tu me ajudes a amarrar as pontas soltas que eu permiti restarem em
minha mente e em minhas emoções. Hoje estou fazendo a escolha deliberada de começar a
submeter todas as áreas de minha mente e de minhas emoções à Palavra de Deus e ao
poder santificador do Espírito Santo. Deixa o poder da Tua Palavra e Espírito fluírem e
penetrarem em todas as áreas de minha mente e minhas emoções, energizando-as com a
Tua presença para que o diabo não possa mais ter acesso a mim por meio dessas áreas da
minha vida!
Confesso que minha mente e minhas emoções são submetidas à Palavra de Deus e
renovadas por ela. O diabo não tem acesso à minha mente, porque a minha vida de
pensamento é dominada pela Palavra de Deus e pelo poder do Espírito. Penso os
pensamentos de Deus e tenho a mente de Jesus Cristo. Portanto, nenhuma entrada está
disponível em minha mente ou em minhas emoções, por meio da qual o diabo possa ter
acesso a mim! Creio na verdade, penso na verdade e confesso a verdade sobre quem Jesus
Cristo me fez ser!
PARA REFLETIR
1. Se você fizer uma análise honesta dos ataques espirituais que

ocorreram na sua vida, quantos deles resultaram da sua incapacidade
de renovar a sua mente ou de exercer autoridade sobre as estratégias
do diabo em sua vida? Se a sua mente tivesse sido dominada pela
Palavra de Deus e você estivesse caminhando no Espírito, como a
situação poderia ter sido diferente?
2. O que você está fazendo neste momento para se certificar de que o
diabo não possa encontrar novamente acesso à sua mente e às suas
emoções? Que medidas práticas você está tomando para se certificar
de que, na próxima vez, não cairá na mesma armadilha?
3. Se você encontrar alguém que está sendo constantemente atacado
pelo inimigo, quais medidas preventivas você deve aconselhar essa
pessoa a tomar para garantir que o próximo ataque demoníaco que
vier contra ela seja ineficaz?
28 DE JUNHO
Marcos 11:23 Também Funciona Para o Diabo!

... porque em verdade vos afirmo que, se alguém disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar,
e não duvidar no seu coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele.
— Marcos 11:23
O diabo adora transformar em playground a mente e a imaginação das

pessoas. Ele se deleita em preencher a percepção e os sentidos delas
com ilusões que as cativam, paralisam e, por fim, as destroem. Como os
cristãos podem evitar ser vítimas dos ataques do diabo? Precisam tomar uma
decisão espiritual e mental de estar no comando de todo pensamento que
entre na mente!
Levar os seus pensamentos cativos exigirá determinação e energia. Após
tomar a decisão de fazê-lo, você ainda terá de ater-se a essa decisão. Se
você não estiver realmente empenhado em dominar todos os pensamentos
que o diabo tentar injetar em sua mente e em suas emoções, ele voltará para
atacá-lo continuamente. E, se você não impedir que os pensamentos do
inimigo invadam a sua mente, não demorará para que a sua fé comece a dar
poder a esses pensamentos e eles se tornem uma genuína realidade em sua
vida!
Marcos 11:23 é um versículo poderoso sobre fé e confissão que os
cristãos reivindicam e usam no mundo todo. Porém, o princípio contido
nesse versículo funciona tanto no sentido positivo quanto no negativo — ou
dizendo de outra maneira, esse princípio funciona tanto no reino de Deus
quanto no reino do diabo.
Marcos 11:23 diz: “... porque em verdade vos afirmo que, se alguém
disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar no seu
coração, mas crer que se fará o que diz, assim será com ele”. Segundo o que
Jesus ensinou nesse versículo, você pode realizar tudo que disser e crer em
seu coração.
Você percebeu que Jesus disse que, se alguém confessar algo “e não
duvidar em seu coração”— em outras palavras, se crer nas palavras que está
falando com a boca — ocorrerá exatamente o que disser. A palavra
“duvidar” provém do grego diakrinomai, que significa hesitar, vacilar,
duvidar ou diferir. No contexto, Jesus está dizendo que, quando o coração
de uma pessoa não difere do que a boca está dizendo, a combinação de seu
coração e boca em concordância sempre fará as coisas acontecerem!
Chamo esse conceito de “conexão coração-boca”. Por exemplo, se você
crer em seu coração que Jesus comprou a sua cura, e deposita sua fé sincera
na confissão de sua boca, pode literalmente levar essa cura à manifestação
em seu corpo físico.
O poder criativo é liberado quando o coração e a boca entram em
acordo! É por isso que você precisa ser cuidadoso com aquilo em que
acredita em seu coração e diz com a boca, porque, quando seu coração e sua
boca entram em “sincronia” mútua, isso literalmente faz com que as coisas
aconteçam!
Essa combinação coração-boca funciona tanto no lado positivo quanto no
negativo da vida. Pode promover a manifestação de cura em seu corpo,
salvação para a sua família, prosperidade para o seu negócio e crescimento
para a igreja local. Porém, o diabo também sabe como usar esse princípio
contra você!
O inimigo sabe que, se ele for capaz de preencher a sua mente e o seu
coração com mentiras em que você acredita e, depois, convencer você a
confessar essas mentiras com a sua boca, você fará aquelas imagens
malignas acontecerem na sua vida! É exatamente por isso que o diabo quer
preencher a sua mente com mentiras e acusações. É por isso que ele pinta tão
vividamente na “tela de cinema” da sua mente. É por isso que ele ataca a sua
mente e as suas emoções repetidamente. Ele sabe que só precisa fazer com
que você acolha aquelas mentiras e comece a acreditar nelas.
Bastará você fazer isso para logo começar a falar essas mentiras com a
sua boca. E, se você começar a expressá-las com a sua boca, será apenas
uma questão de tempo até que elas se tornem a sua realidade. Jesus disse:
“... a boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12:34). Então, segundo
Jesus, o que quer que esteja no seu coração acabará saindo da sua boca!
Em virtude de um grande poder ser liberado quando seu coração e sua
boca começam a operar em conjunto, é extremamente importante você
colocar as coisas certas em seu coração. Marcos 11:23 promete que tudo em
que você crer no seu coração e disser com a sua boca acontecerá. Porém,
como eu disse antes, isso não se aplica somente a versículos da Bíblia;
aplica-se a qualquer coisa em que você crer no seu coração e disser com a
sua boca. Então, se o diabo conseguir fazer você crer e dizer coisas erradas,
o seu próprio coração e a sua boca farão com que aquelas confissões mortais
aconteçam.
Sei que às vezes é difícil controlar a sua boca, porém quando você
começa a falar precipitadamente e a dizer qualquer coisa que o diabo ponha
na sua cabeça, está brincando com fogo! É um fato científico que, quando
você fala algo em voz alta, essas palavras são examinadas e revestidas de
poder na sua mente. É por isso que o diabo quer que você repita todas as
coisas estúpidas que ele coloca na sua mente. Ao repeti-las em voz alta,
você está ajudando-o a construir uma fortaleza no reino da sua mente e da
sua imaginação!
Esse é outro motivo pelo qual é tão importante você dedicar tempo à
Palavra de Deus. Quando você dedica tempo a meditar na Palavra, a sua
mente se renova segundo o modo de pensar de Deus (ver Efésios 4:23 e
Colossenses 3:10). A Palavra de Deus traz uma limpeza sobrenatural que
elimina da sua mente e das suas emoções a contaminação do mundo, as
memórias de experiências passadas e as mentiras que o inimigo tentou
semear no seu cérebro.
Quando você torna uma prioridade preencher a sua mente com a verdade
da Palavra de Deus, o inimigo é incapaz de penetrar na sua mente e não
consegue enchê-la de mentiras. E, se você não estiver cheio das mentiras
dele, não estará falando e confessando coisas falsas! Veja, quando a sua
mente é renovada segundo a Palavra de Deus, você se torna interiormente
fortalecido e muito difícil de enganar!
Satanás sabe que as cabeças vazias são muito mais fáceis de enganar. É
por isso que ele adora encontrar um cristão que não fez esforço algum para
preencher a sua mente com a verdade proveniente da Palavra de Deus. O
diabo sabe que encontrou outra cabeça vazia apenas esperando que ele
venha enchê-la — e ele fica feliz em ser obrigado a fazê-lo!
Quem ou o que controlará a sua mente? Deus e a Sua Palavra ou o inimigo
e as suas mentiras? A sua mente será preenchida com algo; por isso você
pode também escolher a coisa certa para preenchê-la. A sua escolha nesta
questão determinará o seu sucesso ou fracasso na vida; dessa forma,
certifique-se de escolher com sabedoria!
Senhor, quero que meu coração e minha boca digam as coisas certas! Sei que preciso
dedicar mais tempo a encher meu coração e minha mente com a Tua Palavra. Sei também
que preciso fazer confissões positivas sobre mim, minha família, negócios, futuro, saúde e
todas as outras áreas de minha vida. A Tua Palavra tem as promessas de que eu necessito
para todas as esferas de minha vida; por isso peço que me ajudes a encher o meu coração
com a verdade e alinhar a minha boca com o que Tua Palavra promete a minha vida.
Confesso que dedico tempo a meditar na Palavra de Deus; ela renova minha mente
segundo o pensamento de Deus. A Palavra de Deus traz uma purificação sobrenatural que
elimina de minha mente e de minhas emoções a contaminação do mundo, as memórias de
experiências passadas e as mentiras que o inimigo tentou semear em meu cérebro. Torno
uma prioridade encher a minha mente com a verdade da Palavra de Deus; portanto, torno
muito difícil para o diabo penetrar em minha mente com as suas mentiras.
PARA REFLETIR
1. Que coisas negativas você diz sobre si mesmo — seu peso,

aparência, habilidades, etc. — que você sabe que não deveria estar
dizendo?
2. Você consegue se lembrar de um exemplo de ter confessado algo
negativo durante tanto tempo que suas palavras acabaram se
realizando em sua vida?
3. Quanto tempo você dedica a ler a Bíblia e meditar na Palavra de
Deus? Não há motivo para ser desonesto em sua resposta, porque
Deus conhece a verdade, seja ela qual for. Examine a sua vida
honestamente ao responder a esta pergunta.
Satanás sabe que as cabeças vazias são muito mais fáceis de enganar. É
por isso que ele adora encontrar um cristão que não fez esforço algum para
preencher a sua mente com a verdade proveniente da Palavra de Deus. O
diabo sabe que encontrou outra cabeça vazia apenas esperando que ele
venha enchê-la — e ele fica feliz em ser obrigado a fazê-lo! Quem ou o
que controlará a sua mente? Deus e a Sua Palavra ou o inimigo e as suas
mentiras? A sua mente será preenchida com algo; por isso você pode
também escolher a coisa certa para preenchê-la. A sua escolha nesta
questão determinará o seu sucesso ou fracasso na vida; dessa forma,
certifique-se de escolher com sabedoria!
29 DE JUNHO
Como Orar Por Seu Pastor Ou Líder Espiritual

Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo amor do Espírito, que luteis
juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor, para que eu me veja livre dos rebeldes que
vivem na Judéia, e que este meu serviço em Jerusalém seja bem aceito pelos santos; a fim de
que, ao visitar-vos, pela vontade de Deus, chegue à vossa presença com alegria e possa recrear-
me convosco.
— Romanos 15:30-32
E m função do ministério do apóstolo Paulo exigir tanto dele e haver tanta

resistência para detê-lo, ele sabia que precisava de todo o apoio de
oração que conseguisse obter! Foi por isso que ele escreveu aos romanos e
perguntou: “Rogo-vos, pois, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também
pelo amor do Espírito, que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a
meu favor, para que eu me veja livre dos rebeldes que vivem na Judéia, e
que este meu serviço em Jerusalém seja bem aceito pelos santos; a fim de
que, ao visitar-vos, pela vontade de Deus, chegue à vossa presença com
alegria e possa recrear-me convosco”.
Estudando esse pedido de oração específico do apóstolo Paulo, podemos
obter revelações de como devemos orar pelos nossos próprios pastores ou
por aqueles que exercem autoridade espiritual sobre a nossa vida. Então,
dediquemos hoje alguns minutos a analisar profundamente esses versículos
para ver o que podemos aprender sobre orar por nossos líderes espirituais.
Primeiro, Paulo faz o seguinte pedido: “... luteis juntamente comigo nas
orações...”. As palavras “luteis juntamente” são tomadas da palavra grega
sunagonidzomai, composta por sun e agonidzo. Sun significa juntamente e
transmite o significado de fazer algo com outra pessoa. Agonidzo significa
agonizar. Indica uma agonia intensa; uma luta violenta; angústia;
contender contra um inimigo; ou lutar em uma disputa.
Isso me diz que Paulo estava envolvido em uma grande batalha espiritual
no momento em que escreveu esse pedido de oração. De fato, a luta era tão
intensa que ele sentiu a necessidade de que outros se juntassem a ele em
oração. Ele não quis enfrentar aquela luta espiritual sozinho; então, abriu seu
coração e pediu a outros que se juntassem a ele na luta daquela batalha.
Ao orar por seu pastor ou líder espiritual, lembre-se de que ele necessita
do seu apoio em oração. Assim como Jesus pediu a Pedro, Tiago e João para
orarem com Ele no jardim do Getsêmani, o seu pastor precisa do seu apoio
em oração. Sim, ele pode orar sozinho, mas será de grande ajuda ele saber
que outros o estão apoiando em fé e em Espírito. O apóstolo Paulo precisou
disso e o seu pastor também precisa.
Segundo, Paulo lhes pediu especificamente que orassem “... para que eu
me veja livre dos rebeldes...” (v. 31). A palavra “livre” vem do grego
ruomai, que significa ser resgatado, libertar, arrancar de ou arrastar para
fora do perigo.
Pode parecer estranho Paulo solicitar a outros que orassem para que ele
fosse libertado dos incrédulos. Porém, Paulo havia passado por muitas
experiências com “incrédulos” que resistiram a ele, bem como com os
supostos “irmãos” que lhe deram constantes problemas. É simplesmente um
fato que o diabo opera principalmente por meio de pessoas. Quando ele quer
deter o avanço do Evangelho, frequentemente tenta resistir a uma igreja ou
pastor local encorajando alguém na comunidade para estar contra o pastor.
Às vezes, o inimigo chega a usar as pessoas da igreja local para criar
problemas que trazem divisão e desastre. Então, quando você orar por seu
pastor, lembre-se de orar para que ele seja arrancado das armadilhas e
ciladas armadas para ele por pessoas com motivações erradas.
Terceiro, Paulo pediu oração para “... que este meu serviço em Jerusalém
seja bem aceito pelos santos...” (v. 31). A palavra “serviço” vem do grego
diakonia, que significa ministério. A palavra “aceito” é do grego
euprosdektos, que significa ser agradável, aceitável ou bem-recebido.
Esse é um pedido de oração esperado de um pregador! Paulo buscou a
Deus por meio de oração e prestou atenção para ouvir o que o Senhor está
dizendo ao seu espírito, porque quer cumprir bem o seu ministério. Paulo
deseja que cada palavra seja dita corretamente, com precisão e de maneira
agradável a Deus. Além disso, ele quer que as pessoas acreditem na
sinceridade de seus motivos e não questionem se ele tem segundas intenções
para lhes falar do Senhor. Assim, ele ora para que o seu ministério para os
santos em Jerusalém seja bem recebido.
Ao orar por seu pastor, certifique-se de incluir esse item na sua lista de
orações! Ore para que o seu ministério seja abençoado e aceito, e para que
as pessoas o recebam e ouçam o que vem do coração dele da maneira que
pretende transmiti-lo. Ele necessita do seu poder de oração operando na
retaguarda dele enquanto leva palavras específicas de Deus a diversas
situações.
Quarto, Paulo pediu que os crentes de Roma orassem “... a fim de que...
[eu] chegue à vossa presença com alegria...” (v. 32). A palavra “alegria”
vem da palavra grega chara, que significa júbilo, alegria ou regozijo. Isso
quer dizer simplesmente que Paulo desejava ter alegria em seu ministério!
Ele havia enfrentado muitas dificuldades que lhe deram oportunidades de
perder a sua alegria — tais como amizades rompidas, expectativas
frustradas, turbulências políticas, divisões da igreja, etc. O pedido de Paulo
era muito simples: “Por favor, orem para que eu tenha e mantenha minha
alegria em meio a tudo com que tenho de lidar em meu ministério!”.
Basta pensar nas coisas que acontecem em sua própria vida, que tentam
fazer com que você perca a sua alegria. E o seu pastor? Pense em todas as
pessoas que ele aconselha, os casamentos que tenta ajudar, os sermões que
tem de preparar e a organização que tem de supervisionar. Depois, além de
tudo isso, pense na decepção que o seu pastor é tentado a sentir quando as
pessoas que ele ajudou no passado decidem deixar a igreja. Eu lhe garanto
que há muitas oportunidades para que ele perca a alegria.
Então, pegue o pedido de oração de Paulo e aplique-o ao seu pastor. Ore
para que ele tenha e mantenha a sua alegria a despeito de tudo com que tem
de lidar em seu ministério!
Quinto, Paulo orou: “... pela vontade de Deus, chegue à vossa presença
com alegria...”. A palavra “vontade” vem da palavra grega thelema, que
significa projeto, propósito, plano ou vontade. Paulo queria estar bem no
centro da vontade de Deus para a sua vida!
Assim como oramos para não cometer erros e estar exatamente onde Deus
quer que estejamos, Paulo fez a mesma oração! Ele queria que os santos
orassem para que ele não cometesse erros e pudesse sempre permanecer no
plano perfeito de Deus.
Por isso, quando você orar por seu pastor, ore para que ele tenha a
sabedoria necessária para saber o que deve fazer nas diversas situações que
enfrenta em seu ministério. Perguntas chegam a ele o dia todo e ele precisa
do seu apoio de oração para tomar decisões corretas. E, assim como Paulo
pediu oração para que estivesse na vontade de Deus, ajude o seu pastor
orando firmemente para que ele permaneça sensível ao Espírito a fim de
poder evitar erros penosos e seguir a vontade de Deus para si mesmo e para
a igreja.
Sexto, Paulo pediu oração para poder “recrear” (v. 32). A palavra
“recrear” vem do grego sunanapauomai, composto pelas palavras sun e
anapauomai. Sun significa juntamente com, como fazer ou experimentar
algo com outra pessoa. Anapauomai significa acalmar, aliviar, reanimar ou
ser revigorado. Quando posicionadas juntas, essas duas palavras se tornam
sunanapauomai, que significa ser revigorado com outra pessoa.
Todos precisam ser revigorados de tempos em tempos — incluindo
pastores e pregadores! As pessoas tendem a pensar que pastores e
pregadores não precisam do mesmo refrigério que os outros, mas todos
precisam ser revigorados e tocados por Deus de tempos em tempos! Paulo
faz com que os seus leitores romanos conheçam a sua necessidade de
refrigério dizendo-lhes: “Eu preciso ser revigorado tanto quanto o resto de
vocês; por isso orem para que eu seja revigorado!”.
Ao orar por seu pastor ou pelos ministérios e missionários que você
apoia, use esse pedido de oração do apóstolo Paulo para guiá-lo em suas
orações. Essa oração foi incluída no Novo Testamento pelo Espírito Santo
para nos fazer saber que todos — incluindo os ministros do Evangelho —
precisam que as pessoas os apoiem em oração. Então, por que não usar
essa oração como uma ferramenta para ajudá-lo a orar de maneira mais
eficaz pelos líderes espirituais unidos a você por Deus?
Senhor, estou tomando a decisão de apoiar meu pastor em oração! Quero me unir a ele
como um parceiro de oração sincero e apoiá-lo espiritualmente orando por ele. Eu Te peço
que o livres de pessoas que têm motivações erradas. Também oro para que o ministério
dele seja bem recebido; que ele tenha alegria em seu ministério; que ele tome decisões
corretas e permaneça na vontade de Deus; e que ele sempre se sinta forte e revigorado em
seu espírito, alma e corpo. Abençoa ricamente meu pastor, sua esposa e família.
Confesso que sou um forte apoio ao meu pastor e sua família. Oro regularmente por ele e
pelos outros ministérios e missionários que Deus me chamou a apoiar. Eles necessitam do
meu poder de oração — e eu os apoio no Espírito para que as bênçãos de Deus venham
sobre a vida deles!
PARA REFLETIR
1. Você dedica tempo a orar por seu pastor e pelas necessidades que ele
possa estar enfrentando na vida dele? Se você fosse pastor, não
gostaria que a sua congregação estivesse orando por você?
2. Com base no pedido de oração de Paulo em Romanos 15:30-32, qual
é a coisa mais importante pela qual você pode orar pelo seu pastor
neste momento?
3. Ao orar, você sente o Espírito Santo incentivando-o a orar algo
especial por seu pastor e sua família? Em caso afirmativo, preste
muita atenção a esse incentivo, porque pode ser uma direção especial
do Espírito Santo para lhe mostrar como apoiá-lo e à sua família em
oração, especialmente no presente momento.
30 DE JUNHO
O Que Deus Pensa Sobre os Fofoqueiros!

Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação,
conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem.
— Efésios 4:29
Q uando eu era rapaz, minha família congregava em uma igreja na qual o

pastor era um fabuloso professor de temas bíblicos. Os cultos de
quarta-feira à noite eram os meus favoritos, porque era quando ele realmente
abria a Palavra de Deus e nos ensinava. Porém, havia um aspecto dos cultos
de quarta-feira à noite que eu realmente detestava — um membro da igreja
fofoqueiro que sempre começava a tagarelar tão logo terminava o culto!
Aquela mulher ficava de pé ao lado, olhando para os outros e sussurrando
sobre eles pelas costas. Porém, sempre que o assunto de suas fofocas se
aproximava de sua panelinha, ela parava de sussurrar e sorria para a pessoa
de forma muito gentil e graciosa. Eu odiava a hipocrisia do comportamento
daquela fofoqueira e nunca entendi como ela era capaz de falar tão mal sobre
as pessoas imediatamente após ouvir a Palavra de Deus ensinada com tanto
poder!
Lembro-me de como aquela mulher sempre parecia tão entusiasmada ao
encontrar um novo petisco delicioso de informações sobre outra pessoa da
igreja que ela pudesse começar a divulgar. Contudo, a maior parte do que ela
fofocava era baseada em rumores. Ela nem sequer sabia se os “petiscos” que
ela compartilhava eram concretos. Ela sabia que, desde que eles fossem
atraentes ao ouvido, sempre teria um pequeno clã de ouvintes devotos.
Porém, mesmo que as coisas sobre as quais aquela mulher fofocava fossem
verdadeiras, não era de sua conta falar sobre elas com outras pessoas.
Como Deus se sente sobre pessoas que fazem fofocas? Efésios 4:29 diz:
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for
boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos
que ouvem”. O versículo seguinte continua: “E não entristeçais o Espírito de
Deus...”. A implicação é que, quando a “palavra torpe” sai da boca de um
crente, causa tristeza no Espírito Santo (ver 5 de janeiro).
Veja, a fofoca é um pecado que entristece o Espírito Santo. Você percebeu
que Paulo a chama de “palavra torpe”? Essa expressão provém da palavra
grega phaulos, que se refere a algo que fede ou algo que está apodrecendo,
como uma carne cheia de larvas. Esse tipo de comunicação é algo morto, em
decomposição e fede. Ele é ofensivo ao Espírito de Deus e isso o entristece.
A fofoca é tão destrutiva e ofensiva que Paulo a proíbe em 2 Coríntios
12:20. Nesse versículo, ele diz: “Temo, pois, que, indo ter convosco, não
vos encontre na forma em que vos quero, e que também vós me acheis
diferente do que esperáveis, e que haja entre vós contendas, invejas, iras,
porfias, detrações, intrigas, orgulho e tumultos”. Você vê a palavra
“intrigas”? Ela vem da palavra grega psithurimos, que significa fofoca!
Para certificar-se de que sabemos quão más são as fofocas, Paulo as
elenca lado a lado com várias outras atitudes e atos horríveis. Ele coloca a
fofoca ao lado de:
Contenda: Proveniente da palavra grega eris, que retrata uma igreja

dividida por sua política. Poderia ser traduzida como briga ou discussão.
Inveja: Proveniente da palavra grega zelos, que retrata uma pessoa tão
egocêntrica que luta ferozmente por sua própria causa, não considerando
as necessidades ou os desejos dos outros. Pode ser traduzida como ciúmes.
Ira: Proveniente da palavra grega thumos, que retrata uma pessoa que, de
repente, explode e perde seu controle em função de algum tipo de raiva
profunda não resolvida. Essa é uma pessoa que, literalmente, ferve de raiva
e explode, estourando em uma desagradável explosão que afeta
negativamente outras pessoas.
Porfia: Proveniente da palavra grega eritheia, que retrata um desejo
egoísta de promover o próprio caminho, mesmo que isso signifique
separar e dividir a igreja. Essa é uma imagem de pessoas tomando partidos
na igreja e, assim, separando, fragmentando e dividindo a igreja em facções
opostas.
Detração: Proveniente da palavra grega katalalia, que significa difamar
outra pessoa ou falar dela depreciativamente. Pode ser traduzida como
calúnia.
Intriga: Proveniente da palavra grega psithurismos, que expressa a ideia
de um fofoqueiro. O motivo de eles sussurrarem é por saberem que esse tipo
de conversa
é errado e que se envolveriam em problemas pelo que estavam dizendo;
por isso sussurram aos outros em segredo os seus “petiscos” de
informações.
Orgulho: Proveniente da palavra grega phusiosis, que transmite a ideia
de uma pessoa cheia de orgulho. De fato, pode ser traduzida como estar
inchado. Essa é uma pessoa que está inchada de orgulho por algo que nem
sequer é importante; não obstante, permitiu que esse assunto a levasse
enganosamente a um falso senso de excesso de importância ou de ser
melhor do que os outros. Essa palavra também poderia ser traduzida como
arrogância.
Tumulto: Proveniente da palavra grega akatastasia, referindo-se a
anarquia, caos, insubordinação ou algum tipo de atitude ou ato que
desencadeie perturbação, inquietação ou instabilidade. Descreve a atitude
ou os atos de uma pessoa que cria algum tipo de perturbação desastrosa.
Quero que você perceba que a “fofoca” está bem no centro dessa lista! O
que isso lhe diz sobre o que Deus pensa da fofoca e de quem está envolvido
no ato de fofocar?
Vamos nos certificar de que compreendemos o que a palavra “fofoca”
descreve! Descreve uma pessoa que, habitualmente, revela fatos, rumores ou
relatos, pessoais ou sensacionais de natureza íntima que não são de sua
conta.
Por exemplo, a fofoca poderia incluir:
• Falar sobre assuntos de outras pessoas e coisas que não dizem respeito
a você.
• Repetir o que alguém disse, mesmo que você não saiba se é verdade ou
não.
• Falar com os outros como se você fosse uma autoridade sobre os
assuntos de outras pessoas, quando na realidade você não sabe do que
está falando.
Em certo sentido, a fofoca é semelhante um veneno mortal. Fere as

pessoas, mata relacionamentos e destrói a confiança. No ambiente de
trabalho, a “fofoca” costuma acontecer entre dois funcionários que se
tornaram amigos e sentem que podem realmente “compartilhar” um com o
outro. Frequentemente, são pessoas que foram ofendidas ou feridas pelo alvo
de sua fofoca; portanto, todos os rumores que ouvem se tornam um “petisco
delicioso” para compartilhar com a outra parte ofendida. É disso que
Provérbios 18:8 está falando: “As palavras do caluniador são como petiscos
deliciosos; descem até o íntimo do homem” (NVI).
A fofoca costuma ser baseada em rumores; habitualmente, é imprecisa;
cria suspeitas; e separa as pessoas. É tão maligna que eu a proíbo
completamente em nosso ministério.
É interessante notar que a palavra grega para fofocar significa sussurrar.
Isso significa que a fofoca quase sempre ocorre em segredo. Pense bem —
onde as fofocas costumam ocorrer? Se você se envolveu com fofoca no
passado, provavelmente escutou alguém lhe contar informações ou rumores
sobre outras pessoas, que depois você sussurrou a outra pessoa:
• No banheiro feminino do escritório.

• Em seu escritório, quando as portas estavam fechadas e ninguém estava
observando ou escutando.
• No refeitório, quando só estavam você e a pessoa com quem você
estava falando.
• Em uma reunião de oração, onde frequentemente as pessoas sussurram
sobre outras sob a camuflagem de “oração”.
• Em um canto onde o chefe, o diretor, o pastor ou o alvo da sua fofoca
não conseguiria ouvir o que você estava dizendo.
Você precisa saber que os fofoqueiros geralmente se atraem como ímãs.

Quando se juntam, eles veem as coisas de maneira semelhante e, portanto,
começam a pensar que estão certos. Assim, formam uma pequena facção
dentro do escritório ou da igreja, frequentemente concluindo que estão
tratando de assuntos de Deus ao se reunirem para discutir todos os
problemas que estão acontecendo na vida de outras pessoas, mesmo não
sendo de sua conta discutir ou resolver esses problemas ou interferir nos
assuntos dos outros.
Já que a palavra “fofoca” realmente significa sussurrar, seria bom você
se perguntar quando estiver prestes a contar algo que ouviu: eu diria essas
coisas publicamente? Eu diria isso na frente da pessoa de quem estou
falando? Se a sua resposta for não, você poderá concluir que não deverá
dizer isso também em particular.
Então, exorto-o a não permitir que o diabo o engane e o arraste para o
pecado da fofoca. Tiago 3:8 nos diz que a língua “... é mal incontido,
carregado de veneno mortífero”. Porém, você pode se recusar a ser fonte de
fofoca ou a participar dela quando ocorrer. Se você realmente ama Jesus,
por que desejaria participar de algo que envenenará a opinião das pessoas e,
em última análise, dividirá e ferirá os outros? Pense nisto: se fosse você a
pessoa de quem os outros estavam falando, não seria doloroso descobrir que
elas estavam falando daquela maneira pelas suas costas?
É muito prejudicial envolver-se nesse negócio! Se você tiver de sussurrar
algo, provavelmente não deveria estar dizendo aquilo. De fato, uma boa
regra para seguir é: se você não puder dizê-lo publicamente, não o diga!
Tome hoje a decisão de deixar de participar de fofoca e de ficar longe
daqueles que a praticam!
Senhor, admito que sou culpado de ocasionalmente falar pelas costas das pessoas; estou
errado em fazê-lo. Eu Te peço que me perdoes por permitir que o diabo me use dessa
maneira. Estou pedindo que Tu me ajudes a controlar a minha língua e a deixar de
fofocar sobre outras pessoas. Quando eu me encontrar em uma situação na qual a
conversa se transforma em fofoca, ajuda-me a saber como me afastar graciosamente da
conversa de modo a poder evitar participar desse pecado e voltar a cair nessa armadilha.
Eu me arrependo de minha atuação em fofoca e me afasto dela, em nome de Jesus!
Assim eu oro em nome de Jesus!
Confesso que não mais participarei do pecado da fofoca. Se algo não pode ser dito
publicamente, eu me recuso a dizê-lo. Se eu tiver de sussurrá-lo, não o repetirei. Eu deixo
de participar de fofoca e permaneço longe daqueles que a praticam. A fofoca é um
pecado e eu me recuso a fazer parte dele. A minha boca fala somente o que é bom para
edificar quem me ouve!
PARA REFLETIR
1. Você se sente tentado a repetir informações sobre outras pessoas,

mesmo que aquilo que você está repetindo nada tenha a ver com você
e não seja de sua conta? Seja honesto em sua resposta, porque Deus
já observou o seu comportamento e conhece a verdade!
2. Às vezes, fofocas ocorrem durante reuniões de oração. Você já
testemunhou um momento em que um pedido de oração se
transformou em uma sessão de fofocas e você se sentiu culpado por
ter falado tão mal sobre aquela pessoa em vez de orar por ela?
3. Se você esteve envolvido em fofoca, sentiu a condenação do Espírito
Santo tentando lhe dizer para interromper aquela atividade?
1 DE JULHO
Você É Um Revelador ou Um Ocultador?

A língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno
mortífero.
— Tiago 3:8
V ocê já se sentiu apunhalado pelas costas por alguém que repetiu

informações secretas que você havia compartilhado com ele? Como
você se sentiu ao perceber que aquela pessoa havia traído seu compromisso
de manter tal informação confidencial?
Já aconteceu de você ter sido culpado de repetir algo que alguém
compartilhou com você, confiando que você o manteria em segredo? Ou
você já foi culpado de escutar alguém que estava fofocando sobre outra
pessoa, demonstrando que você era um amigo infiel da pessoa que estava em
discussão?
Em 2 Coríntios 12:20, Paulo proíbe a fofoca, usando a palavra grega
psithurismos, que expressa a ideia de um fofoqueiro. Em certa versão da
Bíblia, é traduzida como “sussurros”, porque aqueles que repetem ou
escutam fofocas sabem que esse tipo de conversa é errado e poderia lhes
causar problemas; portanto, sussurram seus boatos em segredo, não em
público. Entretanto, uma tradução melhor para psithurismos seria fofocar.
Talvez nada seja mais angustiante do que o comportamento de um
fofoqueiro — alguém que se intromete nos assuntos dos outros e repete
informações que não são de sua conta. Esse tipo de pessoa está
continuamente metendo o nariz onde não é chamada e frequentemente piora
uma situação porque as pessoas começam a falar de forma repetida e
incessante. Habitualmente, um fofoqueiro não tem conhecimento de todos os
fatos; assim, cria desnecessariamente muitas dificuldades, porque as pessoas
começam a formar opiniões e tomar partidos quanto a situações sobre as
quais conhecem muito pouco.
Provérbios 11:13 diz: “O mexeriqueiro descobre o segredo, mas o fiel de
espírito o encobre”. Portanto, eis aqui algumas perguntas para refletir:
• Quando as pessoas pensam em você, pensam como um mexeriqueiro,

que repete tudo o que ouve ou o consideram reservado, cauteloso e
confiável?
• Você tem a reputação de ser capaz de ocultar um assunto ou as pessoas
pensam que você tem duas caras e língua solta?
• Os seus amigos estão certos de que, se alguém começar a dizer algo
negativo a respeito deles, você se afastará, recusando-se a escutar
aquele rumor? Ou eles se preocupam por você poder ouvir a fofoca que
está sendo espalhada a respeito deles?
Todo ouvinte tem a capacidade de se afastar de uma conversa. Ninguém

tem o direito de forçar a entrada de impureza nas orelhas de outra pessoa.
Você tem opção! Você pode puxar uma cadeira, aproximar-se do
fofoqueiro, escutar atentamente e deixá-lo começar a sussurrar o que ele
ouviu sobre aquilo que ele pensa saber— ou você pode optar por afastar-se
e recusar-se a escutá-lo.
Deixe-me perguntar-lhe: não houve, no passado, muitas vezes em que você
deveria ter dito “Desculpe, nós deveríamos estar falando assim?”. Ou talvez
você devesse ter dito: “Desculpe, mas eu não acredito que seja certo
conversarmos assim e não posso fazer parte dessa conversa”. Quando você
escolheu ouvir a fofoca em vez de afastar-se, como se sentiu depois: limpo
ou sujo, leal ou desleal e maculado? Você ficou satisfeito por ter ouvido
aquelas palavras que lhe foram sussurradas a portas fechadas?
Quando você se afasta de um fofoqueiro, literalmente paralisa a
capacidade dele de discutir coisas que não cabe a ele discutir. Veja, para
que as palavras de uma fofoca sejam bem-sucedidas, precisa haver duas
partes envolvidas — o fofoqueiro e o ouvinte. Sem um ouvinte, a voz do
fofoqueiro é silenciada. Se não há alguém para ouvir, nada há a contar! É
exatamente por isso que Provérbios 26:20 diz: “Sem lenha, o fogo se apaga;
e, não havendo maldizente, cessa a contenda”.
Quando as pessoas começam a “soltar a língua” e repetir informações que
não lhes cabe contar, seja suficientemente corajoso para simplesmente dizer-
lhes: “Desculpe, mas essa conversa me deixa constrangido; eu não quero
fazer parte dela”. Da mesma maneira, se você for tentado a conversar sobre
os assuntos particulares de outra pessoa, recuse-se a fazê-lo, mesmo que a
informação seja verídica!
As pessoas presumem erroneamente que se a informação que elas estão
“contando” é verídica, não é fofoca. Porém, por que a fofoca seria mais
aceitável para Deus só porque alguém está repetindo informações precisas
sobre os assuntos do outro? Continuam não sendo da conta daquela pessoa.
Além disso, mesmo quando as pessoas pensam estar repetindo informações
precisas, na maioria das vezes não o são. Porém, precisas ou não, ninguém
tem o direito de sair por aí investigando os assuntos dos outros.
Na Bíblia King James, em inglês, Provérbios 18:8 diz: “As palavras de
um mexeriqueiro são como feridas e descem até o mais interior do ventre”
(tradução livre). Por que Salomão se referiu aos efeitos de longo prazo da
fofoca como “feridas”? Considere isto:
• A fofoca mancha permanentemente a nossa visão da pessoa que está

sendo discutida.
• Quando essa imagem entra em nossa mente, é muito difícil apagá-la. É
simplesmente um fato que quase nunca nos esquecemos de um mau
relato que ouvimos sobre alguém.
• Sempre que virmos a pessoa sobre a qual ouvimos a fofoca, aquele
rumor será ressuscitado em nossa mente. Isso se torna uma ferida, uma
marca, uma mancha em nossa memória.
Por isso, tome hoje a decisão de deixar de participar de fofocas. Seja um
homem ou uma mulher de Deus e recuse-se a sequer escutá-la! Na próxima
vez em que alguém começar a “soltar a língua” e falar sobre coisas que não
lhe cabe decidir ou discutir, confronte essa pessoa com o que ela está
fazendo. Se ela escolher continuar a fofocar, afaste-se dela e mantenha a sua
integridade diante de Deus e das pessoas que estão sendo discutidas.
Então, pergunte a si mesmo: sou um revelador ou um ocultador? Não se
permita cair na armadilha de discutir e debater coisas que não lhe dizem
respeito. Certamente você tem o suficiente para lidar em sua própria vida e
não precisa se envolver em situações para as quais nunca foi formalmente
convidado! Se você deixar o Espírito Santo ajudá-lo, Ele lhe mostrará como
afastar-se de fofoqueiros e, assim, manter a integridade com todos. Você será
capaz de passar a vida sabendo que não escutou ou participou de conversas
que causaram dor e mágoa em outras pessoas.
Senhor, eu Te agradeço por hoje falares ao meu coração sobre a fofoca. Dá-me o poder
de dizer aos outros que não quero participar de falatórios sobre coisas que não me cabem
decidir ou discutir. Perdoa-me pelas vezes em que me permiti ser apanhado em conversas
que não Te glorificaram e que não seriam consideradas fidedignas pelas pessoas que
estavam sendo discutidas. Eu me arrependo por isso e hoje estou tomando a decisão de me
afastar desse tipo de conversa a partir deste momento!
Confesso que deixo de fazer fofocas e me recuso a escutá-las! Sou um amigo fiel e oculto
um assunto que me é divulgado. Não me permito cair na armadilha de discutir e debater
coisas que não me dizem respeito. Porque o Espírito Santo me ajuda, sei como me afastar
de qualquer conversa que não glorifica a Deus. Não escuto nem participo de conversas
que causam dores e mágoas na vida de outras pessoas.
PARA REFLETIR
1. Você já foi culpado de macular a opinião de outra pessoa a respeito

de alguém fazendo fofoca — contando à pessoa informações que não
lhe cabiam contar?
2. Alguém já contou a outras pessoas informações sobre você, como se
conhecesse os fatos — mas as informações estavam incorretas?
Quando ouviu o que a pessoa disse de você, como isso o afetou?
Você ficou chocado ao ouvir aquilo em que a pessoa acreditou e
repetiu aos outros?
3. O que você acha que faz as pessoas desejarem fofocar? Que prazer
dá à carne contar detalhes sórdidos sobre os negócios ou assuntos
pessoais de outras pessoas?
2 DE JULHO
A Língua é Semelhante a Uma Serpente!

...a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno
mortífero.
— Tiago 3:8
Q uando eu era menino, crescendo em Oklahoma, amava cobras! De fato,

tinha uma coleção de cobras com sete espécies diferentes. Cheguei a
ter várias serpentes muito venenosas em minha coleção.
As serpentes venenosas se comportam de maneira muito diferente das não
venenosas. As não venenosas, como as jiboias ou as pítons, podem ser
domesticadas e até seguradas e acariciadas. Esse, porém, não é o caso das
venenosas, porque são nervosas por natureza e ficam facilmente agitadas.
São criaturas inquietas, prontas para atacar a qualquer momento.
Por serem muito violentas e nervosas, é quase impossível domesticar as
serpentes venenosas. Se você tentar segurar ou acariciar uma cascavel, como
poderia fazer a uma jiboia ou uma píton, pode ter certeza de que será
mordido!
Os depósitos de veneno situados na cabeça da cobra, logo acima das
presas, são repletos de peçonha mortífera. Quando serpentes venenosas
cravam suas presas afiadas em uma vítima, estas penetram na carne, o que
faz com que o veneno seja bombeado pela carne da vítima e entre na
corrente sanguínea. Uma vez injetado o veneno, a cobra abre a boca e vai
embora. Depois disso, a vítima é largada sofrendo enquanto o veneno
começa a destruir sua carne ou paralisar seu sistema nervoso,
frequentemente levando à morte.
O motivo de eu escrever tanto sobre cobras é ter sido essa exatamente a
imagem que Tiago tinha em mente ao escrever Tiago 3:8. Esse versículo diz:
“A língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido,
carregado de veneno mortífero”. Quando você entende o significado
completo das palavras gregas usadas neste versículo, ele ilustra
poderosamente o problema da língua. Ele compara a língua que não é
controlada pelo Espírito Santo a uma cobra venenosa nervosa e pronta para
atacar!
Tiago começa dizendo: “A língua, porém, nenhum dos homens é capaz de
domar...”. Preste muita atenção à palavra “domar”, porque ela descreve com
precisão quão impossível é controlar a língua sem a ajuda do Espírito de
Deus! A palavra “domar” provém da palavra grega damadzo, que significa
domesticar, subjugar, domar ou colocar sob controle. É exatamente a
mesma palavra usada em Marcos 5:4 ao falar sobre o endemoninhado de
Gadara. Marcos 5:4 nos diz que esse homem era tão selvagem, tão frenético
e tão fora de controle por causa da legião de demônios que residia dentro
dele, que “... ninguém podia subjugá-lo”. Essa palavra “subjugar” é a mesma
palavra grega usada em Tiago 3:8 para descrever a dificuldade de domar a
língua!
Analisemos o significado completo por trás da palavra “domar”. A
palavra grega damadzo não apenas significa domar, mas também era usada
para descrever treinadores de animais que eram especialistas em capturar
e domesticar os animais mais selvagens e mais ferozes, como leões, tigres e
ursos. Normalmente, esses animais maltratavam ou matavam uma pessoa,
mas aqueles treinadores qualificados conseguiam pegar os animais mais
selvagens e domesticá-los, transformando-os até mesmo em bichinhos de
estimação. O fato de essa palavra ser usada em Marcos 5:4 para descrever o
endemoninhado gadareno sugere fortemente que os treinadores de animais
selvagens haviam tentado, sem sucesso, subjugar e domar o endemoninhado.
Aquele homem possuído por demônios era tão feroz que quem conseguia
domesticar os animais mais ferozes era incapaz de subjugá-lo e domá-lo.
Agora, Tiago usa essa mesma palavra em Tiago 3:8 para descrever a
língua! Ao usá-la, ele nos faz saber que a língua é tão difícil de subjugar,
domar e domesticar quanto uma feroz besta selvagem! De fato, a língua é tão
difícil de subjugar que Tiago diz: “a língua, porém, nenhum dos homens é
capaz de domar; é mal incontido...”.
A palavra “incontido” é a palavra akatastatos, que descreve algo que é
inquieto, como uma serpente peçonhenta nervosa que está preparada e
pronta para atacar. Pelo fato de a língua ser tão instável e inquieta, seu
comportamento é quase impossível de ser previsto. É como uma serpente
que pode parecer dócil, mas na verdade está só esperando aparecer uma
vítima para injetar a sua peçonha. É precisamente por isso que Tiago
prossegue: “... a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal
incontido, carregado de veneno mortífero”.
As palavras “carregado de veneno mortal” vêm do grego thanatephoros,
composto pelas palavras thanatos e phero. Thanatos significa morte e phero
significa suportar ou carregar. Quando essas duas palavras são unidas,
como neste caso, a nova palavra significa “portador da morte”.
Semelhantemente às serpentes peçonhentas descritas acima, a língua é
retratada como um instrumento repleto de morte e veneno. É também
incontida — imprevisível, indiferente, nervosa, facilmente agitada e pronta
para injetar sua peçonha.
Uma tradução interpretativa de Tiago 3:8 poderia ser:
“Ninguém consegue ter sucesso em domar ou domesticar a língua!
Ela é indiferente, nervosa, facilmente agitada e pronta para atacar.
Como uma serpente peçonhenta, está quase sempre pronta para
atacar e liberar sua carga de peçonha mortífera.”
Você já disse a alguém alguma coisa tão mordaz que parecia que estava
atacando essa pessoa? Depois, quando você pensou no que disse, ficou
envergonhado pelo seu comportamento? Você ficou chocado ao perceber que
fora capaz de dizer algo tão desagradável e depreciativo? Você teve de criar
uma operação de recuperação para consertar a confusão que criou com suas
palavras indelicadas?
Todos nós somos culpados de dizer coisas ofensivas de vez em quando,
simplesmente porque todos temos língua! Tiago afirma que esse problema de
“língua” é um dilema universal. A única maneira de nossa língua ser
subjugada, domada e colocada sob controle é se a submetermos ao controle
do Espírito Santo. A Bíblia diz que ninguém consegue domar a língua, mas o
Espírito Santo é muito capaz de domar a língua quando é submetida ao Seu
poder santificador!
Você não tem mais de ficar envergonhado por palavras incontidas que
saem de sua boca! Nem tem de voltar a deixar seus lábios injetarem peçonha
em outra pessoa. Ao submeter a sua língua e sua boca ao senhorio de Jesus
Cristo, você dá ao Espírito Santo a autoridade de penetrar nessa esfera de
sua vida com Seu poder e controle. Ele vai ajudá-lo a manter sua boca sob
controle rigoroso para poder evitar dizer coisas das quais, mais tarde, você
se arrependerá!
Por que não parar agora e submeter sua boca e sua língua ao senhorio de
Jesus? Depois, peça ao Espírito Santo que penetre nessa parte de sua vida e
o ajude a colocá-la sob controle. O Espírito Santo está aguardando, pronto
para ajudá-lo a subjugar essa língua inquieta e indisciplinada!
Senhor, estou submetendo hoje minha língua e minha boca ao senhorio de Jesus Cristo!
Sou incapaz de controlar minha língua sozinho; por isso neste momento, tomo
deliberadamente a decisão de pedir que invadas essa área de minha vida com o Teu poder
e o Teu controle. Confesso que necessito de Tua ajuda, Senhor; não consigo fazê-lo
sozinho. Ajuda-me a aprender como ser vitorioso nessa área de minha vida.
Declaro ousadamente que minha língua é subjugada, domada e levada sob o controle do
Espírito Santo. Meus lábios falam palavras de bondade; minha boca libera louvor e eu
sou conhecido como alguém que diz coisas encorajadoras e úteis para outras pessoas.
Minhas palavras são temperadas com graça e meus lábios estão constantemente dando
graças a Deus! Isso é o que minha língua fala, por ser submetida ao senhorio de Jesus
Cristo!
PARA REFLETIR
1. Você se identifica com esse ensinamento de que a língua é como uma
serpente que, ocasionalmente, ataca e injeta peçonha mortífera em
seus ouvintes?
2. Você já teve a experiência de dizer coisas das quais, mais tarde, se
arrependeu — mas, quando veio a se arrepender daquelas palavras
negativas, o dano já havia sido feito? Você ficou chocado quando
pensou nas coisas desagradáveis que disse? Você alguma vez voltou
àquela pessoa e lhe pediu que o perdoasse por agir de forma tão
diferente de Jesus?
3. Quando você submeterá ao Senhor o controle de sua língua e sua
boca? Por que você não separa alguns minutos neste momento para se
colocar de joelhos e consagrar essa parte de sua vida a Ele?
A única maneira de nossa língua ser subjugada, domada e colocada sob

controle é se a submetermos ao controle do Espírito Santo. A Bíblia diz
que ninguém consegue domar a língua, mas o Espírito Santo é muito capaz
de domar a língua submetida ao Seu poder santificador!
3 DE JULHO
O Espírito Santo Está Atraindo Seu Coração Hoje?

Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus.
— Romanos 8:14
Q uando a sua jornada de fé começa, você pode não ter todas as respostas
que gostaria de ter antes de dar seus primeiros passos de fé. Por
exemplo, quando minha família se mudou para o outro lado do mundo,
muitos anos atrás, pensamos sinceramente que seria um investimento de um
ano na União Soviética1. Porém, quando demos o primeiro passo e chegamos
àquela terra, Deus nos deu o passo seguinte. Quando obedecemos a esse
passo, Ele nos deu o próximo, e o seguinte, e o outro.
É assim que acontece a todos nós quando caminhamos com o Senhor. Por
mais maravilhoso que fosse ver toda a imagem antes de começarmos, Ele
costuma nos levar um passo por vez depois de começarmos. Isso foi,
certamente, verdade em minha vida. Deus me dera uma visão para a minha
vida, mas Suas instruções para eu atingir aquele objetivo vieram um passo
de cada vez.
Romanos 8:14 diz: “Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus
são filhos de Deus”. A palavra “guiados” vem da palavra grega ago, que
descrevia o ato de conduzir um animal, como uma vaca ou uma cabra, na
extremidade de uma corda. O dono do animal enrolava uma corda no
pescoço do bicho e, então, “atraía” e “puxava” até o animal começar a
segui-lo. Quando este decidia cooperar e seguir aquele leve puxão, podia ser
suavemente “guiado” para onde seu dono queria que ele fosse.
Hoje quero incentivá-lo a prestar atenção especial em relação à atração e
ao “puxão” do Espírito Santo em seu coração. Ele é um cavalheiro e não o
força a obedecê-lo. Ele o incita, atrai o seu coração e puxa o seu espírito
para obter a sua atenção. Às vezes, Seus “puxões” podem ser tão suaves que
você quase não os percebe. Porém, se você desenvolver a sua sensibilidade
ao Espírito Santo, Ele “irá levá-lo” suavemente exatamente para onde Ele
quer que você vá com a sua vida.
Além disso, não exija que o Espírito Santo lhe conte toda a história
inicialmente! Confie nele! Lembre-se de que Jesus o chamou “Espírito da
verdade” (João 16:13) para ajudá-lo a compreender que o Espírito Santo e
Sua liderança são dignos de confiança! Ele é o “Espírito da verdade”;
então, se Ele estiver levando-o a fazer alguma coisa, você pode saber que
Ele tem um bom motivo para isso. Ele vê e conhece o que você não é capaz
de ver. Se você o seguir, o Espírito Santo irá levá-lo exatamente onde você
precisa ir e irá ajudá-lo a alcançar o seu potencial máximo na vida.
Ao refletir sobre tudo o que aconteceu ao longo de nossos anos de
ministério, percebo que o nosso testemunho é sermos “liderados” pelo
Espírito Santo. Nós lhe damos toda a glória por nos guiar. Não éramos
suficientemente inteligentes para realizar tudo que foi feito, mas o líder que
estávamos seguindo sabia exatamente como nos liderar. Por estarmos
seguindo-o um passo de cada vez, ele nos levou a um lugar elevado de
vitória em muitas áreas. E não somos os únicos que foram liderados. Nossos
parceiros também foram liderados pelo Espírito em suas doações e orações.
Em função de terem tido um coração que cooperava com Deus, vimos o
Senhor fazer o impossível várias vezes.
Ao olhar para a sua própria vida hoje, exorto você a tomar a decisão de
deixar o Espírito ser o seu líder em todas as áreas de sua vida. Deixe-o
levá-lo pelo coração e dar-lhe um pequeno “puxão” na direção certa. Então,
diga: “Senhor, percebo que Tu estás puxando o meu coração e eu estou
pronto para permitir que me leves para onde Tu quiseres que eu vá”.
Você poderá não ver o quadro completo desde o início de sua jornada.
Certamente, minha mulher e eu nunca poderíamos ter concebido o enorme
impacto que seria realizado na ex-União Soviética quando estávamos apenas
começando. Porém, parte da empolgação é deixar Deus estar no controle!
Observar para onde Ele o leva e ver o que Ele faz por intermédio de você
lhe dará, mais tarde, motivo para grande alegria. Você ficará muito grato
por ter permitido que Ele fosse o líder incontestável em sua vida!
Senhor, quero ser guiado pelo Espírito Santo em tudo que digo e faço. Quando o Espírito
der um “puxão” em meu coração, tentando me levar para uma nova direção, por favor,
agita em mim a coragem de que necessito para ir aonde ele me conduzir sem ficar
temeroso, nervoso ou preocupado. Sei que o Espírito Santo é o Espírito da verdade e,
portanto, nunca me enganaria. Ajuda-me a tornar-me destemido em obedecer ao que Ele
me diz e ir aonde Ele me guiar. Sei que Ele tem em mente a minha vitória quando eu o sigo
para onde Ele me lidera. Eu Te agradeço por me ajudares a ser ousado em seguir!
Confesso que sou liderado pelo Espírito de Deus! O Espírito Santo “puxa” meu coração e
eu coopero seguindo-o enquanto Ele me leva suavemente para onde Ele quer que eu vá.
Ele me motiva, puxa meu coração e atrai o meu espírito para obter a minha atenção. Por
eu ser sensível ao Espírito Santo, Ele me conduz passo a passo exatamente para onde Ele
quer que eu vá com minha vida. Ele vê e conhece o que eu não consigo ver. Ele está me
conduzindo exatamente para onde eu preciso estar para atingir o meu potencial máximo
na vida.
PARA REFLETIR
1. Você tem consciência quando o Espírito Santo está puxando o seu

coração para levá-lo a uma direção específica? Em caso afirmativo,
como você descreveria esse “puxão” a outro crente que nunca o
experimentou?
2. Você já iniciou um projeto liderado pelo Espírito sem ter todo o
quadro antes de começar? Quando você começou, o Espírito Santo
continuou dirigindo-o passo a passo até onde Ele queria que você
fosse?
3. Embora tenha sido desafiador ser conduzido dessa maneira, depois
você ficou satisfeito por ter obedecido ao sussurro do Espírito
Santo?
O Espírito Santo é um cavalheiro e não o força a obedecê-lo. Ele o incita,

atrai o seu coração e puxa o seu espírito para obter a sua atenção. Às
vezes, Seus “puxões” podem ser tão suaves que você quase não os
percebe.
1
Atual Rússia.
4 DE JULHO
Nosso Ministério Mútuo de Exortação

...pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de
que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.
— Hebreus 3:13
S e você quiser cumprir o plano de Deus para a sua vida, há uma coisa que
não deve fazer: não abandone a comunhão e o encorajamento diários
de outros cristãos! Hebreus 3:13 nos diz que precisamos “... [exortar-nos]
mutuamente cada dia...”. Porém, o que significa “exortar”?
A palavra que significa “exortar” usada nesse versículo provém da
palavra grega parakaleo, que é composta pelas palavras para e kaleo. Para
significa ao lado e kaleo significa chamar, convidar, falar ou acenar.
Quando essas duas palavras são unidas, o resultado fornece a imagem de
alguém que se aproximou de outra pessoa para falar com ela, consolando-
a, confortando-a ou ajudando-a com instruções, conselhos ou
recomendações.
Por ser muito útil alguém se aproximar para nos apoiar dessa maneira,
essa palavra é frequentemente traduzida no Novo Testamento como
encorajamento. Jesus usou a palavra paraklete, derivada de parakaleo,
para descrever o Espírito Santo como o “Consolador” em João 14:16.
Esses versículos tornam perfeitamente claro que precisamos dar e receber
encorajamento de outros cristãos diariamente. Esse é um princípio tão vital
que o tempo usado no idioma grego invoca uma ação contínua. Em outras
palavras, não devemos encorajar uns aos outros apenas uma vez por semana;
devemos tornar isso uma questão de estilo de vida. Precisamos ter o hábito
de encorajar uns aos outros com tanta frequência que se torna uma prática
diária!
Pense quão encorajador é quando alguém se preocupa o suficiente para
levá-lo para almoçar, telefonar para você, escrever-lhe um bilhete ou sair de
seu caminho no escritório ou na igreja para ir até você e lhe perguntar como
está. É especialmente fortalecedor saber que alguém realmente se preocupa
quando você está passando por momentos difíceis!
Porém, em vez de fixar-se somente na sua necessidade de ser encorajado,
tente tirar os olhos de si mesmo para ver aqueles que estão à sua volta que
também necessitam de força. Pense em alguém que você conheça, a quem
você possa fortalecer aproximando-se dele para dizer palavras de conforto,
consolo ou coragem. Talvez você possa levar essa pessoa para almoçar;
telefonar para ela; deixar-lhe um bilhete; ou sair de seu caminho para ver
como ela está. Lembre-se de que você não é o único que precisa de
encorajamento!
Todos nós precisamos de encorajamento de irmãos no Senhor que se
unirão amorosamente a nós — ajudando-nos, fazendo observações sobre nós
e encontrando maneiras de nos motivar ao amor e às boas ações. Porém,
também nós precisamos mudar de atitude e fazer o mesmo por outros
cristãos. Isso é que é o Corpo de Cristo!
Então, reconheça que, quando você está se sentindo mal e ignorado,
necessita mais do que nunca de comunhão com pessoas de fé. Jesus
compreendia esse princípio. Quando foi ao jardim de Getsêmani para orar
na noite anterior à Sua crucificação, Ele pediu a Pedro, Tiago e João que
fossem orar com Ele. Jesus precisou da comunhão e força deles naquela
noite; caso contrário, não teria solicitado.
Reconheça a sua necessidade de outras pessoas — e reconheça que os
outros também necessitam de você. A exortação e o encorajamento diários
de outros cristãos irão ajudá-lo a estimular a sua fé a fim de permanecer
firme na sua confissão até ela se tornar realidade. E, como benefício
adicional, você experimentará mais profundamente a presença do Senhor em
sua vida por meio da alegria de conhecer e amar outras pessoas de fé
semelhante!

Senhor, quero ser uma grande fonte de bênção para as pessoas de minha vida! Ajuda-me
a deixar de ser tão fixado em mim mesmo e a ver como posso me tornar uma força e um
encorajamento para outros que estão à minha volta. Tua Palavra me obriga a me envolver
no encorajamento diário. E, por estar seriamente comprometido em obedecer à Tua
Palavra, pretendo encontrar uma maneira de encorajar alguém que necessite de força
hoje!
Confesso que preciso ser encorajado! A Palavra de Deus me manda ser encorajado
diariamente; por isso escolho acreditar que encorajamento é aquilo de que eu necessito.
Reconheço a minha necessidade de outras pessoas e reconheço que os outros também
necessitam do meu encorajamento. A exortação e o encorajamento diários de outros
cristãos irão estimular a minha fé e irão me ajudar a permanecer firme na minha
confissão de fé!
PARA REFLETIR
1. De que maneira você é afetado quando alguém sai de seu caminho

para ver como você está?
2. De que maneira você é afetado quando ninguém jamais pergunta
como você está ou o que há de novo em sua vida — quando parece
que todos estão ignorando o fato de você também ter necessidades na
vida?
3. Você está envolvido em dar força e encorajamento aos outros ou está
somente preocupado em recebê-los dos outros? Onde está o seu
enfoque? Em si mesmo ou também nas necessidades das outras
pessoas?
Em vez de fixar-se somente na sua necessidade de ser encorajado, tente

tirar os olhos de si mesmo para ver aqueles que estão à sua volta e que
também necessitam de força. Pense em alguém a quem você possa
fortalecer aproximando-se dele para dizer palavras de conforto, consolo
ou coragem. Talvez você possa levar essa pessoa para almoçar; telefonar
para ela; deixar-lhe um bilhete; ou procurá-la para ver como ela está.
Lembre-se de que você não é o único que precisa de encorajamento!
5 DE JULHO
Indo ao Mundo Todo Para Pregar o Evangelho!

Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...
— Mateus 28:19
... Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.

— Marcos 16:15
H oje quero falar a você sobre a comissão que Jesus deu à Igreja para ir
ao mundo todo a fim de pregar o Evangelho. Nos dois versículos
mencionados no início desta página, Jesus deu explicitamente a diretriz de os
cristãos percorrerem todo o globo para ensinar a todas as nações o
Evangelho (Mateus 28:19) e levar a mensagem de salvação de Jesus Cristo
“por todo o mundo” (Marcos 16:15). Porém, Jesus realmente esperava que
todo cristão desalojasse sua família, deixasse sua nação e se mudasse para o
outro lado do mundo para cumprir esse mandamento?
Estudando Mateus 28:19 e Marcos 16:15, descobrimos que diferentes
palavras gregas são usadas nesses dois textos para acentuar as diferentes
partes do mundo que devemos alcançar com o Evangelho. Vejamos hoje as
palavras “nações” e “mundo”, porque nessas duas palavras descobrimos que
não precisamos ir longe de casa para cumprir a Grande Comissão!
Primeiramente, analisemos as palavras de Jesus em Mateus 28:19: “Ide,
portanto, fazei discípulos de todas as nações...”. A palavra “nações” é a
palavra grega ethnos de onde recebemos a palavra étnico. Em grego, essa
palavra sempre descreve nações gentis. Todavia, não se refere somente a
nações geograficamente localizadas distantes de nós; expressa também a
ideia de diferentes costumes, culturas e civilizações. Isso significa,
inquestionavelmente, que o Evangelho deve ser levado a pessoas de todas
as culturas, costumes, civilizações, raças, cores ou etnias do mundo.
O Evangelho é destinado a todas as ethnos — em outras palavras, a todas
as diversas raças e cores, todas as culturas do mundo, todas as
civilizações que existem no mundo inteiro. Certo homem traduziu Mateus
28:19 do seguinte modo: “Ide, pois, e ensinai a todos os grupos étnicos,
invadindo toda raça, toda cor de pele e toda nação com seus diferentes
costumes e cultura — acabando por levar esse Evangelho a toda civilização
que existe no mundo”. Eu, pessoalmente, gosto dessa tradução porque ela
nos diz que o Evangelho é para toda a raça humana!
Eis aqui a boa notícia para você hoje! Em função de a miscigenação das
nações ter mudado tão drasticamente nos últimos cinquenta anos, você não
precisa ir demasiadamente longe de casa para encontrar diferentes grupos
étnicos, cores de pele, culturas ou costumes. As nações são, agora, uma
mistura de diferentes culturas e costumes. Apenas saia de casa e siga pela
rua até um bairro diferente. Em pouco tempo, você encontrará uma cultura
muito diferente da sua!
Em vez de evitar as pessoas dessas outras culturas por elas serem
diferentes, você precisa ser suficientemente corajoso para ir até elas.
Construa um relacionamento com elas para poder levar-lhes a mensagem do
senhorio de Jesus Cristo. Elas fazem parte do seu campo missionário!
Porém, em Marcos 16:15, Jesus usou uma palavra diferente para nos dizer
quem devemos atingir com a mensagem do Evangelho. Ele disse: “... Ide por
todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. A palavra “mundo”
contida nesse versículo deriva da palavra grega kosmos. Isso é muito
importante, porque a palavra kosmos descreve qualquer coisa que tenha
ordem. Em grego, é frequentemente usada para denotar um sistema político
específico; um sistema de costumes; um sistema encontrado em qualquer
parte da sociedade, como um círculo de amigos; ou qualquer esfera em que
você viva e tenha influência.
O apóstolo Paulo usou a palavra kosmos ao escrever que Satanás era o
“deus deste mundo” (em algumas traduções de 2 Coríntios 4:4). Paulo não
estava falando da terra física nesse versículo; estava nos dizendo que
Satanás opera em sistemas mundiais, incluindo (mas não excluindo) algumas
das áreas mencionadas anteriormente. Esses sistemas mundiais (kosmos) são
as esferas invadidas por Satanás, nas quais ele exerce a sua maior influência.
Agora, Jesus nos diz que devemos ir a todo o kosmos. Assim como
Satanás tenta manipular, dominar e controlar o mundo por meio de tais
sistemas, somos ordenados por Jesus a “ir por todo o mundo” ou a todos os
kosmos — que são exatamente os mesmos sistemas por meio dos quais
Satanás tenta controlar a raça humana. As pessoas que vivem nesses sistemas
estão perdidas, foram cegadas pelo deus deste mundo. Necessitam da
mensagem do Evangelho!
Um exemplo desses sistemas mundiais pode ser o lugar onde você
trabalha. “Ir por todo o mundo” pode significar ir aos colegas de trabalho
que você vê e com os quais fala todos os dias. O sistema para o qual Jesus
está enviando-o pode ser a escola que você frequenta e o círculo de amigos
que você tem ali. Talvez Jesus esteja lhe dizendo para levar o Evangelho aos
clubes ou sociedades especiais aos quais você pertence. Ou talvez Ele esteja
chamando-o para atingir com a mensagem salvadora da Cruz o seu círculo de
amigos que você estima e aprecia. Qualquer um desses exemplos poderia ser
o seu kosmos pessoal — o lugar onde você mora, atua e tem influência na
vida de outras pessoas.
O que tudo isso significa para você? Significa que você não precisa se
mudar para o outro lado do mundo para pregar o Evangelho. Jesus nunca
esperou que todos os cristãos desalojassem suas famílias e se mudassem
para nações estrangeiras. Porém, Ele espera que você leve o Evangelho aos
diferentes grupos étnicos, culturas e civilizações que existem em sua cidade.
Ele espera que você atinja todas as esferas nas quais você tenha influência e
que use essa influência para declarar o Evangelho a pessoas que vivem,
trabalham e atuam nesses lugares.
Então, onde está o seu campo missionário mais próximo? O seu campo
missionário está na sua rua ou no outro lado de sua cidade, em um bairro
onde a cultura e os costumes são diferentes dos seus. O seu campo
missionário é cada pessoa cuja cor de pele é diferente da sua. Você deve
levar o Evangelho a toda cultura, civilização e grupo étnico da comunidade
em que vive.
Quem você é chamado a alcançar? A sua atribuição específica é alcançar
cada pessoa de cada grupo sobre o qual você tenha influência. Isso significa
que você não precisa comprar uma passagem de avião e voar para o outro
lado do mundo para fazer esse trabalho. Viagens missionárias são ótimas
experiências, mas você tem um campo missionário bem onde você trabalha,
onde você frequenta a escola, onde compra os seus mantimentos todos os
dias — em todos os lugares onde você tem algum nível de influência
pessoal.
Abra os olhos e olhe ao seu redor! Jesus disse aos discípulos que os
campos de pessoas ao redor deles estavam brancos “para a ceifa” (João
4:35). Se você olhar ao seu redor, verá que também os campos ao seu redor
estão brancos para a colheita. Pessoas perto de você estão lutando na vida,
apenas desejando que alguém as ajude. Estão esperando que você vá até elas
com a mensagem salvadora de Jesus Cristo, e você é o missionário que Deus
deseja enviar a elas.
Por que Deus quer usar você para alcançar essas pessoas de sua vida?
Porque você já tem um relacionamento com elas. Você tem influência sobre
elas. Elas escutarão quando você lhes contar as boas novas! Então, abra
hoje seu coração e sua mente para o Espírito Santo, e deixe-o usá-lo para
levar uma transformação eterna às pessoas perdidas que literalmente
envolvem a sua vida!
Senhor, peço que Tu me uses para alcançar minha cidade e as pessoas que estão na minha
esfera de influência. Cometi o erro de pensar que o trabalho missionário só acontecesse
no outro lado do mundo e, portanto, desconsiderei o vasto campo missionário que rodeia
minha vida diariamente. Agora que sei que Tu estás me chamando a alcançar todas as
culturas e grupos étnicos, dá-me o poder e a coragem para começar a alcançá-los com as
boas novas. E, agora que sei que devo atingir todas as esferas em que tenho influência,
ajuda-me a me ver como Teu missionário, enviado a essas pessoas a quem conheço tão
bem. Eu me rendo ao chamado — e hoje reconheço que sou Teu missionário para o meu
mundo.

Confesso que sou missionário de Deus para a minha cidade e para as pessoas com as
quais interajo em todas as áreas da vida. Jesus espera que eu leve o Evangelho aos
diferentes grupos étnicos, culturas e civilizações que estão em minha cidade e em meu
bairro. Ele espera que eu alcance todas as esferas em que tenho influência e use essa
influência para compartilhar o Evangelho com as pessoas que vivem, trabalham e atuam
nesses lugares. O meu campo missionário está bem na minha rua e a minha tarefa é
alcançar todas as pessoas de todos os grupos em que tenho influência. Por isso, escolho
este dia para investir meu tempo e energia no cumprimento dessa atribuição divina para a
glória de Deus!
PARA REFLETIR
1. Quanto tempo faz desde que você saiu de sua vida confortável para
alcançar pessoas que estão fora de sua cultura, costume, cor de pele
ou grupo étnico? Seu pensamento tem se limitado a alcançar somente
pessoas que se parecem, pensam e vivem como você?
2. Você consegue pensar em algum conhecido seu que não conhece
Jesus? Pode ser seu cabeleireiro, seu vizinho, as senhoras da creche,
os homens da pista de boliche, as pessoas com quem você trabalha
todos os dias ou os outros alunos com quem você convive na escola.
Graças a esses serem os tipos de lugares onde você tem influência,
não acha que deveria usar essa ligação para levar pessoas a Jesus?
3. Por que você não escreve uma lista de cinco pessoas ou grupos
diferentes que você pode alcançar com a mensagem salvadora de
Jesus Cristo? Lembre-se de que Deus está esperando que você seja
Seu missionário, então pense bem nisso. Depois de escrever a sua
resposta, ore por isso e depois formule um plano que você possa
começar a executar.
Quem você é chamado a alcançar? A sua atribuição específica é alcançar

cada pessoa de cada grupo sobre o qual você tenha influência.
6 DE JULHO
O Que Significa a Palavra “Pregar”?

... Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.
— Marcos 16:15
E m Marcos 16:15, Jesus instruiu os cristãos: “... Ide por todo o mundo e
pregai o evangelho a toda criatura”. Porém, o que Jesus tinha em mente
ao dizer que deveríamos “pregar”? Ele queria dizer que todo cristão precisa
ter um ministério de púlpito onde se põe publicamente em frente a uma igreja
e prega a uma congregação? O que significa a palavra “pregar”?
A palavra “pregar” provém da palavra grega kerusso, que significa
proclamar, declarar, anunciar ou apregoar uma mensagem. Era proclamada
pelo kerux, que era o porta-voz oficial ou arauto de um rei. Em virtude de o
kerux ser o representante oficial e designado do rei ou do governo, seu
trabalho específico era anunciar com voz clara e inquestionável os desejos,
ditames, ordens, eventos recentes, notícias, mudanças de política ou
mensagens que o rei ou o governo desejava expressar ao povo.
A posição desse kerux (“porta-voz” ou “arauto”) era considerada a mais
elevada, mais nobre e privilegiada no reino, porque ela lhe conferia acesso
rotineiro ao rei, concedido somente a raros indivíduos. Ser o kerux do rei
era uma honra e um supremo privilégio, que exigia o mais elevado nível de
profissionalismo e um excelente desempenho.
Quando o rei queria enviar uma mensagem ao seu povo, convocava o
kerux, que ia à sala do trono do rei com instrumentos de escrita e papel na
mão; então, escrevia com cuidado e precisão a comunicação que o rei
desejava expressar ao seu povo. Após o rei terminar de ditar a sua
mensagem, o kerux era autorizado a falar livremente ao rei e a fazer
perguntas de esclarecimento, para se certificar de que havia entendido todos
os pontos da mensagem. Em virtude de esse homem estar falando em nome
do rei, não havia margem para erros na transmissão da mensagem. Quando,
por fim, ele se apresentava diante do povo para anunciar a mensagem que lhe
havia sido dada, tinha de ser exata, precisa e fiel ao que o rei queria
expressar ao seu povo.
Tão importante quanto o kerux compreender e comunicar com precisão a
mensagem do rei era a sua responsabilidade por captar e transmitir o
sentimento, o coração e as emoções do rei sobre aquelas diversas questões.
Assim, esperava-se que o kerux transmitisse a sua mensagem com impacto
emocional, de modo a representar adequadamente tanto a palavra quanto o
coração do rei.
O traje apropriado era essencial para essa notável posição, porque
quando o kerux se apresentava diante do povo para falar em nome do rei,
devia também representar fisicamente o rei em todo seu esplendor e glória.
A responsabilidade de representar publicamente o rei exigia que ele se
vestisse adequadamente, porque um kerux malvestido teria sido um insulto à
honra do rei.
E, por ser a ligação principal entre o povo e o rei, o kerux precisava
também aprender a falar a pessoas de maneira amável e culta. Se ele fosse
rude, seu comportamento se refletiria negativamente sobre o rei. Se ele fosse
gentil e cortês, isso iria ser refletido de forma favorável sobre o rei. Como
porta-voz do rei, o kerux compreendia que toda palavra que ele falasse,
todas as roupas que ele usasse e todos os seus atos, públicos e privados,
acabariam afetando a opinião das pessoas acerca do rei. Consequentemente,
por causa de sua grande responsabilidade como porta-voz do rei, ele sabia
que todos os detalhes de sua vida deviam ser vividos com honra,
honestidade e retidão. Sua vida pessoal e pública tinham de ser impecáveis,
imaculadas, puras, brilhante e totalmente limpas — livres de acusação.
Quando terminava de transmitir a mensagem do rei ao povo, o kerux dava
as costas, deixava a plataforma da qual havia falado e ficava em silêncio até
o rei convocá-lo de volta à sala do trono para lhe dar outra mensagem
endereçada ao povo. Como porta-voz do rei, não tinha o direito de expressar
suas próprias ideias, fazer seu próprio comentário pessoal sobre o que o rei
quis dizer ou atrair atenção para si mesmo. Tais atos seriam considerados
violações graves de sua posição e uma garantia de que ele não mais serviria
como porta-voz do rei.
Com tudo isso em mente, consideremos novamente o que Jesus quis dizer
quando ordenou que todos os cristãos fossem por todo o mundo “pregar” o
Evangelho. Uma vez que kerusso (“pregar”) é a mensagem do kerux (“o
porta-voz do rei”), fica claro que, ao usar a palavra “pregar”, Deus está
comunicando várias mensagens muito poderosas a você e a mim.
Primeiro — como cristão, você precisa aprender a se ver como
representante de Jesus Cristo. Embora você possa nunca ocupar um púlpito
público para pregar, é um fato que a sua vida é o seu púlpito mais
importante. O que você diz e faz em sua vida se reflete no Senhor Jesus
Cristo.
Segundo — como cristão, é absolutamente essencial você dedicar tempo a
estar na Presença do Senhor, para poder ouvir a Sua Palavra e entender o
Seu coração. Você nunca deve pensar no tempo que precisa dedicar à
Presença de Deus orando ou lendo a Palavra como penoso ou desagradável.
É uma grande honra que Deus lhe deu. Ele o convida a ir à Sua sala do trono
para poder falar com você, compartilhar com você o Seu coração e, então,
capacitá-lo com o Seu Espírito para levar a mensagem às pessoas que a
esperam desesperadamente. Nunca se esqueça de que você possui uma
posição de grande privilégio.
Terceiro — como cristão, é imperativo você aprender a se vestir
adequadamente e a falar com bondade, cortesia e de uma maneira que honre
a Jesus. Se a sua aparência comunica um baixo padrão porque você se veste
como um desleixado, nunca penteia o cabelo, nunca tem aparência
profissional ou se permite manter o excesso de peso (sim, sei que este último
ponto afeta muitas pessoas, mas o que estou dizendo é verdadeiro), essa é
exatamente a imagem que você está transmitindo de Jesus Cristo.
O presidente de uma nação permitiria que seu porta-voz aparecesse na
televisão vestindo camiseta ou tênis? Um representante público nacional se
atreveria a falar em cadeia de TV em nome do governo parecendo um
desleixado? É claro que não! Seria desrespeitoso ao cargo ou à pessoa
representada pelo porta-voz. De modo semelhante, precisamos pensar sobre
a nossa aparência e a maneira de falarmos e sermos percebidos. Não
estamos representando nós mesmos; estamos representando Jesus Cristo.
Quarto — como cristão, você precisa perceber que a sua vida privada é
tão importante quanto a sua vida pública. Se você declarar publicamente o
Evangelho, mas depois for descoberto que a sua vida privada é uma
tremenda bagunça e uma total contradição do que você tem pregado, isso
também refletirá mal no Evangelho.
O mundo perdido abomina os hipócritas, mas se deleita imensamente
quando se descobre que um pregador ou cristão está em contradição com a
mensagem que prega. Por isso, nunca se esqueça de que, como porta-voz do
Senhor, você tem a obrigação de fazer todo o possível para manter uma vida
impecável, imaculada, pura, brilhante e totalmente limpa — livre de
acusação.
Quinto — como cristão e representante de Jesus Cristo, você precisa
tomar a decisão de deixar de fazer comentários pessoais que não são de sua
conta. Fale o que Jesus lhe diz para falar — mas se alguém tentar atraí-lo
para um debate ou uma conversa sobre um assunto que você não conhece,
apenas fique em silêncio. Você não é obrigado a falar ou a agir como uma
autoridade sobre questões acerca das quais você não é uma autoridade!
Veja, pregar o Evangelho é o que você faz todos os dias de sua vida pela
maneira de você viver e se comportar. É verdade que o ministério de púlpito
público é um dom e uma honra muito especial que alguns são chamados a
cumprir. Porém, a verdade é que você prega todos os dias em que se levanta
e vai fielmente trabalhar! Você prega quando decide se vestir com decoro ou
quando fala gentilmente com colegas de trabalho, cristãos ou amigos. Tudo
isso reflete a mensagem do Evangelho.
Por isso, ao obedecer às palavras de Jesus de levar o Evangelho a todo
grupo étnico, cultura, costume, civilização e esfera em que você tem
influência pessoal, esteja sempre atento ao fato de que você é o Seu kerux
nesses lugares. Você é o seu representante pessoal e tudo que você faz e diz
prega Jesus Cristo!
E, ao longo de cada dia, certifique-se sempre de dedicar tempo à
presença de Deus para obter a Sua Palavra e entender o Seu coração.
Então, você será capaz de se voltar às pessoas que você toca todos os dias
da sua vida e lhes passar a mensagem e o coração que Deus lhe transmitiu
para benefício delas!
Senhor, eu Te peço que me ajudes a me tornar uma representação honrosa de quem Tu és!
Lamento ter me permitido, no passado, viver um padrão baixo que deu uma impressão
errada de Ti. Agora entendo que sou Teu rosto e Tua voz para as pessoas à minha volta.
Dentro do meu melhor, quero falar com cortesia, vestir-me adequadamente, agir
profissionalmente e viver de maneira semelhante a Cristo, para poder retratar com
precisão a Tua Palavra e o Teu coração. Sei que isso exigirá algumas mudanças em minha
vida; por isso, estou pedindo hoje que Tu me ajudes enquanto tomo medidas para me
tornar um representante digno que somente dá honra ao Rei dos reis.
Confesso que sou o porta-voz do Senhor. Como Seu representante, vivo respeitosamente,
honradamente e de uma maneira que dá glória ao Seu nome. Eu me comporto
profissionalmente; falo aos outros com cortesia e bondade; eu me visto adequadamente
como Seu representante; e prego o Evangelho com excelência pela maneira de viver minha
vida pública e privada. Como cristão, aceito a minha missão de ser um dos mensageiros de
Deus para a minha geração!
PARA REFLETIR
1. Depois de ler a Pedra Preciosa de hoje, como você sente que está se
saindo em representar Jesus Cristo com precisão por meio de sua
vida? A sua vida prega uma mensagem que dá a Ele honra ou
desonra?
2. Há alguma mudança que você precisa fazer na maneira de você se
vestir, falar ou agir, de modo a poder apresentar uma visão melhor de
Jesus a quem não conhece o Senhor? Se a resposta for afirmativa,
quais são as mudanças que você precisa fazer?
3. Por que você não faz uma lista dessas mudanças e a coloca em algum
lugar de sua casa onde você a verá todos os dias e será lembrado de
trabalhar diligentemente em aprimorar essas áreas de sua vida?
7 DE JULHO
Esses Sinais Estão Seguindo Você?

Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios; falarão
novas línguas...
— Marcos 16:17
M omentos antes de ascender ao Pai, Jesus disse aos discípulos: “Estes

sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão
demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa
mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos,
eles ficarão curados” (Marcos 16:17-18).
Segundo Jesus, esses sinais sobrenaturais devem acompanhar aqueles que
creem. Como você e eu cremos, isso significa que esses sinais devem
acompanhar você e eu! Então, analisemos atentamente essa lista sobrenatural
para ver precisamente o que Jesus disse a nós.
Antes de qualquer coisa, a palavra “sinais” provém da palavra grega
semeion, que descrevia a notificação escrita oficial que anunciava o
veredicto final de um tribunal. Descrevia também a assinatura ou o selo
aplicado a um documento para garantir a sua autenticidade e um sinal que
marcava locais importantes de uma cidade.
Jesus estava enviando Seus discípulos ao mundo para pregar o Evangelho.
Ao enviá-los, Ele disse que a assinatura de Deus estaria sobre o ministério
deles. Aqueles “sinais” deveriam ser a assinatura de Deus — a declaração
oficial de que foram enviados pelo céu e que a mensagem do Evangelho era
verdadeira. Para os incrédulos, aqueles “sinais” autenticariam o fato de que
aquela não era uma mensagem criada pelo homem, e sim uma mensagem
vinda diretamente do próprio Deus. E, assim como as placas de rua indicam
a um viajante a direção certa, aqueles sinais indicariam ao incrédulo o
Senhor, se ele apenas desse atenção a eles.
Os sinais específicos mencionados por Jesus são:
• Eles expelirão demônios.

• Eles falarão novas línguas.
• Eles pegarão em serpentes.
• Se eles beberem qualquer veneno mortífero, não lhes causará danos.
• Eles imporão as mãos sobre os enfermos e estes serão curados.
O Senhor disse que esses sinais “acompanhariam” os que creem. A

palavra “acompanhar” vem da palavra grega parakoloutheo, formada pelas
palavras para e akoloutheo. Para significa junto com, como em estar perto
ou em grande proximidade. Akoloutheo significa seguir ou ir a algum lugar
com uma pessoa, como ao acompanhá-lo em uma viagem. Quando para e
akoloutheo são unidas em uma única palavra, como nesse versículo, ela
significa acompanhar alguém incansavelmente; estar constantemente ao
lado de um indivíduo; estar sempre em estreita proximidade a uma pessoa,
como um companheiro fiel que está sempre ao lado de alguém.
Por ter um sentido acentuado de seguir alguém, a palavra parakoloutheo
acabou transmitindo a ideia de discipulado. Um verdadeiro discípulo segue
fielmente o seu professor a qualquer lugar que ele vá, e está comprometido
com a instrução de seu professor.
Essa imagem de compromisso com outra pessoa — a fidelidade de alguém
em seguir seu líder e sua determinação de nunca estar em desacordo com ele
— é muito importante no contexto desse versículo. Ela nos diz que sinais e
maravilhas devem acompanhar fielmente a nós e a mensagem do Evangelho.
Esses sinais e maravilhas devem acompanhar continuamente a nós e a
mensagem que pregamos. Pregar sem esses sinais milagrosos deveria
parecer muito estranho a nós, porque Deus pretendia que esses sinais
acompanhassem persistentemente a nós e a mensagem em todo e qualquer
lugar que formos.
Esses sinais são a assinatura de Deus de que a mensagem é verdadeira.
Portanto, toda vez em que o Evangelho é pregado — seja na igreja, no
campo missionário, em uma grande cruzada, no ônibus ou no metrô, no seu
trabalho ou no supermercado — você deve esperar que esses sinais
sobrenaturais estejam presentes de alguma forma. Esses sinais devem
acompanhá-lo em todos os lugares a que você vá, porque fazem parte do seu
equipamento espiritual, fiéis parceiros da mensagem do Evangelho!
Porém, se isso for verdade, por que não vemos mais esses sinais
acompanhando os cristãos? A resposta a essa pergunta é encontrada nas
palavras de Jesus em Marcos 16:17. Ele disse: “Estes sinais hão de
acompanhar aqueles que creem...”.
Quero chamar a sua atenção para a palavra “creem”. Em função do tempo
verbal usado com essa palavra grega, esse versículo seria mais bem
traduzido como: “Estes sinais hão de acompanhar os que estão
constantemente crendo...”. Em outras palavras, esses sinais não vêm
automaticamente apenas porque, algum dia, uma pessoa andou pelo corredor
e entregou o seu coração a Jesus. Esses sinais seguem aqueles que estão
constantemente crendo que eles ocorrem. Se um cristão não está crendo que
esses sinais se manifestem ou não tem a expectativa de que eles o
acompanhem, provavelmente não o farão. Como tudo mais no Reino de
Deus, sinais e maravilhas são desencadeados pela fé.
Ao longo dos meus anos de ministério, observei que as pessoas que
vivenciam regularmente o sobrenatural são as que esperam regularmente vê-
lo. Em vez de serem passivas, são muito agressivas quanto a avançar no
Espírito para ver o sobrenatural manifestado em sua vida ou ministério. As
pessoas que avançam e liberam sua fé para ver o sobrenatural são as que o
veem mais do que qualquer outra pessoa. Por acreditarem em sinais e
maravilhas, frequentemente elas os veem manifestados em sua vida.
O número de sinais e maravilhas que irão acompanhá-lo será determinado
pela intensidade com que você estiver crendo constantemente que estarão se
manifestando. Conforme mencionei há pouco, tudo no Reino de Deus é
desencadeado pela fé. Se você não está liberando fé para que o sobrenatural
ocorra, muito pouco dele estará se manifestando em sua vida. Se você quer
que sinais e maravilhas o acompanhem fielmente, precisa estar crendo
constantemente para que aconteçam!
Por isso, quando você pregar e compartilhar o Evangelho, tenha a
expectativa de que coisas aconteçam!
• Quando você orar pelos enfermos, tenha a expectativa de que eles

sejam curados.
• Quando você confrontar alguém que está endemoninhado, tenha a
expectativa de que essa pessoa seja liberta.
• Quando você estiver em uma situação que exige um milagre, tenha a
expectativa de que o milagre ocorra.
• Quando você precisar de proteção, tenha a expectativa de que a mão
protetora de Deus esteja sobre você.
Se você não está experimentando o sobrenatural em sua vida, isso pode

ser um sinal de que você não está liberando a sua fé para ver sinais e
maravilhas o acompanharem. Lembre-se de que esses sinais sempre
acompanham, onde quer que o Evangelho seja pregado e os cristãos estejam
crendo que eles ocorram. Essa foi a promessa de Jesus! Ele garantiu que a
assinatura sobrenatural de Deus estaria sobre qualquer um que pregasse o
Evangelho e abrisse o caminho para o sobrenatural vir a acontecer por crer.
Hoje quero incentivá-lo a pedir ao Espírito Santo que reavive em seu
coração a chama para ver a assinatura sobrenatural de Deus em sua vida,
igreja ou ministério. Deus quer se manifestar quando você prega ou
compartilha o Evangelho. Ele quer autenticar e garantir que a mensagem que
você prega ou compartilha é verdadeiramente enviada pelo céu. Porém, para
que o milagre ocorra, Ele precisa que você esteja constantemente liberando
a sua fé — porque a sua fé é o que desencadeia o sobrenatural!
Senhor, admito em oração que não tenho tido a expectativa que deveria de que sinais e
maravilhas me acompanhem. A partir deste momento, libero a minha fé para que o
sobrenatural me acompanhe quando eu pregar ou compartilhar o Evangelho com
incrédulos. Espírito Santo, permita que o poder de Deus flua e confirme a mensagem! Que
a assinatura de Deus esteja sobre todo o Evangelho que eu pregar. Por eu estar
constantemente liberando a minha fé para o sobrenatural me acompanhar aonde quer que
eu vá, tenho a expectativa de ver pessoas serem curadas, olhos cegos enxergarem e
cativos serem libertos pelo poder de Deus!
Confesso que sinais e maravilhas me acompanham! Estou extremamente faminto de ver o

sobrenatural e estou constantemente crendo nele a fim de que esteja se manifestando. Uma
vez que tudo que há no reino de Deus é desencadeado pela fé, neste momento libero a
minha fé para que sinais sobrenaturais sejam manifestados em minha vida! Faço parte
daqueles que constantemente creem para que o sobrenatural aconteça. Quando prego o
Evangelho, tenho a expectativa de que isso seja acompanhado por sinais e maravilhas
que autentiquem a mensagem e atendam sobrenaturalmente às necessidades daqueles que
estão me escutando!
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em um momento em que estava compartilhando

o Evangelho e algo sobrenatural aconteceu, como alguém ser curado
ou Deus intervir milagrosamente em uma situação para fazer com que
um incrédulo soubesse que Ele estava falando especificamente com
essa pessoa?
2. Você tem fome do sobrenatural ou tem estado passivo acerca de ver
sinais e maravilhas manifestados em sua vida? Quanto tempo faz que
você orou fervorosamente para que sinais e maravilhas façam parte
de sua vida?
3. Você tem desejo de ver o sobrenatural manifestado em sua vida? Se
esse desejo se adormeceu, por que você não dedica algum tempo
hoje a pedir ao Espírito Santo que reavive esse desejo em seu
coração?
Se você não está experimentando o sobrenatural em sua vida, pode ser um

sinal de que você não está liberando a sua fé para ver sinais e maravilhas
o acompanharem. Lembre-se de que esses sinais sempre acompanham,
onde quer que o Evangelho seja pregado e os cristãos creiam que eles
ocorram. Essa foi a promessa de Jesus! Ele garantiu que a assinatura
sobrenatural de Deus estaria sobre qualquer um que pregasse o Evangelho
e abrisse o caminho para o sobrenatural vir a acontecer por crer.
8 DE JULHO
Expelirão Demônios!
novas línguas...
— Marcos 16:17
E m várias ocasiões durante o meu ministério, tive de lidar com

manifestações demoníacas. Lembro-me de uma vez em que um jovem
adolescente satanista veio para a frente ao fim de uma de minhas reuniões em
uma grande igreja. Naquela noite, aquele rapaz percebeu que os poderes de
Satanás haviam tomado sua mente cativa; por isso, apresentou-se para
receber oração e ser liberto.
Enquanto eu orava por uma pessoa após outra, pude ver claramente, à
distância, que aquele jovem emitia sinais espirituais de uma presença
maligna muito forte. Ao me aproximar dele, senti que ele estava envolvido
em algum tipo de atividade sobrenatural.
Quando por fim cheguei ao jovem, ele me olhou com os olhos tão
apertados, que pareciam não mais do que pequenas fendas em seu rosto.
Olhando em seus olhos, senti como se um demônio estivesse me olhando por
trás do rosto dele. Ao ver a condição daquele jovem, percebi que ele estava
falando sério sobre ser ajudado. Foi necessária muita determinação para ele
empurrar para o lado aquela força manipuladora e ir até a frente do auditório
da igreja.
Quando impus as mãos sobre o jovem naquela noite, seu corpo começou a
tremer violentamente ao reagir ao poder de Deus. Tremendo sob o peso do
poder de Deus, ele caiu no chão, desmoronando perto dos meus pés. Deitado
ali, sob o poder eletrizante de Deus que percorria todo o seu corpo, ele
gritou, como se algo estivesse tentando sair. Quando me inclinei para orar
por ele pela segunda vez, a horrível influência demoníaca que o havia
mantido cativo o soltou e foi embora imediatamente.
Este é apenas um exemplo de lidar com os endemoninhados que encontrei
durante nossos anos na antiga União Soviética. Tivemos tantos casos que eu
não seria capaz de começar a enumerá-los. Quando o ateísmo tomou o poder,
as pessoas se voltaram a fenômenos psíquicos para satisfazer sua fome
espiritual. Como você pode imaginar, isso abriu as comportas para a
atividade demoníaca na vida de milhares de pessoas.
Então, o que fazemos quando confrontamos uma infestação demoníaca na
vida de alguém? Exercemos autoridade sobre ela em nome de Jesus e a
expulsamos!
Em Marcos 16:17, Jesus disse: “... em meu nome, expelirão demônios...”.
A palavra “expelirão” vem da palavra grega ekballo, composta pelas
palavras ek e ballo. Ek significa para fora, e ballo significa lançar. Quando
combinadas em uma única palavra, seu significado é lançar fora, como
desalojar alguém de um lugar; expulsar; ou expelir. Historicamente, era
usada para descrever uma nação que removia seus inimigos à força para
além de suas fronteiras.
A palavra “demônios” vem da palavra grega daimonion. No tempo de
Jesus, o povo em geral acreditava que os demônios povoavam firmemente as
regiões mais baixas e mais densas do ar, e que esses demônios eram a
principal causa da maioria dos desastres e do sofrimento que ocorriam na
terra. Acreditava-se que os espíritos demoníacos entravam em contato com
os seres humanos principalmente por meio de práticas ocultas, como magia,
feitiços, necromancia ou a participação da pessoa no paganismo religioso,
que se concentrava em tais atividades sobrenaturais.
Vale ressaltar que o mundo em que Jesus viveu acreditava, geralmente,
que espíritos demoníacos eram a principal causa da doença mental ou
insanidade. Os antigos também acreditavam fortemente que os espíritos
demoníacos eram organizados e dispostos segundo toda uma hierarquia de
poder. Isso está em total concordância com a imagem que Paulo nos traz em
Efésios 6:12, onde descreve a hierarquia do reino do diabo (ver 10 de
junho).
Atualmente, tendemos a pensar na expulsão de demônios em termos de
ordenar um espírito demoníaco a sair do corpo ou da mente de uma pessoa.
Certamente, esse é um aspecto de expelir demônios; precisamos ser rápidos
em exercer autoridade sobre os demônios dessa maneira quando
reconhecemos a sua atividade. Em diversos lugares dos Evangelhos, vemos
exemplos de Jesus expulsando demônios. Os exemplos incluem:
• Mateus 8:16, onde está escrito: “... com a palavra expeliu os

espíritos...”. A palavra “expeliu” também provém do grego ekballo,
que significa expulsar forçosamente. Ela nos diz que Jesus literalmente
chutou aqueles demônios para fora da vida das pessoas!
• Mateus 9:34, onde até mesmo os fariseus reconheceram a autoridade de
Jesus sobre os espíritos demoníacos: “Mas os fariseus murmuravam:
[ele]... expele os demônios...”. Essa palavra “expele” também provém
da palavra ekballo, que significa que até mesmo os fariseus
reconheciam que Jesus literalmente lançava demônios para fora da vida
das pessoas.
• Mateus 10:1, que diz: “Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-
lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir...”. Mais
uma vez, a palavra “expelir” provém da palavra grega ekballo. Jesus
não só expeliu demônios da vida de pessoas, mas também comissionou
e ungiu Seus seguidores para fazerem o mesmo.
• Marcos 16:17 deixa muito claro que expelir demônios é uma
responsabilidade que todo crente possui. Jesus nunca foi procurar
demônios; nós também não devemos fazê-lo. Porém, quando eles
aparecem, devemos agir como Jesus agiria — exercendo autoridade
sobre eles e expulsando-os da vida das pessoas, libertando-as, assim,
do controle demoníaco.
Os demônios também eram considerados a principal força por trás de

ocultismo, da feitiçaria, da bruxaria e do paganismo. Portanto, a remoção
dessas práticas era vista como outro aspecto da expulsão de demônios. É por
isso que eventos como aquele registrado em Atos 19:18-19 eram tão sérios.
O texto diz: “Muitos dos que creram vieram confessando e denunciando
publicamente as suas próprias obras. Também muitos dos que haviam
praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram diante de
todos. Calculados os seus preços, achou-se que montavam a cinquenta mil
denários”.
Observe que o versículo 18 diz que aqueles novos convertidos foram e
confessaram as suas “obras”. Essa palavra “obras” provém da palavra grega
praksis, que definitivamente se refere a artes mágicas, encantamentos,
feitiços ou qualquer item ou atividade relacionada com bruxaria ou
feitiçaria. Em seguida, o versículo 19 fala daqueles que estavam envolvidos
com as “artes mágicas”. Isso vem da palavra grega periergos, que se refere a
tudo que está ligado à prática de bruxaria ou feitiçaria.
Esse versículo nos diz também que as pessoas “... reunindo os seus livros,
os queimaram diante de todos...”. A palavra “livros” vem da palavra grega
biblios. Atualmente, nossa ideia de “livro” é o que você está lendo agora.
Porém, na antiguidade, não havia livros de capa dura; em vez disso, a
palavra biblios se referia a rolos ou pergaminhos. Esses rolos e
pergaminhos eram extremamente caros, porque as informações contidas
neles eram escritas à mão. Porém, dado que aqueles novos convertidos
queriam expelir de sua vida toda atividade demoníaca, eles “... os
queimaram diante de todos...”.
A palavra “queimaram” vem do grego katakaino, que significa queimar
totalmente ou queimar completamente. Isso era feito como uma declaração
pública de que eles estavam removendo permanentemente aqueles objetos de
sua vida. Eles estavam chutando o mal para fora do seu meio e anunciando
publicamente que nunca poderiam voltar no tempo e retornar àquelas
atividades passadas. Uma vez queimados aqueles livros, isso significava que
o mal havia sido expulso da vida deles.
Então, quando você pensa em expelir demônios, não pense somente em
exercer autoridade sobre um demônio que grita e berra e ordenar que ele
saia de um indivíduo. Parte de expelir demônios também está em remover
qualquer coisa associada a artes mágicas, encantamentos, feitiços ou a
qualquer item ou atividade relacionada com feitiçaria ou bruxaria. Se você
estudar a história da Igreja, descobrirá que os primeiros crentes estavam tão
convencidos de que isso era vital para a remoção do mal, que desfiguraram
as estátuas pagãs e destruíram lugares de práticas religiosas pagãs.
Ao lidar com pessoas endemoninhadas, exerça autoridade sobre esses
espíritos malignos e expulse-os. Jesus o ungiu para fazer isso e você pode
fazê-lo. Porém, não se esqueça de que romper todos os laços com práticas
ocultas também faz parte do processo. Limpe a pessoa e, depois, limpe o
ambiente!
Remover todos os objetos malignos de propriedade de alguém faz parte
da verdadeira libertação e do arrependimento. Portanto, certifique-se de
queimar todas as pontes para o passado, a fim de demonstrar que você
está realmente expulsando todo o mal de sua presença — e ajude aqueles a
quem você está ministrando a fazerem o mesmo!
Senhor, dá-me a coragem de levantar a voz e exercer autoridade sobre demônios! A Tua
Palavra declara que Tu me deste poder sobre todos os espíritos imundos. Estou pronto
para usar esse poder para levar a liberdade à vida das pessoas que estão escravizadas.
Ajuda-me a saber como melhor ministrar a pessoas que se enquadram nessa categoria,
para que a liberdade delas possa ser total e completa!
Confesso ousadamente que tenho autoridade sobre todos os espíritos malignos. Não tenho
motivo para ter medo deles! Jesus me deu poder e autoridade sobre todas as obras do
diabo. Quando sou confrontado com uma manifestação demoníaca, falo com ela, exerço
autoridade sobre ela e a expulso em nome de Jesus!
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em um momento em que encontrou uma pessoa

que você acreditou estar realmente endemoniada? Qual foi a sua
reação imediata ao perceber que estava sendo confrontado por uma
entidade espiritual maligna falando por intermédio de outra pessoa?
2. Você já exerceu autoridade sobre um espírito demoníaco e ordenou
que ele deixasse a vida de outra pessoa? Em caso afirmativo, o que
aconteceu? Em caso negativo, há um motivo para você nunca ter
usado o poder e a autoridade que Jesus lhe deu para fazer isso?
3. Você já havia considerado a remoção de itens e objetos de ocultismo
como uma faceta da expulsão de demônios? O que você pensa sobre
isso e de que maneira isso afeta a sua visão dos objetos que você tem
em sua casa ou apartamento neste momento?
9 DE JULHO
Falarão Novas Línguas!

novas línguas...
— Marcos 16:17
I ndependentemente da denominação à qual você pertence ou do que foi

ensinado a crer, é um fato irrefutável Jesus ter dito que os cristãos
falariam novas línguas. De fato, Jesus afirmou que falar línguas novas seria
um dos sinais sobrenaturais que acompanhariam os cristãos!
O primeiro exemplo de falar em línguas é encontrado em Atos 2:1-4, onde
a Bíblia diz: “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos
no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento
impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram,
distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um
deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em
outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem”.
De todas as ocorrências em que as pessoas falaram em línguas no livro de
Atos, esse é o exemplo mais famoso — talvez por ter sido a primeira vez em
que esse fenômeno ocorreu e, assim, estabeleceu o padrão para os crentes
serem cheios com o Espírito e falarem em línguas. Porém, essa ocorrência é
muito diferente de qualquer outra registrada no livro de Atos, porque vários
milagres ocorreram naquele dia em que os crentes falaram em línguas pela
primeira vez.
Poderíamos escrever muitas coisas sobre o falar em línguas; afinal, livros
inteiros foram escritos e dedicados a esse assunto maravilhoso. Hoje,
porém, analisaremos os eventos específicos que ocorreram na primeira vez
em que as pessoas falaram em línguas.
Atos 2:5-6 nos diz que, no dia de Pentecostes, estava reunida em
Jerusalém uma “multidão” oriunda de todas as nações sob o céu. A palavra
“multidão” vem da palavra grega plethos, usada nada menos de vinte e cinco
vezes nos Evangelhos para indicar uma enorme, imensa multidão de
pessoas. Isso é muito importante, porque nos diz que havia na multidão muito
mais estrangeiros do que crentes que haviam sido enchidos com o Espírito.
Atos 2:9-11 nos conta que, naquele dia, na multidão, havia partos, medos e
elamitas; pessoas naturais da Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto, Ásia,
Frigia, Panfília, Egito e regiões da Líbia, perto de Cirene; estrangeiros de
Roma, judeus, prosélitos, cretenses e árabes.
Os cristãos que haviam acabado de ser cheios com o Espírito estavam
falando em línguas tão alto que saíram do cenáculo e entraram nas ruas para
que toda a multidão pudesse ouvi-los falar. A multidão ficou maravilhada
com o que estava ouvindo. Atos 2:6 diz que ela “... se possuiu de
perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua”.
A palavra “perplexa” vem do grego suncheo, que significa deixar
perplexo; atordoar; desorientar; desconcertar; estupefazer; surpreender;
confundir; ou causar um espanto que, literalmente, lança as pessoas em
um estado de confusão. A palavra “ouvia” vem da palavra grega akouo, que
simplesmente significa ouvir. A palavra “falar” é a palavra lalouton, que
significa falar, mas o tempo grego apresenta a imagem das pessoas falando
continuamente em línguas. De fato, essa palavra grega que significa “falar”
é a mesma usada para descrever alguém que fala fluentemente em seu
próprio idioma ou em algum outro. Isso nos mostra claramente que os
cristãos estavam falando em línguas sem parar quando entraram nas ruas
naquele dia.
Perceba, porém, o fim de Atos 2:6, no qual é dito que cada um os ouvia
falar “na sua própria língua”. A palavra “língua” vem da palavra grega
dialektos, da qual provém a palavra dialeto. Isso significa que os cristãos
não foram ouvidos falando somente em línguas diferentes, mas em todos os
dialetos, idiomas, frases, vernáculos e sotaques regionais específicos
usados em cada localização geográfica de onde os ouvintes vieram.
Considere o seguinte: havia somente cento e vinte cristãos falando em
línguas, e isso consistia em uma enorme multidão de pessoas. Ou seja, esse
pequeno grupo de cento e vinte cristãos deve ter falado em centenas de
dialetos diferentes! Conhecer um idioma é uma coisa, mas conhecer os
diferentes dialetos de outro idioma requer anos de estudo e a mais alta
habilidade. Tal fato seria surpreendente para um grupo de especialistas em
linguagem altamente eruditos, mas para um grupo de galileus falar tão
fluentemente em tantos dialetos diferentes era simplesmente inédito — daí o
motivo para a multidão de ouvintes estar tão desconcertada e atordoada.
Atos 2:7 nos faz saber que a maioria dos cristãos que saíram do cenáculo
falando em línguas naquele dia eram galileus, dando mais motivos para a
multidão internacional ficar tão confusa. Os galileus eram pessoas simples,
não conhecidas por sua erudição ou riqueza. Toda sua ocupação, trabalho,
profissão e modo de vida estavam principalmente ligados à região da
Galileia; por isso não tinham motivos para conhecer muitas línguas
estrangeiras. Foi por esse motivo que as pessoas reagiram daquela maneira
em Atos 2:7: “Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não
são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?”.
Em Atos 2:7, a palavra “atônitos” vem da palavra grega existimi, que
significa estar ao lado de si mesmo ou estar fora de sua própria cabeça. É
a imagem de alguém que está tão atordoado e surpreso que fica sem
palavras — quase paralisado pelo choque. A palavra “admiravam” vem do
grego thaumadzo, que significa maravilhar-se ou espantar-se. Atualmente,
poderíamos defini-la como alguém que fica confuso por algo que ouviu,
testemunhou ou viu. Não há dúvida de que naquele dia a multidão ficou
perplexa ao ouvir aqueles galileus falando em tantos idiomas diferentes e
dialetos específicos.
Porém, os discípulos estavam falando sobrenaturalmente em línguas
conhecidas naquele dia?
Alguns tentaram afirmar categoricamente que os que saíram do cenáculo
naquele dia falaram sobrenaturalmente em línguas humanas conhecidas.
Porém, Paulo escreveu especificamente que falar em línguas não é falar em
um idioma conhecido. Em 1 Coríntios 14:2, Paulo disse: “Pois quem fala em
outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o
entende...”. Na Versão King James, em inglês, a palavra correspondente a
outra aparece em itálico, porque não aparece no texto grego; foi
acrescentada pelos tradutores para afirmar que Paulo não estava se referindo
a idiomas humanos conhecidos; estava escrevendo sobre uma linguagem
sobrenatural de oração, conhecida somente por Deus.
Segundo as palavras de Paulo em 1 Coríntios 14:13-15, falar em línguas é
uma linguagem espiritual — nunca uma linguagem conhecida. É tão
sobrenatural e desconhecida do homem que não pode ser entendida nem
mesmo por quem fala, a menos que ore pela capacidade de interpretar o que
está dizendo. Esse ensinamento muito claro de Paulo acerca do falar em
línguas afirma enfaticamente que, no dia de Pentecostes, os cristãos não
falaram em linguagens humanas conhecidas, mas em uma linguagem de
oração sobrenatural e desconhecida, exatamente como os cristãos falam em
línguas hoje.
Entretanto, no dia de Pentecostes, ocorreu um milagre especial. Os
cristãos falaram em línguas — mas quando essa língua sobrenatural chegou
aos ouvintes, estes “ouviram” uma mensagem em seus próprios dialetos
distintos. É por isso que Atos 2:6 diz que “... cada um os ouvia falar na sua
própria língua”. Atos 2:8 diz: “E como os ouvimos falar, cada um em nossa
própria língua materna?”. E Atos 2:11 nos diz que os ouvintes disseram: “...
os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus”.
No dia de Pentecostes, a primeira grande obra de Deus foi encher os
cristãos com o Espírito Santo. A segunda grande obra foi libertar seu
espírito humano para que pudessem orar em línguas e adorar a Deus em
Espírito. A terceira grande obra ocorreu quando os cristãos falaram em
outras línguas e Deus as traduziu sobrenaturalmente para os ouvintes de
forma que cada membro da multidão os “ouvisse” falar em sua própria
língua.
É surpreendente o que acontece quando o povo de Deus se abre para
deixá-lo operar por meio de si! Quando os cristãos do livro de Atos foram
cheios com o Espírito e começaram a falar nitidamente em línguas, uma
porta para o poder sobrenatural foi aberta. O poder desencadeado por meio
do falar em línguas é evidente ao longo de todo o livro de Atos e ainda está
em operação nos dias atuais.
No livro de Atos há vários eventos nos quais os fiéis oraram e adoraram a
Deus em línguas. Essa era a norma, não a exceção — uma prática comum
cuja ocorrência era esperada na vida de qualquer pessoa que era cheia do
Espírito. E, assim como os primeiros cristãos oraram livre e fluentemente
em Espírito, Deus nos capacitou a fazermos o mesmo, se quisermos
simplesmente abrir nosso coração, abrir a boca e deixar nosso espírito falar
a Deus.
Quanto tempo faz desde que você orou em outras línguas e permitiu que o
poder sobrenatural de Deus operasse por seu intermédio? Por que você não
dedica alguns minutos hoje a orar e louvar em Espírito? Isso trará ao seu
dia uma operação divina do sobrenatural!
Senhor, eu Te agradeço por me encheres com o Espírito e me dares a capacidade de orar e

louvar a Ti em uma língua sobrenatural. Meu espírito anseia por orar, exprimir-me e
adorar a Ti. Minha mente e intelecto são tão limitados que nem sempre sei o que dizer ou
como me expressar. Porém, quando oro e louvo no Espírito, tenho muita consciência de
estar orando perfeitamente e Te louvando no mais alto nível. Eu Te dou graças por essa
capacidade maravilhosa. Quero orar no Espírito e adorar a Ti com todo o meu homem
interior!
Confesso que sou cheio do Espírito de Deus e que oro regularmente em Espírito. Deus
liberou meu homem interior para falar a Ele no dia em que eu fui batizado no Espírito
Santo. Desde então, tenho a capacidade de falar em uma língua espiritual sobrenatural.
Eu me recuso a negligenciar ou ignorar essa capacidade que Deus me deu; portanto, oro
regularmente em línguas. Como resultado, estou cada vez mais forte e mais sensível ao
Espírito Santo, e tenho uma operação contínua de atividade sobrenatural divina em minha
vida!
PARA REFLETIR
1. Com que frequência você dedica tempo a orar em Espírito? Quando
você o faz, quanto tempo dedica a orar em outras línguas?
2. O que acontece dentro de você quando você ora em Espírito? Você
vê uma maior manifestação de poder, alegria, vitória e revelação
pessoal em sua vida? Que outros resultados você vê quando ora
regularmente em línguas?
3. Se você nunca foi cheio com o Espírito ou nunca falou em outras
línguas, o que está impedindo-o de receber essa gloriosa experiência
hoje?
10 DE JULHO
Pegarão em Serpentes!
novas línguas; pegarão em serpentes...
— Marcos 16:17-18
E m algumas localidades remotas há grupos religiosos que literalmente

“pegam em serpentes” como parte de seus cultos. Esses grupos tomaram
literalmente as palavras de Jesus em Marcos 16:17-18, em que Ele disse:
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem... pegarão em
serpentes...”. Com base nessa passagem, essas pessoas concluíram que Jesus
estava realmente dando aos crentes a ordem de “pegar em serpentes” como
uma maneira de demonstrar a força de sua fé!
Nessas igrejas, atrás do púlpito e perto da parede há gaiolas contendo
cascavéis e outras cobras venenosas. Em um momento predeterminado do
culto, as gaiolas são abertas, as cobras são levadas para fora e aqueles que
são suficientemente ousados passam essas serpentes de uma pessoa para a
outra. Porém, era a isso que Jesus estava se referindo quando disse que os
crentes “pegarão em serpentes”? É claro que não!
Consideremos os tempos em que Jesus disse essas palavras. Assim,
poderemos ver melhor como elas se aplicam a nós na atualidade.
A palavra “serpentes” vem do grego ophis, que era usada para descrever
cobras. As cobras eram consideradas criaturas perigosas e que ameaçavam
a vida. As pessoas tinham um especial medo de cobras porque, na época, o
sistema rodoviário era muito pouco desenvolvido. Isso significava que
frequentemente as pessoas tinham de abrir seu próprio caminho para chegar
a algumas cidades ou lugares remotos. Serpentes perigosas e peçonhentas
ficavam escondidas em rochas ou capinzais e frequentemente picavam os
viajantes, causando morte prematura. Essas serpentes eram uma preocupação
para todos os viajantes, especialmente para os que viajavam a pé.
Em Lucas 10:19, Jesus disse: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes
serpentes e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada,
absolutamente, vos causará dano”. Jesus disse essas palavras aos Seus
discípulos logo após lhes ordenar que entrassem nos campos do mundo para
colher almas de homens (ver Lucas 10:2-11). Esse versículo foi a garantia
sobrenatural de Jesus de que, quando eles fossem pregar, teriam proteção
divina contra serpentes, escorpiões e qualquer outra coisa que o inimigo
pudesse tentar usar para detê-los ou feri-los. Foi por isso que Jesus concluiu
dizendo: “... não lhes fará mal”.
Perceba, porém, que além de serpentes Jesus também mencionou
escorpiões! No Oriente Médio, os escorpiões eram extremamente temidos
por serem carregados de peçonha mortífera. Com uma picada da cauda de
um escorpião, uma pessoa poderia ficar permanentemente paralisada ou até
mesmo morrer. Quando as pessoas viajavam a pé, a perspectiva de encontrar
um escorpião era tão assustadora quanto o pensamento de serpentes. Os
escorpiões se escondiam nas rochas e nos barrancos da estrada. Portanto,
sentar-se na rocha errada ou pisar acidentalmente no lugar errado da estrada
poderia resultar em desastre.
A promessa de Jesus a Seus discípulos, de que eles “pisariam sobre
serpentes e escorpiões” era muito importante! A palavra “pisar” vem da
palavra grega pateo, que simplesmente significa caminhar. Jesus estava
dizendo-lhes que, mesmo que pisassem um escorpião ou uma serpente, não
precisariam se preocupar, porque Ele lhes daria uma proteção especial e
sobrenatural contra esses perigos naturais. Essa foi uma promessa específica
de proteção para aqueles que estariam viajando longas distâncias ou por
terrenos acidentados para pregar o Evangelho!
Para garantir que as preocupações de todos os viajantes fossem totalmente
abrangidas, Jesus acrescentou: “... não lhes fará mal”. A expressão “fará
mal” é a palavra grega adikeo, que significa sofrer injustiça ou sofrer algum
tipo de mal ou maldade. Essa foi a promessa do Senhor de que não
precisaremos temer injustiça ou maldade quando formos enviados ao Seu
campo de colheita. De fato, o texto grego usa negativa tripla nessa frase.
Literalmente, ele diz: “... e nada (primeira negativa), não (segunda negativa),
de modo algum (terceira negativa) lhes fará mal”. Jesus disse isso com os
termos mais fortes disponíveis para assegurar aos seguidores que, se eles
forem ao mundo todo para pregar o Evangelho, serão guardados divinamente
contra todas as formas de mal.
Agora, voltemos para onde começamos hoje em Marcos 16:17-18. Jesus
disse: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem... pegarão em
serpentes...”. O que isso significava para os discípulos e como se aplica a
você e a mim hoje?
Para os discípulos, significava que eles eram divinamente guardados pelo
poder de Deus. Essa proteção divina era tão poderosa que, mesmo que eles
fossem mordidos por uma serpente mortífera ou por um escorpião altamente
peçonhento, aquilo não teria efeito sobre eles. Um exemplo disso pode ser
encontrado em Atos 28:3-6, quando o apóstolo Paulo foi picado por uma
víbora mortífera. Paulo simplesmente sacudiu a serpente no fogo e saiu ileso
(ver 25 de junho).
Veja, Jesus deu proteção sobrenatural aos Seus discípulos porque os
estava enviando para pregar o Evangelho até os confins da terra. As coisas
que normalmente feririam ou matariam outros não teriam efeito algum sobre
eles. Dado que eles precisariam atravessar a pé por um terreno perigoso e
acidentado, essa era uma promessa muito importante!
O que isso tem a ver com você e comigo? Em primeiro lugar, não tem
nada a ver com passar cascavéis pelas pessoas de uma congregação!
Embora os crentes que fazem isso possam ser sinceros, estão sinceramente
errados. Isso é tolice e presunção. Jesus nunca pretendeu que nós nos
expuséssemos ao perigo deliberadamente!
Porém, se formos em nome de Jesus levar o Evangelho a partes do mundo
que são consideradas inseguras, isso significa que o poder de Deus nos
protegerá! Podemos não enfrentar serpentes e escorpiões como os primeiros
crentes, mas poderá haver momentos em que teremos de voar em aviões
inseguros, dirigir em estradas perigosas, atravessar áreas altamente
arriscadas ou trabalhar em regiões consideradas perigosas.
No entanto, como observado anteriormente (ver 7 de julho), essa proteção
divina é desencadeada naqueles de nós que cremos que a promessa de
proteção de Deus operará em nosso favor. Sempre que entramos em
território perigoso com medo, dúvida e incredulidade, temos a
probabilidade de enfrentar problemas. Porém, se formos crendo e afirmando
que temos a proteção de Deus e que o inimigo nada pode fazer para nos ferir,
nossa fé nessa promessa irá ativá-la e fará com que ela se manifeste em
nossa vida!
Em resumo: antes de sairmos em viagem missionária, mudarmos para o
campo missionário ou irmos a qualquer lugar considerado perigoso com o
propósito de divulgar o Evangelho, precisamos ter certeza de que cremos e
reivindicamos ativamente a promessa divina contida nesse versículo!
Senhor, creio que a Tua Palavra é verdadeira! Por fé, eu afirmo que nada há que o
inimigo possa fazer para me ferir ou machucar quando estou viajando para levar o Teu
nome a uma nova parte do mundo ou a pessoas que não Te conhecem. Eu Te agradeço por
essa promessa de proteção divina para a minha vida! Sou muito grato por teres me
protegido com o Teu poder e por o inimigo não poder me destruir.
Confesso que o poder de Deus me isola e protege contra todos os ataques do inimigo! Se
eu tiver de voar em aviões inseguros, dirigir em estradas perigosas, atravessar áreas
altamente arriscadas ou trabalhar em regiões consideradas temerárias, estarei seguro.
Independentemente das condições que eu seja forçado a enfrentar para levar o nome de
Jesus a pessoas que nunca o ouviram, Deus estará comigo. Ele me protegerá a cada passo
do caminho. Creio e reivindico a proteção de Deus; portanto, o inimigo nada pode fazer
para me ferir!
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em exemplos em que as pessoas que você

conhece pessoalmente foram sobrenaturalmente protegidas pelo
poder de Deus — em outras palavras, quando algo catastrófico
aconteceu, mas não teve efeito sobre elas?
2. Se você tem conhecimento de alguém que foi ferido em uma viagem
missionária, sabe se essa pessoa tinha fé naquela viagem? Ela estava
crendo ativamente e reivindicando a proteção divina ou
simplesmente se levantou e foi sem primeiramente fazer uma oração
fervorosa antes da viagem?
3. À luz do que você aprendeu hoje, como mudará a sua abordagem às
viagens em que o Senhor o envia para compartilhar o Evangelho com
outras pessoas?
Se nós formos em nome de Jesus levar o Evangelho a partes do mundo

consideradas inseguras, o poder de Deus nos protegerá!
Independentemente das condições que sejamos forçados a enfrentar, a
nossa fé nessa promessa de proteção irá ativá-la e fará com que ela se
manifeste em nossa vida a cada passo do caminho.
11 DE JULHO
Se Alguma Coisa Mortífera Beberem, Não lhes Fará

Mal!
novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal...
— Marcos 16:17-18
N a Pedra Preciosa de ontem, mencionei um grupo religioso de um lugar

remoto que “pega em serpentes” e as passa às pessoas da congregação
para demonstrar a força de sua fé. Eles acreditam que, se sua fé for forte, não
serão mordidos. E, se forem mordidos, usam isso como uma oportunidade
para provar que uma picada de cobra não terá efeito sobre eles.
Porém, em Marcos 16:18, Jesus prosseguiu: “... e, se alguma coisa
mortífera beberem, não lhes fará mal...”. Com base nessas palavras, aquele
grupo sinceramente enganado também bebe deliberadamente venenos
mortíferos, como estricnina e arsênico. Assim como pegam em cobras
peçonhentas para provar a força de sua fé, eles se submetem
intencionalmente a venenos mortais pelo mesmo propósito. Realmente
acreditam que Jesus pretendia que os cristãos consumissem substâncias
químicas letais para provar que, quando sua fé é forte, tais substâncias não
terão efeito sobre eles. Porém, era realmente isso o que Jesus tinha em
mente? Analisemos esse versículo para ver do que Jesus estava falando!
A palavra “beberem” é, na verdade, a palavra grega pino, que significa
beber ou consumir. Embora geralmente se refira a beber, pode também
representar uma pessoa que está consumindo algo, como carne ou algum
outro tipo de alimento. A palavra “mortífera” provém da palavra grega
thanasimos, por sua vez derivada da palavra thanatos, que significa morte.
Entretanto, a palavra usada em Marcos 16:18 descreve algo mortífero ou
fatal. A palavra “alguma” é a pequena palavra ti, que significa qualquer
coisa. Isso quer dizer que Jesus não estava se referindo unicamente a
substâncias químicas líquidas, mas a qualquer coisa mortífera ou fatal,
incluindo substâncias químicas ou alimentos. Por isso, essa parte do
versículo poderia ser traduzida como: “... e, se consumirem algo que
normalmente seria fatal...”.
Jesus prosseguiu, dizendo que se um cristão, enviado por Deus a uma
viagem, consumir uma substância fatal, essa substância “não lhe fará mal”. A
expressão “fará mal” vem do grego blapto, que significa enfraquecer,
incapacitar, machucar, prejudicar ou ferir. Ela retrata algo que,
provavelmente, não é suficientemente poderoso para matar, mas
suficientemente forte para deixar enfermo ou doente. Em função de a
palavra thanasimos (“coisa mortífera”) ser também usada nesse versículo,
nele Jesus quis dizer: “... e, se consumirem algo que normalmente seria
fatal ou qualquer coisa que, habitualmente, deixaria uma pessoa enferma,
não terá efeito sobre eles...”.
Lembre-se de que Jesus estava falando a seguidores a quem Ele enviaria
aos lugares mais remotos do mundo. Para cumprir essa tarefa, eles seriam
obrigados a comer alimentos que nunca tinham visto antes. De fato, suas
viagens a terras pagãs exigiriam, sem dúvida, que comessem alimentos que
anteriormente consideravam sujos ou impuros. Levar o Evangelho a novos
lugares significava que eles teriam de comer “alimentos misteriosos” — sem
saber de onde vieram, quem os matou, há quanto tempo haviam morrido,
quem os cozinhou, quão limpa ou suja estava a cozinha em que foram
cozidos ou qual efeito teriam em seu estômago.
Lembre-se de que o Senhor já havia dito aos Seus discípulos:
“Permanecei na mesma casa, comendo e bebendo do que eles tiverem...
comei do que vos for oferecido” (Lucas 10:7-8). Se os discípulos tivessem
rejeitado o que os seus anfitriões prepararam para eles, poderiam ter sido
muito insultados ou feridos. Portanto, na prática, Jesus disse: “Se os seus
anfitriões prepararam o melhor que podem lhes dar, comam com alegria!”.
Como alguém que viaja pelo mundo todo posso lhe dizer que às vezes é
difícil comer o que é colocado à sua frente! Porém, quando você olha para
um prato de alimento que parece assustador, precisa fechar os olhos,
abençoar aquela bagunça em nome de Jesus, levantar o garfo do prato, abrir
a boca, inserir e comer o “alimento misterioso” pela fé!
Vi indivíduos saírem em viagens missionárias esperando comer o mesmo
tipo de alimento que comem em casa. Eu os vi ficarem muito perturbados ao
descobrir que não podiam ter o mesmo alimento, os mesmos restaurantes, a
mesma mistura de café e assim por diante. Porém, eles não estão em casa!
Estão do outro lado do mundo, onde aqueles tipos de alimentos sequer
existem! Se uma pessoa vai levar o Evangelho aos confins da terra, deve
estar preparada para comer alimentos preparados nos confins da terra!
Essa é precisamente a razão para Jesus dizer aos Seus futuros viajantes
pelo mundo que se consumissem algo mortífero ou repulsivo não lhes faria
mal. Jesus não estava incentivando os discípulos a consumirem veneno
deliberadamente; em vez disso, ele estava lhes assegurando a proteção
divina disponível a quem leva o Evangelho até os confins da terra.
Porém, como observamos anteriormente (ver 7 de julho), essa promessa
pertence a “aqueles que creem”. Se você quer essa promessa de proteção
contra alimentos ruins ou substâncias fatais, deve liberar a sua fé e ativar
essa promessa. Por isso, antes de se sentar para comer, dedique alguns
minutos a abençoar aquele alimento. Chame-o de santificado e declare
nutrição e saúde a favor dele. Então, coma o alimento, crendo que ele só irá
abençoá-lo e que nada negativo poderá acontecer a você por comê-lo!
Jesus providenciou tudo que era necessário para aqueles de nós que se
dispusessem a seguir o Seu chamado até os confins da terra. Ele nos
forneceu proteção sobrenatural contra desastres, calamidades, serpentes,
escorpiões e todas as obras do inimigo. Ele prometeu também misericórdia
nas viagens e proteção contra atos de injustiça. Ele até mesmo garantiu que
se consumirmos alimentos ruins ou substâncias mortíferas acidentalmente
não nos enfraqueceriam fisicamente ou prejudicariam a nossa saúde.
É tempo de você parar de se preocupar e começar a crer que Jesus falou
sério. Se Deus está lhe dando uma tarefa que o leva a um estado estrangeiro,
um país distante ou uma cultura desconhecida, mantenha seus olhos fixos em
Jesus e siga em frente! Deus não o enviará a algum lugar para que você
possa comer algo mortífero e morrer! Repreenda esse espírito de medo e
libere a sua fé! Não deixe o diabo mantê-lo preso em casa por temer não
gostar dos alimentos. O Evangelho e o poder de Deus são muito mais fortes
do que qualquer carne ou bebida!
Senhor, eu Te agradeço por me dar coragem de ir aonde quer que Tu queiras que eu vá.
Eu repreendo o medo; rejeito a intimidação e decido pela fé que posso fazer qualquer
coisa e ir a qualquer lugar para onde Jesus queira me enviar. Espírito Santo, enche-me
com o Teu poder e ajuda-me a pensar com uma mente sã! Há muitas coisas que Jesus tem
para eu fazer, e não quero desperdiçar um único minuto. Eu Te agradeço por me ajudares
e me fortaleceres!
Declaro com ousadia que sou protegido contra alimentos ruins ou substâncias fatais!
Quando me sento para comer, dedico alguns minutos a abençoar o meu alimento. Eu o
chamo de santificado; declaro nutrição e saúde a favor dele; então, eu o como, crendo
que ele só irá abençoar e fortalecer o meu corpo. Jesus providenciou proteção
sobrenatural contra desastres, calamidades, serpentes, escorpiões e todas as obras do
inimigo. Ele me prometeu misericórdia nas viagens e proteção contra atos de injustiça.
Deus não irá me enviar a nenhum lugar para que eu possa morrer! Eu repreendo o
espírito de medo — e avanço para a vida divina de Jesus Cristo!
PARA REFLETIR
1. Como você acha que as pessoas de outras nações são afetadas

quando depois de prepararem seu melhor alimento para os seus
convidados, observam que eles torcem o nariz e agem como se a
comida fosse tão repulsiva que eles não seriam capazes de consumi-
la?
2. Você ora por seus alimentos antes de comer?
3. De que maneira a Pedra Preciosa de hoje afeta o que você fará no
futuro em relação a alimentos que foram preparados para você?
12 DE JULHO
Se Impuserem as Mãos Sobre Enfermos, Eles Ficarão

Curados!
novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal;
se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.
— Marcos 16:17-18
E m Marcos 16:18, Jesus disse que os cristãos imporiam as mãos sobre os

enfermos e estes seriam curados. De qual tipo de pessoas enfermas
Jesus estava falando? O que Ele tinha em mente ao dizer que elas seriam
curadas? Há exemplos disso no próprio ministério de Jesus a respeito dos
quais possamos ler e deles aprender? Analisemos profundamente esse
versículo hoje para ver como ele se aplica a você e a mim!
Primeiro, analisemos a palavra “enfermos”, porque descreve o tipo de
pessoas enfermas aos quais Jesus se referia. Essa é a palavra grega
arroustos, a qual provém da palavra arunnumi, que normalmente significa
estar bem, ser forte, estar em boa saúde ou possuir uma condição física
excelente. Um a colocado na frente dessa palavra reverte o significado dela,
que passa a ser estar mal de saúde ou possuir uma condição fraca e
abalada. É a imagem de uma pessoa tão fraca e adoentada que se tornou
gravemente enferma. Trata-se de uma pessoa inválida.
As três passagens mostradas a seguir nos dão exemplos de momentos em
que Jesus curou pessoas afligidas por um tipo de enfermidade arroustos:
• Mateus 14:14 diz: “Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão,

compadeceu-se dela e curou os seus enfermos”. A palavra “enfermos”
nesse versículo provém do grego arroustos. Mateus nos informa que
Jesus foi especialmente atraído pelas pessoas que estavam tão fracas
que haviam perdido as forças. Essas pessoas que Ele curou naquele dia
estavam inválidas.
• Marcos 6:5 nos diz: “Não pôde fazer ali nenhum milagre, senão curar
uns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos”. Em grego, a palavra
“enfermos” também provém da palavra grega arroustos. Isso nos
permite saber que aquelas eram pessoas extremamente enfermas. A
maioria dos leitores presume que estas são doenças menores, mas a
palavra arroustos nos diz enfaticamente que aqueles eram indivíduos
gravemente enfermos.
• Marcos 6:13 diz: “... expeliam muitos demônios e curavam numerosos
enfermos, ungindo-os com óleo”. A palavra “enfermos” vem da palavra
grega arroustos, que significa que aqueles indivíduos eram muito
frágeis e fracos de saúde.
Esses exemplos da palavra arroustos mostram distintamente que aquelas

não eram pessoas que simplesmente se sentiam mal por causa de uma
pequena doença — eram pessoas destruídas pela enfermidade. Estavam tão
fisicamente fracas, tão gravemente enfermas e tão carentes de forças que se
tornaram inválidas. Esse é o tipo de pessoas enfermas sobre as quais Jesus
disse que os cristãos imporiam as mãos e elas seriam curadas. Ele não
estava falando de dores de cabeça e contusões! Ele estava falando sobre
cristãos impondo as mãos sobre pessoas gravemente enfermas e que se
enquadram na categoria de inválidas.
Observe que Jesus disse que os cristãos “imporiam as mãos” sobre os
enfermos. Essas palavras provêm do grego epitithimi, composto por epi e
tithimi. A palavra epi significa sobre, e tithimi significa colocar. Quando
são unidas para se tornarem a palavra epitithimi, o significado passa a ser
colocar sobre ou impor sobre. Essa palavra é usada em Lucas 4:40 para
descrever um evento durante o qual Jesus impôs Suas mãos sobre pessoas
enfermas.
Lucas 4:40 diz: “Ao pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de
diferentes moléstias lhos traziam; e ele os curava, impondo as mãos sobre
cada um”. Naquela noite, as pessoas levaram os “enfermos” a Jesus. Essa
palavra “enfermos” é diferente dos outros exemplos que analisamos
anteriormente. É a palavra asthenios, que retrata uma ampla gama de
enfermidades. É por isso que é ampliada pela frase “enfermos de diferentes
moléstias”. Isso representa uma grande variedade de enfermidades, mas a
palavra “moléstias” nos permite saber que algumas dessas pessoas estavam
seriamente enfermas. Essa palavra “moléstias” vem da palavra grega nosos,
que sempre transmite a ideia de um padecimento terrível ou uma aflição da
mais grave natureza. Frequentemente, a palavra nosos representava uma
enfermidade terminal para a qual não havia cura natural. Assim, ela
poderia descrever pessoas que estavam enfermas em estado terminal.
O que Jesus fez por aquelas pessoas? Ele impôs as mãos sobre elas e as
curou. Em casos como esses, Jesus estava dando o exemplo perfeito de
como, mais tarde, os cristãos imporiam as mãos sobre os enfermos —
incluindo os terminais — e iriam vê-los ter sua saúde restaurada como
resultado de sua obediência.
Porém, quando você analisa atentamente Marcos 16:18, perceberá que
Jesus prometeu cura. Essa cura poderá ser instantânea ou um processo
prolongado durante um período de tempo. A palavra “ficarão” provém do
grego eco, que significa ter ou possuir. Porém, o tempo usado nesse
versículo não representa algo instantâneo, e sim algo que ocorre
progressivamente. De fato, a palavra “curados” também não fala de um
evento instantâneo. Ela é a palavra kalos, que nesse caso significa estar
bem, estar saudável ou estar em boa forma. Vistas em conjunto como uma
frase completa, a expressão poderia ser traduzida como “... eles irão se
sentir cada vez melhor, até enfim estarem bem e saudáveis”.
Isso nos permite saber que todas as curas não ocorrem instantaneamente;
algumas delas ocorrem ao longo de um período de tempo. Porém, a
promessa de Jesus é que, se nós seguirmos o Seu exemplo e impusermos as
mãos sobre os enfermos, o poder de Deus será liberado para o corpo dos
aflitos. Se estivermos liberando a nossa fé e crendo que o poder de cura flui
de nós para o destinatário, uma virtude curativa será depositada no corpo da
pessoa enferma. Assim como um medicamento opera lentamente para
reverter uma patologia, o poder de Deus depositado pela imposição de
nossas mãos começará a atacar a obra do diabo e, progressivamente, fará a
pessoa enferma voltar a um estado de saúde e bem-estar.
Jesus prometeu que qualquer cristão poderia fazer isso! Qualquer cristão,
incluindo você, pode impor as mãos sobre os enfermos e vê-los ficarem cada
vez melhor até enfim serem restaurados à saúde. Tudo que é necessário para
Deus usá-lo dessa maneira é composto de três critérios básicos: 1) Que você
tenha o desejo de Deus de curar por seu intermédio; 2) Que você tenha mãos
para impor sobre pessoas enfermas; e 3) Que sua fé seja liberada para
desencadear o poder de Deus para curar. Se você preenche esses três
requisitos, está pronto para entrar no ministério de cura!
Curar os enfermos faz parte de sua responsabilidade como cristão. Você
não pode fazê-lo sozinho, mas o Espírito Santo está presente para transmitir
o Seu poder quando você atua em nome de Jesus. Então, em vez de olhar
para pessoas enfermas e sentir pena delas, por que você não tira as mãos dos
bolsos e as impõe sobre elas, como Jesus fez quando estava ministrando na
terra? A Palavra de Deus garante que Ele vai trabalhar com você para levar
cura e saúde aos que precisam disso. Por que você não começa a curar os
enfermos hoje?
Senhor, eu Te peço confiança para impor as mãos sobre os enfermos. Quero que o Teu
poder de cura flua por meu intermédio e seja depositado em corpos enfermos, atacando a
obra do inimigo até que, por fim, essas pessoas enfermas tenham a saúde recuperada. Tua
Palavra afirma que, quando os cristãos impuserem as mãos sobre os enfermos, estes serão
curados. Hoje estou tomando a decisão de tirar as minhas mãos dos bolsos e impô-las
sobre os enfermos para que o Teu poder de cura possa ser entregue a outras pessoas por
meu intermédio!
Confesso que o poder de Deus é liberado nos corpos dos aflitos quando imponho as
minhas mãos sobre eles. Assim como um remédio opera lentamente para reverter uma
patologia, o poder de Deus depositado quando imponho as minhas mãos sobre pessoas
enfermas começa a atacar a sua doença, fazendo com que recuperem progressivamente a
sua saúde e o seu bem-estar. Curar os enfermos faz parte de minha responsabilidade; por
isso, confesso confiantemente que imporei as mãos sobre pessoas enfermas — como Jesus
fez quando estava ministrando na Terra — com a expectativa de vê-las curadas!
PARA REFLETIR
1. Quanto tempo faz que você olhou para as suas mãos e realmente
pensou no quanto Deus quer que o Seu poder flua por intermédio
delas para curar pessoas enfermas?
2. Você já impôs as mãos sobre enfermos? Quando foi a última vez que
você fez isso? Qual foi o resultado da última vez em que você impôs
as mãos sobre os enfermos e liberou a sua fé para vê-los curados?
3. Se você entrevistou as pessoas sobre as quais impôs as mãos no
passado, qual porcentagem delas você pensa que acabou sendo
curada? Você já parou para pensar que a recuperação delas pode ter
sido por causa do poder depositado em seus corpos quando você
impôs as mãos sobre elas?
13 DE JULHO
Você Gostaria de “Andar” No Espírito Hoje?

Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne.
— Gálatas 5:16
V ocê gostaria de “andar no Espírito” todos os dias de sua vida? Essa

proposta soa como uma impossibilidade ou você pensa que andar
constantemente no Espírito é uma possibilidade que você deve tentar
alcançar? Para responder à pergunta se é, ou não, possível andar
constantemente no Espírito, vejamos as palavras de Paulo em Gálatas 5:16.
Esse versículo diz: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à
concupiscência da carne”.
A palavra “andar” vem da palavra grega peripateo. Aparece no Novo
Testamento noventa e cinco vezes e tem um significado muito claro. A
palavra peripateo é composta por peri e pateo. A palavra peri significa ao
redor e sugere a ideia de algo envolvente. Em muitos casos, significa
referente, mas, neste em específico, expressa a ideia de envolvimento. A
palavra pateo significa andar. Ela denota o movimento dos pés e pode ser
traduzida como andar, pisar, caminhar, calcar com os pés ou até mesmo
pisotear. Quando essas duas palavras são compostas formando uma só,
como em Gálatas 5:16, a palavra resultante significa andar habitualmente
nas mediações. Assim, peripateo foi frequentemente traduzida como
“viver”.
Isso significa que, em vez de ser traduzida como “andar no Espírito”, a
frase de Gálatas 5:16 poderia ser traduzida como “viver no Espírito”. Essa é
uma boa interpretação da palavra peripateo, porque sugere, de fato, uma
pessoa que caminhou em certa região durante tanto tempo que ela agora
se tornou o seu ambiente, o seu lugar de atividade diária, a esfera que
circunda a sua existência. Um intérprete observa que a palavra peripateo
poderia ser explicada de maneira melhor por meio da ideia de que uma
pessoa que percorreu um caminho de forma tão usual que seria capaz de
percorrê-lo com os olhos vendados porque é o seu caminho, a sua esfera, o
lugar onde ela habitualmente viveu e atuou.
Recentemente, minha mulher e eu convidamos um precioso casal de
idosos que amamos muito para visitar a nossa família. A esposa respondeu:
“Veja, Rick, eu perdi a maior parte da minha visão; então, é melhor eu ficar
em casa. Pelo menos, em casa sei onde estão todos os móveis; então, embora
não consiga ver muito bem, ainda consigo andar pela casa”.
Fiquei triste ao ouvir sobre a visão fraca dessa querida senhora, mas suas
palavras me fizeram pensar na palavra grega peripateo de Gálatas 5:16, que
retrata uma pessoa que viveu na intimidade de certa área tão repetidamente
que esta se tornou sua segunda pele. Ela não precisa de ajuda para caminhar
por ali, porque conhece aquele caminho. Ele é o seu caminho, a sua rota, o
seu domínio de vida, e ela se sente muito segura e confortável ali.
Na literatura secular dos tempos do Novo Testamento, a palavra
peripateo costumava significar dar um passeio. De fato, muitos estudiosos
gregos sugerem que a melhor maneira de traduzir Gálatas 5:16 é “passear no
Espírito”. Passear é caminhar vagarosamente. Uma pessoa que passeia não
é alguém ansioso e frustrado que está lutando para fazer algo ou chegar a
algum lugar; em vez disso, ele está tranquilo, descontraído, sem pressa,
sereno e calmo. Isso descreve maravilhosamente como é andar no Espírito.
Veja, quando uma pessoa anda no Espírito, o estresse e as ansiedades da
vida são removidos, e ela se move para um reino no qual pode passear em
contínuo descanso, paz e tranquilidade.
Paulo prossegue, dizendo que se você andar no Espírito, “... jamais
[satisfará] à concupiscência da carne”. A palavra “concupiscência” provém
do grego epithumia. A segunda parte dela é a palavra grega thumos, que
descreve uma compulsão, um anseio, um profundo desejo, uma paixão ou
algo que provoca empolgação. A palavra epi costuma significar acima, mas
quando combinada com thumos, significa ficar extremamente empolgado
com ou por algo. De fato, essa empolgação é tão vigorosa que se torna uma
paixão ardente, quase como uma obsessão, uma mania ou um desejo muito
forte.
Em Efésios 2:3, Paulo afirma que, antes de chegarmos a Jesus Cristo,
andávamos “... segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da
carne...”. A palavra “inclinações” é a essa mesma palavra epithumia. A
palavra “vontade” provém da palavra grega thelema, que indica o anseio, a
intenção, o plano ou o desejo de alguém. Em suma, significa que a carne
tem uma mente própria. E, se lhe for permitido, ela ficará obcecada por uma
tentação carnal, fervorosamente agitada enquanto anseia por cumprir seus
profundos desejos sombrios.
Porém, Gálatas 5:16 fornece a resposta à carne. Ali diz que, se você “...
[andar] no Espírito, jamais [satisfará] à concupiscência da carne”. A palavra
“satisfará” provém do grego teleo, que significa cumprir, completar ou
atingir a sua meta. Porém, por causa da forte negativa e do tempo verbal
usados na frase grega, Paulo está nos dizendo que, se andarmos no Espírito,
basicamente desligamos a carne! Como resultado, anulamos os anseios da
carne para que eles nunca sejam cumpridos.
Em função das diversas palavras usadas nesse versículo, Gálatas 5:16
transmite a seguinte ideia:
“Faça do caminho do Espírito o lugar onde você habitualmente vive e
anda. Torne-se tão à vontade nesse caminho espiritual que você
aprenda a caminhar tranquila e pacificamente nesse reino. Viver a
sua vida nesse reino do Espírito é a melhor maneira de garantir que
você não permite que os anseios de sua carne se expressem e se
cumpram.”
É tempo de fazer tudo o que você puder para avançar para um reino mais
elevado. Fixe-se no objetivo de andar no Espírito. Desenvolva o seu próprio
espírito humano; faça o que puder para se tornar mais sensível ao Espírito de
Deus. Quando você se tornar mais espiritualmente sensível, será mais fácil
estar em sincronia com o Espírito Santo. E à medida que o seguir e viver
para agradar ao Senhor, você descobrirá que andar no Espírito se torna um
hábito. Você negará a sua carne durante tanto tempo que a voz dela acabará
se tornando cada vez mais fraca — até, por fim, não ter mais autoridade
alguma em sua vida.
Deus está chamando-o para um nível mais elevado! Ele quer que você
deixe o nível de vida inferior que tem vivido e vá para o caminho espiritual
que Ele destinou para você andar em sua vida. Nesse domínio superior, você
experimentará amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão e domínio próprio. Esses são os frutos produzidos pelo
Espírito Santo! Que contraste com o lixo podre e decadente produzido pela
carne! O Espírito sempre produz vida!
Então, resolva hoje em seu coração tornar o caminho do Espírito Santo o
lugar onde você vive, trabalha e atua. Não o deixe continuar a ser um lugar
que você visita ocasionalmente. Faça do reino do Espírito o lugar onde
você vive habitualmente a sua vida inteira!
Senhor, ajuda-me a andar no Espírito e não na carne. Percebo que tenho de fazer uma
escolha para avançar para esse reino mais elevado; por isso hoje eu estou Te dizendo que
quero deixar a vida de nível inferior que tenho vivido e subir mais alto. Tu estás me
convidando para ir lá e eu aceito o Teu convite. Quando eu começar a subir para essa
esfera mais elevada da vida, ajuda-me a resistir aos anseios da carne que continuam
tentando me puxar de volta para baixo! Quero me tornar tão sensível a Ti que os desejos
da carne deixem totalmente de ter qualquer efeito sobre a minha vida!
Confesso que estou avançando para um reino mais alto! Eu me fixo no objetivo de andar
no Espírito. Estou desenvolvendo o meu próprio espírito humano e me tornando mais
sensível ao Espírito de Deus. Todos os dias, a voz da minha carne está se tornando cada
vez mais fraca. Aceitei o chamado de Deus para deixar a vida inferior para trás e estou
seguindo o Espírito de Deus em direção a um reino mais elevado, onde viverei em contínua
paz, alegria e vitória!
PARA REFLETIR
1. Se Jesus analisasse a sua vida para determinar qual porcentagem do
seu tempo é vivida no Espírito ou na carne, o que você pensa que Ele
concluiria em relação a você?
2. Que medidas você precisa tomar para começar a andar no Espírito
em vez de ser dominado pela carne?
3. Qual papel a oração e a leitura da Bíblia tem em andar no Espírito e
tornar a carne inoperante? Na semana passada, quanto tempo você
dedicou ao desenvolvimento da sua vida espiritual? Você abordou a
sua vida espiritual como uma alta prioridade?
Deus está chamando-o para um nível mais elevado! Ele quer que você
deixe o nível de vida inferior que tem vivido e vá para o caminho
espiritual que Ele destinou para você andar em sua vida. Nesse domínio
superior, você experimentará amor, alegria, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.
14 DE JULHO
As Obras da Carne
Ora, as obras da carne são conhecidas...
— Gálatas 5:19
N unca me esquecerei do dia em que vi um terrível acidente na antiga

república soviética onde eu morava. Bem na minha frente, um homem
idoso entrou no meio do trânsito. Os carros que se aproximavam estavam
chegando tão rapidamente que era impossível para os motoristas acionarem
os freios e evitarem colidir com aquele senhor idoso. Ele foi atingido com
tanta força pelo primeiro carro, que o impacto o atirou na pista ao lado.
Antes que o trânsito fosse por fim interrompido, quatro outros automóveis
tinham atropelado o corpo ferido do homem, esmagando ainda mais seu
tronco mutilado.
De onde eu estava, pude ver todo o suplício se desenrolar diante de mim.
O homem permanecia imóvel no asfalto. Pessoas começaram a se reunir nos
dois lados da estrada para ver o que estava acontecendo. Um policial chegou
para tentar administrar a crise. Para minha surpresa, nenhuma pessoa foi ver
se o idoso estava morto ou vivo. Todos presumiram que ele estava morto;
por isso, ninguém foi verificar.
Como cristão, senti-me obrigado a ver se o homem estava vivo. Se ele
ainda estivesse respirando, eu queria orar por ele. Fui até o policial, que me
reconheceu do meu programa de televisão, e pedi sua permissão para ver o
que eu poderia fazer para ajudar aquele homem. O policial olhou para mim e
riu. Depois, disse: “Sim, você pode ver como ele está, se acha que isso
ajudará!”.
Apressei-me em chegar até o idoso deitado no asfalto. Sangue saía de suas
orelhas e de seu nariz. Pelo modo estranho como os braços e as pernas
estavam, era evidente que quase todos os ossos do corpo daquele homem
estavam quebrados. Quando olhei seu rosto, meu coração ficou aflito. Pude
ver as linhas profundas e a cor avermelhada que frequentemente acompanha
alcoólatras graves naquela parte do mundo. As linhas em seu rosto eram
profundas. Ele parecia um pedaço de couro enrugado e desgastado. Era
óbvio que a vida daquele homem havia sido sofrida. Estimei que ele devia
ter aproximadamente setenta anos de idade.
De repente, percebi que o homem respirava levemente. Gritei para o
policial e ele reagiu rapidamente, pedindo uma ambulância. Eles puseram o
corpo quebrado daquele homem na parte de trás do veículo de emergência e
eu observei enquanto ele se afastava pela estrada que o transportava para o
hospital.
Na semana seguinte, a polícia local visitou meu escritório para me
informar que o homem havia morrido. Eles queriam que eu testemunhasse no
tribunal sobre os eventos que aconteceram naquele dia. Então, me disseram
algo que simplesmente me chocou — o homem que morreu tinha apenas vinte
e sete anos! Quando o funcionário do tribunal me contou sua idade, tive
dificuldade em ouvir qualquer outra coisa que foi dita na conversa. Fiquei
totalmente perplexo que alguém tão jovem pudesse parecer tão velho!
Quando a reunião terminou naquele dia, fiquei sentado em meu escritório,
ainda atordoado com o que acabara de saber. Pela aparência da carne
daquele homem, eu realmente havia pensado que ele era idoso. Eu sabia que,
por ser tão jovem e, contudo, parecer tão velho, ele havia vivido uma vida
indisciplinada. Obviamente, ele havia se encharcado de vodca como se fosse
uma esponja. Ele havia degenerado em um estado tão arruinado que, naquele
dia, vagou diretamente em direção ao tráfego pesado e morreu.
Enquanto eu ponderava sobre tudo isso, meus pensamentos se voltaram
para Gálatas 5:19-21 que diz: “Ora, as obras da carne são conhecidas e são:
prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias,
ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias
e coisas semelhantes a estas...”.
Ao escrever sobre as obras da carne, Paulo usa a palavra grega ergos
para “obras”. Essa palavra significava algum tipo de ato, ação ou
atividade. Muito frequentemente, ela se referia à ocupação de uma pessoa,
ao trabalho de uma pessoa ou às coisas produzidas pelo esforço ou a vida
de alguém. Descrevia a linha de trabalho de uma pessoa, sua carreira,
ocupação ou profissão. Denotava o resultado de seu trabalho árduo.
Paulo liga essa palavra à carne; portanto, está nos dizendo algo muito
importante! Assim como uma pessoa tem uma carreira ou profissão e
trabalha arduamente para obter resultados, a carne — se lhe for permitido
seguir o seu próprio caminho e fazer o que quiser — irá se empenhar muito
em produzir resultados carnais. Quando não rendida ao poder santificador
do Espírito Santo, a carne trabalhará o tempo todo, vinte e quatro horas por
dia, para produzir frutos prejudiciais, nocivos e até mortais. Essa é a
ocupação da carne.
A palavra “carne” usada em Gálatas 5:19 provém da palavra grega sarx,
usada principalmente nas epístolas de Paulo para descrever impulsos
pecaminosos e anseios carnais. Paulo usa a frase “obras da carne” para dar
a ideia de que a carne tem a sua própria mente e os seus próprios desejos. Se
um cristão não crucificar a carne e a mantiver sob controle, acabará
manifestando esses desejos malignos. Em outras palavras, a carne irá
começar a trabalhar!
Paulo diz: “Ora, as obras da carne são conhecidas...”. A palavra
“conhecidas” é a palavra grega phaneros. Significa aparecer, manifestar-se,
tornar-se visível, tornar-se aparente, tornar-se visto, ser bem conhecido
ou tornar-se conspícuo. Usando essa palavra, Paulo diz que, se você deixar
a carne fazer o que bem quiser, ela não desperdiçará a chance de manifestar
seus desejos malignos e anseios carnais. De fato, a carne é tão mundana e
superficial que, se você não interromper a atividade dela, ela chegará a
tentar levá-lo ao adultério, fornicação, impureza, lascívia, idolatria,
feitiçaria, ódio, desavenças, rivalidades, ira, conflitos, dissensões, heresias,
invejas, homicídios, embriaguez, glutonarias e outras depravações
semelhantes.
Quando um bebê nasce, parece tão puro, tão inocente, tão imaculado. Mas,
se essa criança for abandonada ao controle de sua carne, acabará se
envolvendo em crime, escândalo, alcoolismo ou drogas, e se tornará
amargurada, cruel e cheia de malícia e discórdia. Por quê? Porque esses são
os frutos produzidos pela carne. É por isso que é tão importante ensinarmos
nossos filhos e nos treinarmos para mortificar as obras da carne e vivermos
em sujeição ao controle do Espírito Santo.
O homem de vinte e sete anos que vi ser morto naquela tarde foi, algum
dia, um belo bebê de aparência pura. Provavelmente, o coração de seus
orgulhosos pais abrigou sonhos sobre o que, algum dia, seu filho viria a ser.
Porém, aos vinte e sete anos, essa mesma pessoa parecia um homem velho,
com rugas profundas no rosto e a aparência de um alcoólatra. Ali estava ele
estendido, esmagado na estrada — uma vida desperdiçada. A carne
prevaleceu na vida daquele homem e o levou à destruição — o lugar para
onde a carne sempre quer ir.
Você pode não ser um alcoólatra ou um viciado em drogas, mas deixe-me
perguntar: você está permitindo que a sua carne domine as suas atitudes ou
os seus relacionamentos? Você está dando lugar aos impulsos carnais de
amargura ou raiva que a carne quer produzir no seu interior? Se você ceder a
esses impulsos, eles irão destruir os seus relacionamentos, endurecer o seu
coração e enchê-lo de atitudes negativas que roubam a sua alegria e a sua
paz.
Veja, uma vida dominada pela carne é uma vida difícil. É cheia de
excesso, desequilíbrio, extremismo, preguiça, comportamento autodestrutivo,
ódio, contenda, amargura, irresponsabilidade e negligência. O caminho da
carne é a rota mais difícil para qualquer indivíduo; contudo, a carne clama
por estar no comando, gritando para fazer do seu próprio jeito, exigindo ser
o chefe. A menos que você leve a sua carne à cruz e a mortifique com o
poder de Deus, ela continuará gritando até você enfim se render a ela e
permitir que ela produza seus efeitos destrutivos em sua vida.
Nas várias Pedras Preciosas que virão a seguir, quero que analisemos
com muito cuidado as obras da carne especificamente mencionadas por
Paulo em Gálatas 5:19-21. Porém, lembre-se de que se você crucificar a
carne e, em vez disso, escolher caminhar no Espírito, poderá produzir em
sua vida frutos exatamente opostos às obras da carne. Você poderá produzir
o mais doce e maravilhoso fruto imaginável. Você poderá viver de uma
maneira santa e benéfica, e que realmente faz diferença na vida de outras
pessoas.
Por isso, tome hoje a decisão de que não vai seguir o caminho da carne.
Ele é realmente o caminho mais difícil! Volte a sua atenção para o Espírito
Santo e determine-se a deixá-lo produzir a vida de Jesus Cristo em você!
Senhor, ajuda-me a mortificar as obras da carne e a considerar-me vivo para Deus! Andei
na carne durante tempo suficiente; agora, quero andar no Espírito. Não quero mais que a
carne faça o que bem entende em minha vida. Em vez disso, quero deixar o Espírito Santo
produzir a vida de Jesus Cristo em mim. Percebo que, em última análise, tomo a decisão do
que é produzido em minha vida; por isso, ajuda-me a sempre dizer não à carne e sim ao
Espírito de Deus!
Confesso que já não sou eu quem vive, mas Jesus Cristo vive em mim! A vida que agora
vivo na carne, passo a viver para o Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.
Sou o Teu templo. Sou o Teu instrumento. Eu me recuso a permitir que a velha natureza da
carne me domine. Entrego voluntariamente minha mente, pensamentos, emoções e minha
carne ao poder santificador do Espírito Santo. Quando eu me rendo a Ele, Ele me purifica
e me transforma em um vaso de honra para a obra do Reino de Deus!
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em áreas de sua vida nas quais, intencional ou

involuntariamente, você permitiu que a carne mantivesse o controle
sobre você? Quais são essas áreas e o que você planeja fazer para
colocá-las sob o controle do Espírito Santo?
2. Existe alguma área específica de sua vida que tem sido mais difícil
de conquistar do que outras — um hábito, pensamento ou algum ato
secreto? Você pode ver como o Espírito Santo tem tentado ajudá-lo a
colocar sob controle essa área de sua vida?
3. Como você reage quando o Espírito Santo o condena por uma
transgressão ou um pensamento errado? Você ignora a Sua voz ou se
coloca diante do Senhor em oração e lhe pede para ajudá-lo a
superar aquilo?
15 DE JULHO
Adultério, Fornicação, Impureza, Lascívia

Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia...
— Gálatas 5:19
V ivemos em um tempo em que os padrões morais se deterioraram.

Coisas que eram consideradas pecaminosas e vergonhosas uma geração
atrás são agora praticadas de maneira generalizada em toda a Igreja. Em vez
de reconhecer o seu pecado e se arrepender, os cristãos tentam justificar os
seus atos para poderem continuar as suas obras. Porém, não importa o quão
meticulosamente os cristãos possam tentar vestir o pecado, Deus ainda o vê
como tal e o odeia.
Se eu apenas lhe fizesse meu comentário pessoal sobre o status atual da
Igreja, poderia fazê-lo ficar irado comigo. Então, em vez disso, deixe-me
explicar o significado de algumas palavras gregas presentes em Gálatas
5:19. Então, você será capaz de ver as obras da carne como Deus as vê.
Falarei sobre essas palavras puramente do ponto de vista de seu
significado linguístico. Acredito que as suas respectivas definições gregas
falam suficientemente alto para que você entenda. Após ler essas definições,
dedique alguns minutos a examinar a sua própria visão sobre tais atos.
Determine se você os vê como Deus os vê ou se você foi afetado por uma
geração que se tornou insensível às consequências do pecado.
Adultério e Fornicação:
Paulo encabeça sua lista das obras da carne com os pecados sexuais de
adultério, fornicação e impureza. As palavras “adultério” e “fornicação”
provêm de uma mesma palavra grega — porneia. Inclui toda a atividade
sexual fora do casamento — inclusive adultério e homossexualidade.
Ao se referir a uma mulher que cometeu adultério, o Novo Testamento
usou a palavra pornos. Essa palavra designa uma prostituta e nos informa
muito claramente que uma mulher que cometeu adultério se prostituiu. Ela
pode não ter se vendido por dinheiro; talvez tenha negociado seu coração,
seu corpo ou suas emoções por romance, apoio emocional ou uma variedade
de outras coisas. Porém, independentemente do motivo de ela ter feito isso,
Deus diz que se vendeu e incorreu no pecado da prostituição.
Não se engane pensando que esse termo se refere unicamente a uma
prostituta profissional que anda pelas ruas à noite ou que trabalha em um
serviço de acompanhantes. Essa palavra pornos descreve qualquer mulher
que tenha cometido adultério. Não dá margem a dúvida de que, na visão de
Deus, uma mulher que comete adultério caiu no pecado da prostituição. Ela é
uma prostituta. Alguém poderá tentar dar uma infinidade de razões ou
desculpas para explicar por que o relacionamento ilícito ocorreu, mas o fato
é que Deus o vê como um ato de prostituição.
Ao se referir a um homem que cometeu adultério, a palavra porneia
retrata um homem que teve relações sexuais com uma prostituta. Embora
suas emoções possam tentar lhe dizer que ele encontrou a amada de seus
sonhos, a palavra grega porneia quer dizer que ele dormiu com uma
prostituta. Uma pessoa pode tentar, o máximo possível, colocar uma luz
diferente sobre esse assunto, mas é assim que Deus o vê. Sempre que um
homem tem relações sexuais com uma mulher que não é a sua esposa, Deus
diz que o seu ato é equivalente a procurar uma prostituta para obter uma
emoção barata e obscena.
Preciso ressaltar que a palavra pornografia provém dessa mesma palavra
grega. De fato, pornografia provém do grego pornos (a mesma palavra usada
anteriormente para uma adúltera ou uma prostituta) e da palavra grapho,
que significa escrever. Assim, pornografia se refere aos trabalhos escritos
ou reflexões sobre prostituição. Isso significa que, quando um indivíduo
medita nos trabalhos escritos ou na fotografia contida na pornografia, isso
equivale a cometer prostituição mental. Tal definição lança uma nova luz
sobre o que Jesus disse em Mateus 5:28: “Eu, porém, vos digo: qualquer que
olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com
ela”.
O que compartilhei com você até aqui hoje não é a minha opinião — é o
significado real da palavra grega “adultério” usada em todo o Novo
Testamento. Então, de que maneira isso afeta sua visão de alguém que
cometeu adultério? Se você cometeu adultério, como isso afeta a sua visão
do que você fez? E como isso afeta a sua visão da pornografia?
Dependendo da versão bíblica do Novo Testamento que você estiver
lendo, a próxima palavra na lista das obras da carne é “fornicação”.
Entretanto, essa palavra não aparece no texto original em grego; ele só fala
de porneia, que foi discutida anteriormente, a qual inclui todas as formas de
atividade sexual fora do casamento. No grego, o ponto seguinte relacionado
por Paulo é “impureza”.
Impureza:
A palavra “impureza” vem do grego akatharsia, que é a palavra kathairo
com o prefixo a acrescentado. Kathairo significa limpo ou puro; porém,
quando o a é acrescentado, a condição é invertida, tornando o objeto imundo
ou impuro. No Novo Testamento, essa palavra se refere a pensamentos
lascivos ou impuros que acabam produzindo atos lascivos ou impuros. No
modo como é usado nos Evangelhos e nas epístolas de Paulo, sugere
enfaticamente que esses atos começam na mente como pensamentos impuros
antes de se manifestarem como atos impuros.
Marcos 1:23 diz: “Não tardou que aparecesse na sinagoga um homem
possesso de espírito imundo...”. O texto em grego diz, na verdade, que esse
homem estava “dominado pelo controle de um espírito imundo”. Parece que
esse homem havia refletido sobre pensamentos lascivos durante tanto tempo,
que escancarou a porta para que esses pensamentos se apoderassem dele e o
controlassem, de modo que ele acabou se encontrando “possesso” de um
espírito imundo. Embora o texto não diga explicitamente, o uso da palavra
akatharsia faz com que imaginemos se aquele demônio encontrou ou não
entrada na vida daquele homem por este haver permitido que a sua mente se
dedicasse a coisas proibidas. Ele havia cometido prostituição mental a ponto
de abrir a porta para ser totalmente controlado por espíritos de impureza? A
Bíblia não diz exatamente isso, mas o uso da palavra akatharsia faz sem
dúvida com que essa seja uma possibilidade.
Em Marcos 5:2, encontramos outro exemplo de um homem com um
espírito impuro. O texto diz: “Ao desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao
seu encontro, um homem possesso de espírito imundo”. A palavra “imundo”
também é a palavra akatharsia. Assim como Marcos 1:23 retratou o homem
da sinagoga como “possesso de espírito imundo”, essa palavra poderia ser
traduzida exatamente da mesma maneira neste versículo. Nos cinco
primeiros capítulos de Marcos, temos, portanto, dois indivíduos muito
endemoninhados cujo estado de possessão demoníaca parece ter começado
com pensamentos impuros, lascivos e sujos, já que é exatamente esse o
significado da palavra grega akatharsia usada nos dois textos. Satanás os
atraiu para a pornografia de ideias impuras ou para o adultério e depois
construiu em suas mentes uma fortaleza de impureza tão resistente que lhe
permitiu acabar fazendo com que atos impuros se manifestassem na vida
deles e, assim, os controlassem totalmente?
Nunca se esqueça de que Paulo nos disse: “Não sabeis que daquele a
quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem
obedeceis sois servos...” (Romanos 6:16). Tudo que você permitir que a sua
mente deseje acabará sendo seu mestre. Foi esse o caso com esses dois
homens possuídos de demônios em Marcos 1:23 e Marcos 5:2? Não estou
afirmando isso enfaticamente, mas o grego sugere isso firmemente. Todavia,
isso certamente deve nos fazer querer assumir o controle de nossa vida de
pensamentos e não permitir que a impureza tenha lugar em nossa mente!
Lascívia:
Ao continuar a enumerar as obras da carne, Paulo menciona a seguir
“lascívia”. Essa palavra estranha provém da palavra grega aselgeia, que
descreve excesso, mas se refere principalmente ao consumo excessivo de
alimentos ou à vida descontrolada e indisciplinada que é especialmente
marcada por sexo desenfreado. A palavra aselgeia está relacionada com o
principal pecado das cidades de Sodoma e Gomorra (ver 2 Pedro 2:6-7) e a
razão de Deus destruí-las.
Novamente, é preciso observar que a palavra aselgeia se refere também
ao consumo excessivo de alimentos. Isso significa que, na mente de Deus,
entupir-se de comida é tão pervertido quanto envolver-se em atividades
sexuais pecaminosas! Então, como isso faz você se sentir com relação a
comer demais?
Todas as obras da carne podem ser perdoadas — mas antes de vir o
perdão o pecado precisa ser admitido. É por isso que precisamos entender
exatamente o que essas palavras significam. Quando o pecado é
compreendido, podemos nos arrepender dele e confessá-lo. Essa é a
exigência de Deus.
Se você caiu em qualquer uma dessas obras da carne, peça ao Espírito
Santo que abra os seus olhos para ver esses pecados como Ele os vê.
Quando você receber uma revelação da perspectiva de Deus, não desejará
ser o mesmo! Você entenderá a vulgaridade do pecado aos olhos de Deus e
desejará ser transformado!
Quando você confessar o seu pecado, Deus o perdoará e você poderá
seguir em frente com a sua vida. Se os seus atos desrespeitaram seu cônjuge
ou qualquer outra pessoa, ore para que a poderosa graça de Deus esteja
sobre eles para que o perdoem. Em seguida, comece a tomar todas as
medidas necessárias para tornar esse relacionamento mais saudável do que
nunca antes.
Caro amigo, Deus está com você e quer transformar a sua vida. Abra seu
coração e deixe o Espírito Santo ser o seu Ajudador. Ele quer ajudá-lo a ser
purificado, ficar livre e se tornar moralmente forte e estável. Com a Sua
ajuda, você conseguirá!
Senhor, eu Te agradeço por abrires meus olhos para a verdade sobre como Tu vês essas
obras da carne. Perdoa-me por ser tão tolerante nessas áreas de minha vida. Ajuda-me a
ver essas obras da carne como Tu as vês e detestá-las tanto quanto Tu as detestas. Ensina-
me a odiar o pecado! Mostra-me como dizer não à impiedade e a sujeitar minha mente e
meu corpo como instrumentos de justiça. Depois do que Tu me mostraste hoje, nunca mais
quero ser o mesmo!
Confesso que meus pensamentos são limpos e que eu não permito que o diabo mexa com a
minha mente. A minha mente pertence a Jesus. Ela está cheia da Palavra de Deus. Essa
Palavra renova a minha mente para pensar os pensamentos de Deus; portanto, Satanás
não tem entrada em minha mente ou em minhas emoções para me enganar com
pensamentos pecaminosos. Eu crucifico a minha carne e coloco o meu corpo sob o
senhorio de Jesus Cristo. Não sou mais servo do pecado — sou servo da justiça!
PARA REFLETIR
1. Como você se sente após ler a Pedra Preciosa de hoje? Essa

discussão desafiou algum ato ou pensamento secreto em sua vida?
2. Comer em excesso se tornou parte de sua vida? Se assim for, como
você vê a gula agora que sabe que ela faz parte das obras da carne?
Você a vê só como um problema emocional ou percebe que comer em
excesso é não apenas prejudicial para você mesmo, mas ofensivo a
Deus?
3. Quais passos você precisa dar agora que sabe como Deus vê essas
coisas?
16 DE JULHO
Idolatria e Feitiçaria
Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria,
feitiçarias...
— Gálatas 5:19-20
Q uando as pessoas ouvem a palavra “idolatria”, quase sempre imaginam

uma grande estátua de pedra esculpida de um deus pagão, com nativos
selvagens dançando nus à luz de uma enorme fogueira queimando em sua
base. Porém, era isso o que o apóstolo Paulo tinha em mente ao incluir
“idolatria” em sua lista das obras da carne?
Idolatria:
A palavra “idolatria” provém da palavra grega eidololatria, que significa
culto de ídolos. É, porém, composta pelas palavras eidolon e latria.
Eidolon significa um ídolo feito pelo homem; pagão; uma construção
pagã; ou uma imagem de um falso deus. Tais ídolos eram uma ofensa a
Deus no Antigo Testamento e foram proibidos aos cristãos no Novo
Testamento. O ódio de Deus pelos ídolos é claramente demonstrado em 1
Samuel 5:1-4. Os filisteus capturaram a Arca da Aliança, que representava a
Presença de Deus, e a puseram em uma elevação do terreno, ao lado de um
ídolo do deus pagão chamado “Dagon”. Quando os filisteus entraram em seu
templo pagão na manhã seguinte, a Arca da Aliança permanecia firme na
elevação, mas a estátua de Dagon estava no chão. Os filisteus colocaram o
ídolo no lugar; porém, na manhã seguinte, encontraram Dagon caído no chão
novamente, virado para baixo, com a cabeça e as mãos cortadas. Deus se
recusou a compartilhar espaço com um falso deus!
A segunda parte da palavra eidololatria (“idolatria”) provém do grego
latria, derivado da palavra latreuo, que significa trabalhar ou servir.
Entretanto, seu significado principal é extrema devoção e serviço de alguém
a algo que adora. Em um sentido positivo, é usada na septuaginta2 do Antigo
Testamento para descrever o serviço do sacerdócio. Os sacerdotes serviam
e cumpriam fielmente seus deveres no templo, acreditando que parte de sua
adoração era a maneira de servirem.
Em Romanos 1:9, Paulo diz: “Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito,
no evangelho de seu Filho, é minha testemunha...”. A palavra “sirvo” é a
palavra grega latreuo, que significa que, assim como os sacerdotes do
Antigo Testamento, Paulo considerava o seu serviço a Deus como parte de
sua adoração. Como sacerdote do Novo Testamento, o serviço de Paulo a
Deus era o objetivo mais elevado de sua vida. Essa é a razão para ele servir
a Deus com todo o seu espírito — porque servir a Deus exigia seus melhores
esforços, seu melhor trabalho e toda a sua atenção. Era assim que Paulo via
sua adoração e serviço a Deus.
Ao escrever Romanos 12:1, Paulo usou novamente a palavra latreuo.
Dessa vez, ele disse: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus,
que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus,
que é o vosso culto racional”. As palavras “culto racional” provêm de
latreuo. Isso implica que, em função de tudo que Deus fez por nós, é justo e
razoável que nós o sirvamos com toda a nossa devoção. Essa é uma das
principais maneiras de o adorarmos. Por isso, quando Paulo declara que
sujeitar nosso corpo como sacrifício vivo é o nosso “culto racional”, ele nos
diz enfaticamente que é razoável que façamos nossos melhores esforços e
demos nossa total atenção para servir a Deus.
Entretanto, quando a palavra latreuo é anexada à eidolon, forma-se a
palavra eidololatria, que retrata a adoração de ídolos ou simplesmente
idolatria. O ato de idolatria ocorre quando um indivíduo dedica sua total
atenção, devoção, paixão, amor ou compromisso a uma pessoa, um projeto
ou um objeto, e não a Deus. Quando algo diferente de Deus ocupa o primeiro
lugar na mente dessa pessoa, ela entrou, pelo menos em certo grau, no
pecado da idolatria.
Se você não mortificar a carne pelo poder do Espírito de Deus, não
demorará para estar se preocupando com outras coisas que roubam a
devoção e a paixão que devem pertencer somente a Jesus Cristo. Se você
não for extremamente cuidadoso, sua família, cônjuge, pais, filhos, amigos,
trabalho, sonho ou visão, profissão, bens, escola, atividades da igreja ou
mesmo seus próprios talentos, irão se tornar involuntariamente o foco de sua
adoração e seu serviço. Você irá se encontrar servindo em seu próprio
sacerdócio, aplicando seus melhores esforços e sua total atenção ao
cumprimento dos seus interesses pessoais.
Por isso, permita-me perguntar: no que você pensa mais do que em
qualquer outra coisa? O que consome a maioria dos seus pensamentos?
Para que você vive? Provavelmente, sua resposta irá lhe dizer o que você
mais adora em sua vida. Você não precisa possuir uma estátua de pedra
esculpida de um deus pagão em sua sala de estar para ser um idólatra. Se
você estiver tentando colocar qualquer outra pessoa, projeto ou objeto de
sua vida no mesmo nível de Deus, provavelmente está cometendo uma forma
de idolatria. Se for esse o caso, não demorará para que Deus faça algo a
respeito. Assim como empurrou Dagon para baixo e o decapitou em 1
Samuel 5:1-4, Deus fará algo radical para obter a sua atenção! Ele irá
ensinar a você que não está disposto a compartilhar a Sua posição de
senhorio em sua vida com qualquer outra coisa ou pessoa!
Certifique-se de que Jesus permaneça o foco principal de sua vida. Deus
não é contrário a você possuir qualquer uma das coisas mencionadas
anteriormente — família, cônjuge, pais, filhos, amigos, trabalho, visão,
profissão, bens, escola, atividades da igreja ou talentos pessoais — mas é
contra qualquer uma dessas coisas possuir você!
Jesus prometeu que, se você buscar primeiro o Reino de Deus, Ele irá
assegurar que você tenha todas essas outras coisas (Mateus 6:33). Portanto,
recuse-se a permitir que a sua carne o leve à estrada da adoração de si
mesmo, da família ou de coisas materiais a ponto de você cometer o ato de
idolatria.
Feitiçaria:
Agora, passemos ao assunto da “feitiçaria”. Na sequência, Paulo lista esse
item como uma das obras da carne. A palavra “feitiçaria” provém do grego
pharmakeia, que significa medicamentos ou drogas que inibem a
personalidade de uma pessoa ou alteram o seu comportamento. Nós as
chamaríamos de psicotrópicos. A palavra grega pharmakeia é de onde
provêm as palavras fármacos e farmácia. Era usada em ligação com
feitiçaria, magia ou bruxaria. Mas por que essa palavra foi usada em
conexão com feitiçaria e por que Paulo a usaria para descrever as obras da
carne?
Quando a Igreja de Jesus Cristo estava sendo estabelecida no primeiro
século, o paganismo ditava o Império Romano. Eram religiões pagãs
demoníacas e tenebrosas, das quais uma característica proeminente era o uso
de drogas para alterar o estado mental da pessoa.
Os adoradores pagãos iam aos templos pagãos para encontrar alívio de
suas enfermidades, estresses mentais ou uma infinidade de outros problemas
pessoais. Em vez de confrontar as reais necessidades dos adoradores pagãos
e identificar soluções reais para os seus problemas, os sacerdotes dessas
religiões pagãs derramavam drogas alucinógenas em frascos de vinho,
agitavam e então davam a mistura aos adoradores para que a bebessem.
Depois de estes estarem medicados e sob a influência dessas drogas
alucinógenas, os sacerdotes os mandavam para casa, dizendo-lhes que se
sentiriam melhor. Entretanto, quando passava o efeito da droga, os
adoradores continuavam enfrentando os mesmos problemas ou outros piores.
A única maneira de aqueles buscadores encontrarem alívio de seus
problemas era retornar várias vezes aos templos pagãos para obter mais
doses de drogas. As drogas davam ao povo alívio temporário, mas não
ofereciam uma solução permanente. Os sacerdotes eram impotentes para
curar e incapazes de resolver os problemas de alguém. Tudo que podiam
fazer era continuar encharcando os adoradores com mais drogas, alterando
assim temporariamente seu estado mental e dando-lhes um breve descanso
de seus problemas e dores. Aqueles sacerdotes eram charlatães que
tentavam, literalmente, hipnotizar as pessoas para acreditarem que seus
problemas haviam desaparecido. Porém, a verdade é que eles nunca lidaram
com a raiz dos problemas e, portanto, nada fizeram além de prolongar a dor
daqueles que eles fingiam ajudar.
Como isso se aplica a você e a mim nos dias atuais, já que as pessoas da
nossa sociedade moderna já não vão a templos pagãos para adorar? A
carne se comporta do mesmo modo como os sacerdotes pagãos se
comportavam na ilustração anterior. Ela não sabe como consertar a si mesma
ou qualquer outra pessoa. De fato, a carne nem sequer deseja ser consertada.
A carne tentará convencer uma pessoa a ignorar seu problema, a ocultá-lo
com alguma cobertura superficial ou a beber álcool e consumir drogas para
que se sinta melhor. O álcool e as drogas podem dar a essa pessoa um breve
hiato da realidade, mas quando seus efeitos desaparecerem, ela ainda terá de
lidar com os mesmos problemas que tinha antes.
Frequentemente, as pessoas que se recusam a olhar para si mesmas e
descobrir o que precisa ser transformado desenvolvem dependências
químicas em seus esforços para evitar ver a verdade. Veja, a carne odeia
confronto. Ela não quer se olhar no espelho para ver a verdade. Se a carne
for confrontada e forçada a olhar diretamente para si mesma, terá de
reconhecer o problema real. Em vez de encarar os fatos, a carne tenta correr,
se esconder, dormir, gastar seu tempo com atividades recreativas —
qualquer coisa para se manter ocupada, para evitar diminuir o ritmo durante
o tempo suficiente para pensar em questões vitais. Em outras palavras, a
carne preferiria tentar aprender a encobrir a ser crucificada e transformada!
Não estou lhe dando conselhos médicos. Se o seu médico lhe prescreveu
medicação, seja fiel em tomá-la. Entretanto, estou lhe dando conselhos
espirituais. Não deixe a sua carne lhe dizer que você pode continuar
encobrindo os seus problemas com soluções temporárias. Essas soluções
temporárias acabarão se desgastando ou terminando e, quando isso
acontecer, seu “velho homem” voltará à tona.
Então, o que você fará? Você será como o adorador pagão que continua
correndo para lá e para cá, tentando encontrar outra solução temporária? Ou
deixará o Espírito de Deus lidar com você e transformá-lo para sempre?
O Espírito Santo quer identificar a raiz do seu problema e arrancar aquela
coisa repulsiva de sua alma. Ele quer trazer transformação permanente à
sua vida. Porém, para receber essa obra de Deus que purifica a alma, você
terá de fazer a sua carne se calar e deixar de atrapalhar. E, após dizer à sua
carne para silenciar, você terá de permitir que Deus fale a você com
sinceridade. Isso exigirá que você dedique tempo a olhar para o espelho da
Palavra de Deus, para poder ver o que está errado e o que precisa ser
alterado.
Se você estiver disposto a fazer tudo isso, o Espírito de Deus vai libertá-
lo. Sim, a sua carne gritará de dor; porém quando isso acontecer, apenas
exerça autoridade sobre ela e diga-lhe para calar-se. Ela está gritando
porque sabe que está perdendo o poder que sempre exerceu sobre a sua
vida!
Assim, para os nossos propósitos no mundo atual, a palavra “feitiçaria”,
provinda da palavra grega pharmakeia, seria referente às tentativas da
carne para evitar ser confrontada e transformada. De fato, a carne preferia
ouvir uma mentira a ser confrontada com a verdade! Ela quer que alguém a
acaricie e a conforte: “Você não precisa mudar! Venha, deixe-me fazê-la
sentir-se melhor! Simplesmente ignore essas coisas erradas em sua vida,
porque se as ignorar durante tempo suficiente, de alguma maneira elas
desaparecerão!”. Isso não soa como um usuário de drogas?
Amigo, é tempo de você parar de jogar esses jogos e deixar o Espírito de
Deus realmente lidar com você. Se você permitiu que a sua carne o mantenha
fugindo de seus problemas ou se você cometeu idolatria adorando a algo ou
a alguém mais do que a Jesus Cristo, hoje é o dia de você parar o que está
fazendo e alinhar o seu coração com Deus. Você não pensa que agora
mesmo seria um bom momento para fazer isso?
Senhor, quero andar no Espírito e mortificar as obras da carne! Não quero que a carne
tenha em minha vida o papel superior que teve no passado. Sei que, se o Teu Espírito me
capacitar, poderei dizer não à carne e às suas exigências de controlar a minha vida. Estou
cansado de lutar repetidamente com os mesmos velhos pecados. Então, neste momento,
estou pedindo que Tu me ajudes a enxergar a verdade sobre o que precisa mudar em
minha vida. Quando eu vir o problema, dá-me a coragem de dizer a essa obra da carne
que ela vai morrer. Depois, ajuda-me a acolher plenamente a nova vida que Tu queres
liberar dentro de mim!
Declaro ousadamente que não sou mais dominado pela carne; em vez disso, eu ando no
poder do Espírito Santo. Portanto, não há condenação para mim! Tenho o cuidado de ler
a Bíblia e ouvir as verdades que o Espírito Santo quer me mostrar. Quando eu tomo
consciência de áreas que precisam ser transformadas, peço rapidamente a Jesus que
libere Seu poder para me transformar. Em vez de correr da verdade, corro para a cruz a
fim de encontrar soluções permanentes para os problemas que confronto ao longo do
caminho.
PARA REFLETIR
1. Há em sua vida alguma coisa que você adora mais do que a Jesus?
Não minta para si mesmo em relação a isso, porque de qualquer
maneira Jesus conhece a verdade. Por que você não dedica alguns
minutos a pedir ao Senhor para mostrar-lhe qualquer coisa em sua
vida que você adore mais do que a Ele?
2. Você já conheceu uma pessoa que se recusava a enxergar a verdade
sobre si mesma? Em vez de enfrentar a verdade e acolher a mudança,
essa pessoa corria de um lugar para outro ou de uma pessoa para
outra, tentando encontrar a certeza de que estava “bem” e não
precisava mudar?
3. Se essa pessoa for você, o que você fará a respeito, agora que sabe
que a sua carne está fazendo você correr para todo lugar a fim de
evitar a verdade que pode libertá-lo?
2
A tradução em grego do texto hebreu. (N. do T.)
17 DE JULHO
Inimizades, Porfias, Ciúmes, Iras

Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias,
inimizades, porfias, ciúmes, iras...
C erta vez, ouvi nosso filho de seis anos dizer ao seu irmão de nove anos:
— Eu odeio você!
Rapidamente, fui até ele e perguntei:
— O que você disse ao seu irmão?
Ele me disse com firmeza:
— Eu o odeio!
Eu não sabia o que meu filho mais velho havia feito para provocar aquela
reação, mas sabia que tinha a responsabilidade de ensinar aos nossos filhos
que esse tipo de linguagem não era aceitável em nosso lar. Levei meu filho
de seis anos até o banheiro, peguei um sabonete e disse:
— Filho, em nossa casa nós não usamos linguagem como a que você
acabou de falar ao seu irmão. Sua boca disse algumas palavras muito feias,
então é hora de dar um banho nela! Nós vamos limpar a sua boca com sabão!
Pegando um sabonete, coloquei-o em sua boca, empurrei-o para um lado e
para o outro, até saber que sua boca estava cheia de sabor de sabão. Então
eu o tirei e lhe disse para cuspir na pia.
Meu filho exclamou:
— Papai, esse sabão tem um gosto horrível!
Respondi:
— Sim, ele tem um sabor tão horrível quanto as palavras desagradáveis
que você disse ao seu irmão!
Nossos outros dois filhos ficaram fora do banheiro observando enquanto
seu irmão do meio cuspia bolhas pela boca. Eu podia ver claramente que, em
seu íntimo, eles estavam decidindo que nunca diriam as palavras “Eu odeio
você!”. Até onde eu sei, aquela foi a última vez em que aquelas palavras
foram faladas em nosso lar!
Inimizades:
Ao escrever Gálatas 5:19-21, Paulo incluiu “inimizades” em sua lista de
vilões das obras da carne. Em grego, essa palavra “inimizades” provém da
palavra echra, que expressa a ideia de uma intensa hostilidade que alguém
sente com relação a outra pessoa. É frequentemente usada para representar
inimigos em um conflito militar. No Novo Testamento, indica
principalmente um inimigo pessoal.
Essa é exatamente a mesma palavra usada em Lucas 23:12 para retratar a
animosidade, a hostilidade e o ódio que existiam entre Herodes Antipas e
Pilatos antes de se tornarem amigos durante o julgamento e a crucificação de
Jesus. Antes daquele momento, eles se odiavam. Dizer que eram inimigos
não é sequer suficiente para expressar a profunda animosidade que sentiam
um pelo outro. Eles eram inimigos amargurados, irascíveis e implacáveis
que desprezavam um ao outro — e tudo isso é expressado na palavra grega
echthra.
Essa palavra representa pessoas que não conseguem se relacionar bem
umas com as outras. Elas têm problemas profundos umas com as outras,
guardando ressentimentos, queixas, reclamações e rancores de longa data e
com raízes muito profundas. Ao longo do caminho, algo aconteceu que fez
com que uma delas, ou ambas, ficassem ofendidas. Em vez de deixarem de
lado a ofensa, elas se tornaram divididas, hostis e ferozmente opostas uma à
outra. Agora, são antagônicas, agressivas e ásperas. Elas se odeiam.
Guardam rancor e estão determinadas a se manter assim. Isso não soa como
a carne?
Se há ódio em seu coração, o Espírito de Deus quer que você perdoe e
libere a pessoa que o ofendeu. Eu percebo que a sua carne quer que o seu
ofensor se sinta mal, sofra emocionalmente, receba vingança por suas ações.
Mesmo que a sua carne por fim se disponha a oferecer uma versão muito
fraca de perdão, provavelmente ainda tentará infligir uma pequena punição
ao seu ofensor. Veja, isso é o que a carne produz! É por isso que ela precisa
ser crucificada! Se você desligar a carne e andar no Espírito, não demorará
para que a hostilidade e a animosidade sejam substituídas por amor, alegria,
paz e longanimidade!
Porfia:
A seguir, Paulo lista “porfia” como uma das obras da carne. Essa palavra
antiga é a palavra grega eris, que era usada em um contexto político para
descrever partidos políticos que tinham diferentes plataformas ou
programas. Por essa razão, em algumas traduções mais recentes do Novo
Testamento ela aparece como discórdia (NVI) ou rixas (AA). Em um
sistema democrático, as pessoas tendem a se alinhar politicamente com as
que têm opiniões semelhantes. Quando se reúnem, discutem os problemas e
concordam sobre suas opiniões políticas; então, passam a construir uma
plataforma a partir da qual possam promover seu próprio programa político.
Uma vez decidido o programa e iniciado a disputa a luta pode ser feroz.
Como você bem sabe, disputas políticas podem se tornar muito feias.
Frequentemente são faladas palavras sórdidas. Às vezes, afirmações falsas
são divulgadas por adversários que desejam desacreditar seus concorrentes.
Mentiras são frequentemente ditas e repetidas como fatos. Esse infeliz
comportamento de pessoas que concorrem a cargos públicos tem sido assim
desde a Grécia e a Roma antigas e o continuará sendo, porque essa é a
natureza da carne!
Ao nos escrever, Paulo usa essa palavra eris para descrever como a carne
entra em erupção para dividir famílias, destruir relacionamentos, arruinar
igrejas e afastar pessoas que antes se apoiavam. Pessoas ofendidas são
atraídas como um ímã a outras também ofendidas ou que se sentem
magoadas. Quando elas discutem seus sentimentos e percebem ter histórias
ou opiniões semelhantes, não demoram a começar a pensar que estão certas e
todos os outros estão errados! É aí que iniciam o processo de construir a sua
própria plataforma a partir da qual poderão dividir e promover o seu
próprio programa!
O apartamento em que minha família mora em Moscou estava vago há
muito tempo, porque a família dos proprietários se meteu em uma terrível
briga familiar sobre como o apartamento deveria ser alugado, quanto
deveriam cobrar de aluguel, o que deveria ser feito com o dinheiro do
aluguel e assim por diante. Os membros da família, anteriormente tão unidos,
tomaram partidos na acirrada luta e, por fim, a disputa os dividiu! Os dois
lados tinham a sua própria visão e não estavam dispostos a fazer concessões.
Essa atitude horrível é exatamente do que Paulo estava falando ao usar a
palavra eris em Gálatas 5:20.
Esse caso pode parecer extremo, mas acontece o tempo todo em famílias,
igrejas e empresas. A palavra eris (“porfia”) descreve um espírito
amargamente mesquinho, tão voltado aos seus próprios interesses e
ambições que prefere rachar e dividir a admitir que está errado ou fazer
qualquer concessão a um adversário! É exatamente por isso que ocorrem
divisões em igrejas e, com frequência, famílias se dissolvem. A maioria das
questões que trazem essa divisão sequer é tão importante. Porém, a carne
simplesmente odeia se render ou fazer concessões — admitir que está errada
ou ceder um milímetro. A carne prefere aumentar as proporções dos
problemas e causar estragos a deixar outra pessoa fazer as coisas à sua
maneira! Não permita que essa obra da carne opere em você!
Ciúme:
Paulo prossegue, afirmando que “ciúme” também constitui uma obra de
carne. Essa palavra “ciúmes” é muito usada em nosso mundo
contemporâneo; o que significa?
A palavra “ciúmes” provém do grego zelos, que frequentemente indica
entusiasmo, fervor, paixão, devoção ou uma ânsia de conseguir algo. É
dela que provém a palavra zelo. Em sentido negativo, retrata uma pessoa
que está perturbada porque outra pessoa realizou mais ou recebeu mais.
Essa pessoa está, portanto, ciumenta, invejosa, ressentida e cheia de
animosidade contra aquela que obteve o que queria. Como resultado de
não obter o que desejava, ela está irritada, enfurecida, irada, encolerizada,
indignada e nervosa por que a outra pessoa conseguiu o que queria! Em
suma, é possível dizer que essa pessoa está realmente indignada e irritada!
Ela não consegue se alegrar com a outra pessoa, por ser tão ciumenta.
Um exemplo perfeito do aspecto negativo da palavra zelos é encontrado
em Atos 7:9, que retrata o ciúme que os irmãos de José sentiram por ele. O
versículo diz: “Os patriarcas [os irmãos de José], invejosos de José,
venderam-no para o Egito...”. A palavra “invejosos” provém da palavra
zelos. Isso indica que os irmãos ficaram indignados com José. Após o verem
ricamente recompensado repetidas vezes por seu pai, eles não aguentaram
mais. Em vez de se alegrarem em função de seu irmão mais novo ser tão
amado, eles se enfureciam toda vez que José recebia uma bênção. Por fim,
ficaram tão cheios de ressentimentos contra José e foram tão dominados por
seu ciúme que o venderam como escravo.
É muito importante observar que Atos 7:9 diz que eles foram movidos por
inveja. Essa palavra zelos — inveja ou ciúme — é uma força tão poderosa
que o fará entrar em ação quando começar a operar em você. Infelizmente,
em geral irá levá-lo a fazer coisas prejudiciais ou das quais depois se
arrependerá. Portanto, não permita que os “ciúmes” operem no seu íntimo!
Essa obra da carne traz grande dor e destruição.
Ira:
A seguir, Paulo lista “ira” como uma obra da carne. A palavra “ira” vem
da palavra grega thumos, usada ao longo de todo o Novo Testamento para
representar uma pessoa que está literalmente fervendo de raiva por alguma
coisa. Embora a pessoa tente conter essa raiva empurrando-a para o fundo
de sua alma, de tempos em tempos ela explode. Quando isso acontece, é
como um vulcão que repentinamente explode o seu topo — queimando tudo
que está ao seu alcance ao lançar sua carga de lava mortífera derretida em
tudo que há à sua volta. Você já viu alguém explodir como estou
descrevendo neste momento?
A palavra grega thumos (“ira”) retrata claramente a imagem. Pessoas
ficam feridas, ofendidas ou perturbadas. Em vez de levar a ofensa à cruz e
ali lidar com ela, preferem meditar sobre a ofensa percebida. Quanto mais
pensam nela, mais perturbadas ficam. Logo, estão fervendo em seu íntimo.
Sabem que, se não fizerem algo rapidamente para se conter, dirão ou farão
algo realmente ofensivo — então, empurraram-na de volta, na tentativa de
manter a situação sob controle. Porém, se aquelas emoções de raiva nunca
forem devidamente tratadas, algum dia acontecerá algo que desencadeará a
sua liberação.
Talvez isso tenha acontecido a você. Em caso positivo, você pode pensar
que aquelas emoções desprezíveis se foram, mas se você nunca deixar o
Senhor lidar com elas ou com a situação que as criou, elas ainda estão
adormecidas dentro de você, apenas esperando o momento certo para serem
liberadas. Por fim, quando a pessoa que o havia deixado irado faz algo para
irritá-lo novamente, será como se alguém abrisse uma porta dentro de você,
liberando uma enxurrada de emoções abomináveis e ofensivas que
imediatamente vêm à tona! É aí que você fica emocionalmente
descontrolado, falando de uma forma que nunca deveria e dizendo coisas de
que mais tarde se arrependerá!
A palavra thumos ilustra perfeitamente o modo como a carne tenta lidar
com os problemas. Em vez de confrontá-los quando ocorrem, a carne diz:
“Basta engolir e guardar para você!”. A complicação é que, quando
armazena questões não resolvidas, elas simplesmente continuam a ferver no
seu íntimo. Você pode pensar que a questão acabou, mas a verdade é que ela
está fervendo e aguardando o momento da erupção. Mesmo que a carne
esteja tentando evitar o confronto, no fim a sua erupção cria algo ainda mais
abrasador e doloroso. Teria sido muito melhor lidar com o problema quando
ele surgiu!
Sei que confrontar pessoas e adversidades pode ser desafiador, mas o
caminho maduro é cuidar dos problemas logo que eles ocorrem. A carne age
adiando-os e depois explode de raiva.
Se alguma das obras da carne chamada de inimizade, porfia, ciúme ou ira
estiver tentando operar em sua vida, é hora de você pôr fim nessa fortaleza
agora mesmo. Vá ao Senhor e confesse que você permitiu que essas obras da
carne operassem em sua vida. Peça a Ele que o perdoe; depois peça-lhe que
o encha com o poder e a força de que você necessita para dizer não a essas
atitudes ímpias. Com a ajuda de Deus, você pode permitir que o Espírito
Santo produza o Seu fruto piedoso dentro de você!

Senhor, entrego as minhas atitudes a Ti hoje. Inimizades, porfias, ciúmes e iras agridem o
meu coração e destroem os meus relacionamentos. Não quero que façam parte de mim por
mais tempo. Eu me afasto dessas atitudes, Senhor. Eu me arrependo por permitir que elas
tenham lugar em minha vida. Confesso que elas são erradas e repugnantes tanto aos Teus
olhos quanto ao meu espírito. Eu Te peço que me dês a força de que necessito para
crucificar essas obras da carne e permitir que a vida de Jesus flua por meu intermédio!
Confesso que inimizades, porfias, ciúmes e iras não têm lugar dentro de mim. O Espírito de
Deus habita em mim e me ajuda a manter essas atitudes carnais fora do meu coração,
para que eu possa permanecer livre. Sou cheio com amor; eu me empolgo quando outras
pessoas são abençoadas; e nunca cedo à fúria ou ira. Isso simplesmente não tem lugar em
mim. Todos os dias estou me tornando mais cheio e controlado pelo Espírito de Deus!
PARA REFLETIR
1. Você já teve um daqueles momentos em que explodiu e disse coisas

ofensivas das quais mais tarde se arrependeu? Você ficou chocado
que coisas tão feias pudessem sair da sua boca? Qual foi o resultado
imediato desse comportamento? Ele ajudou a situação ou a piorou?
2. Quando isso ocorreu, o que você fez para comunicar às pessoas que
lamentava pelos seus atos? Se você não lhes disse que lamentava, o
que pensa que deveria ter feito? Se alguém fez isso a você, o que
você esperaria que essa pessoa fizesse ou dissesse para fazer as
pazes com você?
3. Você já fez parte de uma divisão da igreja? Em caso afirmativo, qual
foi o motivo da divisão?
18 DE JULHO
Discórdias, Dissensões, Facções

inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções...
O ro para que Deus esteja abrindo os seus olhos para ver as obras da
carne de uma nova perspectiva. Isso é claramente muito importante;
caso contrário, o Espírito Santo não teria incluído essa lista no Novo
Testamento. Cada palavra escolhida pelo Espírito Santo para descrever as
obras da carne é penetrante e poderosa. Não há espaço para mal-entendidos.
O Espírito de Deus quer que sejamos capazes de identificar as obras da
carne para sermos capazes de proibir as suas atividades em nossa vida.
Discórdia:
Ao continuar listando as obras da carne, Paulo passa ao tema da
“discórdia”. A palavra “discórdia” provém da palavra grega eritheia. É
muito semelhante à palavra eris, traduzida na versão King James como
“discórdias” e discutida na Pedra Preciosa de ontem.
A palavra eritheia descreve uma ambição egoísta, mais preocupada com
a própria pessoa e o cumprimento dos seus desejos, anseios e prazeres do
que com satisfazer às mesmas necessidades dos outros. Quando eritheia
está operando na vida de alguém, isso significa que cuidar de si mesmo e
obter o que deseja é a principal preocupação dessa pessoa. De fato, ela está
tão inclinada a obter o que quer, que está disposta a fazer qualquer coisa, a
dizer qualquer coisa e a sacrificar qualquer norma, regra ou relacionamento
para atingir os seus objetivos. É uma atitude egoísta e egocêntrica,
monopolizada por seus próprios desejos e ambições. Está tão voltada para
si mesma que está cega para os desejos ou ambições das outras pessoas.
Quando alguém tem essa atitude, certamente ferirá e ofenderá as pessoas.
Isso me faz pensar em um pastor que conheço na antiga União Soviética. Ele
está tão comprometido com a sua causa que não consegue ver nada além de
si mesmo. Se alguém menciona uma igreja diferente da sua, ele
imediatamente volta a conversa para a sua própria igreja, porque não
consegue tolerar alguém falando sobre qualquer coisa além da sua própria
obra. Essa característica dele dá a impressão de vaidade. De fato, não
conheço qualquer outro pastor da cidade onde ele vive que consiga se
relacionar bem com ele! Outros pastores passaram anos tentando estabelecer
ligações com esse pastor, mas a única coisa que ele faz é dar as costas e
fazer algo doloroso e ofensivo a todos os que tentaram fazer amizade com
ele. Dizendo em termos simples, a carne daquele homem está fora de
controle e destruiu muitas pessoas.
Se você se ouve falar sem parar sobre seus próprios projetos, sonhos e
aspirações, mas nunca dá uma parada a fim de perguntar a respeito dos
outros, talvez precise entrar na presença de Deus e deixá-lo falar com você
sobre egoísmo em sua vida. As pessoas de sua vida sabem tudo sobre você,
mas você não sabe nada sobre elas? Se a sua resposta for sim, o que isso diz
a respeito de sua atitude para com as outras pessoas? Você é atento aos
outros? Você pensa em maneiras de ser uma bênção para eles ou sempre
pensa em como os outros podem ser uma bênção para você?
A natureza da carne é simplesmente ser egocêntrica. Não se permita ser
assim! O Espírito de Deus habita em você — e se você ceder ao Espírito
Santo, Ele irá torná-lo compassivo e atento às necessidades dos outros. De
tempos em tempos, você terá de falar propositadamente com a natureza
carnal e dizer a ela para calar-se, a fim de que a vida de Jesus possa fluir do
seu espírito para identificar e atender às necessidades daqueles que estão à
sua volta.
Dissensões:
A palavra “dissensões” é derivada do grego dichostasia, composto pelas
palavras dicha e stasis. Dicha significa afastado, como em uma separação,
e stasis significa levantar-se ou rebelar-se. Quando unidas formando uma só
palavra, seu significado é se destacar, como alguém que se rebela e se
afasta de alguém a quem deveria ter sido leal. Assim, a palavra
“dissensão” dá a impressão de deslealdade.
A palavra statis é usada em Mateus, Marcos e Lucas para descrever a
insurreição que Barrabás havia liderado na cidade de Jerusalém. Seus atos
rebeldes tornaram-no um criminoso conhecido e desprezível na mente das
autoridades romanas. Ele havia liderado uma insurreição, uma dissensão —
um ato de dichostasia. Barrabás desafiou os poderes, rejeitou sua autoridade
e se afastou do seu governo, levando consigo outros rebeldes ao seguir seu
próprio caminho. Como frequentemente ocorre quando a carne sediciosa
segue o seu caminho, Barrabás e seus companheiros acabaram unindo todos
os rebeldes da cidade, em uma tentativa de derrubar o governo. Aquele foi o
ato máximo de desafio ou deslealdade a uma autoridade estabelecida.
Paulo lista “dissensão” como uma das obras da carne. É importante você
saber que a carne odeia regras, regulamentos e qualquer ordem que lhe é
imposta. É por isso que as crianças se rebelam contra seus pais, as mulheres
se rebelam contra seus maridos, as igrejas se rebelam contra pastores, e as
pessoas em geral se rebelam contra Deus. Desafio e rebelião à autoridade é
a fonte da maioria das guerras mundiais, guerras civis e conflitos regionais.
Noventa e nove por cento dos conflitos do mundo são por causa da carne que
se recusa a ser comandada e, assim, se levanta para desafiar a autoridade ou
as regras que não quer aceitar!
Esse é também o motivo de um lindo bebê jogar sua comida pela sala!
Quando um bebê age assim, ficamos imaginando como uma criança de
aparência inocente poderia se comportar tão mal. Porém, o motivo de uma
criança pequena ser capaz de agir tão desafiadoramente é por estar envolta
pela carne — e uma das obras da carne é ser rebelde e desafiador! A carne
simplesmente não quer ser comandada!
Por isso, quando você descobrir em sua carne cada vez mais raiva porque
seu chefe, seu pai ou seu pastor age como tendo autoridade em sua vida, é
tempo de você se acalmar e mortificar as obras da sua carne! Não ceda aos
seus desejos carnais afastando-se do seu líder designado por Deus. Se você
fizer isso, poderá se encontrar em companhia de rebeldes como Barrabás,
que se entregou tanto à sua rebelião a ponto de tentar liderar uma derrubada
do poder na cidade de Jerusalém. A sua lealdade é importante; a sua
deslealdade é prejudicial e destrutiva. Fique perto daqueles a quem Deus
chamou para serem seus líderes e seja fiel!
Facções:
“Facções” é o item seguinte da lista de Paulo das obras da carne. Essa
palavra provém da palavra grega hairesis. No Novo Testamento, ela tem um
significado singular e usado de maneira diferente do que na literatura
secular. Transmite a ideia de uma pessoa ou um grupo de pessoas sectárias.
A palavra “sectário” se refere a um grupo de pessoas que aderem à mesma
doutrina ou seguem ardentemente o mesmo líder. Habitualmente, os
adeptos de uma seita têm pouca amplitude de visão e são fechados a pessoas
de fora, permanecendo basicamente voltados a si mesmos. No tempo do
Novo Testamento, esses grupos eram considerados não autorizados porque
não se submetiam à autoridade de uma liderança da igreja.
Na linguagem contemporânea atual, poderíamos rotular esses grupos
sectários de “panelinhas” — grupos de pessoas que acreditam ou se
conduzem como se fossem exclusivas. Frequentemente, tais grupos atuam em
segredo para manter seus negócios, associações, contatos e interações
desconhecidos dos outros. Eles dão a impressão de ser melhores ou mais
esclarecidos do que as pessoas externas ao grupo ou de ter uma tarefa
especial que ninguém mais pode conhecer. Essa é a razão de eles manterem
as demais pessoas de fora e permitirem que tão poucos tenham uma visão
interna de sua comunhão, reuniões, conversas ou atividades.
Embora possa descrever diferentes escolas de pensamento, ramificações
ou subdivisões de um movimento, a palavra hairesis sugere basicamente
uma divisão, uma facção ou, como observado, um grupo não autorizado.
Em função de esse tipo de grupo ser considerado tão perturbador para a
Igreja Primitiva, e por não estar sob a cobertura espiritual de uma liderança
de igreja, o apóstolo Paulo o considerou herético — o que, nesse sentido,
significava causador de divisão. Os adeptos costumavam seguir um líder
que não era o pastor, mas agia como se tivesse autoridade espiritual, mesmo
que a liderança da igreja nunca lhe tivesse conferido tal autoridade. Esse
líder costumava exigir o máximo compromisso dos membros do grupo,
chegando a impor que o comprometimento de seus seguidores com ele e com
o grupo fosse maior do que seu compromisso com o corpo geral da igreja.
Sejamos realistas — a carne prospera em enganar-se achando que é
melhor, mais espiritual ou mais esclarecida do que qualquer outra pessoa.
Adora ser presunçosa, orgulhosa e arrogante. Gosta de ter um conceito
excessivamente elevado de si mesma. Adora ser egoísta, egocêntrica,
egocentrada e sente prazer em cuidar dos seus próprios interesses. E, se lhe
for permitido, a carne irá se separar em uma facção, uma divisão ou uma
seita. Ela gravitará em torno de outros cuja carne também quer acreditar que
eles são melhores do que os demais. Quando toda essa carne se reunir em um
único lugar, inevitavelmente formará, dentro da igreja, uma panelinha de
superelite tão fechada que ninguém mais conseguirá entrar — incluindo o
pastor!
Paulo era contra o elitismo espiritual e até mesmo o proibiu! Ele chegou a
incluí-lo em sua lista de vilões das obras da carne em Gálatas 5:19-21.
Nunca perca de vista o fato de você fazer parte de todo o corpo de Cristo.
Deus não deu a você nem a qualquer outra pessoa uma revelação ou verdade
tão especial que seja só para algumas pessoas. Você é um membro do corpo
de Cristo; por isso, aja como um! Não deixe a sua carne enganá-lo, fazendo-
o pensar que você é membro de uma classe espiritual superior! Diga à sua
carne para voltar à realidade e se ocupar em amar e servir aos outros
irmãos e irmãs da igreja local!
Senhor, não quero que essas obras da carne sejam ativas em minha vida! Eu me levanto
contra elas em nome de Jesus e anseio que o Espírito Santo produza o Seu fruto divino em
mim. Ajuda-me a ser sensível ao Teu Espírito e às necessidades dos outros, e a permanecer
alerta aos momentos em que a minha carne estiver tentando me levar em uma dessas
direções erradas!
Confesso que tenho a mente de Jesus Cristo e penso os pensamentos de Deus! Eu crucifico
a carne; mortifico os seus atos; e libero a vida de ressurreição de Jesus Cristo em mim!
Embora eu viva na carne, já não sou eu quem vive, mas Jesus Cristo vive em mim!
PARA REFLETIR
1. As pessoas de sua vida sabem tudo sobre você, mas você sabe muito
pouco sobre elas? Se a sua resposta é sim, o que isso lhe diz a
respeito da sua atitude para com os outros? Você dedica bastante
tempo a pensar em como você pode ser uma bênção para eles ou
sempre pensa em como eles podem ser uma bênção para você?
2. Considere novamente o fato de que a carne odeia ser comandada e
que ela se levanta para desafiar a figura de autoridade ou as regras
que ela não quer aceitar. Você é capaz de pensar em alguma área de
sua vida em que a sua carne está se rebelando neste momento contra
autoridades ou regras designadas por Deus?
3. Você já permitiu que a sua carne o enganasse, fazendo com que você
pensasse que é um membro de uma classe espiritual superior? Você
já viu um grupo agir assim em sua igreja? Em caso afirmativo, de que
maneira isso o afetou?
19 DE JULHO
Invejas, Homicídios, Bebedices, Glutonarias

inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e
coisas semelhantes a estas...
Q uando os líderes judeus levaram Jesus a Pilatos para ser criminalmente

julgado em um tribunal de justiça, Pilatos sabia que eles o fizeram
porque estavam com inveja da popularidade que Jesus estava conquistando
na nação. Marcos 15:10 diz: “Pois ele bem percebia que por inveja os
principais sacerdotes lho haviam entregado”.
A palavra “inveja” no versículo provém da palavra grega phthonos.
Retrata um sentimento hostil a alguém porque essa pessoa tem algo — uma
vantagem, um benefício, uma posição — que a outra não tem, mas gostaria
de ter. O sentimento desprezível para com a pessoa que tem uma vantagem
identificada é tão forte que aquela que sente “inveja” age para tirar a
vantagem da outra, com a esperança de que passe para si. Esse tipo de inveja
é mau, sinistro e repleto de malícia.
Marcos 15:10 nos diz que Pilatos conseguia enxergar os reais motivos dos
principais sacerdotes. Pilatos conhecia o verdadeiro problema: os principais
sacerdotes se sentiam ameaçados e inseguros por causa da crescente
popularidade de Jesus. Pilatos sabia que a insegurança estava levando os
principais sacerdotes a exigir que Jesus fosse acusado de um crime e
publicamente declarado culpado e crucificado. Embora os principais
sacerdotes agissem com um pretexto diferente, a questão real era evidente.
Eles queriam se livrar de Jesus para que a publicidade que havia se
concentrado nele retornasse ao sacerdócio, onde estivera antes de Jesus
entrar em cena. Essas atitudes horríveis e atos terríveis são comunicados
pela palavra “inveja” em Marcos 15:10.
Inveja:
Em Gálatas 5:19-21, Paulo incluiu “inveja” nas obras da carne. Conforme
observamos há pouco, a palavra “inveja” vem da palavra grega phthonos.
Implica em um profundo rancor por alguém possuir algo que uma pessoa
gostaria que fosse dela. Por ser conflituosa, a pessoa inveja o que a outra
possui e cobiça os pertences, realizações, relacionamentos ou títulos dessa
outra pessoa. Toda vez que o invejoso vê a pessoa invejada, fervilha
interiormente por causa do sucesso dela. Ele se ressente profundamente pela
bênção recebida por essa pessoa e tenta encontrar uma maneira de retirar
isso dela, para que possa se apossar de tal bênção.
No exemplo da passagem de Marcos, os principais sacerdotes tinham
inveja da aclamação que Jesus estava recebendo. Para se livrarem da
competição, eles decidiram matar Jesus. É assim que esse tipo de inveja
reage. Ela é tão forte que impele uma pessoa a tomar algum tipo de atitude
— na maioria das vezes, algum tipo de ação maligna projetada para acabar
com a pessoa que tem a vantagem.
Isso pode explicar por que a versão King James da Bíblia (em inglês)
menciona em seguida “homicídio”. O problema é que a palavra “homicídio”
não aparece na língua grega! Diante disso, somos obrigados a perguntar:
“Por que os tradutores inseriram a palavra “homicídio” se ela não aparece
no grego original?”. A única resposta possível é que eles perceberam que
essa “inveja” é tão forte que chegaria a levar uma pessoa a cometer
“homicídio” para obter o que quer.
Na literatura clássica há exemplos em que a palavra phthonos é usada
também para representar uma pessoa que usa os outros como degraus para
chegar onde ela quer estar em termos de dinheiro, prestígio e poder. Essa
é uma pessoa sem escrúpulos que usa e abusa das pessoas para obter as
coisas que deseja.
Talvez você tenha visto essa obra da carne ser manifestada no escritório,
em seu local de trabalho ou até mesmo em sua igreja. Você já testemunhou
um momento em que um colega de trabalho ou outro cristão tentou se
aproximar de você, mas mais tarde você descobriu que estava apenas
fingindo ser seu amigo? Na realidade, não queria ser seu amigo — só queria
estar perto de você para poder fazer amizade com alguém que você
conhecia. Para ele chegar a essa outra pessoa, tinha de passar por você.
Então, fingiu ser seu amigo para conquistar uma vantagem e, depois, deixou
você de lado.
Ou talvez alguém tenha agido como se quisesse ser seu amigo quando, na
verdade, tudo que ele queria era o seu emprego! Isso acontece no mundo
secular o tempo todo, mas não deveria acontecer dentro da igreja. Esse tipo
de comportamento é pernicioso, manipulador e cruel. Fere almas; faz com
que as pessoas sintam terem sido abusadas; e vulgariza o conceito de
amizade. Não admira Paulo chamar a inveja de obra da carne!
Na próxima vez em que você se sentir tentado a sentir inveja da bênção ou
posição de outra pessoa, invoque o Espírito de Deus para ajudá-lo a
mortificar essa obra da carne. Silencie-a propositadamente escolhendo
alegrar-se quando alguém for abençoado! O que você semeia é exatamente o
que colherá. Se você semear raiva, ressentimento e amargura, essa colheita
negativa voltará para você no futuro. Porém, se semear alegria por quem foi
abençoado e está à sua frente, chegará um momento em que as bênçãos
voltarão para você. Então, as pessoas se alegrarão com você pelo SEU
sucesso!
Bebedice:
A palavra “bebedice” provém da palavra methe, que se refere à bebida
forte ou à embriaguez. O consumo de vinho para ficar intoxicado era
comum no primeiro século, em virtude de as muitas religiões pagãs
empregarem o vinho como parte de suas práticas religiosas.
Por exemplo, a religião de Baco (a quem os gregos chamavam de
Dionísio) era centrada em vinho e intoxicação. De fato, Baco foi
denominado deus do vinho. Quando os adoradores estavam totalmente
inebriados por causa do consumo de vinho, deixavam de lado todas as
restrições e se entregavam por completo a toda tentação da carne. Nada era
proibido. Mergulhando nos mais vulgares excessos sexuais e atos anormais,
os participantes tentavam violar todos os códigos morais conhecidos,
cometendo os maiores extremos possíveis de pecado para experimentar um
reino de excesso nunca antes provado ou conhecido pelo homem. Esse era o
objetivo propositado dessa religião; como consequência, os participantes
eram levados a orgias pervertidas e descaradas. Sob a influência do vinho,
as pessoas fornicavam enquanto os sacerdotes batiam tambores e tocavam
címbalos, aumentando a fúria, as emoções e a paixão descontrolada do
momento.
Frequentemente, drogas eram misturadas com o vinho, fazendo com que os
participantes convulsionassem ou dançassem em círculos frenéticos. Esse
estado frenético era denominado entheos — um composto das palavras en e
theos. A palavra en significa em, e theos é a palavra para deus. Assim, se
uma pessoa estava entheos, estava “sob o controle de um deus”.
Curiosamente, é daqui que provém a palavra entusiasmo. Acredita-se que,
quando um participante caía em um desses momentos descontrolados e
frenéticos, havia ultrapassado a barreira moral e, agora, estava sob o
controle de um deus ou espírito. Essa experiência de entheos era o objetivo
final dos que participavam da religião de Baco.
O consumo de vinho era um fator-chave nessa religião pagã. Porém, Baco
não era a única religião que usava vinho. O uso dessa bebida era uma prática
generalizada em quase todas as religiões gregas e romanas. Recentes
escavações arqueológicas de cidades antigas testemunham o uso
predominante de vinho naquele tempo. Descobriu-se um grande número de
casas com enormes cavernas subterrâneas projetadas para armazenar um
grande suprimento de vinho. Em alguns desses locais, descobriu-se que as
casas tinham aberturas no chão por meio das quais uma pessoa podia
mergulhar na maciça provisão da bebida. O fato de tanto vinho estar
disponível em residências individuais demonstra claramente o importante
papel que ele desempenhava na sociedade do primeiro século.
Paulo sabia que, quando a carne se encharcava de vinho, uma pessoa
perdia a capacidade de pensar racionalmente, frequentemente levando a um
excesso devastador. Foi precisamente por isso que ele disse aos fiéis de
Éfeso: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução...” (Efésios
5:18). Essa palavra “dissolução” provém da palavra grega asotia, que
traduzida literalmente significa alguém que perdeu a capacidade de salvar-
se ou poupar-se. Essa é uma pessoa que desperdiça sua vida, esbanja seu
dinheiro ou profana seu corpo porque está bêbeda e não consegue pensar
corretamente. Em decorrência de uma mente alterada por consumo excessivo
de álcool, essa pessoa pensa de modo irracional, age de maneira
irresponsável e comete atos de excesso que normalmente nem seriam uma
tentação.
A principal religião pagã de Éfeso era a adoração de Ártemis. Essa era
outra religião que empregava grandes quantidades de vinho em sua
adoração. A Bíblia fornece uma forte indicação de que, embora tivessem
sido redimidos e libertos do templo de Ártemis, os cristãos de Éfeso
estavam permitindo que o consumo de vinho permanecesse uma
característica comum em suas vidas. Paulo os exortou a cessarem essa
prática, dizendo-lhes para deixarem de lado o vinho e, em vez disso, “se
encherem do Espírito”. Paulo sabia que quando estivessem sob a influência
do Espírito de Deus, aqueles cristãos seriam afetados positivamente! Sob
essa influência, eles seriam tão transformados que começariam a falar entre
si com salmos, hinos e cânticos espirituais, entoando e louvando de coração
ao Senhor (Efésios 5:19).
Um estado de embriaguez suprime a capacidade da mente de pensar
corretamente e libera a carne para se expressar totalmente. Os cristãos do
primeiro século estavam tentando se livrar do poder de sua carne. A última
coisa de que precisavam era beber vinho, inibir sua capacidade de pensar
corretamente, despertar a carne e, depois, fazer coisas pecaminosas ou
destrutivas! Por isso, Paulo os advertiu enfaticamente a abandonarem o
vinho! O consumo indisciplinado de vinho só leva às obras da carne!
Glutonaria:
A última palavra de sua lista das obras da carne é “glutonaria”. Essa
palavra interessante provém do grego komoi, que descreve uma procissão
festiva ou farra. A maioria das pessoas que veem a palavra “glutonaria”
imagina que ela se refere à embriaguez, à briga de rua ou a quem corre de
uma festa de bebedeira para a outra. É isso que você acha que essa palavra
significa? Vamos analisá-la e ver o que ela realmente significa no grego
original!
A palavra komoi (“glutonaria”) descreve uma pessoa que não consegue
suportar o pensamento de tédio e, portanto, está continuamente buscando
diferentes formas de diversão ou entretenimento. Essa pessoa tem na verdade
medo de ficar entediada, então considera constantemente o que pode fazer a
seguir para se divertir ou ficar entretida. A palavra komoi pode se referir a
uma pessoa que come sem parar em festas ou que busca risos e diversão
constantes. Certamente, nada há de errado com o riso; o problema dessa
pessoa é ser consumida pela necessidade de agitação, momentos alegres,
diversão, prazer, entretenimento ou alimentação constante. Ela vive para a
próxima refeição, o próximo restaurante, o próximo filme, as próximas
férias.
Em 2 Timóteo 3:4, Paulo profetiza que esse tipo de hedonismo seria um
problema especialmente predominante nos últimos dias. Ele escreveu que,
nos últimos dias, as pessoas seriam “amigas dos prazeres”. Essas palavras
provêm da palavra grega philedonos, composta pelas palavras philos e
hedone. Philos significa amar, e hedone significa algo de sabor doce ou
algo agradável. Na Grécia clássica, indicava exaltação do prazer,
especialmente significada pela liberdade de se expressar sexualmente.
Qualquer expressão sexual era permitida desde que as partes envolvidas
concordassem. Em outras palavras, não havia um padrão moral quando o
hedonismo governava a Grécia antiga. Em todas as cinco vezes em que a
palavra hedone é usada no Novo Testamento, é usada pejorativamente para
descrever a busca desenfreada de prazeres carnais.
Usando a palavra philedonos (“amigos dos prazeres”), Paulo nos diz
explicitamente que, nos últimos dias, as pessoas ficarão obcecadas pelo
prazer — alimentos, festas e entretenimento. Elas estarão preocupadas com
novos métodos para aliviar o tédio. A vida irá se tornar tão agradável e
permissiva que as pessoas comerão demais, serão preguiçosas, tirarão
folgas injustificadas do trabalho, viverão de dinheiro emprestado e
permitirão comportamentos morais questionáveis — enquanto pensam que
essa é uma maneira normal e aceitável de se viver.
Agora você percebe por que Paulo incluiu “glutonarias” em sua lista das
obras da carne, em Gálatas 5:19-21? A carne quer fugir da responsabilidade,
prosperar na diversão e evitar a seriedade da vida. Se você deixar a sua
carne guiá-lo, ela irá desperdiçar seu tempo, talentos e energias em coisas
que não são eternas. Você passará todo o seu tempo assistindo à televisão,
indo ao cinema e comendo em restaurantes — e no fim nada terá para
mostrar disso, senão toneladas de dívidas de cartões de crédito. Algum dia,
você pegará suas contas de cartão de crédito e perceberá que está afundado
em dívidas por causa de alguns momentos fugazes de prazer. Todas essas
buscas carnais realmente valem a escravidão das dívidas com a qual você
terá de conviver nos próximos anos?
Veja, isso é o que a carne quer fazer a você. Ela diz: “Vamos lá, você irá
se sentir muito bem se fizer isso. É verdade que provavelmente você não
deveria, mas só mais uma vez não fará mal. Além disso, o que mais você
tem para fazer? Em casa não há o que fazer!”.
A verdade é que há muito a fazer em casa! Você poderia estar lendo a
Bíblia; brincando com seus filhos; desenvolvendo seu relacionamento com
seus irmãos e irmãs; visitando seus vizinhos; voluntariando-se para servir
em alguma área de sua igreja; cortando a grama do jardim; aprendendo a
cozinhar; limpando a garagem; ou lendo um livro e desenvolvendo a sua
mente. Há muitas coisas que você poderia fazer, que seriam saudáveis para
você e sua família!
Por isso, na próxima vez que a sua carne disser “Não há o que fazer! É
tão tedioso!”, simplesmente dê uma olhada em sua garagem; verifique a
condição do seu quintal; ou verifique o guarda-roupa. Penso que você verá
que há muito a fazer para não ficar entediado! Sua carne poderá se esquivar
de fazer essas coisas, mas depois você se sentirá como um campeão! Você se
sentirá muito bem por não ter feito mais dívidas por mais coisas de que não
necessita. Ficará muito grato por não ter desperdiçado o seu precioso tempo
fazendo coisas que não importam. E se sentirá muito vitorioso por realizar
algo que precisou da sua atenção durante muito tempo! Alguém diga
“Amém!”.
Senhor, ajuda-me na próxima vez em que eu for tentado a ter inveja da bênção ou posição
de outra pessoa. Ajuda-me a manter minha cabeça no lugar e a não permitir em minha
vida coisas que irão reanimar a minha carne e me agitar para fazer coisas pecaminosas
ou erradas. Perdoa-me por pensar que tenho de me divertir constantemente. Lamento
muito ter desperdiçado tanto tempo e dinheiro em coisas que não importam. Não quero
mais ser dominado pela minha carne. Hoje estou clamando a Ti para me ajudares a me
libertar dos meus padrões passados para poder começar em um caminho novo e elevado!
Confesso que não sou dominado pela carne, e sim pelo Espírito de Deus. Estou
completamente comprometido com o senhorio de Jesus Cristo e com fazer com minha vida
o que mais agrada a Ele. Eu me recuso a deixar minha carne me desviar, e decidi tomar a
minha cruz e seguir para onde quer que Jesus me leve. Encaro a vida a sério; estou
determinado a fazer o que Deus quiser que eu faça; e sou um bom mordomo de meu tempo,
recursos e talentos.
PARA REFLETIR
1. Na próxima vez em que você se sentir tentado a ter inveja da bênção

ou posição de outra pessoa, o que fará a respeito? Lembre-se de que
o que você semeia é exatamente o que você colherá!
2. Que mudanças você precisa fazer em sua vida para parar de reativar
e recarregar o poder de sua carne? Há algum hábito, hobby,
preocupação ou relacionamento que incentiva você a pensar ou a agir
de maneira errada?
3. Na próxima vez em que a sua carne disser “Não há o que fazer! É
tão tedioso!”, o que você fará? Pegará um jornal para ver o que está
em cartaz no cinema local ou decidirá fazer algo produtivo e
edificante?
20 DE JULHO
Você Pratica o Pecado em Sua Vida?

...invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos
declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas
praticam.
— Gálatas 5:21
Q uando eu era novo no Senhor e li a lista das obras da carne em Gálatas

5:19-21, temi posteriormente não ser aceito no Reino de Deus se
alguma vez caísse involuntariamente em uma delas. Foi o que pensei que
Paulo quis dizer com “... não herdarão o Reino de Deus os que tais coisas
praticam”. Eu me perguntei: um ato ocasional e involuntário da carne
impediria que eu ou outra pessoa entrasse no Reino de Deus? O que
significa “os que tais coisas praticam”? Cair em uma dessas más
condutas uma vez significa que está tudo acabado para mim?
Então, quando comecei a aprender o grego do Novo Testamento, uma de
minhas maiores prioridades foi estudar Gálatas 5:21 para ver exatamente o
que o grego original estava dizendo. O que descobri me trouxe grande alívio
e acredito que trará confiança também ao seu coração e à sua mente.
Ao dizer “... não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam”,
Paulo usa a palavra “praticam”, do grego prasso, que tem esse mesmo
significado. Se ele tivesse usado a palavra grega poieo, que significa fazer,
teria se referido a um ato ocasional, mas escolheu cuidadosamente usar a
palavra prasso, que comunica conclusivamente a ideia de algo que é feito
de maneira repetida ou habitual. Esses são os atos de uma pessoa que pôs
essas coisas em prática em sua vida, realizando-as como uma questão de
rotina. Esses atos são seu ritual, sua norma, seu padrão de vida. Assim, o
versículo poderia ser traduzido como “... não herdarão o Reino de Deus
aqueles que colocam essas coisas em prática em suas vidas e fazem tais
coisas rotineiramente como estilo de vida”.
Façamos uma rápida revisão da lista das obras da carne que não devem
ser rotineiramente praticadas ou habitualmente realizadas:
Prostituição: a palavra grega porneia descreve qualquer relacionamento
sexual que ocorra fora dos limites santificados do casamento (ver 15 de
julho).
Impureza: a palavra grega para “impureza” se refere a pensamentos
indecentes ou impuros que acabam produzindo atos indecentes ou impuros.
Sugere fortemente que esses atos começam na mente como pensamentos
impuros antes de se manifestarem como atos impuros (ver 15 de julho).
Lascívia: no texto grego, essa palavra descreve o excesso, mas se refere
basicamente ao consumo excessivo de alimentos ou a uma vida
descontrolada e indisciplinada que é especialmente marcada por sexo
desenfreado (ver 15 de julho).
Idolatria: a palavra grega eidololatria retrata a adoração de ídolos ou
simplesmente “idolatria”. O ato de idolatria acontece quando um indivíduo
dá sua completa e total atenção, devoção, paixão, amor ou compromisso a
uma pessoa, um projeto ou outro objeto que não seja Deus. Quando algo que
não é Deus ocupa o primeiro lugar na mente de uma pessoa, ela entrou pelo
menos até certo ponto no pecado de idolatria (ver 16 de julho).
Feitiçaria: a palavra “feitiçaria” provém da palavra grega pharmakeia,
que significa medicamentos ou drogas que inibem a personalidade de uma
pessoa ou alteram o seu comportamento. Nós chamaríamos essas drogas de
alucinógenos. A palavra grega pharmakeia é de onde provêm as palavras
fármacos e farmácia. Essa palavra era usada em conexão com feitiçaria,
magia ou bruxaria. Entretanto, para os nossos propósitos no mundo atual, a
palavra “feitiçaria” descreve as tentativas de a carne evitar ser confrontada
e transformada (ver 16 de julho).
Inimizade: a palavra grega echthra retrata pessoas que não conseguem se
relacionar bem. Elas têm profundos problemas umas com as outras,
guardando ressentimentos, queixas, reclamações e rancores que datam de um
passado muito distante e têm raízes muito profundas. Ao longo do caminho
ocorreu algo que fez com que uma ou as duas se ofendessem. Em vez de
relevar, elas ficam divididas, hostis e ferozmente opostas uma à outra. São
incompatíveis, agressivas e implacáveis. Elas se odeiam mutuamente. São
rancorosas e estão determinadas a se agarrar à sua ofensa (ver 17 de julho).
Porfia: a palavra grega eris representa um espírito amargamente cruel, tão
dominado por seus próprios interesses e ambições pessoais, que prefere
rachar e dividir a admitir estar errado ou ceder um milímetro a um oponente!
É exatamente por isso que as igrejas acabam sendo divididas e,
frequentemente as famílias se dissolvem. A maioria das questões que
provocam essa divisão não são assim tão importantes. Não obstante, a
divisão ocorre porque a carne simplesmente odeia se render, admitir que
está errada, permitir que a outra pessoa esteja certa ou fazer concessões. A
carne prefere aumentar as proporções dos problemas e causar estragos a
deixar outra pessoa fazer as coisas à sua maneira! (Ver 17 de julho).
Ciúme: a palavra grega zelos é usada em um sentido negativo para
descrever alguém que está perturbado porque outra pessoa realizou mais ou
recebeu mais; portanto, a primeira pessoa é ciumenta, invejosa, ressentida e
cheia de maus pensamentos para com a outra pessoa que recebeu a bênção
que ela queria. Como resultado de não conseguir o que desejava, a primeira
pessoa está irritada, furiosa, irada, contrariada, aborrecida e nervosa por a
outra ter conseguido! Em suma, poderíamos dizer que essa pessoa está
realmente indignada e enfurecida! (Ver 17 de julho).
Ira: a palavra grega thumos é usada em todo o Novo Testamento para
representar uma pessoa que está literalmente fervendo de raiva por algo.
Embora ela tente conter essa raiva empurrando-a para dentro de sua alma,
ela explode intermitentemente. Quando isso acontece, essa pessoa é como
um vulcão que repentinamente explode seu topo, queimando tudo ao seu
alcance ao lançar sua carga de lava mortífera derretida tudo que há à sua
volta! (Ver 17 de julho).
Discórdia: a palavra eritheia descreve uma ambição egoísta, mais
preocupada consigo mesma e com o cumprimento dos seus próprios desejos
e prazeres do que com satisfazer às necessidades dos outros. Quando
eritheia está operando na vida de alguém, isso significa que a principal
preocupação de uma pessoa é cuidar de si mesma e obter o que deseja. Ela
está tão inclinada a obter o que quer, que está disposta a fazer qualquer
coisa, dizer qualquer coisa ou sacrificar qualquer norma, regra ou
relacionamento para atingir os seus objetivos. Por ser egoísta, egocêntrica e
monopolizada por seus próprios desejos e ambições, essa atitude fica cega
aos desejos e ambições das outras pessoas (ver 18 de julho).
Dissensão: a palavra grega dichostasia significa afastar-se, como alguém
que se rebela e se afasta de outra pessoa a quem deveria ter sido leal.
Assim, a palavra “dissensão” dá a impressão de deslealdade. Ela é o ato
supremo de deslealdade ou rebeldia contra uma autoridade estabelecida (ver
18 de julho).
Facção: a palavra grega hairesis transmite a ideia de um grupo de
pessoas que aderem à mesma doutrina ou seguem ardentemente o mesmo
líder e são sectárias. Os adeptos de uma seita costumam ter amplitude de
visão e são fechados a pessoas de fora, permanecendo basicamente voltados
a si mesmos. No tempo do Novo Testamento, esses grupos eram
considerados não autorizados porque não se submetiam à autoridade da
liderança da igreja. Na linguagem contemporânea atual, poderíamos rotular
esses grupos de “panelinhas” — grupos de pessoas que acreditam ser
exclusivas ou se portam como se o fossem (ver 18 de julho).
Inveja: a palavra grega phthonos implica em um rancor profundo porque
alguém possui o que uma pessoa desejaria que fosse dela. Por ser
conflituosa, a pessoa inveja o que a outra possui e cobiça os pertences,
realizações, relacionamentos ou títulos dessa outra pessoa. Toda vez que o
invejoso vê aquela pessoa, fervilha interiormente por causa do sucesso dela.
Ele se ressente profundamente da bênção daquela pessoa e tenta encontrar
uma maneira de retirar isso da pessoa invejada, para que possa se apossar
de tal bênção (ver 19 de julho).
Bebedice: a palavra grega methe se refere à bebida forte ou à
embriaguez. O consumo de vinho para ficar intoxicado era comum no
primeiro século, pois muitas religiões pagãs empregavam-no como parte de
suas práticas religiosas. Um estado de embriaguez suprime a capacidade da
mente de pensar corretamente e libera a carne para se expressar totalmente.
Os cristãos do primeiro século estavam tentando se livrar do poder de sua
carne. A última coisa de que eles precisavam era beber vinho, inibir sua
capacidade de pensar corretamente, despertar a carne e, depois, fazer coisas
pecaminosas ou prejudiciais! Foi por isso que Paulo os advertiu
enfaticamente a abandonarem o vinho! (Ver 19 de julho).
Glutonaria: a palavra grega komoi descreve uma pessoa que não
consegue suportar o pensamento de tédio e, por isso, busca constantemente
formas de diversão ou entretenimento. Na verdade, essa pessoa tem medo de
ficar entediada; por isso, considera constantemente o que pode fazer a seguir
para se divertir ou ser entretida. A palavra komoi pode se referir a uma
pessoa que come sem parar em festas ou que busca risos e diversão
constantes. Embora nada haja de errado com o riso, essa pessoa é consumida
pela necessidade de agitação, momentos alegres, diversão, prazer,
entretenimento ou alimentação constantes. Ela vive para a próxima refeição,
o próximo restaurante, o próximo filme, as próximas férias (ver 19 de julho).
E coisas semelhantes a essas: Paulo termina a lista das obras da carne
com essa frase em grego, que nos alerta para o fato de que ela não é
abrangente; é apenas o início das obras da carne! Muitos outros exemplos de
obras da carne poderiam ser adicionados a essa lista, mas Paulo usa esses
exemplos de como a carne se comporta, terminando a lista já que frisou bem
o seu argumento para os leitores.
Lembre-se de que ao escrever “... não herdarão o reino de Deus os que
tais coisas praticam”, Paulo usou um tempo grego que significa claramente
que ele está falando sobre as pessoas que realizam essas coisas como estilo
de vida ou são habitualmente controladas por pensamentos ou atos carnais.
Para essas pessoas, as obras da carne constituem seu ritual, norma, padrão
de vida. Por isso, preciso lhe perguntar:
• Você comete adultério rotineiramente?

• Você vive em fornicação rotineiramente?
• Você se permite ter pensamentos impuros rotineiramente?
• Você se excede rotineiramente em pecados sexuais ou glutonaria?
• Você entrega rotineiramente seu coração e sua devoção à idolatria a
outras coisas além de Jesus?
• Você foge da verdade rotineiramente, como aqueles que participavam
de feitiçaria?
• Você permite rotineiramente que o ódio prospere em seu coração e em
sua alma?
• Você exibe rotineiramente um espírito amargamente cruel dominado por
seus próprios interesses?
• Você se permite rotineiramente ter ciúme, rancor e inveja do que os
outros possuem?
• Você perde rotineiramente o controle, se torna furioso e dá lugar a
explosões destrutivas?
• Você é rotineiramente tão egocêntrico a ponto de ficar cego aos desejos
ou necessidades dos outros?
• Você rotineiramente se rebela e vive em rebeldia contra as autoridades
ou se mostra desleal?
• Você age rotineiramente como se você e sua “panelinha” exclusiva
fossem superiores a outras pessoas?
• Você cobiça rotineiramente pertences, realizações, relacionamentos ou
títulos de outras pessoas?
• Você permite de forma rotineira e deliberada que a sua carne siga
livremente as suas tentações?
• Você vive rotineiramente para o próximo momento de prazer carnal?
Se você faz essas coisas rotineiramente, precisa se empenhar muito em

saber se é genuinamente um filho de Deus.
Como você verá na Pedra Preciosa de amanhã, é impossível um
verdadeiro cristão continuar habitualmente em pecado. Se essas obras da
carne são a norma, o padrão, a rotina da vida de uma pessoa, isso pode ser
uma indicação de que ela nunca nasceu de novo — indicando, assim, a razão
para ela não herdar o Reino de Deus.
Se você luta ocasionalmente com o pecado, então vá até Deus e permita
que Ele lhe mostre como Ele vê o seu pecado. Receba uma revelação do que
o pecado é — quão doloroso ele é para o coração de Deus e quão
prejudicial é para a sua própria alma. Então, peça-lhe para perdoá-lo e
purificá-lo — e Ele o fará! Porém, se você faz rotineiramente muitas dessas
coisas como estilo de vida, acredito que precisa ir a Deus e pedir a Ele que
lhe diga a verdade sobre a sua condição espiritual! Você não pode se dar ao
luxo de cometer um erro nessa questão eterna!
Senhor, eu Te agradeço por me salvares pelo poder de Deus. Ajuda-me a deixar de lado as
obras da carne de uma vez por todas. Ensina-me a andar no Espírito. Sei que Tu
concebeste uma vida poderosa para mim e quero entrar nessa vida em toda a sua
plenitude. O desejo de meu coração é conhecê-lo melhor e caminhar contigo; por isso,
hoje estou pedindo que o Teu espírito me impulsione a essa nova e elevada maneira de
viver!
Confesso que NÃO realizo rotineiramente as obras da carne. Como um genuíno filho de
Deus, vivo para agradar a meu Pai Celestial e sinto repulsa pelo pecado quando ele tenta
operar em minha vida. Meu espírito é sensível a Deus e meu coração é sensível à voz do
Espírito Santo. Eu odeio o pecado e as suas consequências, e faço tudo que posso para
viver e permanecer na presença de Deus!
PARA REFLETIR
1. Alguma das obras da carne citadas neste capítulo ocorre

rotineiramente em sua vida? Em caso afirmativo, de que maneira a
Pedra Preciosa de hoje o afeta?
2. O Espírito Santo tem tentado tratar com você sobre determinadas
obras da carne que estão operando em sua vida? Quais são essas
áreas? Você permitirá que Ele elimine de sua vida essas atitudes
repugnantes?
3. Você precisa dedicar algum tempo hoje para comparecer perante o
Senhor e confessar o seu pecado? Se a sua resposta for sim, não saia
do seu lugar tranquilo até tê-lo feito. Você precisa responder a Deus
enquanto o seu espírito está sensível ao que Ele está falando a você.
21 DE JULHO
Um Verdadeiro Filho de Deus Não Pode Seguir

Praticando Pecado Habitualmente!
Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem
o conheceu.
— 1 João 3:6
U m verdadeiro filho de Deus não pode manter um estilo de vida de

pecado habitual! É impossível! De fato, se alguém afirma ser um filho
de Deus, mas continua em uma vida de pecado, é mais do que provável que
nunca tenha, genuinamente, nascido de novo. Veja, a Bíblia deixa claro que é
simplesmente impossível um filho fiel de Deus continuar em uma vida de
pecado! Hoje quero lhe contar o motivo de isso ser impossível.
O versículo 6 do capítulo 3 da primeira carta de João diz: “Todo aquele
que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o
viu, nem o conheceu”. Você percebe a palavra “pecando” usada duas vezes
nesse versículo? Nos dois casos, o tempo grego indica uma ação contínua, o
que significa que o versículo poderia ser mais precisamente traduzido como:
“Quem permanece nele não segue pecando de forma contínua e habitual
como estilo de vida; quem segue pecando de maneira contínua e rotineira
como estilo de vida não o viu nem o conheceu”.
Percebo que essa é uma afirmação muito forte, mas foi precisamente isso
o que João nos disse. Segundo esse versículo, qualquer pessoa que continua
a viver em pecado constante não conhece Jesus. Pode ser que esse indivíduo
tenha se aproximado do Reino de Deus e até mesmo provado os poderes
dele. Porém, o fato de ele ter mantido ininterruptamente a prática do pecado
mostra que nunca se tornou um verdadeiro filho de Deus. O fato de sua vida
nunca ter mudado demonstra que a sua natureza nunca foi transformada. Foi
exatamente isso o que João escreveu em 1 João 3:6.
João prossegue, dizendo-nos: “Todo aquele que é nascido de Deus não
vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente;
ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus” (1 João 3:9).
Novamente, o tempo da palavra traduzida como “vive” indica uma ação
contínua, o que significa que o versículo poderia ser traduzido como: “Todo
aquele que nasceu de Deus simplesmente não pode seguir pecando
continuamente...”. E, então, João nos diz por quê!
Ele escreve: “... pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse
não pode viver pecando, porque é nascido de Deus”. A palavra “semente”
provém da palavra grega sperma — sim, é dela que provém a nossa palavra
espermatozoide.
Segundo esse fenomenal versículo, Deus injetou Sua própria semente em
você no dia em que você entregou a sua vida a Cristo! Assim como o
espermatozoide de um pai humano carrega o DNA desse pai, a semente de
Deus — a Palavra de Deus — carrega a vida e a natureza de Deus. Quando
foi implantada no seu interior, essa semente divina transmitiu ao seu espírito
a exata natureza do próprio Deus.
Pedro se referiu a esse evento milagroso ao escrever que nós somos “...
regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a
palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (1 Pedro 1:23). Isso significa
que no dia em que você foi salvo essa semente divina veio correndo ao seu
espírito, carregando dentro dela a vida e a natureza de Deus para lhe dar
uma nova natureza. Assim como uma semente humana produz uma vida
humana, a semente divina de Deus começou imediatamente a produzir a vida
de Deus dentro de você.
Em Gênesis 1, Deus declarou uma lei espiritual — que todo ser vivo
produz outro segundo a sua própria espécie (vv. 21,24,25): Os seres
humanos produzem seres humanos; cavalos produzem cavalos; plantas
produzem plantas; e assim por diante. Esse princípio é verdadeiro também
no domínio espiritual. No dia em que foi plantada em você, a semente divina
de Deus transportou para o seu espírito a natureza exata do próprio Deus,
com a plena expectativa de que Sua própria vida e natureza fossem
reproduzidas dentro de você. Foi por isso que os seus desejos mudaram
repentinamente depois de você nascer de novo. Foi também por isso que
você se sentiu tão mal com relação ao pecado que anteriormente não o
incomodava e se tornou tão determinado a possuir uma vida santa. Você já
não era mais o mesmo, porque tinha uma nova natureza. A natureza do
próprio Deus havia sido plantada em você!
É por isso que uma pessoa genuinamente nascida de novo não pode
prosseguir de forma constante com seus padrões pecaminosos do passado.
Sua nova natureza irá levá-lo a ser diferente, a ser santo, a ser semelhante a
Deus. Seu espírito nascido de novo irá sofrer e se entristecer se forem
cometidos pecados, porque tais atos violam a nova natureza que foi
implantada em seu espírito. Se uma pessoa continua em pecado como se
nada tivesse acontecido dentro dela, provavelmente nada é exatamente o que
aconteceu! Mais do que provavelmente, ela nunca nasceu de novo, porque,
se tivesse nascido de novo, aquela nova natureza de Deus em seu interior
não permitiria que ela continuasse a viver constantemente em pecado.
O que isso significa para você e para mim? Se uma pessoa que afirma ser
nascida de novo segue ininterruptamente em pecado frequente, podemos
entender isso como um forte indicador de que provavelmente ela nunca
nasceu de novo. Essa pessoa pode ter se aproximado do Reino de Deus;
pode até ter aprendido a linguagem dos santos. Porém, o fato de seus atos
estarem inalterados indica que a sua natureza nunca foi transformada. Se
realmente tivesse sido cheia com a semente divina de Deus, essa semente
vivificante iria tê-la transformado tanto, que não seria capaz de continuar
vivendo como havia vivido no passado.
É por isso que digo que as pessoas que afirmam conhecer o Senhor, mas
suas vidas nunca refletem uma transformação, devem questionar se realmente
nasceram de novo. Certa vez, o grande pregador Charles Finney comentou
que provavelmente a maioria das pessoas que frequentam a igreja não
nasceram de novo. Quando lhe perguntaram por que acreditava nisso, Finney
observou que era impossível que verdadeiros filhos de Deus vivessem em
pecado evidente, como fazem muitos fiéis. Finney fez essa declaração há
mais de cem anos. Ao observar a quantidade de pecado tão predominante na
Igreja hoje, leva-me a pensar: quantas pessoas que frequentam a igreja
atualmente não são genuinamente nascidas de novo?
• Será que muitas que afirmam conhecer o Senhor realmente não
nasceram de novo e, em vez disso, só ficaram “iluminadas” ao se
aproximarem do Reino de Deus?
• Se alguém fosse realmente nascido de Deus, poderia continuar a viver
em evidente pecado, com suas atitudes e seus atos totalmente
inalterados?
• João não nos diz que é impossível uma pessoa continuar em pecado
constante se a natureza de Deus residir genuinamente em seu coração?
• Você não acha trágico que muitas pessoas que frequentam a igreja
semana após semana, presumindo ser salvas, podem não ser realmente
salvas?
O versículo 9 do capítulo 3 da primeira carta de João declara claramente

que um autêntico filho de Deus não pode cometer e viver rotineiramente em
pecado ininterrupto. Por ter sido “nascido de Deus”, ele está tão
interiormente transformado que isso o afeta externamente. Ele age de
maneira diferente porque ele é diferente. Agora, a semente de Deus reside
em seu espírito e essa semente está produzindo nele a vida de Deus;
portanto, ele pensa, se comporta e age como filho de Deus.
Por outro lado, se a vida de uma pessoa não imita Deus, talvez isso seja
uma indicação de que ela nunca recebeu a divina semente de Deus em seu
espírito. Se a semente de Deus tivesse sido implantada nela, teria causado
mudanças claras e visíveis em sua vida.
Você precisa se lembrar de que no tocante às obras da carne Paulo disse:
“... não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam” (Gálatas
5:21). A palavra “praticam” provém do grego prasso, que significa praticar.
O grego expressa a ideia de uma pessoa que pratica essas coisas
rotineiramente. Esses atos constituem seu ritual, norma, estilo de vida. Isso
significa que o versículo poderia ser assim traduzido: “... quem põe essas
coisas em prática e as faz rotineiramente não herdará o reino de Deus”.
Essa não é a história de alguém que perdeu sua salvação, e sim de alguém
que pensou ser salvo, mas nunca realmente possuiu a genuína salvação. Se
realmente tivesse sido salvo, não teria sido capaz de continuar tendo uma
vida de constante pecado. O apóstolo João deixou isso enfaticamente claro
em 1 João 3:9.
Nada é mais importante do que a sua salvação, amigo. Se você cometer
um erro em relação à sua condição espiritual, é um erro do qual você irá se
arrepender por toda a eternidade. Por essa ser uma questão vital e eterna,
aconselho você a examinar cuidadosamente a sua própria vida para ver se
você reflete a vida e a natureza de Deus.
• A sua vida revela que a sua natureza foi transformada?

• Ou você continuou sem interromper suas velhas atitudes e atos
pecaminosos desde o momento em que pensou ter sido salvo?
• A sua vida cotidiana demonstra evidências claras da sua salvação ou
você simplesmente acabou de aprender a linguagem dos cristãos e
como se comportar entre os crentes?
Essa questão é demasiadamente séria para você cometer um erro. Se essas

perguntas o perturbam, disponha de um tempo para deixar o Espírito Santo
falar ao seu coração e lhe contar a verdade. Se a sua vida der provas de que
você é salvo, alegre-se! Porém, se uma avaliação honesta revelar que você
só se tornou mais religioso, mas nunca mudou realmente, talvez você precise
reconsiderar se já foi realmente salvo.
Se você descobrir que essa última declaração é a que melhor o descreve,
é tempo de alinhar o seu coração com Deus. Não permita o orgulho o impeça
de fazer o que é certo. Muitas pessoas terão um destino eterno no inferno
porque não conseguiram suportar o pensamento de admitir publicamente que
não eram salvas. Não deixe o orgulho impedi-lo de fazer o que é certo. A
questão de saber onde você passará a sua eternidade é demasiadamente
importante para ignorar! Determine-se a deixar de lado o orgulho para
poder fazer o que o Espírito de Deus está recomendando enfaticamente
que você faça!

Senhor, eu Te agradeço por colocares a Tua vida divina em meu interior! Tu mudaste toda
a minha visão da vida e me destes novos desejos. Sou muito grato a Ti por teres feito tal
transformação em mim. Eu sou verdadeiramente uma nova criatura com novos desejos,
novos anseios e novas aspirações. Sou muito grato porque, quando olho para a minha
vida, posso ver Tua vida e Tua natureza operando em mim!
Confesso que tenho uma nova natureza com novos desejos! Não sou a pessoa que
costumava ser. Ao olhar para mim, fica evidente que a nova natureza de Deus está viva e
operando dentro de mim. A Sua divina semente está reproduzindo a vida de Deus em mim
para que, todos os dias, eu esteja pensando mais como Deus, agindo mais como Deus e
possuindo menos tolerância a qualquer pecado que ainda possa estar operando em minha
vida. Não tenho de me perguntar se sou realmente salvo, porque a minha vida dá provas
de que recebi uma natureza totalmente nova!
PARA REFLETIR
1. Você já conheceu alguém que afirmava ser nascido de novo, mas que
nunca testemunhou qualquer mudança em seu estilo de vida,
comportamento, atitudes ou atos? Isso fez você se perguntar se aquela
pessoa era realmente salva?
2. Se você conhece alguém que afirma ser filho de Deus, mas continua
mantendo um estilo de vida de pecado, o que a vida não transformada
dessa pessoa lhe indica agora?
3. Quais transformações ocorreram em você quando recebeu Jesus
Cristo em seu coração? Por que você não escreve algumas das
maiores transformações ocorridas desde que você nasceu de novo?
Poderia ser interessante você ver quanto a sua vida se transformou!
22 DE JULHO
Isso é o Que o Espírito Santo Quer Produzir Em Você!

Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade,
mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.
C erto dia, enquanto visitávamos uma aldeia remota no sul da Moldávia,

uma preciosa família moldava convidou nossa família a ir à sua casa
para almoçar. Ao chegarmos, pudemos ver uma enorme mesa montada fora
da casa, sob uma varanda. A varanda era coberta por exuberantes vinhas
verdes carregadas com as maiores uvas que eu já vira em qualquer lugar do
mundo.
Sentado ali com Denise e os nossos meninos, olhei para cima para
admirar as uvas verdes, brancas, vermelhas e roxas — mesclas de uvas que
eu nunca havia visto. Logo chegou a hora da sobremesa, mas em vez de
sorvete ou bolo, foram colocados sobre a mesa diante de nós enormes pratos
transbordando de uvas. Nunca havíamos visto uvas tão rechonchudas e
coloridas; então, no início, só as olhamos surpresos. Quando, por fim, as
colocamos na boca e mordemos, os sucos literalmente fluíram. Aquele foi o
fruto mais doce que já havíamos experimentado em nossa vida! Minhas
papilas gustativas quase conseguem saboreá-las novamente agora ao
escrever sobre isso.
Um fruto é maravilhoso! É saudável, benéfico e delicioso. Essa é uma das
razões para o apóstolo Paulo usar a palavra “fruto” para descrever as coisas
maravilhosas que o Espírito Santo quer produzir dentro de nossa vida!
Após discutir as obras da carne em Gálatas 5:19-21, Paulo começa a falar
mais sobre o fruto que o Espírito Santo produz na vida de um crente. Em
Gálatas 5:22-23, ele escreve: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio
próprio...”.
Assim como, anteriormente, havia descrito as obras da carne, agora Paulo
nos diz o que o Espírito Santo quer produzir em nós — e que contraste há
entre a carne e o Espírito! A carne produz “obras”— da palavra grega ergos,
que implica trabalho árduo ou trabalho duro. Conforme observado
anteriormente (ver 14 de julho), uma vida dominada pela carne é repleta de
excesso, desequilíbrio, extremos prejudiciais, preguiça, automutilação, ódio,
discórdia, amargura, irresponsabilidade e negligência. Trata-se do caminho
mais difícil para qualquer indivíduo; contudo, a carne ainda exige estar no
controle, gritando para fazer as coisas à sua maneira, requerendo ser o chefe.
Por outro lado, uma vida dominada pelo Espírito Santo é repleta de
benefícios e bênçãos!
Veja o que o Espírito produz — fruto! A palavra “fruto” provém do grego
karpos, que descreve o fruto das plantas, o fruto das árvores ou o fruto do
corpo de alguém, como os filhos ou a prole de uma pessoa.
Independentemente de ser uma planta, um animal ou um ser humano, todo
fruto é produzido a partir de algum tipo de semente. Se não há semente, não
há fruto — e o tipo de semente que é semeado determina o fruto que será
produzido (Gênesis 1:11-12). Maçãs sempre produzem maçãs; laranjas
sempre produzem laranjas; cães sempre produzem cães; gatos sempre
produzem gatos; seres humanos sempre produzem seres humanos. O caráter
da semente determina o fruto.
No momento em que, por fé, você recebeu Jesus como seu Salvador, Deus
semeou Seu Espírito e Sua Palavra em seu coração como uma semente, e
você foi espiritualmente nascido de novo pela semente incorruptível da
Palavra de Deus (1 Pedro 1:23). E, assim como maçãs sempre produzem
maçãs e laranjas sempre produzem laranjas, a semente de Deus dentro de
você começou imediatamente a produzir Deus! O tipo de semente sempre
determina o resultado do fruto; portanto, você deve esperar que a sua vida
produza o fruto do Espírito, porque foi essa a semente que Deus semeou em
seu coração.
Um vinhateiro se preocupa porque suas vinhas poderiam produzir
laranjas? É claro que não! Ele sabe que videiras só produzem uvas. O
proprietário de um laranjal corre ao pomar para ver se as suas árvores
produziram melancias? É claro que não! Ele sabe que suas árvores
produzirão laranjas porque laranjas só produzem laranjas. Se alguém quiser
cultivar melancias, terá de plantar sementes de melancia. Quando essas
sementes de melancia estiverem no chão, ele poderá ter a certeza de que, no
fim, ele terá longas vinhas onde crescem suculentas melancias em seu
jardim.
O mesmo princípio se aplica ao reino espiritual. Para obter o que quer,
você tem de plantar a semente certa, porque a semente sempre produz
frutos segundo a sua espécie.
Então, se Deus semeou Seu Espírito e Sua Palavra em seu coração, você
tem todo o direito de esperar que o divino fruto seja produzido em seu
interior! O fruto produzido pelo Espírito é piedoso maravilhoso,
transbordante de bênçãos e vida. Quando você permitir que o Espírito Santo
produza esse fruto em você, descobrirá que as pessoas amam estar perto de
você porque você é uma experiência muito prazerosa para elas. Quando elas
participarem do amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão e domínio próprio evidentes em sua vida, desejarão
voltar para receber muitas porções desse fruto exuberante!
Por isso, não dê lugar à carne — não permita que ela produza sua obra
desprezível em sua vida. Em vez disso, renda-se ao Espírito e permita que a
semente do Espírito e da Palavra de Deus produza o fruto do Espírito em sua
vida. Você é aquele que toma a decisão final de quem irá governá-lo; por
isso, escolha sabiamente hoje. Você quer andar nas obras cruéis, duras e
amargas da carne? Ou prefere mortificar os feitos da carne e permitir que o
Espírito Santo produza o Seu maravilhoso fruto em você? Qual caminho
você escolherá?
Senhor, eu Te agradeço por semeares Teu Espírito e Tua Palavra em minha vida. Perdoa-
me por permitir que a carne domine tanto de minha vida. Ajuda-me a render-me à divina
semente que Tu plantaste em meu interior. Sei que a Tua vida reside em mim, ansiando por
ser liberada; por isso, hoje eu faço a escolha de permitir que o Teu Espírito comece a
operar poderosamente em meu interior. Eu Te agradeço pela vida de Deus que está fluindo
do meu espírito neste momento, produzindo a vida e a natureza de Jesus Cristo em mim!
Confesso que o Espírito Santo vive em mim e está produzindo o Seu fruto em minha vida. A
carne já não mais me governa ou domina, porque eu me rendo ao fruto pacífico do
Espírito Santo em todas as esferas de minha vida. Eu demonstro amor, alegria, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio em minha
vida. Deus semeou Seu Espírito e Sua Palavra em meu coração; portanto, espero que esse
divino fruto seja produzido em meu interior.
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em uma pessoa que manifesta tanto o caráter

de Jesus Cristo que, quando você está com ela, se sente como se
estivesse com Jesus? Quais qualidades específicas são exibidas na
vida dessa pessoa que fazem com que você se sinta assim?
2. Quais medidas você precisa tomar para que o Espírito Santo possa
produzir mais facilmente este fruto piedoso em sua própria vida? Por
exemplo, qual você pensa ser o papel da oração ou da leitura da
Bíblia no desenvolvimento do fruto do Espírito em sua vida?
3. Se você tivesse de perguntar aos outros que tipo de fruto eles veem
em sua vida, como pensa que eles responderiam?
No momento em que, por fé, você recebeu Jesus como seu Salvador, Deus
semeou o Espírito e a Palavra dele em seu coração como uma semente, e
você foi espiritualmente nascido de novo pela semente incorruptível da
Palavra de Deus (1 Pedro 1:23). E, assim como maçãs sempre produzem
maçãs e laranjas sempre produzem laranjas, a semente de Deus dentro de
você começou imediatamente a produzir Deus!
23 DE JULHO
O Primeiro Fruto é o Amor

Mas o fruto do Espírito é: amor...
— Gálatas 5:22
Q uando o Novo Testamento estava sendo escrito, havia quatro palavras

gregas importantes para descrever o conceito de “amor”: 1) eros, 2)
stergo, 3) phileo e 4) ágape. Essas quatro palavras transmitiam quatro tipos
muito diferentes de amor. Hoje quero falar com você sobre esses quatro
tipos diferentes de amor; depois, eu lhe direi qual deles é o que o Espírito
Santo quer produzir em sua vida.
Na lista que vimos no parágrafo anterior, a primeira palavra grega para
“amor” é eros, o termo que indica o amor sexual e do qual provém a palavra
erótico. Na cultura grega, essa palavra se referia a impulsos sensuais e
carnais para satisfazer ou gratificar os desejos sexuais da carne.
Compartilha uma raiz comum com a palavra erao, que significa pedir,
implorar ou exigir. Isso confirma que eros não é um tipo de amor; em vez
disso, denota uma exigência sexual. Não se trata de um amor que procura
dar ou agradar a outra pessoa, mas um amor carnal que busca a satisfação de
seus próprios desejos.
É muito interessante o fato de essa palavra nunca aparecer no Novo
Testamento nem mesmo no contexto de sexo no casamento. Mesmo na cultura
grega, a palavra eros representava um desejo, anseio, sofrimento ou apetite
carnal, cru, básico, de baixo nível, pela realização sexual. Esse tipo de
“amor” é tão baseado na carne e tão distante do nível de amor que Deus
espera dos cristãos, que nunca é incluído na linguagem do Novo Testamento.
No Novo Testamento, independentemente de o contexto ser amizade,
fraternidade ou romance, todos os cristãos são encorajados a operar
continuamente a partir da perspectiva do amor ágape, que é um amor mais
enfocado em dar do que em receber. Em virtude de a palavra eros descrever
basicamente um tipo de apetite sexual autossatisfatório, imoral, egoísta e
individualista, encontrado principalmente entre pessoas incrédulas ou
voltadas para si mesmas, esse não é o tipo de amor ao qual os cristãos
deveriam aspirar em sua vida conjugal.
A segunda palavra grega para “amor” mencionada na lista é stergo, a qual
retrata, fundamentalmente, o amor que existe entre pais e filhos ou o amor
que existe entre os membros de uma família. Certo estudioso observou que
ocasionalmente a palavra stergo retratava o amor de uma nação por seu
governante ou até mesmo o amor de um cão por seu dono.
Consequentemente, a verdadeira ideia da palavra stergo é devoção.
Embora apareça no Novo Testamento, a palavra stergo é raramente usada.
Nós a encontramos em sentido negativo em 2 Timóteo 3:3: “desafeiçoados”.
Isso sugere um tempo que será desenvolvido nos últimos dias, quando fortes
laços familiares e devoção à família se deteriorarão. Usando essa palavra
em sentido negativo, o apóstolo Paulo nos adverte de que um dos principais
sinais dos últimos tempos será a deterioração da família e de seus valores
tradicionais.
A terceira palavra grega para “amor” é phileo, que descreve afeto —
como o afeto sentido entre um namorado e uma namorada ou a afabilidade
compartilhada por dois amigos. Transmite a ideia de duas ou mais pessoas
que se sentem compatíveis, são bem entrosadas, bem adaptadas e se
complementam mutuamente. Embora essa palavra descreva os atributos da
amizade, não é representativa da forma mais elevada de amor, que é ágape.
Outras palavras derivadas de phileo são numerosas. Eis aqui algumas delas:
• philadelphia: composta por phileo e adelphos, é a palavra grega que

significa irmão. Quando combinadas, a palavra resultante significa
amor fraternal.
• philodonos: composta por phileo e edone, é a palavra grega que
significa prazer. Quando combinadas, a palavra resultante significa
alguém que é amante do prazer.
• philoxenos: composta por phileo e xenos, é a palavra grega que
significa estranhos ou estrangeiros. Quando combinadas, a palavra
resultante transmite a ideia de alguém que ama ser hospitaleiro.
• philoxenia: semelhante à palavra anterior, significa alguém que ama
estranhos. Entretanto, a palavra philoxenia dá mais ênfase ao amor
pela pessoa que necessita de hospitalidade.
• philanthropia: composta por phileo e anthropos, é a palavra grega que
significa humanidade. Quando combinadas, a palavra resultante
significa alguém que ama ou é bondoso para com a humanidade.
• philarguros: composta por phileo e arguros, é a palavra grega que
significa prata. Quando combinadas, a palavra resultante significa
alguém que é ganancioso ou alguém que ama o dinheiro.
• philosophia: composta por phileo e sophos, é a famosa palavra grega
que significa sabedoria. Quando combinadas, dão origem à palavra
filosofia, que é o amor pela sabedoria.
A quarta palavra grega para “amor” é a predominantemente usada no

Novo Testamento para descrever o amor de Deus. Trata-se da palavra
ágape — e é essa a palavra usada por Paulo em Gálatas 5:22 ao escrever:
“Mas o fruto do Espírito é: amor...”. Isso é o que eu chamo de amor de alto
nível, porque não há amor mais elevado, melhor ou mais excelente do que o
amor ágape.
De fato, a palavra ágape é tão repleta de profunda emoção e significado,
que é uma das mais difíceis de traduzir do Novo Testamento. Durante
séculos, muitos tradutores têm se confundido ao tentar explicá-la; não
obstante, eu agora acrescentarei a minha tentativa de esclarecer o significado
dessa poderosa palavra.
O ágape ocorre quando um indivíduo vê, reconhece, entende ou aprecia
o valor de um objeto ou de uma pessoa, fazendo com que o observador
veja esse objeto ou essa pessoa com grande estima, temor, admiração,
maravilha e sincera admiração. Um respeito grande assim é despertado, no
coração do observador, pelo objeto ou pela pessoa a quem está
contemplando, de tal maneira que ele é obrigado a amá-lo. De fato, seu amor
por essa pessoa ou esse objeto é tão forte que é irresistível.
No Novo Testamento, talvez o melhor exemplo de ágape seja encontrado
em João 3:16 —“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida
eterna”. Na frase “Porque Deus amou o mundo de tal maneira”, a palavra
“amou” é a palavra ágape.
Isso significa que ao olhar para a raça humana Deus ficou maravilhado
com a humanidade, ainda que o homem estivesse perdido no pecado. Deus
admirou o homem; Ele se maravilhou com o homem; Ele teve o maior apreço
pela humanidade. Embora ela fosse mantida cativa por Satanás naquele
momento, Deus olhou para o mundo e viu no homem a Sua própria imagem.
A raça humana era tão preciosa para Deus e Ele amou ao homem com tanta
profundidade, que o coração dele foi movido para estender a mão e fazer
algo para salvá-lo. Em outras palavras, o amor de Deus o impeliu à ação.
Veja, ágape é um amor que ama tão profundamente que não conhece
limites ou fronteiras em quão longe, amplo, alto e profundo irá para
demonstrar esse amor a quem o recebe. Se necessário, o amor ágape até irá
se sacrificar pelo bem daquele objeto ou pessoa que ele aprecia tão
profundamente. Ágape é a forma mais elevada de amor — um amor
abnegado que leva quem ama à ação. Em contrapartida:
• Eros é um amor egoísta.

• Stergo é limitado apenas à própria família.
• Phileo se baseia em satisfação mútua e pode gerar desapontamento.
Ágape é um amor incondicional. Ele não está procurando o que pode

receber, e sim o que pode dar. Sua admiração pela pessoa amada é tão
profunda que ele é obrigado a derramar amor sobre aquele objeto ou pessoa,
independentemente da resposta. Esse é o profundo amor que Deus tem para
com a raça humana, porque Ele amou o homem quando este ainda estava
perdido em pecado sem qualquer capacidade de lhe retribuir esse amor.
Deus simplesmente amou a humanidade sem qualquer pensamento ou
expectativa de receber amor em retribuição.
Quando você ama com um amor tão puro que nada espera em retribuição,
é impossível se sentir magoado ou decepcionado pela resposta das pessoas a
quem você dedicou amor. Você não as ama com o propósito de obter algo em
troca; você derrama amor sobre elas simplesmente porque as ama. Esse tipo
de amor é muito mais elevado do que o amor eros, que se baseia em
egoísmo; o amor stergo, que é restrito por suas próprias limitações; ou o
amor phileo, que está enraizado em satisfação mútua. Esses três tipos de
amor são o que eu denomino amor de baixo nível, mas ágape é amor de alto
nível. É um amor incondicional, um amor que ama simples e puramente — o
tipo de amor de Deus.
Em 1 João 3:16, somos encorajados enfaticamente a possuir ágape uns
pelos outros. O versículo diz: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a
sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos”. Isso significa
claramente que devemos nos amar e apreciar de forma tão plena e livre
quanto Deus nos ama.
O Pai nos amou até o sacrifício. O ágape de Jesus o levou a entregar Sua
vida por nós. Do mesmo modo, devemos ter esse ágape para com nossos
irmãos e irmãs a ponto de estarmos dispostos a entregar nossa vida por eles.
Se estivermos realmente operando em ágape e eles não responderem da
mesma maneira, isso não irá nos ofender ou magoar. Não estamos buscando
o que os outros podem fazer por nós; estamos simplesmente concentrados em
como amar os outros incondicionalmente. Portanto, o modo como as outras
pessoas respondem a nós não tem efeito sobre o nosso desejo de derramar
amor ágape plenamente.
Explicando um pouco mais o papel do ágape em nossa vida, João disse:
“Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de
verdade” (v. 18). A palavra “amor” é novamente a palavra ágape; ela nos
diz que, quando o ágape está operando, é uma força tão grande que é
demonstrado por meio de atos e ações. Esse não é um amor vazio que fala,
mas nada faz. É um amor que faz algo, assim como Deus nos amou e depois
fez algo para nos salvar de nossa condição perdida e pecaminosa.
Esse é o amor que Paulo nos exortou a seguir ao escrever em 1 Coríntios
14:1 —“Segui o amor [ágape]...”. A palavra “segui” provém da palavra
grega dioko, que significa perseguir ardentemente. Esse era um termo de
caça que retratava um caçador seguindo os rastros de um animal até por
fim conseguir pegá-lo. Isso significa que atingir esse amor de alto nível não
é fácil. Se quisermos atingir o amor ágape e caminhar nele regularmente,
precisamos persegui-lo ardentemente! Ele precisa ser o foco e o objetivo
de nossa vida.
Se, em vez de eros, a base do seu relacionamento sexual com o seu
cônjuge for ágape, você sempre irá procurar servir e agradar o seu cônjuge
em vez de ser egocêntrico e centrado apenas nas suas necessidades. Se, em
vez de stergo, ágape for a base dos seus relacionamentos familiares, você
sempre permanecerá dedicado à sua família, independentemente das
decepções que possam ocorrer ao longo do caminho. E se, em vez de phileo,
ágape for a base das suas amizades, você será um amigo fiel e imutável por
toda a vida, em vez de um amigo inconstante que só é fiel se obtiver o que
deseja do relacionamento. De fato, se ágape for a motivação de sua vida e a
força por trás de todos os seus relacionamentos, isso fará com que você seja
o melhor, mais devotado, fiel e confiável amigo que alguém já conheceu.
Você poderá perguntar: “Mas, como eu posso possuir tal amor? É
realmente possível eu exibir regularmente em minha vida tal amor pelas
outras pessoas?”. Se você estivesse buscando andar no tipo de amor que se
origina no poder da sua carne, seria impossível porque a carne é egoísta e
focada em si mesma — portanto, não pode amar de maneira tão elevada.
Porém, em virtude de a semente da Palavra de Deus ter sido semeada em seu
próprio espírito humano, o potencial para esse amor divino está dentro de
você o tempo todo. Agora, cabe a você afastar a carne e liberar o amor de
Deus do seu interior. Se você estiver disposto a permitir que o Espírito de
Deus o libere do seu coração, vai descobrir e apreciar o fruto do Espírito
denominado “amor”. Esse amor de alto nível já está dentro de você. Agora
é tempo de você liberá-lo e permitir que o Espírito Santo o manifeste na
sua vida!
Senhor, ajuda-me a voltar a minha atenção para o Teu tipo de amor de alto nível e a fazer
com que ele seja parte de minha vida diária. Perdoa-me pelos momentos em que eu caí
para o baixo nível, o amor fundamentado na troca, que se ofende facilmente. Ajuda-me a
subir até os mais elevados domínios de amor que Tu desejas manifestar em minha vida.
Espírito Santo, é impossível andar continuamente nesse tipo de amor no poder da minha
carne; por isso, eu me volto a Ti para despertares esse amor divino dentro de mim e para
me ajudares a manifestá-lo em minha vida.
Confesso que estou perseguindo ardentemente o amor ágape em minha vida. Quero atingir
esse alto nível de amor e andar nele regularmente; por isso, eu trato desse fruto do
Espírito como um dos objetivos mais importantes de minha vida. Em virtude de a semente
do Espírito e da Palavra de Deus estar disseminada em meu próprio espírito humano,
tenho o potencial desse amor divino dentro de mim o tempo todo. Por isso, neste momento
eu me determino a afastar a carne e a liberar o poder de Deus do meu interior. Em função
de o ágape ser a motivação de minha vida e a força por trás de todos os meus
relacionamentos, eu sou o melhor, mais devotado, fiel e confiável amigo que alguém já
conheceu!
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em uma pessoa que o amou com um verdadeiro

amor ágape em algum momento de sua vida? Que tipo de impacto
aquele tipo de amor “incondicional” causou em você?
2. Os outros diriam que o amor ágape opera em você ou que as suas
demonstrações de amor são condicionais?
3. O que você pode fazer para avançar em direção ao amor de alto
nível ágape de Deus? Pense nisso e anote suas ideias sobre o que
você precisa fazer para deixar para trás o local do amor de baixo
nível e avançar em direção ao Reino mais alto do amor ágape de
Deus.
Ágape é um amor incondicional. Esse tipo de amor divino não está

procurando o que pode receber, mas o que pode dar.
24 DE JULHO
Alegria e Paz
Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz...
— Gálatas 5:22
N unca me esquecerei de quando muitos anos atrás um suposto “irmão no

Senhor” tentou destruir o nosso ministério na antiga União Soviética.
Quando eu enfim descobri os esquemas destrutivos que ele estava
planejando secretamente, fiquei perplexo — atordoado por alguém com
quem trabalhei tão de perto pudesse ser ardilosamente usado pelo diabo. Foi
uma verdadeira situação de “Judas Iscariotes”.
Graças ao Espírito de Deus alertando-nos sobre o que estava
acontecendo, bem como os membros da equipe que sentiram no Espírito que
algo estava errado, nós investigamos as atividades daquele homem e
descobrimos o que ele estava tentando fazer. Pouco tempo depois, eu estava
em um avião com vários membros-chave de minha equipe, voando para outra
cidade para lidar com as consequências dos planos desonestos, enganosos e
fraudulentos dele.
Enquanto voávamos naquele dia para um encontro com o mal que ficou
gravado para sempre em minha memória, minha equipe comentou sobre quão
alegre eu estava em meio àquela situação potencialmente devastadora.
Preciso admitir que até fiquei espantado com a alegria que vinha do fundo de
mim naquele dia! Eu sabia que a alegria que sentia estava sendo produzida
em mim pelo Espírito Santo, pois somente Ele poderia dar tanta alegria numa
situação tão difícil como a que eu estava enfrentando naquele dia.
Essa experiência me lembrou das palavras de Paulo aos tessalonicenses,
em 1 Tessalonicenses 1:6. Ele lhes disse: “Com efeito, vos tornastes
imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio
de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo”. Na maioria de seus
escritos, Paulo associa “alegria” a tempos de tribulação. A palavra
“tribulação” usada nesse versículo provém da palavra grega thlipsis. Essa
palavra é tão forte que não dá margem a mal-entendido quanto à intensidade
das aflições que os tessalonicenses enfrentaram.
A palavra thlipsis transmite a ideia de uma situação de forte pressão. Um
estudioso diz que ela foi inicialmente usada para descrever o ato específico
de amarrar uma vítima com uma corda, deitá-la de costas e em seguida
colocar uma enorme rocha sobre ela até seu corpo ser esmagado. Paulo usa
essa palavra para nos alertar sobre momentos em que ele ou outros passaram
por situações difíceis e esmagadoras que teriam sido insuportáveis,
intoleráveis e impossíveis de sobreviver se não fosse pela ajuda do Espírito
Santo.
Alegria:
Uma das maneiras de o Espírito Santo ajudar nessas situações é nos dando
“alegria” sobrenatural. Entretanto, é importante entender que essa alegria
divina não está no mesmo nível baixo da mera felicidade. A felicidade é
baseada em um prazer circunstancial, em uma diversão, um deleite, um
entusiasmo, uma empolgação ou algo que faça com que alguém se sinta
esperançoso ou animado. Essas emoções fugazes de felicidade, embora
muito prazerosas no momento em que ocorrem, costumam ir embora tão
rapidamente quanto chegaram. Tudo que é necessário é alguma má notícia,
um olhar irritado de um colega de trabalho, uma palavra áspera do cônjuge
ou uma conta de luz maior do que o previsto — e aquela emoção de
felicidade pode desaparecer bem diante dos olhos de uma pessoa! A alegria,
porém, não é afetada por circunstâncias externas. De fato, ela geralmente
prospera mais quando os tempos são difíceis! É a resposta sobrenatural de
Deus aos ataques do diabo!
A palavra grega para “alegria” é chara, derivada da palavra charis, que
significa graça. É importante observar isso, porque nos diz categoricamente
que chara (“alegria”) é produzida pela charis (“graça”) de Deus. Isso
significa que “alegria” não é uma felicidade humana que vem e vai. Em vez
disso, a verdadeira “alegria” é de origem divina, um fruto do Espírito que se
manifesta particularmente nos momentos difíceis. Alguém pode sentir
felicidade, júbilo, deleite, entusiasmo, empolgação ou “ânimo”, mas todas
essas são emoções passageiras. Por outro lado, “alegria” é uma expressão
dada pelo Espírito, que se desenvolve melhor quando os tempos são
cansativos, assustadores e difíceis!
No exemplo dado em 1 Tessalonicenses 1:6, os tessalonicenses estavam
submetidos a grande estresse, decorrente de perseguição; contudo, em meio a
tudo aquilo eles continuavam a sentir uma grande alegria. De fato, o grego
indica fortemente que sua alegria sobrenatural era por causa do Espírito
Santo operando no íntimo deles. Paulo até a denominou “alegria do Espírito
Santo”.
Uma tradução interpretativa de 1 Tessalonicenses 1:6 poderia ser:
“Vocês abriram totalmente os braços e acolheram de bom grado e
com grande entusiasmo, a Palavra em sua vida. E vocês fizeram isso
até mesmo em meio a sofrimentos perturbadores — um nível e uma
intensidade de estresse que seriam sufocantes e esmagadores para a
maioria das pessoas. Porém, enquanto estavam atravessando todas
essas dificuldades e aborrecimentos, estavam simultaneamente
experimentando o supremo êxtase e a alegria do Espírito Santo.”
O melhor que o mundo perdido tem a oferecer é uma felicidade
temporária. Porém, quando a semente de Deus foi colocada no interior do
seu espírito humano, essa semente divina produz uma “alegria” que não se
baseia em eventos externos ou circunstâncias. De fato, quando os tempos se
tornam muito desafiadores, a vida sobrenatural de Deus se levanta dentro de
você para desafiar aquela pressão diabólica! Essa “alegria” sobrenatural irá
sustentá-lo até mesmo nos momentos mais difíceis!
Paz:
No dia em que enfrentamos aquela difícil provação com o homem que
estava tentando destruir o nosso ministério, havia algo mais que não pude
deixar de notar: uma “paz” sobrenatural estava governando a mim e as
minhas emoções! Sob tais circunstâncias, a maioria das pessoas teria ficado
muito perturbada, mas eu estava totalmente controlado, equilibrado e em
paz. Meus companheiros não paravam de me perguntar: “Como você pode
estar tão em paz em meio a essa situação?”. Era simplesmente um fato que
uma paz sobrenatural se elevara do fundo de meu espírito, capacitando-me a
ser uma rocha em meio a uma terrível tempestade que estava ameaçando
destruir o alcance de nosso ministério.
Eu sabia que essa “paz” não era algo que eu mesmo estava produzindo;
era um fruto que o Espírito Santo estava produzindo em mim. Paulo
enumerou essa “paz” sobrenatural em Gálatas 5:22 ao escrever sobre o fruto
do Espírito. Ele disse: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz...”.
A palavra “paz” provém do grego eirene, o equivalente grego da palavra
hebraica shalom, que expressa a ideia de totalidade, plenitude ou
tranquilidade na alma, não afetada por circunstâncias ou pressões
externas. A palavra eirene sugere fortemente o domínio da ordem em lugar
de caos. Quando uma pessoa é dominada por eirene (“paz”), tem uma calma
estabilidade interna que resulta na capacidade de se conduzir
pacificamente, mesmo em meio a circunstâncias que normalmente seriam
desesperadoras, traumáticas ou perturbadoras.
A palavra shalom, equivalente hebraica, indica que essa paz dominante
acaba por originar prosperidade na alma de alguém. Em vez de permitir que
as dificuldades e pressões da vida a destruam, uma pessoa tomada por
eirene (“paz”) está inteira, completa, pacífica, estável e preparada para a
bênção.
O Novo Testamento é repleto de exemplos dessa paz sobrenatural
produzida pelo Espírito Santo. Um exemplo clássico é encontrado em Atos
27, quando o apóstolo Paulo se encontrava em um navio que estava sendo
perigosamente jogado de um lado para o outro pelas ondas furiosas do mar.
De fato, a tempestade foi tão forte que Atos 27:14-15 diz: “Entretanto, não
muito depois, desencadeou-se, do lado da ilha, um tufão de vento, chamado
Euroaquilão; e, sendo o navio arrastado com violência, sem poder resistir ao
vento, cessamos a manobra e nos fomos deixando levar”.
Observe que, na tradução da Bíblia King James Atualizada, em português,
o versículo 14 diz: “... desencadeou-se contra a ilha uma espécie de
furacão...”. A palavra “contra” vem da palavra grega ballo, que neste
versículo significa lançar, arremessar, ferir ou precipitar. Isso indica que
uma enorme e terrível força de vento havia se oposto a eles. Ele prossegue,
dizendo que era um “furacão” — que é a palavra grega tuphonikos,
composta pelas palavras tuphos e nikos. A palavra tuphos significa tufão e
nikos significa subjugar ou conquistar. A união dessas duas palavras retrata
um tufão do qual não há escapatória. Essa é uma tempestade tão imensa
que conquista e domina tudo o que está à vista. Atos 27:14 nos diz que essa
tempestade era chamada “Euroaquilão”— o termo que os marinheiros
profissionais usavam para descrever as mortíferas tempestades de inverno
do nordeste que sopravam sobre o mar Mediterrâneo, causando muitos
naufrágios que resultavam na perda de muitas vidas todos os anos.
Este tufão se tornou tão feroz que Atos 27:15 diz: “... sendo o navio
arrastado com violência, sem poder resistir ao vento...”. A palavra
“arrastado” provém da palavra grega sunarpadzo, que significa agarrar
violentamente ou apoderar-se e levar embora. Essa palavra nos faz saber
que os marinheiros haviam perdido o controle do navio. Os ventos eram tão
violentos que eles não conseguiam mais lutar contra ele. Um estudioso
observa que a situação deve ter sido como se um monstro houvesse
apanhado o navio e o estivesse partindo em pedaços. O caso estava tão
completamente fora do controle dos marinheiros que eles “cessaram a
manobra e se deixaram levar”. Escolheram deixar a tempestade levá-los
aonde quisesse, em vez de tentar lutar contra os ventos que não poderiam ser
vencidos. Sua esperança era de que os ventos os levassem para as águas
mais tranquilas perto da pequena ilha de Cauda, situada somente quarenta
quilômetros ao sul de Creta.
Atos 27:17 nos diz que, uma vez nas águas tranquilas da costa de Cauda, a
tripulação necessitou trabalhar muito em reparos antes de poder prosseguir
em sua perigosa jornada na tempestade de inverno. O navio havia sofrido
uma quantidade substancial de danos, por causa dos ventos ferozes já
sofridos naquela viagem. O versículo 17 descreve o trabalho que eles
empreenderam para se prepararem para o resto da perigosa viagem sob os
ventos: “... e, levantando este, usaram de todos os meios para cingir o navio,
e, temendo que dessem na Sirte, arriaram os aparelhos, e foram ao léu”.
As palavras “levantando este” provêm da palavra grega boetheia, que se
referia às cordas ou cabos usados para amarrar o navio em certo local.
Antes de poder começar o trabalho no navio, primeiramente ele tinha de ser
amarrado de forma segura em um ponto. Uma vez seguro, a equipe começava
a reparar e preparar o navio para o resto de sua perigosa jornada.
Observe, porém, que esse versículo também menciona um local de “areia
movediça” denominado Sirte, a qual provém da palavra grega syrtis, que
significa terror. Isso se referia aos bancos de areia localizados no largo da
costa do norte da África. O fato de aqueles marinheiros profissionais temiam
tais bancos de areia, situados cerca de setecentos quilômetros ao sul de sua
localização na ilha de Cauda, nos diz que os ventos contra os quais eles
estavam lutando eram fortes o suficiente para levá-los tão longe de sua rota
de navegação. Navios eram constantemente destruídos naqueles bancos de
areia, amplamente conhecidos como cemitério de inúmeros marinheiros.
Após todos os esforços da tripulação para consertar o navio e tentar evitar
os ventos de inverno, Atos 27:18 prossegue: “Açoitados severamente pela
tormenta, no dia seguinte, já aliviavam o navio”. A palavra “severamente”
provém de sphrodros, que significa impetuosamente, violentamente ou
intensamente. A palavra “tormenta” vem da palavra grega cheimadzoamai,
que significa tempestade. Porém, quando essas duas palavras aparecem em
uma mesma frase, como nesse versículo, isso representa uma tempestade
muito impetuosa, violenta e intensa.
Ou seja, em vez de escapar da tempestade, a tripulação deve ter sentido
como se estivesse indo diretamente para ela! Foi uma situação tão séria que
Atos 27:20 diz: “E, não aparecendo, havia já alguns dias, nem sol nem
estrelas, caindo sobre nós grande tempestade, dissipou-se, afinal, toda a
esperança de salvamento”.
Porém, em meio a toda aquela desesperança, Paulo se levantou e disse:
“Mas, já agora, vos aconselho bom ânimo, porque nenhuma vida se perderá
de entre vós, mas somente o navio. Porque, esta mesma noite, um anjo de
Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não
temas!...” (Atos 27:22-24). Paulo havia ouvido a voz do Senhor, que fez
surgir uma paz sobrenatural em seu íntimo. Portanto, ele estava em condições
de ser uma rocha em meio a uma situação muito grave. Sua paz trouxe força a
todos a bordo daquele navio!
Conforme mencionamos anteriormente, esse tipo de “paz” é produzido
pelo Espírito Santo. Agora, pense novamente no significado da palavra
eirene (“paz”) à luz da experiência de Paulo naquele navio. Lembre-se de
que essa palavra expressa a ideia de totalidade, plenitude ou tranquilidade
na alma, não afetada por circunstâncias ou pressões externas. Ela sugere
fortemente o domínio da ordem em lugar de caos. Quando uma pessoa é
dominada por eirene (“paz”), tem uma calma estabilidade interna que
resulta na capacidade de se conduzir pacificamente, mesmo em meio a
circunstâncias que normalmente seriam desesperadoras, traumáticas ou
perturbadoras. Não foi exatamente essa a qualidade manifestada por Paulo
naquele dia, a bordo do navio?
Sei que essa paz sobrenatural do Espírito Santo é o que estava operando
em mim no dia em que estávamos enfrentando dificuldades por causa
daquele suposto irmão no Senhor. Essa mesma paz trabalhou em mim em
muitas outras situações difíceis — e isso vai funcionar em mim muitas vezes
mais nos dias que se seguem!
Portanto, não pense que você tem de ceder a emoções perturbadoras em
momentos difíceis ou desafiadores. Se você deixar o Espírito Santo operar
em você, Ele irá liberar uma alegria sobrenatural e uma paz dominante do
seu interior. Esses frutos do Espírito têm o poder de mantê-lo alegre, calmo,
estável e pacífico, mesmo que esteja enfrentando circunstâncias que
normalmente o levariam ao limite! Por que você não dedica hoje alguns
minutos a orar e pedir ao Espírito Santo que produza em você os frutos
sobrenaturais de alegria e paz?
Senhor, hoje estou muito grato por Tu não teres me abandonado à minha carne e às
minhas emoções! Em função de o Teu Espírito viver em mim, posso ser capacitado a andar
em alegria e paz em qualquer situação. Perdoa-me por ceder aos caprichos de minha
carne e por permitir que ela se enfureça quando o Teu Espírito que habita em mim está
ansiando por fazer com que Tua alegria e paz sobrenaturais dominem a minha vida. Eu me
afasto dos meus hábitos passados de preocupação e medo, e propositadamente escolho
permitir que o Espírito Santo me inunde com Tua inextinguível alegria e incompreensível
paz!
Confesso que sou dominado pelos frutos de alegria e paz. Medo e ansiedade não têm
lugar em minha vida; também não sou governado pelas emoções de felicidade temporárias
e passageiras. A alegria me fortalece e me estabiliza em todas as situações. A paz governa
as minhas emoções, ajudando-me a manter a estabilidade e a erradicar o caos emocional
de minha vida e ao meu redor. Sou habitação do Espírito do próprio Deus — e, rendendo-
me a Ele, Ele está me controlando cada vez mais!
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em um momento de sua vida em que você

deveria ter ficado muito perturbado com alguma coisa, mas uma
alegria sobrenatural surgida no seu espírito o sustentou durante
aquele momento difícil?
2. Você consegue também se lembrar de um momento em que a paz de
Deus substituiu o medo e a preocupação que normalmente o teriam
vencido? O que você pensa que teria acontecido naquele dia se você
não tivesse sido governado por essa paz sobrenatural?
3. Você pensa ter algo a ver com os frutos da alegria e da paz que
operam em sua vida? Suas palavras ou seus atos podem impedi-los
de agir ou liberá-los para agir mais livremente em sua vida?
25 DE JULHO
Longanimidade e Benignidade
Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade...
— Gálatas 5:22
V ocê já pensou: “Senhor, Tu tens de me ajudar a lidar com essa pessoa

que Tu puseste em minha vida! Estou tão cansado de tentar ajudá-la
em sua atitude rebelde, que gostaria de ir embora e abandoná-la para
sempre! Por favor, dá-me a paciência de que eu necessito para continuar
trabalhando com ela!”? Você reconhece esses pensamentos? Você já fez
essa oração antes?
Às vezes, todos nós ficamos frustrados com outra pessoa e às vezes o
nosso nível de frustração pode subir ao ponto de ebulição. Isso é
especialmente verdadeiro quando estamos cansados de tentar ajudar pessoas
que não agem como se desejassem ou valorizassem a nossa ajuda. É muito
fácil ser semelhante a Cristo com pessoas que nos valorizam ou demonstram
bondade para conosco. Porém, agiremos de maneira semelhante a Cristo
quando as pessoas não nos valorizam? Demonstraremos a vida de Jesus
Cristo igualmente a quem nos irrita tanto quanto a quem nos faz sentir bem ou
nos trata com respeito?
Sempre que as pessoas não percebem o que você faz por elas, não
escutam os seus conselhos ou não valorizam a sua contribuição, a sua carne
gosta de reclamar diante de quão pouco você é valorizado, respeitado,
estimado e admirado. Frequentemente, esse é o momento de ouro em que a
sua alma se levanta para dizer: “Desculpe-me, mas eu não sou um capacho
para as pessoas limparem os pés! Investi nesse ingrato todo o tempo e a
energia que eu podia. Eu me recuso a continuar a ajudá-lo!”.
Pais se sentiram assim com relação aos seus filhos; professores se
sentiram assim com relação aos seus alunos; maridos e esposas se sentiram
assim com relação aos seus cônjuges; amigos se sentiram assim com relação
aos seus amigos; e os pastores se sentiram assim com relação às suas
congregações. Com isso, aprendemos que independentemente de sua posição
na vida — com quem você é casado, onde trabalha ou o que faz — assim
como todas as outras pessoas, você precisa de uma boa dose de
“longanimidade” se quiser se relacionar bem com outras pessoas neste
mundo!
Longanimidade:
Em Gálatas 5:22, o apóstolo Paulo lista “longanimidade” como outro fruto
que o Espírito Santo quer produzir em nossa vida. Ele escreve: “Mas o fruto
do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade...”.
A palavra “longanimidade” provém do grego makrothumia, composta
pelas palavras makros e thumos. Makros significa longo. É dela que provém
a palavra macarrão, que é claramente uma massa longa. A palavra makros
indica algo longo, distante, afastado, remoto ou de longa duração. Thumos
significa raiva, mas também incorpora a ideia de emoções intensificadas ou
uma forte e crescente paixão por algo. Quando são combinadas formando
uma só palavra, temos makrothumia, que retrata a paciente moderação da
raiva e, portanto, indica longanimidade. Ela pode ser traduzida como as
palavras tolerância e paciência.
A palavra makrothumia (“longanimidade”) é como uma vela que tem um
pavio muito longo e, portanto, está preparada para queimar durante muito
tempo. Está pronta para tolerar e esperar pacientemente até alguém por fim
vir, evoluir, mudar ou ouvir o que você está tentando lhe comunicar ou
ensinar.
Em Colossenses 3:12, Paulo nos ordena: “Revesti-vos, pois, como eleitos
de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de
humildade, de mansidão, de longanimidade”. Essa palavra “longanimidade”
é a palavra makrothumia. Perceba, porém, que Paulo começa esse versículo
dizendo-nos: “Revesti-vos...”. Essa frase provém da palavra grega enduo,
que era usada nos tempos do Novo Testamento para indicar a colocação de
um vestuário ou uma peça de roupa.
Para vestir-se corretamente para o dia, você tem de decidir olhar no
armário e escolher as roupas que deseja usar. Então, uma vez feita essa
seleção, você ainda precisará enfiar o braço no armário, tirar aquelas roupas
do cabide e vesti-las em seu corpo! Suas roupas não saltarão do armário
para o seu corpo sem a sua ajuda. Se você vai usá-las, tem de vesti-las!
Agora, Paulo lhe diz que se é para ser tolerante, paciente, longânimo e
compassivo com as outras pessoas, você precisa escolher agir dessa
maneira! Andar em makrothumia (“longanimidade”) é uma escolha, tanto
quanto vestir as suas roupas. Se você não decidir vestir esse fruto do
Espírito e andar nele, isso não acontecerá!
Em 1 Tessalonicenses 5:14, Paulo também nos diz: “Exortamo-vos,
também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os
desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos”. A
palavra “longânimos” é a palavra makrothumia. Nesse caso, Paulo está nos
dizendo que é nossa responsabilidade sermos longânimos com as pessoas,
tanto quanto é nossa responsabilidade admoestar os insubmissos, consolar os
desanimados e amparar os fracos. Andar em makrothumia
(“longanimidade”) faz parte de nossa responsabilidade cristã. Temos, diante
de Deus, a obrigação de não ser “pavio curto” nem ficarmos rapidamente
irritados com pessoas com dificuldades ou que fracassam; em vez disso,
devemos tolerá-las e ajudá-las!
Em 1 Coríntios 13:4, Paulo usa a palavra makrothumia ao escrever seu
famoso capítulo sobre o amor. Ele diz: “O amor é paciente...”. A
longanimidade é muito diferente da carne; esta fica facilmente irada,
explode, perde a paciência, diz coisas das quais depois se arrepende, e não
quer ter a mesma misericórdia que exige receber dos outros. Entretanto,
somos ordenados a deixar que a makrothumia (“longanimidade”) tenha um
papel fundamental em nossa vida!
Outras possíveis traduções interpretativas da palavra makrothumia em
1 Coríntios 13:4 poderiam incluir:
“O amor não tem pavio curto ou se ira facilmente...”.
“O amor não explode rapidamente, mas é paciente, porque espera os
outros...”.
“O amor não perde o controle nem é impaciente, mas está disposto a
esperar um longo tempo que alguém mude de opinião...”.
“O amor está determinado a esperar até que a outra pessoa por fim
chegue...”.
“O amor arde apaixonadamente pelos outros e está disposto a
esperar o tempo que for necessário...”.
Os pais precisam ser longânimos para com seus filhos; os professores
precisam ser longânimos para com seus alunos; os cônjuges precisam ser
longânimos para com seus cônjuges; os amigos precisam ser longânimos
para com seus amigos; e os pastores precisam ser longânimos para com suas
congregações. E cada um de nós precisa ser longânimo para consigo
mesmo!
Se você não permitir que a “longanimidade” opere em você, ficará
frustrado com todos o tempo todo — inclusive com você mesmo. Então,
decida deixar que o Espírito Santo produza, de forma sobrenatural,
“longanimidade” em você hoje. Você será mais tolerante com os outros, mais
pacífico em seu íntimo, e muito mais amoroso e paciente com aqueles que
você ama e precisa tanto!
Benignidade:
Entretanto, “longanimidade” não é tudo de que você precisa! Você precisa
também de “benignidade”! Esse é outro atributo sobrenatural listado por
Paulo como fruto do Espírito Santo em Gálatas 5:22, onde ele diz: “Mas o
fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade...”.
A palavra “benignidade” provém do grego chrestotes, que significava
demonstrar benignidade ou ser amigável com os outros e, frequentemente,
retratava líderes, governadores ou pessoas bondosas, amáveis e
benevolentes para com seus súditos. Quem quer que demonstrasse essa
qualidade de chrestotes era considerado compassivo, atencioso, simpático,
humano, gentil ou bondoso. O apóstolo Paulo usa essa palavra para retratar
a incompreensível bondade de Deus para com as pessoas que não são
salvas (ver Romanos 11:22; Efésios 2:7; Tito 3:4).
Um estudioso observou que, quando aplicada às relações interpessoais, a
palavra chrestotes transmite a ideia de ser adaptável aos outros. Em vez de
exigir rudemente que todos os outros se adaptem às suas próprias
necessidades e desejos, quando chrestotes está operando em um cristão, ele
procura tornar-se adaptável às necessidades daqueles que estão ao seu
redor.
Paulo era tão movido pela compaixão de alcançar os perdidos, que disse
à igreja de Corinto:
• “Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus...”

(1 Coríntios 9:20).
• “... para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim
vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei...” (1 Coríntios 9:20).
• “Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse... para ganhar os que vivem
fora do regime da lei...” (1 Coríntios 9:21).
• “Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos...” (1
Coríntios 9:22).
• “... Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos,
salvar alguns...” (1 Coríntios 9:22).
Veja, Paulo estava tão interessado em alcançar os outros e atender às suas

necessidades que estava disposto a tornar-se o que fosse necessário para
alcançá-los. De fato, ele era bem conhecido por ser adaptável às pessoas e
às suas necessidades. Paulo até escreveu essas palavras a respeito de si
mesmo: “E eu mesmo, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de
Cristo...” (2 Coríntios 10:1).
A palavra “benignidade” é a mesma palavra chrestotes que Paulo agora
usa para descrever a si mesmo. Ele tornou um dos objetivos da sua vida
andar em chrestotes ou em benignidade e bondade, tornando-se adaptável
às pessoas ao seu redor para poder ministrar a elas e atender às suas
necessidades.
Isso é tão contrário à carne! A carne diz: “Desculpe-me, mas se você não
gosta do meu jeito, vai ter de me aguentar! Eu sou assim e, se você não
gostar, pode sair daqui. Não vou mudar em função de quem quer que seja!”.
Porém, quando o Espírito Santo estiver produzindo o Seu fruto de
benignidade em você, você se ouvirá pensando e dizendo: “Como poderei
ser diferente por você? Há algo que eu possa mudar, que irá ajudá-lo? Há
alguma coisa que eu possa fazer melhor por você? Como posso servi-lo e
atender às suas necessidades de um modo mais eficaz?”. Tornarmo-nos
adaptáveis para atender às necessidades dos outros que nos rodeiam é uma
obra sobrenatural de Deus. Quando atingimos esse fruto do Espírito em
nossa vida, estamos fazendo grande progresso em nossa caminhada com
Deus. Isso é exatamente o que Jesus fez por nós quando deixou Sua glória e
tomou sobre si a forma de um servo, sendo feito à semelhança dos homens
(ver Filipenses 2:7-8). Ao chegar à Terra, Jesus negou Seu próprio conforto
e se adaptou à carne humana para poder nos alcançar e nos levar a Deus!
Você se pega pensando em como pode alcançar os outros? Você pensa em
algo que possa mudar para ser uma bênção maior para as pessoas de sua
vida? A carne nunca pensa assim. Ela apenas gosta de exigir que todos os
outros mudem para agradá-la! Então, se você está começando a considerar
como pode ser mais para quem está ao seu redor, isso é uma forte indicação
de que o fruto do Espírito denominado “benignidade” está começando a
operar em você. E, se ainda não começou a operar em você, hoje seria um
ótimo dia para você pedir ao Espírito Santo que comece a produzir esse
atributo de Cristo em sua vida!
Senhor, eu Te agradeço por não ter de andar nas obras da carne. Por causa da Tua
graça, posso me render ao poder e à presença do Espírito Santo que habita em mim. Ao me
render ao Espírito, peço que a Tua vida divina libere os Seus frutos sobrenaturais em mim.
Quero ser mais paciente, longânimo e benigno. Sei que necessito desses atributos em
minha vida e que não os tenho neste momento. Por isso, em vez de continuar pelo caminho
que tenho percorrido, estou parando tudo agora para pedir que Tu me transformes.
Produz a vida de Jesus Cristo e o Seu maravilhoso caráter em mim!

Confesso que sou amoroso, paciente e bondoso. Não perco a paciência. Não fico
facilmente irritado. Sou paciente com os outros; tolero os seus erros e ardo
apaixonadamente por vê-los atingir novos níveis de crescimento em sua vida. Assim como
outros foram pacientes e tolerantes comigo, eu sou muito paciente e compreensivo com
outros que também estão tentando mudar! Sou amável, bondoso e adaptável para com
aqueles que estão ao meu redor. Como o Espírito de Deus opera em mim, eu me torno tudo
para com todos, para poder ganhar alguns para o Reino de Deus!
PARA REFLETIR
1. Há alguma pessoa com quem você esteja constantemente perdendo a

paciência? Você diz ou faz a essa pessoa coisas que não gostaria que
alguém dissesse ou fizesse a você? Por que você pensa que perde
facilmente a paciência com esse indivíduo?
2. Você já pediu a essa pessoa para perdoá-lo por ser tão rude e
desagradável?
3. De que maneiras você precisa se tornar mais adaptável às pessoas ao
seu redor? Você tem estado tão ocupado exigindo que os outros se
adaptem a você, que se esqueceu de que também precisa se adaptar
aos outros?
26 DE JULHO
Bondade e Fidelidade
— Gálatas 5:22
C erta vez, quando eu estava voando de Nova York para outra cidade dos
Estados Unidos, notei que o homem sentado ao meu lado estava com a
cabeça abaixada contra a poltrona. Percebi que ele estava sofrendo algum
tipo terrível de dor latejante na cabeça, então lhe perguntei: “Posso orar por
você de alguma maneira?”. O homem olhou para mim com uma expressão de
alegre surpresa. Por sua resposta, descobri que ele era cristão! Ele ficou
encantado por eu ter me oferecido para orar por ele; então, com sua
permissão, estendi as mãos, as impus sobre ele e comecei a declarar cura
sobre a dor de cabeça que ele estava sentindo.
Após a oração, perguntei ao homem: “Em que você trabalha?”. Ele me
disse: “Eu sou um empresário rico. Juntei-me a vários outros empresários
muito ricos e viajamos em equipe pelo mundo para encontrar organizações
dignas e obras evangélicas que precisem de dinheiro para promover o Reino
de Deus. Quando as encontramos, tratamos de financiá-las para que possam
operar sem ter de se preocupar com arrecadar dinheiro”.
Quando pensei sobre esse homem e a bondade de seu coração, lembrei-me
da palavra “bondade” em Gálatas 5:22, em que o apóstolo Paulo escreve:
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade,
bondade...”. O desejo de dar daquele homem é exatamente o significado da
palavra “bondade”. Seu anseio de ajudar os outros demonstrava o fruto da
bondade, produzido sobrenaturalmente no coração dos crentes pelo Espírito
Santo.
Bondade:
A palavra “bondade” vem do grego agathusune, a qual provém da
palavra agathos, que significa bom. Porém, quando agathos se torna a
palavra agathusune, significa bondade no sentido de ser bom para com
alguém. Essa palavra era usada para retratar uma pessoa generosa, de
grande coração, liberal e caridosa com suas finanças. Nós chamaríamos
essa pessoa de ofertante.
Ao ler Atos 10:38, descobrimos que esse fruto do Espírito operava
poderosamente em Jesus. O versículo diz: “... como Deus ungiu a Jesus de
Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte,
fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era
com ele”. A maioria das pessoas que pregam com base nesse versículo se
concentra basicamente na parte da cura, mas hoje quero chamar a sua
atenção para a frase “fazendo o bem”, porque é crucial para esta discussão.
As palavras “fazendo o bem” provêm de euregeteo, uma antiga palavra
que indicava um benfeitor, um filantropo ou alguém que apoiava
financeiramente obras de caridade. Essa palavra só seria usada para
descrever uma pessoa que possuía uma grande quantidade de recursos
financeiros e os usava para ajudar os menos afortunados.
O envolvimento da palavra eugereteo é em função de Jesus possuir uma
grande quantidade de recursos financeiros em Seu ministério. Além das
ofertas que eram recebidas para o Seu ministério, Lucas 8:3 nos diz que um
grupo de mulheres muito ricas também apoiava financeiramente o Seu
ministério. Além disso, em João 12:5 podemos inferir das palavras de Judas
que o ministério de Jesus prestava um significante auxílio filantrópico aos
pobres e necessitados do qual Judas ficou encarregado.
Considero isso muito importante, porque me diz que Jesus não só
realizava obras sobrenaturais; Ele usava também os Seus recursos para fazer
boas obras no reino natural. Jesus cuidava dos pobres; ajudava a alimentar
os necessitados; e utilizava os vastos recursos financeiros disponibilizados
ao Seu ministério para atender às necessidades básicas de seres humanos.
Assim, Ele serviu de exemplo para que venhamos a nos empenhar e nos
envolver na satisfação de necessidades humanas básicas, porque somos
capazes de fazê-lo.
Isso me diz que agir com “bondade” é uma característica da natureza de
Deus. Lucas mencionou esse aspecto da natureza de Jesus em Atos 10:38
juntamente com Seu poder de cura sobrenatural, alertando-nos de que Deus
está tão interessado em ajudar os pobres e necessitados com ajuda financeira
quanto em curar seus corpos sobrenaturalmente. A verdade é que ajudar a
satisfazer as necessidades físicas de outras pessoas é um ato de “bondade”
que Jesus praticava e ainda anseia praticar por intermédio de Seu povo.
Então, quando a Bíblia nos diz que um dos frutos do Espírito é a
“bondade”, Deus está nos fazendo saber que Ele quer que sejamos altruístas,
usando nossos recursos para ajudar a mudar para melhor as condições de
vida das pessoas. Isso é absolutamente contrário à carne, que gastaria
consigo mesma todo o dinheiro que sobrasse. Porém, quando o Espírito está
operando poderosamente em nós, desloca nosso foco de nós mesmos para as
necessidades dos que estão à nossa volta.
Assim, o fruto do Espírito chamado “bondade” é aquele impulso
sobrenatural que uma pessoa tem de ir além de si mesma para atender às
necessidades naturais das pessoas ao seu redor. Quando um crente está
andando no Espírito, seus olhos estão sobrenaturalmente abertos para ver as
necessidades da humanidade, e seu coração é tocado para atender a essas
necessidades. É por isso que não há maior benfeitor nem filantropo do que
uma pessoa que é cheia do Espírito e que está produzindo o fruto do Espírito
em sua vida!
Fidelidade:
A palavra “fidelidade” vem da palavra grega pistis, comumente usada no
Novo Testamento para designar fé. Entretanto, neste versículo transmite a
ideia de uma pessoa fiel, confiável, leal e firme. Retrata uma pessoa
devotada, fidedigna, confiável, dedicada, constante e inabalável. Isso
naturalmente é contrário à carne, que procura ser preguiçosa,
descompromissada, inconstante e totalmente não confiável.
Quando Paulo escreveu a Timóteo e lhe disse como escolher líderes,
exortou-o a escolher homens “fiéis”. Essa também é a palavra pistis, que nos
diz que é obrigatório que esse fruto do Espírito fosse encontrado nos líderes.
De fato, é também usada em 1 Coríntios 4:2, onde Paulo escreve: “Ora, além
disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado
fiel”. Essa última frase poderia ser traduzida como: “... É necessário... que
um homem seja devotado, fidedigno, confiável, dedicado, constante e
inabalável”.
Essa “fé” ou “fidelidade” é tão estimada por Deus que aparece em 1
Coríntios 13:13, em que Paulo escreve: “Agora, pois, permanecem a fé, a
esperança e o amor...”. Esse fruto do Espírito faz parte da natureza eterna de
Deus. A Bíblia enfatiza que Deus é fiel (1 Coríntios 1:9) e totalmente
confiável. Números 23:19 diz: “Deus não é homem, para que minta; nem
filho de homem, para que se arrependa”. O próprio Jesus é o mesmo ontem,
hoje e sempre (Hebreus 13:8).
Se este comportamento imutável, constante, estável e inabalável é a
natureza do próprio Deus, não deve nos surpreender que quando permitimos
que o Seu Espírito opere livremente em nossa vida, Ele nos torna fiel e
firme, exatamente como Deus. Deus é fiel; portanto, devemos esperar que a
fidelidade cresça em nossa vida como um dos frutos do Espírito Santo.
O Espírito Santo tem liberdade suficiente para produzir “bondade” e
“fidelidade” em sua vida hoje? Você é egoísta e egocêntrico e consume todo
o seu dinheiro extra com você mesmo e nunca demonstra preocupação com
as necessidades dos que estão ao seu redor? Os outros conhecem você como
alguém instável, não confiável e não fidedigno? Se a resposta for sim para
qualquer uma dessas perguntas, isso não indica que você não está permitindo
que o Espírito Santo faça Sua obra em você? Se Ele realmente tivesse a
liberdade de operar em sua vida, os frutos de “bondade” e “fidelidade”
seriam evidentes em você. Você não concorda?
Senhor, quero que Tu operes tão poderosamente em mim que a “bondade” e a “fidelidade”
se tornem parte integrante de minha vida. Perdoa-me pelos tempos em que fui carnal e
insensível às necessidades humanas que estão ao meu redor. Passei ao lado de pessoas
muito necessitadas, mas nem reparei. Estou convicto disso, Senhor, e estou pedindo que Tu
me ajudes a mudar meu foco de mim para as pessoas à minha volta. Também peço que Tu
me ajudes a me tornar tão fiel que as pessoas saberão que podem depender de mim!
Confesso que sou sensível às necessidades humanas das pessoas à minha volta. Além de
crer que as minhas próprias necessidades serão atendidas, eu também creio que terei
recursos financeiros para ajudar a atender às necessidades dos outros. Assim como Jesus
foi uma bênção em Sua geração, eu sou uma bênção em minha geração. Sou estável,
inabalável e constante em todas as áreas da minha vida, refletindo a vida e o caráter de
Jesus Cristo em tudo que faço!
PARA REFLETIR
1. Quanto tempo faz que você doou sacrificialmente para ajudar

pessoas pobres e carentes? Você sequer está ciente das necessidades
dos pobres e necessitados de seu bairro, sua cidade ou do mundo?
2. O que você pode realizar neste momento para começar a “fazer o
bem” a pessoas próximas de você que têm sérias necessidades
básicas? Você pode lhes fazer uma doação, levá-las ao supermercado
ou encher o tanque do carro delas? O que Jesus faria?
3. Você tem reputação de ser fidedigno, confiável e digno de crédito?
Quando um crente está andando no Espírito seus olhos estão

sobrenaturalmente abertos para ver as necessidades da humanidade, e seu
coração é tocado para atender a essas necessidades. É por isso que não há
maior benfeitor nem filantropo do que uma pessoa que é cheia do Espírito
e que está produzindo o fruto do Espírito em sua vida!
27 DE JULHO
Mansidão e Domínio Próprio

mansidão, domínio próprio...
P oucas pessoas pensam em “mansidão” como um atributo desejável. A

maioria presume que se uma pessoa é “mansa”, só pode ser “fraca”.
Para elas, uma pessoa mansa é alguém tímido, acanhado, envergonhado ou
talvez introvertido.
Porém, essa é uma visão totalmente incorreta da palavra usada no Novo
Testamento para significar “mansidão”. Na realidade, a “mansidão” é um
dos atributos mais fortes que uma pessoa pode possuir, com um singular
poder que impacta drasticamente tudo em que toca. Em Gálatas 5:22-23, a
mansidão é listada como um dos frutos produzidos pelo Espírito Santo em
nossa vida. Esses versículos nos dizem: “Mas o fruto do Espírito é: amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão...”.
Mansidão:
Então, o que é “mansidão”? A palavra “mansidão” provém do grego
prautes, que retrata a atitude ou o comportamento de uma pessoa tolerante,
paciente e tardia em irar-se; alguém que permanece no controle de si
mesmo diante de insultos ou ofensas. Na língua grega, a palavra prautes
(“mansidão”) transmite a ideia de um ideal elevado e nobre a ser aspirado
na vida de alguém. Embora uma situação ofensiva possa normalmente
produzir uma explosão precipitada ou irada, uma pessoa mansa é controlada
por bondade, gentileza, brandura, ou até amabilidade.
A palavra “mansidão” representa uma pessoa geniosa que aprendeu a
submeter sua vontade a uma autoridade superior. Não é fraca: é controlada.
Pode, de fato, possuir uma vontade forte e um caráter poderoso; pode ser
uma pessoa que tem a sua própria opinião. Porém, essa pessoa aprendeu o
segredo de se submeter àqueles que estão acima dela. Assim, ela é aquela
que sabe como controlar a sua vontade. Em raros casos, a palavra prautes
(“mansidão”) era usada para descrever animais selvagens que haviam se
tornado mansos, por transmitir corretamente a ideia de uma vontade
selvagem e feroz sob controle.
Isso significa que quando o Espírito está produzindo mansidão em sua
vida, você é controlado até mesmo em circunstâncias difíceis. Em vez de
ficar furioso e ter um ataque de raiva, você consegue permanecer em silêncio
e manter suas emoções e seu temperamento sob controle. Se você se
encontrar em uma situação em que acredita extremamente ser errada, ainda
será capaz de ficar em silêncio até o momento adequado de falar ou até que
lhe peçam a sua opinião. Você sabe controlar a si e as suas emoções.
Além desses significados, a palavra “mansidão” também era usada em um
sentido médico, para indicar medicação tranquilizante para acalmar a
mente irada. Uma pessoa mansa não exibe o semblante de alguém ofendido,
perturbado, irado ou sensível a insultos ou ofensas. Em vez disso, sua reação
é tão amável e branda que se torna uma medicação tranquilizante para a alma
irada ou perturbada ou para uma situação problemática ou perturbadora.
Então, dedique um momento a examinar o modo como você responde a
insultos, ofensas ou situações instáveis. Você se vê frequentemente
contribuindo para uma atmosfera acalorada e potencialmente explosiva? Ou
a sua presença traz paz em meio ao conflito? Quando outros dizem ou fazem
algo que pode ofendê-lo, você retruca rapidamente com uma resposta áspera
ou consegue controlar suas emoções e seu temperamento, permanecendo em
silêncio até um momento mais adequado para falar?
A carne adora perder o controle, mas quando a mansidão estiver sendo
produzida em você pelo Espírito Santo, isso irá torná-lo cuidadoso e
controlado. A sua simples presença se tornará a medicação tranquilizante de
Deus para pessoas iradas e perturbadas, e você transmitirá paz a situações
até então inquietantes e instáveis.
Domínio próprio:
Paulo prossegue, mencionando “domínio próprio” como item seguinte de
sua lista dos frutos do Espírito. Porém, “domínio próprio” não tem
exatamente o mesmo significado que a palavra “mansidão”? Qual é a
diferença entre esses dois frutos do Espírito?
Conforme observado anteriormente, a palavra “mansidão” tem a ver com
a atitude ou o comportamento de uma pessoa capaz controlar seu
temperamento ou suas emoções. Porém, a palavra “domínio próprio” provém
das palavras gregas en e kratos. A palavra en significa dentro de e a palavra
kratos significa poder. Quando compostas em uma palavra, forma-se a
palavra enkrateia, que literalmente significa dentro do controle e indica
poder sobre si mesmo; por isso, é frequentemente traduzida como
“autocontrole”. Sugere o controle ou a contenção de suas paixões, apetites
e desejos.
Assim como um indivíduo manso é capaz de controlar a sua atitude, uma
pessoa que tem domínio próprio tem poder sobre seus apetites, impulsos
físicos, paixões e desejos. Em função de o Espírito Santo ter produzido
moderação em sua vida, ela é capaz de dizer não a comer imoderadamente,
não a se entregar desmedidamente a atividades carnais, não a qualquer tipo
de excesso no reino físico. Uma pessoa com domínio próprio mantém uma
vida de moderação e controle. A palavra enkrateia —“domínio próprio” —
pode ser traduzida como contenção, moderação, disciplina, equilíbrio,
temperança ou autocontrole.
Você pode ver quão oposto às obras da carne é o domínio próprio. Se a
carne tiver permissão para fazer as coisas à sua maneira, ela irá se
preocupar demais, trabalhar demais, comer demais, cometer excessos e,
literalmente, correr para a morte. Porém, quando uma pessoa é controlada
pelo Espírito Santo, o Espírito de Deus produz nela uma disciplina sobre o
reino físico, que a ajuda a conservar sua condição física, permanecer
saudável, ficar livre de pecados e viver uma vida moderada e equilibrada.
Agora que compreende melhor os significados das palavras “mansidão” e
“domínio próprio”, considere como você está se saindo em permitir que o
Espírito Santo produza esses dois frutos espirituais em sua vida. Você
demonstra que é capaz de controlar seu temperamento, apetites e impulsos
físicos? Você é capaz de conter as suas emoções e manter a sua carne sob
controle? Ou você teria de admitir, honestamente, que tem dificuldade em
controlar as suas emoções e que a sua carne está no comando?
Hoje, dê uma boa olhada em si mesmo a fim de verificar se mansidão e
domínio próprio estão sendo produzidos em você. E, se a resposta for não,
dedique algum tempo hoje a pedir ao Espírito Santo que comece a
produzir esses dois poderosos frutos em sua vida!
Senhor, sou muito grato por Tu seres paciente comigo enquanto aprendo a andar no
Espírito e a produzir os frutos do Espírito em minha vida. Todos os dias estou me tornando
mais consciente de minha necessidade de ser transformado. É muito evidente que não
consigo transformar a mim mesmo sem a Tua ajuda. Sei que preciso de mansidão e
domínio próprio em minha vida. Quando me olho no espelho, minha imagem física até me
diz que me falta muito domínio próprio. Por isso, hoje estou sinceramente clamando e
pedindo que Tu me ajudes a atingir um nível mais elevado de vida. Produz em mim esses
frutos poderosos e transformadores de vida. Eu imploro: transforma-me!
Confesso que estou me tornando cada vez mais controlado em minhas emoções e minha
vida física. Contenção, moderação, domínio próprio, disciplina, autocontrole — tudo isso
está se tornando parte de quem eu sou e de como eu me comporto. A natureza e o caráter
de Jesus Cristo estão sendo desenvolvidos em mim. Os frutos espirituais de mansidão e
domínio próprio estão me transformando — levando paz a todas as situações que encontro
e produzindo saúde em mim enquanto eu aprendo a ser moderado em tudo que faço!
PARA REFLETIR
1. Você tem o testemunho de ser um remédio tranquilizante para a alma

irada ou perturbada, ou suscita ira e contenda? Os outros o veem
produzindo um efeito calmante e tranquilizante sobre as outras
pessoas?
2. Quando analisa a sua vida com honestidade, você vê autocontrole?
Você tem poder sobre si mesmo ou sua carne é quem está no
comando? Você é capaz de dizer à sua carne o que fazer ou a sua
carne o comanda?
3. Em que áreas você pensa precisar de mais autocontrole? Por que
você não medita nessa pergunta e, depois, faz uma lista das áreas de
sua vida que precisam ser mais controladas pelo Espírito de Deus?
28 DE JULHO
Tomai Sobre Vós o Meu Jugo

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós
o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso
para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.
— Mateus 11:28-30
Q uando a nossa família se mudou para a União Soviética, a economia

soviética estava tão falida e o sistema estava tão destruído que até os
suprimentos mais básicos eram difíceis de serem encontrados. Um desses
suprimentos difíceis de achar era a gasolina para o carro — e não apenas
para o carro, mas para qualquer máquina que operasse com gasolina. Por
causa dessa falta de combustível, havia poucas pessoas nas ruas e elas
caminhavam grandes distâncias. Simplesmente não havia combustível
disponível para colocar nos tanques dos carros estacionados nas garagens
das pessoas.
Naquela época, nossa família vivia em uma área remota, na periferia de
uma cidadezinha onde as pessoas recebiam pequenos lotes de terra para
cultivar hortas. Certa primavera, quando chegou a hora de arar a horta e
plantar sementes, olhei pela janela da cozinha de nossa casa e vi algo que
mal pude acreditar! Nosso vizinho tomou um velho jugo, como aquele que
normalmente seria colocado em volta do pescoço de uma vaca, um cavalo ou
um boi, e o colocou no pescoço de sua esposa! Eu assistia espantado
enquanto aquele homem caminhava atrás de sua esposa, guiando o arado
enquanto ela lançava à frente o pescoço e os ombros, arrastando o arado
pelo solo endurecido. Os dois estavam trabalhando para sulcar o solo para
poderem plantar suas sementes e produzir sua horta. Eles possuíam um
pequeno trator, mas por não haver combustível não podiam usá-lo. Portanto,
aquele casal recorreu à ação que vi naquele dia.
Chamei Denise e lhe disse para ir à cozinha. Ela olhou pela janela comigo
e viu aquela pobre mulher ligada a um jugo e puxando o arado, com o marido
tentando guiar a lâmina afiada por aquele solo sólido. Denise ficou sem
palavras! O que aquele casal estava fazendo bem ao lado de nosso quintal
parecia tão penoso e difícil! Desejamos ter um par de bois para lhes
emprestar naquele dia a fim de facilitar um pouco o seu trabalho!
Muitas vezes, Denise e eu trabalhamos tão arduamente no ministério, que
nos sentimos como se tivéssemos dado todas as nossas forças; contudo,
sempre parecia haver muito mais que precisávamos dar. Em várias ocasiões
eu disse à minha esposa: “Acho que é hora de nos amarrarmos ao arado e
sulcar esse chão duro! Vamos lá, querida!”. Nós ríamos e, então, nos
lembrávamos das palavras de Jesus em Mateus 11:28-30, quando Ele disse:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos
aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso
e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu
jugo é suave, e o meu fardo é leve”.
A palavra “cansados” do versículo 28 provém da palavra grega kopaio,
que descreve o tipo mais cansativo de trabalho. Essa é uma pessoa que está
dando tudo que tem a um projeto ou a uma atribuição. Ela está lutando,
labutando e trabalhando com todas as forças de seu ser. Porém, o tempo
grego descreve pessoas que vêm trabalhando sob essa carga sem uma pausa
há muito tempo. Seu trabalho tem sido cansativo, exaustivo e interminável.
A palavra “sobrecarregados” nos diz por que essas pessoas estão tão
cansadas de seus trabalhos. Essa palavra provém do grego phortidzo, que
indica uma carga ou um fardo normal e esperado que um indivíduo
carregue na vida. Era um termo militar que descrevia a mochila ou sacola
que todos os soldados precisavam carregar como parte de sua carreira.
Levar tal peso era uma exigência normal e esperada dos soldados. O peso
dessas mochilas e sacos era determinado pela extensão da viagem do
soldado. Se ela fosse curta, o peso seria menor. Porém, se a tarefa exigisse
uma viagem mais longa, o peso da mochila ou do saco seria muito mais
pesado.
Isso significa que Jesus estava se referindo a pessoas que vinham fazendo
seu trabalho havia muito tempo — e seu trabalho ainda não estava
terminado. Sua jornada não havia sido rápida, curta e fácil, havendo ainda
muito diante delas. Elas ainda tinham uma longa distância a percorrer até
chegarem ao seu destino. Sabendo quão exaustas estavam e, contudo, quanto
mais ainda teriam de percorrer antes de terminarem, Jesus lhes disse: “Vinde
a mim... e eu vos aliviarei” (v. 28).
A palavra “aliviarei” provém da palavra grega anapauo, que significa
descansar, relaxar, acalmar ou revigorar. A raiz é pauo da qual provém a
palavra pausa. Então, em Mateus 11:28, anapauo significa pausar, cessar,
desistir ou abster-se. Em nossa linguagem moderna, poderia ser traduzida
como tomar fôlego; fazer uma pausa; existir um hiato, uma calmaria, um
intervalo, uma interrupção ou dedicar tempo a afastar-se de algo ou
alguma responsabilidade.
Jesus nunca prometeu que iria tirá-lo das tarefas difíceis. Entretanto, Ele
prometeu que se você fosse até Ele, o descanso de que você precisa para ser
revigorado Ele iria lhe dar para a continuação e conclusão da viagem. Então,
quando parecer que você deu tudo que tem, mas ainda houver muito mais a
fazer antes de terminar, apenas faça uma pausa em sua viagem e vá a Jesus
para ser sobrenaturalmente revigorado!
A seguir, em Mateus 11:29, Jesus disse: “Tomai sobre vós o meu jugo...”.
A palavra “tomai” é a palavra airo, que significa levantar
propositadamente ou tomar deliberadamente. O fato de Jesus ter usado a
palavra airo implica que o indivíduo precisa deliberadamente convidar
Jesus para colocar o jugo, a fim de que Ele possa ajudá-lo a puxar o arado.
A palavra “jugo” provém da palavra grega zugos, que descreve o jugo de
madeira que juntava dois animais para que eles pudessem combinar sua
força para puxar uma carga que geralmente teria sido demasiadamente
difícil para um animal puxar sozinho. Esse “jugo” tornava a equipe
inseparável. Como resultado, eles eram mais fortes e sua força combinada
facilitava a sua tarefa.
Essa é a oferta de Jesus ao trabalhador fatigado e cansado. Jesus se
oferece para acompanhar o trabalhador e se juntar a ele em sua tarefa ou
seus assuntos. Entretanto, o trabalhador — a alma cansada — tem de
escolher deliberadamente entrar nessa relação de trabalho e estar sob o jugo
de Jesus. Ele tem de tomar o “jugo” de Jesus sobre si mesmo, estendendo a
mão por fé para levantá-lo e colocá-lo sobre si mesmo.
Colocar-se “sob o jugo” de Jesus em sua vida, ministério, negócios e
assuntos pessoais é uma escolha premeditada e determinada — não é algo
que ocorre acidentalmente. Porém, assim como dois animais “unidos no
jugo” tornam um trabalho muito mais fácil e administrável, a sua força a de
Jesus juntos é imbatível! Foi por isso que o Senhor prosseguiu, dizendo:
“Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11:30).
A palavra “suave” provém da palavra grega chrestos, que significa
prazeroso, deleitoso ou confortável. Isso significa que é um deleite
trabalhar com o Senhor. Quando você está unido a Jesus pelo jugo, até
mesmo as tarefas mais difíceis tornam-se prazerosas! Situações que
normalmente iriam deixá-lo desconfortável se tornam confortáveis. Estar
“sob o jugo” com Ele transforma a atmosfera e traz paz e força à sua alma. É
a experiência mais agradável do mundo!
Jesus concluiu esse versículo dizendo que estar “sob o jugo” com ele é
“leve”. A palavra “leve” vem do grego eláfron, que descreve algo que não
é opressivo, e sim leve ou fácil. Posso lhe dizer por experiência pessoal —
o que antes era difícil, cansativo e preocupante porque você estava fazendo
tudo sozinho se torna prazeroso e leve quando você é parceiro de Jesus!
E quanto a você, amigo? Você irá continuar puxando sozinho esse arado
por esse chão sólido? Ou irá permitir que Jesus se associe a você em seus
esforços? Ir sozinho é o caminho mais difícil que você pode tomar. Porém,
quando você escolhe estar sob o jugo de Jesus, de repente tem o maior
parceiro do universo, que irá transformar uma situação antes difícil na
experiência mais prazerosa de sua vida!
Senhor, admito que tenho tentado puxar toda a carga sozinho e simplesmente não consigo
mais fazer isso. Dei todas as minhas forças; agora preciso que Tu venhas para o meu lado
e me ajudes a terminar a tarefa que está diante de mim. Estou disposto a fazê-lo, mas
preciso da Tua ajuda se for realizar isso com todo o meu coração e chegar até o fim. Por
isso, hoje estou pedindo que Tu estejas no mesmo jugo que eu em meu emprego, negócio,
ministério, família e em todos os meus assuntos pessoais.
Confesso que Jesus Cristo é meu parceiro na vida. Ele trabalha comigo; caminha comigo e
é o meu maior Ajudador! Por causa do papel estratégico de Jesus em minha vida, minha
atitude, ambiente, trabalho e tudo que está ligado a mim se tornou melhor, mais elevado,
mais agradável e mais prazeroso. Minha tarefa de vida não é um fardo — é
verdadeiramente um deleite!
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em uma área de sua vida em que você precisa
convidar Jesus para ficar “sob o jugo” com você para tornar sua
jornada mais leve e mais agradável?
2. Você tem tentado fazer tudo sozinho? É por isso que você está tão
exausto com seus trabalhos?
3. Você se sente sozinho em seus esforços ou sente que Jesus está ligado
a você e está ajudando-o a puxar a carga?
29 DE JULHO
Onde Abunda o Pecado, Superabunda a Graça!

...mas onde abundou o pecado, superabundou a graça...
— Romanos 5:20
N unca me esquecerei do tempo em que estávamos sendo atacados pelo

inimigo por todos os lados. Parecia que um ataque total havia sido
desencadeado contra nós. Ao mesmo tempo em que estávamos sofrendo esse
ataque em nosso ministério, a cidade onde vivíamos passava por uma
conturbação política. Essa situação caótica estava tão terrível que uma
bomba foi detonada a apenas dois minutos a pé de nosso apartamento!
Pudemos sentir nosso prédio tremer quando a bomba explodiu. Parecia que
cada dia estava trazendo novos problemas à nação e mais ameaças ao nosso
ministério.
Tudo isso estava ocorrendo em um momento em que o Espírito de Deus
nos havia dito para nos lançarmos e darmos um novo passo de fé. Parecia
ser um momento muito errado para dar um passo de fé. A lógica dizia:
“Recuem! Protejam-se! Parem tudo até as coisas se acalmarem!”. Porém, o
Espírito de Deus continuava a nos dizer: “Calquem os pés com mais força!
Continuem avançando! Não desacelerem nem por um minuto! Esta é uma
oportunidade perfeita para a mensagem do Evangelho ser divulgado ainda
mais!”.
Bem no meio de todo esse caos, víamos Deus derramar Sua graça sobre
nós. Embora fosse um momento perigoso e difícil, foi também um momento
glorioso para servir no Reino de Deus! Deus começou a fazer coisas novas
maravilhosas na nação onde morávamos. Naquele momento problemático, as
pessoas estavam famintas e abertas para saber mais das coisas de Deus.
Queriam respostas e estavam dispostas a escutar. Como resultado disso,
pessoas foram salvas; a escuridão espiritual teve de recuar na vida delas; e o
Evangelho foi propagado mais do que nunca antes! Quando Deus se moveu
poderosamente na nação, aquele momento tão tenebroso e precário se tornou
um tempo espiritualmente favorável, porque muitos foram levados para o
Reino de Deus.
Essa operação simultânea de trevas e graça me fez pensar em Romanos
5:20, que diz: “... onde abundou o pecado, superabundou a graça”. A palavra
“abundou” usada por Paulo para descrever essa grande quantidade de
pecado provém do grego pleonadzo, que simplesmente significa mais. Indica
algo que existe em abundância. O tempo grego descreve uma abundância
que se torna cada vez maior e mais expansiva com o passar do tempo. A
implicação é que o pecado nunca está estagnado, mas cresce, aumenta e se
expande continuamente. Isso significa que Romanos 5:20 poderia ser
traduzido como: “Onde o pecado existe em abundância e está se
multiplicando e constantemente expandindo...”. Isso descreve a natureza
crescente do pecado desenfreado.
Porém, Paulo não para por aí! Ele prossegue, dizendo: “... onde abundou o
pecado, superabundou a graça”. A palavra “superabundou” provém do grego
huperperisseo, que descreve algo que está crescendo desmesuradamente,
além da proporção, e além dos seus limites até um extremo distante. É
como um rio gigante que está sendo inundado pelas águas que vêm da
nascente. Essas águas estão descendo tão rapidamente que o rio não
consegue mais conter a corrente furiosa no limite de suas margens. Sua água
sobe cada vez mais, até por fim começar a transbordar de suas bordas e a
inundar tudo que está à vista. Essa é exatamente a ideia da palavra usada por
Paulo quando ele diz: “... superabundou a graça”.
Isso significa que Romanos 5:20 pode ser interpretado assim:
“Porque, onde quer que o pecado exista em abundância e esteja se
multiplicando e constantemente se expandindo, esse é precisamente o
tempo e o lugar onde a graça é derramada em uma quantidade muito
maior e excedente.”
Independentemente de onde vivamos e do que estejamos enfrentando —
independentemente de quão ruim a situação ao nosso redor se pareça aos
nossos olhos — a graça de Deus está fluindo rio abaixo e Deus a derrama
generosamente em uma medida abundante! De fato, é impossível imaginar,
medir ou sequer sonhar com a quantidade de graça divina que Deus está nos
enviando. Nenhuma barreira é capaz de conter o fluir da graça que Ele está
nos enviando! Não é apenas “muita” graça; é mais, mais, mais e muito mais
graça! O fluir da graça sempre irá superar o dilúvio do pecado e das trevas!
Satanás tentará impedi-lo de cumprir a vontade de Deus, mas nunca se
esqueça de que o inimigo não conseguirá prevalecer contra você se você
simplesmente se render ao Senhor. Você descobrirá que Deus está
propiciando graça mais do que suficiente para se contrapor ao que o inimigo
está tentando fazer. Se você se render à graça divina, ela irá aumentar cada
vez mais até por fim inundar todas as áreas de sua vida. Em vez de ver a
destruição causada pelo inimigo, você verá o tremendo derramar da graça
maravilhosa de Deus em todos os lugares para onde olhar!
Por isso, quando uma situação parece ruim, como aconteceu tantos anos
atrás quando estávamos vivendo em meio a tempos problemáticos em nossa
parte do mundo, não se surpreenda demais se você ouvir o Espírito de Deus
dizer: “Continue despejando! Mantenha-se firme! Não pare um minuto!
Continue avançando! É em momentos tenebrosos e difíceis como estes que
eu mais amo trabalhar! É aí que a minha graça ultrapassa as trevas do
mundo. Onde abundam o pecado e as trevas é onde eu realmente derramo a
minha graça!”.
Senhor, eu Te agradeço por derramares a Tua graça em tempos difíceis e caóticos.

Quando o pecado abunda e as trevas tentam reinar, é sempre aí que Tu estendes as mãos
para buscar e salvar. Perdoa-me por dar lugar ao medo e por pensar em recuar nesse
momento-chave quando Tu queres fazer um avanço estratégico. Escolho afastar todos os
meus medos e crer que Tu vais fazer algo milagroso para salvar o dia! Deixa a Tua graça
fluir, Senhor — derrama-a! Faz brilhar a Tua luz neste momento de trevas!

Confesso que a graça de Deus é derramada poderosamente para fazer as forças das
trevas recuarem em tempos de dificuldade e caos. Deus usa esses momentos tenebrosos
como oportunidades para derramar a Sua graça e demonstrar aos outros quem Ele é! O
mundo pode tremer de medo e incerteza, mas Deus está sempre próximo. Por fé, declaro
que Deus irá revelar o Seu poder e intervir com a Sua graça para trazer a solução para
este momento difícil!
PARA REFLETIR
1. Você já teve em sua vida um momento sombrio quando a graça de

Deus foi abundantemente derramada em uma medida muito maior do
que você jamais esperou ou sonhou em sua vida?
2. Você tem agora alguma área de sua vida na qual precisa de um novo
derramar da graça de Deus para combater as trevas? Em caso
afirmativo, quais são as áreas em que você necessita desse toque
sobrenatural?
3. Você consegue pensar em um momento da história no qual Deus
enviou um avivamento transformador de uma nação em meio a
momentos difíceis? O que aconteceu como resultado desse
avivamento?
Independentemente de onde vivamos e do que estejamos enfrentando —

independentemente de quão ruim a situação ao nosso redor se pareça aos
nossos olhos — a graça de Deus está fluindo rio abaixo e Deus a derrama
generosamente em uma medida abundante! De fato, nos é impossível
imaginar, medir ou sequer sonhar com a quantidade de graça divina que
Deus está enviando em nossa direção. Nenhuma barreira é capaz de conter
o fluir da graça que Ele está nos enviando! Não é apenas “muita” graça; é
mais, mais, mais e muito mais graça! O fluir da graça sempre irá superar o
dilúvio do pecado e das trevas!
30 DE JULHO
O Diabo Tem Um Plano Para a Sua Vida!

O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham
em abundância.
— João 10:10
P ercebo que João 10:10 é um versículo bem conhecido por milhões de

crentes do mundo todo, mas hoje quero lhe dar uma nova visão dessa
poderosa passagem. Em vez de simplesmente lê-la como você já a leu mil
vezes, vamos nos aprofundar nas palavras gregas por trás desse versículo
para ver o que podemos extrair dos tesouros do Novo Testamento em grego!
Jesus disse: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim
para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10). Segundo
essas palavras de Jesus, o ladrão vem para roubar, matar e destruir tudo que
há de bom em sua vida. Ele quer destruir seu emprego, sua alegria,
felicidade, saúde, finanças, casamento e filhos. O ladrão quer simplesmente
arruinar qualquer coisa sobre a qual ele possa colocar as mãos!
A palavra “ladrão” provém do grego klepto, que significa roubar.
Transmite a imagem de um bandido, um batedor de carteira ou um ladrão
tão habilidoso no modo como rouba, que suas façanhas de roubalheira são
quase indetectáveis. Isso me faz lembrar dos batedores de carteira que
trabalham nas ruas em certas áreas de Moscou. Eles conseguem deslizar suas
mãos para dentro dos bolsos de uma pessoa, pegar o que quiserem e
desaparecerem antes de a pessoa descobrir que eles estavam lá!
Jesus usa essa palavra para nos fazer saber que o diabo é muito esperto na
forma com que roubar das pessoas. Ele sabe que se o fizer abertamente suas
ações serão reconhecidas; portanto, ele rouba as pessoas de uma maneira tão
enganosa que frequentemente cumpre seu objetivo maligno antes mesmo de
saberem que ele as roubou!
Geralmente, o diabo injeta pensamentos na mente de uma pessoa para
roubar sua paz, alegria e até mesmo suas crenças. A palavra klepto descreve
o impulso incontrolável de um ladrão de enfiar as mãos nos bolsos de
alguém para poder tomar o que, por direito, não lhe pertence. Acho muito
interessante que é daí que provém a palavra cleptomaníaco, que descreve
uma pessoa com um impulso neurótico persistente de roubar. Assim como um
cleptomaníaco não consegue não roubar, o diabo não consegue parar de
roubar porque roubar é seu impulso e sua exata natureza. Essa é
precisamente a natureza e o comportamento do ladrão sobre o qual Jesus nos
contou!
Não só o ladrão vem para roubar, mas Jesus disse que ele vem também
para “matar”. À primeira vista, parece que isso significa matar, como tomar
a vida de alguém. Porém, a palavra grega é thuo, que significa sacrificar.
Originalmente, ela se referia à entrega sacrificial de animais no altar. Isso
poderia significar sacrificar, entregar ou desistir de algo precioso e
querido. Era particularmente usada com conotação religiosa, para indicar o
sacrifício de animais, e nada tinha a ver com a matança em termos de
assassinato.
Ao usar essa palavra para descrever o trabalho do ladrão em João 10:10,
Jesus está nos dizendo que se o ladrão ainda não saiu com tudo que temos de
precioso e estimado, ele tentará nos convencer de que precisamos sacrificar
ou desistir de tudo o que ele ainda não tomou de nós.
O ladrão não consegue suportar o fato de você possuir qualquer tipo de
bênção. Portanto, se ele não tiver êxito em roubar as coisas boas de sua
vida, tentará convencê-lo astutamente a desistir de tudo que você possui e
ama — simplesmente por não querer que você o tenha. Ele pode até tentar
criar situações estressantes que fazem você concluir que a sua única solução
é sacrificar as coisas que você ama muito.
Então Jesus prosseguiu, dizendo que o ladrão vem também para
“destruir”. A palavra “destruir” provém da palavra grega apollumi, que
transmite a ideia de algo que é arruinado, assolado, destroçado, devastado
e destruído. Por causa do uso dessa palavra, descobrimos que, se o ladrão
não tiver sucesso em suas tentativas de roubá-lo ou convencê-lo a sacrificar
o que você estima, ele tentará arruinar aquilo!
Uma tradução interpretativa expandida de João 10:10 poderia ser:
“O ladrão quer colocar as mãos em todas as coisas boas de sua vida.
De fato, esse batedor de carteiras está em busca de qualquer
oportunidade para se intrometer profundamente em seus assuntos
pessoais, que pode sair carregando tudo que você considera precioso
e estimado. E isso não é tudo — quando ele tiver terminado de roubar
todos os seus bens e posses, irá executar seu plano de roubá-lo de
forma extraordinariamente enganosa e completa no próximo nível.
Ele irá criar condições e situações tão horríveis que você não verá
maneira alguma de resolver o problema, exceto sacrificar tudo que
restou dos ataques anteriores dele. O objetivo desse ladrão é assolar
e devastar a sua vida. Se nada o detiver, ele irá deixá-lo arruinado,
arrasado e completamente falido em todas as áreas de sua vida. Você
acabará se sentindo como se estivesse destroçado e falido! Não se
engane — o objetivo final do inimigo é aniquilá-lo...”.
Porém, Jesus prosseguiu dizendo: “... eu vim para que tenham vida e a
tenham em abundância” (João 10:10). A palavra “tenham” pertence ao tempo
grego que significa ter e possuir continuamente. A “vida” que Jesus nos
oferece é zoe, que sugere uma vida repleta de vitalidade. A frase “com
abundância” provém da palavra grega periossos e significa estar acima,
além do comum, extraordinário ou até mesmo excessivo. Isso não é apenas
abundância: é superabundância.
Que comparação! O diabo vem para roubar, matar e destruir, mas Jesus
vem para dar vida como nunca a conhecemos!
Uma tradução interpretativa expandida dessa segunda parte de João
10:10 poderia ser:
“... mas eu vim para que as pessoas possam ter, manter e conservar
constantemente vitalidade, garra, vigor e entusiasmo pela vida que
brota bem no fundo de seu ser. Eu vim para que possam acolher essa
vida incomparável, inigualável, ricamente suprida e transbordante
até ao máximo absoluto!”
Em sua caminhada com o Senhor, você irá experimentar momentos em
que o diabo irá manipular as suas emoções para mantê-lo totalmente
amarrado e deprimido. Outras vezes, o inimigo irá disfarçar a voz para que
você pense que Deus está falando com você, para fazê-lo se desviar ou levá-
lo a descartar seus sonhos mais profundos como se fossem pura imaginação.
Porém, sempre que ocorrerem esses ataques, apenas mande o demônio calar-
se e parar de lançar em sua mente aqueles estúpidos pensamentos
disparatados. Mande-o ir embora! Faça-o saber que você não mais morderá
essa isca e, portanto, ele pode ir pescar em outro lugar. Você não é mais um
ingênuo! Agora você sabe como ele opera e está determinado a não permitir
que ele roube, mate ou destrua qualquer outra coisa boa de sua vida!
Não há dúvida quanto a isso!
• O diabo quer que você seja derrotado.

• O diabo quer que você enfrente dificuldades ao longo de toda a sua
vida.
• O diabo quer que você fique doente, deprimido, desanimado,
cabisbaixo e triste.
• O diabo quer que você sinta que nunca atingirá o objetivo da sua vida.
• Porém, Jesus quer lhe dar uma vida incomparável, inigualável,
ricamente provida e transbordante até ao máximo absoluto!
Então, agora que você sabe que o diabo quer fazer com que a sua vida
seja pouco gratificante, infeliz e monótona — uma vida que ninguém irá
perceber que desapareceu depois de terminada — o que você fará sobre
isso? Recomendo enfaticamente dar um basta e impedir Satanás de causar
estragos em sua vida. Jesus lhe dará o poder necessário para resistir a
todo ataque e superar todas as estratégias que o diabo tentar usar contra
você!
Senhor, sou muito grato por Tu teres vindo para me dar vida real! Tu não me salvaste para
eu poder viver o resto de minha vida em derrota e pobreza. Tu não me redimiste para eu
ficar doente, deprimido e triste. Tu vieste para me dar vida e eu estou determinado a
entrar na realidade dessa vida que Tu me prometeste. Perdoa-me por ter permitido que o
diabo me convencesse a me afastar das bênçãos que Tu projetaste para minha vida e
minha família. Estou tirando meus olhos do caminho inferior e me dirigindo ao caminho
superior de bênção que Tu planejaste para mim!
Confesso que Jesus Cristo me dá uma vida repleta de extraordinária abundância! Ele veio
para que eu pudesse ter, manter e conservar constantemente vitalidade, garra, vigor e
entusiasmo pela vida que brota bem no fundo de meu ser. Ele me dá uma vida que não é
facilmente abalada nem perturbada por qualquer evento externo. Eu, portanto, acolho
essa vida incomparável, inigualável, ricamente suprida e transbordante que Jesus veio
para me dar!
PARA REFLETIR
1. Se um incrédulo olhasse para a sua vida, diria que você teve uma
“vida abundante” ou que você viveu uma existência escassa e de
baixo nível? O que você pensa que “abundância” significaria para
um incrédulo?
2. Como você avalia uma “vida abundante”? Você mede a abundância
em termos de espiritualidade, finanças, saúde, relacionamentos ou
emprego? A quantas dessas áreas você pensa que Jesus estava se
referindo quando falou de ter vida “em abundância”?
3. Em quais áreas você não está tendo uma vida abundante? Seria muito
útil você fazer uma lista dessas áreas para poder orar por elas e
começar a crer que a abundância de Deus fluirá para essas partes de
sua vida.
A palavra “ladrão” transmite a imagem de um bandido, um batedor de

carteira ou um ladrão tão habilidoso no modo como rouba, que suas
façanhas de roubalheira são
quase indetectáveis.
31 DE JULHO
Não Convide Propositadamente Um Tufão Para Sua

Igreja, Seu Ministério Ou Sua Empresa!
...não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo.
— 1 Timóteo 3:6
T alvez você tenha tido um colega ou empregado em quem confiou muito

— até ele enganar e trair você. Se você passou por esse tipo de
experiência difícil, poderá não estar muito empolgado com confiar em
pessoas novamente.
Todos os líderes do mundo passaram por uma dessas experiências. Até
mesmo Jesus teve em Sua equipe um ladrão que roubou dinheiro da
organização, mais tarde o traiu e o entregou às autoridades religiosas para
ser executado em uma cruz. Se isso pode acontecer a Jesus, é possível que
aconteça a qualquer um. Porém, Jesus não desistiu e abandonou a missão
apenas por haver uma maçã podre em Seu grupo. Ainda havia onze outros
que permaneceram fiéis. Embora esses onze também tenham cometido alguns
erros ao longo do caminho, acabaram mudando o curso da história humana
ao levarem a mensagem do Evangelho até os confins da terra.
Deixar as suas emoções tirarem o melhor de você, decidindo continuar
sozinho não é a resposta correta quando você passa por esse tipo de
experiência. Você precisa se levantar, sacudir a poeira, aprender com seus
erros e prosseguir com todo o seu coração. Em vez de culpar outra pessoa
pelo que aconteceu, apenas aceite a responsabilidade por algo em que você
possa ter fracassado. Pare de se queixar dos contratempos no caminho que
você tomou e permita que essa provação se torne uma experiência de
aprendizado. É tempo de parar de pensar no mal que os outros lhe fizeram.
Em vez disso, pergunte a si mesmo qual o mal que você lhes fez que permitiu
que a situação surgisse. Pergunte a si mesmo:
Eu dei autoridade demais a essa pessoa com muita rapidez?
Eu confiei em alguém que eu realmente não conhecia muito bem?
Eu dediquei tempo suficiente a essa pessoa para realmente me tornar
seu amigo?
Eu fiz com que essa pessoa soubesse o que eu esperava dela?
Eu ignorei os sinais de que algo estava indo mal?
Meu cônjuge me disse que algo estava errado, mas eu não quis escutar?
O que eu aprendi com essa experiência?
Nenhuma escola é mais eficaz do que a experiência pela qual você passa
quando alguém com quem você trabalha o trai ou decepciona. Após essa
experiência, você entenderá melhor por que Paulo disse a Timóteo para não
escolher pessoas desconhecidas para cargos-chave de liderança. Em 1
Timóteo 3:6, Paulo escreveu: “não seja neófito, para não suceder que se
ensoberbeça e incorra na condenação do diabo”.
Se eu lhe perguntasse “O que é um neófito?”, você poderia responder que
um neófito é um cristão-novo. Isso, certamente, pode ser verdade; entretanto,
a palavra “neófito” é muito mais ampla do que essa interpretação restrita.
Provém da palavra grega neophutos, composta por neo e photos. Neo
significa novo, e photos significa planta. Em conjunto, neophutos significa
uma planta nova. Nesse contexto, entende-se que significa um novo
convertido ou um cristão-novo. Porém, essa palavra também pode se referir
a uma planta antiga que é nova no seu jardim. Ou seja, pode também se
referir a um transplante.
Poucos pastores cometem o erro de escolher novos convertidos para
posições-chave na igreja ou no ministério. Poucos líderes empresariais
colocariam um adolescente jovem e inexperiente no comando de seus
negócios. Entretanto, líderes de igrejas e empresários cometem
frequentemente o erro de promover pessoas com excessiva rapidez quando
elas vêm de outras igrejas, organizações ou empresas. Os recém-chegados
podem parecer bons e seus talentos podem ser urgentemente necessários.
Assim, frequentemente são tomadas decisões precipitadas e pessoas são
promovidas antes de serem realmente conhecidas.
As pessoas podem ter anos de experiência, mas se forem novas no seu
jardim — sua igreja, ministério, organização ou empresa — você precisa
dedicar tempo a conhecê-las antes de lhes dar grandes quantidades de
autoridade e responsabilidade. Paulo explica o porquê disso dizendo que se
você promove uma pessoa com excessiva rapidez isso a coloca em uma
posição favorável para o diabo enganá-la, fazendo-a ter um conceito
excessivamente elevado de si mesma. É isso o que Paulo quer dizer com
“não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça...”.
A palavra “ensoberbeça” provém do grego tuphuo, que significa estar
envolvido em fumaça, como uma pessoa cuja visão é tão desfocada que
não consegue ver as coisas corretamente. É dessa palavra que provém a
palavra tufão, que se refere a uma tempestade destrutiva que causa
grandes danos.
Veja, quando uma pessoa é promovida muito rapidamente, o diabo
frequentemente lhe sussurra: “Veja quão poderoso você é! Mesmo sendo
novo aqui, você já adquiriu grande visibilidade!”. Por que isso é
extremamente perigoso? Paulo continua a explicação dizendo: “... não seja
neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do
diabo”.
Você vê a palavra “incorra”? Provém da palavra grega em pipto, que
significa cair em algum tipo de controvérsia ou entrar sem querer em
algum tipo de confronto. Assim, Paulo adverte que, quando uma pessoa é
nomeada para um cargo superior precipitadamente, pode se tornar
obscurecida por sua própria arrogância, o que faz com que ela entre sem
querer em um confronto com o diabo que poderá ter consequências
destrutivas, semelhantes às de um tufão, não só para a própria pessoa, mas
para a igreja, organização ou empresa.
Paulo conclui dizendo: “... [não] incorra na condenação do diabo”. A
palavra “condenação” vem da palavra grega krima, que significa
julgamento. Pode descrever um ato que leva ao julgamento de alguém.
Sendo assim, essa frase poderia ser traduzida como “... para que não entre
sem querer em um confronto e julgamento do diabo”.
Qual foi o ato do demônio que levou ao seu julgamento? Você pode
encontrar suas palavras em Isaías 14:12-14, onde por cinco vezes ele
declarou que subiria aos lugares mais altos do céu para abalar a posição de
Deus e se apoderar do trono de Deus acima dos anjos. Ezequiel 28:17 nos
conta o motivo de esse engano encher o coração de Satanás: “Elevou-se o
teu coração por causa da tua formosura...”. Veja, Lúcifer ficou tão
impressionado com sua própria beleza e brilho, que começou a ter um
conceito excessivamente elevado de si mesmo — e isso foi o que o levou a
acreditar que poderia tomar posse da posição de Deus!
Esse tipo de situação é precisamente do que Paulo nos alerta a evitar
quando nos recomenda não promover pessoas a cargos de autoridade com
excessiva rapidez. Quando isso acontece, Satanás começa a operar na mente
dessas pessoas, dizendo-lhes que elas são maravilhosas e mais poderosas,
dotadas e capazes do que qualquer outra. Se elas permitirem que o jogo do
diabo opere em sua mente, começarão a pensar que deveriam ter uma
autoridade que nunca lhes foi dada. Esse é precisamente o tipo de
pensamento errado que irá liberar um tufão espiritual em sua igreja,
organização ou ministério!
Então, se você já sofreu depois de promover alguém antes de realmente
conhecê-lo — ou foi prejudicado por ter dado poder a pessoas boas com
demasiada rapidez — precisa aceitar a responsabilidade de em que ponto
você pode ter falhado. Aprenda com essa experiência e depois vá em frente.
Você será um líder muito melhor em função do que aprendeu com essa
difícil “escola da vida”!
Senhor, peço que Tu me ajudes a avaliar a rapidez com que outros devam ser promovidos
em nossa igreja, organização ou empresa. Não quero cometer o erro de lançar pessoas em
situações nas quais o diabo as testará porque eu as promovi com demasiada rapidez. Além
disso, Senhor, peço que Tu me ajudes a ter um novo apreço pelos meus superiores que
estão aguardando antes de me promoverem. Quero ser uma bênção e nunca quero que o
diabo tenha a oportunidade de obscurecer a minha visão por eu ter um conceito
excessivamente elevado de mim mesmo. Eu Te agradeço por me amares o suficiente para
me promover no momento certo e da maneira certa.
Confesso que uso de sabedoria com relação à maneira de escolher e promover os líderes
na minha área de responsabilidade. Sou cuidadoso, cauteloso e meticuloso para promover
pessoas a posições elevadas com excessiva rapidez. Assim como Deus me observa e me
prova antes de me dar uma responsabilidade maior, eu observo, provo e espero para ver se
os outros estão realmente prontos antes de lhes atribuir tarefas novas e importantes. Por
depender da ajuda do Espírito Santo nesse assunto, eu cometo cada vez menos erros na
escolha das pessoas certas para promover!
PARA REFLETIR
1. Você já viu alguém ser promovido tão rapidamente que, mais tarde,
causou profundos problemas espirituais? Em caso afirmativo, quem
foi essa pessoa e o que você aprendeu observando essa situação
desgastante?
2. Você já viu alguém que um pastor amou, cuidou e promoveu tornar-
se, mais tarde, o principal crítico desse mesmo pastor? Essa pessoa
foi você? Em caso afirmativo, você já procurou o seu pastor para lhe
pedir perdão?
3. Se você está se sentindo decepcionado com alguém de sua confiança,
por que não dedica algum tempo hoje a orar e pedir ao Senhor que o
ajude a perdoar essa pessoa? Afinal, a prisão de amargura em que
você se trancou por causa dessa ofensa passada prejudica somente
você!
Líderes de igrejas e empresários cometem frequentemente o erro de

promover pessoas com excessiva rapidez quando elas vêm de outras
igrejas, organizações ou empresas.
Os recém-chegados podem parecer bons e seus talentos podem ser
urgentemente necessários. Assim, frequentemente são tomadas decisões
precipitadas e pessoas são promovidas antes de serem realmente
conhecidas.
1 DE AGOSTO
Instando, Seja Oportuno ou Não!

...prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não...
— 2 Timóteo 4:2
P aulo escreveu sua segunda carta a Timóteo durante um período muito

difícil do ministério de Timóteo. Poucos anos antes, o quadro havia sido
radicalmente diferente. Naquela época, a igreja de Éfeso estava crescendo e
prosperando. Timóteo era o novo jovem pastor que a igreja amava! Aqueles
anos anteriores foram divertidos e agitados, e tudo estava em movimento.
Que momento empolgante para ser um líder cristão!
Porém, quando a carta de 2 Timóteo foi escrita, a situação havia mudado
drasticamente para esse pastor e para os crentes sob a sua responsabilidade.
Nero havia se tornado o imperador romano e sua insanidade já estava
causando estragos na vida de incontáveis crentes, especialmente em Roma.
Quanto a Éfeso, tratava-se de uma das cidades mais pagãs da Ásia Menor,
bem como a residência do procônsul romano. Frequentemente, os cristãos
que viviam em Éfeso sofriam ataques de perseguição intensa, porque o
governo romano tentava assustá-los para que abandonassem a fé cristã e
retornassem aos templos pagãos.
Como resultado desses tempos difíceis, muitos crentes morreram por sua
fé. Outros desertaram da igreja e retornaram aos antigos templos para salvar
sua vida. E, como se todas essas dificuldades e decepções não fossem
suficientemente gigantescas para enfrentar, Timóteo também tinha de lidar
com sérios problemas internos de rebelião entre alguns dos membros da
liderança de sua igreja!
Timóteo havia escrito uma carta a Paulo explicando todas as suas
dificuldades. A resposta de Paulo a Timóteo foi a epístola de 2 Timóteo.
Nela, ele exortou Timóteo a lembrar-se de que deveria instar, quer fosse
oportuno, quer não (2 Timóteo 4:2).
A palavra “instar” vem da palavra grega ephistimi, composta pelas
palavras epi e istimi. Epi significa sobre, e istimi significa repousar. A nova
palavra composta significa ficar em cima de, tomar uma posição firme ou
uma posição dura. Na verdade, era um termo emprestado dos militares, que
significava permanecer em seu posto.
O posto de Timóteo era o púlpito de sua igreja. A partir daquele púlpito,
ele mantinha a sua liderança, transmitia visão, repreendia, trazia correção e
ensinava e pregava a Palavra. Esse era o seu posto. Ninguém mais poderia
estar naquela posição, porque era a posição que lhe havia sido atribuída por
Deus. Embora os tempos fossem muito difíceis e ele possa ter sido tentado a
evitar suas responsabilidades, Paulo o exortou: “Permaneça no seu posto!”.
Perceba que Paulo disse que ele deveria ser fiel ao seu posto “quer fosse
oportuno, quer não”. Em grego, isso parece um jogo de palavras, mas é uma
declaração muito poderosa para aqueles de nós que estamos fazendo o nosso
melhor para servir a Deus. A palavra “oportuno” provém do grego eukairos.
As palavras “não [oportuno]” provém da palavra grega akairos. Você
percebe a semelhança entre essas palavras?
Kairos significa estações ou tempos. Pode ser facilmente alterada
adicionando-se a ela diferentes prefixos. Por exemplo, se você adicionar a
palavra eu à frente, ela se torna eukairos. A palavra eu significa bom, feliz,
agradável ou prazeroso. Isso quer dizer que, quando você liga a palavra eu
à palavra kairos, ela a transforma em eukairos, que significa bons tempos,
momentos felizes, tempos agradáveis ou tempos prazerosos.
Porém, a palavra kairos pode também ser alterada adicionando-se a ela o
prefixo a, que a transforma em akairos. Esse pequeno a pode parecer
insignificante, mas transforma radicalmente o significado daquela palavra.
Akairos significa maus tempos. Então, quando Paulo lhe disse “insta, quer
seja oportuno, quer não”, ele estava realmente dizendo a Timóteo para ser
fiel quer estivesse tendo momentos felizes ou maus momentos!
Uma tradução interpretativa de 2 Timóteo 4:2 poderia ser:
“Tome uma posição firme e determine-se a permanecer no seu posto!
Independentemente de os tempos serem bons ou maus, esse é o seu
posto — o seu lugar de responsabilidade; por isso, assuma uma
posição firme e determine-se a ser fiel!”
Essa era exatamente a palavra de que Timóteo necessitava para encorajá-
lo a manter-se firme, ser corajoso e permanecer fiel à sua atribuição. Suas
lutas passaram e ele se tornou o líder respeitado dos cristãos da região da
Ásia Menor. Nos anos em que serviu como pastor sênior de Éfeso, Timóteo
teve muitos tipos diferentes de períodos — alguns bons, alguns não tão bons.
Porém, independentemente disso, ele permaneceu no seu posto até o fim.
Por que tipo de período você está passando agora? É um período feliz?
Ou você está passando por momentos difíceis? Os bons períodos são
momentos maravilhosos e você deve fazer tudo que puder para desfrutá-los.
Porém, o que você fará nos tempos difíceis? Quando enfrentar desafios
difíceis, você será igualmente fiel e firme como quando as coisas pareciam
ser um pouco mais fáceis?
Pegue as palavras de Paulo a Timóteo e aplique-as a si mesmo. Este não é
um momento para você correr de medo ou procurar outra pessoa para ocupar
o seu lugar. Se Deus o chamou para esse posto, é hora de você fincar os
pés, assumir uma posição firme e determinar que será fiel, quer os tempos
sejam bons ou ruins.
Eu lhe garanto que os maus momentos acabarão passando. Nuvens escuras
não duram para sempre. No fim, o sol sempre sai e os pássaros começam a
cantar novamente. Não seria uma pena você, por causa de algumas nuvens
escuras, desistir e sacrificar tudo pelo que trabalhou tão arduamente para
conquistar?
Jesus está com você, meu amigo. Ele vai lhe dar toda a força que você
necessita para permanecer firme e fiel. Deus fará a parte dele, mas só você
pode fazer a sua. Qual é a sua parte? Sua parte é tomar hoje a decisão de
permanecer fiel ao seu posto!
Senhor, hoje recebo esta palavra como força para a minha vida! Tu me chamaste para
fazer algo ótimo para Ti, e eu não deixarei o diabo ou as minhas circunstâncias me
afastarem de onde eu sei que preciso estar. Tem sido muito difícil, mas este momento
passará — e quando passar estarei mais forte, mais sábio e mais preparado para o futuro.
Eu Te agradeço por me ajudares a fincar meus pés, assumir uma posição firme e manter o
posto que Tu me deste como atribuição!
Confesso que não estou saindo do lugar para onde Jesus me chamou! O diabo e diversas
circunstâncias tentaram me afastar, mas eu decidi em minha mente e resolvi em meu
coração que não irei recuar nem me afastar do lugar para onde Jesus me chamou para
dar o meu coração! Esse é o meu posto; esse é o meu terreno; e eu estarei por aqui até
poder dizer que terminei a minha parte!
PARA REFLETIR
1. As nuvens escuras têm pairado sobre você há tanto tempo que isso
fez com que desejasse transferir a sua tarefa para outra pessoa?
2. Você já considerou quão trágico seria se você desistisse
imediatamente antes de o sol começar a brilhar de novo? É possível
que você esteja no fim dessa turbulência e que o melhor momento de
sua vida esteja logo à frente?
3. Você consegue pensar em tempos do seu passado nos quais pensou
que tudo havia acabado para você, mas então aquele momento difícil
passou e você entrou em um maravilhoso tempo de frutificação? Você
não crê que Deus pode fazer isso novamente por você?
2 DE AGOSTO
Aquilo Que o Homem Semear, Isso Também Ceifará!

Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também
ceifará.
— Gálatas 6:7
F oi um prazer ficar diante de minha preciosa congregação russa muitas

vezes ao longo dos anos e dizer com ousadia: “Não vos enganeis: de
Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará”
(Gálatas 6:7).
Esse princípio é tão verdadeiro que Paulo começa nos dizendo para não
questionar a sua validade! Ele diz: “Não vos enganeis: de Deus não se
zomba...”. A palavra “enganeis” provém do grego planao, que significa
desviar-se; vagar; cambalear; ser tirado do curso; ou ser afetado pela
influência externa de alguém e conduzido para a direção errada. A
palavra planao costuma ser usada no Novo Testamento para descrever a
atividade de falsos mestres que propositadamente levam as pessoas da
liberdade a um ensino que as coloca em algum tipo de escravidão espiritual.
Quando Paulo escreveu esse versículo, a linguagem usada por ele foi um
mandamento aliado a uma proibição muito forte. Isso significa que ele estava
proibindo seus leitores de participarem de algo que parecia já ter sido
iniciado. Em função de ele ter falado de forma tão proibitiva, seu discurso
poderia ser corretamente traduzido como “Parem de ser enganados”. Ele
estava repreendendo uma fraqueza que já estava se desenvolvendo entre os
gálatas e que ele queria fazer cessar! Será que os falsos mestres estavam
tentando dizer aos gálatas que a lei da semeadura realmente não funcionava?
É o que parece.
Nós também vivemos em um tempo em que a lei da semeadura é desafiada
por aqueles que não aceitam a sua verdade. Muitos zombam daqueles que
creem que Deus multiplicará sua semente financeira e a fará voltar para eles;
alguns até tentam usar sua influência para persuadir pessoas a abandonarem
a crença em tal doutrina.
Infelizmente, às vezes pessoas inexperientes e instáveis na Palavra são
apanhadas no meio dessa guerra de palavras. Uma dúvida semeada aqui e ali
as faz questionar a validade da aplicação de lei da semeadura às finanças.
No fim, muitos desses novos crentes abrem mão dessa promessa e se
afastam. Porém, um dia, os enganadores que se posicionam descaradamente
contra a promessa de Deus responderão por seus atos.
Paulo se mantém firme em relação ao princípio de semear e colher, e faz
com que sua voz seja ouvida ao afirmar: “... de Deus não se zomba...”. A
palavra “zomba” provém da palavra grega mukteridzo, que significa torcer
o nariz para alguém, como se estivesse zombando ou rindo dessa pessoa. A
ideia é de alguém que, com arrogância, diz: “Ora, certamente você não
acredita nesse princípio estúpido de semear e colher. Como você pode ser
tão burro a ponto de acreditar que Deus multiplicará o que você semear?”.
Um notável estudioso comentou que esse tipo de atitude costuma vir de
uma pessoa que teve uma experiência amarga quando tentou aplicar a lei da
semeadura às suas finanças. Por algum motivo, ele não obteve os resultados
que esperava, então agora age como se esse princípio não fosse verdadeiro
ou aplicável a alguém. Assim, ele torce o nariz contra a lei de Deus,
desafiando a sua validade e afirmando que nem tudo que um homem semeia
é o que ele colhe.
Paulo não quer que esse negativismo e incredulidade penetrem no
pensamento da igreja da Galácia; então, fala alto, firme e proibitivamente,
ordenando que os crentes da Galácia se dissociem de qualquer um que se
atreva a torcer o nariz contra a lei da semeadura.
Então, Paulo declara com firmeza aquilo em que ele crê: “... aquilo que o
homem semear, isso também ceifará”. A palavra “semear” significa speiro,
que se refere a qualquer semente que é semeada. Perceba a ênfase em
qualquer semente que é semeada. Isso nos alerta imediatamente para o fato
de que essa lei não é aplicável apenas às finanças, mas a qualquer coisa na
vida. Ela se aplica ao amor, ao trabalho, ao tempo, à paciência, à bondade,
ao perdão, à amargura, ao egoísmo — e, obviamente, ao dinheiro. Todos
esses mencionados são potenciais “sementes” que semeamos.
Em algumas traduções da Bíblia, a palavra “aquilo” aparece como “o que
quer que”, que em grego é a palavra ean, ampliando ainda mais a definição
de “semear”. Essa palavra ean literalmente escancara a porta, por significar
o que quer que seja; qualquer coisa; ou independentemente do que um
homem semear. Novamente, Paulo nos informa que essa é uma lei de Deus
que se aplica a todas as esferas da vida, sem exceção. É simplesmente um
fato: o que quer que você semear, independentemente do que for, você
colherá.
O tempo grego não indica uma única semeadura; em vez disso, retrata uma
pessoa que semeia de forma contínua e habitual. Portanto, poderia ser
traduzido como: “... o que quer que um homem semear, semear, semear e
semear — e continuar, habitualmente, semeando, semeando e
semeando...”. Em outras palavras, isso descreve uma semeadura constante,
regular e perpétua. E, se você semear essa semente de maneira regular e fiel,
a promessa de Deus é que você colherá os frutos. A palavra que significa
“colherá” está no mesmo tempo grego, o que significa que pode ser traduzida
como “Você colherá, colherá, colherá e colherá — e continuará a colher,
colher e colher habitualmente”.
A razão de a maioria das pessoas se afastar revoltada e zombando dessa
promessa é nunca realmente a terem posto a prova! Elas semearam uma vez e
esperaram uma colheita. Quando nada aconteceu, abandonaram tudo e
disseram que não funcionou. Porém, as que continuam a semear
habitualmente como forma de vida são aquelas que, com o tempo, colherão
continuamente quando as múltiplas bênçãos de Deus começarem a ser
derramadas em suas vidas.
A medida de sua semeadura determina a medida de sua colheita. Semeie
pouco e você colherá pouco. Semeie muito e você colherá muito. Semeie
inconstantemente e você colherá inconstantemente. Semeie regularmente e
você colherá regularmente.
Gálatas 6:7 poderia ser traduzido assim:
“Parem de deixar as pessoas desviarem vocês da verdade! Vocês
podem tentar torcer o nariz para a lei de Deus, mas isso não mudará
a lei! Permanece verdadeiro que o que quer que vocês semeiem de
forma regular e habitual — independentemente do que seja — isso é
exatamente o que vocês colherão de forma regular e habitual.”
Depois, em Gálatas 6:9, Paulo dedica apenas um momento a incentivar
aqueles de nós que esperam por nossas colheitas. Ele diz: “E não nos
cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não
desfalecermos”.
Perceba que Paulo menciona “a seu tempo”. Mesmo hoje, as épocas de
colheita ocorrem em diferentes momentos conforme as diferentes regiões,
dependendo da temperatura, da altitude e do clima de cada região. Por
exemplo, em um distrito de baixa altitude de Israel, a colheita pode estar a
todo vapor, enquanto nos distritos situados em altitudes maiores ainda faltam
semanas ou até mesmo um mês inteiro para a sua época de colheita.
Esse princípio é válido também em todas as outras esferas. Por exemplo,
se a semente que você está semeando é semente financeira, lembre-se de
cobri-la com oração quando ela sair da sua carteira e entrar no Reino de
Deus. Ore para que o Espírito Santo crie uma atmosfera certa ou um clima
certo para que a semente forme raízes e cresça. E, se demorar algum tempo
para a colheita chegar a você, lembre-se de que nenhum lavrador planta
sementes em um dia e espera colher todo um campo de trigo ou milho no dia
seguinte! Leva tempo para as sementes crescerem naturalmente. Do mesmo
modo, pode ser necessário tempo para a semente que você semeou
amadurecer espiritualmente a fim de poder voltar à sua vida como uma
bênção multiplicada.
Enquanto isso, não se canse de “fazer o bem”. Isso simplesmente significa
continuar; não parar o que você está fazendo; ser regular; ser consistente; ser
fiel; ou estar “fazendo o bem” na semeadura de sua semente! A última coisa
que você deve fazer é “desfalecer”!
Essa palavra “desfalecermos” provém da palavra grega ekluo, que
significa afrouxar, relaxar, desmaiar e perder tudo. O diabo dirá: “Isso não
funciona. Você já tentou durante tempo suficiente. Não fará mal você
deixar de dar. Afrouxe um pouco. Relaxe em relação a dar tanto!”.
Porém, segundo Gálatas 6:9 e a palavra grega elou, se você afrouxar e
relaxar em sua doação, acabará “desfalecendo” — ou seja, você deixará
totalmente de dar. E, se você fizer isso, perderá tudo! Por isso, nunca deixe o
diabo ou qualquer outra pessoa convencê-lo a deixar de semear sementes
financeiras no Reino de Deus.
Como disse anteriormente, a semeadura se aplica a todas as áreas da vida.
Se você, de forma constante e habitual:
• Semear amor, colherá amor.

• Semear paciência, colherá paciência.
• Semear bondade, colherá bondade.
• Semear perdão, colherá perdão.
• Semear dinheiro, colherá dinheiro.
• Semear amargura, colherá amargura.
• Semear contenda, colherá contenda.
Amigo, quer você goste ou não, é assim mesmo que acontece! Essa é a lei
de Deus e não há coisa alguma que você possa fazer para mudá-la. Então, em
vez de desafiar o sistema e perder, você não pensa que é tempo de ser sábio
e aderir ao programa? Se você irá colher o que semear, talvez deva
descobrir o que deseja colher. Então, poderá começar a plantar esses
mesmos tipos de sementes para garantir que obtenha a colheita dos seus
sonhos!
Senhor, quero ser um doador fiel e constante! Não quero ser inconstante na semeadura de
minha semente financeira. Sei que essa é uma lei espiritual que sempre funciona e nunca
mudará; por isso ajuda-me a renovar meu pensamento com a verdade dessa lei e entrar em
conformidade com ela. Quero semear de forma habitual e colher de forma habitual.
Ajuda-me a plantar as sementes certas no solo certo. Depois, peço que Tu forneças a
temperatura, o clima e a atmosfera certos para fazer a minha colheita crescer!
Confesso que NÃO semeio uma única vez. Semeio minha semente de forma contínua e
habitual no Reino de Deus. A Palavra de Deus promete que “tudo que um homem semear
constantemente e continuar semeando habitualmente, também colherá constantemente e
continuará colhendo habitualmente”. Por ser um semeador habitual, serei um ceifador
habitual! A medida de minha semeadura determina a medida de minha colheita. Se eu
semear pouco, colherei pouco. Se eu semear muito, colherei muito. Se eu semear
inconstantemente, colherei inconstantemente. Se eu semear regularmente, colherei
regularmente. Sabendo que isso é verdadeiro, escolho fazer de minha doação uma das
coisas mais importantes e constantes que faço em minha vida!
PARA REFLETIR
1. Você foi constante em sua doação ou foi inconstante na maneira de

você dar seus dízimos e ofertas? Se você é abençoado de forma
inconstante, pensa que o motivo é você semear de forma inconstante?
De algum modo, é algo para você refletir!
2. Você dá fielmente um dízimo integral à obra do Senhor? Em caso
afirmativo, pode louvar a Deus por essa vitória em sua vida, pois
isso irá abençoar o seu futuro. Se a sua resposta for não, por que
você está sendo desobediente nessa área crucial de sua vida?
3. Em que outras áreas de sua vida você está colhendo a partir de
sementes que você gostaria de nunca ter semeado?
A medida de sua semeadura determina a medida de sua colheita. Semeie

pouco e você colherá pouco. Semeie muito e você colherá muito. Semeie
inconstantemente e você colherá inconstantemente. Semeie regularmente e
você colherá regularmente.
3 DE AGOSTO
Um Dom Sobrenatural Para os Que Atuam Nas

Linhas de Frente!
Pois as credenciais do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a persistência,
por sinais, prodígios e poderes miraculosos.
— 2 Coríntios 12:12
N o tempo de Paulo, o problema dos falsos apóstolos era tão desenfreado

que ele sentiu ser necessário validar seu ministério destacando os
“sinais” de um apóstolo que eram evidentes em sua vida. Em 2 Coríntios
12:12, Paulo forneceu certos indicadores para nos ajudar a determinar se
uma pessoa é ou não verdadeiramente apostólica.
A palavra “sinais” usada em 2 Coríntios 12:12 é a palavra grega semeion.
Era empregada em assuntos seculares para descrever a notificação escrita
oficial que anunciava o veredicto final de um tribunal. Descrevia também a
assinatura ou o selo aplicado a um documento para garantir sua
autenticidade e uma placa que marcava locais-chave de uma cidade. Essa
palavra secular foi levada para a linguagem do Novo Testamento, conforme
aqui utilizada por Paulo.
Paulo usou essa palavra para declarar que certos sinais oficiais existem
como o veredicto final para comprovar o apostolado de uma pessoa. Essas
atividades coexistentes são como uma assinatura ou um selo que autentica e
garante que uma pessoa é verdadeiramente um apóstolo. Se você vê essas
marcas específicas no ministério de uma pessoa, pode saber que está em
território apostólico confiável ou perto dele.
Paulo diz: “Pois as credenciais do apostolado foram apresentadas no meio
de vós...”. Nesse versículo, Paulo usa a palavra “apostolado”, proveniente
da palavra grega apostollos, composta pelas palavras apo e stello. Apo
significa fora, e stello significa enviar. A palavra resultante de sua
combinação significa enviar para fora. Trata-se da ideia de ser
comissionado e despachado com autoridade e poder, e enviado como
representante pessoal de uma figura poderosa ou como representante oficial
de um governo.
Perceba, porém, que Paulo diz: “Pois as credenciais do apostolado foram
apresentadas no meio de vós...”. A palavra “apresentadas” vem da palavra
grega katergadzo, composta pelas palavras kata e ergos. Kata é uma
preposição que transmite a ideia de algo que está subjugando ou
dominando. Ergos significa trabalho. Quando combinadas, a palavra
resultante transmite a ideia de uma obra totalmente esgotante ou
dominadora — uma obra que consome cada grama do ser de uma pessoa.
A partir das Escrituras, sabemos que Paulo não tinha medo do trabalho.
Ele se entregava ao trabalho do ministério. Além de momentos gloriosos, em
que Paulo teve visões espetaculares, revelações e demonstrações especiais
de poder, ele trabalhou arduamente em seu ministério. Ele se referiu a esse
trabalho muito árduo ao dizer: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a
sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito
mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo” (1
Coríntios 15:10).
Essa palavra grega usada aqui para “trabalhei” é kopiao e descreve o tipo
de trabalho mais difícil e mais exaustivo. Poderíamos até chamá-lo
trabalho forçado. O fato de Paulo ter usado essa palavra para descrever sua
própria ética de trabalho nos diz que ele não tinha medo de trabalho árduo.
Estava disposto a fazer toda e qualquer coisa para cumprir a tarefa que Deus
havia lhe dado.
Assim, a primeira coisa que descobrimos em 2 Coríntios 12:12 é que o
ministério apostólico exige o mais alto nível de compromisso e trabalho.
Não se trata de um chamado para quem quer um estilo de vida fácil, e sim de
um chamado exigente, totalmente absorvente e dominante que requer cada
grama da vida de uma pessoa. O ministério apostólico inclui:
• Ir a um território onde a Igreja é inexistente.

• Lidar com governos agressivos e hostis.
• Enfrentar a oposição de falsas religiões contrárias à sua simples
presença.
• Afastar do caminho as forças malignas do reino demoníaco.
• Tirar os convertidos da desolação e das trevas do paganismo e
transformá-los em membros do corpo de Cristo que vivem e respiram.
Tudo isso está envolvido no chamado do apóstolo. Esse chamado divino

não é para os despreocupados, e sim para os extremamente comprometidos.
Isso nos leva ao primeiro sinal — o primeiro critério listado por Paulo
como evidência de verdadeiro apostolado. Ele escreve: “Pois as credenciais
do apostolado foram apresentadas no meio de vós, com toda a
persistência...”.
Considerando-se as forças hostis em ação para deter o ministério
apostólico, não devemos nos surpreender por Paulo elencar a persistência
como o primeiro grande sinal ou característica do ministério apostólico. A
palavra “persistência” provém da palavra grega hupomeno, composta pelas
palavras hupo e meno. Hupo é uma preposição que significa sob, e meno
significa manter-se ou permanecer. Quando as duas são unidas, a palavra
composta retrata uma pessoa que submetida a algum tipo de carga
incrivelmente pesada, mas que se recusa a afastar-se de sua posição por
estar comprometida com sua tarefa. Independentemente da carga, oposição,
estresse ou peso que vem contra ela, ela não irá se mover. A pessoa ficará
firme em seu lugar e não irá entregá-lo a ninguém, por motivo algum!
Um intérprete traduz hupomeno como a palavra resistência. Outro a
traduz como poder de permanência. Minha tradução favorita da palavra
hupomeno é poder de aguentar firme!
Considero interessante Paulo enumerar isso como um sinal de ministério
apostólico. Nós costumamos pensar em maravilhas e milagres como sinais
de ministério apostólico. Porém, antes de mencionar algo sobre o que
normalmente consideraríamos sobrenatural, Paulo fala da capacidade
sobrenatural de uma pessoa aguentar e permanecer firme, independentemente
das forças que venham para detê-la.
Isso me diz que Deus faz com que um favor sobrenatural venha sobre os
apóstolos, capacitando-os a permanecerem nas linhas de frente e na
vanguarda. Os apóstolos enfrentam enormes desafios para conquistar novos
territórios para o Reino de Deus. Porém, em função de Sua graça estar sobre
eles de forma tão intensa, os capacita de suportar e resistir, mesmo quando
aquilo se torna muito difícil.
Pessoalmente, sei que o que o diabo tentou lançar contra nós em nosso
ministério na antiga União Soviética parece frequentemente tão fora do
convencional e inacreditável que as pessoas querem saber se o que
relatamos sobre nossa vida nesta parte do mundo é imaginário ou objeto de
fantasia. Quando elas me ouvem contar as coisas que enfrentamos, balançam
a cabeça com descrença e espanto por conseguirmos viver em tais
circunstâncias. Contudo, experimentamos tanta graça sobre nós para fazer o
que somos chamados a fazer, que nem percebemos quão terrivelmente
difíceis foram algumas dessas provações. Somente quando vemos a
descrença nos rostos dos outros e os ouvimos expressar suas preocupações
com nosso bem-estar percebemos o significado daquilo que enfrentamos.
Veja, Deus nos concedeu uma graça sobrenatural, um favor divino, um
dom especial de hupomeno — o que os outros denominam poder de
aguentar firme, poder de permanência ou persistência sobrenatural —
para fazer o que Ele nos chamou a fazer. Sou muito grato por esse incrível
dom do céu em nossa vida, porque sem ele não seríamos capazes de fazer o
que estamos fazendo. Porém, essa capacidade divina opera tão fortemente
em nós que não apenas sobrevivemos: nós prosperamos em nosso ambiente.
O que estou descrevendo é simplesmente tão sobrenatural quanto qualquer
outro tipo de sinal e maravilha sobrenatural. Quem quer que seja capaz de
fazer o que fazemos dia após dia, semana após semana, mês após mês e ano
após ano — e fazê-lo com alegria e êxito — está definitivamente
experimentando algo que é verdadeiramente sobrenatural. É um sinal de um
dom divino vindo do alto.
Minha mulher e eu vimos paralíticos andarem, surdos ouvirem, demônios
serem expulsos e até mesmo mortos ressuscitarem por meio das orações de
nossa equipe apostólica. Porém, considero o hupomeno em nossa vida algo
simplesmente tão sobrenatural quanto qualquer um desses outros sinais e
maravilhas que vivenciamos. De fato, realmente acredito que este é mais
importante do que os outros sinais e maravilhas.
Sinais e maravilhas sobrenaturais vêm e vão, mas a capacidade
sobrenatural de resistir e ter êxito com alegria em circunstâncias difíceis é
uma graça que vem e permanece continuamente. Essa qualidade de
paciência, resistência, poder de permanência ou poder de aguentar firme faz
parte do equipamento divino para esse trabalho. Trata-se de uma graça
divina tão sobrenatural quanto qualquer milagre ou maravilha!
Você pode não ser chamado a ser um apóstolo, mas talvez esteja vivendo
em uma situação difícil ou desafiadora. Deus torna a graça milagrosa
disponível a você para ajudá-lo a viver vitoriosamente para Ele, onde você
estiver. Se você precisar de poder para permanecer firme onde Ele o
chamou; se você precisar de poder para persistir a fim de ajudá-lo a se
manter firme nesse lugar difícil; ou se lhe for útil uma dose sobrenatural de
resistência para ajudá-lo a aguentar até o fim — tudo que você precisa fazer
é pedir!
Quando essa graça ou dom sobrenatural começar a operar em você e de
repente você for capacitado além da sua força natural para resistir em meio a
turbulência ou adversidade, perceberá que se trata de um dom sobrenatural!
Então, se essa é a necessidade que você está enfrentando em sua vida hoje,
recomendo que pare o que está fazendo; então, erga seus braços, levante sua
voz e peça a Jesus para enchê-lo da resistência de que você necessita.
Dedique tempo a louvá-lo por enchê-lo até transbordar. Ao fazê-lo, Ele lhe
dará exatamente a dose de poder de permanência de que você necessita
para viver vitoriosamente para Ele, onde quer que Ele o tenha chamado!
Senhor, eu Te agradeço por teres me enchido com uma resistência sobrenatural para fazer
o trabalho que Tu me deste para fazer. Em meio a todos os problemas, aborrecimentos e
desafios que vieram contra mim, estou muito ciente de que não seria capaz de fazê-lo sem
o dom divino de resistência que Tu puseste em minha vida. Outros podem pensar que eu
sou forte, mas sei que grande parte de minha força e fortaleza é em função do que Tu
fizeste dentro de mim. Então, hoje eu Te louvo e Te agradeço por continuares a me
fortalecer até eu levar essa tarefa a um término vitorioso!
Confesso que Deus está me enchendo de resistência sobrenatural para ficar firme até ter
feito com sucesso tudo que Ele me pediu para fazer. Ele me deu essa tarefa porque
acreditou que eu seria capaz de cumpri-la. Ele me encheu de resistência para me ajudar a
permanecer firme e ser suficientemente forte para terminar como devo. Eu, portanto,
declaro que sou forte; sou cheio de fortaleza; e farei precisamente o que Deus me pediu
para fazer!
PARA REFLETIR
1. Você já vivenciou um momento em que Deus o encheu

sobrenaturalmente com uma dose divina de resistência que lhe deu a
quantidade exata de força de que você necessitava naquele momento?
2. Se a resposta for sim, o que você sentiu ao receber aquele
fortalecimento sobrenatural? Como você sabia que aquilo ocorreu?
Quais foram os resultados tangíveis imediatos daquele fortalecimento
interno?
3. Como está o seu nível de resistência hoje? Você tem sentido que o
cansaço está tentando tirar o melhor de você, ou se sente forte e
pronto para continuar avançando? Se você está lutando contra a
fadiga, não concorda que seria bom parar hoje para pedir ao Senhor
para enchê-lo com outra dose de resistência?
4 DE AGOSTO
O Capacete da Salvação
Tomai também o capacete da salvação...
— Efésios 6:17
V ocê gostaria de ter uma proteção sobrenatural tão fortemente cobrindo a

sua cabeça que resguardasse a sua mente contra todo ataque mental do
diabo? Bem, talvez não perceba, mas se você é filho de Deus já recebeu este
tipo de salvaguarda para protegê-lo dos ataques do inimigo contra a sua
mente. Em Efésios 6:17, Paulo escreve: “Tomai também o capacete da
salvação...”.
Nesse capítulo final de Efésios, Paulo trata amplamente do tema da
armadura espiritual. Ao chegarmos ao versículo 17, ele já falou sobre o
cinturão da verdade, a couraça da justiça, os calçados da paz e o escudo da
fé. Agora, Paulo nos fala sobre o capacete da salvação, usando a ilustração
do capacete de um soldado romano para basear sua argumentação. Vejamos
o que podemos saber sobre o capacete de um soldado romano.
Em grego, a palavra “capacete” provém de perkephalaia, composta pelas
palavras peri e kephale. Peri significa ao redor e kephale significa cabeça.
Quando você combina essas duas palavras em uma única, descobre que a
palavra perkephalaia indica uma peça de armadura que se encaixa muito
bem em torno da cabeça.
O capacete do soldado romano era uma fascinante e extravagante peça de
armadura, muito ornamentada e complexa. Altamente decorado com todos os
tipos de entalhes e gravuras, o capacete mais parecia uma bela obra de arte
do que um simples pedaço de metal formado para se encaixar na cabeça de
um soldado.
Não era incomum um capacete romano ser decorado com representações
de cenas de fazendas pecuaristas, contendo todos os tipos de animais.
Frequentemente, o capacete inteiro era feito de modo a se parecer com um
animal, como um elefante ou um cavalo. Alguns dos capacetes tinham
entalhes e gravuras complicados, retratando frutas.
Além disso, como se esses fabulosos entalhes e gravuras não fossem
suficientes, um enorme penacho feito de penas de cores vivas ou de crina de
cavalo se erguia do topo do capacete. Se ele fosse projetado para ser usado
em uma cerimônia pública ou um desfile, esse penacho vivamente colorido
poderia ser muito longo — o suficiente para descer até o fim das costas do
soldado!
O capacete era feito de bronze e equipado com peças de armadura
especificamente projetadas para proteger as bochechas e a mandíbula. Era
extremamente pesado; por isso, seu interior era revestido com esponja para
suavizar seu peso sobre a cabeça do soldado. Essa peça de armadura era tão
forte, tão maciça e tão pesada que nada conseguia perfurá-lo — nem mesmo
um martelo ou um machado de batalha.
Seria muito difícil passar por um desses soldados sem notá-lo. Seria
difícil não perceber um homem que tivesse uma peça de escultura em sua
cabeça ou que usasse um capacete com um penacho vivamente colorido no
seu topo! Sim, esses capacetes tornavam o soldado romano perceptível!
Por que o Espírito Santo compararia uma peça de armamento como essa
com a salvação? Porque a sua salvação é o presente mais lindo, mais
complexo, mais elaborado e mais ornamentado que Deus já lhe deu!
Paulo chama a esse presente maravilhoso de “o capacete da salvação”.
Ele comparou a salvação a esses capacetes extravagantes que eram usados
na cabeça, onde todos notariam. Usando esse exemplo, Paulo está nos
dizendo algo muito importante. Quando uma pessoa está confiante de sua
salvação — e quando caminha confiantemente na poderosa realidade de tudo
que a salvação significa para ela — ela é um indivíduo perceptível!
Porém, por que um soldado romano precisava de um capacete tão
apertado em sua cabeça, como a palavra grega perkephalaia dá a entender?
Esse tipo de capacete era essencial porque o oponente do soldado romano
carregava um machado de cabo curto, denominado machado de batalha — e,
quando machados de batalha eram usados, cabeças rolavam!
Se o soldado romano não estivesse usando um capacete ao sair para lutar,
poderia ter certeza absoluta de que perderia a cabeça. Assim, o capacete
romano não era meramente uma bela peça de armamento, mas uma arma
defensiva destinada a salvar a cabeça de um homem.
Isso é exatamente o que a salvação fará por você quando você a usar
como um capacete em sua cabeça! Porém, se você não andar em tudo que a
sua salvação implica, poderá sentir o peso do machado de batalha do
inimigo quando ele vier atacar a sua mente e roubar a sua vitória.
Se a sua salvação não for usada firmemente em torno de sua mente como
um capacete, o inimigo virá para cortar as múltiplas bênçãos da sua salvação
diretamente de sua teologia. Ele tentará minar a sua base, dizendo que cura,
libertação, preservação e integridade mental não faziam realmente parte da
obra redentora de Jesus na cruz. Quando o inimigo tiver destruído a sua
mente, a única bênção que ele deixará com você será o céu!
Muitos crentes tentam fazer a obra de Deus sem tornar um objetivo
pessoal caminhar no pleno conhecimento de sua salvação; como resultado,
são espiritualmente destruídos. Ao exporem sua mente desprotegida às
insinuações do diabo, eles se colocam em posição de serem fortemente
atacados, e possivelmente enganados.
Enfrentar o adversário sem o seu “capacete da salvação” é insensato!
Você precisa ter esse capacete para ser útil e bem-sucedido no Reino de
Deus!
Veja, o diabo sabe que se conseguir dominar a sua mente e enchê-la com
mentiras, poderá então começar a operar a partir dessa posição importante
em sua vida. Ele poderá tentar manipular as suas emoções, enviar ao seu
corpo sinais de enfermidade e doença, e assim por diante. Protegê-lo de tais
ataques é a exata razão de Deus ter lhe dado o “capacete da salvação”.
O fato de Paulo comparar a nossa salvação a um capacete significa que
precisamos saber tudo que a nossa salvação inclui, dentro e fora. Precisamos
dedicar tempo a estudar o que a Bíblia tem a dizer sobre cura, libertação dos
poderes malignos, o desejo de Deus de nos abençoar e prosperar e os
benefícios de nossa redenção em nossa vida cotidiana.
Nossa compreensão intelectual de tudo o que a salvação abrange precisa
estar arraigada em nossa mente. Quando nossa mente está convencida dessas
realidades — em outras palavras, quando nossa mente está treinada e
ensinada a pensar corretamente em termos de nossa salvação — esse
conhecimento sólido se torna um capacete em nossa vida!
Nesse ponto, não importa quão fortemente o diabo tente minar a nossa
base espiritual; sabemos sem sombra de dúvida o que a morte e a
ressurreição de Jesus compraram para nós. Esse conhecimento se tornou
parte de nós, impedindo o inimigo de atacar nossa mente como fazia no
passado. É assim que o pleno conhecimento de nossa salvação coloca um
capacete em nossa cabeça!
Senhor, sou muito grato pela minha salvação! Ela é o presente mais maravilhoso que Tu já
me deste. Ela transformou a minha vida e me libertou; trouxe cura ao meu corpo e
libertação à minha mente. Quero envolver a minha mente com o conhecimento de tudo que
a minha salvação inclui, tão firmemente que o diabo nunca consiga roubar esses
benefícios de minha vida. Espírito Santo, eu peço que Tu me ajudes a estudar e
compreender tudo que Jesus comprou para mim na cruz. Revela isso a mim; convence-me
da verdade disso; e ajuda-me a usar em minha cabeça esse conhecimento de revelação
como um capacete espiritual poderoso e fortificado!
Confesso que uso a minha salvação firmemente em torno de minha mente, como um
capacete. Quando o inimigo tenta atacar minha mente e eliminar os benefícios da minha
salvação, seus ataques são totalmente ineficazes! Minha mente está convencida de tudo
que a salvação significa para mim, e é treinada e ensinada a pensar corretamente segundo
esse conhecimento. Portanto, o conhecimento de minha salvação se torna um capacete em
minha vida. Independentemente de quão fortemente o diabo tente destruir minha mente, eu
ainda permaneço firme porque sei o que a morte e a ressurreição de Jesus compraram
para mim!
PARA REFLETIR
1. Você usa o conhecimento de sua salvação firmemente ao redor de sua

cabeça como um capacete poderoso para protegê-lo contra os
ataques mentais do diabo?
2. Você dedica tempo a estudar o que a Bíblia tem a dizer sobre a sua
cura, libertação de poderes malignos ou o desejo de Deus de
abençoá-lo e fazê-lo prosperar? A única maneira de você conhecer
essas verdades é estudá-las; então, quanto tempo você dedica a
aprender as consequências de sua redenção em sua vida cotidiana?
3. Há alguma verdade da Palavra de Deus que você tem certeza de que
o diabo já roubou de você? O que ele tirou de você que já foi uma
parte importante daquilo em que você acreditava? Por que você não
começa a renovar hoje a sua mente com essa verdade, para poder ver
seus resultados restituídos em sua vida?
5 DE AGOSTO
Um Parceiro Para Ajudá-lo Quando Você Não Sabe

Como Orar!
Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar
como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos
inexprimíveis.
— Romanos 8:26
V ocê já vivenciou um momento em que não sabia o que orar por si

mesmo ou por outra pessoa? Você já esteve em um dilema e não sabia
como sair dele? Você já se sentiu preso em uma situação difícil em que você
precisava tomar uma decisão, mas não sabia o que fazer? Ou você já disse:
“Senhor, estou tão confuso que nem sei como orar! Ajuda-me, Senhor”? Se
você se sentiu assim anteriormente ou talvez até mesmo agora, tenho ótimas
notícias para você hoje! O Espírito Santo quer ajudá-lo a orar!
Romanos 8:26 diz: “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em
nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo
Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis”.
Esse versículo é repleto de pérolas do grego que nos fazem saber que o
Espírito Santo quer nos ajudar quando não sabemos como orar! A palavra
“assiste” provém do grego sunantilambetai, uma palavra composta tripla
muito complexa. Porém, a primeira parte da palavra é o prefixo grego sun, e
é para isso que quero chamar a sua atenção agora, porque é muito importante
você entender.
A pequena palavra grega sun é muito importante. Ela o liga a outra
pessoa. Transmite a ideia de parceria e cooperação. Por exemplo, em 2
Coríntios 6:1, ao escrever “E nós, na qualidade de cooperadores com ele...”.
Paulo usa a palavra sunergos para retratar nossa parceria com Deus. Se
Paulo quisesse descrever uma pessoa que estava trabalhando sozinha,
poderia ter usado apenas a palavra ergos, porque sozinha representaria um
trabalhador único e solitário. Porém, quando a palavra sun é acoplada à
frente de ergos, forma-se a palavra sunergos e representa duas ou mais
pessoas que estão trabalhando juntas como parceiros no mesmo trabalho.
Essa já não é mais a imagem de um trabalhador solitário; agora há toda uma
equipe trabalhando em conjunto para realizar um trabalho. Por causa
disso, em algumas traduções mais recentes, 2 Coríntios 6:1 aparece assim:
“Portanto, nós, como companheiros de trabalho no serviço de Deus...”
(NTLH).
No Novo Testamento há literalmente dezenas de lugares onde a palavra
sun é usada dessa maneira; entretanto, essa amostra de 2 Coríntios 6:1 é
suficiente para expressar o impacto da palavra, que transmite as ideias de
parceria, cooperação, colaboração, trabalho em equipe ou esforço
conjunto.
Ao prosseguir em Romanos 8:26, Paulo usa a palavra “fraqueza” para
descrever nossa situação espiritual. É a palavra grega astheneia, que
realmente deve ser traduzida como fraqueza. Essa palavra descreve pessoas
fracas, doentes ou com a mente, emoções ou corpo destruídos. Porém,
Paulo não está escrevendo sobre um problema físico, e sim um problema
espiritual. Ele identifica esse problema ao dizer: “... porque não sabemos
orar como convém...”.
Outras traduções dizem “... não sabemos pelo que orar como
deveríamos...”. A palavra “que” é a palavra grega ti, que significa a coisa
muito pequena. Enfatiza a nossa total ignorância de como orar —
demonstrando que sequer sabemos como orar sobre pequenas coisas, para
não mencionar as questões maiores da vida. Em função de nossa visão ser
limitada, somos simplesmente incapazes de ver todos os fatos e detalhes
necessários para orarmos eficazmente. É por isso que necessitamos da
orientação e da ajuda divinas. Louvado seja Deus por não termos de tentar
descobrir tudo sozinhos! Lembre-se de que a palavra grega sun, presente na
palavra “assiste”, nos faz saber que o Espírito Santo vem para se associar,
cooperar, colaborar e unir esforços conosco nos momentos em que nos
sentimos fracos e desamparados e não sabemos como orar!
Paulo descreve esse auxílio sobrenatural do Espírito Santo ao escrever:
“... mas o mesmo Espírito intercede por nós...”. Você vê a palavra
“intercede”? Ela provém do grego huperentugchano e é usada somente
nesse lugar do Novo Testamento, para descrever o singular, poderoso e
maravilhoso ministério intercessório do Espírito Santo!
A palavra huperentugchano é antiga e significa cair pelo bem de outra
pessoa. É o que poderíamos chamar de resgate. Por exemplo, se alguém
caísse em uma caverna profunda, você teria de descer naquela caverna até
onde aquela pessoa estivesse, para resgatá-la e levá-la para fora.
Essa é precisamente a ideia dessa palavra huperentugchano. Ao usá-la,
Paulo diz que o Espírito Santo realiza essa obra especial de intercessão
quando você não encontra as palavras e não sabe como orar ou quando se
sente preso e não sabe o que dizer. Repentina e sobrenaturalmente, o Espírito
Santo vai até você nesse lugar de desamparo, para se juntar a você como
parceiro de oração em meio às suas circunstâncias.
Você é uma daquelas pessoas que experimentaram momentos em que não
sabiam como orar? Você esteve em uma situação difícil da qual não sabia
como sair? Você orou “Senhor, eu estou tão confuso que nem sei o que dizer!
Ajuda-me”? Se a sua resposta for sim, você é um candidato perfeito à ajuda
do Espírito Santo! Ele é o seu parceiro divino — a postos, pronto a qualquer
momento para resgatá-lo! Apenas clame hoje e diga: “Ajuda-me, Espírito
Santo!”.
Senhor, eu preciso da Tua ajuda! Muito frequentemente, não encontro palavras e não sei o
que dizer quando oro. Como Tu enviaste o Espírito Santo para me ajudar, estou pedindo
ao Espírito de Deus que esteja nesta minha situação comigo, se junte a mim como meu
parceiro, colabore comigo em oração, se torne parte da minha equipe e me tire dessa
confusão em que estou colocando-me em um caminho correto e estável. Obviamente,
nunca conseguirei sem ajuda especial; por isso, hoje eu estou pedindo Sua AJUDA!

Confesso que o Espírito Santo é meu parceiro! Clamo a Ele em meu momento de
necessidade e Ele vem rapidamente ao meu socorro. Ele ilumina meus olhos, me mostra o
que eu não consigo ver sozinho e me dá as palavras certas para dizer quando oro. Em
função de eu ter o Espírito Santo, não estou mais desamparado nem sem palavras para
saber como devo orar. Com Ele como meu Ajudador, minha oração se torna cada vez
melhor todos os dias!
PARA REFLETIR
1. Você já experimentou um momento em que não sabia como orar? O

que você fez naquele momento? Você se afastou derrotado ou clamou
e pediu ao Espírito Santo que o ajudasse a orar?
2. Você já experimentou um daqueles momentos sobrenaturais em que
repentinamente percebeu que o Espírito Santo veio ao seu socorro?
Após se sentir desamparado e sem palavras minutos antes, você ficou
inesperadamente repleto de poder e autoridade e imediatamente
começou a assumir o comando da situação no poder do Espírito?
3. Existe atualmente alguma área de sua vida que você precise convidar
o Espírito Santo para entrar e resgatá-lo, colocando-o de volta em
um caminho mais agradável a Deus e a você?
6 DE AGOSTO
Ore Para Que a Palavra Do Senhor Tenha Livre

Trânsito!
Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague e seja glorificada,
como também está acontecendo entre vós...
— 2 Tessalonicenses 3:1
V ocê já se perguntou como deve orar por missionários ou por pessoas

que estão pregando a Palavra nas linhas de frente, onde é mais difícil?
Bem, hoje eu lhe darei a resposta. E, por favor, enquanto você estiver orando
por pessoas das linhas de frente, lembre-se de orar por mim também!
O apóstolo Paulo fez o que eu chamo de “trabalho ministerial de linha de
frente”. Conforme observado anteriormente (ver 3 de agosto), o ministério
de Paulo o levou a lugares onde a Igreja não existia. Ele lidou com governos
hostis; enfrentou oposição de falsas religiões; afastou as forças do mal do
reino demoníaco; tirou convertidos da desolação do paganismo e os
transformou em membros vivos e efetivos do corpo de Cristo. Essa tarefa
nunca é para os despreocupados, mas apenas para os extremamente
compromissados.
Ao fazer suas declarações finais aos tessalonicenses em 2
Tessalonicenses 3, Paulo diz: “Finalmente, irmãos, orai por nós...”. A
palavra “finalmente” provém das palavras gregas toloipon, que significam
quanto ao mais ou quanto ao último assunto em questão. Paulo guardou
algumas informações muito importantes para o fim de sua carta; por isso, usa
as palavras to loipon para nos informar que, embora sua carta esteja
terminando, ele ainda tem algo de grande importância a dizer à igreja de
Tessalônica.
Então, Paulo faz seu pedido: “Finalmente, irmãos, orai por nós...”. A
palavra grega traduzida como “orai” provém da palavra proseuchomai. Na
forma usada nesse versículo, significa orar continuamente ou orar sem
cessar. Paulo está pedindo sinceramente parceiros de oração
compromissados que orarão sem cessar por sua equipe, por seu ministério e
por ele mesmo. Ao dizer “orai por nós”, a palavra “por” vem do grego peri,
que significa em torno ou ao seu redor. Paulo está especificamente pedindo
oração por aquelas coisas que estão em torno ou ao seu redor — portanto,
as coisas que dizem respeito a ele e seu ministério.
A seguir, Paulo se torna mais explícito sobre como orar. Ele diz: “Orai
por nós, para que a palavra do Senhor se propague...”. O texto grego seria
mais corretamente traduzido como “Orai por nós, para que a palavra que se
origina do Senhor se propague...”.
Isso nos diz que Paulo era muito consciente do fato de não estar pregando
sua própria mensagem humana ou uma mensagem que lhe pertencia (ver
Gálatas 1:11-12). Ele estava portando uma mensagem divinamente revelada,
originada no Senhor e pertencente a Ele. Em todos os seus anos de
ministério, Paulo sempre atentou para o fato de que a mensagem que ele
portava lhe fora dada pelo Senhor.
Além disso, Paulo sabia que sua responsabilidade era pregar aquela
mensagem. Portanto, ele pediu aos tessalonicenses para se juntarem a ele ao
orarem para que a mensagem do Senhor pudesse se “propagar”. Essa palavra
provém do grego trecho, que significa correr.
Antes de prosseguirmos, paremos e analisemos mais profundamente o
significado da palavra trecho. Frequentemente, ela se referia a corredores
que participavam de uma corrida a pé em um enorme estádio, diante
multidões de fãs que os adoravam. Para que o corredor tivesse sucesso e
terminasse triunfantemente eram necessárias toda a sua força e sua total
atenção.
Não há dúvida de que Paulo tinha essa imagem em mente ao escrever esse
versículo, porque ele estava em uma corrida para pregar o Evangelho a
tantas almas quanto possível antes de chegar ao fim de sua vida. Ele estava
em uma corrida espiritual, uma competição real. Correndo diligentemente e
com todas as suas forças contra o inimigo que quer destruir e condenar
eternamente as almas, Paulo fez todos os seus esforços para salvar o máximo
possível de almas.
Entretanto, na palavra trecho há outra imagem poderosa que se aplica a
esse versículo. Essa palavra era também usada para descrever os
mensageiros rápidos que corriam entre as linhas inimigas para levar
mensagens muito importantes com instruções aos que esperavam do outro
lado da batalha. Esses mensageiros especialmente valentes e corajosos eram
essenciais para que as batalhas fossem vencidas.
Podemos ver claramente o motivo de Paulo ter escolhido usar essa
ilustração, porque ele era, de fato, um mensageiro enviado por Deus
correndo de um lado para outro por território inimigo, entregando a
mensagem da cruz, bem como instruções às igrejas que buscavam sua
liderança apostólica. Paulo era o mensageiro rápido especial de Deus!
Em minha mente não há dúvida de que Paulo usou a palavra grega trecho
para transmitir essas duas ideias aos seus leitores. Paulo se via como alguém
que estava correndo em uma corrida, competindo pelas almas dos homens.
Ele também se via como o mensageiro de Deus, cujo objetivo principal era
correr de um lado para outro por território inimigo, entregando informações
muito importantes às pessoas que as aguardavam. A intenção de Paulo era
que essas duas ideias transmitissem o desafio que estava diante dele, bem
como a razão de ele precisar que as pessoas orassem regularmente por ele.
Um fato mais importante precisa ser enfatizado. O tempo verbal usado por
Paulo ao pedir oração para que a palavra do Senhor pudesse ser propagada
indica um ritmo constante e contínuo. Assim, é possível traduzir essa frase
da seguinte maneira: “Orai para que sejamos capazes de manter o ritmo
necessário para que possamos levar essa mensagem adiante!”.
Veja, Paulo e seus parceiros já estavam correndo com muito afinco. Para
acompanharem o ritmo de Deus — para que a mensagem do Evangelho
continuasse a ser propagada a uma velocidade tão milagrosa — eles
precisariam de ajuda sobrenatural e capacitação vinda do alto!
Por fim, Paulo faz um último pedido de oração. Ele pede oração para que
a palavra do Senhor “... seja glorificada, como também está acontecendo
entre vós”. A palavra “glorificada” provém da palavra grega doxadzo, que
retrata a imagem da chegada triunfante da glória de Deus, inaugurando um
dia novo e glorioso na vida e nos territórios onde a palavra do Senhor é
ouvida e recebida.
Certa vez, o Dr. John Catlin, professor de Grego Clássico e presidente do
Departamento de Clássicos de uma prestigiosa universidade, escreveu para
mim:
À primeira vista, a linguagem do Novo Testamento parece ser

extraordinariamente simples, mas um olhar mais profundo nos dá uma
percepção das dificuldades enfrentadas pelos tradutores dessa obra. É
claro que, embora nenhuma tradução possa reproduzir exatamente o
significado original, mesmo assim, por meio de uma compreensão do
idioma original ou pelo menos da ampla gama de significados que
muitas das palavras daquele idioma possuem, é mais facilmente
possível penetrar e compreender o significado daquele idioma
original. Quem é fluente em um único idioma tem muita facilidade para
presumir que existem equivalentes exatos entre os idiomas.
Um dos maiores desafios dos tradutores da Bíblia é traduzir para o seu

idioma as muitas ideias e imagens contidas em palavras gregas. Talvez
nenhum exemplo torne isso mais claro do que o pedido de oração de Paulo
neste versículo, que em português tem apenas vinte e duas palavras. Porém,
essas vinte e duas palavras são repletas de poder e significado!
Essas poderosas palavras usadas por Paulo em 2 Tessalonicenses 3:1
transmitem as seguintes ideias:
“Por fim, irmãos, orem por nós e pelas coisas que nos dizem respeito.
Orem para que a palavra do Senhor se propague rapidamente e sem
resistência. Orem para que sejamos capazes de manter o ritmo
necessário para que possamos entregar essa mensagem!”
“Para cumprir essa tarefa, temos de ser como corredores cujos olhos
estão fixos na meta que está diante de nós! Precisamos ser como
mensageiros bravos, destemidos, ousados e corajosos, cuja tarefa é
levar informações muito importantes pelas linhas inimigas. Temos de
avançar pronta e rapidamente para levar a mensagem do Evangelho
ao outro lado, onde as pessoas estão esperando por ela
desesperadamente.”
“Dado que o Senhor nos enviou para levar essa mensagem, e que essa
tarefa exige que corramos rapidamente por território perigoso,
pedimos oração para que consigamos sobreviver a todo conflito,
embate, confronto e luta que possamos encontrar enquanto corremos
para o outro lado para transmitir a palavra do Senhor. Peço que as
suas orações sejam contínuas, ininterruptas e permanentes. Ao
orarem, lembrem-se de estipular especificamente que a palavra do
Senhor inaugurará um novo dia triunfante e glorioso na vida
daqueles que a ouvirem, como o fez entre vocês.”
Então, agora você tem uma ideia de como orar por missionários,
pregadores ou pessoas que estão ministrando a Palavra e fundando igrejas
em regiões novas e não alcançadas — as difíceis linhas de frente onde a
Palavra nunca ou raramente foi pregada. Eis aqui um resumo do pedido de
oração de Paulo para você usar ao orar por pessoas que você sabe que estão
trabalhando em partes difíceis do mundo:
• Ore pelos próprios pregadores e missionários.

• Ore pelo que diz respeito a eles, ou seja, suas famílias, finanças, saúde,
etc.
• Ore para que a mensagem do Senhor se propague sem impedimentos de
forças hostis.
• Ore para que os missionários e pregadores vençam a corrida pelas
almas.
• Ore para que eles sejam protegidos enquanto atravessam território
inimigo.
• Ore constantemente, o tempo todo, por quem trabalha nas linhas de
frente!
Agora que você sabe como o apóstolo Paulo queria que as pessoas
orassem por ele, pode usar isso como um guia para orar por missionários e
pregadores em outras partes do mundo. Por que você não dedica alguns
minutos a começar a orar por eles hoje?
Senhor, hoje peço que Tu abençoes os missionários que estão vivendo e trabalhando em
outras partes do mundo. Abençoa suas famílias, saúde, finanças e tudo que lhes diz
respeito. Ajuda-os a pregar com pouca ou nenhuma resistência. Capacita-os a correrem
ardentemente para alcançarem almas a fim de que não sejam eternamente perdidas.
Protege-os enquanto vivem, trabalham e correm para trás e para a frente por território
perigoso. Oro para que a entrada da Palavra de Deus em suas comunidades rompa os
poderes das trevas e inaugure um novo dia triunfante! Ajuda-me a me lembrar de orar por
eles todos os dias!
Confesso que amo os missionários e os apoio com minhas orações e finanças. Sou grato a
eles por deixarem suas casas, famílias e seus arredores naturais, e por desalojarem suas
esposas e seus filhos e se mudarem para o outro lado do mundo a fim de levarem a boa
nova a quem ainda não a recebeu. Serei fiel em lembrá-los, honrá-los, orar por eles e
apoiá-los com meus recursos. O papel que desempenho em apoiá-los em oração e com
minhas finanças é essencial para o seu sucesso; então, cumprirei fielmente o meu papel!
PARA REFLETIR
1. Com que frequência você pensa nos missionários e pregadores que

vivem em terras estrangeiras e estão dando suas vidas para alcançar
pessoas em outras partes do mundo?
2. Você apoia financeiramente algum missionário? Caso não o faça, há
uma razão para você nunca ter feito disso uma prioridade em sua
vida? Você não acha que tem uma responsabilidade de se certificar
de que a mesma mensagem que transformou a sua vida atinja pessoas
que nunca a ouviram?
3. Quanto tempo faz desde a última vez em que você dedicou tempo a
sentar-se e escrever a um missionário para lhe agradecer por
desalojar sua família e levá-la para o outro lado do mundo? Mesmo
que essa família missionária possa estar muito distante de você, um
bilhete seu poderá ser a exata palavra de encorajamento de que ela
necessita agora. Você poderia considerar dedicar hoje alguns minutos
de seu tempo para lhes demonstrar amor e encorajamento?
Paulo se via como o mensageiro de Deus, cujo objetivo principal era

correr de um lado para outro por território inimigo, transmitindo
informações muito importantes às pessoas que as aguardavam.
7 DE AGOSTO
Desenvolvendo o Divino Romance

Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em
secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.
— Mateus 6:6
S e você quer conhecer o Espírito Santo mais intimamente, é importante

entender o que Jesus disse em Mateus 6:6. Ele disse: “Tu, porém,
quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que
está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”.
Com “entra no teu quarto” Jesus estava dizendo para você se levantar
todas as manhãs e orar único e exclusivamente no seu quarto? É claro que
não!
A palavra “quarto” provém do grego tameion, uma palavra antiga que tem
uma interessante progressão na história. Inicialmente, tameion era usada
para descrever um lugar secreto onde alguém escondia seus bens mais
valiosos. Porém, com o passar do tempo, essa palavra veio a descrever um
lugar seguro onde uma pessoa poderia colocar dinheiro ou joias, como um
cofre de segurança ou um cofre de banco. Representava um lugar tão seguro
que ninguém seria capaz de invadir para perturbar ou roubar aqueles bens
valiosos.
Porém, nos tempos do Novo Testamento, a palavra tameion evoluiu ainda
mais. Primeiramente, retratava um lugar secreto onde alguém escondia seus
bens preciosos. Depois, se referia a um lugar seguro, como cofre de
segurança ou um cofre de banco. Por fim, tameion passou a descrever um
quarto de dormir.
Em virtude de um quarto ser um lugar secreto onde ocorre um
relacionamento precioso entre um marido e sua esposa, faz perfeito sentido a
palavra tameion acabar por descrever esse lugar mais privado. Os
momentos íntimos compartilhados entre marido e mulher ocorrem no quarto.
Embora o marido e a esposa amem seus filhos em quase todas as outras
esferas de sua vida, esta é uma esfera que não está disponível para mais
ninguém. Aquele é um lugar privado e a experiência deve ser compartilhada
somente entre marido e mulher.
Assim, esse versículo poderia, de fato, ser traduzido assim:
“Quando for o momento de você orar, entre em seu quarto de dormir
e, após fechar a porta e protegida a sua privacidade, então ore...”.
A palavra tameion é usada nesse versículo para transmitir a ideia de
intimidade com Deus na oração. Jesus estava dizendo figurativamente:
“Assim como um marido e sua esposa entram em seu quarto e fecham a porta
para poderem abrir, um ao outro, seu coração e sua alma em intimidade, da
mesma maneira também você deve ter com Deus um relacionamento tão
terno, tão especial e tão íntimo que é compartilhado somente entre você e
Ele, e ninguém mais. Portanto, encontre um lugar seguro onde você possa ir
para compartilhar seu coração e sua alma com Deus em oração”.
Jesus retrata a oração como algo tão precioso que deve ocorrer em um
quarto com a porta fechada. Isso não significa literalmente que você precisa
orar no quarto. O conceito de quarto é usado apenas para transmitir a ideia
de um lugar isolado e solitário onde você possa estar sozinho com o Senhor.
Quando iniciamos um momento de oração, isso deve ser feito em um lugar
e momento em que não sejamos interrompidos, para que o Espírito Santo
possa falar ao nosso coração e nós possamos abrir nosso coração a Ele.
Deve ser um tempo de doce comunhão do espírito humano com o Espírito
divino. Cada um de nós deve tornar uma prioridade diária ter esse tempo
especial de comunhão com o Pai por intermédio do Espírito Santo. Não
importa onde você e eu passamos esse tempo privado com Deus; só importa
que realmente o façamos. Naturalmente, é melhor encontrar uma hora do dia
em que possamos colocar tudo o mais de lado e nos concentrar apenas nele,
porque o tempo que dedicamos a buscar a Deus é um tempo sagrado.
Quando lemos os Evangelhos, descobrimos que, frequentemente, Jesus se
levantava de manhã cedo para orar, quando os outros discípulos ainda
estavam dormindo. Frequentemente, Ele orava em um monte ou no deserto,
longe da agitação da cidade. Não há nada na Bíblia que diga que as
primeiras horas da manhã são mais sagradas do que outras horas do dia, e
em nenhum lugar a Bíblia ensina que orar no topo de um monte é de alguma
maneira melhor do que fazê-lo em outros lugares. Jesus escolhia as
primeiras horas da manhã porque era um momento em que Ele conseguia
encontrar isolamento e quietude com Deus. Ele orava naqueles montes e no
deserto porque, naqueles lugares isolados, conseguia orar sem a
interferência dos outros.
O seu lugar de oração — o seu lugar tranquilo — pode ser em seu carro,
quando você está dirigindo para ir ao trabalho sozinho todas as manhãs,
porque esse é o único momento e lugar que você consegue encontrar para
estar sozinho. Pode ser no chuveiro, enquanto se preparar para o dia. Pode
ser no início da manhã, quando todos os outros da casa ainda estão
dormindo. Ou talvez você seja como eu e prefira orar tarde da noite, após os
outros terem ido dormir e você está, enfim, sozinho. O que importa é: cada
um de nós precisa ter um lugar tranquilo e um tempo sagrado em que possa
se entregar plenamente a Deus em oração.
Você poderá dizer: “Eu sei que preciso ter um tempo de qualidade com o
Senhor, mas minha agenda é tão lotada que é difícil encontrar um tempo para
isso”. Porém, a verdade é que você encontra tempo para tudo mais que é
importante para você. Então, se você realmente quiser estar com o Senhor,
também encontrará tempo para isso. Pense nisso. Você não tem tempo para
ler o jornal? Você assiste ao jornal da TV de manhã e à noite? Você assiste a
programas de televisão ou encontra tempo para ir ao teatro ou ao cinema?
Você cria em sua agenda tempo para recreação?
Veja, você sempre cria tempo para o que é importante para você. Se você
realmente desejar ter um relacionamento íntimo e pessoal com o Espírito
Santo, criará tempo para isso.
Então, escolha um lugar tranquilo onde você não será perturbado. Quando
for àquele lugar, feche a porta para as interferências externas e para as vozes
que estão constantemente pedindo sua atenção. Concentre-se em uma única
coisa: nesse tempo muito íntimo e privado com o Pai. Isso é tão importante
que você não deve demorar em fazer algo a esse respeito! Você precisa
começar hoje a desfrutar de momentos de íntima comunhão com o Senhor!
Deus, eu Te peço que me perdoes por criar tempo para tudo, exceto para o Senhor. A
verdade é que não fiz de meu tempo de oração uma prioridade em minha vida; portanto,
não tenho sido constante na oração. Com muita frequência, quando eu começo a orar,
outras coisas gritam por minha atenção e me distraem. Por isso, estou pedindo que Tu me
ajudes a encontrar um tempo e um lugar onde eu possa estar contigo sozinho e sem ser
interrompido. Sei que isso é essencial para a minha vida espiritual; por isso, a partir de
hoje, estou fazendo disso a maior prioridade de minha vida.
Confesso que meu tempo diário com Deus é a maior prioridade de minha vida. Trato o meu
tempo com o Senhor como se fosse o momento mais importante de meu dia e de minha
semana. Sou fiel em orar, ter comunhão com o Pai, abrir meu coração diante dele e em
ouvir o que o Seu Espírito tem a me dizer. Por fazer desse tempo uma prioridade em minha
vida, saio do tempo de minha oração energizado e revitalizado com a força de que
necessito para enfrentar qualquer situação que possa surgir no meu caminho.
PARA REFLETIR
1. Onde você vai para ter um tempo de qualidade com o Senhor? Que
momento do dia você descobriu que é melhor para você realmente
orar sem ser interrompido por outras pessoas ou negócios?
2. Quando você dedica tempo à oração, em média quanto tempo
permanece na presença de Deus? Você pode dizer honestamente que
permanece em Sua presença ou você tem uma experiência apressada
com o Senhor?
3. Examinando o seu tempo de oração, pelo que você se vê orando mais
do que por qualquer outra coisa? O que isso revela acerca de você e
seu posicionamento na vida?
8 DE AGOSTO
Você Já Imaginou Que Canções Eles Cantavam Nos

Tempos do Novo Testamento?
Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também viveremos com ele; se perseveramos,
também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará; se somos infiéis, ele
permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.
— 2 Timóteo 2:11-13
V ocê já imaginou que tipo de cultos de adoração ocorriam na Igreja do

primeiro século? O que os primeiros crentes faziam durante seu louvor
e adoração? Como eles levavam suas ofertas? Como oravam pelos
enfermos? Quão alto oravam no Espírito? Ou como eles fluíam na unção e
nos dons do Espírito Santo? Imagine o tipo de vitalidade que deve ter
enchido os cultos da igreja!
Em 2 Timóteo 2:11-13, Paulo nos dá um vislumbre de uma dessas
reuniões da Igreja Primitiva. Ao escrever para Timóteo, Paulo cita
literalmente uma canção ou um hino que os primeiros crentes cantavam
quando se encontravam para adorar. “Literatura hínica” é como os
estudiosos chamam 2 Timóteo 2:11-13. Em outras palavras, esses versículos
constituem uma citação real de um hino real do Novo Testamento. Essa
canção era tão conhecida que Paulo incluiu sua letra nessa epístola.
Provavelmente, era cantada principalmente por Paulo, Timóteo, o apóstolo
João e milhares de outros.
Além desse hino em 2 Timóteo 2:11-13, um segundo hino se encontra em
Colossenses 1:15-19, que proclama o Senhorio de Jesus Cristo e Seu
domínio sobre todo o universo. Nesses dois casos do Novo Testamento,
quando a “literatura hínica” é usada, a citação é de um “hino” bem
conhecido em toda a Igreja. Esses hinos eram concebidos para serem mais
do que mera música; eram ferramentas de instrução que narravam o
verdadeiro pensamento da Igreja Primitiva.
Porém, ao escrever 2 Timóteo, Paulo estava tentando incentivar Timóteo a
enfrentar corajosamente os desafios que estavam diante dele. Usar esse hino
é quase como Paulo estar dizendo: “Timóteo, sei como fazer você entender
o meu argumento! Você se lembra daquela canção poderosa que a sua
congregação canta toda semana? Certamente, você sabe de qual delas
estou falando. Você sabe, aquela que é assim...”. Então, Paulo cita o
conhecido hino de 2 Timóteo 2:11-13, que diz:
Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também viveremos com

ele;
se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por
sua vez, nos negará;
se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode
negar-se a si mesmo.
Veja a primeira linha da canção: “Fiel é esta palavra: Se já morremos com

ele, também viveremos com ele...”. Você pode imaginar se reunir na igreja
para cantar sobre martírio? Esse não era um discurso alegórico; era a
realidade para aqueles primeiros crentes! Perseguição e morte eram tão
iminentes que os cristãos realmente incluíam esses temas em seus cultos de
adoração!
Um grande historiador disse: “Deixem-me escrever as canções para uma
nação e eu conseguirei determinar a história dessa nação”. De modo
semelhante, os líderes da Igreja Primitiva compreendiam que para
prepararem a si mesmos e o povo para viverem bravamente pelo Senhor,
teriam de usar todas as ferramentas disponíveis para suscitar coragem aos
guerreiros.
Uma das ferramentas usadas pelos primeiros cristãos eram os hinos.
Assim como todas as semanas saímos da igreja com uma canção em nosso
coração e nossa mente, aqueles primeiros crentes saíam dos cultos da igreja
com canções de bravura ecoando em sua alma — e cantavam essas canções
durante toda a semana para se encorajarem!
No versículo 11, a primeira linha da canção diz: “... Se já morremos com
ele...”. Essa frase provém da palavra grega sunapothnesko, que se refere a
uma parceria literal com outra pessoa na morte. Isso significa que a
primeira linha desse hino poderia ser traduzida como “... se nos unirmos a
Ele como plenos parceiros na morte...”. Imagine tentar colocar isso em
música! Ainda mais, imagine tentar ensinar a sua congregação a cantar essas
palavras com convicção!
A canção prossegue: “... também viveremos com ele”. Essa frase é
baseada na palavra grega sudzao, que novamente transmite a ideia de
parceria. Entretanto, dessa vez significa juntar-se a alguém na vida, não na
morte. Essa linha da canção poderia ser tomada como uma espécie de
declaração de fé que proclama: “... Nós nos uniremos a Ele no mesmo tipo
de vida que Ele agora vive”. Cantar esse tipo de música repetidamente
transmitia bravura à Igreja Primitiva.
Atualmente, ainda necessitamos de canções que produzam guerreiros
valentes. Ah, se a Igreja atual fosse suficientemente compromissada para
cantar esse tipo de canção e com convicção! Em vez disso, a maioria das
pessoas ficaria ofendida com tal letra e até se negaria a participar da canção.
Outros alegariam que essa letra é repleta de dúvida e incredulidade. Porém,
esses versos representam uma fé poderosa, não descrença! Basicamente,
declaram: “Quaisquer que sejam as dificuldades, estamos nisso para ficar!
E, se eles nos matarem, tudo bem, porque logo nos juntaremos a Jesus em
Sua vida gloriosa, nova e ressurreta!”.
O próximo verso da canção diz: “... se perseveramos, também com ele
reinaremos...” (v. 12). A frase “se perseveramos” transmite, mais uma vez, a
ideia de parceria. Traduzida literalmente, significa: “Se nos unirmos a Ele
em Seu sofrimento e sofrermos da mesma maneira que Ele sofreu...”.
Perceba que esse verso não tem uma nota de tristeza ou de dor de
sofrimento daqueles cristãos. Eles sabiam que sentir pena de si mesmos não
ajudaria a situação; por isso eles iriam enfrentá-la bravamente no poder do
Espírito. Embora não procurassem sofrer, não tinham medo de sofrer se
fossem forçados a isso por causa de sua fé.
Essa era a letra de um povo destemido. Eles estavam determinados a
conquistar a vitória, independentemente do preço que teriam de pagar.
Portanto, a canção prossegue: “... também com ele reinaremos...”. A frase
“com ele reinaremos” é a palavra grega sumbasileuo, que pode ser traduzida
como “... nós reinaremos e governaremos com Ele como nobres...”.
Aqueles crentes pretendiam governar com Jesus! Para atingir esse objetivo,
estavam dispostos a enfrentar e lutar contra qualquer inimigo!
Agora vem a parte mais difícil da canção — a parte que traz
consequências. Ela diz: “... se o negamos, ele, por sua vez, nos negará”. Você
consegue se imaginar olhando fixamente nos olhos de alguém para cantar
para ele “Se você negar o Senhor, o Senhor também irá negá-lo”?
Aqueles primeiros crentes não viam espaço para desculpas de desertores
do exército do Senhor. Ou uma pessoa estava com Jesus ou estava contra
Ele. Além disso, quando um irmão no Senhor desertava, os primeiros crentes
não varriam o fato para debaixo do tapete. Nem simplesmente davam
tapinhas nas costas do irmão errante e diziam “Bem, agora, volte e nos visite
novamente algum dia”. Eles se viam como um exército poderoso; quem
desertava do exército do Senhor não era digno de honra ou privilégios.
Essa falta de tolerância militante não poderia ser mais clara do que nesse
verso do hino que eles cantavam. Era um reflexo de quem eles eram e de
como pensavam. Eles não tinham tolerância para com desertores!
A partir do conteúdo desse hino fica bastante claro que aqueles primeiros
santos eram extremamente sérios sobre aquilo em que criam e sobre o Reino
de Deus. Sua caminhada cristã não era apenas “outra coisa” para fazerem na
vida. O cristianismo era seu “tudo em tudo”, porque eles haviam entregado
sua vida — integralmente — a essa causa.
Por favor, entenda que esse hino não era uma declaração teológica; era,
antes, um reflexo do tempo em que aqueles crentes viviam e da atitude que
eles possuíam. As canções da igreja são sempre indicativas do período
específico em que foram escritas. O compositor do hino, quem quer que
tenha sido, registrou as mensagens pregadas à congregação e as colocou em
música para que os santos pudessem cantá-las em casa, no trabalho, em seu
tempo de lazer ou em reuniões da igreja.
Quase consigo ouvir os santos do primeiro século cantando os versos
desse hino agora! Você consegue ouvi-los levantar as vozes e cantar
bravamente?
Se formos mortos, como Ele foi morto,

Viveremos novamente, como Ele agora vive;
Se nos for imposto sofrimento,
Reinaremos com Ele como nobres;
Se o negarmos ou o abandonarmos,
Ele nos negará nossas recompensas;
Se não cremos ou nos desanimamos, ainda assim Ele permanece fiel.
Ele não pode, não pode, não pode negar a si mesmo!
À medida que o tempo avança e a vinda do Senhor se aproxima, Deus

espera que você dê um passo à frente e ocupe seu lugar em Seu exército
moderno. É muito possível que, nos dias e décadas vindouros, haja
confrontos entre os reinos deste mundo e o Reino de Deus. Você está pronto
para isso? Está pronto para seguir a voz do nosso Comandante-chefe? Você
está empenhado em entrar na luta e permanecer nela até a vitória ser
conquistada? Você é um verdadeiro soldado do exército do Senhor?
Aproveite o tempo de que você dispõe agora para se fortalecer
espiritualmente, a fim de se vestir com toda a armadura de Deus e
desenvolver uma atitude vencedora. É um fato que a atitude é 99% de toda
luta; portanto, estar mentalmente preparado é muito importante para a sua
sobrevivência e vitória.
Os crentes da Igreja Primitiva mantiveram a atitude de nunca ceder,
desistir ou se render à derrota. Como resultado, conquistaram o mundo em
que viviam.
Você tem o mesmo tipo de atitude que irá garantir a sua vitória na vida? Se
não for assim, você precisa começar a desenvolver essa atitude em sua vida
imediatamente! Há coisas demais em jogo para você se permitir ser
derrotado por não possuir uma atitude correta!
Senhor, ajuda-me a ter uma atitude determinada a vencer todas as dificuldades e lutas que
eu enfrentar na vida! Tu me deste poder espiritual, armas espirituais e a maravilhosa
Palavra de Deus. É um fato que Tu me equipaste com tudo de que preciso para vencer.
Agora a vitória depende de mim e de minha atitude. Ajuda-me a manter a atitude que
nunca cede, nunca desiste e nunca se rende à derrota. Ao tomar minha decisão de me
apoderar do Teu poder, das Tuas armas espirituais e da Tua Palavra, é garantido que eu
afastarei o diabo para longe de minha vida. Por isso, ajuda-me a tomar essa decisão — e
tomá-la rapidamente!
Confesso que estou seguindo a voz do meu Comandante-chefe. Irei aonde Jesus disser
para eu ir e farei exatamente o que Ele me disser para fazer. Estou empenhado em entrar
na luta e permanecer nela até a vitória ser conquistada! Tenho uma atitude que nunca
cede, nunca desiste e nunca se rende à derrota. Deus me deu poder espiritual, armas
espirituais e as promessas de Sua Palavra nas quais eu posso confiar. Ele me equipou com
tudo de que preciso para vencer — e agora a vitória depende de mim!
PARA REFLETIR
1. O que você pensa sobre essa canção que os crentes cantavam no

primeiro século? O que a letra dessa canção lhe diz sobre os
primeiros crentes e sua atitude em relação à vida e a viver em
vitória?
2. Você tem a atitude necessária para conquistar a vitória em suas
circunstâncias e em sua vida? Você pode dizer com confiança que
está empenhado em permanecer na luta até a vitória ser sua e o tão
esperado prêmio estar enfim em suas mãos?
3. A sua caminhada cristã é apenas “uma outra coisa” para você fazer
na vida ou é o seu “tudo em tudo”, como era na vida daqueles
primeiros crentes? Você está entregando a sua vida —integralmente
— na busca de sua caminhada com Deus?
9 DE AGOSTO
O Que o Futuro lhe Reserva se Você Escolher

Desistir?
...todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma. Nós,
porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a
conservação da alma.
— Hebreus 10:38-39
C erto dia, quando eu estava ministrando em uma igreja, o pastor de lá me

perguntou se eu dedicaria tempo a almoçar com um ministro que já
havia estado associado a muitos homens e mulheres de fé. O pastor me disse
que, tempos atrás, aquele ministro havia trabalhado na equipe de um
ministério muito grande e bem-sucedido. Entretanto, após decidir que sua
tarefa estava concluída, o homem havia partido para iniciar o seu próprio
ministério.
Vários anos se passaram desde que aquele ministro havia dado o passo de
fé para iniciar sua própria organização. Porém, em função de sua nova
organização não haver crescido tão rapidamente quanto ele esperara, ele
havia ficado muito desanimado e deprimido. Como resultado dessas
decepções, ele havia começado a questionar tudo aquilo em que acreditava
no que diz respeito a caminhar por fé. Ele chegou a se tornar muito
rancoroso e amargurado para com qualquer um que afirmasse caminhar por
fé. Infelizmente, aquele ministro cometeu o erro de começar a comparar
aquilo em que ele cria com aquilo que estava vivenciando.
Naquele dia, quando fui almoçar com aquele homem, fiquei chocado por
alguém que havia conhecido um nível tão elevado de fé poder deslizar para
um estado tão sofrível. Ele não era apenas negativo, mas também
extremamente cínico e crítico sobre qualquer coisa que tivesse a ver com a
fé. Enquanto eu tentava encorajar aquele homem, ele disse: “Sim, eu sei tudo
sobre vocês, pessoal da fé! Vocês afirmam e reivindicam, mas são todos
muito superficiais. Vocês nada sabem sobre dificuldades ou sofrimento.
Vocês apenas vivem em um mundo de conto de fadas que não toca a
existência real de quem quer que seja”.
Enquanto aquele homem alegava que eu e meus outros amigos da fé nada
conhecíamos sobre dificuldades, eu pensava em todos os desafios pessoais
pelos quais eu havia passado — os muitos ataques que o diabo havia feito
contra minha vida e meu ministério. Pensei também em como os próprios
ministérios que ele estava especificamente acusando de serem superficiais
haviam permanecido inabaláveis contra problemas dos quais ele,
obviamente, não tinha conhecimento.
Senti necessidade de falar e contar ao homem sobre alguns desses
desafios e como eu e meus colegas ministros havíamos conquistado vitória,
permanecendo firmes na fé. Porém, quando tentei lhe falar, foi como falar a
um muro de concreto. Ele já havia decidido que Deus não tinha um plano de
vitória para a vida dele — e que quem quer que acreditasse que era da
vontade de Deus as pessoas serem vitoriosas era um charlatão!
Após duas horas de abuso verbal daquele homem, eu disse ao pastor que
me levou ao almoço: “Desculpe-me, mas não vou mais ficar sentado aqui
sendo verbalmente abusado por esse homem. Eu sequer o conheço, mas ele
está atacando cruelmente a mim e meus amigos. Lamento que ele não tenha
me escutado hoje, porque acredito que poderia tê-lo ajudado”.
Com isso, afastei-me da mesa, levantei-me, vesti minha jaqueta e saí do
restaurante. Não havia motivo algum para eu permanecer ali mais tempo,
porque a amargura daquele homem o havia contaminado tão absolutamente
que ele não estava disposto a ouvir nada de mim ou de meus amigos que
também creem em caminhar por fé. No fim, descobri que a única razão para
ele querer me encontrar no almoço era para ter a oportunidade de me
censurar por aquilo em que eu cria.
Aquela experiência me fez pensar em Hebreus 10:38-39, que diz: “...
todavia, o meu justo viverá pela fé; e: Se retroceder, nele não se compraz a
minha alma. Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição...”.
Esse versículo nos diz explicitamente o que acontece a pessoas que se
afastam da vida de fé. Segundo ele, as ramificações desse afastamento da fé
são sombrias e horríveis. O homem que me censurou naquele dia, durante o
almoço, foi um exemplo perfeito do que esse versículo comunica a você e a
mim.
A palavra “retroceder” provém do grego hupostello, composto pelas
palavras hupo e stello. Neste caso, hupo significa de volta e stello significa
enviar. Porém, quando essas duas palavras se tornam a palavra hupostello,
retratam alguém que está se retraindo, se retirando, recuando, regressando,
voltando, retrocedendo, se desviando ou alguém que está desistindo de
alguma coisa. Essa é uma pessoa que começou uma jornada, mas depois
inverteu repentinamente sua direção. Agora, está se movendo para trás em
vez de para a frente. Por algum motivo, essa pessoa está se afastando de
uma posição ou crença à qual antes se apegava fortemente.
A palavra “perdição” provém da palavra grega apoleia, que descreve
algo tão arruinado e podre que está em decomposição, como batatas
podres que ficaram guardadas tempo demais e agora estão estragadas e
apodrecidas. Frequentemente, essa palavra era usada para descrever o fedor
de um animal em decomposição ou de um corpo humano morto — um odor
repugnante, pútrido, grosseiro, nojento e enjoativo. Um cheiro o deixa com
uma sensação doentia na boca do estômago. O cheiro é tão repulsivo que
você sente vontade de correr ao banheiro para vomitar. Essa é exatamente a
imagem que Hebreus 10:39 nos dá do que acontece quando uma pessoa dá as
costas e se afasta do chamado de Deus ou de uma vida de fé. Isso resulta em
uma situação repugnante e fedorenta.
Não seja como o homem do exemplo deste texto. Se Deus falou com
você, fique firme e se recuse a se mover até receber a manifestação da
promessa que Ele fez a você!
Fico surpreso com a natureza passageira da fé de algumas pessoas. Por
exemplo, se suas orações por cura não são respondidas tão rapidamente
quanto desejam, elas permitem que sua carne as leve à conclusão de que
deve ser a vontade de Deus que elas estejam doentes! Ou, se semeiam suas
finanças crendo em uma colheita financeira, mas não veem aquela colheita
após poucos meses, concluem que o que lhes foi ensinado sobre
prosperidade deve estar errado.
Porém, você tem de dar à fé tempo para operar! A fé e a paciência são
parceiras. É por isso que Hebreus 10:36 diz: “Com efeito, tendes
necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus,
alcanceis a promessa”. A palavra “perseverança” provém de hupomene,
composta pelas palavras hupo e meno. Meno é a raiz principal da palavra e
significa permanecer, restar, continuar ou ficar permanentemente em um só
lugar. É a mesma palavra que Jesus usou em João 15:7, quando disse: “Se
permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós,
pedireis o que quiserdes, e vos será feito”. Uma tradução literal de João
15:7 poderia ser: “Se vocês permanecerem de forma firme e contínua em
mim, e se as minhas palavras permanecem de forma firme e contínua em
vocês, poderão pedir o que quiserem e isso lhes será feito”. A palavra meno
dá a ideia de algo enraizado, imóvel e estável.
Porém, quando você acrescenta o prefixo hupo à frente de meno,
formando hupomene, a imagem muda radicalmente! Nessa situação, a
palavra hupo significa sob, como estar sob algo muito pesado. Porém,
quando ligada à palavra meno — formando hupomene — retrata uma pessoa
que está sob uma carga muito pesada, mas resolveu que não se moverá;
permanecerá naquele único lugar. Independentemente de quão pesada seja
a carga ou de quanto tempo demore, ela se recusa a afastar-se de sua posição
porque sabe que é ali que ela deve estar!
A palavra hupomene retrata uma pessoa totalmente comprometida com
manter a sua posição. Ela permanecerá sob aquela carga pesada tanto tempo
quanto for necessário para alcançar a vitória. Está decidida a cumprir o seu
compromisso, independentemente do preço que precise pagar. Nada
consegue influenciá-la ou fazê-la mudar de ideia. Ela não renunciará ao seu
território! Um estudioso diz que hupomene seria melhor traduzida como
“resistência”, porque retrata uma atitude que nunca desiste. Trata-se de uma
fé que se manifesta como um espírito firme, resistente, persistente,
obstinado, perseverante e tenaz, que se recusa a abrir mão daquilo que
deseja ou acredita. Eu, pessoalmente, traduzo a palavra hupomene como
poder de aguentar firme!
Você precisa ter hupomene se pretende vencer o diabo em seu jogo e fazer
com sucesso o que Deus o chamou a fazer. Se hupomene estiver operando
em sua vida, será apenas uma questão de tempo para que sua vitória chegue
até você. Não é uma questão de se a sua vitória chegará — é apenas uma
questão de quando ela chegará. Porém, para atingir aquele glorioso e tão
esperado lugar de vitória, é essencial que você tenha hupomene em sua vida!
Então, não abandone a sua fé! O dia em que a sua visão morrer é o dia em
que a sua alegria desaparecerá, sua vida será deprimente e você se tornará
amargurado. Você acabará em “perdição” se abrir mão da palavra da
verdade que Deus lhe deu. Você começará a exalar o cheiro pútrido de uma
fé ressentida — exatamente como aquele ministro que se afastou de sua
posição de fé, anteriormente forte, e se tornou amargo e cínico para com
qualquer um que andasse em fé. Em vez de resistir às mentiras que o diabo
estava falando a ele e manter sua postura sólida como rocha na Palavra de
Deus, renunciou à sua posição de fé e cedeu lugar à dúvida e à descrença.
Naquele dia, sentado diante de mim estava um homem que havia virado as
costas e se afastado da vida de fé que antes adotara. Toda a sua mente estava
mergulhada em derrota. Ele havia até racionalizado a sua derrota
envolvendo-se em um sistema doutrinário concebido para sustentar a sua
deprimente existência. Toda a conversa com ele só fez com que eu me
sentisse mal. Era devastador ver alguém que já havia andado em vitória
andar agora em uma tão terrível existência de nível inferior.
É por isso que Hebreus 10:38 diz: “... Se retroceder, nele não se compraz
a minha alma”. Não é uma experiência prazerosa ver alguém que havia
avançado, mudar posteriormente para o pior. De fato, é de partir o coração.
Talvez você conheça pessoas que, no passado, desejaram intensamente
fazer a vontade de Deus e creram firmemente naquilo que Deus as chamou a
fazer. Porém, quando as coisas não aconteceram da maneira que esperavam
ou quando encontraram alguns obstáculos inesperados ao longo do caminho,
disseram: “Esqueça essa coisa de fé! Não funciona!”. Depois, essas mesmas
pessoas deram as costas e se afastaram daquilo que Deus as havia chamado
a fazer ou lhes havia revelado? Não é triste ver o que acontece a pessoas
assim — pessoas que tiveram tanto potencial e poderiam ter realizado tanto
se apenas tivessem se mantido firmes durante um pouco mais de tempo?
Talvez você seja aquele que uma vez tentou fazer a vontade de Deus, mas
depois se permitiu ficar desanimado e derrotado. Você jogou a toalha e
deixou o diabo livre para arruinar o seu sonho? Você se afastou, deu as
costas e desistiu de fazer aquilo que fora chamado a ser ou fazer? Se a
resposta for sim, você provavelmente está revoltado com você mesmo e se
sente infeliz e insatisfeito. Correto?
Bem, não há razão alguma para você permanecer nessa condição infeliz
pelo resto de sua vida. A mesa está preparada e a refeição está pronta. Deus
está esperando você puxar a sua cadeira até a mesa, pegar sua faca e seu
garfo, e recomeçar a dedicar-se ao tremendo plano que ele tem para a sua
vida. Não permita que o desânimo o impeça de ser quem Deus quer que você
seja. Apenas permaneça firme, seja persistente e determine-se a não parar
enquanto não vir o seu sonho se realizar!
Dores e sofrimentos serão logo esquecidos quando os poderes do inferno
saírem do caminho e seu sonho se tornar realidade. Quando isso acontecer,
você ficará muito feliz por não ter tomado o caminho errado e entrado
para o clube dos desistentes!
Senhor, estou pedindo que Tu me ajudes a permanecer concentrado e decidido a

continuar em minha corrida de fé até atingir a linha de chegada e receber o meu tão
esperado prêmio! Quando o diabo tentar me dissuadir de manter a minha fé, ajuda-me a
repreendê-lo, a ordenar-lhe que se cale e a mandá-lo embora! Com o Teu Espírito me
capacitando, sei que serei capaz de continuar crendo e caminhando por fé até por fim ver
a manifestação dos meus sonhos!
Confesso que, independentemente de quão pesada seja a carga ou de quanto tempo

demore, eu me recusarei a sair da minha posição de fé enquanto não atingir a vitória que
Jesus me promete. Permanecerei firme em meu compromisso e nada será capaz de me
influenciar ou fazer com que eu mude de ideia. Eu me recuso a abandonar qualquer parte
do meu território prometido por Deus! Minha fé é firme, resistente, persistente, obstinada e
perseverante. Meu espírito é tão tenaz que se recusa a desistir! Não é uma questão de SE a
minha vitória virá — é apenas uma questão de QUANDO ela virá!
PARA REFLETIR
1. Você já conheceu pessoas que andaram em fé, mas, depois, deixaram

o desânimo torná-las ressentidas? Esses indivíduos estão agora
amargos, insensíveis e cínicos em relação a qualquer pessoa ou coisa
que simbolize a fé que possuíram?
2. Como você descreveria a condição atual da vida desses indivíduos
após terem deixado para trás a sua fé e seus sonhos? A vida deles se
tornou melhor ou eles pioraram e agora são uma triste sombra da
vida cheia de fé que antes viviam?
3. Se você tem se sentido tentado a ficar desanimado e a desistir do
sonho que Deus lhe deu, que medidas pode tomar para começar a
renovar a sua esperança e fortalecer a sua determinação de aguentar
até o fim?
10 DE AGOSTO
Não Imponha as Mãos Precipitadamente a Ninguém!

A ninguém imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice de pecados de outrem.
Conserva-te a ti mesmo puro.
— 1 Timóteo 5:22
N enhum fabricante de automóveis lançaria um novo modelo de carro ao

público sem antes testar os pontos fracos e os fortes desse automóvel.
Para testar o novo modelo, o fabricante pedirá que ele seja conduzido à
maior velocidade possível. Ele será lançado contra uma parede. Será
conduzido sobre pregos para testar a resistência dos pneus. Ele será
conduzido sobre todos os tipos concebíveis de pavimentos e sob todos os
tipos de temperaturas. Somente após ser aprovado na inspeção final o carro
será considerado “adequado” para uso público.
Lançar um carro sem esses tipos de testes seria considerado
irresponsável. Sem testar um novo modelo, como o fabricante poderá saber
se ele terá bom desempenho? Como poderá saber se a estrutura do carro
contém, ou não, erros fatais? Como poderá saber com certeza que o carro
não matará alguém? O fabricante está bem ciente de que se lançar o carro ao
público e este desmoronar ou matar alguém ele será responsabilizado por
aquela falha.
Os novos automóveis são testados para proteger as pessoas contra
ferimentos físicos em acidentes automobilísticos. Porém, e quanto ao teste de
potenciais líderes antes de lhes darem lugares de poder e autoridade com
grande visibilidade em uma igreja, empresa ou organização?
As pessoas são preciosas para Deus e devem ser preciosas também para
nós. Porém, antes de lhes darmos grande poder e autoridade em uma igreja
ou organização, elas precisam primeiramente ser testadas e provadas. É
essencial que aqueles de nós que ocupam posições de liderança saibam
quem esses indivíduos realmente são e qual será o seu desempenho em
diversas situações.
O apóstolo Paulo se referiu a esse processo de teste ao escrever: “A
ninguém imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice de
pecados de outrem. Conserva-te a ti mesmo puro” (1 Timóteo 5:22). A
palavra “precipitadamente” provém do grego tachus; nesse versículo
transmite a ideia de fazer algo rapidamente ou apressadamente. As palavras
“imponhas as mãos” provêm da palavra grega epitithimi, que significa
colocar as mãos sobre. Nos tempos do Antigo Testamento e também do
Novo Testamento, uma cerimônia de “imposição de mãos” era o equivalente
a estampar naquele indivíduo o selo pessoal de aprovação de alguém.
Quando quem ocupava uma posição de liderança impunha as mãos sobre
uma pessoa, indicava que acreditava nela, a apoiava e desejava capacitá-la
para executar alguma tarefa ou dever. Por isso, a imposição das mãos era um
ato realizado com muita cautela, pois conferia a quem a recebia uma posição
muito elevada aos olhos dos espectadores.
Paulo nos diz: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos...”. Uma
tradução melhor seria: “Não dês com demasiada pressa o teu selo de
aprovação às pessoas...”. Veja, é muito possível impor as mãos sobre as
pessoas com demasiada rapidez — dar-lhes o selo de nossa aprovação antes
de realmente conhecê-las e dar-lhes autoridade antes de estarem prontas.
Esse é um erro tolo que produz consequências dolorosas.
Se você sente que Deus o escolheu, não fique frustrado se for retido
durante algum tempo por quem tem autoridade sobre você. É sábio e correto
eles o conhecerem, testarem e terem certeza de que você é o candidato certo
para o trabalho. Se Deus realmente o escolheu, esperar apenas um pouco
mais não fará mal a você ou ao chamado que Ele colocou em sua vida. Seja
como for, o seu chamado divino será confirmado e reconfirmado várias
vezes enquanto você aguarda pacientemente que o tempo de Deus seja
manifestado.
Quando eu era jovem, tinha desejo; tinha ambição; e tinha o necessário
para “levantar e ir fazer” o que Deus colocou em meu coração. Porém, havia
em mim características que precisavam ser corrigidas antes de Deus poder
me usar. Se eu tivesse começado antes de Deus arrancar aqueles traços
indesejáveis, mais tarde eles teriam superado meu ministério e destruído
qualquer frutificação que Deus desejasse produzir por meu intermédio. É por
isso que é um aspecto da imaturidade querer fazer tudo agora mesmo.
Se você for a pessoa que escolhe a liderança para sua igreja, ministério ou
organização, não faça as coisas apressadamente! Em sua organização, nada é
mais importante do que as pessoas que você escolhe para a liderança. Se
você escolher pessoas que compartilham dos anseios do seu coração e são
submissas a você e à sua visão, elas serão uma bênção. Porém, se você
escolher pessoas que têm uma visão diferente e não estão de acordo com o
que Deus colocou em seu coração, você convidou para o seu meio um
furacão espiritual que tem o poder de destruir tudo que você construiu. Por
isso, dedique tempo a ter certeza de estar tomando a decisão certa!
Todos nós temos falhas e defeitos de caráter. Nenhum de nós é perfeito.
Felizmente, pequenos defeitos são corrigíveis, desde que tenhamos um
coração receptivo e ensinável. Porém, se uma pessoa se recusa a enxergar a
sua necessidade de transformação e tem o coração fechado a sugestões feitas
por quem a ama, isso é uma evidência de um defeito de caráter mais grave.
Externamente, essa pessoa pode parecer ser exatamente o que estamos
procurando, mas não devemos nos esquecer de considerar as questões mais
profundas do coração.
Pastores e líderes de ministérios e organizações podem atestar o terrível
erro de “impor as mãos” sobre pessoas antes de elas estarem prontas. A
maioria dos líderes poderia lhe contar sobre pessoas que eles promoveram à
liderança com demasiada rapidez — antes de realmente as conhecerem.
Essas são as pessoas que, frequentemente, traíram seus líderes, dividiram
suas igrejas, dividiram suas organizações e feriram tão profundamente o
espírito desses líderes que foi necessário um longo tempo para que estes se
recuperassem e voltassem a um estado de normalidade em sua vida e
ministério.
Frequentemente, a dor causada por uma pessoa em casos assim não é
intencional. Ela simplesmente não estava preparada para tanto poder e
autoridade. E pensar que toda a encrenca poderia ter sido evitada se
tivessem esperado mais tempo antes de a pessoa ser levada a uma posição
de liderança!
Ao longo de dois mil anos de história da Igreja, muitos erros terríveis
foram cometidos simplesmente porque pessoas foram colocadas em posições
de liderança com demasiada rapidez. Se mais tempo tivesse transcorrido e
se aquelas pessoas tivessem sido realmente testadas, teria ficado claro que
elas não estavam espiritualmente preparadas para liderar. Porém, como
resultado de decisões apressadas e ações rápidas, multidões de pessoas
foram tratadas incorretamente e prejudicadas por lideranças imaturas.
Não cometa o mesmo erro! Antes de alguém ser convidado a integrar
permanentemente qualquer equipe de liderança, é correto ter certeza de que
não há em seu caráter, atitude ou atos algo que possa ferir espiritualmente os
outros ou a organização ao longo do caminho. Lembre-se de que você está
colocando esse potencial líder sobre pessoas, e nada no mundo é mais
valioso ou precioso do que o povo de Deus. Você não quer tomar uma
decisão apressada que resulte em terríveis consequências para sua igreja,
ministério ou organização.
Paulo disse a Timóteo que, não impondo as mãos sobre pessoas com
excessiva rapidez, ele poderia evitar ser “... cúmplice de pecados de
outrem...”. A palavra “cúmplice” vem da palavra grega koinonia, que
transmite as ideias de comunhão, interação ou participação mútua.
Veja, quando líderes descobrem que uma pessoa tem um grave defeito de
caráter após a terem colocado em uma posição elevada com demasiada
rapidez, eles estão envolvidos em uma encrenca, quer gostem ou não! Eles
têm em sua equipe alguém que não “se encaixa” corretamente, tem um padrão
de excelência diferente ou tem algum problema. Porém, por terem agido com
demasiada rapidez e promovido publicamente aquela pessoa, eles não
conseguem tomar uma decisão difícil. Ficaram presos a uma encrenca que
poderia ter sido evitada simplesmente agindo um pouco mais devagar!
Por isso, se você estiver em uma posição de liderança, dedique tempo a
conhecer alguém antes de dar a essa pessoa novo poder e autoridade. E, se
você deseja ser escolhido para uma posição mais elevada, seja paciente com
aqueles que estão esperando e observando você. Eles têm a
responsabilidade, dada por Deus, de conhecê-lo e se sentirem confiantes em
relação a você antes de imporem suas mãos sobre você!
Por fim, ore para que seu pastor ou empregador tome decisões corretas
sobre as pessoas que promovem a cargos de liderança em sua igreja,
empresa ou organização. Eles necessitam do seu apoio de oração; por isso,
apoie-os com suas orações hoje!
Senhor, Tu me conheces melhor do que qualquer outra pessoa do mundo; por isso, confio
que Tu sabes exatamente quando estarei pronto para a próxima grande promoção que
projetaste para a minha vida. Ajuda-me a parar de ficar frustrado com meus superiores
por não me promoverem mais rapidamente e, em vez disso, ajuda-me a analisar as
questões mais profundas de minha vida que me impedem de ser promovido. Espírito Santo,
ajuda-me a usar esse tempo em minha vida para corrigir minhas atitudes e preparar meu
coração para o próximo passo de crescimento que Jesus tem à minha espera!
Confesso que meu caráter, atitude e atos estão sendo refinados pelo fogo de Deus em
minha vida. O Espírito Santo está me ajudando a descobrir qualquer defeito grave de
caráter que afetaria negativamente o meu futuro. Deus está me transformando, me
ensinando e me preparando para uma responsabilidade maior. Eu levo a sério a minha
caminhada com Deus e de ser muito usado por Ele nesta vida. Portanto, quero que Ele
identifique todas as partes de minha vida que estejam erradas ou precisem ser tratadas.
Por isso, hoje eu me rendo ao Espírito Santo para que Ele possa mergulhar
profundamente em minha alma e tirar de meu interior esses traços que me impediriam de
receber as bênçãos e posições que Deus amaria conceder-me!
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em alguém que foi promovido muito

apressadamente a uma posição de liderança e, como resultado,
causou danos a uma igreja, empresa ou organização?
2. Houve momentos em que seu desejo de ser promovido foi adiado?
Olhando para trás, você consegue ver que não estaria pronto para a
tarefa se tivesse sido promovido naquele exato momento? Isso o
torna grato por ter demorado apenas um pouco mais de tempo?
3. Com que você precisa lidar em seu caráter pessoal neste momento
para se preparar melhor para a próxima promoção que Deus reservou
para a sua vida?
Pastores e líderes de ministérios e organizações podem atestar o terrível

erro de “impor as mãos” sobre pessoas antes de elas estarem prontas. A
maioria dos líderes poderia lhe contar sobre pessoas que eles promoveram
à liderança com demasiada rapidez — antes de realmente as conhecerem.
Essas são as pessoas que, frequentemente, traíram seus líderes, dividiram
suas igrejas, dividiram suas organizações e feriram tão profundamente o
espírito desses líderes que foi necessário um longo tempo para que estes
se recuperassem e voltassem a um estado de normalidade em sua vida e
ministério.
11 DE AGOSTO
Certifique-se de Praticar a Espada!

Tomai... a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;
— Efésios 6:17
V ocê já foi confrontado com uma situação em que sentiu precisar de uma
palavra do Senhor, mas não sabia de qual palavra era? Você correu
para a sua Bíblia e começou a folhear as páginas, procurando a palavra
perfeita de que precisava — mas parecia que você simplesmente não
conseguia encontrar a palavra adequada à sua situação?
Bem, hoje quero lhe falar sobre a espada do Espírito. Você descobrirá
que, quando o Espírito Santo coloca em seu coração uma palavra exata para
a sua situação, essa palavra rhema terá um incrível poder para forçar o
recuo do ataque do inimigo!
Deixe-me começar por contar-lhe um pouco sobre como os soldados
romanos iam para a prática de espada, porque isso vai ajudá-lo a entender a
diferença entre rhema, que é uma palavra avivada e específica do Espírito,
e logos, que é a Palavra escrita de Deus.
Em função de o exército romano estar tão envolvido com guerras, seus
soldados praticavam as artes da guerra continuamente. Um dos exercícios
principais era a prática diária da espada. Os soldados se exercitavam nessa
habilidade durante a manhã e a tarde. Os anciãos davam aos seus recrutas
broqueis tecidos com ramos de salgueiro e duas vezes mais pesados do que
os usados em batalha real.
Além daqueles pesados broqueis, as espadas que os soldados romanos
usavam para praticar eram feitas de madeira pesada e tinham o dobro do
peso das espadas realmente usadas em batalha. Todo soldado praticava
combate com um poste de madeira de aproximadamente um metro e oitenta
centímetros de altura, firmemente fixado no chão. Esse poste se tornava o seu
“inimigo” durante a prática. Assim como com um inimigo real, ele avançava
sobre seu alvo, o atacava com sua espada e, depois, se retirava.
A tarefa do soldado ao praticar era aprender como tirar proveito de seu
inimigo; como golpeá-lo em seu ponto mais fraco; e como golpeá-lo para
que ele não conseguisse reagir. O objetivo do homem que manejava a espada
era quase sempre a cabeça ou o rosto; as coxas ou as pernas; ou,
ocasionalmente, os lados do alvo.
Flavius Vegetius Renatus, que viveu em torno do ano 380 d.C. e
documentou os assuntos dos militares romanos, escreveu: “Eles [os recrutas
militares] eram, semelhantemente, ensinados não a cortar, mas a empurrar
suas espadas. Isso porque os romanos não só zombavam de quem lutava com
o fio daquela arma, mas sempre os consideravam uma conquista fácil. Um
golpe com o fio, embora feito com muita força, raramente mata, porque as
partes vitais do corpo são protegidas pelos ossos e pela armadura. Por outro
lado, uma penetração da lâmina, embora não ultrapasse cinco centímetros,
costuma ser fatal”.3
Foi com base nisso que Paulo disse: “Tomai... a espada do Espírito, que é
a palavra de Deus” (Efésios 6:17). Observe particularmente que Paulo diz:
“... a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”. A palavra traduzida
como “palavra” não é a palavra grega logos, que se refere à palavra escrita.
Em vez disso, Paulo emprega a palavra grega rhema. Isso é muito poderoso
— e quero lhe contar o porquê!
Se tivesse usado a palavra logos nesse versículo, Paulo teria dado a
entender um “amplo golpe” contra o inimigo e isso nunca seria suficiente.
Veja, o logos — embora amplo, forte, maravilhoso e repleto de orientação
geral para a nossa vida — não é suficiente para dar um golpe fatal no
inimigo. Precisamos penetrar o inimigo com a espada! Isso exigirá rhema
— uma palavra específica e avivada das Escrituras, colocada em nosso
coração e nossas mãos pelo Espírito Santo. Com um rhema de Deus
colocado em nosso coração e em nossas mãos, temos um real poder de
espada para usar contra o inimigo!
Um verdadeiro rhema não precisa ter seis páginas para ser eficaz contra a
obra do diabo. Conforme Vegetius registrou em sua história do exército
romano, tudo que era necessário para matar um inimigo era uma mera
penetração de cinco centímetros. De modo semelhante, um pequeno rhema
do Senhor tem o poder de eliminar o adversário!
O melhor exemplo desse poder de espada do Espírito se encontra em
Lucas 4:3-13. Nessa passagem, Satanás é o agressor que ataca Jesus em
repetidas ocasiões. Porém, Jesus não diz simplesmente “Satanás, saia
daqui”. Em vez disso, Jesus penetra a espada no diabo repetidamente com
golpes diretos! Jesus tinha um rhema específico e avivado, proveniente do
Espírito Santo!
Após o diabo tentá-lo com comida, Jesus sacou da espada posta em Sua
mão pelo Espírito Santo (um rhema) e disse: “... Está escrito: Não só de pão
viverá o homem” (v. 4). O inimigo não teve resposta a esse golpe
penetrante da espada do Espírito.
Após oferecer a Jesus todos os reinos do mundo em troca de adoração,
Satanás foi profundamente ferido por um único rhema proveniente da boca
do Mestre. Jesus lhe disse: “... Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e
só a ele darás culto” (v. 8). Satanás não teve resposta a essa espada do
Espírito.
Então, Satanás tentou fazer com que Jesus caísse na tentação de provar
Sua deidade. Porém, Jesus respondeu ao Seu adversário com uma espada,
dizendo: “... Dito está: Não tentarás o Senhor, teu Deus” (v. 12). Com um
golpe final da espada, Jesus penetrou a armadura de Satanás e provocou
um ferimento quase fatal — e, naquele momento, Satanás fugiu de cena!
Assim como o Senhor Jesus, você está equipado com toda a armadura de
Deus e isso inclui a espada do Espírito. Enquanto você tiver esse
equipamento espiritual, nenhuma batalha será uma verdadeira ameaça a
você! Hoje, se você se dispuser a abrir seu coração e escutar, o Espírito
Santo colocará em seu coração e em suas mãos o exato rhema de que você
necessita para fazer o diabo fugir!

Senhor, obrigado por me dar a espada do Espírito como parte do meu armamento
espiritual. Quando o diabo tentar me atacar, ajuda-me a ser sensível para ouvir o exato
rhema que o Espírito Santo deseja colocar em meu coração, com o qual serei capaz de dar
um golpe fatal no inimigo. A partir deste momento, abro o meu coração e a minha alma
para escutar a fim de que eu seja capaz de ouvir qualquer escritura ou palavra que o
Espírito Santo deseje me dar para usar contra as obras do diabo em minha vida.
Confesso que tenho a espada do Espírito, que é a palavra de Deus, e que essa arma
espiritual está operando em minha vida! Tenho a palavra exata de que preciso para todas
as situações — uma palavra específica e avivada das Escrituras, colocada em meu
coração pelo Espírito Santo. Em função desse rhema de Deus estar em meu coração,
tenho um real poder de espada para usar contra o inimigo!
PARA REFLETIR
1. Você é capaz de pensar em um momento em que estava enfrentando

uma situação difícil — e, repentinamente, foi como se Deus
colocasse em seu coração um versículo que tinha exatamente a
resposta de que precisava? Isso o equipou para lidar com o desafio
que você estava enfrentando e fez com que a situação se revertesse?
2. Por que você não pensa em três momentos de sua vida nas quais você
sabia enfaticamente que Deus lhe deu um rhema para a situação
específica que você estava enfrentando? Quais foram esses
momentos e de que maneira aquele rhema fez diferença?
3. Atualmente, há alguma área de sua vida na qual você poderia usar um
rhema proveniente do Espírito Santo para ajudá-lo a saber como
superar um problema ou um desafio?
3
Flavius Vegetius Renatus, The Military Institutions of the Romans, trad.Lt. John Clark (Westport,
Connecticut: Greenwood Press, 1944), pp. 20-21.
12 DE AGOSTO
Sendo Conduzido Pelo Espírito Santo

Partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando: Tem compaixão de nós, Filho de Davi!
Tendo ele entrado em casa, aproximaram-se os cegos, e Jesus lhes perguntou: Credes que eu
posso fazer isso? Responderam-lhe: Sim, Senhor! Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-
vos conforme a vossa fé. E abriram-se-lhes os olhos...
— Mateus 9:27-30
P ode ser difícil de acreditar, mas a maior parte do que fizemos na vida
foi iniciada por nós, não pelo Espírito de Deus. Habitualmente, após a
bola estar rolando e já termos começado a fazer o que queríamos é que
oramos e pedimos a Deus que abençoe o que iniciamos. Nós simplesmente
presumimos que aquela é a vontade dele porque parece ser uma ideia muito
boa. Não é de admirar que obtenhamos resultados tão ruins!
Precisamos aprender a frear, parar durante algum tempo e aprender a
esperar até o Espírito Santo falar claramente ao nosso coração. Pode parecer
que essa maneira de fazer as coisas demora mais; porém, quando Ele falar,
os resultados serão mais gratificantes e duradouros. Além disso, poderemos
evitar armadilhas que nos custariam muito tempo e esforço em longo prazo.
Os crentes precisam aprender a deixar o Espírito Santo liderá-los. Tome a
cura como exemplo. Quantos ministros pensaram: esvaziarei todas aquelas
cadeiras de rodas orando por aquelas pessoas enfermas! Porém, após
terminarem de orar, a maioria das pessoas ainda estava em suas cadeiras de
rodas e aqueles ministros saíram se sentindo envergonhados, derrotados e
incapazes. Deus não queria curar aquelas pessoas? É claro que sim, mas a
unção pode não ter estado presente naquele exato momento para curar
daquela maneira específica.
Ser sensível ao Espírito Santo é importante se quisermos ver resultados
de sucesso em qualquer esfera da vida, incluindo cura, família, negócios e
liderança de uma congregação da igreja. Somente o Espírito Santo vê e sabe
tudo o que deve ser feito; é por isso que é tão imperativo aprender a seguir a
Sua liderança se quisermos ser bem-sucedidos na vida.
Penso que um exemplo clássico de ser liderado pelo Espírito pode ser
visto no relato dos dois mendigos cegos em Mateus 9:27-31. Esses dois
mendigos cegos ouviram que Jesus estava passando por perto e esperaram
que Ele os curasse. Entretanto, Jesus passou por eles e não parou para curá-
los. Os dois mendigos cegos ficaram tão desconcertados que Mateus 9:27
nos diz: “Partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos, clamando: Tem
compaixão de nós, Filho de Davi!”.
A palavra “seguiram-no” provém do grego akoloutheo, que significa
seguir alguém ou algo de uma maneira muito determinada e proposital.
Embora fossem cegos e não pudessem ver aonde estavam indo, aqueles dois
homens estavam determinados a seguir Jesus até atraírem a atenção dele. O
versículo prossegue, nos dizendo que eles estavam “clamando”. A palavra
“clamando” vem da palavra grega kradzo, que significa gritar, berrar,
exclamar ou clamar na mais alta voz. Em outras palavras, eles estavam
gritando o mais alto possível para chamar a atenção de Jesus! Que imagem
dramática! Pense nisso: ali estavam dois cegos, querendo desesperadamente
ser curados, gritando, berrando e clamando, tentando fazer com que Jesus se
apercebesse deles. Ele, porém, continuou andando como se eles sequer
estivessem ali. Perseguindo Jesus implacavelmente, eles tatearam em suas
trevas, ainda gritando, berrando e clamando para que Ele os curasse.
Jesus não teria como não notar aqueles dois mendigos cegos, porque eles
estavam berrando muito alto; ainda assim, não parou. Então, eles
continuaram gritando com sua máxima força, repetindo: “Tem compaixão de
nós! Tem compaixão de nós! Tem compaixão de nós! Jesus, filho de Davi,
tem compaixão de nós!”.
Durante anos, essa parte da Escritura me deixou perplexo, porque eu não
conseguia imaginar por que Jesus não reconheceria os dois cegos. Eu queria
saber por que Ele não se virou imediatamente e os curou. Eles estavam tão
determinados a chamar a Sua atenção, que o seguiram até a casa onde Ele
estava hospedado, gritando: “Tem compaixão de nós, Filho de Davi!”.
Por fim, Jesus se aproximou dos dois mendigos cegos e perguntou:
“Credes que eu posso fazer isso?”. Eles responderam: “Sim, Senhor”.
Mateus 9:29 diz: “Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos
conforme a vossa fé”. Porém, por que Jesus não parou e curou os cegos logo
que os viu? Por que Ele não se voltou imediatamente para curá-los ao
reconhecer sua condição de cegos? E por que respondeu “... Faça-se-vos
conforme a vossa fé”?
Evidentemente, Jesus não sentiu a unção para curar naquele momento;
caso contrário, teria parado para impor as mãos sobre aqueles homens.
Entretanto, isso não impediu que os dois cegos recebessem. Era como se
Jesus tivesse dito: “Eu não sinto a unção para curar agora, então vocês terão
de receber isso sozinhos! Seja feito a vocês conforme a sua fé!”.
Portanto, a única explicação para o fato de Jesus não ter parado para curar
os dois mendigos cegos é que o Espírito Santo não o estava levando a curar
naquele exato momento. A boa notícia é que, de qualquer maneira, os dois
cegos poderiam usar a sua própria fé para serem curados — e eles foram
curados!
Quanto às pessoas a quem o Espírito Santo levou Jesus a curar, Ele as
curou com uma taxa de sucesso perfeita de 100%. A Bíblia descreve o Seu
ministério de cura da seguinte maneira: “E todos da multidão procuravam
tocá-lo, porque dele saía poder; e curava todos” (Lucas 6:19).
Veja, quando aquela virtude de cura estava fluindo, todos eram curados.
Porém, quando não estava fluindo, Jesus não tentava curar. Há outros casos,
como o relatado em Lucas 5:17, no qual Jesus estava ocupado ensinando a
Palavra de Deus. De repente, sentiu que “... o poder do Senhor estava com
ele para curar”.
Quando Jesus sentiu a unção para curar, deixou de lado o Seu ensinamento
e seguiu a liderança do Espírito. Como resultado, multidões foram curadas
naquele dia, incluindo o paralítico que um grupo de amigos desceu até a sala
por meio de uma abertura no telhado da casa.
Amo esse exemplo dado em Lucas 5:17, porque mostra a docilidade de
Jesus nas mãos do Espírito Santo. Embora estivesse ocupado ensinando
naquele momento, inesperadamente Ele sentiu a mudança de unção. O poder
de Deus subitamente estava presente para curar enfermos e Jesus soube que
era o momento de deixar de lado o programa pré-planejado e seguir o fluir
do Espírito Santo. Ele seguia fielmente para onde quer que o Espírito Santo
o conduzisse, e fazia o que o Espírito Santo lhe dizia para fazer. Se o
Espírito nada lhe dissesse, nada era o certo para Ele fazer.
Em João 5:30, Jesus falou de Sua completa dependência do Espírito
Santo. Ele disse aos discípulos: “Eu nada posso fazer de mim mesmo; na
forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo...”. Note que Jesus disse: “...
na forma por que ouço, julgo...”. Veja, Jesus estava constantemente escutando
a voz do Espírito, esperando aquele sinal divino para agir, curar, libertar ou
purificar algum enfermo.
Então, Jesus disse o que fazia tão logo estivesse confiante na direção do
Espírito para agir: “... julgo. O meu juízo é justo...”. As palavras “julgo” e
“juízo” provêm do grego krino, um termo jurídico que significa tomar uma
decisão com base em informações, como um júri que ouviu todas as provas
em um julgamento e, agora, possui todas as informações necessárias para
atuar.
Essa palavra é usada em João 5:30 para nos informar que Jesus nunca agia
antes de ter toda a direção do Espírito de que precisava. Uma vez dada essa
direção e Jesus tendo todas as informações de que necessitava, Ele agia. Por
agir com base nas orientações dadas pelo Espírito de Deus, Ele pôde dizer
que Seus atos sempre eram corretos. Em outras palavras, Jesus tinha uma
taxa de sucesso de 100% porque seguia a liderança do Espírito!
Jesus não acompanhava um programa pré-planejado ou agia
mecanicamente toda vez que era confrontado com uma necessidade. Portanto,
precisamos aprender com Seu exemplo e depender da liderança do Espírito
Santo, como Ele fazia. Se nos dispusermos a escutar o Espírito e fazer o que
Ele nos diz para fazermos — se nos dispusermos a aprender a esperar até o
ouvirmos falar — teremos resultados poderosos, exatamente como Jesus
teve em Seu ministério terreno.
E quanto a você, amigo? Está pronto para deixar o Espírito Santo se
tornar o líder de sua vida hoje?
Senhor, quero aprender a seguir-te mais de perto! Quero aprender o som da Tua voz, sentir
quando Tu estás falando comigo e tentando guiar-me, e me tornar tão sensível a Ti que
saiba quando agir e quando esperar. Lamento por todas as vezes em que agi antes de orar
— e depois presumi que Tu abençoarias o que eu estava fazendo. Não quero mais operar
dessa maneira. Só quero iniciar o que eu souber que Tu estás me levando a fazer. Então,
ajuda-me a tornar-me mais sensível. Dá-me a ousadia necessária para fazer o que Tu
disseres para fazer e esperar quando Te ouvir me dizendo para aguardar.
Confesso que sou completamente dependente do Espírito Santo. Assim como Jesus estava
constantemente escutando a voz do Espírito, esperando aquele sinal divino para agir,
curar, libertar ou purificar alguém enfermo, também sou sensível à voz do Espírito Santo e
o espero falar ao meu coração. Quando Ele fala, eu ouço; então, faço exatamente o que
Ele me instrui a fazer. Por eu seguir a Sua voz, cometo poucos erros e vejo ótimos
resultados!
PARA REFLETIR
1. Houve algum momento em que, repentinamente, você percebeu o

Espírito Santo levando-o a parar o que estava fazendo a fim de poder
usá-lo para fazer algo diferente do que você havia planejado
anteriormente?
2. Você seguiu a liderança do Espírito Santo ou se ateve ao programa
pré-planejado porque não queria interromper a sua agenda?
3. Há algum motivo para você resistir quando sente que o Espírito
Santo está tentando redirecionar os seus passos? Quais são esses
motivos?
13 DE AGOSTO
Você Percebeu as Pessoas Que Deus Chamou Para

Ajudá-lo?
...importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios
de Deus.
C erto dia, muitos anos atrás, quando eu estava começando a estudar o

grego do Novo Testamento, peguei meu Novo Testamento em Grego e o
folheei até 1 Coríntios 4:1. Ali, descobri que a palavra grega traduzida como
“ministros” era huperetas — que costumava representar a classe mais baixa
de criminosos. Eu sabia que Paulo deveria ter tido uma razão para escolher
essa palavra para descrever “ministros”, mas aquilo me fez pensar.
Os huperetas dos tempos antigos eram os criminosos condenados a viver
pelo resto da vida nos conveses inferiores de navios enormes. Nesses
conveses, eles se tornavam os motores que moviam os navios pelos mares.
Ao ponderar sobre isso, pude ver muitos motivos para Paulo ter usado essa
palavra para descrever aqueles de nós que estamos servindo no Reino de
Deus!
Por exemplo, um grande número desses criminosos era mantido nos
conveses inferiores de navios. Eles ficavam sentados e acorrentados a um
banco com outros criminosos — e, juntos, compartilhavam correntes
comuns, seguravam um remo comum e trabalhavam o mesmo número de
horas. Todos tinham de contribuir para a tarefa com uma igual quantidade de
trabalho. A vida inteira se tornava um esforço em grupo. Eles se tornavam
inseparáveis dos outros homens que estavam no banco com eles. Ao
refletir sobre isso, pensei em como Deus nunca o chama a fazer um grande
trabalho totalmente sozinho. Ele chamará outros ao mesmo tempo para ajudá-
lo. Quando você disser sim à vontade de Deus — quando você se entrega à
tarefa que lhe foi atribuída e entrega seu tempo, dinheiro, talentos e ideias ao
Senhor — descobrirá que outros estarão bem ali, ao seu lado, para ajudá-lo
na tarefa. Você não é o único com quem Deus tem falado!
Os navios em que os huperetas serviam eram tão grandes que teria sido
impossível um servo movê-lo um deles sozinho. Eram necessários o esforço
e a força de muitos servos trabalhando juntos para mover aqueles enormes
navios.
Da mesma maneira, você não é capaz de realizar totalmente sozinho o que
Deus o chamou a fazer! Olhe ao seu redor! Olhe as pessoas que Deus
colocou ao seu redor para ajudá-lo a cumprir o seu sonho. Não as ignore,
pensando ser capaz de fazê-lo sozinho. Se a sua visão do Senhor for grande,
será necessário que outros se envolvam no que você estiver fazendo.
Eu não seria capaz de fazer o que Deus me disse para fazer se tivesse de
fazê-lo sozinho. A visão é demasiadamente grande e difícil. Foi por isso que
Deus não parou após me chamar. Ele também convocou outros a se
posicionarem comigo, orarem comigo e permanecerem na caminhada,
trabalhando ao meu lado “no banco dos remadores”. O chamado deles é
exatamente tão real quanto o meu. Eles responderão pela parte deles tanto
quanto eu responderei pela minha. E, quando as recompensas forem dadas,
eles serão recompensados por quanto ajudaram a “remar o barco” e manter
esse ministério avançando para alcançar milhões de almas.
Por exemplo, o Senhor me chamou para levar diariamente, pela televisão,
o ensino da Bíblia a pessoas espiritualmente famintas da antiga União
Soviética. Porém, ao mesmo tempo em que colocou essa visão em meu
coração, Ele também chamou parceiros para orarem pelo programa, pagarem
pelo tempo de televisão e apoiarem o nosso ministério nos Estados Unidos.
Sem os nossos parceiros, eu não poderia fazer a minha parte no território da
antiga União Soviética. Eles são igualmente tão importantes quanto Denise,
nossa equipe de ministério e eu.
E quanto aos membros da equipe do nosso ministério de evangelização
televisiva, como nossos produtores, editores e secretárias? E quanto à
dedicada força de trabalho que responde às cartas de nossos
telespectadores? Desde 1992, essa equipe respondeu a milhões de cartas
daqueles que escreveram para Denise e para mim após terem assistido ao
nosso programa de televisão. Nosso departamento também editou milhares
de programas de televisão e distribuiu centenas de milhares de diferentes
exibições para onze fusos horários da antiga União Soviética.
Esses preciosos membros da equipe são os que fazem o trabalho de
bastidores para que os programas possam entrar em milhões de lares todos
os dias da semana. Se eu não os tivesse, não seria capaz de ministrar às
massas de pessoas que Deus me confiou ou ajudar as centenas de igrejas e
pastores localizados em toda a antiga União Soviética que me buscam para
obter orientação apostólica. Sou muito grato pelos demais membros de
minha equipe, aos quais Deus chamou para me ajudar nessa tremenda tarefa,
porque esse trabalho é demasiadamente grande para eu fazer sozinho!
De modo semelhante, para cumprir o sonho que Deus lhe deu, você terá de
aprender a cooperar com outras pessoas-chave — seus parceiros na vida —
que poderão ajudá-lo a realizar esse sonho.
Os huperetas da ilustração de Paulo viviam e trabalhavam juntos. E,
quando recompensas eram dadas por seu trabalho extremamente árduo, todos
os homens do grupo eram recompensados. Como eles trabalhavam na mesma
tarefa, compartilhavam o mesmo remo e suavam a mesma quantidade de
suor, todo o banco de trabalhadores era igualmente recompensado. Por outro
lado, se um remador de um banco era preguiçoso e impedia todos os demais
de levar sua parcela da carga no navio, todos os remadores daquele banco
eram punidos.
Em outras palavras, a diferença na atitude de um colega de trabalho era
tão poderosa que tinha a capacidade de obter vitória ou derrota para todos
eles. Uma vez que cada membro da equipe era fundamental para o sucesso, a
existência inteira de todos se tornava um esforço de grupo. Portanto, eles
tinham de aprender a atuar como equipe.
Quando aqueles homens remavam, o navio se movia. Quando eles
paravam de remar, o navio parava. Aqueles servos eram a força motriz por
trás da velocidade do navio. Se eles parassem de trabalhar arduamente nos
remos, o navio permanecia imóvel na água. Ele era totalmente dependente
dos remadores que estavam no fundo do barco, e que era incapaz de navegar
para qualquer lugar sem eles.
De modo semelhante, para avançar no que Deus o convocou a fazer —
quer seja seu ministério, família ou negócio — você precisa aprender a ser
um servo fiel, trabalhando juntamente com outros como equipe “no fundo do
barco”.
O fundo do barco pode não ser o lugar mais agradável para estar. Servir
dia após dia pode parecer monótono e, às vezes, quase enfadonho. Porém,
aderir à visão e prosseguir remando acabará produzindo resultados eternos
para o Reino de Deus! Por isso, renda-se ao plano de Deus, tome seu lugar
no navio, pegue um remo e comece a remar! Se você quiser chegar ao seu
destino mais rapidamente, coloque todo seu coração e toda sua alma no
remo desse barco!
Senhor, eu Te agradeço pelas verdades transformadoras de minha vida que acabo de ler!
Quero ocupar o meu lugar no Teu plano para a minha vida — e quero dedicar 100% de
minha atenção e minha força a vê-lo realizar-se em minha vida. Com todo o meu coração,
eu Te digo que quero Te seguir e fazer o que for necessário para que essa visão venha a
se realizar em minha vida. Eu Te agradeço por chamares outras pessoas para me ajudarem
a mover essa visão um pouco mais rapidamente!
Confesso que assumi meu lugar no plano de Deus. Agarrei um remo e estou remando com
todas as minhas forças e energias. Provavelmente, a atribuição que Deus me deu não será
realizada rapidamente; por isso, eu me preparei mentalmente para um longo período de
fazer o que Deus está me chamando a fazer. Serão necessárias força e energia
inacreditáveis para mover essa visão do reino dos sonhos para o reino da realidade.
Porém, graças ao poder do Espírito Santo em mim, tenho todas as forças de que necessito
para essa maravilhosa e tremenda tarefa!
PARA REFLETIR
1. Você sabe em qual barco de Deus o chamou a entrar e começar a

remar? Qual igreja, organização, ministério ou missão você deveria
estar ajudando?
2. Ao olhar para a sua própria vida, você pode ver que ela exigiu os
esforços combinados de muitas pessoas fiéis para levar você até
onde você está hoje? Você já fez uma lista das pessoas que o
ajudaram a chegar onde você está — e dedicou tempo a escrever um
bilhete de agradecimento pelo que elas fizeram por você?
3. Se a sua resposta à pergunta anterior foi não, por que você não
dedica hoje alguns minutos a fazer essa lista e escrever alguns
bilhetes para pessoas que fizeram diferença em sua vida?
Para cumprir o sonho que Deus lhe deu, você terá de aprender a cooperar
com outras pessoas-chave que poderão ajudá-lo a realizar esse sonho.
14 DE AGOSTO
Uma Comemoração Sem Igual!

...e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando
deles na cruz.
— Colossenses 2:15
V ocê já imaginou que tipo de comemoração ocorreu no céu após Jesus

ter derrotado o diabo? Bem, é possível sabermos exatamente como o
céu comemorou porque Paulo nos dá um vislumbre desse evento de gala
celestial em Colossenses 2:15. Ele diz: “... e, despojando os principados e
as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”.
Esse é um versículo extremamente ilustrativo! É um quadro pintado para
nós pelo Espírito Santo — uma ilustração gloriosa e clara do que aconteceu
no dia em que Jesus derrotou a morte, o inferno e a sepultura!
A palavra “despojando” provém do grego apekduomai, que significa
despojar ou tirar como alguém tiraria suas roupas. Essa palavra poderia
descrever o desarmamento de um inimigo — literalmente arrancando seu
armamento e sua artilharia e deixando-o sem armas para reagir. Um
estudioso observou que ela se refere a deixar alguém totalmente nu. Usando
essa palavra, o Espírito Santo nos diz que, ao ressurgir dos mortos, Jesus
saqueou totalmente o inimigo.
Além disso, Paulo nos diz que, ao terminar de saquear os poderes do
inferno e de cumprir Sua missão, Jesus esfregou essa derrota no rosto do
diabo fazendo a maior festa que o universo já havia visto! Colossenses 2:15
diz: “... e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs
ao desprezo, triunfando deles na cruz”.
A palavra “expôs” é tomada da palavra deigmatidzo, que significa
literalmente exibir ou expor algo. Era usada na escrita grega clássica para
denotar a exibição de cativos, armamento e troféus apreendidos durante a
guerra em solo estrangeiro. Quando a guerra terminava e a batalha estava
vencida, o imperador dominante voltava para casa e, vitoriosamente, exibia
e expunha os prisioneiros, tesouros, troféus e armamentos que havia
conquistado durante sua campanha militar. Aquele era um grande momento
de celebração para o vencedor — mas uma experiência humilhante para o
inimigo extinto.
Porém, espere — ainda há mais para você entender em Colossenses 2:15.
Paulo prossegue, dizendo “... publicamente os expôs...”. A palavra
“publicamente” é tomada do grego parresia, usado em todos os livros do
Novo Testamento para indicar ousadia, confiança ou algo feito
ostensivamente ou até mesmo publicamente. Usando a palavra parresia,
Paulo declara que, quando essa festa celestial e celebração da vitória de
Jesus começou, não foi algo silencioso! Pelo contrário — Ele expôs e exibiu
de forma corajosa, confiante, ruidosa, manifesta e pública às hostes
celestiais aquele inimigo agora extinto! Foi a maior comemoração de toda a
história!
De fato, Paulo prossegue, dizendo: “... publicamente os expôs ao
desprezo, triunfando deles na cruz”. A frase “triunfando deles na cruz” é uma
chave importante desse versículo. Essa frase provém da palavra grega
triambeuo, uma palavra técnica usada para descrever o general ou o
imperador que estava voltando para casa após uma grande vitória no
território do inimigo. A palavra “triunfo” (triambeuo) era especificamente
usada para descrever um glorioso desfile triunfal!
Quando chegava à cidade a notícia de que o inimigo havia sido derrotado,
entravam em ação os planos para um desfile triunfal. Quando os portões da
cidade eram escancarados para receber aquele imperador que agora estava
voltando para casa em triunfo, seu povo estava pronto para celebrar sua
vitória! Quando os portões se abriam e aquele poderoso guerreiro os
atravessava, a celebração começava!
Sentado em um grande, lindo e branco garanhão; envolto em suas
suntuosas vestes reais; e portando sobre a cabeça sua coroa brilhante e
cintilante, o imperador que retornara liderava toda a cidade em uma
procissão de celebração e vitória. Isso era chamado “desfile triunfal”.
Enquanto ele cavalgava pela avenida principal da cidade, com a cabeça
erguida e uma aparência de júbilo no rosto, a cidade começava a regozijar-
se. “Ele voltou! Ele voltou! O nosso rei conquistou uma grande vitória!” —
gritavam as pessoas enquanto começavam a dançar e a cantar jubilosas,
rodopiando alegremente em círculos. Aquele era, de fato, um momento de
regozijar-se!
Para exibir sua grande vitória, o vencedor que retornava fazia desfilar,
atrás dele, o rei estrangeiro — o inimigo derrotado, levado em cativeiro e
atado em fortes correntes de escravo. Atrás desse inimigo agora eliminado
caminhavam os governadores e líderes derrotados, amarrados e
acorrentados com seu rei arruinado. Mais para trás na procissão vinham
carros de bois transbordando da pilhagem tomada à força da pátria do
inimigo. Anteriormente, aqueles bens haviam pertencido ao inimigo, mas
agora pertenciam ao rei conquistador!
Ao cavalgar pela avenida, o imperador vitorioso desfilava com orgulho,
exibindo seus inimigos derrotados. Em outras palavras, ele “os expunha
publicamente”. Queria que todos vissem os fabulosos bens que havia
roubado da mão do inimigo — prova de que o inimigo conquistado havia
sido completamente “despojado”.
Porém, o momento mais emocionante de toda a comemoração ocorria
quando o imperador cantava uma canção de vitória. Ao passar a cavalo pelo
portão, à frente de seu desfile triunfal, ele abria a boca e começava a cantar
a plena voz. Com todas as suas forças, ele cantaria algo assim: “O inimigo
está derrotado; o inimigo foi conquistado; saiba-se que eu ainda sou o rei!”.
Essa música levava a multidão ao delírio. Aquela era a voz e a música que
eles estavam esperando! O rei havia voltado e ainda era rei!
Então, após percorrer a avenida principal, revelando seu saque e cantando
sua canção da vitória, o vencedor parava em frente a uma grande escadaria
que levava a um enorme trono ornamentado. Sua conquista militar havia
provado que ele ainda detinha a autoridade. Portanto, ele subia com orgulho
os degraus, voltava-se para a grande multidão que estava assistindo e se
sentava em seu lugar de direito — o trono.
Em função de tudo isso ser o cenário de Colossenses 2:15, o versículo
poderia ser interpretado da seguinte maneira:
“Ele despojou totalmente os principados e as potestades e os deixou
completamente nus; nada lhes foi deixado à disposição para
retaliarem. Ele expôs e exibiu de forma corajosa, confiante,
grandiosa, ostensiva e pública aquele inimigo agora extinto,
liderando um nobre desfile triunfal em comemoração à derrota do
inimigo e à Sua vitória!”
Tudo isso significa que esse tipo real de celebração ocorreu no céu após
Jesus derrotar o diabo? Não há um relato bíblico explícito que registre o
tipo de comemoração que ocorreu no dia em que Jesus ressurgiu dos mortos,
mas certamente as palavras de Paulo em Colossenses 2:15 indicam que,
naquele dia, o céu fez uma grande festa. A vitória de Jesus sobre o diabo foi
a maior vitória jamais conhecida! Seria totalmente esperado que o céu
celebrasse aquela vitória do Filho de Deus.
Por isso, se você sentir vontade de gritar quando pensar no que Jesus fez
ao diabo, vá em frente e grite! Se pensar na vitória de Jesus fizer você
querer pular, dançar ou rodopiar em círculos, faça-o! Nada há de estranho
nesse comportamento — você tem algo de que se regozijar! Quando começa
a regozijar-se com a vitória de Jesus sobre o diabo, você se une às
multidões do céu que também comemoram exuberantemente a vitória de
Jesus e a derrota de Satanás!
Senhor, estou parando tudo que estou fazendo neste momento para Te louvar por Tua
vitória sobre Satanás! Obrigado por deixá-lo despojado e com nada nas mãos para
retaliar. Pensar no que Tu fizeste me dá vontade de gritar — por isso, neste momento eu
vou gritar! Perceber o que Tu fizeste me faz querer dar pulos de alegria — então, neste
momento vou dar pulos em louvor a Ti! Estou empolgado com o que Tu fizeste e não tenho
vergonha de mostrar como me sinto quanto a isso. Eu Te louvo e Te adoro pela grande
vitória que Tu conquistaste!

Confesso que estou livre do controle de Satanás sobre a minha vida porque Jesus o
despojou e nada deixou em suas mãos que ele possa usar contra mim! Jesus derrotou e
desarmou Satanás; depois, me deu autoridade sobre o diabo e todas as suas obras. Maior
é aquele que está em mim do que aquele que está no mundo. Isso significa que, em Jesus
Cristo, sou totalmente capacitado para fazer cumprir a derrota de Satanás!
PARA REFLETIR
1. O que você não sabia antes e aprendeu com a Pedra Preciosa de

hoje?
2. De que maneira essa nova visão da vitória de Jesus sobre o diabo
molda a sua visão de sua própria capacidade de caminhar em vitória
em todas as situações da vida?
3. Quanto tempo faz que você dedicou algum tempo a agradecer a Jesus
pelo que Ele fez por você por meio de Sua morte e ressurreição?
Após ler isso hoje, você não pensa que deve dedicar alguns minutos
a realmente louvá-lo por Sua gloriosa vitória e pela derrota de
Satanás?
A palavra “publicamente” é tomada da palavra grega parresia, que indica

ousadia, confiança ou algo feito ostensivamente ou até mesmo
publicamente. Usando essa palavra, Paulo declara que, quando essa festa
celestial e celebração da vitória de Jesus começou, não foi algo
silencioso! Jesus expôs e exibiu de forma corajosa, confiante, grandiosa,
ostensiva e pública às hostes celestiais aquele inimigo agora extinto! Foi a
maior comemoração de toda a história!
15 DE AGOSTO
Onde a Bíblia Diz que Deus Está Procurando

Cérebros?
Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a
carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as
coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para
envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas...
— 1 Coríntios 1:26-28
S e você se considera fraco, débil ou não qualificado, não deixe isso

incomodá-lo demais. Deus tem chamado pessoas débeis e não
qualificadas desde o início dos tempos. Poucos dos que Deus chamou
constituíam “o melhor dos melhores” segundo a carne. Repetidas vezes,
Deus escolheu pessoas menosprezadas aos olhos do mundo quando precisou
de um candidato ou de um grupo de pessoas para cumprir uma tarefa.
Deus sempre usou pessoas comuns para construir Seu Reino. Ele não
escolhe fundamentalmente astros de cinema famosos ou a realeza e a nobreza
do mundo para cumprir seus planos e propósitos nesta terra. Os critérios de
Deus são diferentes dos critérios do mundo. Como diz Isaías 55:8 —
“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os
vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR”.
Ao ser escolhido por Deus para liderar a nação, Samuel era apenas um
menino. Quando Deus procurou alguém para matar um gigante, escolheu um
jovem pastor chamado Davi. Quando chegou a plenitude do tempo e foi hora
de enviar Seu Filho a esta terra, Deus escolheu uma jovem chamada Maria
para dar à luz o Salvador do mundo.
Quando chegou a hora de escolher Seus discípulos, Jesus não foi aos
institutos ou seminários teológicos da época. Em vez disso, escolheu
discípulos que sabiam mais sobre pesca e coleta de impostos do que sobre
as Escrituras. E, ao procurar alguém que poderia usar para escrever a maior
parte do Novo Testamento, Deus escolheu o apóstolo Paulo, que havia sido
um dos mais cruéis assassinos de cristãos de todos os tempos!
Deus sempre apareceu em lugares onde não era esperado. Apenas
considere o lugar em que Jesus nasceu — uma pequena estrebaria de
pastor. Certamente, aquele não era o lugar onde alguém esperaria que
nascesse o Rei dos reis. Não teria sido melhor que o Rei dos reis nascesse
em um salão dourado com trombetas soando para anunciar Seu nascimento?
Então, se você já pensou que não era suficientemente bom para Deus usá-
lo, é hora de renovar o seu pensamento! Deus está à procura de pessoas que
ninguém mais quer ou considera valioso. Quando grandes vitórias são
conquistadas por meio de pessoas comuns, não há dúvida de quem deve
receber a glória! Como diz 1 Coríntios 1:29 — “... a fim de que ninguém se
vanglorie na presença de Deus”.
O Antigo e o Novo Testamentos são repletos de ilustrações de pessoas a
quem Deus queria, mas o mundo rejeitava. A escolha de Deus não se baseia
em beleza ou feiura, talento ou falta de talento, erudição ou falta de erudição,
diploma ou falta de diploma. Se uma pessoa tem um coração correto em
relação a Deus, é qualificada para ser usada por Deus.
Em 1 Coríntios 1:26-28, Paulo escreveu: “Irmãos, reparai, pois, na vossa
vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem
muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus
escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu
as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as
coisas humildes do mundo, e as desprezadas...”.
Ao escrever sua lista das pessoas a quem Deus chama e não chama,
Paulo começa afirmando que Deus não chama muitos que são considerados
“sábios” pelo mundo. A palavra “sábio” provém do grego sophos. Ela se
refere a uma pessoa que possui iluminação especial ou visão especial.
A palavra sophos costumava ser usada para retratar pessoas muito
eruditas, como cientistas, filósofos, médicos, professores e outros que eram
considerados os superinteligentes do mundo. Eles pertencem a uma classe
de indivíduos que o mundo denominaria inteligentes, astutos, espertos ou
intelectualmente brilhantes. Esse termo era reservado somente para as
pessoas consideradas extraordinariamente impressionantes ou um nível
acima do resto da sociedade.
Porém, Paulo diz: “Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não
foram chamados muitos sábios segundo a carne...”. Paulo nos informa que a
maioria das pessoas que Deus chama não se encaixa nessa categoria dos
superinteligentes. Em outras palavras, Deus não se especializa em chamar
pessoas especialmente brilhantes, eruditas, astutas, espertas ou
eminentemente esclarecidas.
Eu seria tolo se ignorasse o fato de que, ao longo dos anos, muitos homens
e mulheres inteligentes que amavam a Deus causaram um grande impacto no
mundo. O próprio Paulo fazia parte desse grupo de elite antes de ir a Cristo.
Apolo, o amigo de Paulo que mais tarde pastoreou a igreja de Corinto,
também veio desse “escalão superior” intelectual da sociedade. Porém,
Paulo e Apolo não eram típicos da Igreja do primeiro século.
Foi o sophos quem desdenhou e ridicularizou Paulo quando este pregou
em Atenas. Os filósofos de Atenas, os epicuristas e os estoicos zombaram
dele e o ridicularizaram. Paulo disse que “não foram chamados muitos”
dessa categoria de sophos. Naturalmente, o chamado de Deus é para todos
os homens; não obstante, “não muitos” dessa categoria respondem ao
chamado de Deus.
Analise atentamente a Igreja Primitiva e verá que era composta
basicamente de servos, escravos e pessoas mais pobres que ouviam as boas
novas do Evangelho e criam. Era um exército de pessoas comuns. Embora
houvesse na Igreja algumas pessoas das elites, elas eram a exceção, não a
regra. De fato, ao estudar a história da Igreja, você verá que Deus era
especialista em chamar pessoas de uma classe muito mais baixa. E, se
observar atentamente a Igreja atual, verá que Deus ainda é especialista em
chamar pessoas comuns.
Ora, não estou depreciando a cultura. As pessoas devem obter o máximo
possível de cultura. Porém, os pedaços de papel emitidos por uma escola
não são os critérios que causam impressão em Deus e atraem a Sua atenção.
Houve muitas pessoas eruditas que Deus não pôde usar. Embora fossem
brilhantes segundo a carne, não eram dignas de ser escolhidas porque seu
coração não era reto.
Diplomas podem ajudá-lo a conseguir um bom emprego e influenciar
positivamente a opinião de homens em seu favor, mas Paulo deixa muito
claro que Deus não está inclinado a usar pessoas especialmente brilhantes
segundo os padrões da carne.
De fato, a Bíblia mostra que, ao chamar pessoas intelectualmente notáveis,
como Moisés ou o apóstolo Paulo, Deus costuma ter de esvaziá-las de si
mesmas antes de poder usá-las! Quando elas se apoiam em seu próprio
entendimento, são incapazes de realizar o que Deus quer. Porém, quando se
apoiam totalmente em Deus, Ele é capaz de operar milagres por meio da
vida delas.
Provérbios 3:5 diz: “Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te
estribes no teu próprio entendimento”. Certamente, conhecimento e
entendimento naturais são necessários no mundo em que vivemos hoje.
Porém, se em vez da nossa confiança em Deus o nosso entendimento natural
se torna a base da nossa confiança, nós ficamos em uma posição
desfavorável. Temos de aprender a usar o que sabemos enquanto
dependemos somente do Senhor e do Seu poder.
Davi escreveu: “Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém,
nos gloriaremos em o nome do SENHOR, nosso Deus” (Salmos 20:7). A
melhor tecnologia da época de Davi era usada para desenvolver carros. Os
maiores poderes intelectuais do homem eram empregados para fazer carros
mais rápidos, mais fortes e mais seguros. Além disso, os cavalos
representavam poder, força e grandeza naturais. Portanto, Davi estava
dizendo: “Alguns confiam na mente do homem e em suas grandes
realizações; outros dependem de seu próprio poder e poderio natural; mas
nós confiaremos no nome do Senhor”.
Talvez você seja uma daquelas pessoas que dizem: “Deus não pode me
usar porque eu não tenho suficientes dons ou talentos. Eu nem fiz faculdade.
Nem sequer tenho um diploma de ensino bíblico.” Se você é uma delas, é
tempo de mudar o modo como está pensando e falando. É hora de você
começar a se ver como Deus o vê!
De fato, se você se sente inferior aos outros, lembre-se de que Deus
costuma chamar pessoas não qualificadas e sem instrução. Apenas pense na
maioria dos apóstolos que Jesus escolheu a dedo para servir ao Seu lado e
estabelecer os alicerces da Igreja. Aqueles apóstolos eram pescadores,
cobradores de impostos, pessoas comuns — não teólogos.
Deus está procurando construir um exército forte e poderoso. Os soldados
de um exército raramente são compostos por pessoas intelectualmente
astutas. Flavius Vegetius Renatus, que viveu por volta de 380 d.C., foi o
autor do livro militar mais influente já escrito sobre o Império Romano. Veja
o tipo de pessoa que ele diz constituir o melhor soldado: “Os camponeses
são os mais aptos a carregar armas... Eles são simples, contentam-se com
pouco, estão habituados à fadiga e, até certo ponto, preparados para a vida
militar por sua atividade contínua em trabalho rural, manejo da pá,
escavação de trincheiras e carregamento de fardos”.4
A verdade é que Deus está procurando pessoas que sabem pagar um preço
e estão dispostas a isso — submeter-se a qualquer dificuldade necessária,
confrontar o poder do inferno e “cavar trincheiras e carregar fardos” até sua
tarefa ser completada do modo como Deus ordenou. Deus não precisa
necessariamente da superinteligência do mundo para cumprir essas tarefas.
De fato, frequentemente as pessoas comuns compõem a primeira escolha de
Deus por já estarem, até certo ponto, preparadas para enfrentar os desafios e
as dificuldades da vida.
Por isso, se você quer ser usado por Deus e servir em Seu exército, pare
de reclamar por não ser tão inteligente ou esperto quanto outra pessoa. Onde
a Bíblia diz que Deus está procurando cérebros? Ele está procurando
corações dispostos a segui-lo. Se você tem esse tipo de coração, você é
exatamente o tipo de pessoa que Deus quer usar!
Senhor, estou muito feliz por Tu não escolheres somente os intelectualmente brilhantes. Tu
estás procurando alguém que tenha um coração para ser usado por Ti. Bem, esse sou eu,
Senhor. Quero que Tu me uses. Ofereço a Ti tudo que tenho — meus pontos fortes, pontos
fracos, dons, talentos e tudo mais que sou. Quero que Tu me uses para a Tua glória! Eu já
Te disse antes, mas hoje estou dizendo novamente, que quero que Tu tomes a minha vida e
faças comigo algo maravilhoso!
Confesso que sou exatamente o tipo de pessoa que Deus pode usar! Deus deseja realizar
grandes vitórias por meio da minha vida! Sua escolha não se baseia em beleza ou falta de
beleza, talento ou falta de talento, instrução ou falta de instrução, diploma ou falta de
diploma. Não — Deus me escolheu porque eu tenho um coração reto perante Ele!
Eu declaro isso em nome de Jesus!
PARA REFLETIR
1. Você consegue se lembrar de exemplos concretos de pessoas da

Bíblia que o mundo pensava não valerem coisa alguma — e, mesmo
assim, Deus as chamou, as transformou e as usou para mudar a
história mundial? Tente citar cinco pessoas que se encaixem nessa
categoria.
2. Você consegue pensar em pessoas específicas de fora da Bíblia que o
mundo pensava não valerem coisa alguma, contudo Deus as usou
para transformar a sociedade? Tente citar cinco pessoas que se
encaixem nessa categoria também.
3. O que significa, para você, Deus ser especialista em chamar pessoas
com origens comuns?
4
Flavius Vegetius Renatus, The Military Institutions of the Romans, trad. Lt. John Clark (Westport,
Connecticut: Greenwood Press, 1944), p. 14.
16 DE AGOSTO
Veja o que você recebeu em Jesus Cristo!

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos
que creem no seu nome;
— João 1:12
V ocê recebeu muito em Jesus Cristo! Não tem motivos legítimos para
não ser um tremendo sucesso na vida, porque tem muito a seu favor! De
fato, você tem muito mais a seu favor do que seria capaz de imaginar. Hoje,
deixe-me encorajá-lo com apenas algumas das coisas que você recebeu em
Jesus Cristo!
João 1:12 diz: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome”. Esse
versículo revela que você recebeu poder divino no dia em que se tornou um
filho de Deus. A palavra “poder” vem da palavra grega exousia. Ela
descreve influência ou autoridade delegada. O dia em que você escolheu
fazer de Jesus o seu Senhor e Salvador é o dia em que Ele lhe delegou o
poder e a autoridade para se tornar um filho de Deus. Pense nisso — naquele
momento de decisão, todo o poder, a autoridade e a influência divina que
residem no poderoso nome de Jesus Cristo foram viver dentro de você!
Então, em vez de reclamar por ser fraco e nada de especial, é tempo de
começar a reivindicar o que está armazenado dentro de você! A mesma
autoridade e o mesmo poder explosivos, dinâmicos e fenomenais que
residem em Jesus foram, agora, delegados para residir em você!
Como se isso já não fosse suficiente, 2 Coríntios 5:17 declara: “E, assim,
se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis
que se fizeram novas”. Esse versículo diz que você é uma nova criatura se
estiver em Cristo Jesus. A palavra “nova” provém do grego kainos e
descreve algo novo ou recentemente feito. Transmite também a ideia de
algo superior. Isso significa que, quando Jesus Cristo entrou em sua vida,
você se tornou novo em folha! O seu novo eu é superior ao antigo! De fato,
você é tão novo que esse versículo o chama de nova “criatura”.
A palavra “criatura” vem da palavra grega ktisis. É a mesma palavra
usada para descrever a criação do mundo. Ao criar o universo, Deus não
usou materiais existentes ou elementos antigos para fazê-lo. Tudo na criação
foi recém-criado. Agora, essa mesma palavra é usada para descrever o que
aconteceu com você no dia em que foi salvo. Tudo que diz respeito a você é
novo! Você não é uma versão alterada, corrigida e aprimorada do que
costumava ser. Você é uma criação nova em folha! Você está totalmente
desvinculado da pessoa que era antes de Cristo.
Salmos 103:12 lhe diz até que ponto os seus velhos hábitos foram
removidos de você: “Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de
nós as nossas transgressões”. Ao entrar em sua vida, Jesus Cristo o criou
para ser livre do passado, livre dos efeitos negativos de sua família e liberto
de todos os antigos problemas emocionais — em suma, uma criatura nova
em folha!
Por isso, pare de reivindicar para si os problemas genéticos de sua
família, doenças hereditárias, comportamentos disfuncionais, distúrbios,
problemas emocionais, maldições ou qualquer outra coisa negativa que tenha
sido parte de sua vida anterior a Cristo. Aquela velha pessoa já não existe
mais. Ela está morta. Você é novo em folha.
Mas, espere — você recebeu muito mais em Jesus Cristo! Por exemplo,
Efésios 2:10 diz: “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para
boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”.
A primeira parte desse versículo diz que você e eu somos “feitura” de
Deus. Isso provém da palavra grega poiema, que transmite a ideia de algo
artisticamente criado. A palavra grega poietes, que significa poeta, provém
de poiema. No tocante a um poeta, essa palavra grega indicaria alguém que
tem a extraordinária capacidade de escrever ou criar uma obra-prima
literária.
Em função de Paulo usar a palavra poiema para explicar o que aconteceu
quando você se tornou filho de Deus, isso significa enfaticamente que, no dia
em que você foi salvo, Deus fez Seu esforço mais poderoso e criativo para
torná-lo novo. Quando Deus acabou de torná-lo novo, você se tornou uma
obra-prima, hábil e artisticamente criada em Cristo Jesus. Nada há sem
valor em você! O gênio criativo, artístico e inteligente de Deus entrou em
sua criação.
Veja quanto você recebeu em Jesus Cristo! Você não pensa ser o momento
de parar de se lamentar sobre quão burro, estúpido, feio ou sem talento você
“se sente” em comparação aos outros? Todos esses “sentimentos” são
mentiras. Algumas dessas coisas podem ter sido verdadeiras antes de nascer
de novo, mas nenhuma delas é verdade agora que você está em Cristo. Deus
o transformou em algo espetacular. Agora, você é assim! Por isso,
reivindique a sua nova identidade. Ajuste o seu pensar e o seu falar de
modo a refletirem quem você realmente é!
Senhor, perdoa-me por ser tão negativo e por falar tão mal de mim mesmo após Tu teres me
dado tanto! Não tenho desculpas para aceitar a derrota ou a baixa autoestima como estilo
de vida, porque Tu me tornaste totalmente novo! Ajuda-me a renovar minha mente para a
verdade sobre quem Tu me fizeste ser, e ajuda-me a guardar as palavras de minha boca
para que, em vez de falar mal de mim mesmo, eu afirme a verdade sobre quem eu sou em
Cristo.
Confesso que, no dia em que nasci de novo, recebi o poder dinâmico e explosivo de Deus
em minha vida. Esse poder removeu minha velha natureza e me fez uma criatura nova em
folha! Nada do velho eu continua a existir, porque eu sou novo em folha. Ao me criar,
Deus usou os Seus melhores poderes criativos, e agora eu vivo nesta terra como uma
obra-prima de Sua graça. Deus me transformou em algo absolutamente extraordinário!
PARA REFLETIR
1. De que maneiras você percebeu ter mudado imediatamente, após
convidar Jesus Cristo para ser o Senhor de sua vida?
2. Você medita regularmente sobre quem você é agora em Jesus Cristo
ou ainda olha para si mesmo com os olhos da pessoa que você
costumava ser? Você afirma o que Jesus fez em você ou se concentra
em identificar seus defeitos?
3. Quanto tempo faz desde que você confessou com regularidade
passagens acerca da sua nova natureza? É sempre saudável falar a
verdade para si mesmo; então, por que você não toma a decisão de,
durante as próximas semanas, confessar a verdade sobre quem você é
em Jesus Cristo todas as manhãs, antes do início de seu dia?
17 DE AGOSTO
O Que Desencadeia um Ataque Demoníaco?

...para o qual eu fui designado pregador, apóstolo e mestre e, por isso, estou sofrendo estas
coisas...
— 2 Timóteo 1:11-12
O que desencadeia ataques demoníacos contra você, seu sonho, visão,

chamado, negócio, família, igreja ou ministério? O que deixa o diabo tão
perturbado a ponto de se levantar para resistir a você e aos seus esforços?
Se você foi escolhido por Deus, por que está enfrentando tantos
aborrecimentos e dificuldades ao longo do caminho para o seu objetivo de
cumprir tudo que Ele o chamou a fazer?
Em 2 Timóteo 1:11-12, Paulo nos dá uma incrível revelação do que
desencadeia um ataque demoníaco. Ele diz: “... para o qual eu fui designado
pregador, apóstolo e mestre e, por isso, estou sofrendo estas coisas...”.
Nesse versículo, Paulo escreve sobre seu chamado específico no corpo de
Cristo. Ele nos afirma que é chamado e designado para ser pregador,
apóstolo e mestre dos gentios. Então, observe que imediatamente ele
prossegue dizendo: “... por isso, estou sofrendo essas coisas...” (2 Timóteo
1:12).
A palavra “sofrendo” provém da palavra grega pascho, que, em primeiro
lugar, significa sofrer em resultado de forças externas ou circunstâncias
externas. Poderia incluir sofrimento físico por causa da perseguição;
sofrimento mental em função de pressões externas; sofrimento financeiro
em razão de dificuldades monetárias; ou qualquer inconveniência que
decorra de algo externo ou fora do controle da pessoa. Assim, a palavra
pascho retrataria qualquer sofrimento ou inconveniência em consequência
de forças externas à pessoa.
Ao escrever esse versículo, Paulo usou um tempo verbal grego que nos
informa que ele estava experimentando essas inconveniências no exato
momento em que escrevia essa epístola. Naquela época, Paulo estava em
Roma, sentado em uma cela de prisão, aguardando sua própria execução e
sendo acusado de crimes que não havia cometido. Por não ter conseguido
encontrar uma maneira de destruir Paulo pessoalmente, o inimigo, Satanás,
estava manipulando forças externas contra o apóstolo e seu ministério. A
situação de Paulo havia sido criada por pressões externas que nada tinham a
ver com ele, mas que o diabo havia orquestrado para usar contra ele.
Satanás estava aterrorizado com o chamado de Paulo! O motivo de Paulo
ter sido atacado de maneira recorrente foi o diabo temer o enorme avanço
que ele faria se não enfrentasse oposição. Paulo nos informou que sua unção,
chamado e potencial eram os fatores desencadeantes daqueles ataques
demoníacos. É quase como se Paulo estivesse dizendo: “Vocês querem
saber por que eu sofri tantas coisas loucas ao longo do meu ministério?
Foi por eu ter sido destinado a ser pregador, apóstolo e mestre dos
gentios”.
Veja, Satanás ficou apavorado com o que aconteceria se Paulo atuasse
100% em seu chamado. Quanto ele seria capaz de realizar se não
encontrasse resistência? Se Paulo foi capaz de fazer as coisas incríveis que
fez para o Reino de Deus diante de tamanha oposição, que tipo de
propagação do Evangelho ele teria feito se não houvesse oposição? Esse
pensamento era tão arrepiante para o diabo, que ele colocou no caminho de
Paulo todos os obstáculos possíveis para atrasá-lo, desacreditá-lo, destruir
suas amizades e, se possível, até mesmo matá-lo. Satanás odiava o chamado
que havia na vida de Paulo.
A razão de Paulo nunca ter sido derrotado por aqueles ataques é ele ter
tomado uma decisão. Ele decidiu que não pararia nem desistiria, até ter
conquistado aquilo para o que foi conquistado por Cristo Jesus (Filipenses
3:12). De modo semelhante, a única maneira de você ser capaz de resistir
aos ataques do diabo e realizar com sucesso tudo que Deus chamou você a
fazer é determinar-se a nunca parar até ter cumprido a sua atribuição divina.
Jesus ensinou que quem “perseverar até o fim” receberá o prêmio (Mateus
24:13).
Se você quiser superar todos os ataques que o diabo tentar lançar contra
você por intermédio de forças externas, terá de estar determinado a superar
todos eles! A determinação é um fator-chave para completar a carreira da
fé.
Naturalmente, ninguém consegue ter sucesso em resistir aos ataques do
diabo sem o poder do Espírito Santo, mas tampouco o poder do Espírito
Santo é suficiente por si só. Para que esse poder seja eficaz, ele precisa
operar em uma pessoa comprometida. O poder de Deus opera em pessoas
que têm determinação. Ele opera de forma competente por intermédio de
pessoas que decidiram nunca voltar antes de concluir a tarefa. Deus se
deleita em usar pessoas impassíveis e firmes em sua convicção, tenazes e
persistentes em seu compromisso. Tem prazer naqueles que têm energia,
coragem e uma determinação obstinada para manter a visão que Ele colocou
em seu coração.
O motivo mais comum de as pessoas não chegarem até o fim é por não
estarem totalmente empenhadas em completar a tarefa que lhes foi
atribuída. Talvez tenham dado uma chance ou tentado, mas seu compromisso
não foi suficientemente forte e foi por isso que não conseguiram.
Há muitas coisas que Satanás pode fazer para tentar nos tirar da corrida,
mas a única pessoa que pode decidir desistir é você ou eu. Satanás não
pode nos fazer desistir. Essa escolha está unicamente em nossas mãos.
Se você tomar a decisão de permanecer com fé e lutar com o poder de
Deus ao seu lado, poderá fazer exatamente o que Ele o chamou a fazer.
Porém, você precisa começar com uma decisão inabalável e determinada de
fazê-lo, realmente fazê-lo e continuar fazendo até o fim. Faça qualquer
escolha inferior e você nunca cumprirá o propósito que lhe foi dado por
Deus.
Senhor, ajuda-me a permanecer concentrado em meu chamado e a continuar determinado

a fazer o que Tu me disseste para fazer, mesmo que eu seja atacado por forças externas
que pareçam estar além do meu controle. Sei que o diabo espera me desacelerar ou até
mesmo me impedir, orquestrando pressões externas contra mim. Porém, sei também que o
Teu Espírito opera poderosamente em mim, dando-me todo o poder de que necessito para
resistir a todo ataque que o diabo tentar trazer contra mim. Ajuda-me a estar totalmente
determinado e comprometido em continuar a avançar e nunca desistir até ter cumprido a
missão que me foi conferida por Deus!
Confesso corajosamente que não pararei nem desistirei antes de ter conquistado aquilo
para o que Cristo Jesus me conquistou! Resistirei aos ataques do diabo e realizarei com
sucesso tudo o que Deus me chamou a fazer, porque determinei que nunca pararei
enquanto não terminar a tarefa. Tenho a energia, a coragem e a obstinação necessárias
para cumprir a tarefa. Tomei a decisão de permanecer na fé e lutar com o poder de Deus
ao meu lado. Eu posso e farei exatamente o que Deus me chamou a fazer!
PARA REFLETIR
1. Quais são as forças externas que Satanás tentou usar para detê-lo?
Foi sua saúde, trabalho, filhos, família, finanças? Qual é a única
coisa que Satanás parece usar repetidamente ao tentar resistir a
você?
2. Quando você tem ciência de que o diabo está tentando usar eventos,
circunstâncias ou pessoas para atrasá-lo ou distraí-lo do seu
chamado, como responde a esses ataques? Que medidas você toma
para superá-los e permanecer no caminho certo?
3. Você busca a força e o conselho de outros crentes quando esses
ataques ocorrem ou geralmente os combate silenciosamente por conta
própria? A julgar pelo resultado de quando você passa por esses
momentos difíceis sozinho, você pensa ser necessário buscar força e
conselho dos outros com maior frequência?
18 DE AGOSTO
Não Dê Lugar ao Diabo!

...nem deis lugar ao diabo.
— Efésios 4:27
V ocê e eu nunca precisamos ser vítimas do diabo! Se pudermos trancar

todas as portas, fechar todas as janelas e selar todos os locais de nossa
vida por meio dos quais o inimigo tentaria ter acesso a nós, podemos
impedi-lo de se intrometer nos nossos assuntos.
Um dos “pontos de entrada” que o diabo tenta usar para se invadir nossa
vida é por meio dos relacionamentos. Se há uma questão não resolvida ou
um conflito crítico com um ente querido ou amigo, frequentemente esses
pontos de conflito se tornam pontos de entrada através dos quais o diabo
tenta se instalar em nossos relacionamentos com aqueles a quem amamos.
Quando o inimigo consegue escorregar para dentro de uma dessas “brechas”
e construir um lugar ofendido em nossa mente, já começou a ser construída
uma parede que irá nos separar das pessoas de que mais precisamos e
amamos.
Em Efésios 4:27, o apóstolo Paulo escreve: “... nem deis lugar ao diabo”.
A palavra “lugar” vem da palavra grega topos. Refere-se a uma localização
geográfica demarcada específica. Transmite a ideia de território,
província, região, zona ou posição geográfica. É dessa palavra que provém
a palavra relativa a um mapa topográfico. Em função de topos retratar uma
localização geográfica, isso nos permite saber que o diabo está em busca de
toda área e zona de nossa vida — dinheiro, saúde, casamento,
relacionamentos, emprego, negócios e ministério. Ele é tão territorial que
quer tudo. Porém, para iniciar sua campanha para conquistar todas essas
áreas de nossa vida, ele precisa, primeiramente, encontrar um ponto de
entrada a partir do qual possa iniciar sua jornada de desencadear sua
destruição diabólica em nossa vida.
Frequentemente, nós abrimos a porta para o diabo quando nos recusamos
a:
• Esquecer dores e feridas antigas.

• Reconhecer o que fizemos de errado.
• Perdoar os outros pelo que eles fizeram.
• Parar de julgar os outros por suas ofensas.
• Admitir que também estávamos errados.
• Dizer “me perdoe” quando estamos errados.
• Abrir mão de nossos “direitos” em prol de outras pessoas.
Se você e eu fizermos qualquer uma dessas coisas, deixamos um “lugar

marcado” por meio do qual o diabo pode entrar para acusar os outros em
nossa mente. Porém, não precisamos ser vítimas das táticas do inimigo.
Podemos dizer: “Não, você não fará isso!”.
Somos mais que vencedores por meio de Jesus Cristo; por isso, não temos
de deixar o diabo nos atropelar. A Bíblia declara ousadamente: “... maior é
aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 João 4:4).
O apóstolo Paulo nos disse: “... nem dês lugar ao diabo”. O grego deixa
claro que precisamos escolher não dar território ao diabo. Veja, temos uma
escolha: Podemos escolher “dar lugar ao inimigo” em nossa mente e
emoções ou podemos escolher andar no Espírito. Se escolhermos a estrada
inferior, acabaremos fazendo e dizendo coisas das quais, mais tarde, nos
arrependeremos. Geralmente, essas coisas lamentáveis constituem o que
abre a porta para o diabo causar danos em nossos relacionamentos.
Estou pensando especificamente em um dia em que fiquei muito chateado
com uma de nossas funcionárias. Recebi informações sobre certo
departamento de nosso ministério que realmente me perturbaram. O que me
incomodou ainda mais foi eu acreditar que uma de nossas funcionárias sabia
daquele problema, mas não havia me transmitido toda a verdade sobre ele.
Agendei uma reunião para conversar com aquela pessoa na manhã seguinte a
fim de discutir a situação. Naquela noite, deitado na cama, comecei a pensar
sobre o problema que estávamos enfrentando. Quanto mais eu pensava, mais
irado eu ficava com o fato de não ter sido totalmente informado sobre os
detalhes conforme deveria ter acontecido. Pude sentir uma onda de calor
passar por mim enquanto continuava a pensar no que fazer a seguir.
Ali, deitado naquela cama, comecei a ficar ofendido com aquela líder de
nosso ministério. Quando o diabo estabeleceu aquele controle sobre minha
mente e minhas emoções, foi como se repentinamente uma porta tivesse sido
escancarada para ele entrar e começar a acusar e caluniar aquela funcionária
preciosa para mim. Passei a noite toda me revirando na cama. Eu sabia que
poderia deixar aquela questão de lado e caminhar em paz ou poderia deixá-
la crescer em minha mente até eu me tornar uma bomba-relógio ambulante.
Escolhi agarrar-me àquilo e deixá-lo apodrecer durante a noite toda.
Na manhã seguinte, quando nossa reunião começou, eu explodi! Meu
pensamento estava tão distorcido pelas divagações do diabo em minha mente
a noite toda, que não conseguia ouvir nada que estava sendo dito. Estava
furioso com aquela funcionária. Ela nem pôde dizer algo, pois eu sequer lhe
dei dez segundos para responder às minhas acusações.
Mais tarde, quando toda a provação terminou, descobri que todos os
detalhes do problema já haviam sido totalmente comunicados a mim. Porém,
no momento eu estava tão ocupado que nem me lembrei da conversa. Outros
membros da equipe se lembravam muito bem. Foi minha culpa não saber,
não dela.
Fiquei muito envergonhado por ter perdido a calma. Pedi perdão aos
membros de minha equipe e eles foram suficientemente espirituais para me
perdoar e me permitir ser um homem com verdadeiras fragilidades humanas.
Graças a Deus, nosso longo relacionamento e compromisso de trabalhar
como equipe sobrepujam os momentos de fraqueza humana que todos nós
temos em um momento ou outro.
Há, porém, muitas pessoas que não sabem como se recuperar de conflitos
como aquele. Em vez de enfrentar a situação e pedir perdão ou perdoar
sinceramente, elas mantêm seu fracasso ou sua ofensa em seu coração, nunca
se esquecendo daquilo e nunca conseguindo superar isso.
No dia específico em que explodi de raiva, fui eu quem “deu lugar ao
diabo”. Enquanto me revirava naquela cama na noite anterior, eu sabia que
estava fazendo uma escolha. Ponderei sobre o problema durante tanto tempo
que deixei a ira se acumular dentro de mim e tomar a decisão por mim.
E quanto a você? Você já deu espaço para o diabo, permitindo que ira,
ressentimento, amargura ou falta de perdão tivessem um “lugar” em você?
Porém, analisemos a palavra “diabo” durante um momento. Ela provém do
grego diabolos, uma antiga palavra composta a partir das palavras dia e
ballo. Esse nome é usado trinta e duas vezes no Novo Testamento. A
primeira parte da palavra é o prefixo dia, que significa através e,
frequentemente, transmite a ideia de penetração. Seu uso na primeira parte
da palavra nos diz que o diabo quer fazer algum tipo de penetração.
Já vimos que o diabo está procurando um ponto de entrada. Ao localizar
um ponto através do qual possa escorregar secretamente para a vida das
pessoas, ele começa a penetrar na mente e nas emoções, para criar uma
divisão entre esses indivíduos e as outras pessoas de sua vida. O objetivo do
inimigo é separá-los com suas acusações injuriosas e caluniosas.
Você saberá quando o acusador passou a trabalhar em sua mente porque
toda a sua perspectiva sobre a pessoa com quem você está perturbado muda
repentinamente. Você se torna negativo e passa a buscar falhas nela
incessantemente.
Você costumava ter grande consideração por aquela pessoa, mas agora
não consegue ver nada de bom nela. É como se você tivesse posto óculos
especialmente projetados para revelar todos os detalhes perversos,
desagradáveis e horríveis dela. Mesmo que você veja algo bom nela, tudo
que você vê de ruim supera aquilo.
Essa é uma evidência clara de que a obra do “acusador” encontrou um
ponto de entrada para penetrar em seu relacionamento com aquela outra
pessoa. Ele está tentando romper aquilo que foi um relacionamento
agradável e gratificante em sua vida. Não permita que conflito,
desentendimento ou decepção faça você tomar uma atitude errada que
arruinará o seu relacionamento. É exatamente isso o que o diabo quer que
você faça!
Em vez de permitir que isso aconteça, pare e diga a si mesmo: ora, isso
não é tão importante quanto estou considerando. O diabo está tentando
encontrar um lugar em minha mente para me fazer começar a acusar
mentalmente essa pessoa, e eu não o deixarei fazer isso.
Em vez de meditar sobre todos os pontos ruins daquela pessoa, olhe-se no
espelho! Considere quantas vezes você decepcionou outras pessoas; quantos
erros você cometeu nos seus relacionamentos; as vezes em que você deveria
ter sido responsabilizado, mas, em vez disso, recebeu uma incrível
compaixão. Recordar essas coisas faz você olhar para uma situação ofensiva
com um pouco mais de misericórdia.
Peça ao Espírito Santo para tirar a crítica de seu coração e fazer com que
o amor de Deus que há em você flua para essa outra pessoa ou grupo de
pessoas. Ore por uma oportunidade de fortalecer aquele relacionamento para
que todos os lugares de entrada em sua vida e naquele relacionamento
permaneçam selados. Impeça o diabo de se infiltrar nos seus
relacionamentos com pessoas de quem você precisa e ama!
Senhor, peço que Tu me ajudes a manter as portas de meu coração e minha alma fechadas
para o diabo! Sei que ele gostaria de se infiltrar em meus relacionamentos e arruiná-los;
por isso, estou pedindo que Tu me ajudes a permanecer livre de ofensa, livre de falta de
perdão e livre de amargura. Percebo que essas atitudes erradas criam “pontos de
entrada” por meio dos quais o diabo tenta conquistar território em meus relacionamentos.
Não quero dar ao diabo um ponto de apoio em meus assuntos por meio de uma atitude
errada. Então, estou pedindo a Ti, Senhor, que me ajudes a identificar em minha vida toda
atitude errada ou sentimento errado que o diabo poderia usar para arruinar
relacionamentos com pessoas de quem eu preciso e amo.
Confesso que ando em perdão! Ofensa, amargura, contenda e falta de perdão não têm
lugar em minha vida. O Espírito de Deus habita em mim e sempre me convence de atitudes
erradas que o diabo poderia, potencialmente, usar para me amarrar. Amo Jesus e quero
agradar a Ele; portanto, eu me recuso a permitir que essas atitudes destrutivas
permaneçam em mim. Sou repleto de misericórdia, longanimidade e sou tardio em irar-me.
Todas essas qualidades me mantêm seguro e protegido contra as tentativas do diabo de me
invadir.
PARA REFLETIR
1. Você consegue se lembrar de um momento em que o diabo o deixou

perturbado por algo que não era realmente importante? Ele o agitou
tanto que você não conseguiu dormir, não conseguiu pensar
corretamente e disse ou fez coisas das quais, depois, se arrependeu?
2. O que você aprendeu com essa experiência? Você viu como o diabo
opera para deixá-lo enfurecido, roubar a sua paz e prejudicar os seus
relacionamentos? Em caso afirmativo, como você aprendeu a manter
a porta fechada para que o diabo não possa voltar a ter acesso a você
dessa maneira?
3. Se você estivesse aconselhando alguém que estivesse lutando com
um problema semelhante, como iria aconselhá-lo para manter o
coração livre de amargura, ira ou contenda?
19 DE AGOSTO
Reconheça e Respeite Suas Limitações!

Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além
do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada
um.
— Romanos 12:3
V ocê já ficou tão ansioso para fazer algo grande e poderoso que se
ofereceu precipitadamente para fazer um trabalho que, mais tarde,
descobriu estar muito acima e além da sua capacidade?
Um verão, quando eu estudava na universidade, fui contratado por um
homem que tinha muita confiança em minha capacidade de redação. Sua
empresa estava criando programas de computador altamente especializados
para uma siderúrgica. Eles precisavam de um bom redator para documentar
todos os passos do processo; então, ele me contratou para escrever aqueles
relatos. Naquela época, eu nunca havia trabalhado em um computador nem
sabia coisa alguma sobre computadores. Portanto, obviamente, não tinha
ideia daquilo em que estava me metendo quando concordei em aceitar aquele
trabalho!
Logo me encontrei sentado em um escritório executivo repleto de
programadores de computador que falavam uma terminologia de informática
que eu nunca havia ouvido em minha vida! Isso ocorreu muito tempo antes de
as pessoas possuírem computadores pessoais. A maioria das pessoas
comuns nunca havia posto os dedos em um computador — inclusive eu! E ali
estava eu, designado para escrever um longo relato sobre aqueles programas
de computador extremamente especializados. Demorou apenas algumas
horas para eu descobrir que era a pessoa errada no lugar errado!
Finalmente, tive de dizer: “Ei, alguém poderia me ajudar? Não me
importo de fazer o trabalho, mas não consigo fazê-lo sem ajuda”. Acabei
pedindo-lhes que me reposicionassem em outro trabalho, para o qual eu me
sentia mais qualificado. Simplesmente não consegui fazer o trabalho porque
não estava preparado para a tarefa. Na segunda posição, trabalhei muito bem
e tive muito sucesso. Se eu tivesse me recusado a admitir que a primeira
tarefa era demais para mim, teria sido um longo verão de frustração, tanto
para mim quanto para meus empregadores.
Se você já se encontrou em uma situação semelhante, sabe que é opressivo
estar tão acima de sua capacidade. Nada há de pior do que sentir que você
foi colocado em uma posição que não está qualificado para assumir. Pode
ser muito difícil para a carne admitir que é incapaz de fazer um trabalho.
Entretanto, há grande sabedoria e paz em aprender a reconhecer e respeitar
as suas limitações!
Foi por isso que o apóstolo Paulo disse aos romanos: “Porque, pela graça
que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além
do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que
Deus repartiu a cada um” (Romanos 12:3).
Se alguém pudesse vir a ter um conceito mais elevado de si mesmo, esse
alguém teria sido Paulo; contudo, ele admoesta os crentes de que uma pessoa
não deve pensar “... de si mesmo além do que convém...”. Essa frase provém
da palavra grega huperphroneo, composta pelas palavras huper e phroneo.
Huper significa acima, além ou muito acima do topo, e phroneo significa
pensar ou considerar.
Ao unir essas duas palavras para compor uma só, Paulo está nos
exortando a não pensar demais de nós mesmos ou a não pensar com
demasiada confiança em nossa capacidade. Em vez disso, ele nos ordena a
pensar “com moderação”. A palavra “moderação” vem da palavra grega
sophroneo, que significa pensar sensatamente; pensar razoavelmente;
pensar realisticamente; pensar racionalmente; pensar praticamente;
manter em medida adequada; ou não pensar além dos limites
estabelecidos.
Um intérprete grego diz que essa palavra significa reconhecer os seus
limites e respeitá-los. Em outras palavras, não finja ser mais do que você é!
Reconheça as suas habilidades dadas por Deus e use-as. Porém, ao atingir as
suas limitações, esteja disposto a dizer “Isso é demais para mim”.
Se você agir como se fosse capaz de fazer tudo, descobrirá que é muito
humilhante fracassar miseravelmente na frente de todos. Por isso, em vez de
pensar demasiadamente de si mesmo e tentar assumir tarefas e projetos
excessivamente assustadores para você, perceba que alguns trabalhos devem
ser atribuídos a outra pessoa. Você precisa ser muito realista acerca das suas
limitações. Se você pegou um trabalho demasiadamente grande para você,
nada há de errado em admitir que outra pessoa deva assumir o projeto.
Se você se recusar a admitir que algo está além do seu limite porque não
quer se envergonhar, provavelmente acabará muito mais envergonhado
depois, quando todos os outros tiverem de lhe dizer que você não tem
capacidade para fazer o trabalho! Quando você fracassar de forma
vergonhosa, irá se arrepender de não ter dito: “Penso que outra pessoa é
capaz de fazer esse trabalho melhor do que eu. Simplesmente esta não é a
área em que tenho talento. Alguém mais da equipe quer me ajudar com este
projeto?”.
Ao dizer que devemos pensar “... com moderação, segundo a medida da fé
que Deus repartiu a cada um”, Paulo estava nos lembrando de que há outros
membros talentosos do corpo de Cristo e devemos abrir espaço para os seus
dons tanto quanto para os nossos. Deus concedeu a todo o Seu corpo fé, dons
espirituais, talentos e capacidades. Portanto, em vez de tentarmos fazer tudo,
o que é impossível de qualquer forma, precisamos aprender a pensar “com
moderação”. Em outras palavras, devemos reconhecer nossas limitações e
permitir que outras pessoas também sejam usadas por Deus!
Esse princípio se aplica à igreja, ao local de trabalho, à escola e a todas
as outras esferas da vida. Sim, devemos respeitar os nossos próprios dons,
talentos e chamados de Deus, mas devemos também respeitar o fato de que é
necessária a participação de todos para levar a cabo um trabalho! Por isso,
aprenda a reconhecer e respeitar as suas limitações — e aprenda a incluir
outras pessoas tão necessárias quanto você!

Senhor, ajuda-me a reconhecer e respeitar meus dons e limitações. Perdoa-me pelas vezes
em que fui demasiadamente orgulhoso para admitir que era demais para mim e, como
resultado, fiz um trabalho de qualidade inferior. Lamento não ter aberto caminho para que
outra pessoa mais qualificada para o trabalho pudesse ocupar o meu lugar. Ajuda-me a
especializar-me nas áreas em que me sinto confiante de que serei uma bênção. Ensina-me
a incluir e valorizar as pessoas mais talentosas do que eu em outras áreas.
Confesso que penso com moderação sobre mim e sobre meus dons e capacidades.
Agradeço a Deus pelos dons e talentos que Ele colocou em minha vida, mas também
reconheço e respeito as minhas limitações. Assim como valorizo meus próprios dons e
capacidades, também sou grato pelas pessoas mais talentosas do que eu em outras áreas.
Preciso delas; eu as incluo e valorizo o que elas têm a contribuir. Não consigo realizar
sozinho o que só pode ser feito em parceria com outros. Portanto, escolho associar meus
dons e talentos com os dons e talentos dados por Deus a outras pessoas.
PARA REFLETIR
1. Você já se encontrou em um emprego ou posição acima de sua

capacidade? Você sentiu como se estivesse se afogando, desesperado
por encontrar uma maneira de se desvencilhar do seu compromisso
sem ficar envergonhado? Se a sua resposta for sim, o que você fez
para corrigir a situação?
2. Você já viu alguém ocupar uma posição de liderança que todos os
outros membros da equipe sabiam estar em uma posição
demasiadamente elevada para ele? Essa pessoa teve dificuldades,
cometeu erros ou tentou constantemente encobrir a sua falta de
capacidade?
3. Se os membros da equipe reconheciam que a origem do problema era
o seu líder com dificuldades, como esse conhecimento afetou a
atitude deles para com ele?
20 DE AGOSTO
Quando Maria Levou a Jesus Um Presente

Extremamente Caro
Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus
e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo.
— João 12:3
A maneira de uma pessoa gastar seu dinheiro diz muito sobre suas
prioridades na vida. Jesus disse: “... porque, onde está o teu tesouro, aí
estará também o teu coração” (Mateus 6:21).
O ensinamento de Jesus é muito claro: o que uma pessoa faz com seu
dinheiro revela o que está em seu coração. Por exemplo, alguém pode dizer
que ama a igreja local. Porém, se nunca dá um centavo à igreja, o princípio
declarado em Mateus 6:21 diz que seu coração não está na igreja,
independentemente do que ele diga. Onde está o seu tesouro? Se o seu
tesouro não está na igreja, seu coração também não está nela.
Posso dizer que amo o Senhor, mas se não dou o dízimo como o Senhor
ordena, o que isso diz sobre mim? Ou sou ignorante em relação ao dízimo ou
as minhas palavras são vãs. Se eu realmente amasse o Senhor, meu dinheiro
refletiria que eu o amo. Eu daria o dízimo.
As palavras são vãs e facilmente ditas. Qualquer um pode dizer que ama
sua igreja. Porém, quando uma pessoa se sacrifica e doa seu dinheiro à
igreja, está demonstrando que suas palavras são verdadeiras. Seu coração
realmente está na igreja.
Uma pessoa nunca doar à igreja revela que ela não tem dinheiro ou é
mentirosa. Naturalmente, uma pessoa que não tem dinheiro terá dificuldade
para doar. Porém, se tem dinheiro e não doa, suas palavras e seus atos não
combinam. Quando gasta seu dinheiro extra em todos os tipos de coisas
supérfluas e, depois, coloca um pouco de dinheiro na oferta, está contando a
verdadeira história! Ela ama seu materialismo mais do que ama a igreja.
Ou considere um homem que diz que ama sua esposa, mas nunca lhe dá
dinheiro ou presentes especiais para demonstrar aquele amor. Contudo, de
algum modo, aquele mesmo homem consegue encontrar dinheiro para pescar,
comprar um barco de pesca, malhar na academia com os amigos e assim por
diante. O que ele demonstrou? Ele ama a si mesmo mais do que ama sua
esposa. É por isso que ele está gastando seu tesouro em si mesmo.
Quantos homens disseram às suas esposas “Eu te amo, querida” e, depois,
gastaram todo o seu dinheiro extra com eles mesmos? Então, a esposa é
informada de que não há dinheiro disponível para fazer o que ela quer.
Como a esposa se sente quando seu marido faz isso com ela o tempo todo?
Ele pode dizer “Eu te amo” quanto quiser, mas ela sabe que ele realmente
ama a si mesmo. O que ele faz com seu dinheiro conta a história verdadeira.
Jesus deixou bem claro que onde estiver o tesouro de uma pessoa — onde
estiver o dinheiro dela — é lá que o coração dela também estará. Então, se
você realmente quiser saber onde está o coração de uma pessoa, siga o
dinheiro dela e você descobrirá. Eu repito: o dinheiro conta a verdade!
Em João 12, Jesus e Seus discípulos estavam jantando na casa de Maria,
Marta e seu irmão Lázaro, a quem Jesus havia ressuscitado. Aquela família
foi muito próxima de Jesus durante o Seu ministério terreno. Naquele jantar,
Maria demonstrou seu amor levando a Jesus um presente extremamente caro.
A Bíblia nos conta que Maria levou a Jesus um presente de unguento de
nardo — de fato, ela lhe levou quase meio quilo dele! A palavra “nardo”
provém do grego nardos, que descreve um dos perfumes mais caros que
existiam naquela época. Permita-me contar-lhe um pouco sobre o nardo, para
você poder valorizar o que Maria fez por Jesus naquele dia.
O nardo era um perfume incomum, extraído de gramíneas que cresciam na
Índia. Após serem extraídos da grama, os sucos passavam por um processo
de secagem, formando uma substância dura, semelhante ao toucinho.
Transformar essa substância semelhante a toucinho em perfume era um
processo muito longo e dispendioso. Se você adicionar a isso o custo do
transporte do nardo da Índia para outras partes do mundo, poderá entender
por que aquele perfume específico custava tanto dinheiro.
O nardo era tão caro que poucas pessoas podiam comprá-lo; a maioria
tinha de comprar uma das muitas imitações baratas disponíveis. Porém, a
palavra usada em João 12:3 nos diz que Maria não levou a Jesus uma
imitação barata; ela levou a Jesus o original — um unguento tão valioso que,
normalmente, era reservado e usado somente como presentes para reis e
nobres. Esse foi o presente que Maria levou a Jesus.
Podemos aprender mais sobre o valor do presente de Maria em João 12:3,
que diz que o unguento era “mui precioso”. Essa frase “mui precioso”
provém da palavra grega polutimos, composta pelas palavras polus e timios.
Polus significa muito ou grande. A palavra timios significa honrar,
respeitar ou valor. Juntas, essas palavras descrevem algo de grande valor
ou algo de valor financeiro considerável.
Chamaríamos isso de “doação máxima”! Por mais notável que seja Maria
possuir um presente assim valioso, o que ela fez com aquele perfume após
levá-lo é ainda mais fenomenal! João 12:3 diz: “... Maria, tomando uma libra
de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus...”.
Quando Maria tirou a tampa daquele caro frasco, inclinou-o para baixo e
começou a derramar aquele unguento precioso nos pés de Jesus, todos os
presentes na sala devem ter perdido a fala! Aquele tipo de perfume não era,
normalmente, usado para os pés! Pelo contrário, era o tipo de unguento
usado para ungir a cabeça de reis e dignitários. Os atos de Maria teriam sido
considerados um horrível desperdício na mente da maioria das pessoas, mas
não era assim que ela o via. Maria amava, estimava e valorizava os pés do
Mestre!
Isaías 52:7 descreve por que Maria se sentia assim: “Que formosos são
sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz,
que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu
Deus reina!”.
Veja, para Maria, nenhum outro pé, no mundo inteiro, era mais bonito do
que os pés de Jesus. Jesus havia transformado a vida dela. Jesus havia
trazido seu irmão de entre os mortos (ver João 11:32-44). Jesus havia
trazido um novo significado à sua família. Para Maria, todo passo que Jesus
dava era precioso, honrado e grandemente valorizado.
Lembre-se de que Jesus ensinou: “... onde está o teu tesouro, aí estará
também o teu coração” (Mateus 6:21; Lucas 12:34). Os atos de Maria
revelaram seu coração quando ela derramou seu tesouro mais valioso nos
pés de Jesus. Ela amava Jesus profundamente e demonstrou isso com o
presente que levou a Ele.
João 12:3 prossegue, dizendo que ela “... os enxugou com os seus
cabelos...”. Depois de derramar o nardo nos pés de Jesus, Maria alcançou a
cabeça e soltou seus longos e belos cabelos, juntando-o nas mãos. Então,
abaixou-se e começou a secar os pés de Jesus com os cabelos.
No tempo do Novo Testamento, o cabelo de uma mulher representava sua
glória e sua honra. O apóstolo Paulo se referiu a isso em 1 Coríntios 11:15,
ao escrever que o cabelo de uma mulher era uma “honra“ para ela. Para
Maria, desfazer seu cabelo e usá-lo como toalha para secar os pés de Jesus
era, provavelmente, o maior ato de humildade que ela poderia ter
demonstrado. Estava demonstrando quão profundamente amava e quão
grandemente valorizava Jesus. Ela não lançou uma oferta financeira aos Seus
pés, mas teve uma atitude de adoração ao dar a Jesus o melhor presente que
ela tinha para oferecer.
Posso imaginar as lágrimas que escorriam pelas bochechas de Maria
enquanto ela tocava aqueles preciosos pés. Com total humildade, secou os
pés de Jesus com a glória e a honra de seus cabelos. João 12:3 nos diz que
“... encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo”. Certamente, a casa
ficaria tomada pelo odor de nardo quando Maria derramasse meio litro
daquele caro perfume nos pés de Jesus!
Considerando-se o custo do nardo, essa era uma quantidade enorme para
Maria usar para ungir os pés de Jesus. De fato, Judas Iscariotes perguntou
indignado a Jesus: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos
denários e não se deu aos pobres?” (João 12:5). A palavra grega para
“denário” é denarius. Naquela época, um denário romano era o salário de
um dia. Então, ao anunciar que o nardo poderia ter sido vendido por
trezentos denários, Judas estava dizendo que o perfume de Maria valia
trezentos dias de salário. É por isso que eu digo que aquele foi um presente
extremamente caro! Valia o salário de quase um ano inteiro!
Se é verdade que o que uma pessoa faz com seu dinheiro conta muito
sobre suas prioridades na vida, o presente de Maria naquele dia revelou que
Jesus era a sua maior prioridade. O que a sua doação revela sobre quanto
você ama Jesus?
Veja, pode parecer muito simples, mas é um fato que, se você seguir o
dinheiro de uma pessoa, descobrirá o que é ou não importante para a vida
dela. Analise as finanças de uma pessoa e, em poucos minutos, você será
capaz de dizer o que ela mais valoriza na vida. A maneira de ela gastar seu
dinheiro contará toda a história do que ela preza, valoriza, ama e adora.
Evidentemente, todos têm necessidades básicas da vida que exigem
dinheiro, como alimentos, eletricidade, combustível para o carro e assim por
diante. Porém, uma vez pagas essas coisas, o que uma pessoa faz com o
dinheiro que lhe resta lhe dirá o que ela estima mais do que qualquer outra
coisa. Isso pode soar como um ensinamento muito limitado sobre dinheiro,
mas é exatamente o que Jesus quis dizer com “porque, onde está o teu
tesouro, aí estará também o teu coração”. Portanto, o que o modo como
você gasta o seu dinheiro revela sobre você?
Senhor, peço que Tu me ajudes a ser sincero em relação ao que as minhas finanças
revelam a meu respeito. Não quero, em minha vida, ter uma prioridade maior do que o
Senhor; ensina-me a como demonstrar meu amor por Ti com as minhas finanças. Ajuda-me
a realmente adorar-Te com minhas contribuições financeiras e não simplesmente lançá-las
em uma bandeja de ofertas. Perdoa-me pelas vezes em que eu disse que não tinha dinheiro
suficiente para doar à igreja ou a missões, mas de algum modo, encontrei uma maneira de
gastar dinheiro em todo tipo de coisas materiais. Obviamente, minhas prioridades estavam
erradas, por isso, hoje eu me arrependo. Decidi que Te honrarei com as minhas finanças
como devo fazer.

Confesso que estou me tornando cada vez mais fiel na doação de meus dízimos e ofertas.
Jesus Cristo e a pregação do Evangelho são as maiores prioridades de minha vida.
Portanto, quando recebo meu pagamento, a primeira coisa que faço é separar meu dízimo
para a igreja e minha oferta para missões mundiais e outros ministérios dignos. Enquanto
aprendo a amar Jesus ainda mais, minhas contribuições financeiras também estão
aumentando. Meu tesouro está em Jesus e no Evangelho, porque é exatamente ali que meu
coração está.
PARA REFLETIR
1. O que os seus gastos mensais de dinheiro lhe dizem sobre o que você
mais valoriza na vida?
2. Se Jesus analisasse as suas finanças para saber o que você mais
valoriza, o que Ele descobriria? Você pode ser honesto quanto a isso,
porque Ele já sabe!
3. Que transformações você precisa fazer em seu coração e em suas
despesas para refletir que seu coração está, antes de tudo, no Reino
de Deus?
Analise as finanças de uma pessoa e, em poucos minutos, você será capaz

de dizer o que ela mais valoriza na vida. A maneira de ela gastar seu
dinheiro contará toda a história do que ela preza, valoriza, ama e adora.
21 DE AGOSTO
Serviço de Alta Classe Com Distinção e Estilo

...e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não
veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.
— Marcos 10:44-45
N a cidade de Moscou há um restaurante que é indiscutivelmente um dos

mais elegantes lugares de alta gastronomia do mundo todo. O cenário
desse magnífico lugar é um fabuloso e antigo palácio de Moscou, construído
em 1889 para residência pessoal do Conde Altuphev, general do exército
russo durante o reinado do czar russo Alexandre III.
Ao entrarmos no Grande Salão do palácio, somos instantaneamente
dominados pelo grande teto abobadado, a enorme escadaria de madeira
esculpida à mão, as lindas janelas de vitrais coloridos, e o imponente e
impressionante candelabro deixado como herança a esse edifício, muitos
anos depois, pelo ditador Joseph Stalin. Tudo isso contribui para a opulência
e magnificência daquele local histórico — fazendo com que uma noite de
alta gastronomia ali seja praticamente extraordinária.
Quando hóspedes do Ocidente vêm nos visitar, minha mulher e eu
gostamos de levá-los a esse restaurante porque jantar em um palácio russo é
uma experiência singular. Entretanto, o que torna a ocasião ainda mais
magnífica é o nível do serviço prestado a cada cliente. Dificilmente se
consegue respirar sem que um funcionário apareça para cortesmente
perguntar como pode atendê-lo melhor ou fornecer qualquer coisa que seja
necessária.
Quando o jantar por fim chega, é levado à mesa por garçons vestindo
smoking e luvas brancas. Um a um, os garçons arrumam os pratos na mesa.
Cada um deles coberto por uma cúpula cintilante de prata pura, que esconde
a entrada até o momento apropriado. Quando todos os pratos estão postos, os
garçons ficam ao lado de cada pessoa da mesa. Todos ao mesmo tempo, em
perfeita harmonia, levantam dos pratos as cúpulas de prata pura para revelar
os alimentos meticulosamente preparados para cada integrante da mesa.
Quando o jantar termina, todos os que estão à mesa sentem ter sido tratados
como realeza.
Certa vez, quando eu estava jantando nesse palácio russo, observei
cuidadosamente a atenção demonstrada pelos garçons a cada cliente.
Enquanto assistia a excelência com que eles serviam, pensei nas palavras de
Jesus: “... e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos”
(Marcos 10:44).
A palavra “servo” desse versículo provém do grego diakonos, que
significa um servo cuja responsabilidade principal era servir alimentos e
atuar como garçom. Apresenta uma imagem de um garçom ou de uma
garçonete que atende meticulosamente às necessidades, anseios e desejos de
seu cliente. Agradar profissionalmente os clientes era a tarefa suprema
desses servos; por isso serviam de forma honrosa, alegre e de uma maneira
que fazia todo homem se sentir como se fizesse parte da nobreza.
Restaurantes eram muito raros no primeiro século, de modo que a maioria
dos garçons atuava nas casas e palácios muito exclusivos da elite, dos ricos
e dos famosos. Por isso, eram servos bem treinados, altamente refinados,
cultos e de alta classe, que serviam com sofisticação e fineza. Jesus usou
essa palavra diakonos em uma parábola, para descrever exatamente esses
tipos de servos que auxiliam um rei opulento (Mateus 22:13).
Esse padrão elevado e essa atitude de excelência é o que Deus espera de
todo cristão que “sirva” no Reino de Deus. Pense nisso — por que esse
nível de excelência seria esperado em um restaurante de alta classe, mas não
no reino de Deus?
Como servos de Deus, devemos ser bem treinados, altamente refinados,
cultos e preparados para atender a qualquer necessidade com a qual formos
confrontados. Servir com um padrão de excelência deve ser o nosso
objetivo. Não há nada de mais importante do que aquilo que fazemos para o
Senhor; por isso Deus espera que sirvamos com a melhor atitude, a melhor
aparência e o mais elevado padrão de serviço e profissionalismo que
pudermos prestar em Seu nome.
Deve ser angustiante para Deus ver cristãos tolerarem na Igreja um padrão
inferior ao encontrado no mundo. Por que o nosso padrão deveria ser
inferior? Não estamos servindo o Rei dos reis? Não estamos trabalhando à
Sua mesa? Portanto, nosso padrão não deveria ser o mais elevado, aquele
pelo qual todos os outros são medidos? Quando as pessoas chegarem ao
Reino de Deus, não deveriam ficar chocadas ao encontrar um nível de
excelência superior a tudo que já viram antes?
Como “servos” de Deus, deveríamos estabelecer o exemplo da excelência
em todas as esferas. Eis aqui apenas alguns nos quais a palavra diakonos do
Novo Testamento nos comunica que uma atitude excelente e um nível
elevado de profissionalismo eram esperados pela liderança da Igreja
Primitiva. Se era esperado naquela época, por que nos conformaríamos com
algo inferior agora?
O ministério de dízimos e ofertas:
Em Atos 11:29, a palavra diakonos descreve o “alívio” financeiro que era
recebido e enviado aos cristãos da Judeia. Por ser usada para descrever o
recebimento e o envio daquela oferta, a palavra diakonos revela o modo
profissional como a Igreja Primitiva recebia e administrava aqueles fundos.
Eles o faziam com excelência.
Em 2 Coríntios 8:4, Paulo usou diakonos para descrever outra oferta
especial. A frase “assistência aos santos” se refere à entrega daquela oferta,
mas a palavra “assistência” é a palavra diakonos. Isso nos conscientiza
indubitavelmente de que aquelas ofertas não constituíam um evento
desleixado. Tratava-se de um assunto sério, que era tratado da maneira mais
profissional e excelente.
O ministério da pregação do Evangelho:
Em Atos 20:24, Paulo usou a palavra diakonos para descrever seu
“ministério”. Quem prega o Evangelho literalmente “serve” o pão da vida às
almas famintas; assim, a palavra diakonos é adequada para retratar a
proclamação da verdade. Paulo viu a administração da Palavra de Deus
como uma responsabilidade tão elevada, que ministrava com a maior
seriedade e profissionalismo. Quando ele se apresentava para pregar, não
era um sermão de última hora, feito às pressas. Paulo preparava e servia
suas mensagens com meticuloso cuidado.
As ocorrências da palavra diakonos que retratam o ministério e a
pregação do Evangelho são numerosas ao longo do Novo Testamento. Isso
sugere que o nosso ministério sempre deve ser feito com excelência.
O ministério em geral:
Em 2 Coríntios 6:3, Paulo usou a palavra diakonos para abranger todos os
aspectos mais amplos de “ministério”. Quer seja feito publicamente, como
ao pregar, ou em uma área menos visível da igreja, o “ministério” deve ser
feito com excelência. Foi por isso que Paulo disse “não dando nós nenhum
motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja
censurado”. O ministério exige excelência de testemunho, conduta e atos na
vida de quem nele está envolvido. Nunca devemos nos esquecer de que
somos servos de Deus!
Em Colossenses 4:17, Paulo disse a Arquipo que atentasse ao
“ministério” que recebeu do Senhor. Essa palavra “ministério” provém de
diakonos. Para Arquipo, atentar ao seu ministério significava ser o melhor
que se pode, servindo da maneira mais profissional possível, cumprindo
conscientemente todos os desejos que Deus lhe dera a conhecer e fazendo
seu trabalho com uma excelência que honraria Jesus.
Em 2 Timóteo 4:5, Paulo diz a Timóteo: “... cumpre cabalmente o teu
ministério”. A palavra “ministério” provém de diakonos. Paulo estava
exortando Timóteo a elevar ao máximo o nível de seu ministério —
demonstrar compromisso e excelência em tudo que fizesse em nome do
ministério.
O ministério dos santos:
Em 1 Coríntios 16:15, Paulo usa a palavra diakonos ao se referir à
família de Estéfanas: “... se consagraram ao ministério dos santos”. Embora
fale enfaticamente de sua atitude de servos, a palavra diakonos também nos
mostra que eles eram dedicados a servir aos outros com o padrão de
excelência mais elevado possível.
Em Apocalipse 2:19, a palavra diakonos é usada quando Jesus fala à
liderança da igreja de Tiatira. Embora essa igreja tenha tido muitos
problemas, uma das coisas pelas quais Jesus a elogiou foi o seu “serviço”.
Essa é a palavra grega diakonos, informando-nos que servir com um padrão
elevado é louvável aos olhos de Deus.
O ministério dos anjos:
Em Mateus 4:11, a Bíblia usa a palavra diakonos ao dizer: “Com isto, o
deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram”. Aqueles anjos foram
“servir” Jesus e atender às Suas necessidades. Eles o serviram como
diáconos ou como garçons cujo supremo prazer era saber que haviam
atendido bem às necessidades de seu Senhor. Eles “serviram” Jesus com a
maior atenção, cuidado, excelência e profissionalismo.
Em Hebreus 1:14, a palavra diakonos é novamente usada para descrever
o ministério dos anjos. O texto diz: “Não são todos eles espíritos
ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a
salvação?”. Quando esse versículo diz que os anjos são enviados “para
ministrar” aos que serão herdeiros da salvação, as palavras “para ministrar”
provêm da palavra diakonos. Isso significa claramente que os anjos têm uma
tarefa, dada por Deus, de “servir” aos cristãos com meticulosa e detalhada
atenção. Os anjos são servidores sobrenaturais de Deus, que foram
despachados para atender às necessidades, anseios e desejos dos santos.
O ministério de Jesus:
Em Marcos 10:45, a palavra diakonos é usada para descrever Jesus e Seu
próprio ministério. O versículo diz: “Pois o próprio Filho do Homem não
veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por
muitos”. Quando esse versículo diz que Jesus veio “para servir”, essa é a
palavra diakonos. Jesus foi o supremo exemplo de atender às necessidades
das pessoas com excelência. Ele era tão empenhado em cumprir a tarefa que
lhe foi dada, que estava disposto a “servir” até o ponto de sacrifício. Seu
“serviço” exigiria o nível mais elevado de compromisso, dedicação,
atenção e excelência.
Pense nisso! Jesus é o Senhor de todos, o Criador do universo, o Filho
unigênito de Deus. Contudo, ao vir à terra, seu propósito não era “... ser
servido, mas... servir...”. Todo o propósito de Jesus era servir e entregar Sua
vida, não ser servido ou exigir o respeito, a aprovação ou a adoração dos
homens.
Em todos esses exemplos, a palavra diakonos descreve as pessoas que
estão servindo alguém com excelência e são profundamente comprometidas
com o cumprimento de uma tarefa específica com o mais elevado padrão e
nível de profissionalismo. Esse é um compromisso com o serviço excelente,
de alto nível, não um serviço descuidado, como encontramos hoje em tantos
lugares.
Se você possui essa atitude correta com relação a fazer a obra de Deus,
não demorará para que Jesus o promova para uma posição mais elevada.
Entretanto, não pense que uma posição mais elevada diminuirá a sua
necessidade de continuar servindo, porque todos nós somos chamados a
servir, independentemente de nossa condição, grau hierárquico ou posição.
Por isso, tenha em mente que Deus o está observando hoje. Você está:
• Servindo com excelência?

• Genuinamente preocupado com o bem-estar das pessoas a quem você
serve?
• Sinceramente desejando atendê-las da melhor maneira possível?
• Pensando honestamente em como ajudar as pessoas designadas para
receber os seus cuidados?
• Desejando verdadeiramente servir de maneira profissional e pontual?
• Cumprindo a sua tarefa fielmente do fundo de seu coração?
Se essas são as qualidades que Deus vê em você, provavelmente não

demorará para que Ele se certifique de que você seja recompensado com um
maior nível de responsabilidade. Por quê? Porque Ele saberá que você é
confiável e está pronto para lidar com a promoção. De fato, a palavra
diakonos veio, depois, a representar uma pessoa tão fidedigna e confiável
que era encarregada de administrar um palácio!
E você, amigo? Você está “servindo” fielmente à mesa de Deus? O seu
serviço demonstra o padrão de excelência que Deus espera em Seu Reino?
Você tem ficado satisfeito com um baixo nível de profissionalismo em sua
vida? Se você quer que Deus lhe confie uma responsabilidade maior, deve
começar a ver sua tarefa e seu local de serviço como o trabalho mais
importante do mundo. Cumpra a sua tarefa com um elevado padrão de
excelência — e Deus providenciará para que você seja ricamente
recompensado!
Senhor, quero Te servir com o mais elevado nível de excelência! Perdoa-me pelas vezes em
que tolerei um padrão inferior em minha vida, negócio, ética, igreja ou ministério. Nada
no mundo é mais sério do que os serviços que presto em Teu nome; por isso, ajuda-me a
fazê-lo de uma maneira que Te glorifique.
Confesso que tenho um elevado padrão de excelência em minha vida e que meu nível de
profissionalismo está crescendo diariamente. Ao servir a Deus no trabalho e na igreja,
demonstro a excelência do nome de Jesus! Quando me veem, as pessoas veem o reino de
Deus. De fato, Deus está feliz por eu ser Seu representante, porque minha vida mostra uma
excelente imagem de quem é Jesus e do que Ele representa neste mundo. Eu sou Seu
representante e, portanto, faço tudo com o mais elevado nível de excelência!
PARA REFLETIR
1. Você pode dizer honestamente que está servindo em sua empresa ou

igreja com um elevado nível de excelência ou permitiu que seu
desempenho decaísse para um padrão medíocre, inaceitável para um
filho de Deus?
2. Jesus diria que seu trabalho e sua atitude glorificam a Ele? Seu
trabalho e sua atitude deixam Jesus feliz por você ser conhecido
como um de Seus servos?
3. Se você fosse o patrão, ficaria satisfeito com alguém que trabalha
como você em seu emprego — ou esperaria que seus funcionários se
esforçassem muito mais?
22 DE AGOSTO
Você Pode Vencer Qualquer Tentação!

Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais
tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá
livramento, de sorte que a possais suportar.
T odas as pessoas têm de lidar com tentações em um momento ou outro;

por isso, você não precisa se sentir envergonhado se estiver enfrentando
uma tentação específica neste momento. Porém, ao mesmo tempo, você não
tem de sucumbir a ela, visto que é algo que pode se superado! Todas as
tentações podem ser vencidas! Você só precisa decidir que será o vencedor
e não o vencido!
Você pode não ter pensado nisso antes, mas o diabo tenta atraí-lo para o
pecado usando a sua mente e as suas emoções. Ele injeta em sua mente
pensamentos e emoções que atuam como estimulantes para que você fique
agitado em determinada área de sua vida. Nesse momento, você tem plena
consciência de que pode deixar a tentação ir embora — ou permitir que
aqueles pensamentos envenenem sua mente e criem raízes em suas emoções
até se tornarem uma grande fortaleza a ser combatida e conquistada. Ao
recusar-se a aceitar os pensamentos desde o início, você pode evitar toda a
luta!
Isso é semelhante a uma tentação sexual. Você pode escolher virar-se e
olhar para o outro lado ou pode se entregar a ela até que sua mente e
imaginação sejam preenchidas. Se você escolher meditar no pensamento que
o diabo está tentando enfiar em sua cabeça, não demorará para que o diabo
esteja travando uma batalha total em sua mente! Se você não pisar no freio e
parar aqueles pensamentos, o diabo irá conquistá-lo. Por isso é tão
importante que você aprenda a controlar o seu pensamento, para que consiga
manter a sua mente sob o controle do Espírito Santo. Dessa maneira será
quase impossível que o diabo derrote você em qualquer área de sua vida.
O diabo é mestre em manipulação mental. Ele sabe que se conseguir fazer
você passar um pouco de tempo meditando sobre algo errado poderá com o
tempo convencê-lo a fazer isso! Se o diabo foi suficientemente persuasivo
para enganar anjos inteligentes, perspicazes e poderosos, é ainda mais fácil
para ele enganar pessoas que vivem em um ambiente distante da perfeição e
que lutam diariamente com suas próprias imperfeições! A constituição
emocional dos seres humanos os torna ainda mais suscetíveis às habilidades
magistrais do diabo de mentir, enganar e manipular.
Satanás procura o momento certo. Ele vem em um momento oportuno.
Espera até você estar cansado, entediado ou irritado. Talvez você tenha
acordado de mau humor; alguém lhe tenha dado um “olhar” de que você não
gostou ou simplesmente tenha começado o seu dia com o pé esquerdo. Então,
de repente, ele o atinge com um pensamento — algo que o surpreende
totalmente quando a sua guarda está baixa!
Quando pensamentos negativos começam a inundar a sua mente, você
precisa saber que é Satanás colocando uma armadilha à sua frente. Ele está
tentando enredá-lo para poder paralisar e destruir você e as pessoas a quem
você ama. Ele está tentando levá-lo a morder a isca para que possa fisgá-lo!
Porém, você não precisa mais cair nessa armadilha! Se você realmente quer
sair desse tipo de dilema emocional, há uma saída.
Em 1 Coríntios 10:13 há uma promessa: “Não vos sobreveio tentação que
não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além
das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá
livramento, de sorte que a possais suportar”.
A palavra “tentação” vem da palavra grega peirasmos, que pode referir-
se a qualquer fonte externa que apele a uma fraqueza em sua carne. Esse
apelo o atrai como um ímã; ele o seduz mental, emocional e sensualmente;
ele fascina a imaginação; convence a carne a dar uma olhada mais detalhada.
Se você não interromper esse processo, ele prenderá o anzol em sua alma e
vai transportá-lo diretamente para algum tipo de pecado!
Como a palavra peirasmos (“tentação”) poder descrever qualquer
fraqueza da carne, essa passagem poderia ser aplicada a qualquer uma
contra a qual você possa lutar — desde ser preguiçoso ou ficar facilmente
ofendido, inferiorizar-se ou enaltecer-se, ou até mesmo por sentir raiva ou
uma tentação sexual. Seja qual for a fraqueza de sua carne, é a ela que a
palavra peirasmos se refere!
Porém, esse versículo promete que Deus abrirá um caminho para você
escapar da tentação — se realmente quiser escapar dela! A palavra grega
para “escapar” é ekbasis. Ela é composta por ek, que significa fora, e por
basin, que significa andar. A palavra resultante dessa união significa sair,
como sair de um lugar difícil; sair de uma armadilha ou sair de um lugar
que não é bom para você.
Isso me faz pensar em quando José fugiu da esposa de Potifar, que tentou
seduzi-lo. Gênesis 39:12 diz que, em vez de permanecer lá e tentar negociar
em meio à situação, José “... saiu, fugindo para fora”. Em outras palavras,
ele saiu dali o mais rápido que pôde!
Habitualmente, negociar com o pecado leva a cair nele em vez de vencê-
lo; por isso, é melhor uma pessoa simplesmente se levantar e afastar-se da
situação o mais rápido possível! É por isso que Paulo dizia constantemente
aos primeiros fiéis que “fugissem” das influências malignas (ver 1 Coríntios
6:18; 1 Coríntios 10:14; 1 Timóteo 6:11; 2 Timóteo 2:22).
A palavra “fugir” provém do grego pheugo, que significa fugir, sair
voando, fugir correndo, correr o mais rápido possível ou escapar. Isso
significa que você não precisa sucumbir às tentações que o estão cercando.
Você só precisa se levantar, vestir sua jaqueta, pegar suas coisas e sair
daquele lugar de tentação o mais rápido que puder! Deixe seus pés voarem
enquanto você foge dessa situação! Você não está preso ali! Você pode sair!
Você pode sair desse lugar tão facilmente quanto entrou! Seus pés funcionam
nas duas direções! Deus abrirá um caminho para você escapar daquelas
emoções negativas se você realmente quiser fugir delas. Porém, você é o
único que pode decidir atravessar essa rota de fuga!
• Se você sabe que está sendo tentado a explodir de ira, saia antes que
isso aconteça!
• Se você sabe que está sendo tentado a ter seus sentimentos feridos, vá
para outro lugar para evitar a ofensa!
• Se você sabe que está sendo tentado a entrar em um estado de preguiça,
levante-se e ocupe-se!
• Se você sabe que está sendo tentado a roubar, fique o mais longe
possível do dinheiro ou do objeto cobiçado!
• Se você sabe que está sendo tentado a pecar sexualmente, saia dessa
situação imediatamente!
• Se você sabe que está sendo tentado a fazer algo errado, é hora de
fugir da tentação!
Milhões de cristãos são mantidos cativos porque não se dispõem a

atravessar essa rota de fuga. Como resultado, não têm alegria, nem paz, nem
vitória em sua vida. Podem ser cristãos, mas são infelizes porque não
decidiram transpor a rota de fuga que Deus lhes preparou e deixar para trás
todas essas tentações negativas e atos insensatos.
Se você disser sim ao Senhor, ele lhe mostrará como sair dessa encrenca!
Você pode evitar, evadir-se, esquivar-se, escapar, lançar fora, sair e
afastar-se de todas as tentações! Você é o único que pode decidir sair
desses ataques mentais assassinos ou situações negativas. No momento em
que você tomar essa decisão, sua jornada para a liberdade terá começado!
Por isso, hoje o Senhor está lhe perguntando: “Você permanecerá como
está agora ou está disposto a tomar as medidas adequadas para fugir
dessa tentação emocional e armadilha demoníaca?”. Qual é a sua
resposta? O que você fará? Deus está esperando você decidir se receberá a
liberdade que Ele está lhe oferecendo ou se continuará sendo refém pelo
resto de sua vida. A escolha é sua.
Senhor, ajuda-me a encontrar a força necessária para dizer não à minha carne e a fugir
da tentação quando ela tentar envolver a minha alma com seus longos tentáculos e me
arrastar para algum tipo de pecado. Sei como é quando o pecado chama a minha carne,
acenando para que ela faça algo proibido ou errado, mas não quero mais cooperar com
isso. Quero andar livre — fugir do pecado e libertar-me de suas garras cruéis. Ajuda-me a
colocar minha mente sob o controle do Espírito Santo para que eu possa pensar
racionalmente quando Satanás tentar me atacar por meio de minha mente, emoções ou
sentidos.
Confesso que Deus abre um caminho para eu fugir da tentação. Eu não negocio com o
pecado! Quando ele tenta me chamar, eu me levanto e saio o mais rápido possível. Fujo,
saio voando, correndo e o mais rápido possível quando sei que o diabo está tentando me
atrair para a sua cilada. Então, visto minha jaqueta, pego minhas coisas e deixo meus pés
voarem! Deus sempre abre um caminho para eu fugir — e eu sempre faço a escolha certa
de transpor essa rota de fuga!
Declaro isso pela fé, em nome de Jesus
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em momentos em que foi tentado a ceder ao

pecado? Sabendo que precisava levantar-se e sair daquele lugar de
tentação, você permaneceu e caiu em algum tipo de pecado? Mais
tarde, você lamentou não ter fugido quando teve a chance?
2. Qual é a principal área de tentação contra a qual você luta neste
momento mais do que contra qualquer outra?
3. Para poder se livrar da luta dessa tentação, que mudanças você
precisa fazer em sua vida?
23 DE AGOSTO
Tudo Que Acontece na Vida Particular de Uma

Pessoa Afeta Sua Vida Pública!
Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos
mistérios de Deus.
Q uero dedicar a Pedra Preciosa de hoje à vida privada de potenciais

líderes. Desejo falar especialmente sobre o casamento, os filhos, a
condição física das casas nas quais essa pessoas vivem e o modo como
gerenciam suas finanças pessoais. Esses quatro pontos são extremamente
importantes quando você está considerando alguém para ser um líder.
O que acontece na vida privada de uma pessoa afeta seu trabalho ou
ministério público. Alguém pode argumentar: “Mas minha vida privada e
minha vida doméstica nada têm a ver com meu ministério na igreja, minha
capacidade de servir ou minha atuação no trabalho. Você não tem o direito
de investigar a minha vida pessoal”.
Essa maneira de pensar é errada. O que acontece na vida privada de uma
pessoa transborda para a sua vida pública. O que se passa a portas
fechadas na casa de um líder lhe dirá exatamente o tipo de bênçãos ou de
problemas que ele levará ao seu ministério público ou trabalho. Foi
precisamente por isso que o apóstolo Paulo exortou Timóteo a analisar mais
profundamente a vida pessoal de um líder em potencial antes de convidá-lo a
fazer parte de sua equipe de liderança (ver 1 Timóteo 3:4-5). Veja, Deus
projetou a casa como um instrumento de aprimoramento de muitas das
qualidades necessárias para ser um líder no reino de Deus.
Paulo disse a Timóteo que um líder precisa ser alguém “... que governe
bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito
(pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja
de Deus?)” (1 Timóteo 3:4-5).
A palavra grega que significa “governe” é proistimi, composta por pro e
istimi. A palavra pro significa antes ou à frente de, e istimi significa estar
em pé. Quando são combinadas, a nova palavra descreve alguém que está
em pé diante dos outros para liderar, guiar, orientar ou administrar uma
situação. Transmite o significado de um líder que está fornecendo
responsavelmente supervisão e orientação a um grupo de pessoas ou a um
projeto. Paulo usa a palavra “bem” para descrever o modo como essa
pessoa governa. Ela provém do grego kalos, que significa bom, bem ou
habilidoso. Assim, retrata um indivíduo que demonstrou ser capaz de
supervisionar com sucesso um grupo de pessoas ou um projeto específico.
Paulo diz ser necessário que um líder espiritual governe bem sua própria
“casa”. A palavra “casa” provém da palavra grega oikos, que significa uma
casa física. Entretanto, da maneira que é usada aqui, inclui a administração
da casa e tudo o que acontece nela. Assim, “governar” a família incluiria
como um líder administra sua vida doméstica, seus filhos, a manutenção da
casa física ou do apartamento onde mora e suas finanças pessoais. Tudo isso
faria parte de seu oikos — sua casa.
Informações importantes sobre quão bem os líderes potenciais servirão na
igreja ou no trabalho podem ser determinadas pela análise desses quatro
pontos. Por isso, analisemos brevemente essas quatro áreas críticas de
preocupação.
Sua vida doméstica:
Paulo disse que um líder precisa ser alguém “... que governe bem a
própria casa...”. Conforme observamos, a palavra “casa” provém de oikos e
inclui tudo que se refere à vida familiar de uma pessoa. Um dos fatores mais
estratégicos a serem considerados ao selecionar novos líderes casados é a
condição de seu casamento. Que tipo de relacionamento eles têm com seu
cônjuge? É um casamento solidário e saudável ou repleto de problemas? O
relacionamento revela uma boa comunicação entre o marido e a esposa? Se
esse líder em potencial não consegue se comunicar com a pessoa mais
importante de sua vida, como você sabe que ele será capaz de se comunicar
adequadamente com outras pessoas na igreja ou no trabalho? Essas perguntas
podem lhe dar uma ótima visão dos pontos positivos e negativos de novos
potenciais líderes.
Seus filhos:
Paulo disse que um líder precisa ser alguém que cria “... os filhos sob
disciplina, com todo o respeito”. Se os potenciais candidatos têm filhos,
talvez nada lhe dê uma visão mais clara sobre o tipo de líderes que eles
serão do que o exemplo de seus próprios filhos. Embora você não possa
considerar isso uma regra rígida e segura, na maioria das vezes os filhos de
potenciais líderes constituem um reflexo do tipo de liderança que, no
momento, os candidatos estão exercendo em sua própria casa.
Uma vez que as pessoas só conseguem transmitir o que têm em sua vida
privada, é bom observar o que os potenciais líderes transmitiram em suas
próprias casas. Qual é o fruto visível de sua influência e liderança na vida
de seus filhos?
• Os filhos falam de forma respeitosa com pessoas idosas?

• Eles falam respeitosamente entre si?
• Entendem autoridade e submissão?
• Os filhos fazem o que lhes é dito ou ignoram as instruções dos pais?
As respostas a essas perguntas simples e básicas são indicadores

importantes para você saber como os potenciais candidatos estão liderando
seus próprios lares. Se eles não estiverem liderando com excelência seus
próprios lares, por que você imaginaria que seriam capazes de liderar com
excelência toda uma divisão do ministério? É por isso que é importante
nunca deixar de prestar atenção aos filhos de um líder em potencial. Eles
sempre serão um dos sinais mais claros para alertá-lo sobre o tipo de líder
que essa pessoa será.
Sua casa ou apartamento:
Paulo escreveu que um líder precisa ser alguém que “... governe bem a
própria casa...”. Como já foi dito, a palavra “casa” se refere a tudo que se
relaciona à vida doméstica. Parte da vida familiar é a casa física onde a
família vive. Portanto, é válido perguntar:
• Que tipo de moradia esse líder em potencial tem? Ela é bem
conservada e mantida?
• Ela é desnecessariamente negligenciada? Parece estar caindo aos
pedaços?
• O gramado é aparado, de modo que esse candidato dá um bom
testemunho a seus vizinhos?
Qual era o exato significado das palavras de Paulo ao dizer que os líderes
precisam governar bem seus próprios lares? Uma coisa é certa: se um líder
em potencial não consegue cuidar decentemente de seu próprio domínio,
você não quer colocá-lo no comando do seu domínio. É por isso que essa é
uma questão séria a considerar ao selecionar alguém para uma posição
proeminente de liderança em sua igreja, ministério ou organização.
Suas finanças:
No tocante às finanças, a frase “governe bem a própria casa” me leva a
perguntar: “Como esse líder em potencial lida com seu dinheiro e o
pagamento das contas mensais?”.
A maneira como uma pessoa lida com o dinheiro é muito reveladora. Diz
muito sobre sua integridade pessoal, seu caráter e como respeita os direitos
dos outros. Quando uma pessoa não paga regularmente suas contas em dia,
incomoda e perturba os planos financeiros de outras pessoas.
Frequentemente, esse descumprimento de compromissos financeiros reflete
falta de respeito pelas necessidades e direitos dos outros.
Isso pode também ser simplesmente um sinal de que essa pessoa é imatura
em sua compreensão de gestão do dinheiro e responsabilidade. Ou ela pode
ter dificuldade em dizer não à sua luxúria carnal por coisas materiais. Os
problemas financeiros de uma pessoa também podem indicar que ela está
tendo problemas em seu casamento. Ou talvez sua vida seja instável em
decorrência de condições de trabalho irregulares.
Independentemente de quais desses fatores possam ser a causa dos
problemas financeiros de um candidato, todos eles são suficientemente
sérios para exigir uma consideração cuidadosa de sua parte. Essa pessoa tem
tempo, energia ou maturidade para lidar com uma posição de maior
responsabilidade em sua igreja, ministério ou organização?
Nunca se esqueça de que é impossível separar a vida pública da vida
privada de uma pessoa. O que acontece em uma área transborda para a outra.
O que está presente na vida pessoal de um líder em potencial é exatamente
o que trará para sua vida pública. Se ele tiver ordem e paz em sua vida
privada, isso lhe dará uma base sólida para o ministério público. Porém, se
luta contra desordem, caos, turbulência, confusão, agitação e anarquia em
sua vida privada, isso afetará sua habilidade de atuar publicamente como
líder.
O que acontece no lar afeta realmente a capacidade de trabalhar, servir e
seguir a vontade de Deus para a vida dele. Se esse for o caso, o que essas
coisas revelam sobre as pessoas que estão sendo consideradas para
liderança em uma igreja, empresa ou organização? Sua vida familiar mostra
que elas estão prontas para maiores áreas de responsabilidade?
E, a propósito — enquanto você pensa sobre a vida familiar desses
candidatos à liderança, seria bom você inverter essas perguntas e aplicá-las
a si mesmo. O que a sua vida familiar revela sobre VOCÊ?
Senhor, ajuda-me a levar ordem à minha vida pessoal! Uma vez que o que está
acontecendo em minha vida privada é exatamente o que eu levarei à minha vida pública,
quero levar mais ordem aos meus assuntos pessoais. Ajuda-me a analisar honestamente a
minha vida para poder ver as áreas que necessitam desesperadamente da minha atenção.
Quando eu reconhecer as áreas que precisam ser corrigidas, dá-me a coragem necessária
para investigar essas áreas e melhorar o que é preciso. Quero que todas as áreas de
minha vida glorifiquem a Ti; por isso, se houver uma parte secreta de minha vida que não
Te honre, conto contigo para me ajudar a fazer as mudanças necessárias.

Confesso que, com a ajuda de Deus, estou pondo minha casa em ordem! O modo como
lido com minha vida familiar, com meus filhos, minha casa física e com as minhas finanças
glorificam Jesus Cristo. Levo a sério a minha caminhada com Deus e, portanto, o convido
a invadir todas as esferas da minha vida e a submetê-las ao Seu Senhorio. Jesus é o
Senhor de meu casamento, filhos, lar e meu dinheiro. Tudo pertence a Ele; portanto, quero
ser um mordomo sábio por amor a Ele — e serei!
PARA REFLETIR
1. Se você estiver buscando uma nova liderança para a igreja, empresa

ou organização, vai considerar essas questões mais profundas? Você
pensa que, se no passado tivesse considerado tais questões antes de
escolher líderes, isso o teria ajudado a fazer melhores escolhas?
2. Você já viu problemas flagrantes no lar de um líder em potencial e
negligenciou-os porque os dons e talentos dele eram necessários?
Mais tarde, você se arrependeu de sua escolha porque ele levou
muitos desses mesmos problemas para o trabalho?
3. Após ler a Pedra Preciosa de hoje, você vê áreas de sua própria
vida que necessitam de atenção? Em caso afirmativo, o que você fará
para começar a pôr em ordem as áreas de sua vida familiar?
24 DE AGOSTO
Decida-se a Viver Sem Medo e Em Paz Nestes Últimos

Dias!
Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito,
quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto.
— 2 Tessalonicenses 2:2 (ACF)
E m 2 Tessalonicenses 2:2, o apóstolo Paulo escreveu aos crentes de

Tessalônica e os advertiu acerca de eventos que ocorreriam
imediatamente antes da vinda do Senhor. Ele quis prepará-los para que esses
grandes eventos mundiais não os pegassem desprevenidos, levando-os a um
estado de pânico. Por isso, Paulo lhes disse: “Que não vos movais
facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito,
quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo
estivesse já perto” (2 Tessalonicenses 2:2, ACF).
Perceba que Paulo disse aos fiéis de Tessalônica que não fossem movidos
“facilmente”. A palavra “facilmente” provém da palavra grega tachus, que
significa rapidamente, repentinamente ou apressadamente. A palavra
“movais” provém do grego saleuo, que significa balançar, vacilar, tropeçar
ou ser movido. O tempo verbal usado no grego aponta para eventos tão
dramáticos que poderiam resultar em choque ou pânico. De fato, o tempo
verbal grego sugere fortemente uma ocorrência devastadora ou uma
sequência de ocorrências devastadoras tão dramáticas que lançarão o mundo
em um estado de choque ou aflição.
Ao usar as palavras “movais facilmente”, Paulo estava exortando seus
leitores (e nós!) a resistir a ser facilmente abalados por eventos que
ocorrerão imediatamente antes da vinda de Jesus. Ele foi particularmente
cuidadoso em mencionar que não devemos ser movidos facilmente do nosso
entendimento. A palavra grega para a “entendimento” é nous, que descreve
tudo que faz parte do domínio do intelecto, incluindo a vontade, as
emoções e a capacidade de pensar, raciocinar e decidir de uma pessoa.
Quem ou o que quer que controle a mente de uma pessoa tem, em última
análise, o poder de ditar as questões e o resultado da sua vida. Assim, se
uma pessoa permite que sua mente seja mergulhada em pânico ou medo, está
colocando o medo no comando de sua vida. Por querer que seus leitores
permanecessem em paz, independentemente dos eventos tumultuados que
ocorressem à sua volta, Paulo os exortou a não permitirem que o medo
provocado por aqueles acontecimentos chocantes e angustiantes penetrasse
em suas mentes, vontade e emoções.
Depois, para ter certeza de que compreendemos a magnitude desses
eventos dos últimos dias, Paulo prosseguiu, dizendo: “Que não vos movais
facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis...”. A palavra
“perturbeis” vem do grego throeo, que indica um medo interior, resultado da
ocorrência chocante já descrita. O choque em consequência desses eventos
desesperadores poderia ser tão grave que faria uma pessoa ser devorada por
preocupação, ansiedade ou medo.
Paulo está confiante de que esses eventos não serão apenas uma
ocorrência única; assim, ele usa um tempo verbal grego que aponta para um
estado contínuo de preocupação e ansiedade resultante desses eventos
externos que continuam ocorrendo repetidas vezes. É como se ele
profetizasse que não há pausa entre esses acontecimentos chocantes,
debilitantes e desesperadores. Por isso, um estudioso traduz “vos
perturbeis” como fiqueis agitados ou nervosos.
Essas palavras são tão repletas de significado, que é quase impossível
traduzi-las diretamente. Para ajudá-lo a ver exatamente o que Paulo estava
transmitindo aos seus leitores, eu traduzi e parafraseei as palavras gregas
originais, extraindo o significado completo de cada uma e, depois,
transferindo esses significados para a tradução interpretativa que aparece a
seguir.
Todas as palavras usadas por Paulo em 2 Tessalonicenses 2:2 transmitem
esta ideia:
“Imediatamente antes da Sua vinda, estarão acontecendo algumas
coisas que poderão perturbá-los bastante. Estou me referindo a
eventos que serão tão dramáticos que poderão realmente deixá-los
atordoados — ocorrências de natureza tão grave que muitas pessoas
acabarão se sentindo alarmadas, em pânico, intimidadas e até
desesperadas! Naturalmente falando, esses eventos poderão quase
destruí-los emocionalmente, deixando seus nervos à flor da pele e
fazendo vocês se sentirem apreensivos e incertos sobre a vida.
Gostaria de lhes dizer que esses incidentes não serão frequentes;
porém, quando por fim acontecerem, continuarão vindo um após o
outro. É por isso que vocês têm de estar determinados a não se
abalarem ou perturbarem por qualquer coisa que virem ou ouvirem.
Vocês precisam exercer controle sobre a sua mente e não permitir que
esses eventos os traumatizem. Se deixarem essas coisas atingirem
vocês, não demorará muito até terem um colapso nervoso! Por isso,
decidam de antemão que não cederão, pois não permitirão que o
‘medo’ atinja sua mente e suas emoções até controlar toda a sua
vida”.
Paulo nos exorta fortemente a não nos permitirmos ser abalados ou
perturbados por qualquer coisa que vejamos ou ouçamos. Ele nos diz que
precisamos exercer controle de nossa mente e nos recusar a ficar
traumatizados pelos eventos que ocorrem no mundo ao nosso redor ou
permitir que o medo controle toda a nossa vida. Em vez de deixar essas
coisas “chegarem a nós” e roubarem nossa alegria, paz e vitória, precisamos
estar profundamente arraigados na confiança nas promessas de Deus!
Se você analisar o mundo que nos rodeia nos dias atuais, ficará claro que
a profecia de Paulo sobre os últimos dias está se descortinando diante de
nossos olhos. Em função das muitas e diferentes situações que a nossa
geração está enfrentando, precisamos nos posicionar contra o medo e nos
determinar a permanecer com fé! Porém, para permanecermos com fé, é
imperativo mantermos nossa mente centrada na Palavra de Deus.
Colossenses 3:15 diz: “Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso
coração...”. O versículo 16 prossegue, dizendo: “Habite, ricamente, em vós
a palavra de Cristo...”. Quando a Palavra de Deus habita ricamente em
nossa vida, produz paz — tanta paz sobrenatural que, de fato, se torna
árbitro de nosso coração!
A palavra “árbitro” usada no versículo provém da palavra grega brabeuo,
que descreve um árbitro que dá todas as ordens e toma todas as decisões.
Veja, quando a Palavra de Deus está habitando ricamente em seu coração, de
repente a paz de Deus toma todas as grandes decisões, dá todas as ordens e
arbitra as suas emoções. Em vez de ser levado pelos altos e baixos do dia ou
pelo que leu no jornal, você será governado pela maravilhosa paz de Deus!
Porém, para receber esse benefício da Palavra de Deus, você precisa
deixá-la habitar em você ricamente. Essa palavra ricamente provém do
grego plousios, que pode ser traduzida como generosamente. Isso apresenta
a imagem de você dando à Palavra de Deus uma recepção maravilhosa
enquanto desenrola o tapete vermelho para poder receber rica e
generosamente a Palavra em seu coração. Quando você deixa a Palavra de
Deus ter esse lugar de honra em seu coração, mente e emoções, ela libera
seu poder para estabilizá-lo e mantê-lo em paz, mesmo nos momentos mais
difíceis.
Não há dúvida de que estamos vivendo no fim dos últimos dias. Somos
uma geração eleita — e observaremos eventos que nenhuma outra jamais
viu.
Para manter seu coração sem medo, de modo a poder viver em paz
contínua, você precisa se comprometer firmemente a deixar a Palavra de
Deus governar o seu coração! Ela protegerá a sua mente e proibirá o medo
de invadir as suas emoções e transformá-lo em um caos emocional. A
Palavra de Deus é o alicerce de sua vida hoje?
Senhor, sou muito grato por Tua Palavra nos preparar para todos os eventos desta vida!
Sei que estou vivendo nos últimos dias e que esses tempos desafiadores exigem de mim um
maior nível de compromisso para viver sem medo. Este é um momento muito importante
para eu ser forte, livre e seguro. Quando sou forte, posso ser uma torre de força para
outros que estão se afogando no mundo ao meu redor. Ajuda-me a ser essa fonte de força
e poder para as pessoas que me cercam, Senhor. Quero ser tudo que preciso ser neste
momento.
Confesso que a Palavra de Deus domina minha mente, vontade e emoções! Por tê-la em
meu coração, não sou abalado ou facilmente movido pelo que ocorre no mundo que me
rodeia. Sei quem sou; estou seguro no amor de meu Pai; e reconheço que Ele me destinou
a viver nestes últimos dias porque tem um plano especial para mim. Independentemente do
que vejo ou ouço, eu me firmo nas promessas da Palavra de Deus, e isso me proporciona
proteção e segurança!
PARA REFLETIR
1. À luz dos eventos mundiais que ocorreram nos últimos anos, quão
pertinentes a você são as palavras de Paulo em 2 Tessalonicenses
2:2? Parece que Paulo está escrevendo sobre os eventos traumáticos
ininterruptos que abalaram o mundo ao longo dos últimos anos?
2. Se é verdade que estamos vivendo nos últimos dias que precedem a
vinda de Jesus Cristo, como isso deve afetar ao modo como você
está vivendo a sua vida?
3. Você dedica mais tempo a ler a Bíblia, a ler o jornal ou a assistir ao
noticiário da TV? Aquilo a que você dedicar mais tempo é o que o
dominará; então, não é tempo de você fazer da Palavra de Deus o
foco principal de sua atenção?
25 DE AGOSTO
Avaliando Sinceramente Sua Situação

Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das
coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo,
para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
— Filipenses 3:13-14
D e vez em quando, minha esposa e eu dedicamos tempo a analisar séria e

profundamente o que estamos e o que não estamos realizando em nossa
vida e em nosso ministério. Nós nos empenhamos ao máximo em ser muito
honestos para com nós mesmos e um com o outro acerca dessas questões.
Fazer esse tipo de análise de nós mesmos e de nossa obra nem sempre é
agradável. Às vezes, encontramos áreas de flagrante fracasso ou nas quais
sabemos que o Senhor esperava mais de nós. Porém, para podermos ver a
verdade sobre nossa vida do modo como Ele vê, Deus exige que eliminemos
nosso orgulho e sejamos honestos para conosco. No fim, sempre ficamos
satisfeitos por ter feito a revisão, porque nos ajuda a nos arrependermos
pelos momentos em que falhamos, nos regozijarmos com o que Deus nos
ajudou a realizar e nos certificarmos de estar no caminho certo, onde
seremos mais dedicados e eficazes.
Quando outras pessoas dizem “Uau, vocês realizam tanto!”, sempre
ficamos felizes por elas poderem ver frutos em nossa vida. Entretanto, a
questão mais importante para nós não é o que as outras pessoas pensam, mas
o que o Senhor pensa de nós e de nossas realizações. Talvez seja verdade
que realizamos muito em comparação com o que outros realizaram. Porém, o
nosso desempenho em relação ao de outras pessoas e ministérios não é o
padrão de medida que devemos usar para determinar como estamos nos
saindo.
Em 2 Coríntios 10:12, o apóstolo Paulo escreveu que as pessoas, “...
medindo-se consigo [mesmas] e comparando-se consigo [mesmas], revelam
insensatez”. Isso significa que o nosso padrão de medida nunca deve ser
como nos comparamos a outros seres humanos. Em comparação a eles,
podemos ter nos saído bem, mas a verdadeira questão é como nos
comparamos às metas que o Senhor nos deu. Quando estivermos diante de
Jesus, Ele não nos julgará em comparação a outros. Ele nos julgará em
função de como nos saímos nas atribuições que Ele nos deu para cumprir.
Portanto, você deve se perguntar regularmente:
• Estou cumprindo as metas que o Senhor me deu?

• Posso apresentar-me a Ele com um coração livre de condenação,
sabendo que empreguei meu melhor esforço, trabalho e fé para
realizar a Sua vontade?
• Que mudanças, caso haja, preciso fazer em minha vida, agenda,
compromisso e recursos financeiros para realizar o que o Senhor me
disse para realizar?
Aprender a ser sinceros com relação a nós mesmos, nosso trabalho,

sucessos e fracassos é de vital importância. Nós aprendemos com nossos
erros do passado. Pedimos ao Senhor que nos perdoe por nossas falhas.
Então, voltamos os olhos para o presente — e começamos a fazer as
correções necessárias para começar a ter melhor resultado!
Quando estava preso em Roma, Paulo teve muito tempo para pensar;
então, sentou-se naquela prisão e refletiu sobre sua vida e suas realizações.
Ele pensou no que havia feito, no que não havia feito e no que ainda
precisava fazer. Estou certo de que, como todos nós, Paulo foi tentado a
comparar a sua vida à dos outros. E, em comparação aos outros, ele havia
feito muito!
• Havia pregado em todo o Mar Mediterrâneo.

• Havia pregado no palácio imperial.
• Havia implantado igrejas em toda a Ásia Menor.
• Havia escrito a maior parte do Novo Testamento.
• Era um dos maiores apóstolos de sua geração.
Paulo poderia, com todo o direito, ter dito a si mesmo: fiz mais do que a
maioria dos homens jamais sonhará fazer! Fiz mais do que qualquer outra
pessoa que conheço! Porém, em vez de se regozijar com suas próprias
realizações, Paulo usou aquele tempo na prisão para avaliar sua vida
sinceramente. Então, escreveu essas famosas palavras: “Irmãos, quanto a
mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das
coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão,
prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo
Jesus” (Filipenses 3:13-14).
Perceba que Paulo disse: “... não julgo havê-lo alcançado...”. As palavras
“não julgo” nos dão uma visão do modo como Paulo analisava sua vida. Ele
pegou essas palavras emprestadas da contabilidade. Trata-se da palavra
grega logidzomai, que originalmente significava contar, calcular ou tabular
matematicamente ou chegar a uma conclusão. Era usada fundamentalmente
no mundo da contabilidade para retratar a ideia de um balancete ou uma
declaração de lucros e perdas que um contador preparava no fim do mês
ou do ano.
Você poderia “pensar” que sua empresa está indo muito bem, mas quando
o contador soma todos os números e lhe entrega a declaração de lucros e
perdas para ler, esse é o momento em que você descobre quão bem sua
empresa está realmente indo. Você não precisa mais adivinhar a sua situação,
porque “os números” contam a história real.
Por que Paulo usou essa palavra ao escrever o versículo 13? É óbvio que
ele havia revisado seriamente sua vida. Em vez de “adivinhar” quão bem se
saíra, Paulo revisou cuidadosamente as metas originais que Deus lhe deu. É
quase como se ele tivesse escrito o plano de Deus para sua vida em um lado
da página e o que ele realmente havia realizado no outro. Após analisar o
objetivo original e avaliar sinceramente quanto daquele objetivo ele havia
realizado, escreveu: “... não julgo havê-lo alcançado...”.
Embora tivesse realizado muito em seu ministério, Paulo sabia que não
havia feito tudo que deveria fazer. Essa é uma das razões para ele saber que
não estava na hora de morrer. Sua situação de prisão era terrível e o
prognóstico jurídico não parecia ser bom. Porém, ele sabia que ainda não
era hora de partir, porque ainda tinha muita obra a fazer. (Ele se referiu a
essa obra em Filipenses 1:22-26.)
Estou certo de que Paulo era grato por tudo que havia visto e por tudo que
Deus já havia realizado por intermédio dele. Foi por isso que ele prosseguiu
dizendo: “... mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás
ficam e avançando para as que diante de mim estão” (Filipenses 3:13).
Porém, quero que você pare e pense sobre o que Paulo estava escolhendo
esquecer e deixar para trás!
Alguns dizem que Paulo estava esquecendo sua vida passada de pecado,
mas ele havia deixado aquilo para trás havia muito tempo. Agora, ele estava
deixando para trás seus sucessos e realizações passados. Você sabe por que
ele teve de fazer isso? Porque parar em vitórias passadas é o que impede a
maioria das pessoas de se moverem para vitórias futuras. Elas ficam tão
fixadas no que fizeram que perdem de vista o que precisam fazer — e isso as
impede de avançar para conquistar um novo território no plano de Deus para
sua vida!
Pense nisso assim: muitas grandes corporações perderam a vanguarda que
já tiveram porque gastaram a maior parte de sua energia regozijando-se com
quão grandes e boas elas eram. Enquanto estavam se regozijando, alguma
empresa menor com pessoas dedicadas e uma grande visão se esgueirou por
detrás e superou aquela corporação maior! Antes de a empresa maior saber
o que estava acontecendo, perdeu a liderança anteriormente conquistada e já
não era mais a líder. Eles haviam passado tanto tempo enfocando o passado
que outros os passaram para trás!
Paulo sabia ter feito mais do que a maioria dos homens e não haveria
problema em acalentar aquelas memórias. Porém, permanecer em suas
realizações passadas não o tiraria da cadeia nem o levaria de volta ao que
ele precisava fazer. Grande parte de sua visão ainda estava inacabada.
Embora o passado tivesse sido grandioso e ele fosse grato a Deus por cada
vitória que havia conquistado, era tempo de começar a alcançar o que estava
adiante (Filipenses 3:13).
Você precisa regozijar-se com tudo que Deus já fez em sua vida;
entretanto, ainda precisa se concentrar no que ainda não viu! Pensar nas
vitórias passadas irá encorajá-lo e lembrá-lo da fidelidade de Deus, mas
com o tempo você terá de deixar o passado para trás e voltar os olhos para o
presente e para o futuro. É impossível seguirmos em frente olhando
constantemente para trás.
• As vitórias de ontem foram para ontem.

• Os bons relatos de ontem foram para ontem.
• As realizações de ontem foram para ontem.
O seu futuro é importante; por isso trate dele dessa forma. Olhe para a sua
vida e avalie seriamente a sua condição. Deixe o Espírito Santo falar ao seu
coração e esteja disposto a aceitar o que Ele lhe disser. Agradeça a Deus
por todas as vitórias, mas mantenha seus olhos fixos no futuro para poder
continuar avançando a fim de cumprir todos os detalhes da visão que Deus
colocou em seu coração!
Senhor, sou muito grato a Ti por todo o progresso que já vi em minha vida. Porém, hoje
estou voltando os olhos para o futuro, porque sei que Tu tens muito para eu fazer. Não
desejo perder coisa alguma do que Tu tenhas projetado para mim; por isso estou
escolhendo voltar minha atenção para a visão e correr minha corrida com todas as
minhas forças! Ajuda-me a remover qualquer coisa que impediria a minha corrida para
que eu possa avançar em direção ao prêmio do alto chamado de Deus para a minha vida!
Confesso ousadamente que estou atento, concentrado e determinado a correr minha

carreira! Deus me chamou e me ungiu; portanto posso fazer exatamente o que Ele me
pediu para fazer. Não tenho desculpas para fracasso ou qualquer razão para desacelerar
ou desistir, porque o Espírito de Deus que habita em mim está pronto para me capacitar a
correr essa carreira até o fim. Fazer metade disso nunca será suficiente; por isso estou
empenhado em ir até o fim!
PARA REFLETIR
1. Quanto tempo faz que você avaliou a sua situação para determinar o
progresso que está fazendo em sua vida, igreja ou empresa? Com que
frequência você dedica tempo a revisar a sua situação para poder
avaliar o seu progresso?
2. Você está preso a uma rotina ou continua avançando na mesma
velocidade e com a mesma paixão que antes possuía? A visão ainda
arde em seu coração?
3. Que alterações você precisa fazer em sua igreja, empresa,
organização ou ministério para voltar ao caminho a seguir e começar
a avançar novamente?
26 DE AGOSTO
O Destino do Diabo
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo...
— Efésios 6:11
O que estou prestes a lhe contar é muito simples — contudo, é também

transformador e revolucionário. Quero ajudá-lo a entender como o diabo
tenta trabalhar no domínio da mente e das emoções. Se você se apropriar
dessas verdades, elas podem libertá-lo das mentiras do diabo para sempre!
Em Efésios 6:11, Paulo nos diz explicitamente como o diabo opera. Ele
escreve: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar
firmes contra as ciladas do diabo”. Quero que você preste especial atenção à
frase “as ciladas do diabo”.
A palavra “ciladas” é tomada da palavra methodos. É composta por meta
e odos. Meta é uma preposição que significa com; odos significa estrada. A
união de meta e odos forma uma só palavra, como em Efésios 6:11, que
significa, literalmente, com uma estrada. Provavelmente, você já descobriu
que a palavra methodos é a origem da nossa palavra “método”. Em algumas
Bíblias, methodos é traduzida como “método”, mas ela não é
suficientemente forte para transmitir o significado completo da palavra grega
methodos.
Deixe-me simplificar para você o significado dessa palavra: como eu
disse, o significado mais literal de “ciladas” (methodos) é com uma
estrada. Percebo que isso parece estranho, mas quando você liga isso ao
diabo, como Paulo faz em Efésios 6:11, o significado é que o diabo é
semelhante a um viajante que percorre uma estrada. Ele vai em
determinada direção e tem determinado destino.
Deixe-me dar-lhe um exemplo do que quero dizer: se você vai viajar, o
mais lógico a fazer é obter um mapa e traçar o percurso até o seu destino.
Você não toma apenas uma estrada qualquer; em vez disso, cria uma
estratégia para encontrar a melhor e mais rápida maneira de chegar onde
você está indo. Certo? Seria muito tolo você pular no carro e sair sem
sentido de direção. Tomar qualquer estrada poderia levá-lo a uma infinidade
de direções erradas. É simplesmente melhor usar um mapa e seguir o
caminho certo. Não é mesmo?
Essa é precisamente a ideia da palavra methodos. O diabo não está
perdendo tempo. Ele sabe onde quer ir. Ele escolheu seu destino. Em vez de
se perder em um monte de rotas diferentes, ele dominou a melhor maneira de
chegar onde quer ir. Ele não é um viajante insensato. E, quando chega ao seu
local de destino, tem um objetivo principal que deseja realizar: causar
estragos e trazer destruição. Portanto, precisamos perguntar: “Para onde o
diabo está viajando e o que deseja fazer ao chegar lá?”.
Paulo responde à pergunta sobre o destino de Satanás em 2 Coríntios 2:11,
quando, referindo-se a ele, diz: “... não lhe ignoramos os desígnios”. Preste
muita atenção à palavra “desígnios” nesse versículo. É a palavra grega
noemata, uma forma da palavra nous. A palavra grega nous descreve a
mente ou o intelecto. Assim, em certo sentido, Paulo está dizendo: “... não
ignoramos o modo como Satanás planeja e pensa”.
Porém, a palavra noemata indica também a trama traiçoeira de Satanás
para encher a mente humana de confusão. Não há dúvida de que a mente é a
região em que Satanás se sente mais confortável. Ele sabe que, se conseguir
acessar a mente e as emoções de uma pessoa, provavelmente será capaz de
enredar esse indivíduo em uma armadilha. Um escritor afirma que a palavra
noemata descreve não somente a mente ardilosa de Satanás, mas também a
sua maneira astuta e sutil de atacar e vitimar as mentes dos outros.
Pessoalmente gosto disso, porque identifica o objetivo principal do diabo
— entrar na mente de uma pessoa e enchê-la de emoções mentirosas,
percepções falsas e confusão. Foi por essa razão que Paulo nos exortou: “...
anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento
de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2
Coríntios 10:4-5).
As palavras “levando cativo” provêm do grego aichmalotidzo, que
retratava um soldado que capturou um inimigo e agora o leva ao cativeiro
com a ponta de uma lança afiada pressionando a carne de suas costas. O
inimigo capturado sabe que se tentar se mover ou fugir o soldado romano
atravessará seu tronco com a lança e o matará. Portanto, esse prisioneiro não
ousa se mover, mas permanece silencioso, submisso e sem resistir.
Entretanto, ao usar a palavra aichmalotidzo nesse versículo, Paulo
escreve em um tempo verbal que descreve a ação contínua de levar cativo
tal inimigo. Esse não é um caso isolado; é a ocupação perpétua desse
soldado. Ele segura uma lança constantemente e sempre a está empurrando
contra a carne das costas de um inimigo enquanto o conduz ao cativeiro
permanente.
Como o diabo adora fazer de sua mente e suas emoções um parque de
diversões, você precisa lidar com ele como um inimigo real. Em vez de se
tornar vítima dos ataques do diabo, você precisa decidir mentalmente
capturar todos os pensamentos que ele tenta usar para penetrar sua mente e
suas emoções. Em vez de deixar esses pensamentos levá-lo cativo, você tem
de agarrá-los e forçá-los à submissão! Você precisa levar todos os
pensamentos cativos à obediência de Cristo!
Porém, se você vai derrotar o diabo no jogo dele, tem de colocar toda a
sua energia em levar cativos todos os pensamentos. Se você não estiver
realmente empenhado em capturar todos os pensamentos que o diabo tentar
injetar em sua mente e emoções, ele irá atacá-lo novamente! Por isso,
quando você tomar a decisão de fazê-lo, permaneça firme nela. É tempo de
você assumir o controle de seus pensamentos e expulsar do seu cérebro as
insinuações mentirosas do diabo!
Senhor, não quero que o diabo encha a minha mente com insinuações e mentiras. Minha
mente pertence a Ti e o diabo não tem direito de me inundar com falsas percepções,
imaginações vãs ou mentiras sobre quem eu sou ou sobre o que nunca serei. Eu me recuso
a deixá-lo operar em mim por mais tempo! Tu me forneceste o capacete da salvação e, por
fé, eu o coloco para proteger a minha mente contra os ataques do diabo. Ele pode atacar
com toda a força que desejar, mas Teu Espírito e Tua Palavra me protegem!
Confesso que levo todos os pensamentos ao cativeiro de Cristo! Quando o diabo tenta
invadir a minha mente com mentiras, eu as capturo e as expulso do meu cérebro! Em vez de
me tornar vítima dos ataques do diabo, eu capturo todo pensamento que ele tenta usar
para penetrar minha mente e minhas emoções. Eu agarro cada mentira e a forço à
submissão! Como eu permaneço firme na Palavra, as mentiras do inimigo são incapazes de
exercer qualquer poder contra mim.
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em uma área de sua mente na qual Satanás

tenta atacá-lo repetidamente? Qual é essa área e há quanto tempo ele
o tem atacado em pensamentos? Um dia, uma semana, um mês, um
ano ou muitos anos?
2. Quando você se sente fortemente atacado em sua mente e emoções e
precisa de alguém para orar com você, conhece alguém a quem pode
pedir oração e apoio? Em caso afirmativo, quem é essa pessoa?
Caso contrário, você não pensa que seria encorajador encontrar um
amigo com quem pudesse conversar e que poderia ajudá-lo a resistir
às mentiras do diabo?
3. Qual é a tática mais bem-sucedida que você aprendeu para calar o
diabo quando ele está tentando rugir alto dentro de sua cabeça?
Em vez de se tornar vítima dos ataques do diabo, você precisa decidir

mentalmente capturar todos os pensamentos que ele tenta usar para
penetrar em sua mente e em suas emoções. Em vez de deixar esses
pensamentos levá-lo cativo, você tem de agarrá-los e forçá-los à
submissão! Você precisa levar todos os pensamentos cativos à obediência
de Cristo!
27 DE AGOSTO
Quem Eram os Nicolaítas? Quais Eram Sua Doutrina

e Seus Atos?
Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.
— Apocalipse 2:6
V ocê já se perguntou quem eram os “nicolaítas”, mencionados no livro

de Apocalipse? Quem quer que fossem, Jesus detestava sua doutrina e
odiava seus atos. Aprofundemo-nos nesse assunto hoje para ver se
conseguimos determinar a identidade desse grupo. Qual era a sua condenável
doutrina? Que atos eles estavam cometendo que suscitaram uma reação tão
forte de Jesus?
Comecemos em Apocalipse 2:6, onde Jesus disse à igreja de Éfeso:
“Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu
também odeio”.
Jesus estava orgulhoso da igreja de Éfeso por seu “ódio” contra os atos
dos nicolaítas, que Ele também “odiava”. A palavra “ódio” é forte, por isso
vejamos exatamente seu significado. Ela provém do grego miseo, que
significa odiar, abominar ou considerar absolutamente deplorável.
Descreve uma pessoa que tem uma animosidade profunda, alguém que é
antagônico a algo que julga ser totalmente censurável. Não apenas detesta
esse objeto, mas o rejeita inteiramente. Não se trata apenas de um caso de
antipatia; é um caso de verdadeiro ódio.
O que Jesus odiava neles eram os seus “atos”. A palavra “atos” vem da
palavra grega erga, que significa obras. Entretanto, essa palavra é tão
abrangente que retrata todos os atos e comportamentos dos nicolaítas —
incluindo suas crenças, conduta e tudo mais que estava ligado a eles.
O nome “nicolaítas” é derivado da palavra grega nikolaos, composta por
nikos e laos. A palavra nikos significa conquistar ou subjugar; laos
significa pessoas. É também dela que provém a palavra laico. Quando
combinadas, essas duas palavras formam o nome nicolau, que significa
literalmente alguém que domina e subjuga o povo. Isso parece sugerir que
os nicolaítas estavam, de algum modo, dominando e subjugando o povo.
Irineu e Hipólito, dois líderes da Igreja Primitiva que registraram muitos
dos eventos ocorridos nos primeiros tempos da história da Igreja, disseram
que os nicolaítas eram os descendentes espirituais de Nicolau de Antioquia,
que havia sido ordenado diácono em Atos 6:5. Esse versículo diz: “O
parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de
fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau,
prosélito de Antioquia”.
Embora tenhamos muitas informações sobre alguns desses homens que
foram escolhidos para serem os primeiros diáconos, pouco sabemos sobre
outros. Por exemplo, sabemos que os principais critérios para sua seleção
eram que fossem homens “... de boa reputação, cheios do Espírito e de
sabedoria...” (v. 3). Uma vez escolhidos, eram apresentados pelo povo aos
apóstolos, que impunham as mãos sobre eles, empossando-os e ordenando-
os oficialmente no diaconato.
Estêvão
Como os outros homens, Estêvão tinha boa reputação, era cheio do
Espírito Santo e de sabedoria. Entretanto, Atos 6:5 faz uma observação que é
exclusiva dele: ele era “... homem cheio de fé e do Espírito Santo...”. Esse
maior nível de fé pode ter sido um fator contribuinte para o desenvolvimento
registrado em Atos 6:8 — “Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios
e grandes sinais entre o povo”.
Estêvão era um evangelista chamado por Deus e mais tarde teve o
privilégio de ser o primeiro mártir da história da Igreja — morto por ordem
de Saulo de Tarso, que mais tarde se tornou conhecido como o apóstolo
Paulo (ver Atos 7:58-8:1). O ministério do diaconato foi vital para colocar
Estêvão à prova para o ministério quíntuplo de evangelismo. O nome de
Estêvão provém da palavra grega stephanos, que significa coroa. Isso é
digno de nota, porque ele foi o primeiro a receber uma coroa de mártir.
Filipe
Filipe foi ordenado com os outros seis diáconos originais. Entretanto,
Atos 21:8 nos informa que mais tarde Filipe entrou no ministério de
evangelismo. Ele teve quatro filhas que profetizavam (v. 9). Assim como o
diaconato serviu para colocar à prova e treinar Estêvão para entrar no
ministério de evangelismo, foi também a escola do ministério de Filipe a fim
de prepará-lo para o ministério de evangelismo. O nome Filipe significa
amante dos cavalos e, frequentemente, simbolizava uma pessoa que corria
com rapidez como um cavalo — um nome apropriado para um evangelista
do Novo Testamento que corria rapidamente para levar a mensagem do
Evangelho.
Prócoro
Muito pouco se sabe sobre esse membro do diaconato original. Seu nome,
Prócoro, é composto das palavras gregas pro e chorus. Pro significa diante
ou à frente, como na posição de um líder. Chorus é a antiga palavra grega
para a dança, da qual provém a palavra coreografia. Há uma forte
insinuação de este ser um apelido dado a esse homem por ele ter sido o
principal líder de dança em alguma escola, teatro ou apresentação musical.
Não há fundamentação para essa ideia, mas seu nome parece dar
credibilidade a essa possibilidade.
Nicanor
Esse irmão desconhecido era considerado de boa reputação, cheio do
Espírito Santo e de sabedoria. Além disso, nada se sabe dele. Após o
capítulo 6 de Atos, ele nunca mais é mencionado no Novo Testamento. Seu
nome, Nicanor, significa conquistador.
Timão
Como Nicanor, já mencionado, Timão era conhecido por ter boa
reputação, ser cheio do Espírito Santo e de sabedoria. Nada mais é dito
acerca dele fora do capítulo 6 de Atos. Seu nome significa honrado ou de
grande valor.
Pármenas
Nada sabemos de Pármenas além do que é mencionado no capítulo 6 de
Atos. Seu nome é composto das palavras para e meno — para significa ao
lado; meno significa permanecer ou residir. Por causa dessa conjunção, seu
nome veio a significar alguém que permanece ao lado e transmitia a ideia
de alguém dedicado, leal e fiel.
Nicolau
Atos 6:5 nos diz que esse Nicolau era “um prosélito de Antioquia”. O fato
de ele ser prosélito nos diz que ele não nasceu judeu, mas se converteu do
paganismo ao judaísmo. Depois, passou por uma segunda conversão —
dessa vez, do judaísmo ao cristianismo. A partir dessa informação,
conhecemos os seguintes fatos acerca de Nicolau de Antioquia:
• Ele veio do paganismo e teve profundas raízes pagãs, exatamente o

oposto dos outros seis diáconos, que vinham de uma linha hebraica
pura. A formação pagã de Nicolau significava que ele já havia estado
imerso nas atividades do ocultismo.
• Ele não tinha medo de assumir uma posição oposta; isso foi
evidenciado por sua capacidade de mudar de religião duas vezes. A
conversão para o judaísmo o teria distanciado de seus parentes e
amigos pagãos, o que poderia indicar que ele não dava importância nem
se preocupava com as opiniões de outras pessoas.
• Era um livre pensador e muito aberto a adotar novas ideias e conceitos.
O judaísmo era muito diferente do mundo pagão e ocultista em que ele
havia sido criado. Sua mudança do paganismo para o judaísmo revela
que seu raciocínio era muito liberal, dado que a maioria dos pagãos
ficava escandalizada com o judaísmo. Obviamente, ele não tinha medo
de abrigar ou acolher novas formas de pensar.
• Ao se converter a Cristo, foi pelo menos a segunda vez em que ele se
converteu de uma religião a outra. Não sabemos se, ou quantas vezes,
ele mudou de uma forma de paganismo para outra antes de se tornar um
prosélito judeu. Sua capacidade de mudar facilmente de posição
religiosa indica que ele não tinha medo de mudar de direção no meio do
caminho e seguir por outra totalmente diferente.
Segundo os escritos dos líderes da Igreja Primitiva, Nicolau ensinava uma

doutrina de concessão, sugerindo que a separação total entre o cristianismo e
a prática do paganismo ocultista não era essencial. A partir dos registros da
Igreja Primitiva, parece evidente que esse Nicolau de Antioquia estava tão
imerso no ocultismo, no judaísmo e no cristianismo que aceitava todos eles.
Ele não tinha problema em incorporar esses sistemas de crença a várias
combinações e não via motivo para que os crentes não pudessem continuar a
comungar com quem ainda estava imerso na magia negra do império romano
e seus inúmeros cultos misteriosos.
O ocultismo era uma grande força que lutava contra a Igreja Primitiva. Em
Éfeso, a religião pagã de maior vulto era o culto de Diana (Ártemis). Havia
muitas outras formas de idolatria em Éfeso, mas ela era o objeto principal de
adoração ocultista naquela cidade. Em Pérgamo havia numerosas formas
sombrias e sinistras de ocultismo, o que fazia com que essa cidade fosse uma
das mais perversas da história do mundo antigo. Nas duas cidades, os fiéis
eram ferozmente ridicularizados e perseguidos pelos adeptos das religiões
pagãs, forçados a lutar contra o paganismo em um nível muito maior do que
em todas as outras cidades.
Para os cristãos, era muito difícil viverem afastados de todas as
atividades do paganismo, porque o paganismo e suas religiões eram o centro
da vida naqueles lugares. Entrar e sair do paganismo teria sido muito fácil
para os cristãos jovens ou fracos, já que a maioria de suas famílias e amigos
ainda era pagã. Um gentio convertido teria encontrado grande dificuldade em
ficar longe de toda influência pagã.
É relevante os “atos” e “doutrinas” dos nicolaítas serem mencionados
somente em relação às igrejas daquelas duas cidades ocultistas e pagãs.
Parece que a “doutrina” dos nicolaítas era não haver problema em ter um pé
nos dois mundos, e que não era preciso ser tão rigoroso quanto à separação
do mundo para ser cristão. Essa era, de fato, a “doutrina” dos nicolaítas que
Jesus “odiava”. Ela levava a uma versão fraca de cristianismo, sem poder e
sem convicção — um tipo de cristianismo derrotado e mundano.
As profundas raízes pagãs de Nicolau podem ter produzido nele uma
tolerância ao ocultismo e ao paganismo. Crescer naquele ambiente espiritual
pervertido pode ter feito com que ele visse esses sistemas de crenças como
não tão prejudiciais ou perigosos. Essa percepção errada teria resultado em
um ponto de vista muito liberal, que incentivava as pessoas a permanecerem
vinculado ao mundo. Isso é o que numerosos estudiosos da Bíblia acreditam
em relação aos nicolaítas.
Esse tipo de ensino resultaria em nada além de total derrota para seus
seguidores. Quando os cristãos permitem pecado e concessão em sua vida,
isso remove o poder da obra da cruz e o poder do Espírito que reside na
vida de um cristão. Essa é a razão para o nome Nicolau ser tão vital a esta
discussão. O fruto maligno da “doutrina” de Nicolau incentivava a
participação nas coisas mundanas, levando as pessoas a se entregarem ao
pecado e a um padrão divino rebaixado. Dessa maneira, ele literalmente
dominava o povo.
Deus quer se certificar de que compreendemos a doutrina que os
nicolaítas ensinavam; é por isso que os atos de Balaão são dados como
exemplo de sua doutrina e seus atos. Apocalipse 2:14-15 diz: “Tenho,
todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a
doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos
filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a
prostituição. Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a
doutrina dos nicolaítas”.
Quando Balaão não teve sucesso em amaldiçoar o povo de Deus, utilizou
outro método para destruí-los. Ele os seduziu a uma vida sensual
desenfreada, exibindo as prostitutas de Moabe aos homens de Israel.
Números 25:1-3 nos diz: “Habitando Israel em Sitim, começou o povo a
prostituir-se com as filhas dos moabitas. Estas convidaram o povo aos
sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos deuses delas.
Juntando-se Israel a Baal-Peor...”.
Assim como os homens de Israel se envolveram com o mundo e com as
falsas religiões, agora a “doutrina” dos nicolaítas era uma concessão
encorajadora. Como você bem sabe, concessão ao mundo sempre resulta em
uma forma enfraquecida e ineficaz de cristianismo. Era essa a razão de
Jesus “odiar” a “doutrina” e os “atos” dos nicolaítas.

Senhor, depois do que li hoje, não quero permitir espírito algum de concessão em minha
vida! Agora entendo que a doutrina dos nicolaítas é um envolvimento com o mundo.
Senhor, não quero viver com um pé na igreja e outro pé no mundo. Quero me libertar
completamente do mundo e de sua influência para poder me entregar totalmente à Tua
causa! Quero ser santo, viver de uma maneira que Te agrada, e experimentar o Teu poder
em minha vida. Hoje estou renovando novamente o meu compromisso contigo! Eu me
afasto do mundo e estou correndo para Ti!
Confesso que estou livre do mundo! Não ando fazendo concessões! Estou determinado a
viver uma vida santa e comprometida com o Senhor. Como resultado da minha firme
determinação de andar com Deus, tenho poder sobre o pecado, sobre Satanás e poder
quando oro. A Palavra de Deus promete que, se eu me aproximar dele, Ele se aproximará
de mim. Estou me aproximando mais de Deus a cada dia; por isso estou confiante de que
Sua Presença em minha vida também está ficando mais forte!
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em qualquer área de sua vida na qual se

permitiu fazer concessões ao mundo? Em caso afirmativo, essa
concessão impediu o poder de Deus de operar em sua vida?
2. Você conhece outros cristãos que pensaram poder viver com um pé
na igreja e outro pé no mundo — mas no fim o mundo os enredou e
eles voltaram para uma vida de pecado?
3. Se você conhece alguém que está à beira de retroceder, o que pensa
que o Senhor gostaria que você fizesse para ajudar a levar essa
pessoa de volta para onde deveria estar?
28 DE AGOSTO
Não Pule do Barco!

Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos
mistérios de Deus.
O diabo odeia quando você está servindo fielmente a Deus e tentando fazer
obedientemente o que Ele lhe pediu! O diabo fará tudo que puder para
convencê-lo a parar. Frequentemente, ele ataca sua mente com alegações
como “Por que você está fazendo isso? Ninguém o valoriza! Aí está você,
trabalhando, lutando, suando e se debatendo, enquanto outras pessoas
estão se divertindo. Se ninguém mais se importa, por que você deveria se
importar? Convenhamos — você já fez o suficiente!”.
Se você não estiver realmente empenhado em permanecer no lugar e fazer
o que Deus lhe pediu para fazer, as alegações do diabo poderão tirá-lo do
lugar onde Deus o chamou para servir. Isso me faz pensar novamente em 1
Coríntios 4:1, em que Paulo diz: “Assim, pois, importa que os homens nos
considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de
Deus”.
Conforme observado anteriormente (ver 13 de agosto), a palavra
“ministros” usada nesse versículo provém da palavra grega huperetas, que
se referia aos escravos ou servos que eram colocados nos conveses
inferiores de enormes navios. Um enorme remo era colocado nas mãos
desses escravos e eles começavam a remar sem parar — tornando-se,
literalmente, os motores que moviam aqueles navios pelo mar.
Se você tivesse sido autorizado a espreitar o convés inferior daqueles
enormes navios dos tempos do Novo Testamento, teria visto que todos
aqueles prisioneiros eram acorrentados a um pilar perto de seus respectivos
bancos. Havia uma boa razão para aquela corrente pesada.
Por causa do seu trabalho ser tão difícil e seu destino estar selado no
fundo daquele navio, a mente daqueles homens vagava para lugares mais
bonitos e repousantes, onde palmeiras se debruçavam sobre praias ou
pinheiros altos balançavam com as refrescantes brisas da montanha. Se os
remadores da parte inferior do navio não estivessem acorrentados aos seus
pilares, poderiam ter tentado escapar de seu banco para encontrar um estilo
de vida mais repousante em algum outro lugar. Portanto, as correntes
mantinham os homens no lugar que lhes era próprio — bem no fundo do
barco, amarrados ao seu pilar com o remo na mão, obrigados a fazer seu
trabalho com eficácia.
Da mesma forma, você precisa saber que ao tentar fazer a vontade de
Deus para a sua vida, terá de assumir todos os tipos de ataques e desafios
que inevitavelmente acompanham a obediência. E deixe-me avisá-lo de que
haverá momentos em que a sua carne tentará encontrar uma maneira de pular
para fora do navio e sair de debaixo da pressão de obedecer a Deus! A sua
carne amaria ser “levada” para algum outro lugar onde não é preciso ter fé e
a crucificação da carne não parece ser tão necessária.
Veja, é fácil começar a obedecer a Deus. Iniciar um projeto é divertido e
empolgante e é sempre a parte mais fácil. A parte difícil é perseverar nesse
projeto e ir até o fim. O verdadeiro teste vem quando a empolgação
desaparece e a realidade do trabalho árduo e do empenho começa a
aparecer. Esse é sempre o momento de ouro em que a carne é tentada a
esquecer que você já ouviu falar de Deus e começar a procurar uma saída!
Se você não estiver realmente empenhado em seguir até o fim no
cumprimento de sua tarefa atribuída por Deus, provavelmente não o fará.
Portanto, você precisa estar absolutamente empenhado em fazer o que Deus
o chamou a fazer, “acorrentar-se” à sua decisão de obedecer para não fugir
nos momentos difíceis. Se Deus o chamou, não pule do barco! Ele precisa de
você no fundo do barco para manter o corpo de Cristo avançando para a
maturidade. Você é muito importante!
Tenho certeza de que houve momentos em que os remadores da parte
inferior do barco disseram: “Estou cansado de remar! Tirem-me deste
navio!”. Provavelmente, eles tiveram de ser lembrados: “Vocês são os
motores do navio. Se vocês saírem, ele vai parar. Vocês são demasiadamente
importantes para pularem do navio agora. Nós não poderemos continuar sem
vocês!”.
Provavelmente, houve também momentos em que aqueles homens do fundo
do navio disseram: “Ninguém nos valoriza nem agradece pelo que fazemos!
Nós trabalhamos, trabalhamos, trabalhamos e trabalhamos — e, ainda
assim, somos tratados como escravos! Eu só gostaria que, ocasionalmente,
alguém demonstrasse algum reconhecimento”.
Todos nós queremos ser valorizados. Gosto de receber agradecimento
quando me empenho no trabalho e todos nós somos assim. Esse é um desejo
natural, normal. Se todos nós simplesmente tratássemos uns aos outros com
boas maneiras no corpo de Cristo, isso resolveria um mundo de problemas e
curaria muitas mágoas. Porém, as pessoas são pessoas e às vezes se
esquecem de agradecer. É absolutamente verdade que as pessoas deveriam
ser mais atenciosas e agradecidas. Porém, em última análise, tudo se resume
a: não importa se os que nos rodeiam nos demonstram apreço ou não. Para o
navio se mover, nós precisamos remar!
Exatamente como aqueles remadores das galés, se você parar de remar —
se você parar de fazer o seu trabalho — isso poderá comprometer o destino
que Deus o chamou a cumprir. Para o barco se mover, você precisa remar,
quer ouça ou não a palavra “obrigado” de qualquer pessoa.
Essa é a dura realidade da vida para todos nós como servos de Deus. Sim,
seria agradável ouvir “obrigado” de vez em quando. Porém, a falta de
reconhecimento não deve afetar a nossa determinação de remar o nosso
navio e fazer o que Deus nos chamou a fazer.
Quando você disse sim à vontade de Deus, rendeu-se a Ele, concordando
em pegar o “remo” que Ele colocou à sua frente. Para você, esse remo pode
ser um ministério que Deus lhe deu ou um cargo de servir na igreja local ou
em determinada empresa. Talvez Deus tenha instruído você a doar dinheiro
regularmente a um ministério. Seja qual for a responsabilidade que Ele
colocou diante de você, é hora de você agarrar esse remo! Como os
remadores das galés que remavam para mover aqueles grandes navios, você
precisa iniciar uma ocupação vitalícia de “remar” para promover a causa
que Deus colocou em seu coração. De agora em diante, o seu lema perpétuo
precisa ser “Reme, reme, reme o seu navio!”.
Senhor, ajuda-me hoje a manter uma perspectiva correta do que Tu me chamaste a fazer.
Quando eu me cansar e o diabo tentar me convencer a desistir, ajuda-me a lembrar-me de
que se todos pararem de remar o navio, ele não irá a lugar algum. Mesmo que ninguém
mais perceba o que eu estou fazendo, sei que Tu vês cada movimento que faço. Tudo que
eu faço, Senhor, eu faço por Ti!
Confesso que tenho um trabalho a fazer e que vou fazê-lo! Não prejudicarei o meu destino
sucumbindo à voz desanimadora do inimigo. Se o navio vai se mover, preciso fazer a
minha parte. Quer eu ouça ou não de alguém a palavra “obrigado”, sou o servo de Deus
e prestarei meu serviço a Ele!
PARA REFLETIR
1. Quando você fica desanimado mais facilmente? Por exemplo, o

desânimo vem quando você está fisicamente cansado? Você
descobriu que se permanecer em oração permanece mais forte e mais
animado?
2. Quando você está se esforçando e avançando com todas as suas
forças, o que o ajuda mais do que qualquer outra coisa a continuar
avançando?
3. Saber que você está disposto a fazer algo que ninguém mais está o
motiva? Você sente satisfação quando sabe que está sendo obediente
a Deus, mesmo que ninguém mais esteja disposto a ficar ali e ser
obediente com você?
29 DE AGOSTO
Você é o Bispo do Seu Próprio Coração!

...atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem
haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam
contaminados...
— Hebreus 12:15
U m dos versículos mais poderosos do Novo Testamento é Hebreus

12:15, que diz: “... atentando, diligentemente, por que ninguém seja
faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura
que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam
contaminados...”. Quero que você observe especialmente as palavras
“atentando diligentemente” nesse versículo. Essa frase provém da palavra
grega episkopos, formada pelas palavras epi e skopos. Epi significa sobre, e
skopos significa olhar. Quando essas duas palavras juntas formam uma só,
como em Hebreus 12:15, a palavra resultante significa examinar ou
supervisionar.
Episkopos é a mesma palavra grega traduzida como “episcopado”.5 em 1
Timóteo 3:1. Como você sabe, um bispo exerce supervisão ou
responsabilidade sobre um grupo de igrejas. Como principal supervisor
dessas igrejas, é responsabilidade dele observar, direcionar, orientar,
corrigir e supervisionar as igrejas que estão sob os seus cuidados. Enquanto
ele servir como bispo, será responsabilizado pelo bem e pelo mal que
ocorrerem sob o seu ministério.
Hebreus 12:15 usa a palavra episkopos para alertar a você e a mim sobre
o fato de que nós somos os bispos de nosso próprio coração. O uso dessa
palavra nesse versículo significa que é nossa responsabilidade observar,
direcionar, orientar, corrigir e supervisionar o que acontece em nosso
íntimo.
Como bispo de seu próprio coração, é sua responsabilidade orientar,
direcionar e supervisionar o que se passa dentro de suas emoções e de seu
pensamento. Somente você é responsável pelo que permite se desenvolver
dentro de sua mente e de seu coração. Como um bispo, você é pessoalmente
responsável pelo bem e pelo mal que ocorre em sua vida de pensamentos.
Por que enfatizo esse ponto? Porque frequentemente somos tentados a
culpar outras pessoas por nossas más atitudes, amargura, ressentimentos ou
pela falta de perdão. Porém, a verdade é que nós somos responsáveis por
nossas próprias emoções e reações! Se uma pessoa faz alguma coisa que tem
o potencial de nos ofender, Deus nos responsabiliza por aquela ofensa fincar
raízes ou não em nossa mente. Podemos escolher deixá-la aprofundar-se em
nossa alma e formar raízes ou podemos optar por ignorá-la. Não somos
capazes de controlar o que os outros nos fazem ou dizem, mas somos capazes
de controlar o que acontece dentro de nós.
É por essa parte “interior” — a parte que você controla — que Deus irá
responsabilizá-lo. Por quê? Porque você é encarregado de uma
responsabilidade pessoal de supervisionar o que se passa dentro de sua
alma. Isso significa que você tem a última palavra. Você é o único que decide
se esse erro se estabelece em sua alma e começa a criar raízes em suas
emoções ou não.
A ira é uma emoção que vem e vai. Você escolhe se a irritação se
transforma ou não em raiva, a raiva em ira, a ira em amargura, a amargura
em ressentimento e o ressentimento em falta de perdão. Você escolhe se
essas más atitudes e emoções passam a residir em seu coração ou são
chutadas porta afora!
No momento em que o diabo vem tentá-lo com um pensamento irritante e
persuasivo sobre a pessoa que o ofendeu, a opção é sua de deixar ou não
esse pensamento aprofundar-se em seu interior. Você é a única pessoa que
pode dar permissão para que essas atitudes façam habitação em sua mente e
suas emoções. Se você está cheio de amargura, ressentimento e falta de
perdão, permitiu ao diabo plantar essa semente destrutiva em seu coração e
depois permitiu que ela crescesse. Lembre-se de que você é o bispo de seu
próprio coração!
Há uma única razão para as ervas daninhas ficarem fora de controle em
um jardim — é porque ninguém dedicou tempo e cuidado adequados para
arrancá-las e removê-las. Quando o jardim é sufocado por ervas daninhas, o
jardineiro não pode reclamar: “Eu simplesmente não sei como isso
aconteceu! Como isso aconteceu bem debaixo de meu nariz?”. Aquilo
ocorreu porque ele estava agindo de maneira irresponsável com seu jardim.
Se ele tivesse sido devidamente diligente, teria conhecimento de que as
ervas daninhas estavam prestes a vencê-lo. Sua falta de diligência é a razão
de seu jardim ter virado aquela bagunça!
Hebreus 12:15 diz: “atentando, diligentemente...”. É necessário
diligência para manter seu coração em boa forma. A única maneira de
conseguir ficar livre das ervas daninhas que o diabo quer semear em seu
“jardim” é sendo atento, consciencioso, meticuloso e cuidadoso, em relação
à condição de seu próprio coração. Ademais, não espere que outros cuidem
de seu coração. Trata-se do seu coração!
Além disso, não arranje desculpas para as atitudes perversas que enchem
seus pensamentos sobre as pessoas que supostamente foram injustas com
você. Mesmo que elas realmente tenham sido, era necessário ou benéfico
permitir que o diabo o enchesse com sentimentos pútridos de amargura,
ressentimento e falta de perdão? Deixe isso para trás! Que bem faz deixar
que a ofensa apodreça em você até que seja consumido pela má recordação?
Enquanto você culpar todos os outros pela amargura que o enche de ira,
nunca terá liberdade. A única maneira de você conseguir superar a ofensa e
libertar-se de sua prisão emocional é aceitar a responsabilidade por seu
próprio coração.
Se alguém semear intencionalmente más sementes em nosso “jardim”, em
um esforço para nos ferir ou destruir, Deus lidará com essa pessoa. Porém,
se sabemos que a má semente foi semeada em nosso coração e simplesmente
ignoramos isso, permitindo que ela forme raízes e cresça sem controle, Deus
lidará conosco.
• Deus responsabilizará os outros pelo que fizerem a nós.

• Deus NOS responsabilizará pelo que permitirmos entrar em nossa
mente e nosso coração.
• Nós não podemos responder pelos atos de outras pessoas.
• Nós responderemos por nossas reações interiores ao que os outros
nos fizeram.
Já que a frase “atentando diligentemente” provém da palavra grega

episkopos, implicando que você é o bispo de seu próprio coração, o que
você fará quanto às atitudes negativas e erradas que estão tentando criar
raízes em sua alma neste momento? Você as deixará apodrecer, fixar raízes e
começar a produzir maus frutos em sua vida? Ou tomará a iniciativa de
arrancar essas atitudes pela raiz, para que seu coração possa permanecer
livre?
Nunca se esqueça de que você é o bispo de seu coração. É o seu coração
e você é o único que tem autoridade para decidir o que entra ou não em
você. À luz dessa verdade, o que você fará a respeito da situação que está
enfrentando neste momento? Perdoar e liberar ou apegar-se àquela injúria e
deixá-la crescer? A escolha é sua!
Senhor, ajuda-me a manter meu coração livre de ofensa! Tu me deste autoridade sobre
minha própria vontade, mente e emoções, por isso sei que tenho a autoridade necessária
para dizer à ofensa que ela não tem o direito de morar dentro de mim. Eu me recuso a
culpar as demais pessoas pelo caos que permiti que criasse raízes dentro de meu coração
— e hoje estou pedindo que Tu, Espírito Santo, me ajudes a parar de arranjar desculpas
para as atitudes erradas que permiti serem cultivadas em minha vida. Com a Tua ajuda
sobrenatural, estou fazendo a escolha de me arrepender, me afastar desses pensamentos
destrutivos e substituí-los por pensamentos e palavras de bondade para quem me causou
dor ou sofrimento no passado.
Confesso que trato diligentemente de meu coração para mantê-lo em boa forma. Não
arranjo desculpas para atitudes perversas que tentam encher meus pensamentos sobre
pessoas que foram injustas comigo. Mesmo que elas realmente o tenham sido, eu me
recuso a deixar o diabo usar isso para me consumir e me destruir. Sou o bispo de meu
próprio coração, por isso eu me recuso a deixar as atitudes erradas apodrecerem, criarem
raízes e começarem a produzir maus frutos em mim!
PARA REFLETIR
1. Há algum sentimento de amargura, ressentimento ou falta de perdão

ao qual você se apegou e permitiu crescer no solo de seu coração? O
Espírito Santo tem tentado convencê-lo a perdoar e a se libertar
daquilo?
2. Se o Espírito Santo estiver tratando de você com relação a perdoar
alguém, o que você fará a respeito? Você resistirá ao tratamento do
Espírito e endurecerá seu coração ou está disposto a esquecer aquilo
e seguir em frente com sua vida?
3. Quando você ouve dizer que uma pessoa que o feriu ou foi injusta
com você está sendo abençoada em seu trabalho ou de alguma outra
maneira, você consegue se alegrar por essa pessoa ou se vê fervendo
por dentro por ela não estar sendo punida pelo que fez a você? Se
você não consegue se alegrar por ela, provavelmente isso é um bom
indicador de que você tem algumas questões não resolvidas
apodrecendo em seu íntimo e que precisa levar ao Senhor!
5
Em outras versões, “bispo”. (N. do T.)
30 DE AGOSTO
Orgulhe-se dos Frutos Produzidos Pelos Seus

Investimentos Pessoais!
...a tal ponto que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, à vista da vossa
constância e fé, em todas as vossas perseguições e nas tribulações que suportais...
— 2 Tessalonicenses 1:4
V ocê já esteve tão orgulhoso de alguém a ponto de querer simplesmente

gabar-se e vangloriar-se dele durante alguns minutos? Quando você
investiu muito de seu tempo, talentos e energia em pessoas a quem você ama
e depois as vê prosperando e crescendo fortes no Senhor, é normal você
querer gritar e alegrar-se com isso!
É assim que minha esposa e eu nos sentimos quando vemos nossos filhos.
Eles são fortes no Senhor, ativos em Seu serviço e comprometidos com fazer
o que Ele quer que eles façam. Como pais, nosso coração fica simplesmente
entusiasmado — e temos todo o direito, dado por Deus, de nos orgulharmos
deles e de sermos gratos pelo que está acontecendo na vida deles! Eles são
diligentes, sérios e não se dispõem a ceder à fadiga ou ao desânimo;
simplesmente continuam marchando adiante como soldados. É claro que nos
orgulhamos de nossos filhos, e temos todo o direito de nos sentirmos assim!
Sentimos o mesmo a respeito dos homens e mulheres que discipulamos e
sobre os quais derramamos nossa vida ao longo dos anos. Quando vieram a
nós, muitos deles eram jovens e inexperientes, mas com muita fome de
crescer e aprender. Estavam dispostos a ser ensinados, corrigidos e
instruídos e a pagar o preço elevado que exigimos deles. Nós não estávamos
interessados em desenvolver apenas crentes — estávamos trabalhando para
produzir verdadeiros discípulos. Por isso, quando os vemos firmes em seus
próprios ministérios, firmes na fé e crescendo em graça, sabedoria e
misericórdia, isso simplesmente emociona nosso coração!
Ao escrever para os tessalonicenses, Paulo estava tão orgulhoso deles e
do modo como caminhavam com fé e paciência, que disse: “... a tal ponto
que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, à vista da vossa
constância e fé, em todas as vossas perseguições e nas tribulações que
suportais”.
Quero que você perceba que Paulo declarou quão orgulhoso estava dos
tessalonicenses. Ele disse: “... nós mesmos nos gloriamos de [ou por] vós
nas igrejas de Deus...”. Nessa frase, Paulo usou a palavra grega
egkauchaomai. Essa é a única vez em que ela é encontrada no Novo
Testamento, embora fosse frequentemente usada na literatura secular da
época. Significa gabar-se, vangloriar-se, louvar ou falar palavras
elogiosas.
Paulo estava orgulhoso dos tessalonicenses. Como pai espiritual deles,
estava emocionado com o crescimento que eles estavam vivenciando. Esse é
um tipo saudável de orgulho — o mesmo tipo de orgulho que um pai sente
por seus filhos quando eles se saem bem. Ele prosseguiu, listando os
motivos para estar tão orgulhoso deles: “... à vista da vossa constância e fé,
em todas as vossas perseguições e nas tribulações que suportais”.
Analisemos cada uma dessas palavras.
A palavra “constância” é uma das favoritas nas epístolas de Paulo. É a
palavra grega composta hupomene, que retrata alguém que está sob uma
carga pesada, mas se recusa a parar, a dobrar-se ou render-se porque está
convencido de que o território, a promessa ou o princípio atacado lhe
pertence legitimamente. Essa palavra indica uma recusa de desistir e uma
determinação a receber o que é prometido ou esperado. A versão King
James da Bíblia a traduz como “paciência”, mas perseverança seria um
significado melhor.
Esta palavra nos diz, em primeiro lugar, que os tessalonicenses estavam
sob forte pressão. Viviam em um ambiente agressivamente anticristão. Todos
os dias de suas vidas, eles eram afrontados e atacados por sua fé. Contudo,
independentemente de quão grave a pressão se tornasse, eles se recusavam a
render-se àqueles ataques ou a admitir a derrota. Paulo estava orgulhoso
deles por sua convicção de permanecerem firmes e inabaláveis a despeito
do que estavam enfrentando.
Depois, Paulo disse estar orgulhoso deles por sua “fé”. A palavra grega
para fé é pistis. A sua exata natureza, traduzida como fé, denota uma força
agressiva que é direcionada para a frente — nunca passiva ou retrógrada,
mas sempre avançando para obter ou atingir um alvo ou objetivo
específico.
Isso significa que os tessalonicenses nunca recuaram ou retrocederam
simplesmente porque encontraram tempos difíceis ou penosos. Em vez disso,
sua fé era como uma flecha que havia sido lançada e não podia ser trazida de
volta, constantemente avançando para tomar posse das promessas de Deus.
Paulo reconhecia que essa era uma fé verdadeira e estava orgulhoso dos
crentes de Tessalônica por nunca desistirem das promessas de Deus!
Paulo prosseguiu, descrevendo a intensidade dos problemas que os
tessalonicenses estavam enfrentando. Ele menciona isso porque os
problemas deles não eram normais, e sim do tipo mais grave e difícil. Paulo
usou a palavra “perseguições” para descrever os eventos que estavam se
opondo a eles. Essa é a palavra grega dioko, comumente usada nas epístolas
de Paulo, que significa procurar, perseguir ou buscar agressivamente.
Essa palavra foi inicialmente usada como um termo de caça para indicar
os atos de um caçador que se esforça para perseguir, apreender, capturar
ou matar um animal. Sendo assim, ela pode ser traduzida como “caçar”.
Essa mesma palavra é também traduzida como “perseguir” em todo o Novo
Testamento, indicando a natureza brutal da perseguição vivenciada pela
igreja de Tessalônica. Eles eram perseguidos cruel e implacavelmente.
Como se isso não bastasse, Paulo nos informa que os tessalonicenses
haviam sofrido algum tipo de “tribulação” com risco de morte. A palavra
“tribulações” provém do grego thlipsis, uma das favoritas de Paulo ao
descrever os difíceis eventos que ele e sua equipe encontravam no
ministério. Essa palavra grega thlipsis é tão forte que não deixa espaço para
interpretar mal a intensidade daquelas perseguições. Transmite a ideia de
uma situação de alta pressão.
Um estudioso diz que a palavra thlipsis foi usada primeiramente para
descrever o ato específico de amarrar uma vítima com uma corda, deitá-la
de costas e, em seguida, colocar uma enorme rocha sobre ela até seu corpo
ser esmagado. Paulo usou essa palavra para nos alertar sobre momentos em
que ele ou outros estavam passando por situações difíceis e esmagadoras
que teriam sido insuportáveis, intoleráveis e impossíveis de sobreviver se
não tivessem tido a ajuda do Espírito Santo.
Nessa passagem, porém, Paulo usou essa mesma palavra para nos dizer o
que os crentes de Tessalônica haviam sofrido. Conforme mencionado acima,
seus problemas não eram normais, mas da mais séria natureza. Sem a ajuda
do Espírito Santo, aquilo teria sido suficiente para esmagá-los — mas eles
não foram esmagados. Ainda andavam por fé, estavam avançando para obter
as promessas de Deus e estavam crendo na vitória!
Depois, Paulo usou a palavra “suportais” para indicar a atitude com que
eles haviam enfrentado aqueles obstáculos e momentos de oposição. A
palavra “suportar” provém do grego anechomai, que significa suportar
pacientemente, aguentar ou ter uma atitude tolerante para com alguém ou
algo. Contudo, não retrata o sofredor como alguém que simplesmente se
rende à derrota, e sim como alguém que exibe uma atitude de coragem e
resistência a tais forças negativas.
Juntando-se tudo isso, 2 Tessalonicenses 1:4 poderia ser traduzido
assim:
“Estamos tão impressionados com o que Deus fez entre vocês que,
quando contamos sobre isso a todas as igrejas de Deus, somos
totalmente fanfarrões! Nós lhes contamos orgulhosamente sobre sua
recusa a se dobrar diante da pressão; sua determinação de nunca
abandonar ou desistir do que lhes pertence; seu compromisso de
permanecerem persistentes independentemente de quão pesada seja a
carga e sua determinação de aguentarem firmes até suas esperanças
se realizarem. Nós também lhes contamos como a sua fé permaneceu
poderosa e direcionada para a frente, independentemente das
provações que vocês experimentaram — como os momentos em que
vocês foram caçados como animais e perseguidos implacavelmente.
Sua fé ficou à frente, apesar das situações horrivelmente difíceis, com
risco de morte e terrivelmente estressantes que vocês sofreram, mas
às quais resistiram firmemente”.
Não sei quanto a você, mas quando eu leio tudo isso, quero ter certeza de
que pertenço às fileiras dos tessalonicenses! Vive em nós o mesmo Espírito
Santo que vivia dentro dos crentes de Tessalônica. Se eles conseguiam viver
de forma tão triunfante para o Senhor em sua difícil posição, você e eu
podemos tomar a decisão de viver vitoriosamente para Jesus Cristo em
nossas situações também. Amém?
Senhor, ajuda-me a investir minha vida em pessoas que ficarão fortes e produzirão bons
frutos! Quero entregar minha vida a pessoas que farão algo neste mundo. Quero saber
que fiz diferença na vida de alguém que fará diferença na vida de outros. A última coisa
que quero é ter vivido esta vida sem fazer um investimento pessoal em outra pessoa; por
isso ajuda-me a identificar as pessoas a quem Tu queres que eu sirva. Então, dá-me a
sabedoria e a graça necessárias para eu me colocar ao lado delas e compartilhar com
elas o tesouro que Tu puseste em mim!
Confesso que dou bons frutos na vida das pessoas que Deus me chamou a ajudar! Elas
estão crescendo! Estão prosperando! Estão aprendendo a superar o maligno! São fortes,
estáveis, resistentes, confiáveis, fiéis e comprometidas em fazer o que for preciso para
cumprirem a tarefa que Jesus Cristo lhes deu. Meu fruto é um bom fruto — fruto que
permanece! Nisso sei que meu Pai é glorificado, porque estou produzindo o tipo de fruto
que dá glória ao Seu nome!
PARA REFLETIR
1. Quem é a pessoa ou o grupo de pessoas que Deus o chamou a

discipular? Se você não está discipulando alguém ativamente neste
momento, qual é o motivo?
2. Como lhe afeta ver que aqueles a quem você dedicou sua vida estão
indo bem e se fortalecendo no Espírito? Isso faz com que você se
sinta orgulhoso, estufe o peito e alegre-se no Senhor por bons frutos
estarem sendo produzidos neles?
3. Você dedica tempo a fazer com que esses indivíduos saibam quão
orgulhoso você está deles? Quanto tempo faz que você pôs seu braço
no ombro de alguém e lhe fez saber quão satisfeito você está com o
que vem acontecendo na vida dele?
31 DE AGOSTO
Você Está Indo de Glória em Glória ou de Caos em

Caos?
E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor,
somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.
A maioria dos cristãos cita este versículo ao enfrentar um desafio difícil.

Fiz isso durante muitos anos. Frequentemente, dizia a mim mesmo: “Logo
esse caos acabará e, quando acabar, iremos para o próximo nível de glória
que Deus tem para nós! Isso não durará muito. Nós iremos de glória em
glória!”.
Certo dia, porém, eu estava ponderando sobre esse versículo e pensando
profundamente no que significava ir de glória em glória. De repente,
ocorreu-me que ele não diz que vamos de um caos para a glória, e sim que
vamos de glória em glória — em outras palavras, de um lugar glorioso
atual para outro lugar ainda mais glorioso.
Isso significa claramente que você e eu não seremos promovidos para a
próxima dimensão de glória até que a dimensão em que agora vivemos seja
gloriosa. Por isso, se quisermos subir para uma glória maior, primeiramente
temos de tornar glorioso o lugar onde estamos vivendo e atuando neste
momento.
Ao perceber isso, tive vontade de avaliar seriamente minha vida e meu
ministério. Perguntei-me: estou vivendo em uma fase gloriosa ou estou
preso em uma fase péssima e caótica de minha vida? Percebi que segundo
esse versículo, eu não avançaria para a próxima grande e gloriosa fase que
Deus tinha para mim enquanto a situação em que eu me encontrava não se
tornasse gloriosa! Somente então Deus me promoveria ao próximo nível de
glória que Ele havia planejado para a minha vida.
Então, comecei a me perguntar:
• Fiz tudo que o Senhor me disse para fazer neste momento?

• Realmente completei a tarefa conforme Deus me instruiu a fazer?
• Fiz isso com profissionalismo e dentro do prazo?
• Tornei gloriosa a minha situação financeira atual ou estou vivendo
em instabilidade financeira?
• Fiz todo o possível para tornar esta fase atual de minha vida um
exemplo brilhante e excelente para os outros ou essa parte da minha
vida é um triste fracasso do qual estou envergonhado?
• Levei esta parte de minha vida a um final glorioso?
No capítulo 3, versículo 18, a segunda carta aos Coríntios diz: “E todos

nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do
Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem,
como pelo Senhor, o Espírito”. Considero muito interessante a primeira
parte desse versículo falar de possuirmos o “rosto desvendado”. A palavra
“desvendado” vem do grego anakalupto, que significa desvendar, descobrir
ou revelar. Entretanto, o tempo verbal grego não se refere a uma revelação
única, mas a um véu que, uma vez levantado, assim permanece para
sempre.
Quando vi isso, compreendi imediatamente outra verdade muito
importante: precisamos estar dispostos a remover permanentemente o véu de
nossos olhos e nos observar honestamente no espelho, para reconhecer
verdadeiramente a condição do nosso estágio atual. Somente depois de
termos honestamente verificado e reconhecido o que somos, podemos tomar
uma decisão sincera de mudar. Um reconhecimento verídico dos fatos faz
parte do processo que remove o véu de nossos olhos para que o Senhor
possa nos corrigir, mudar, transformar e preparar para avançar para a
próxima fase gloriosa da nossa vida. Foi precisamente por isso que em
seguida o apóstolo Paulo disse que somos “transformados” após o véu ser
removido de nossos olhos.
A palavra “transformados” provém da palavra grega metamorpho. É
composta pelas palavras meta e morphoo. Meta transmite a ideia de uma
troca, enquanto morphoo se refere à forma externa de uma pessoa. A
palavra resultante de sua junção significa transfigurar ou transformar a
aparência de alguém. A palavra metamorphoo nunca é usada na septuaginta
do Antigo Testamento e aparece somente quatro vezes no Novo Testamento.
É usada em Mateus 17:2 e Marcos 9:2 para descrever a transfiguração de
Jesus. Paulo também a usa em Romanos 12:2 para nos dizer que somos
transformados pela renovação de nossa mente. E, por fim, Paulo usa
novamente a palavra metamorphoo aqui, em 2 Coríntios 3:18.
Não há dúvida de que a palavra “transformados” fala de uma
transformação real e verdadeira de nossa mente e até mesmo de nossa
aparência externa. O Espírito Santo nos faz saber por intermédio de Paulo
que podemos realmente trocar nossa aparência atual, nossa condição atual,
por algo mais glorioso. Se desejarmos sinceramente, conseguiremos avançar
para a glória que Deus preparou para nós!
Ora, podemos tentar ignorar realidades desagradáveis e fingir que tudo em
nossa vida é glorioso quando não é, mas isso não torna tudo glorioso. De
fato, a negação da verdade apenas nos manterá presos no mesmo lugar difícil
por um período mais longo. Para passar para a próxima fase de nossa vida
em Deus, precisamos estar dispostos a levantar o véu de nossos olhos e
reconhecer que necessitamos ser transformados!
Pode ser difícil para a sua carne e o seu orgulho, mas no fim chega um
momento em que você precisa olhar o espelho para ver o que está realmente
ali! Enganar a si mesmo sai muito caro. Dizer a si mesmo que tudo está certo
quando não está pode aliviá-lo temporariamente da dor de ter de encarar os
fatos. Ignorar os fatos irá lhe custar muito mais em termos de tempo,
sofrimento e frustração.
A verdade pode ser dolorosa, mas a dor dura pouco e no fim produz uma
tremenda transformação. Porém, o tipo de transformação que estou lhe
descrevendo hoje só é iniciado quando você está disposto a ser honesto para
consigo mesmo e com Deus acerca de seu comportamento, atitudes e
condição de todas as áreas da sua vida neste presente momento. Se você
estiver disposto a remover o véu de seus olhos e deixar o Espírito Santo
realmente lhe mostrar as áreas em que você precisa ser transformado, Ele irá
transformá-lo. E, quando esse tipo de transformação começar a operar em
você, vai torná-lo cada vez mais preparado para um nível mais alto e para
uma promoção em sua vida.
Por isso, estabeleça hoje essa verdade em seu coração: se a fase de vida
em que você está neste momento não for gloriosa, você ficará preso no caos
atual até se dispor a tirar o véu, analisar honestamente a sua situação e
começar a fazer as mudanças necessárias para tornar a sua condição atual
mais gloriosa! Quando você tiver feito isso, Deus estará pronto para movê-
lo para cima e para a frente, em direção ao próximo lugar mais glorioso que
você anseia experimentar!
Sim, é verdade que Deus quer levá-lo de glória em glória. Entretanto, Ele
não se incomoda de ter de esperar até você terminar corretamente a sua
tarefa atual. Deus tem muito tempo. Porém, quando você passa a levar a
sério fazer o que é necessário para tornar gloriosa a sua atual situação,
você indica ao Espírito Santo que é hora de abrir o caminho para a
próxima fase gloriosa que Deus planejou para a sua vida!
Senhor, quero tirar o véu de meus olhos e ser honesto para com a minha situação. Sou
capaz de ver que grande parte de minha vida atual não é gloriosa. Desejei que Tu me
promovesses do meu caos para um novo nível de glória, mas vejo agora que Tuas
promoções sempre se movem de um nível de glória para um nível maior de glória. Mostra-
me todas as áreas da minha vida que precisam ser mudadas e ajuda-me a dar a Ti total
liberdade para transformá-las. Quero ir a um nível mais elevado de glória, Senhor, por
isso, estou pedindo que Tu me ajudes primeiramente a fazer da minha atual situação um
glorioso testemunho de Tua graça!
Confesso que, pela graça de Deus, estou tornando minha atual situação cada vez mais
gloriosa! Pedi ao Espírito Santo que abra meus olhos e me ajude a ver as partes de minha
vida que precisam ser transformadas. À medida que Ele me mostrar essas áreas, eu orarei
diligentemente sobre elas e farei tudo que puder para permitir que Deus me transforme
para que este período atual de minha vida possa tornar-se glorioso. Conforme o Espírito
Santo vê minha disposição em passar pelo necessário processo de transformação, o
Espírito Santo está se preparando para me promover para uma fase mais gloriosa em
minha vida. Estou indo de glória em glória!
PARA REFLETIR
1. Quais são as áreas da sua vida que não são gloriosas — as áreas em
que você mais precisa trabalhar?
2. Agora que você sabe que Deus não irá promovê-lo enquanto você
não tiver tornado glorioso a sua condição atual, que mudanças você
precisa fazer em sua vida neste momento para se preparar para a
próxima fase mais elevada?
3. Anote as medidas que você irá tomar para transformar as suas
bagunças em exemplos brilhantes que abrirão o caminho para Deus
começar o processo de promoção em sua vida.
1 DE SETEMBRO
O Espírito Santo Sabe Como Conduzi-lo Com Maior

Rapidez e Segurança!
...quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará...
— João 16:13
O casionalmente, quando as pessoas visitam Moscou, minha mulher e eu

as levamos para um passeio pelo Kremlin. Como elas comumente
querem ver o Kremlin, já estivemos lá centenas de vezes e conhecemos todas
as rotas e atalhos. Com frequência, ao visitarmos esse histórico complexo de
edifícios com nossos convidados, fico surpreso ao ver outros grupos fazerem
o percurso mais longo e difícil daquele vasto passeio. Sempre penso: eles
estão percorrendo a rota mais longa e difícil possível! Se eu os estivesse
guiando, poderia lhes poupar muito tempo e energia. Aquelas pessoas
acabam fazendo o mesmo passeio ao continuarem explorando por conta
própria, mas a rota que percorrem requer o dobro do tempo e da energia do
passeio que eu poderia lhes oferecer.
Certo dia, enquanto ponderava sobre isso, comecei a pensar em todas as
vezes em que cada um de nós poderia ter evitado perder energia e tempo
preciosos se apenas tivéssemos permitido que o Espírito Santo nos guiasse.
Poderemos no fim chegar ao mesmo ponto, mas se tentarmos fazê-lo
sozinhos, isso geralmente significa que demoraremos duas vezes mais para
chegar lá e a jornada será muito mais difícil. O Espírito Santo vê tudo. Ele
conhece todos os ângulos, cantos e curvas do caminho da vida. Se
estendermos nossa mão e pegarmos a dele, Ele nos guiará por atalhos que
pouparão tempo, energia e muitas lágrimas.
O Espírito Santo quer nos guiar por toda a vida. Ele quer nos guiar
enquanto caminhamos para o futuro. Em João 16:13, Jesus usou essa
ilustração de um guia para descrever o ministério do Espírito Santo. Ele
disse que, quando o Espírito viesse, “... vos anunciará as coisas que hão de
vir” (João 16:13).
A palavra “anunciar” provém do grego odegeo, que significa um guia que
mostra a um viajante o caminho mais seguro através de um país
desconhecido. Isso significa que Jesus enviou o Espírito Santo para ser
nosso Guia! O Espírito Santo sabe o caminho que devemos seguir. Sabe
como evitar todas as armadilhas e todos os ataques; Ele conhece a rota mais
segura e mais rápida que devemos percorrer. Quando estamos entrando em
um território desconhecido, é imperativo deixarmos o Espírito Santo nos
guiar, porque Ele quer nos mostrar a rota exata a ser seguida para que
possamos chegar com sucesso ao lugar que Deus colocou em nosso coração.
Faz parte do ministério do Espírito Santo em nossa vida nos levar com
segurança ao nosso ponto de destino ordenado por Deus.
Na vida de Jesus, vemos com muita clareza essa obra orientadora do
Espírito Santo.
• Jesus foi guiado pelo Espírito a não ir a Betânia para ver Lázaro
quando Seu amigo estava mortalmente enfermo. Líderes judeus hostis
esperavam que Jesus fosse ajudar Lázaro e esperavam ali para prendê-
lo. Jesus esperou dois dias após ouvir falar da enfermidade de Lázaro;
de fato, Ele não foi antes de saber que Lázaro estava morto. Deve ter
sido difícil para Jesus não ir correndo para ficar ao lado de Lázaro,
mas o Espírito Santo o instruiu para ficar longe daquele lugar porque
ali havia pessoas que queriam apedrejá-lo (ver João 11:1-11).
• Jesus foi guiado pelo Espírito Santo para ir a Betânia no momento em
que os líderes judeus foram embora. Vendo que Ele não apareceu após
a morte de Lázaro, os líderes religiosos concluíram que Jesus não iria,
então deixaram o túmulo. Assim que aqueles líderes maus abandonaram
Betânia e aquela situação traiçoeira passou, o Espírito Santo deu a
Jesus o sinal verde para viajar para aquela cidade, onde Ele ressuscitou
Lázaro dos mortos. Assim, por permitir que o Espírito Santo o guiasse e
só partir para Betânia depois de sentir que tinha autorização para ir,
Jesus evitou um confronto desagradável com líderes religiosos irados
(ver João 11:11-45).
• Jesus foi conduzido pelo Espírito através de situações perigosas em
muitas ocasiões. Quando líderes religiosos com intenções malignas
queriam capturar e matar Jesus, Ele era sobrenaturalmente guiado pelo
Espírito em meio à multidão, escapando de ferimentos e danos (ver
Lucas 4:29-30; João 8:59; João 10:39).
Ao estudar o livro de Atos, você descobrirá que o Espírito Santo guiava

constantemente as pessoas por territórios árduos e difíceis. Em cada caso,
ele protegeu as pessoas de perigos ou de cometerem erros; ajudou a evitar
quem desejava feri-las; ou as conduziu de uma situação infrutífera para um
lugar de bênção. Eis aqui alguns casos em que o Espírito Santo advertiu
antecipadamente a Igreja Primitiva de perseguições, crises e outras
provações, guiando-a com segurança ao longo e em torno de muitos
momentos traiçoeiros.
• O Espírito Santo levou a Igreja Primitiva a se preparar para uma fome

iminente. Por terem respondido a essa palavra do Espírito entregue por
intermédio do profeta Ágabo, os primeiros cristãos foram conduzidos
com segurança por aquela dificuldade (ver Atos 11:27-29).
• O Espírito Santo levou o apóstolo Paulo e seu grupo a ficar longe de
Bitínia. A Bíblia não nos diz por que o Espírito os proibiu de ir àquele
destino. Talvez houvesse perigos desconhecidos os aguardando dos
quais eles não tinham conhecimento. O Espírito Santo os estava guiando
para longe do perigo enquanto os levava a percorrer outra rota mais
importante (ver Atos 16:7).
• O Espírito Santo levou o apóstolo Paulo à região da Macedônia para
pregar o Evangelho, falando com ele em sonho. Paulo estava tão
convencido de que o Espírito o estava guiando que ele e seu grupo
mudaram imediatamente de planos e seguiram a liderança do Espírito
Santo até a Macedônia, onde colheram grandes frutos para o Reino de
Deus (ver Atos 16:9).
Ser liderado pelo Espírito é um dos privilégios que recebemos como

filhos de Deus. Romanos 8:14 diz: “Pois todos os que são guiados pelo
Espírito de Deus são filhos de Deus”. Como observamos anteriormente (ver
3 de julho), a palavra “guiados” vem da palavra grega ago, que representa
alguém levando suavemente outra pessoa. Isso significa que o Espírito nos
guiará, mas primeiramente precisaremos estender a Ele o nosso coração e as
nossas mãos, porque sem a nossa cooperação Ele não pode nos levar a lugar
algum.
Sem a orientação do Espírito Santo, ficamos sozinhos para encontrar o
nosso caminho. Isso sem dúvida significa que desperdiçaremos tempo,
energia e dinheiro valiosos, sem falar das muitas lágrimas desnecessárias
derramadas ao longo do caminho! O Espírito Santo vê o que não podemos
ver, sabe o que não sabemos e percebe as melhores rotas, os atalhos mais
eficientes e os caminhos mais seguros a serem seguidos. Sendo o Espírito
Santo esse tipo de Líder, seremos sábios em deixá-lo nos guiar!
Ah, se você soubesse quantas vezes o Espírito de Deus quis ser o seu
Líder nas situações da vida! Ele sabia exatamente como afastá-lo de cada
ataque. Sabia como evitar cada estratégia que o diabo organizou contra você.
Porém, mesmo que você não tenha aceitado a Sua liderança no passado, não
precisa continuar cometendo esse mesmo erro, tentando forjar sozinho o seu
caminho ao longo da vida. Você pode entregar o seu coração ao Espírito
Santo hoje. Deixe-o levá-lo pela mão e Ele o guiará com segurança ao lugar
onde Deus quer que você vá!
Senhor, eu Te agradeço pela orientação do Espírito Santo. Lamento muito ter

desperdiçado tempo, energia e dinheiro tentando encontrar sozinho o meu caminho
quando Tu já me enviaste o Espírito Santo para ser meu Guia. Espírito Santo, entra em
minha vida e toma o Teu lugar como meu Mestre, meu Líder e meu Guia. Hoje entrego meu
coração e minha mão a Ti para que Tu possas começar a me guiar ao longo da vida.
Obrigado, Pai, por me conceder o Guia mais maravilhoso de todo o universo para me
ajudar a ser bem-sucedido na vida!

Confesso que sou conduzido pelo Espírito de Deus! Por cooperar com Ele, não desperdiço
tempo, energia ou dinheiro valiosos e não derramo muitas lágrimas desnecessárias.
Alegremente permito ao Espírito Santo me guiar, porque Ele vê o que eu não consigo ver;
sabe o que eu não sei; e compreende as melhores rotas, os atalhos mais eficientes e os
caminhos mais seguros a seguir. Como resultado disso, Ele me afasta de todos os ataques;
me ajuda a evitar cada estratégia do diabo; e me conduz seguramente ao lugar onde Deus
quer que eu esteja!
PARA REFLETIR
1. Você consegue pensar em um momento em que o Espírito Santo o

impediu de fazer algo que você pensava ser correto? Qual foi o
resultado de seguir a orientação do Espírito?
2. Houve algum momento em que o Espírito Santo o orientou a realizar
algo que não fazia sentido para você naturalmente, mas após executar
exatamente o que Ele lhe disse para fazer, você pôde ver por que Ele
o conduziu daquela maneira? Em caso afirmativo, qual foi essa
ocasião e qual foi o fruto de você ter sido orientado pelo Espírito
para fazer as coisas de maneira diferente?
3. O Espírito Santo está tentando neste momento levá-lo a fazer algo
diferente do que você havia planejado ou pensado? Você está
discutindo com Ele em sua mente, pensando que as Suas instruções
não fazem sentido? O que você fará — seguirá o seu plano original
ou deixará o Espírito Santo ser o seu Guia?
2 DE SETEMBRO
Você é Culpado de Exagerar os Fatos Ou Enfeitar a

Verdade?
Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos.
— Colossenses 3:9
A Bíblia tem muito a dizer sobre os mentirosos. Se você tem tendência a

mentir, é essencial corrigir essa parte de sua vida o mais rápido
possível. Porém, você poderá perguntar: “Como definimos uma mentira? O
que exatamente a Bíblia quer dizer com precisamos parar de mentir?”.
Em Colossenses 3:9, o apóstolo Paulo disse: “Não mintais uns aos outros,
uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos”. A palavra
“mentira” provém da palavra grega pseudomai, que transmite a ideia de
qualquer tipo de falsidade. Pode representar uma pessoa que projeta uma
imagem falsa de si mesma; alguém que anda deliberadamente em falsa
aparência; ou alguém que deturpa intencionalmente fatos ou verdades.
Em grego, a palavra pseudomai é usada de várias maneiras:
• pseudapostolos: descreve falsos apóstolos (2 Coríntios 11:13).

• pseudoprophetes: descreve um retrato de falsos profetas (Mateus
7:15).
• pseudodidaskalos: retrata aqueles que são falsos mestres (2 Pedro
2:1).
• pseudochristos: indica aqueles que são falsos cristos (Mateus 24:24).
• pseudoadelphos: descreve claramente um falso irmão (2 Coríntios
11:26).
• pseudomartureo: transmite a ideia de uma falsa testemunha (Mateus
19:18).
• pseudologos: indica uma palavra falsa ou alguém que fala falsidades
(1 Timóteo 4:2).
Em todos os casos em que a palavra pseudomai (“mentir”) é usada no

Novo Testamento, ela retrata alguém que deturpa quem ele é por meio do ele
que faz, diz ou pela verdade ou fato que alega ser verdadeiro. Foi a respeito
desse comportamento errado que Paulo disse: “Não mintais uns aos
outros...”. É muito importante ressaltar que em grego a gramática transmite a
ideia de uma forte proibição, o que significa que esse versículo deve ser
traduzido como “Parai de mentir uns aos outros...”. Isso indica que os
cristãos para quem Paulo estava escrevendo lutavam contra a questão da
honestidade na vida deles.
As palavras de Paulo aos colossenses poderiam ser interpretadas da
seguinte maneira:
“Ordeno que vocês cessem a prática de deturpar a verdade, torcer os
fatos, projetar imagens falsas ou enganar deliberadamente os outros
dando-lhes informações falsas...”.
Mentir é uma tentação com a qual todos nós temos de lidar na vida.
Aparentemente, até mesmo a igreja de Colossos, há dois mil anos, lutava tão
fortemente contra esse problema que Paulo teve de lhes escrever dizendo
para pararem de mentir.
Você pode não ser propositadamente inclinado a mentir, mas se você
sempre deturpa a verdade sobre suas capacidades, diz algo sobre outra
pessoa que você não sabe se é verdadeiro, torce levemente os fatos em seu
próprio benefício ou inventa uma história acerca de você ou de seus atos
passados para parecer melhor aos olhos dos outros, você entrou totalmente
no que a Bíblia considera “mentiras”.
Todo esse comportamento foi proibido por Paulo ao escrever: “Não
mintais uns aos outros...”. As palavras de Paulo não podem ser mal
interpretadas ou entendidas de forma equivocada. Essa é uma ordem clara de
cessar o hábito de mentir e parar de consentir em participar de qualquer tipo
de falsidade, desonestidade, engano, invenção ou deturpação da verdade em
sua vida ou em suas palavras.
Se você é o cabeça de sua casa, igreja, ministério ou empresa, tem todo o
direito de exigir que as pessoas parem de ser mentirosas com você e entre
elas. Faça com que todos saibam que a veracidade é importante — de tal
forma que é o alicerce de todos os relacionamentos bem-sucedidos em casa,
na igreja e no trabalho. É impossível criar confiança em um relacionamento
se você suspeita que a outra pessoa está sendo desonesta com você.
Se você estiver no comando, dê o exemplo sendo sempre sincero com as
pessoas que estão abaixo de você. Quando as pessoas sabem que você está
sendo correto com elas, sabem ao menos que sempre poderão confiar que
você lhes dirá a verdade, mesmo que não gostem do que está sendo dito.
Dessa maneira, você poderá estabelecer o padrão de integridade e
veracidade entre todos os membros de sua família, igreja ou empresa.
Porém, e se você for a pessoa que fantasia ou torce levemente os fatos em
seu favor ou em desfavor de outrem? Se for assim, é tempo de você se tornar
honesto a respeito desse pecado em sua vida! Trata-se exatamente disso —
pecado! Pare de dizer a si mesmo que você está apenas exagerando um
pouco ou sendo dramático. Talvez seja assim que você tente racionalizar o
seu comportamento, mas Deus vê isso como falar falsidades e diz que tal
comportamento não deve ser tolerado em sua vida!
Existem áreas de sua vida em que você permitiu um pequeno exagero?
Você já deturpou a verdade sobre quem você é, o que é capaz de fazer, o que
fez, ou o que ouviu, ou pensa de outras pessoas? Você pode dizer
honestamente que as palavras que você fala são precisas ou teria de admitir
que tem sido um pouco desonesto na maneira como relata certos assuntos?
Se, em seu coração, você sabe que não foi totalmente verdadeiro, o que
fará a esse respeito agora?
Ou talvez você seja um líder em sua família, igreja ou empresa e sabe que
as pessoas que estão sob a sua autoridade estão regularmente deturpando a
verdade para você. Nesse caso, você continuará a tolerar esse
comportamento extremamente errado e, com isso, permitirá que prevaleçam
a falta de confiança e a suspeita? Ou você porá um fim em todas as mentiras
e enganos? O que você fará sobre essa situação?
O Espírito Santo está disponível para ajudar quem mente e quem precisa
levar correção ao mentiroso. Por isso, se você deturpou os fatos no passado,
mas estiver disposto a se arrepender e mudar, o Espírito de Deus vai
capacitá-lo a parar de mentir e a aprender a ser mais verdadeiro. E, se você
for a pessoa que precisa levar correção ao desonesto, volte-se ao Espírito
Santo para obter ajuda. Ele vai lhe mostrar exatamente o que dizer e como
dizer, para que a verdade possa prevalecer nesta situação específica.
Senhor, admito ter exagerado os fatos e enfeitado a verdade em muitas ocasiões. Lamento
por ter feito isso. Eu pus a culpa em minha personalidade, mas agora entendo que Tu vês
isso como desonestidade. Peço que Tu me ajudes a parar de dar desculpas para esse
comportamento e a aceitar a responsabilidade pelas palavras e mensagens que dirijo aos
outros. Quero estar diante de Ti com uma consciência limpa de que fui honesto, franco e
equilibrado naquilo que disse acerca de mim ou de outras pessoas. Espírito Santo, preciso
da Tua ajuda para levar correção a essa parte de minha vida; por isso, hoje eu me rendo
a Ti.
Confesso que falo a verdade e não exagero os fatos nem falo mentiras! Quando as
pessoas conversam comigo, podem ter certeza de que eu não vou enfeitar a verdade ou
torcer os fatos em meu benefício. Elas podem ter a certeza de que eu sou honesto comigo
mesmo e com as situações em que me encontro. Não interfiro na vida dos outros, em vez
disso, me ocupo com as questões que têm a ver comigo e com minhas áreas de
responsabilidade. Em virtude de Deus ser meu Ajudador e Sua graça estar operando
poderosamente em mim, estou me tornando cada vez mais honesto todos os dias!
PARA REFLETIR
1. Há alguma área de sua vida em que você sabe ter sido desonesto
acerca de quem você é, o que fez ou o que é capaz de fazer? Ou você
já foi desonesto com relação ao que disse sobre outras pessoas?
2. Se a sua resposta a essas perguntas foi sim, que medidas você tomará
para corrigir os tempos em que mentiu no passado? Você permitirá
que a mentira continue sendo repetida como se fosse um fato ou
procurará as pessoas que ouviram as suas palavras desonestas e lhes
contará a verdade?
3. O que você pensa que Deus está lhe dizendo para fazer quanto às
falsidades e questões desonestas que você permitiu existir em sua
vida?
3 DE SETEMBRO
Eis o Que Fazer Se o Diabo Estiver Tentando Devorar

Você!
Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge
procurando alguém para devorar...
— 1 Pedro 5:8
O diabo já tentou usar seu passado contra você? Talvez ele lhe tenha dito:
“Você está nessa encrenca em decorrência de seus próprios atos! Nem
tente pedir a Deus para ajudá-lo, porque você se meteu nessa encrenca
sozinho e agora terá de sair sozinho! Deus não vai ajudá-lo, porque você
está colhendo exatamente o que plantou!”.
Se você já ouviu esses tipos de acusações do diabo, 1 Pedro 5:8 é
exatamente para você: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso
adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para
devorar”.
A palavra “vigilantes” provém do grego gregoreo, que significa estar em
guarda, estar vigilante ou estar atento. Denota principalmente a atitude
vigilante de alguém que procura garantir que nenhum inimigo ou agressor
possa obter entrada em sua vida ou em sua residência.
Isso nos diz que precisamos estar em alerta máximo contra um inimigo que
busca obter acesso à nossa vida. O tempo verbal grego para a palavra
“vigilante” significa estar contínua e perpetuamente vigilante. Isso
significa que esse não é um ato único de vigilância, mas a atitude de uma
pessoa inabalável em seu compromisso. Essa pessoa resolveu que nunca
faltará ao seu comprometimento de estar vigilante, totalmente alerta e
atenta para garantir que nenhuma força sinistra consiga esgueirar-se para
atacá-la e dominá-la.
O fato de Pedro usar a palavra gregoreo nos faz saber que o diabo pode
ser bastante sorrateiro em sua maneira de atacar. Portanto, precisamos estar
constantemente atentos para manter o diabo fora dos nossos assuntos.
Pedro prossegue, dizendo: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso
adversário...”. Essa palavra “adversário” provém da palavra grega
antidikos. Nos tempos do Novo Testamento, era usada para designar um
advogado que argumentava em um tribunal de justiça. Essa era a imagem
de um promotor que levava infratores ao tribunal, argumentava
veementemente contra eles e os enviava à prisão. Agora, Pedro usa essa
palavra para descrever o modo como o diabo pode tentar nos dominar!
Pedro está nos dizendo que quando o diabo ataca, costuma agir como um
advogado que tenta nos derrubar acusando-nos dos nossos pecados e erros
do passado. O inimigo traz à recordação fatos do passado e nos lembra de
nossas falhas anteriores; então tenta vigorosamente nos convencer de que
merecemos estar na encrenca em que estamos. Se o diabo for bem-sucedido
em sua acusação, vai nos persuadir a acreditar que somos pecadores e
indignos, e que merecemos como justa punição qualquer dificuldade que ele
está lançando contra nós.
É lamentável o fato de muitos cristãos ajudarem o diabo em seus esforços
para condená-los, sendo irresponsáveis ou negligentes em áreas-chave da
vida. Por exemplo, muitas pessoas têm problemas financeiros porque
gastaram muito dinheiro ou usaram seus cartões de crédito além do limite do
que poderiam pagar. Outras ficam enfermas no inverno porque saem sem
roupas adequadas. Casamentos têm problemas porque os cônjuges nunca
passam tempo juntos nem fazem qualquer coisa para nutrir seu
relacionamento. Os cristãos gostam de culpar o diabo por tudo que acontece,
mas a verdade é que as pessoas costumam dar alguma ajuda ao inimigo ao
longo do caminho!
Graças a Deus que quando pecamos e procedemos mal, Sua graça está
presente para nos perdoar e restaurar! Porém, o diabo também está presente.
O inimigo relembra todos os erros inocentes cometidos ao longo do caminho
e, como um promotor ou “adversário” (a palavra grega antidikos), vem nos
acusar. Como um advogado, ele argumenta suas acusações em nossa mente,
dizendo:
• Você está nessa encrenca por causa de seus próprios erros idiotas!
• Você está colhendo o que plantou e não há maneira de sair dessa
encrenca!
• Você está pagando pelo seu passado!
• Seus filhos são uma bagunça porque você falhou como pai!
• Você irá à falência porque gastou dinheiro demais em coisas inúteis!
• Você destruiu todas as suas amizades porque não foi um amigo fiel!
Às vezes, o diabo é preciso no que diz. Pode ser verdade que você criou
essa encrenca! Você pode, realmente, ter destruído as suas amizades por não
ser um amigo fiel. Você pode ter gastado dinheiro demais, e o problema
financeiro em que você está agora pode muito bem ser por sua própria culpa!
Todas as acusações do diabo podem ser verdadeiras. Acredite-me, ele não
inventará alguma fantasia absurda que não irá afetá-lo. O diabo tentará usar
fatos e argumentos que façam sentido para você a fim de que você
concorde com ele!
Porém, você nunca deve se esquecer do que Davi nos disse: o Senhor é
quem redime nossa vida da destruição (Salmos 103:4). Ele é um Deus
restaurador, libertador e redentor! Ele quer libertá-lo do poder das trevas e
levá-lo para o Seu Reino de vida e luz, no qual os pecados do passado não
continuarão a exercer influência sobre você (Colossenses 1:13)! Você só
precisa se arrepender genuinamente dos erros do passado, acertar o seu
coração com Deus e depois dizer ao demônio que fuja!
Se você continuar dando atenção às acusações que o inimigo está falando
contra você em sua mente, logo estará encrencado. Pedro prossegue,
dizendo-lhe por que é assim: “... O diabo, vosso adversário, anda em
derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”.
Você já ouviu leões famintos? Eles rugem tão alto que o som é quase
ensurdecedor. Pedro diz ocorrer algo semelhante quando o diabo começa a
atacar a sua mente. Ela fica tão cheia dos rugidos das acusações do inimigo
que você não consegue ouvir outra coisa senão essas mentiras. Ele lhe diz
repetidamente: “Você vai falhar... falhar... falha... falhar... FALHAR!!!”.
Mesmo quando as pessoas tentam lhe dizer a verdade, é difícil ouvi-las,
porque aquelas mentiras estão rugindo muito alto em sua mente e em seus
ouvidos!
Se você continuar dando ouvido às acusações do diabo, ele vai mantê-lo
totalmente destruído por dentro e em constante estado de turbulência. De
fato, Pedro diz que ele o “devorará”. A palavra “devorar” provém do grego
pino, que significa beber, lamber ou sorver, como um leão lamberia do
chão o sangue de sua presa. O diabo quer transformá-lo em um caos de
emoções líquidas e, depois, lambê-lo até nada sobrar de sua vida. Isso é o
que ele quer fazer com você — mas você não tem de deixá-lo fazer isso!
Ao juntar todas essas palavras, 1 Pedro 5:8 poderia ser interpretado
assim:
“Vocês precisam estar constantemente alertas e vigilantes! O diabo,
como um advogado de acusação, tentará culpá-los de todos os tipos
de argumentos e incriminações. Vocês precisam saber que ele é como
um leão à espreita — constantemente andando ao redor, rugindo com
um som ensurdecedor, buscando ardentemente o tipo de pessoa que
possa consumir e sorver totalmente!”.
Você não precisa ser vitimado pelos ataques do diabo! Pedro nos diz: “...
resisti-lhe firmes na fé...” (1 Pedro 5:9). Se você resistir ao diabo, poderá
expulsá-lo de sua mente e de sua vida. Ele não sabe como lidar com quem
resiste a ele, por isso corre com medo quando um cristão o desafia! E, se
você se sentir demasiadamente fraco para resistir sozinho ao diabo, eu o
aconselharia a encontrar pessoas que sabem como orar e deixá-las ajudar
você!
O diabo tem assediado você com algo específico? Você está cansado
desse assédio constante? Se assim for, é tempo de você se levantar, estufar o
peito e mandá-lo sair, em nome de Jesus! A seguir, determine-se a manter-se
alerta e vigilante, constantemente cauteloso. Você pode ter certeza de que o
inimigo tentará voltar para acusá-lo novamente — mas na próxima vez, você
estará pronto para ele!
Senhor, estou pedindo que Tu me ajudes a exercer autoridade sobre as acusações que o
diabo tem falado à minha mente. Ele tem me dito todas as razões para eu não ter
esperança e que mereço estar nesse caos. Porém, a Tua graça é maior do que qualquer
erro ou pecado que cometi no passado! Sei que Tu me perdoaste e me redimiste de
qualquer confusão que criei com meus próprios atos. Eu Te agradeço agora por Teu
perdão e misericórdia e hoje reivindico o poder da restauração! Diabo, neste momento eu
ordeno que você saia, em nome de Jesus! Eu me recuso a continuar ouvindo as suas
acusações!
Declaro ter confessado todos os meus pecados e erros do passado. Portanto, estou
perdoado; estou limpo; e estou livre aos olhos do Senhor. Ele não usa meu passado contra
mim. Ele é meu Redentor, meu Restaurador, meu Libertador e minha Salvação. Seu Espírito
está operando em mim neste momento para me tirar de todas os problemas que criei, tanto
intencional quanto involuntariamente. Meu coração está arrependido e meu desejo é fazer
o que é certo. Portanto, Deus está me ajudando a sair dos problemas que tentaram
paralisar minha mente e minha vida!
PARA REFLETIR
1. Há áreas de sua vida em que o diabo está tentando trazer de volta o

seu passado para poder acusá-lo e convencê-lo de que você merece
os ataques que estão vindo contra você neste momento?
2. Você dedicou tempo a se arrepender sinceramente dos pecados e
erros do passado perante o Senhor? Ou você apenas admitiu
rapidamente ter pecado, nunca permitindo ao Espírito Santo lidar
com você profundamente acerca desses assuntos?
3. Se o diabo tem rugido em sua mente, considere quais passos você
pode dar para fazer cessar essas acusações, tal como ouvir música de
louvor e adoração ou fitas de ensino, meditar na Palavra, etc. Quais
outras medidas você pode tomar para silenciar as acusações do
inimigo?
4 DE SETEMBRO
Sinais Reveladores de Que a Amargura Está

Crescendo Em Sua Vida
...atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem
haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam
contaminados...
— Hebreus 12:15
Q uando você se vê constantemente dizendo alguma coisa depreciativa

sobre outra pessoa, preste atenção ao que está acontecendo! O que
você está dizendo acerca da pessoa é um sinal revelador de que alguma
semente ruim está tentando arraigar-se em seu coração.
Hebreus 12:15 nos diz como reconhecer a má semente quando ela começa
a produzir frutos destrutivos em nossa vida: “... nem haja alguma raiz de
amargura que, brotando, vos perturbe...”. A palavra “brotando” provém da
palavra grega phuoo, que descreve uma plantinha que está apenas
começando a brotar e crescer. Ela ainda não é uma planta grande, mas uma
pequena plantinha que está apenas atravessando o solo e começando a olhar
para o mundo. Entretanto, o próprio fato de ela estar espreitando pelo solo
significa que há uma semente escondida no solo produzindo essa nova vida.
Essa é uma imagem muito expressiva. Ela nos diz que a amargura não nos
domina de repente. Em vez disso, cresce um pouco aqui e um pouco ali até
por fim tornar-se uma enorme e feia protuberância que contamina nossa vida
inteira. Habitualmente, a amargura começa a despontar das profundezas de
nossa alma na forma de pensamentos negativos acerca de outra pessoa ou
uma atitude amarga, irritada, desconfiada e cínica para com alguém que nos
ofendeu. Se a raiz não for rapidamente arrancada, essa amargura acabará se
tornando uma árvore que produz frutos amargos, nocivos, dolorosos e
arrogantes para todos os que dele comem.
Hebreus 12:15 dá o seu grito de advertência: se você não parar com essas
atitudes, elas acabarão “perturbando-o”. As palavras “vos perturbe” provêm
da palavra grega enochleo, que significa perturbar, assediar ou irritar.
Refere-se a algo interior que o incomoda e perturba tanto que você é
constantemente importunado por pensamentos sobre aquilo. De fato, toda a
sua vida é perseguida por esses pensamentos inconvenientes e
perturbadores. O que você permitiu formar raízes e apodrecer dentro de sua
alma acabou se tornando um grande transtorno à sua paz, mantendo-o
perturbado e emocionalmente destruído o tempo todo.
• Você tem um rancor contra alguém que o aflige o tempo todo?

• Toda vez que você vê essa pessoa, sente em seu íntimo algo mordaz e
desagradável?
• Quando você ouve falar que essa pessoa está sendo abençoada, fica
imaginando como Deus poderia abençoá-la após ter lhe feito algo tão
desagradável?
• Pensamentos negativos como esses importunam e incomodam você o
tempo todo?
Se você se identifica com as perguntas que acabei de lhe fazer, fique

atento! Isso pode significar que uma raiz de amargura está crescendo dentro
de você e que amargura, ressentimento e falta de perdão estão começando a
caçá-lo e persegui-lo onde quer que você vá!
Você precisa controlar-se e deixar o Espírito Santo ajudá-lo a livrar-se
permanentemente desses sentimentos; caso contrário, acabará perturbado,
irritado e terrivelmente chateado. Você perderá a sua paz, se privará da sua
alegria e deixará de lado a sua vitória. Amigo, você não quer seguir por esse
caminho! É doloroso demais, prejudicial demais e impõe um preço alto
demais à sua caminhada com Deus.
Por isso, se você se vê constantemente dizendo alguma coisa depreciativa
acerca de outra pessoa, preste atenção ao que está acontecendo! Esse é um
sinal revelador de que alguma semente ruim está tentando criar raízes em
seu coração e poderia acabar se transformando em uma questão importante
que perturba toda a sua vida. Não deixe isso acontecer! Peça ao Espírito
Santo para ajudá-lo a arrancar essas raízes do solo de seu coração para que
você possa permanecer livre!
O Espírito Santo está disposto, pronto e esperando para ajudá-lo a agarrar
essas raízes de amargura e jogá-las para fora de sua vida. Tudo de que Ele
precisa é o seu convite; então por que você não vai em frente e lhe pede para
ajudá-lo neste momento?
Senhor, peço que Tu me perdoes por permitir ser consumido por pensamentos negativos
acerca de outras pessoas. Embora eu não goste do que elas me fizeram, não tenho o
direito de ser amargurado e ressentido. Percebo agora que estou agindo internamente de
maneira tão desagradável quanto elas agiram externamente. Aos Teus olhos, meu pecado
é tão mau quanto o delas. Eu realmente lamento ter permitido que essas atitudes
crescessem dentro de mim, Senhor. Darei o meu melhor neste momento para me afastar dos
maus pensamentos que têm me consumido e escolho em vez disso falar bem daqueles que
me ofenderam ou me feriram. Espírito Santo, ajuda-me a desarraigar esses maus
sentimentos de meu coração e substituí-los por amor e perdão.
Confesso que meu coração está livre de amargura, ressentimento, contenda e falta de
perdão. O Espírito de Deus vive em mim e não me permite continuar vivendo com atitudes
erradas. Ele fala comigo quando começo a pensar mal de outras pessoas; Ele me
convence de toda atitude errada e me ajuda a colocar os meus pensamentos sob o Seu
controle. Em virtude de minha mente e emoções serem controladas pelo Espírito de Deus,
eu só tenho pensamentos positivos acerca de quem está perto de mim ou ao meu redor. Se
algum pensamento negativo acerca de outra pessoa tenta entrar em minha mente, o
Espírito Santo me ajuda rapidamente a reconhecê-lo e corrigir o modo como estou
pensando!
PARA REFLETIR
1. Há uma pessoa específica ou grupo de pessoas de quem você está
constantemente falando mal? Por que você sente necessidade de falar
de forma tão depreciativa sobre essa pessoa ou esse grupo? O que
isso revela a respeito da condição de seu próprio coração?
2. Deus tem tentado lidar com você por sua atitude em relação a essa
pessoa ou esse grupo de pessoas? Seja honesto!
3. Você admitiu honestamente que essa amargura ou falta de perdão
afetou o nível de alegria que você já sentiu no Senhor? É difícil estar
cheio de alegria quando você está sendo “consumido” por dentro
com pensamentos negativos acerca de alguém. Se você está sendo
perseguido por pensamentos perturbadores, o que planeja fazer sobre
sua condição?
5 DE SETEMBRO
Perfeitamente Habilitado Para Toda Boa Obra!

...a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.
— 2 Timóteo 3:17
Q uando eu estava crescendo, meu pai amava ir pescar. À medida que os

anos se passaram e seu amor pela pesca se tornou mais intenso, ele
comprou um barco para poder ir ao lago e pescar em qualquer lugar que
desejasse. Lembro-me bem de seu primeiro barco. Era despretensioso,
simples e comum, com nada além de um motor muito pequeno e dois remos
de madeira para o caso de o motor parar de funcionar.
Como a maioria dos pescadores que leva a pescaria a sério, meu pai não
ficou contente com aquele barco de iniciante durante muito tempo! Ele tinha
de ter algo melhor, mais agradável e mais fortemente equipado. Logo, ele
trocou seu barco simples por um equipamento totalmente provido de todos
os dispositivos imagináveis. Tinha um motor enorme, um motor auxiliar, um
detector de profundidade, um indicador de temperatura computadorizado e
um sofisticado localizador de peixes. Até mesmo a âncora era operada por
um motor elétrico especial. Enfim, ele tinha o barco de seus sonhos, com
tudo que poderia imaginar existir em seu barco de pesca. Que melhoria
desde aquele primeiro barco básico e bem simples com o qual ele começou
a praticar pesca desportiva!
Bem, acredite ou não, quando o Apóstolo Paulo descreve em 2 Timóteo
3:16-17 o que a Palavra de Deus faz em nossa vida, usa uma palavra grega
que descreve um barco bem equipado como o barco de meu pai. Esses
versículos dizem: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim
de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda
boa obra”.
Quero que você perceba a frase “perfeitamente habilitado” no versículo
17. Ela contém uma “pedra preciosa” que revela o que a Palavra de Deus
pode fazer se você lhe der a máxima prioridade em sua vida. Você está
prestes a descobrir que não há substituto para o que a Palavra de Deus pode
fazer em você e por você!
A frase “perfeitamente habilitado” provém da palavra grega exartidzo,
que significa equipar totalmente ou prover plenamente. Era usada para
descrever um navio anteriormente mal equipado para viajar; mas que em
função de o dono tê-lo aparelhado com novos equipamentos, havia se
tornado perfeitamente habilitado para navegar para qualquer lugar do
mundo. Esse navio era totalmente abastecido, inteiramente equipado ou
perfeitamente habilitado.
Paulo usa essa palavra para nos dizer que não estamos preparados para
navegar na vida enquanto a Palavra de Deus não tiver feito a sua obra em
nosso coração e nossa alma. Quando chegamos a Jesus, somos como o
primeiro barco — apenas iniciantes que mal sabem o suficiente para
sobreviver. Sim, estamos salvos e a caminho do céu, mas não tivemos uma
quantidade suficiente da Palavra colocada em nós para nos equipar
totalmente para navegar em todo tipo de condições atmosféricas.
Você pode ter certeza de que encontrará todos os tipos de condições
atmosféricas em sua jornada ao longo da vida — incluindo fortes
tempestades. Portanto, para chegar ao seu destino, precisará de todo o
equipamento que puder obter!
As palavras de Paulo em 2 Timóteo 3:17 podem ser interpretadas assim:
“Que o homem de Deus seja perfeito — totalmente aparelhado,
suprido, preparado e habilitado para todas as boas obras.”
Veja, quando um cristão nunca lê a Palavra de Deus, nunca medita sobre
as verdades da Palavra e não renova regularmente sua mente com a Palavra
de Deus, é como um barco simples que não está equipado para navegar a
longas distâncias. Pode ser capaz de cruzar um pequeno lago; entretanto,
para atravessar vitoriosamente o mar da vida e todas as tempestades que
encontrará ao longo do caminho, precisará de um equipamento maior!
Esse equipamento é transmitido a um cristão quando a Palavra se torna
parte integrante de sua vida. A Palavra de Deus que opera em seu coração e
sua mente realmente o aparelha, prepara ou supre com todo o equipamento
espiritual de que ele necessita para fazer a viagem corajosa que Deus
planejou para a sua vida. Com a Palavra de Deus colocada firmemente no
seu âmago, o cristão está pronto para zarpar e seguir para onde o Espírito
Santo conduzir!
Então, nós temos escolha. Se escolhermos não fazer da Palavra de Deus
uma prioridade em nossa vida, ainda iremos para o céu, mas seremos como
aquele primeiro barco simples e básico. Em outras palavras, seremos
cristãos com equipamento espiritual suficiente apenas para atravessar os
pequenos lagos da vida. Por outro lado, se escolhermos levar a Palavra de
Deus até a profundidade de nossa mente e coração, e depois aplicá-la à
nossa vida, essa Palavra liberará seu poder sobrenatural para nos
transformar de cristãos simples e básicos em supercrentes — dotados de
tudo que é necessário para realizar com sucesso a viagem de longa distância
que o Espírito Santo planejou para a nossa vida!
Então, quão longe você quer ir na vida? Sua resposta determinará quão
profundamente você precisa levar a Palavra de Deus ao seu coração e à sua
mente. Se você estiver nisso apenas para uma pequena excursão até o outro
lado de um lago, ficará satisfeito com um nível pouco elevado da Palavra de
Deus em sua vida. Porém, se estiver planejando fazer uma longa, corajosa e
emocionante jornada de fé, é melhor você mergulhar na Palavra de Deus. Ao
fazê-lo, essa Palavra ungida vai equipá-lo com todas as provisões de que
você necessitará para percorrer todo o caminho até o seu destino!
Senhor, eu Te agradeço por me amares tanto a ponto de dar a Tua Palavra para me
equipar para a vida. Percebo que todas as respostas de que necessito estão na Tua
Palavra. Eu muitas vezes reclamei de precisar de mais poder e sabedoria. Porém, a
verdade é que tudo de que necessito está na Tua Palavra. Ajuda-me a ler a minha Bíblia
diligentemente, a aprofundá-la em meu coração e minha alma e a aplicá-la à minha vida.
Ao fazê-lo, eu peço que Tu libertes sobrenaturalmente o seu poder divino para me
transformar de um cristão simples e básico em um cristão superequipado para a vida!
Confesso que a Palavra de Deus tem um lugar primordial em minha vida. Eu leio
regularmente a Palavra de Deus e medito em suas verdades; portanto minha mente está
sendo renovada com a Palavra dia a dia. Como resultado, essa Palavra me prepara,
aparelha e supre — com todo o equipamento espiritual de que necessito para fazer a
corajosa viagem que Deus planejou para a minha vida. Com a Palavra de Deus colocada
firmemente no meu âmago, estou pronto para navegar e seguir para onde o Espírito Santo
conduzir!
PARA REFLETIR
1. Se você tivesse de avaliar a sua condição espiritual hoje, diria que é

um cristão simples, básico e despreparado ou se consideraria
perfeitamente habilitado e excelentemente equipado em um sentido
espiritual?
2. Para tornar-se espiritualmente bem equipado, de que você necessita
para começar a fazer o que não está fazendo agora?
3. Se você continuar a fazer exatamente o que está fazendo neste
momento em sua vida espiritual, até onde acredita estar preparado
para navegar? Você está suficientemente suprido para fazer qualquer
coisa que Deus lhe pedir para fazer ou ir a qualquer lugar para onde
Ele quiser enviá-lo?
Você encontrará todos os tipos de condições atmosféricas em sua jornada

ao longo da vida, portanto, para chegar ao seu destino final, precisará de
todo o equipamento que puder obter!
6 DE SETEMBRO
Eis Como Extinguir os Dardos Inflamados do

Maligno!
...embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do
Maligno.
— Efésios 6:16
V ocê gostaria de apagar todos os dardos inflamados que o diabo tenta

atirar em sua direção? Essa proposta parece boa demais para ser
verdadeira? Bem, Efésios 6:16 garante que se o seu escudo da fé estiver
erguido à sua frente, você estará sobrenaturalmente capacitado a se defender
contra os dardos inflamados do inimigo. Porém, mais do que isso, você será
capaz de literalmente apagar todos os dardos inflamados que o diabo tentar
enviar em sua direção!
Isso torna o nosso escudo da fé muito importante! Portanto, analisemos
Efésios 6:16 para ver exatamente o que esse versículo diz acerca de sermos
capazes de extinguir todos os dardos inflamados do inimigo: “... embraçando
sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos
inflamados do Maligno”.
Hoje, gostaria de chamar a sua atenção para vários pontos muito
importantes desse versículo. Primeiramente, quero que você perceba a frase
“... com o qual podereis...”. A primeira parte dessa frase grega seria mais
bem traduzida como pelo qual. Para a palavra “podereis”, a palavra grega
usada aqui é dunamis, que indica poder explosivo ou poder dinâmico e da
qual provém a palavra “dinamite”. Quando essas palavras e frases gregas
são usadas juntas, como em Efésios 6:16, a tradução poderia ser: “...
embraçando sempre o escudo da fé, pelo qual você receberá poder
dinamicamente...”.
Paulo usa essas palavras gregas para explicar o revestimento de poder
sobrenatural que ocorre quando um cristão usa seu escudo da fé. Quando um
cristão levanta seu escudo e o mantém à sua frente, que é o seu lugar correto,
esse escudo energiza divinamente o cristão para se opor corajosamente a
todos os ataques do diabo. Esse escudo da fé se torna, de forma dinâmica e
sobrenatural, capacitado a atuar como uma impenetrável muralha de defesa
contra as táticas do inimigo. Em outras palavras, a fé é um escudo para o
cristão!
O escudo da fé é tão poderoso que o torna fortalecido, invulnerável e
tremendamente armado! Ele o equipa para manter uma posição blindada.
Isso o transforma em um tanque espiritual para que tenha a capacidade de
avançar sem sofrer perdas. Isso não significa que o diabo não tentará detê-
lo, mas quando o escudo de fé estiver à sua frente, como deveria estar, você
estará divinamente revestido de poder para “... apagar todos os dardos
inflamados do Maligno”.
A palavra “apagar” desse versículo provém do grego sbennumi, que
significa arrefecer por apagamento ou extinguir mergulhando em água. Ela
se refere ao escudo encharcado de água dos soldados romanos. Veja, antes
de saírem para uma batalha, os soldados romanos propositadamente
encharcavam seu escudo na água até ele ficar totalmente saturado. Os
soldados faziam isso porque sabiam que o inimigo iria atirar flechas com
fogo em sua direção. Se um escudo estivesse seco, poderia ser incendiado
quando atingido. Porém, se essa peça vital da armadura fosse encharcada na
água, as chamas se extinguiriam, mesmo que uma flecha penetrasse sua
superfície fortemente saturada.
Como isso se aplica a nós, cristãos? Bem, Romanos 10:17 diz que a nossa
fé aumenta ao ouvirmos a Palavra de Deus. Em Efésios 5:26, a Palavra de
Deus é comparada à água. Então, ao nos submetermos regularmente à
Palavra de Deus, encharcamos a nossa fé com ela, assim como um soldado
romano encharcava seu escudo com água. E, quando nossa fé se torna
saturada da Palavra ou encharcada da Palavra, torna-se exatamente como o
escudo saturado de água do soldado. Em outras palavras, ela estará tão
banhada da água da Palavra de Deus que, mesmo que um dardo inflamado
perfure o nosso escudo, a enorme quantidade de Palavra presente em nós
apagará as chamas e extinguirá uma situação potencialmente prejudicial!
As palavras “dardos inflamados” provêm do grego belos. Ela se referia a
uma flecha com a ponta enrolada com tecido embebido em líquidos
inflamáveis de modo a arder em chamas quentes e furiosas. O famoso
escritor grego Tucídides usou essa palavra belos para descrever flechas
longas e finas especialmente feitas que externamente pareciam inofensivas;
entretanto, o interior oco da flecha era preenchido com líquidos inflamáveis
que, ao impacto, explodiam causando um incêndio violento. Provavelmente,
essa flecha é a imagem que Paulo tinha em mente ao escrever sobre “...
dardos inflamados do Maligno”.
Muitas vezes, quando o diabo ataca, no início parece ter pouca
importância, como pequenas flechas inofensivas que podem causar pequenos
danos. Porém, quando essas flechas atacam o coração ou as emoções,
frequentemente explodem e incendeiam as paixões humanas, fazendo com
que um problema menor se transforme em uma situação feroz e ardente. O
dano causado em tal momento é muito grave — e tudo isso poderia ter sido
evitado se o escudo da fé tivesse sido empunhado e regularmente
mergulhado na água da Palavra!
Não há dúvida de que o diabo tentará disparar suas flechas em direção a
você. Porém, ter um escudo de fé encharcado na Palavra de Deus lhe dá
dupla proteção contra esses ataques, pois ele garante que os dardos
inflamados do inimigo terão pouco ou nenhum efeito, mesmo que se
aproximem o suficiente para atingir seu coração, sua mente ou suas emoções
em meio às situações que você está enfrentando hoje.
Por isso, hoje eu o exorto a dedicar tempo a encharcar a sua fé na Palavra
de Deus. Deixe a água da Palavra transbordar a sua fé para que se o inimigo
tentar lançar um ataque surpresa contra você — sua saúde, suas finanças, seu
casamento, seus filhos, sua família, sua igreja, sua empresa ou seu emprego
— ele descubra que os dardos inflamados dele não têm impacto sobre o seu
escudo da fé encharcado na Palavra!
Recuse-se a se permitir ser vítima do diabo! Mantenha o seu escudo da fé
encharcado na Palavra bem à sua frente, de modo a cobrir totalmente a sua
vida. Então, tenha certeza de que nenhum dardo inflamado do inimigo terá
um impacto sério em você. Por meio do poder dinâmico e explosivo de
Deus, esse escudo da fé vai protegê-lo contra qualquer coisa que o inimigo
lançar sobre você!
Senhor, eu Te agradeço por me dares o escudo da fé. Ajuda-me a ser corajoso e ousado, e
a manter o meu escudo erguido diante de mim para deter todos os ataques do inimigo.
Após ler a Pedra Preciosa de hoje, entendo que tenho a responsabilidade de encharcar a
minha fé na Tua Palavra para que ela possa apagar todos os dardos inflamados que o
diabo tentar lançar em minha vida. Peço que Tu me ajudes a estar sinceramente
empenhado em fazer da Tua Palavra a prioridade máxima em minha vida — encharcando
a minha fé com essa Palavra até ela se tornar uma impenetrável muralha de defesa contra
os ataques do inimigo!
Confesso que a minha fé está saturada da Palavra de Deus! O diabo pode tentar me
atacar, mas a minha fé está mantida firme à minha frente, cobrindo minha vida totalmente
e extinguindo todo dardo inflamado que o diabo tentar lançar em minha direção. Minha fé
é sobrenaturalmente energizada e sou revestido de poder para enfrentar todos os ataques
que o diabo tentar lançar contra a minha vida!
PARA REFLETIR
1. Você está dedicando tempo suficiente à Palavra para fazer com que
seu escudo da fé esteja saturado e encharcado com a água da Palavra
de Deus? Ou a sua fé está tão seca em consequência da falta da
Palavra que seu escudo não está mais funcionando?
2. Você consegue se lembrar de um momento em que foi atingido por um
dardo inflamado que normalmente teria inflamado tudo com emoções
negativas e destruição — mas em função de sua fé estar encharcada
da Palavra e preparada, esse ataque teve muito pouco impacto em
sua vida? Qual foi essa situação?
3. Você já viu um dardo inflamado do inimigo causar uma chama de
destruição ao atingir o alvo? Quando você viu isso acontecer,
percebeu que o sucesso do ataque do diabo foi por causa de uma
falta de tempo dedicado à Palavra de Deus?
7 DE SETEMBRO
Aprenda a Pensar Como Uma Serpente!

Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as
serpentes e símplices como as pombas.
— Mateus 10:16
Q uando eu estava crescendo, havia muitas serpentes no interior onde

vivíamos, e muitos de meus jovens amigos achavam divertido procurar
e colecionar cobras. Por eu ser um típico menininho, acompanhava meus
amigos em sua busca por cobras. Essa experiência em primeira mão me
ensinou muito sobre o comportamento das cobras e, mais tarde, me permitiu
ter uma compreensão mais profunda sobre o que Jesus quis dizer com “Eis
que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto,
prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mateus 10:16).
Nesse versículo, Jesus ordenou aos Seus discípulos (e a nós) que fossem
“prudentes como as serpentes”. A palavra “prudentes” provém do grego
pronimos, que significa prudente, cuidadoso, esperto, discernente,
precavido, inteligente ou sensato. Retrata perfeitamente o comportamento e
os atos das serpentes. Elas são muito cuidadosas, discernentes, inteligentes
e prudentes na forma como agem. A palavra grega que normalmente se
refere a uma “serpente” é ophis.
É um fato Jesus ter nos dito que precisamos ser “prudentes como as
serpentes”! O grego significa literalmente que precisamos ser tão prudentes,
discernentes, inteligentes, precavidos e cuidadosos quanto as serpentes!
Obviamente, Jesus queria que aprendêssemos algo com o comportamento das
serpentes; por isso dediquei algum tempo a ponderar sobre esse assunto. Por
fim, entendi exatamente o motivo de Jesus ter usado esse exemplo e como ele
se aplica a todos nós no tocante a nossas famílias, negócios, ministérios ou
qualquer oportunidade que Deus nos apresente na vida.
Se você é melindrado quanto a serpentes e cobras, fique comigo nos
próximos momentos para entender todo o impacto do que Jesus estava nos
dizendo. Lembre-se de que Jesus é Aquele que escolheu usar uma serpente
para apresentar esse argumento. Por isso, consideremos o comportamento
das serpentes durante um momento e vejamos como isso se relaciona a
sermos “prudentes” no modo como vivemos nossa vida e conduzimos nosso
ministério ou empresa.
Primeiramente, quando as serpentes se mudam para um novo território,
não anunciam sua presença. Em vez disso, passam desapercebidas,
permanecem silenciosas e se confundem com o ambiente. De fato, você é
capaz de passar bem ao lado de uma cobra e sequer percebê-la! As
serpentes têm a capacidade de ser quase invisíveis. Elas são projetadas para
serem camufladas.
Essa camuflagem serve como cobertura protetora. O mais vil dos
agressores passa bem ao lado, mas a serpente não é notada porque se
misturou muito bem à paisagem. Essa camuflagem dá à serpente liberdade
para se mover livremente enquanto encontra seu caminho no novo território.
Quando as cobras avaliam uma nova situação, veem que tipo de
oportunidades há na região. Elas identificam lugares de abrigo. Encontram
esconderijos para se proteger contra ataques. Observam para ver onde
podem encontrar a presa mais fácil. Quando todos esses fatos são
assimilados, a serpente está pronta para agir. Porém, esse período de
“estabelecimento” é um momento importante para uma serpente. E Jesus
disse haver no comportamento de uma serpente sabedoria com a qual
precisamos aprender!
Quando Deus chama você ou eu a fazer algo novo — mudar para um novo
território ou aproveitar uma oportunidade divina — é sábio nos movermos
cuidadosa e lentamente para essa nova fase de nossa vida. Um erro comum é
agir com demasiada rapidez. Agir apressadamente antes de todos os fatos
serem coletados e assimilados pode nos levar a tomar decisões erradas. De
fato, um único erro grave pode nos fazer perder totalmente uma
oportunidade. É melhor passar desapercebido, permanecer silencioso e
confundir-se com o ambiente durante algum tempo, aprendendo com o que
vemos e os fatos que observamos.
Deixe-me dar-lhe um exemplo. Quando Denise e eu nos mudamos para a
antiga União Soviética, dedicamos tempo a aprender os costumes e a cultura
do novo território. Sabíamos que demoraríamos para entender tudo que
veríamos e experimentaríamos; por isso nos movíamos muito lenta e
cuidadosamente. Embora tenhamos visto oportunidades imediatamente,
decidimos primeiro observar e obter o máximo de conhecimento possível
sobre as circunstâncias em que nos encontrávamos naquele momento. Agir
com excessiva rapidez teria certamente significado tomar decisões ruins e
lamentáveis.
Nos primeiros meses em que moramos lá, fizemos pouco barulho e nossa
presença quase não era percebida. Isso permitiu que nos deslocássemos
livremente e sem interrupção. Visitávamos igrejas sem prévio aviso.
Entrávamos e saíamos de diferentes partes da cidade para observar e
verificar a condição espiritual do nosso novo ambiente.
Além disso, antes de fazer qualquer grande anúncio de que iríamos ter um
programa de televisão, primeiramente eu quis conhecer algo sobre televisão
e senti que a melhor maneira de aprender era fazê-lo discretamente. Eu havia
observado um número excessivo de missionários dos Estados Unidos que
anunciaram grandes planos que infelizmente nunca progrediram. Suas ideias
eram grandes, talvez até de Deus; mas por eles terem agido antes de entender
o quadro completo, arruinaram seu testemunho e perderam uma oportunidade
gloriosa.
Muitos missionários foram prejudicados por agirem com demasiada
rapidez e precipitação. Estavam tentando ganhar terreno para o reino de
Deus em uma terra sobre a qual nada conheciam. Na realidade, foi total
loucura iniciar projetos tão fantásticos sem primeiramente entender os
desafios, riscos e perigos.
Minha mulher e eu sabíamos que avançar mais lentamente poderia
aumentar a demora, mas no final tal estratégia produziria resultados mais
estáveis e sérios. Portanto, fizemos a escolha de avançar de maneira
vagarosa e constante, coletando todos os fatos que conseguíssemos,
analisando as informações, e depois escutando o que o Senhor poderia nos
dizer acerca dos fatos que havíamos aprendido. Então, e só então,
anunciaríamos os nossos planos. Fazer tal anúncio sem primeiramente dar
os passos anteriores teria sido um erro.
A maioria dos erros graves pode ser evitada quando nos mudamos para
uma nova situação ou um novo ambiente. Recomendo que você dedique
tempo e tenha certeza das ações a realizar antes de agir. Eu sugiro que você
primeiro:
• Aprenda o panorama do seu novo ambiente.

• Localize lugares de abrigo espiritual para você e sua família.
• Veja que tipo de ataques poderiam potencialmente vir contra vocês.
• Dedique tempo a realmente entender as oportunidades ao seu redor.
• Tire vantagem de seu tempo de preparação antes de anunciar planos
grandiosos e gloriosos, assegurando-se de estar totalmente informado
sobre todos os fatos.
Em segundo lugar, as serpentes são suficientemente sábias para saber

quando aproveitar o momento e atacar! Saber quando agir é tão importante
quanto saber quando permanecer desapercebido. Quando a presa passa
diante de uma serpente, esta sabe que é hora de atacar! Se esperar muito
tempo, a oportunidade passará e a presa alcançará uma posição
irrecuperável.
Então, quando for hora de agir, coloque seus medos e emoções de lado e
aproveite o momento!
Vi muitos ministros e empresários orarem e orarem para que
oportunidades divinas viessem até eles. Eles jejuam, oram e esperam que
aquele momento dourado chegue — e por fim ele chega! Uma excelente porta
de oportunidade fica diretamente à frente deles. É hora de agir. Porém, em
vez de aproveitar o momento e atravessar aquela porta, eles param para orar
um pouco mais. Deus lhes trouxe exatamente aquilo pelo que eles estavam
orando, mas por terem parado, perderam a oportunidade. Quando enfim
conseguiram dizer sim, era tarde demais.
Deixe-me dar-lhe outro exemplo pessoal. Em 1993, eu orava e buscava
ardentemente a Deus para que Ele abrisse um caminho para iniciarmos uma
rede cristã de televisão na antiga União Soviética. Um dia, recebi um
telefonema de um dos principais diretores de uma emissora de televisão
nacional. Eles me pediram para voar até a cidade deles para nos reunirmos e
falarmos sobre a transmissão de nosso programa todas as semanas em rede
nacional. Meu colega e eu pegamos o primeiro avião disponível e fomos
encontrar aquele poderoso grupo de pessoas que estava nos fazendo uma
oferta tão empolgante.
Meu coração estava cheio de expectativa. Fiquei imaginando: será essa a
oportunidade pela qual eu estava orado? Isso está realmente ocorrendo?
Deus está respondendo à minha oração? Eu tinha a sensação de que algo
ótimo e tremendo estava prestes a acontecer, e mal conseguia esperar chegar
à reunião para ouvir a proposta daquele grupo.
Já havia feito a minha lição de casa. Havia estudado as estatísticas
referentes ao alcance total da emissora de televisão prestes a ser oferecida.
Havia falado com pastores e igrejas em toda aquela nação para ver o que
eles pensavam daquele canal. Meu tempo de “passar desapercebido e
confundir-me com o ambiente” me dera o conhecimento de que eu precisava
para o momento em que entrei naquela reunião com aqueles diretores de
televisão. Eu estava preparado por aquela tão aguardada conversa, armado
com informações e sustentado pelas orações de nossos parceiros.
Quando a reunião começou, os diretores me perguntaram: “Você gostaria
de transmitir o seu programa de televisão em rede nacional e alcançar todos
os lares desta nação?”. Era exatamente por isso que eu vinha orando e
esperando durante muito tempo! A oportunidade de uma vida estava sentada
à mesa à minha frente, na forma de um contrato de televisão. Porém, mantive
a compostura, não querendo que eles soubessem quão empolgado eu estava
com aquela chance de alcançar todos os lares da nação. Queria ouvir quanto
aquela porta de oportunidade divina custaria mensalmente ao nosso
ministério.
O custo era muito maior do que havíamos imaginado. Porém, eu sabia que
era vantajoso, considerando-se o fato de que o nosso programa seria
transmitido para cada lar de todo o país. Quando ouvi o preço do tempo de
transmissão, senti uma hesitação no início, temendo que não conseguíssemos
coletar o valor necessário a cada mês. Contudo, eu sabia que havia sido
aberta diante de mim uma porta nunca antes oferecida a outros. Somente
Deus poderia abrir uma porta tão incrível para o Evangelho. Não havia
dúvida de que Ele estava orquestrando todo o evento.
Pedi para ficar sozinho por alguns minutos. Quando os diretores de
televisão saíram da sala, eu disse ao meu colega: “Não sei de onde virá o
dinheiro para pagar por isso, mas somente Deus poderia ter aberto essa
porta de oportunidade. Será um pagamento milagroso a cada mês, mas eu
vou assinar esse contrato agora mesmo, antes que percamos essa
oportunidade para o Evangelho”.
Minha mente e minha lógica disseram Não faça isso, mas meu espírito
disse FAÇA-O AGORA! Em meu coração, eu sabia que era o momento de
atacar e aproveitar aquela incrível oportunidade. Então, alguns minutos
depois, peguei uma caneta-tinteiro e assinei meu nome na linha pontilhada. A
rede nacional de televisão havia caído em minhas mãos! Agora, nossos
programas seriam transmitidos para os lares de mais de cinquenta milhões
de pessoas a cada semana!
Poucos dias depois de assinar aquele contrato, a política mudou
radicalmente na nação. Se não tivesse aproveitado a oportunidade naquele
exato momento, eu a teria perdido. Se eu tivesse hesitado uma semana, a
porta teria sido fechada. Por termos agido no momento certo, nosso
programa de televisão estava preso a um contrato que o governo tinha de
honrar. Como resultado de agirmos no momento certo, nosso ministério e
programa de televisão se tornaram uma das forças espirituais mais
poderosas daquela nação. Desde 1993, quando passamos por aquela porta,
temos impactado aquela nação com o ministério apostólico e de ensino que
Deus nos deu, e incontáveis vidas foram transformadas para sempre.
Agradeço a Deus por ter tido a coragem e a iniciativa espirituais para agir
no momento certo. Eu já havia orado muito. Porém, ao me sentar com
aqueles diretores naquele dia, percebi que tinha de aproveitar o momento e
agir. Era hora de atacar! Por meio de experiências como aquela, o Senhor
me ensinou que há momentos para “passar desapercebido” e momentos para
“atacar rapidamente”. Certamente, essa era uma das ideias de Jesus ao nos
dizer “... sede, portanto, prudentes como as serpentes...” (Mateus 10:16).
Você pode estar perguntando: “Porém, como sei quando é tempo de passar
desapercebido ou tempo de agir e aproveitar o momento?”. O Espírito Santo
vai guiá-lo nessas áreas se o seu espírito for suficientemente sensível para
seguir a Sua liderança. Se você dedicar tempo a ficar quieto e ouvir a Sua
voz, Ele vai guiá-lo ao longo de todos os obstáculos, camuflá-lo contra todos
os ataques e mostrar-lhe exatamente quando agir em sua família, empresa,
igreja e o ministério que Deus lhe deu.
Muitas pessoas têm medo de obedecer ao que o Espírito coloca em seu
coração. Com medo de serem desviadas ou cometerem um erro, elas se
sentam à beira do caminho e observam outras pessoas conseguirem sucesso,
enquanto permanecem exatamente onde sempre estiveram. Deixe-me dizer-
lhe algo, amigo — você pode confiar na liderança do Espírito Santo! Se
você deixar o Espírito Santo se tornar seus olhos e ouvidos, nunca deixará
de reconhecer momentos-chave e oportunidades divinas para sua vida,
família, empresa ou ministério.
Você e eu não somos suficientemente brilhantes para descobrir o momento
certo para tudo usando a nossa própria lógica. O tempo para as nossas ações
precisa ser dirigido pelo Espírito Santo, não por nós. Se aprendermos a
depender da liderança do Espírito, atravessaremos muitas portas estratégicas
em momentos-chave. Porém, é imperativo entendermos que, quando Ele diz
“AGORA!”, isso realmente significa “AGORA!”.
Oro para que você tenha uma nova visão do que Jesus quis dizer quando
nos ordenou “... sede, portanto, prudentes como as serpentes...”. Ele estava
nos dando uma mensagem poderosa, não estava? Portanto, tenha muito
cuidado para não avançar com demasiada rapidez e tenha cuidado também
para não se demorar quando for o momento certo de agir. Abra hoje o seu
coração ao Espírito de Deus e deixe-o começar a ensiná-lo quando passar
desapercebido e quando atacar!
Senhor, eu Te peço que me ajudes a ser sábio, prudente, inteligente, discernente e sensato
no modo como penso e ajo. Tu vês tudo e sabes o que realmente está acontecendo; por
isso estou dependendo de Ti para me liderares em todas as situações. Ensina-me quando
ficar quieto e quando agir. Tu és o meu Líder; por isso, espero que Tu me guies e me
ajudes a fazer exatamente o que é certo em cada situação.
Confesso que tenho a mente de Jesus Cristo! Sua mente me torna sensato, inteligente,
prudente, discernente e preciso na maneira como penso e me comporto. Em virtude de o
Espírito Santo estar produzindo a mente de Cristo em minha vida, cometo pouquíssimos
erros. De fato, estou ficando cada vez melhor em ver as coisas com precisão e saber o que
fazer em diferentes situações. Tenho o cuidado de passar desapercebido quando o Espírito
me diz para esperar, e sou ousado em obedecer quando o Espírito me diz para agir!
PARA REFLETIR
1. Houve no passado um momento em que você soube que uma

oportunidade estava passando diante de você — e tinha de atacar
naquele momento ou perderia a oportunidade que Deus estava lhe
dando?
2. Nesse caso, o que você fez? Você hesitou e perdeu o momento de
ouro que Deus estava tentando jogar nas suas mãos ou aproveitou a
oportunidade e atacou? Se hesitou e perdeu a oportunidade, pediu ao
Senhor para perdoá-lo por deixar o medo derrotá-lo? Você pediu a
Ele que lhe desse outra chance?
3. Você reconhece as oportunidades que o Espírito Santo coloca diante
de você? Qual oportunidade está passando na sua frente neste
momento? Como você vai reagir de forma diferente agora com
relação a como reagia antes para garantir que não perderá outra
oportunidade dada por Deus para fazer ou realizar algo grande?
Muitas pessoas têm medo de obedecer ao que o Espírito coloca em seu

coração. Com medo de serem desviadas ou cometerem um erro, elas se
sentam à beira do caminho e observam outras pessoas conseguirem
sucesso, enquanto permanecem exatamente onde sempre estiveram. Deixe-
me dizer-lhe algo, amigo — você pode confiar na liderança do Espírito
Santo! Se você deixar o Espírito Santo se tornar seus olhos e ouvidos,
nunca deixará de reconhecer momentos-chave e oportunidades divinas
para sua vida, família, empresa ou ministério.
8 DE SETEMBRO
Os “Idiotas” do Mundo São o Tipo de Pessoa Que

Agrada a Deus!
Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a
carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as
coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios...
—1 Coríntios 1:26-27
S e você não se sente suficientemente inteligente para ser usado por Deus,
a Pedra Preciosa de hoje foi escrita exatamente para você! Prepare-se,
porque você está prestes a ser abundantemente abençoado quando vir
exatamente quem Deus se delicia em escolher e usar para fazer coisas
poderosas em Seu nome! Em 1 Coríntios 1:27, o apóstolo Paulo escreve: “...
Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios...”.
A palavra “loucas” provém do grego moraino. Retrata alguém idiota,
estúpido ou lento. Nos tempos do Novo Testamento, era usada para retratar
uma pessoa estúpida ou tola — portanto, um idiota. Poderia também
representar uma pessoa mentalmente enferma ou mentalmente perturbada.
A palavra moraino era usada depreciativamente para zombar de pessoas ou
desdenhá-las por serem intelectualmente inferiores. Provém da mesma
palavra que deu origem no inglês a moron (idiota, retardado mental). O meu
dicionário menciona esses sinônimos: idiota, imbecil, bobo, pateta,
estúpido, bronco, cabeça-dura, tolo, ignorante, louco, simplório e tonto!
A verdade é que ninguém é idiota aos olhos de Deus. Porém,
frequentemente o mundo tem opinião e visão mordazes das pessoas
escolhidas por Deus. É simplesmente um fato que regularmente o mundo nos
ridiculariza como sendo tolos, imbecis e idiotas. Esse é precisamente o
modo como a palavra moraino era usada no tempo de Paulo, representando
pessoas que o mundo desprezava, zombava e tratava com desprezo.
Em virtude de grande parte da Igreja Primitiva ser composta por servos e
escravos, a maioria das pessoas das congregações locais era muito
ignorante, inculta, tosca, rude, desajeitada e grosseira. Não eram pessoas
estúpidas; simplesmente nunca haviam sido expostas ou ensinadas a ter
maneiras, cultura e comportamento refinado. Criadas e tratadas como servas
desde o nascimento, nunca tiveram necessidade de conhecer essas
habilidades. Como resultado, é um fato histórico que a maioria da Igreja
Primitiva era inculta.
Embora houvesse uma razão lógica para muitos dos primeiros cristãos
serem tão incultos, essa falta de cultura os fazia parecer estúpidos aos olhos
do mundo. De fato, no início, o Império Romano considerava o cristianismo
como a religião de pessoas estúpidas e pobres, porque crescia muito
rapidamente entre as classes mais baixas de escravos.
Contudo, Paulo diz: “... Deus escolheu as coisas loucas do mundo para
envergonhar os sábios...” (1 Coríntios 1:27). A palavra “envergonhar”
provém da palavra grega kataishuno. Significa envergonhar, embaraçar,
confundir, frustrar ou desorientar. A palavra “sábios” vem de sophos, que
se refere às pessoas naturalmente brilhantes, intelectualmente perspicazes
ou especialmente iluminadas. Paulo está dizendo que Deus chama pessoas
que o mundo considera idiotas para envergonhar, embaraçar, confundir,
frustrar e desorientar os que pensam ser muito inteligentes!
Considerando-se todas essas palavras gregas, uma tradução
interpretativa de 1 Coríntios 1:26-27 poderia ser:
“Deus escolheu pessoas que são idiotas segundo a visão do mundo; o
mundo as vê como imbecis, tolos, verdadeiras idiotas. Contudo, Deus
as está usando para confundir totalmente as que parecem inteligentes
aos olhos do mundo.”
Se alguém já o chamou de idiota — se você já foi chamado de imbecil
estúpido, bobo ou tolo — é tempo de se alegrar! Isso faz de você um
candidato! Você é exatamente o tipo de pessoa que Deus quer usar!
Por isso, não deixe pessoa alguma rebaixá-lo ou fazê-lo sentir-se mal
com relação a si mesmo. Falta de estudo, cultura ou refinamento nunca
impediu Deus de usar pessoas que têm um coração disposto. Se o seu
coração for reto e você estiver disposto a ser usado por Deus, é exatamente
quem Ele está buscando neste momento! Apenas diga: “Senhor, eis-me aqui!
Estou pronto para ser usado!”.
Senhor, eu Te agradeço por escolher usar pessoas como eu! Percebo que posso não ter o
estudo, as habilidades, a cultura ou o treinamento de alto nível que os outros talvez
possuam, mas tenho um coração para ser usado por Ti. Quero que Tu me tomes e me uses
para a Tua obra nesta terra. Hoje eu me entrego novamente a Ti, pedindo que Tu me tomes
e me uses poderosamente nesta vida!
Confesso que sou exatamente o tipo de pessoa que Deus quer usar! Meu coração é reto;
tenho disposição e desejo profundamente que Deus me use de uma maneira especial nesta
vida. Estou disposto a aprender e pronto para ser corrigido. Quero que Deus me molde
para tornar-me um poderoso instrumento em Suas mãos. Graças a minha atitude e ao meu
coração disposto, Deus me usará poderosamente para promover o Seu reino nesta terra!
PARA REFLETIR
1. Você aceitou o chamado de Deus em sua vida?

2. Em caso afirmativo, o que você acredita que Ele o chamou a fazer? O
que você sabe sobre o plano especial e singular que Ele tem somente
para você e mais ninguém?
3. Se você ainda não aceitou o seu chamado singular, o que o está
impedindo de dizer sim ao Senhor e entrar no futuro glorioso que Ele
planejou para a sua vida?
Se alguém já o chamou de idiota — se você já foi chamado de imbecil,

estúpido, bobo ou tolo — é tempo de se alegrar! Isso faz de você um
candidato! Você é exatamente o tipo de pessoa que Deus quer usar!
9 DE SETEMBRO
Você é Como o Bronze Que Soa ou o Címbalo Que

Retine?
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor [ágape], serei como o
bronze que soa ou como o címbalo que retine.
P arece que o apóstolo Paulo encontrou um grupo de pessoas

extremamente “superspirituais” na cidade de Corinto. Entretanto, Paulo
não ficou impressionado com aquelas pessoas e seu nível de espiritualidade,
porque elas tinham uma óbvia falta de amor. Sua carência de amor o
incomodou tão profundamente que ele fez referência a isso ao escrever 1
Coríntios 13:1: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não
tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine”.
As palavras “bronze que soa” são muito importantes nesse versículo.
Comecemos o nosso estudo de hoje com ela. Provém da antiga palavra grega
chalkos, que se referia a metal. Entretanto, não se tratava de qualquer metal;
era bronze ou cobre ao qual uma pequena quantidade de estanho havia sido
adicionada. Esse estanho fazia com que o metal tivesse um som oco e vazio
quando golpeado. Foi por isso que Paulo também usou a palavra “soa” — do
grego echo, que descrevia um ruído que reverbera ou ecoa. Quando essas
duas palavras eram usadas juntas, retratavam o interminável golpeamento
de metal que produz um eco vazio, incômodo e irritante, que parece
reverberar eternamente.
Então, ao escrever sobre “bronze que soa”, Paulo emprestou uma
ilustração do mundo pagão de Corinto para argumentar sobre pessoas
superespirituais que não demonstram amor. A ilustração escolhida por ele
foi o interminável, ininterrupto, incômodo, exasperante, irritante, frenético
golpeamento e tinido do bronze efetuado na adoração pagã, que ecoava
incessantemente em toda a Corinto. Os cidadãos dessa cidade nunca
conseguiam fugir do interminável golpeamento desse metal; por isso essa era
uma ilustração que todos os membros da igreja do Corinto teriam facilidade
em compreender.
Os cidadãos não salvos de Corinto eram profundamente devotados às
religiões pagãs. Em termos de paganismo e idolatria, Corinto se destaca
como uma das cidades mais imorais e idólatras da história mundial. Os
templos pagãos da cidade eram repletos de adoradores que dançavam
descontroladamente sob a influência de vinho e drogas. Para levar as
pessoas a perderem o controle e entrarem em um estado emocionalmente
frenético de êxtase espiritual, os sacerdotes pagãos batiam
descontroladamente os tambores de metal, cada vez mais rápido e mais alto.
Os cidadãos acreditavam que as penetrantes e ensurdecedoras batidas nos
tambores eram essenciais para o alcance de um estado de êxtase espiritual.
Não obstante, aquilo era um incômodo constante para eles, porque nunca
conseguiam escapar da batida constante e rítmica no metal, que produzia
aquele ruído agonizante.
Com o passar do tempo, esse conhecido e comumente odiado ruído
incessante de tinido se tornou a palavra que as pessoas usavam para
descrever uma pessoa que falava incessantemente.
Você já esteve perto de uma pessoa que falava tanto que você nem a
escutava mais? Depois de algum tempo, você apenas olhava para ela sem
escutá-la, porque as palavras pareciam nunca parar de jorrar daquela boca?
As palavras dela acabaram soando como ruído para você? Bem, é
exatamente isso que Paulo está dizendo em 1 Coríntios 13:1 — pessoas que
falam muito e reivindicam muito, mas cuja vida não corresponde às suas
muitas palavras. Paulo diz que pessoas assim são apenas um monte de ruídos
vazios e superficiais de tinidos e batidas, que acabam se tornando irritantes
para todos os que estão suficientemente perto para ouvi-los.
Mas, espere — Paulo também comparou aquelas pessoas superespirituais
sem amor a “um címbalo que retine”. A palavra “retine” é uma tradução
muito pobre, porque a palavra grega alalazon significa ressoar ou
estrondear. A palavra “címbalo” provém do grego kumbalon, que significa
címbalos. Porém, quando elas duas são combinadas, formando uma só,
descrevem um estrondo constante de címbalos, muito semelhante aos
tocados pelo povo judeu imediatamente antes de ir à guerra! O estrondo
daqueles címbalos era um chamado às armas! Ele soava o sinal de que era
tempo de lutar!
Considero interessante Paulo usar as frases “bronze que soa” e “címbalo
que retine” para descrever aquelas pessoas. Assim como um “bronze que
soa” era irritante e enervante para todos os que o ouviam, e o “címbalo que
retine” despertava a mente e as emoções para a guerra, uma pessoa que alega
ter grande espiritualidade, mas não demonstra amor, pode ser apenas
igualmente irritante!
Como esse tipo de pessoa prossegue interminavelmente em uma perpétua,
incessante, superficial e arrogante autoglorificação, ela quase faz você
querer se levantar e brigar. Porém, não faça isso! Você precisa orar por
paciência quando está lidando com alguém assim. Se ela não estiver disposta
a escutar e ser transformada, você precisará pedir a Deus para lhe mostrar
uma maneira de sair graciosamente do difícil confronto. Porém, se uma porta
se abrir e surgir uma oportunidade para você falar a verdade em amor, diga a
essa pessoa como ela está incomodando as outras. Se você estivesse no
lugar dela, não desejaria que alguém lhe dissesse a verdade, mesmo se não
gostasse do que estava dizendo?
Você poderia também aprender a lidar com essa situação, porque as
pessoas que se encaixam nessa descrição não irão simplesmente
desaparecer. Em vez de concentrar todas as suas orações em como essas
pessoas egoístas precisam ser transformadas, talvez seja tempo de você
começar a pedir a Deus para transformar você de modo que possa lidar com
elas em um espírito de amor. Talvez elas nunca tenham visto a verdadeira
espiritualidade e, por isso, não sabem com o que ela se parece ou como soa.
Se assim for, essa é a sua oportunidade de lhes mostrar a realidade!
Não espere até a conversa ininterrupta dessa pessoa o leve ao ponto de
querer se levantar, dar-lhe um tapa e dizer que cale a boca. Antes que isso
aconteça, recorra ao Senhor e peça que Ele dê o coração Dele a essa pessoa.
Quando você tiver o coração e a mente de Deus quanto à situação, poderá
lidar com ela com o espírito de Jesus.
Porém, o que você deve fazer se você é a pessoa que fala sem parar? Você
precisa prestar atenção ao que leu hoje. As suas palavras funcionam como
um repelente que afasta as pessoas de você? Se você percebeu que as
pessoas o estão evitando, talvez precise descobrir o motivo! Vá até alguém e
pergunte: “Você poderia me dizer o que eu estou fazendo que está afastando
as pessoas de mim?”. Porém, se fizer essa pergunta, esteja preparado para
receber a resposta. Você precisa estar disposto a fazer correções em seu
caráter, suas palavras e sua vida.
A última coisa que você ou eu queremos ser é um bronze que soa ou um
címbalo que retine. Portanto, seria bom todos nós irmos ao Senhor e
pedirmos a Ele para revelar qualquer coisa que haja em nossas palavras ou
atos que precise ser alterada. E, se o Espírito Santo nos revelar algo,
precisaremos empenhar todos os nossos esforços para levar correção à
nossa vida!
Senhor, ajuda-me a ser paciente com pessoas que não têm consideração pelos outros e
não param de falar sobre si mesmas. Quando eu for tentado a perder minha paciência e a
ficar irado com elas, dá-me a graça de moderar as minhas emoções para poder responder
a elas no espírito de Jesus. Sei que Tu tens sido paciente comigo com muita frequência, e
agora é a minha vez de ser paciente com os outros. Ajuda-me a lhes demonstrar a mesma
bondade que Tu me demonstraste e a evitar cair na armadilha de ser crítico e impaciente.
Confesso que sou amoroso, paciente e bondoso, e não perco rapidamente a paciência com
pessoas egocêntricas. Essas tagarelas não são minhas inimigas. Eu sou seu amigo. Como
Deus me capacita, eu lhes falarei a verdade no espírito de Jesus Cristo. Acredito que em
seu coração elas querem mudar. Por isso, eu ignoro as suas fraquezas e sou paciente com
elas enquanto Deus opera para transformá-las dia a dia!
PARA REFLETIR
1. Quem é a tagarela com quem você tem tentado lidar em sua vida? A
fala interminável dessa pessoa sobre si mesma revelou impaciência
no seu próprio caráter?
2. Se você encontra uma pessoa que se vangloria de uma grande
espiritualidade, mas não a demonstra em seu comportamento pessoal,
como responde a essa situação?
3. Se você fosse a tagarela que afetou negativamente outras pessoas,
gostaria que alguém lhe falasse a verdade em amor, para que você
pudesse trazer correção à sua vida? Em caso afirmativo, como você
gostaria que essa pessoa o abordasse sobre o assunto?
10 DE SETEMBRO
O Amor é Paciente e Benigno

O amor [ágape] é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes...
D urante as próximas seis Pedras Preciosas, quero lhe falar sobre as

palavras de Paulo em 1 Coríntios 13:4-8, onde ele fala de amor. Esses
poderosos versículos são como um espelho. Se você for suficientemente
corajoso para se olhar honestamente nesse espelho, descobrirá que Paulo
lista quinze pontos poderosos sobre o amor de Deus e como ele se comporta.
Analisando esses versículos, você poderá determinar se a sua vida é um
reflexo do amor de alto nível que Deus quer que você demonstre aos outros.
Se você descobrir que sua vida é um reflexo desse amor, pode louvar a
Deus pelo grande crescimento e maturidade que você alcançou. Porém, se
descobrir que a sua vida não reflete o tipo de amor que Deus deseja que
você possua, tome isso como um sinal do céu de que você precisa mudar e
se tornar mais semelhante a Jesus!
Paulo escreveu: “O amor [o amor de alto nível, ágape, de Deus] é
paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se
ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus
interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a
injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta. O amor jamais acaba...” (1 Coríntios 13:4-8).
Nesses versículos, o apóstolo Paulo nos dá quinze traços ou
características principais do amor ágape. Veremos todos esses quinze
pontos; entretanto, antes de entrarmos nas manifestações específicas do amor
ágape, analisemos primeiramente a própria palavra ágape, porque esse é um
tipo muito especial de amor, diferente de qualquer outro que existe no
mundo.
Em 1 Coríntios 13:4-8, Paulo usa a palavra ágape para descrever o nível
mais elevado de amor que há neste mundo, que é também o tipo de amor que
Deus espera que todo cristão demonstre em sua vida. Essa palavra ágape
descreve um amor tão totalmente diferente do que o mundo oferece, que só é
usada no Novo Testamento para descrever o amor de Deus e o amor que
deveria fluir do coração dos cristãos.
Ágape é um amor divino que sempre dá, mesmo que nunca seja
correspondido, agradecido ou reconhecido. Poderíamos dizer que ágape é
um amor que não se baseia na resposta, mas em uma decisão de continuar
amando, independentemente da resposta ou ausência de resposta de quem o
recebeu. Em virtude de o ágape ser um amor tão incondicional, eu o
denomino amor de alto nível. É a forma de amor mais elevada, mais nobre e
mais pura que existe.
• Quais são as características desse tipo de amor?

• Como o amor ágape se comporta?
• Como você pode reconhecê-lo?
• Qual é a evidência de que uma pessoa está se movendo nesse tipo de
amor de alto nível?
Em 1 Coríntios 13:4-8, Paulo descreve as características do amor ágape.

Deus concebeu esses versículos para ajudá-lo a determinar se você está ou
não andando nesse tipo de amor de alto nível em sua própria vida.
Ao iniciar sua descrição da conduta do ágape, Paulo começa escrevendo:
“O amor [ágape] é paciente...”. A palavra “paciente” provém do grego
makrothumia, composta pelas palavras makros e thumos. Conforme
observado anteriormente (ver 25 de julho), a makros significa longo. Pode
indicar algo longo, distante, afastado, remoto ou de longa duração.
Thumos significa raiva, mas também incorpora a ideia de emoções
intensificadas ou uma forte e crescente paixão por algo.
Quando essas duas palavras são combinadas em uma só, forma-se a
palavra makrothumia, que retrata o paciente controle da raiva e, portanto,
denota longanimidade. Pode ser traduzida como tolerância e paciência.
A palavra makrothumia (“longanimidade”) é como uma vela que tem um
pavio muito longo e que, em função disso, está preparada para queimar
durante muito tempo. Está pronta para tolerar e esperar pacientemente até
alguém, enfim, vir, evoluir, mudar ou ouvir o que a pessoa está tentando lhe
comunicar ou ensinar. Essa é a imagem de uma pessoa cujos sentimentos por
outra são tão apaixonados que ela não desiste facilmente nem se intimida; em
vez disso, continua prosseguindo incessantemente, mesmo que a outra pessoa
não responda rapidamente a ela.
Por isso, quando Paulo diz “o amor é paciente”, suas palavras poderiam
ser interpretadas assim:
“O amor tolera os outros paciente e apaixonadamente enquanto for
necessário ter paciência...”.
Caro amigo, isso significa que o amor ágape não se rende nem desiste. De
fato, quanto mais difícil é a luta e quanto mais duradora é a dificuldade, mais
comprometido o amor ágape se torna. Como uma vela com um pavio
infinito, simplesmente continua queimando sempre, porque nunca sabe como
parar. Isso, evidentemente, é contrário à natureza humana, que diz: “Estou
farto de esperar e acreditar. Se essa pessoa não mudar logo, chega desse
relacionamento”.
Você está em um relacionamento que testa a sua paciência? Você é tentado
a levantar os braços para o céu, desesperado? Se assim for, você precisa de
que uma boa dose de amor ágape seja liberada em você!
Conforme Romanos 5:5, o amor ágape de Deus já foi “derramado” em seu
coração pelo Espírito Santo. Isso significa que você não precisa produzir
esse amor sobrenatural. A palavra “derramado” provém do grego ekcheo,
que indica um derramamento, uma descarga, um transbordamento ou algo
distribuído em abundância. Em outras palavras, Deus lhe concedeu
magnificamente um amor suficiente para ser longânimo em qualquer
relacionamento ou situação.
O amor de Deus foi literalmente despejado, lançado e derramado no seu
coração. Então, quando você pedir ao Espírito Santo para ajudá-lo, Ele
liberará um rio desse amor divino para fluir no seu interior e fazer com que
você seja sobrenaturalmente longânimo para com a pessoa que o frustrou
tanto.
É simplesmente um fato que a natureza humana é irritadiça e intolerante,
mas o ágape é tardio em irar-se e não sabe como desistir! Ele se torna
sobrenaturalmente mais forte e mais comprometido quanto mais demora a
chegar ao coração da pessoa amada. Esse é um amor milagroso — um amor
que transforma e muda a vida das pessoas.
Em segundo lugar, Paulo nos diz que o amor é “benigno”. A palavra
“benigno” vem da palavra grega chresteuomai, que significa ser adaptável
ou ajustável às necessidades dos outros. Quando o ágape está operando em
sua vida, você não exige que os outros sejam como você. Em vez disso, o
ágape faz com que você se esforce ao máximo para se tornar o que os outros
precisam que você seja para eles! Assim, a palavra “benigno” retrata uma
vontade de servir e mudar para atender às necessidades dos outros. Isso é
totalmente oposto ao egoísmo e ao egocentrismo.
Então, quando Paulo escreve que o amor é “benigno”, uma interpretação
ampliada dessa frase seria:
“... O amor não exige que os outros sejam como a própria pessoa; em
vez disso, é tão atento às necessidades dos outros que se esforça ao
máximo para se tornar o que os outros precisam que ele seja...”.
Se isso é o que Paulo quer dizer com o amor ser benigno, precisamos nos
olhar no espelho e perguntar a nós mesmos: eu me torno o que os outros
precisam que eu seja ou exijo que os outros sejam como eu? O verdadeiro
amor ágape não pensa em si mesmo em primeiro lugar. Em vez disso, está
sempre interagindo, pensando e prestando atenção principalmente nas
necessidades dos outros. A pessoa que anda em amor ágape se adapta às
pessoas ao seu redor para tocá-las, ajudá-las e impactá-las de maneira
significativa.
Em terceiro lugar, Paulo nos diz que “... o amor [ágape] não arde em
ciúmes...”. A palavra “ciúmes” provém do grego zelos, que retrata uma
pessoa radicalmente dedicada a seus próprios desejos e planos. Essa é
uma pessoa tão empenhada em fazer tudo do seu jeito que está disposta a
sacrificar qualquer coisa ou pessoa para obter o que deseja. Poderíamos
descrever quem é assim como ambicioso e egocêntrico. É tão envolvido
consigo mesmo que nunca pensa nas necessidades ou nos desejos dos outros.
Seus próprios planos são primordiais em sua mente e todas as outras pessoas
são secundárias.
Portanto, quando Paulo diz “o amor não arde em ciúmes”, suas palavras
poderiam ser assim interpretadas:
“... O amor não é ambicioso, egocêntrico nem tão voltado para si
mesmo que nunca pensa nas necessidades ou nos desejos dos
outros...”.
Anseio muito ver essa falha terrível ser desarraigada da vida de todos
nós! Veja, o verdadeiro amor ágape não pensa em si mesmo, mas está
sempre olhando para fora, pensando na outra pessoa em vez de em si
próprio. Então, examine seus relacionamentos no lar, na igreja e no trabalho,
e pergunte-se: eu sou comprometido em ver os outros serem abençoados e
bem-sucedidos ou estou mais engajado com a minha própria causa do que
com as dos outros? Se você está andando em amor ágape, o seu maior
interesse é que os outros tenham êxito!
Quando todas essas palavras e frases gregas são traduzidas em
conjunto, uma tradução interpretativa ampliada poderia ser:
“O amor tolera apaixonadamente os outros enquanto for necessária
paciência; o amor não exige que os outros sejam como ele mesmo,
mas é tão atento às necessidades dos outros que se esforça ao máximo
para se tornar o que os outros precisam; o amor não é ambicioso,
egocêntrico ou tão voltado para si mesmo que nunca pense nas
necessidades ou nos desejos dos outros...”.
Isso é o que a Bíblia quer dizer com o amor ser paciente, benigno e não
arder em ciúmes. Agora, você precisa se olhar no “espelho” de Deus e ver o
que ele diz sobre a sua vida hoje. Você demonstra essas características do
amor divino em sua vida? Você é apaixonadamente paciente com os outros?
Você se esforça ao máximo para ser o que os outros precisam que você seja?
Você presta mais atenção nas pessoas ao seu redor do que em si mesmo?
Se a sua resposta a essas perguntas for sim, louve a Deus pelo grande
crescimento e maturidade espirituais que você obteve em sua vida. Mas, se
você vir que sua vida não está refletindo esses atributos do amor de Deus,
ainda tem algo para se alegrar — você pode ser grato por Deus ter revelado
essa imperfeição a você. Agora pode pedir a Ele que o ajude a
transformar-se e tornar-se mais semelhante a Jesus!
Senhor, peço que Tu me ajudes a abrir meu coração para que o amor ágape possa fluir de
dentro de mim. Percebo que me permiti ficar assoberbado com meus próprios interesses
com excessiva frequência. Preciso prestar mais atenção nas necessidades dos outros do
que em mim mesmo. Percebo que a única maneira de eu poder me tornar assim altruísta é
rendendo-me ao Espírito Santo para que Ele possa fazer uma obra profunda em minha
vida. Espírito Santo, hoje Lhe peço para fazer tudo o que for necessário para me ensinar
a andar regularmente nesse alto nível de amor ágape de Deus.
Confesso que ando no amor ágape de Deus. Sou paciente com as outras pessoas. Sou
também tardio em irar-me ou aborrecer-me. Sou tão empenhado no bem-estar dos outros,
pois uma de minhas principais prioridades na vida é tornar-me tudo o que preciso ser
para atender às suas necessidades. Os outros me veem como um amigo que quer ajudá-los
a serem bem-sucedidos. Embora Deus me tenha dado meus próprios sonhos e desejos,
nunca deixo de ajudar ao próximo a também alcançar seus sonhos e aspirações. Em
virtude de o amor de alto nível operar em mim, estou me tornando cada vez mais
semelhante a Jesus Cristo!
PARA REFLETIR
1. Você pode dizer que é longânimo e paciente com os outros ou teria de

admitir que tende a ser irritadiço e rápido em “explodir” quando
outras pessoas não fazem exatamente o que você esperava?
2. Você pode dizer que se adapta às necessidades das pessoas ao seu
redor ou teria de dizer que exige continuamente que os outros
atendam às suas necessidades? Se fizéssemos essa pergunta às
pessoas que o conhecem, como você acha que elas responderiam? O
que a resposta delas revelaria a seu respeito?
3. Você pode dizer que presta mais atenção às necessidades e ao
sucesso de outras pessoas do que aos seus ou é tão voltado para si
mesmo que há muito tempo que não faz nenhum sacrifício para ajudar
alguém?
11 DE SETEMBRO
O Amor Não se Ufana, Não se Ensoberbece, Não se

Conduz Inconvenientemente
O amor [ágape] é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se
ensoberbece, não se conduz inconvenientemente...
A o escrever 1 Coríntios 13:1, Paulo fez referência a pessoas

“superespirituais” de Corinto, que se vangloriavam de uma grande
espiritualidade, mas mostravam muito pouco amor em suas vidas. Ele disse
que elas eram como o “bronze que soa” e o “címbalo que retine”.
Conforme observado anteriormente (ver 9 de setembro), essas frases
específicas indicam que aquelas pessoas falavam incessantemente,
incomodando e irritando os outros com sua conversa interminável e
egocêntrica. De fato, as palavras “címbalo que retine” eram exatamente as
usadas no grego para descrever o toque de címbalos que anunciava o início
de uma guerra. Isso nos dá a impressão de que, frequentemente, o incessante
falar e vangloriar-se daqueles “superespirituais” deixava seus ouvintes
loucos a ponto de quererem brigar!
Poderia ser essa a razão de Paulo fazer sua quarta colocação sobre as
características de ágape, dizendo que o amor “... não se ufana...”? A palavra
“ufana” perdeu seu significado no vernáculo atual, mas em grego é muito
poderosa! Ela provém da palavra grega perpereuomai, que significa falar
muito sobre si mesmo. Ou seja, descreve uma pessoa que se promove
interminavelmente e exagera suas próprias virtudes. Sua autopromoção é
tão desmedida que e propensa ao exagero que beira a mentira. Um estudioso
grego disse que a palavra perpereuomai retrata alguém que é cheio de
mentiras ou exageros. Outro intérprete disse que essa palavra se refere a
uma pessoa convencida!
A palavra “ufana” é uma poderosa advertência de Paulo para nos
informar:
“... O amor não sai por aí falando de si mesmo o tempo todo,
constantemente exagerando e enfeitando os fatos para fazê-lo parecer
mais importante aos olhos dos outros...”
No momento em que escrevo, lembro-me de um indivíduo que se encaixa
perfeitamente nessa descrição! Se você conhece alguém assim,
provavelmente está pensando nele, porque quem é desse jeito causa um
aborrecimento tão grande que é difícil ignorar ou esquecer.
No tocante ao homem em que estou pensando, as pessoas quando o veem
chegando perto começam imediatamente a procurar uma maneira de escapar.
Elas sabem que quando esse homem as apanhar, começará a falar sem parar
sobre ele, seus projetos, ideias e realizações. Ele se gaba em um grau tão
extremo que é totalmente detestável. O problema é que não parece estar
consciente de quão cheio de si ele é!
Certa vez, um amigo em comum lhe perguntou: “Por que você nunca
pergunta sobre outra pessoa? Tudo sobre o que você sempre fala é de você
mesmo e seus próprios feitos. Você não pensa que seria bom demonstrar pelo
menos algum interesse no que os outros estão fazendo? Você sabe quanto
parece egoísta aos olhos dos outros?”.
O homem respondeu: “Alguém além de mim está fazendo alguma coisa
que valha a pena falar? Eu sou o único que faz algo importante”. Ele era tão
egocêntrico que sequer conseguia reconhecer o fato de haver outros grandes
empreendedores no reino de Deus!
Em virtude de raízes terríveis e inseguras de sua própria vida, esse
homem sente de algum modo que deve aumentar a verdade até um extremo
ridículo e gabar-se de suas próprias realizações. Elogiou a si mesmo com
entusiasmo durante tanto tempo que ninguém próximo a ele quer mais ouvir!
Sua completa falta de consideração pelos outros e sua total preocupação
consigo mesmo se tornaram sufocantes e desagradáveis a quase todos os que
o conhecem.
Frequentemente, as pessoas exageram e se gabam interminavelmente por
terem estratégias ocultas que desejam promover ou por quererem obter uma
posição mais elevada ou um lugar de autoridade. Outras vezes, estão
esperando causar o tipo de impressão que lhes poderia conferir status ou
reconhecimento especial aos olhos dos outros. Por fim, podem simplesmente
sentir um impulso de provar seu valor. Independentemente da razão para as
pessoas se vangloriarem de si mesmas, esse tipo de comportamento não
demonstra o modo como o amor ágape se comporta!
O amor ágape é tão forte, tão seguro e tão confiante que não precisa falar
de si mesmo ou de suas realizações, mesmo que sejam maiores do que as de
todos os outros. O verdadeiro amor ágape nunca se exibiria dessa maneira;
em vez disso, ele deseja se concentrar nas realizações dos outros para
edificá-los e fazê-los se sentirem mais valiosos e seguros. Lembre-se de que
ágape não é um amor voltado para si mesmo — ele se concentra em dar de
si mesmo para atender às necessidades das outras pessoas.
Paulo fornece a quinta característica do amor ágape quando nos diz que o
amor “... não se ensoberbece”. Essas palavras são baseadas no grego
phusio, que significa ser orgulhoso, ser inchado ou ser inflado. Assim, ela
descreve claramente a imagem de uma pessoa cheia de orgulho.
Paulo adverte que ágape nunca é phusio. Isso significa que o amor ágape
nunca é levado enganosamente a pensar demasiadamente em si mesmo nem
a afirmar arrogantemente ser melhor do que os outros. Essa palavra se
torna ainda mais relevante pelo fato de phusio também transmitir a noção de
uma pessoa que tem um ar de superioridade e altivez ou uma pessoa
pretensiosa ou esnobe em seu relacionamento com os outros.
Paulo usa a palavra phusio em 1 Coríntios 4:6 para indicar o orgulho e a
arrogância que estavam se desenvolvendo entre os membros da igreja de
Corinto, quando cada um deles acreditava que seu líder particular era mais
importante do que outros líderes. Em 1 Coríntios 4:19, Paulo usa phusio
novamente quando exorta aqueles cristãos a mudarem seu comportamento;
caso contrário, ele irá lá para repreender os “ensoberbecidos”. Essa
arrogância envolvendo a liderança foi a principal fonte de divisão, contenda
e rivalidade na igreja de Corinto.
Em 1 Coríntios 5:2, Paulo usa phusio mais uma vez . Após confrontar
ousadamente a igreja de Corinto por tolerar uma situação totalmente imoral
entre seus membros, ele expressa seu espanto por todos poderem estar
“ensoberbecidos” à luz do relacionamento impiedoso que prosperava bem
diante de seus olhos. Depois, em 1 Coríntios 8:1, Paulo usa a palavra phusio
ao dizer aos coríntios: “... O saber ensoberbece, mas o amor edifica”.
Ao considerarmos o significado grego da palavra “ensoberbecido”,
torna-se evidente que Paulo estava nos informando:
“... O amor não se comporta de maneira orgulhosa, arrogante, altiva,
superior, pretensiosa, esnobe ou exclusivista.”
Após nos dizer que o amor não é soberbo, Paulo passa ao seu sexto ponto.
Ele escreve que o amor “... não se conduz inconvenientemente...”.
A palavra grega para “inconveniente” é aschemoneo, uma palavra antiga
que significa agir de maneira inconveniente. Sugere alguém sem tato ou
insensível. Expressa também a noção de uma pessoa descuidada e sem
consideração pelos outros. Seus atos e palavras tendem a ser rudes e
descorteses, e ela exibe maus modos na maneira de lidar com os outros. Sua
linguagem é áspera e brutal, revelando que essa pessoa é indiferente,
insensível e grosseira. Em suma, diríamos tratar-se de alguém que “age de
maneira desagradável”.
Por causa da presença da palavra “inconvenientemente”, 1 Coríntios
13:5 indica explicitamente que o Espírito Santo está nos dizendo:
“O amor não é rude e descortês — não é descuidado ou imprudente
nem se porta de uma maneira que seria considerada insensível aos
outros...”.
Então, como você se sente ao olhar no espelho da Palavra de Deus hoje?
Você passa no teste do amor ou fica devendo? Se você vir que ficou aquém
do amor de alto nível que Deus quer que você possua e demonstre em sua
vida, é hora de se voltar ao Senhor e falar novamente com Ele sobre essa
questão! Nunca pare de ir até Ele enquanto não souber que está andando
continuamente no amor de alto nível que Ele quer que você demonstre em
sua vida!
Quando todas essas palavras e frases gregas são explicadas em
conjunto, uma tradução interpretativa expandida poderia ser:
“... O amor não anda por aí falando de si mesmo o tempo todo,
constantemente exagerando e enfeitando os fatos para parecer mais
importantes aos olhos dos outros; o amor não se comporta de
maneira orgulhosa, arrogante, altiva, superior, pretensiosa, esnobe
ou exclusivista; o amor não é rude nem descortês — não é
descuidado, nem desatento, nem se porta de uma maneira que seria
considerada insensível aos outros...”.
O Espírito Santo está falando ao seu coração? Ele está lhe mostrando as
áreas onde você tem:
• Exagerado a verdade para fazer com que você pareça melhor aos olhos
dos outros?
• Agido de maneira orgulhosa, altiva, pretensiosa, esnobe ou
exclusivista?
• Permitido a si mesmo agir de uma maneira não aceitável para alguém
que está se esforçando pela excelência em Deus?
Se a resposta a qualquer uma dessas perguntas for sim, é tempo de você

tomar medidas imediatas! Você precisa passar algum tempo de qualidade
com Jesus. Peça a Ele para perdoá-lo e deixe Seu sangue limpá-lo; depois,
peça ao Espírito Santo que inicie o processo de transformá-lo à imagem de
Jesus. Não pare até pensar, ver e agir como Jesus Cristo — em todos os
momentos de todos os dias!
Senhor, eu Te peço que me ajudes a viver minha vida de uma maneira que O glorifique. Tu
és meu Senhor, e eu sou Teu servo e Teu filho. Não quero fazer com minha vida algo que
desrespeite ou desonre o Teu precioso nome! Ajuda-me a não exagerar ou enfeitar a
verdade. Eu peço que Tu me corrijas quando eu for atraído ao esnobismo ou orgulho, e
me repreendas amorosamente quando eu “agir de maneira desagradável” para com os
outros. Quero ser como Tu, Jesus, e não deixarei de me esforçar até demonstrar a Tua vida
e a Tua natureza em minha vida!
Confesso que nunca pararei enquanto não atingir o alto nível de amor que Jesus quer que
eu tenha em minha vida! Não saio por aí falando de mim mesmo o tempo todo,
constantemente exagerando e enfeitando os fatos. Não me comporto de maneira
orgulhosa, arrogante, altiva, superior, pretensiosa, esnobe ou exclusivista. Não sou rude
nem descortês. Não sou descuidado nem desatento. Enquanto dedico tempo a Jesus, estou
sendo transformado à Sua imagem — e demonstro Sua vida e Sua natureza às outras
pessoas!
PARA REFLETIR
1. Você foi culpado por exagerar ou enfeitar a verdade para fazer-se

parecer melhor diante de outras pessoas? Você se sentiria confortável
em contar essas mesmas histórias se estivesse face a face com Jesus?
2. Você já foi responsável por agir de maneira esnobe ou exclusivista?
Você e seus amigos são tão fechados que os outros poderiam ver o
seu grupo como uma panelinha exclusiva?
3. Você tem agido de maneira que glorifica o nome de Jesus? Ou há
certos comportamentos demasiadamente “desagradáveis” para serem
representativos de Jesus?
O amor ágape é tão forte, tão seguro e tão confiante que não precisa falar
de si mesmo ou de suas realizações, mesmo que sejam maiores do que as
de todos os outros. O verdadeiro amor ágape nunca se exibiria dessa
maneira; em vez disso, ele deseja se concentrar nas realizações dos outros
para edificá-los e fazê-los se sentirem mais valiosos e seguros.
12 DE SETEMBRO
O Amor Não Procura os Seus Interesses, Não se

Exaspera, Não se Ressente do Mal
ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se
exaspera, não se ressente do mal;
E m 1 Coríntios 13:5, Paulo continua sua mensagem sobre o amor ágape

de Deus. A sétima característica que ele nos dá é que esse amor de alto
nível “... não procura os seus interesses...”.
A palavra “procura” provém do grego zeteo, que significa procurar.
Entretanto, era também usada para descrever uma pessoa que está tão
perturbada por não conseguir o que quer, que recorre ao sistema
judiciário para processar ou para exigir o que está se esforçando por
obter. Em vez de aceitar um não como resposta, essa pessoa está tão
empenhada em fazer as coisas à sua maneira, que procurará, buscará e
investigará, nunca desistindo em sua busca de obter o que deseja. De fato,
ela está tão inclinada a conseguir o que quer, que torcerá os fatos; procurará
lacunas; colocará palavras na boca dos outros; tentará responsabilizar os
outros por promessas que nunca fizeram; usará erros administrativos como
oportunidades para tirar partido de alguém; ou procurará diversos outros
métodos para transformar as situações em benefício próprio. Isso é
manipulação!
Não há dúvida de que Paulo tinha em mente a imagem de uma pessoa
manipuladora e calculista ao escrever esse versículo. Você já conheceu
alguém assim? Alguma vez encontrou um homem ou uma mulher que
maquinava e manipulava o tempo todo para conseguir o que queria?
O argumento de Paulo aqui é que o amor não é calculista ou manipulador,
porque esse tipo de comportamento é desonesto e falso. Maquinar e
manipular para obter o que deseja é simplesmente errado! Se você não puder
afirmar honestamente o que pensa ou o que deseja, não diga nem faça coisa
alguma. Falar meias-verdades e mentirinhas inofensivas, ou atuar com
segundas intenções não é o modo como o amor ágape se comporta.
As palavras gregas presentes nesse texto podem ser entendidas da
seguinte maneira:
“... O amor não manipula situações ou maquina e concebe métodos
que torcerão situações em seu próprio benefício...”.
Após apresentar esse argumento, Paulo lista a oitava característica do
amor ágape. Ele nos diz que o amor “... não se exaspera...”.
A palavra “facilmente” não aparece no grego original, mas foi
posteriormente provida pelos tradutores da Versão King James. Alguns
estudiosos afirmam que foi injetada nessa versão, porque os tradutores da
época queriam fazer menção ao rei do país, famoso por perder a calma e o
controle!
O texto grego usa a palavra paroxsuno para “exaspera“. Ela é composta
por para, que significa ao lado, e oxsus, o que significa cutucar, picar ou
espetar, como com um instrumento afiado. Nessa combinação, a nova
palavra retrata alguém que vem ao lado de outra pessoa e, então, começa a
cutucar, picar ou espetar essa outra pessoa com algum tipo de instrumento
afiado. Ela continua a cutucar, picar ou espetar até a vítima ficar
exasperada. Por fim, ficou farta dos atos implacáveis de cutucar, picar ou
espetar; então, reage atacando o agressor de forma agressiva e violenta. O
resultado é uma luta — um conflito do tipo mais grave.
Encontramos a palavra paroxsunos com esse significado em Atos 15:39,
no qual Lucas registra informações acerca de um conflito ocorrido entre
Paulo e Barnabé. Barnabé queria levar João Marcos na viagem seguinte, mas
Paulo era contra isso porque João Marcos já havia provado ser infiel em
uma viagem anterior. Ao debaterem sobre o assunto, as palavras que eles
trocaram devem ter sido ferinas. Foi por isso que Lucas escreveu: “Houve
entre eles tal desavença...”.
Essa é uma tradução da palavra paroxsuno, informando-nos de que Paulo
e Barnabé se puseram lado a lado em debate acirrado e, depois, começaram
a cutucar, picar, espetar e golpear mutuamente com suas palavras. O idioma
grego não deixa dúvidas de que o diálogo que se seguiu foi extremamente
acalorado. De fato, aquela exasperação foi tão grave que rompeu a amizade
deles e destruiu a parceria que eles tinham no ministério.
Em grego, oxsus também significa vinagre. Considero isso especialmente
interessante por oxsus ser exatamente a palavra para “vinagre” em russo. O
fato de essa palavra significar vinagre nos permite saber que as palavras que
Paulo e Barnabé disseram um ao outro eram implacáveis, ferinas, cruéis,
amargas, graves, rancorosas e mordazes. Elas foram tão penetrantes que
deixaram um gosto amargo na boca e na lembrança deles. Como resultado
dessas palavras duras, aqueles dois homens que haviam servido a Deus
juntos no ministério se separaram: “... Barnabé, levando consigo a Marcos,
navegou para Chipre. Porém, Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu...” (Atos
15:39-40).
Estou certo de que Paulo se lembra muito bem dessa experiência ao
advertir os cristãos de toda parte que o amor “... não se exaspera...”. Ele fala
por experiência própria ao nos dizer que esse não é o comportamento do
amor. Tendo colhido as consequências de perder a calma e dizer palavras
lamentáveis e implacáveis em um momento de conflito, Paulo nos adverte
que o amor ágape não se comporta dessa maneira.
Uma tradução interpretativa das palavras de Paulo em 1 Coríntios 13:5
poderia ser:
“... O amor não se envolve propositadamente em palavras ou atos que
são tão ferinos afiados que ocasionam uma resposta desagradável ou
violenta...”.
A seguir, Paulo lista seu nono ponto sobre o amor, dizendo-nos que o amor
ágape “... não se ressente do mal”. A palavra grega para “ressentir” é
logidzomai, um termo contábil que seria melhor traduzido como contar ou
calcular. Significava, literalmente, creditar na conta de alguém.
Diante de nós está a imagem de um contador que meticulosamente mantém
registros financeiros precisos. Porém, neste caso o contador é uma pessoa
ressentida que mantém registros detalhados de cada mal que lhe foi feito.
Assim como um contador tem um registro de cada débito e crédito nos
livros, essa pessoa armazena cuidadosamente em sua memória todos os
erros, falhas, rancores, decepções, fracassos ou maldades percebidas que
alguém cometeu contra ela. Em vez de perdoar e deixar passar, a pessoa
ofendida manteve registros cuidadosos de cada ato cometido contra ela, que
ela considerou injusto ou desleal.
Certamente, não é assim que o amor se comporta! Se você quiser saber
como o amor se comporta, observe o comportamento de Deus em relação a
você. Embora possa trazer à tona o seu passado diante de você o tempo todo,
Deus não faz isso! De fato, depois de tê-lo perdoado (Salmos 103:3), Deus
decidiu que não lidaria com você segundo os seus pecados nem o
recompensaria segundo as suas iniquidades (Salmos 103:10). Embora Ele
pudesse fazê-lo se lembrar dos seus erros passados se assim quisesse, Deus
não escolhe e nunca escolherá lembrar-se deles.
Salmos 103:12 diz: “Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de
nós as nossas transgressões”. Isso significa que Deus não guarda registros de
seus pecados passados perdoados! Quando eles são cobertos pelo sangue de
Jesus, Deus os separa de você para sempre.
Veja, é assim que se comporta o verdadeiro amor ágape. Por isso, se você
é sempre tentado a manter registros mentais dos erros que alguém cometeu
contra você, esteja ciente de que não está concedendo a essa pessoa a mesma
misericórdia que Deus concedeu a você. Alguém que foi perdoado tanto
quanto você não tem o direito de manter um registro dos erros de outra
pessoa!
As palavras de Paulo “não se ressente do mal” devem ser traduzidas
como:
“... O amor não mantém propositadamente registros de males ou erros
passados.”
Há alguém que você esteja mantendo refém em sua mente em decorrência
daquilo que considera ter sido um ato inadequado contra você? Se essa
pessoa lhe fez mal, é certo você confrontá-la em amor. Porém, uma vez tendo
lidado com o assunto, você precisa liberar a ofensa e esquecê-la —
exatamente como Jesus o libertou de seu passado e acredita que agora você
está no caminho certo!
Se você tem dificuldade em liberar as pessoas de seus erros passados,
esse é um sinal de que precisa da liberação de ágape em sua vida. O fato de
estar voltando repetidamente àquele antigo registro de males — recordando
rancores passados que deveriam ter sido perdoados e esquecidos —
significa que você não está aperfeiçoado no amor! Jogue fora esse diário!
Deus não jogou fora o diário dele acerca do SEU passado?
Quando todas essas palavras e frases gregas são explicadas em
conjunto, uma tradução interpretativa expandida poderia ser:
“... O amor não manipula situações ou esquematiza e concebe
métodos que torcerão as situações em seu próprio benefício; o amor
não se envolve propositadamente em palavras ou atos tão ferinos que
ocasionam uma resposta desagradável ou violenta; o amor não
mantém deliberadamente registros de males ou erros passados.”
Bem, como você se sente após olhar no espelho de 1 Coríntios 13:4-8
hoje? Temos mais três dias para mergulhar profundamente nas palavras
preciosas e ungidas pelo Espírito nessa passagem da Bíblia. Não se apresse
ao ler especificamente essas Pedras Preciosas. Ao lê-las, dedique tempo
para digeri-las cuidadosamente; aprofunde-as em seu coração e em sua alma.
Deus quer transformá-lo, mas antes de poder ser transformado, você precisa
primeiramente reconhecer o que precisa ser corrigido!
Se Deus está falando ao seu coração, não saia correndo deste momento
tranquilo com Ele. Pare tudo o que você estiver fazendo e torne sua
prioridade endireitar o seu coração primeiramente com o Senhor e depois
com os outros!
Senhor, peço que Tu me ajudes a pôr fim a qualquer tendência de maquinação ou

manipulação que ainda resida em minha alma. Sei que isso é muito doloroso para Ti e
prejudicial aos meus relacionamentos. Eu me arrependo por me engajar nesse
comportamento maligno e peço que Tu me ajudes a ser sincero em todos os meus
relacionamentos com outras pessoas. Ajuda-me a conter minha raiva, segurar minha
língua e me abster de dizer palavras que causem dano. Eu Te agradeço por me perdoares
de meus pecados passados. Hoje estou decidindo zerar as contas com quem tenha agido
injusta ou deslealmente comigo.
Confesso que não tento manipular situações ou procurar maneiras de conspirar para
obter o que desejo. Não transformo enganosamente as situações em meu benefício nem me
envolvo propositadamente em atos ou palavras que causam uma resposta desagradável ou
violenta. Fui completamente perdoado; por isso, perdoo rapidamente os outros, nunca
mantendo um registro dos males, pecados ou erros dos outros. Deus está fazendo uma
obra poderosa em mim e todos os dias estou me tornando cada vez mais livre!
PARA REFLETIR
1. Você já foi responsável por manipular situações ou maquinar nos

bastidores para obter o que desejava? Ao fazê-lo, seu coração estava
triste por saber que aquilo não era agradável ao Senhor?
2. Você já disse palavras tão desagradáveis que acabaram prejudicando
um relacionamento precioso? Depois, você se arrependeu por não ter
controlado o seu temperamento? Se você estragou um relacionamento
dizendo palavras desagradáveis, por que não abandona seu orgulho e
vai pedir àquela pessoa para perdoá-lo?
3. Você perdoou as pessoas que lhe fizeram mal no passado ou ainda as
mantêm reféns em sua mente? Você manteve um registro de suas
ofensas para poder reprisá-las repetidas vezes em sua mente ou pode
dizer honestamente que as perdoou e não tem maus sentimentos por
elas?
13 DE SETEMBRO
O Amor Não se Alegra Com a Injustiça, Mas

Regozija-se Com a Verdade
exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade.
V ocê já se alegrou secretamente ao saber que alguém de quem você não

gostava ou alguém que você desaprovava se envolveu em algum tipo de
problema? Ao ouvir falar da dificuldade ou do sofrimento da pessoa, talvez
você tenha sido tentado a pensar: bem-feito! Ele merece o que está
recebendo! Depois do que fez a mim e a tantos outros, ele merece um
pequeno castigo! Se isso o descreve, deixe-me dizer-lhe — esse não é o
modo como o amor de Deus reage a tais situações!
Houve um homem que prejudicou seriamente nossa organização. O que ele
fez foi tão errado que se os eventos relacionados com ele tivessem ocorrido
em uma nação do Ocidente, ele teria sido julgado em um tribunal de justiça e
condenado à prisão por seus atos. Porém, por não estar em uma nação
ocidental e haver muitas complicações naquele caso, tudo que minha mulher
e eu pudemos fazer foi deixar passar e orar para que Deus lidasse com
aquele indivíduo. Sabíamos que, se ele não se arrependesse, sofreria um
julgamento severo.
Nos anos que se passaram desde aquele evento, aquele homem enfrentou
muitos sofrimentos deploráveis em sua vida. Seus filhos caíram em um
terrível pecado; ele perdeu tudo financeiramente e sua reputação ficou
manchada por causa das muitas coisas que ele havia feito a um grande
número de pessoas. Quando conheci aquele homem, ele ia à igreja e tinha um
ministério; o toque de Deus estava em sua vida. Porém, ele se tornou um
desastre de homem — uma das histórias mais tristes que já conheci
pessoalmente.
Quando aquele indivíduo começou a ter problemas, eu me vi desejando
secretamente alegrar-me por enfim o julgamento haver recaído sobre ele.
Então, o Espírito Santo convenceu-me em meu coração e percebi que
alegrar-me com o problema daquele homem não era o modo como o amor de
Deus se comporta. Após permitir que o Espírito de Deus lidasse com meu
coração, comecei a lamentar internamente a condição daquele homem que
anteriormente fora tão poderosamente usado por Deus.
Em 1 Coríntios 13:6, Paulo escreveu que o amor “... não se alegra com a
injustiça, mas regozija-se com a verdade”. A frase “não se alegra” vem do
grego ou chairei. A palavra ou significa não, e chairei provém de chairo,
que significa alegria. Isso transmite a ideia de estar alegre por algo. Essa é
a imagem de uma pessoa que está eufórica por algo que aconteceu. Outras
palavras para descrever chairo seriam cheio de alegria, exultante,
eufórico, radiante, empolgado, jubiloso ou até mesmo arrebatador. A
palavra “iniquidade” provém da palavra grega adikos, que transmite a ideia
de injustiça ou algo errado ou ruim.
Toda a frase ou chairei poderia ser traduzida da seguinte maneira:
“O amor não se enche de alegria quando vê uma injustiça ser feita a
outra pessoa...”.
Meu desejo secreto de me alegrar com as dificuldades daquele indivíduo
era totalmente contrário à natureza amorosa de Deus. Mesmo que aquele
homem houvesse feito mal a mim e a muitas outras pessoas da comunidade
cristã, a reação correta era orar por sua restauração. O verdadeiro amor
simplesmente não se alegra com as desgraças dos outros.
Então, Paulo prossegue, dizendo-nos que quando outra pessoa obtém na
vida algum tipo de vantagem que temos desejado, o amor não é ameaçado
pelo sucesso daquela pessoa; em vez disso, alegra-se com a vitória dela! A
palavra “alegrar” provém novamente do grego chairo, usada anteriormente.
Isso significa que a segunda parte desse versículo poderia ser traduzida
assim:
“... O amor é cheio de alegria, radiante, empolgado e eufórico com a
verdade.”
Quando você vê outras pessoas sendo abençoadas — talvez recebendo
uma bênção ou atenção especial que você ansiasse por receber — consegue
realmente se alegrar por elas? Você se emociona ao saber que outras pessoas
estão subindo na vida? Ou você se sente ameaçado e fica triste quando vê
alguém receber uma bênção que você gostaria que fosse sua?
O modo como você reage aos problemas e bênçãos dos outros revela
muito do seu verdadeiro nível de maturidade espiritual. Então, pergunte a si
mesmo:
• Eu me alegro quando ouço notícias ruins sobre alguém que me fez

mal no passado? Ou parte meu coração saber dos problemas que essa
pessoa está enfrentando?
• Quando alguém recebe a bênção que eu tenho crido que receberei em
minha vida, fico exultante por essa pessoa ou isso me deixa verde de
inveja?
É bom fazer essas perguntas a si mesmo e deixar o Espírito Santo lidar

com o seu coração no tocante a essas questões. Por que você não dedica
hoje um pouco de tempo a deixar o Espírito de Deus sondar o seu coração
e lhe mostrar se você pode ser aprimorado nessas áreas de amor em sua
vida?
Senhor, peço que Tu me ajudes a superar esses momentos carnais quando sou tentado a
me alegrar com as dificuldades de alguém. Preciso admitir que, ao saber que algo
aconteceu a uma pessoa que me prejudicou, alguma coisa dentro de mim se alegra
secretamente. Sei que isso é errado e não é o modo como Tu Te comportas. Perdoa-me por
reagir de uma maneira contrária ao amor. Ajuda-me a preocupar-me e orar por todas as
pessoas que estão sofrendo qualquer tipo de dificuldade na vida — até mesmo as que
agiram como se fossem minhas inimigas.
Confesso que sou abençoado quando vejo alguém recebendo uma bênção ou atenção
especial. Fico radiante por ver outras pessoas subindo na vida. Mesmo quando alguém
recebe a bênção que eu tenho crido que receberei em minha própria vida, fico exultante
por ele!
PARA REFLETIR
1. Quando você vê outras pessoas recebendo uma bênção ou uma

atenção especial que você anseia para si mesmo, consegue realmente
alegrar-se por elas? Você fica entusiasmado por saber que outras
pessoas estão subindo na vida?
2. Você diria honestamente que fica incomodado e triste ao ver alguém
receber uma bênção que você desejava que fosse sua?
3. Você se alegra ao ouvir más notícias acerca de alguém que lhe fez
mal no passado ou fica com o coração partido ao saber dos
problemas que ele está enfrentando?
Você já se alegrou secretamente ao saber que alguém de quem você não

gostava ou alguém que você desaprovava se envolveu em algum tipo de
problema? Ao ouvir falar da dificuldade ou do sofrimento da pessoa,
talvez você tenha sido tentado a pensar: bem-feito! Ele merece o que está
recebendo! Depois do que fez a mim e a tantos outros, ele merece um
pequeno castigo! Se isso o descreve, deixe-me dizer-lhe — esse não é o
modo como o amor de Deus reage a tais situações!
14 DE SETEMBRO
O Amor Tudo Sofre, Tudo Crê, Tudo Espera, Tudo

Suporta
exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
A o continuar a expor as características do amor ágape em 1 Coríntios

13, Paulo passa aos próximos quatro pontos de sua mensagem. Ele
explica aos coríntios (e a nós) que o verdadeiro amor ágape “tudo sofre,
tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (v. 7).
O décimo primeiro ponto apresentado por Paulo nesse texto maravilhoso é
que o amor “tudo sofre...”. A palavra “sofre” provém do grego stego, que
significa cobrir, como um telhado cobre uma casa. A palavra stego inclui o
conceito de proteção, exatamente como um telhado protege, escuda e
guarda os habitantes de uma casa contra a exposição às influências externas
do clima. O telhado de uma casa é projetado para proteger as pessoas contra
tempestades, furacões, tornados, chuva, granizo, neve, vento, temperaturas
escaldantes e assim por diante. Essa proteção é vital para a sobrevivência na
maioria dos climas, impedindo que as pessoas congelem até a morte ou
queimem em decorrência da exposição contínua à luz do sol.
Ao usar essa palavra stego (“sofrer”), o apóstolo Paulo nos dá uma
ilustração poderosa. Primeiramente, precisamos entender que existem
diferentes períodos da vida e nem todos são agradáveis. De fato, alguns
períodos são muito tormentosos e difíceis. Há momentos em que
circunstâncias externas nos atacam. Se não temos um escudo para nos
proteger durante esses momentos tempestuosos, torna-se muito mais difícil
sobrevivermos espiritualmente.
Paulo lhe informa que o ágape serve como uma proteção. Como o telhado
de uma casa, um amigo que se move no amor ágape de Deus ficará próximo
em momentos difíceis. Esse amigo vai rodeá-lo para protegê-lo contra as
tempestades da vida. Em vez de expor você e suas falhas à opinião dos
outros, uma pessoa que opera nesse tipo de amor irá defender, resguardar e
proteger você, porque, nos tempos difíceis, o verdadeiro amor ágape sempre
está presente para prestar apoio.
A frase “tudo sofre” poderia ser traduzida assim:
“O amor protege, blinda, guarda, resguarda, defende e salvaguarda
as pessoas contra a exposição...”.
Paulo prossegue, agora mencionando a décima segunda característica do
amor ágape, dizendo que o amor “... tudo crê...”. A palavra “crê” provém de
pisteuei, que significa depositar sua fé ou confiança em algo ou em
alguém. O tempo verbal usado no texto grego nos faz saber que esse é um
depositar constante e contínuo de sua fé em algo ou em alguém —
envolvendo um tipo de crença “nunca desista” de que algo melhor vai
acontecer. À luz disso, a frase grega poderia ser interpretada como “o amor
crê no melhor em todas as situações”.
Não entenda mal; o amor ágape não é tolo nem cego. Ele vê tudo — o
bom, o ruim e o feio. Porém, por ser tão repleto de fé, ele afasta as
realidades desconcertantes, perturbadoras e negativas. Isso não significa que
ignore os problemas ou desafios, ele apenas escolhe ver além dos problemas
e conflitos, esforça-se para perceber o maior potencial de cada pessoa.
Vamos aplicar isso aos seus filhos. Talvez eles realmente estejam
enfrentando problemas neste momento ou no passado fizeram algumas coisas
que não deveriam. Porém, ainda há esperança! Hoje é um novo dia e o ágape
simplesmente não pode desistir de crer que eles darão a volta por cima!
Embora o passado possa ter sido repleto de momentos difíceis, o futuro é
brilhante para quem crê em Deus! Portanto, o ágape avança continuamente
repleto de fé — estendendo a mão pela fé para ver a outra pessoa inteira, sã,
curada, salva, redimida e bem no centro da vontade de Deus para sua vida.
Veja, o amor ágape de Deus simplesmente não sabe como desistir! Ele se
mantém mesmo quando as coisas ficam difíceis! Ele simplesmente continua
crendo no melhor, independentemente de tudo.
Por isso, eu o exorto a dar uma boa e honesta olhada em si mesmo para
ver se está operando nesse tipo de amor de alto nível. Você se esforça para
crer no melhor ou escolhe pessoas e aponta todas as falhas e fraquezas
delas? Você vê o potencial delas com olhos de amor ou lança sobre elas um
olhar crítico? Nunca se esqueça de que o amor crê no melhor!
A frase “tudo crê” poderia ser traduzida da seguinte maneira:
“... O amor avança com todas as suas forças para crer no melhor em
todas as situações...”.
Paulo apresenta seu décimo terceiro ponto do amor ao dizer que o amor
“... tudo espera...”. A palavra grega para “espera” é elpidzo, que retrata não
somente uma esperança, mas uma expectativa de coisas boas. Isso significa
que em vez de presumir fracasso ou um resultado ruim na vida de alguém, o
amor ágape de Deus sempre espera o melhor da outra pessoa. Não só tem
esperança, mas está repleto de expectativa de ver a manifestação daquilo
que se espera.
A frase “tudo espera” poderia ser entendida como:
“... O amor sempre espera e tem a expectativa do melhor dos outros e
do melhor para os outros...”.
A seguir, Paulo menciona a décima quarta característica do amor ágape,
dizendo-nos que esse amor “... tudo suporta”. A palavra “suporta” provém
do grego hupomeno, que discutimos várias vezes anteriormente. Ela é a
palavra hupo, que significa sob, e a palavra meno, que significa permanecer
ou residir. Em conjunto, retrata a atitude de uma pessoa que está sob uma
carga pesada, mas se recusa a se render à derrota porque sabe que está no
seu lugar. Por saber que está onde deveria estar, essa pessoa decidiu que,
independentemente do que tentar se opor, ficará firme e se recusará a se
mover!
Isso significa que o ágape nunca renuncia nem se entrega. Ele
simplesmente não sabe como desistir. O verdadeiro ágape diz: “Eu tenho o
compromisso de estar aqui — permanecer com você e resolver isso,
independentemente do custo ou tempo envolvido. Não vou desistir. Estou
aqui para ficar!”
Veja, isso é o que a Bíblia quer dizer com “O amor... tudo suporta”. Esse
tipo de amor é totalmente contrário à carne, que diz: “Eu fiz tudo que podia.
Não vou desperdiçar mais tempo da minha vida. Eu terminei e estou indo
embora!”.
Uma tradução contemporânea da frase “tudo suporta” poderia ser:
“... O amor nunca cessa, nunca se rende e nunca desiste.”
Ao olhar no espelho da Palavra de Deus e examinar as características do
amor ágape, você consegue dizer que esse tipo de amor está operando em
sua vida? Os outros diriam que você tem sido um “telhado” para eles —
protegendo, cobrindo, escondendo e guardando-os durante os árduos e
difíceis períodos da vida? Os outros diriam que você crê no melhor das
pessoas ou que tende a ser crítico para com os outros? Você tomou a decisão
de ir até o fim, independentemente de quanto demorar?
Quando todas essas palavras e frases gregas são analisadas em conjunto,
uma tradução interpretativa expandida poderia ser:
“O amor protege, escuda, guarda, cobre, esconde e salvaguarda as
pessoas contra a exposição; o amor avança com todas as suas forças
para crer no melhor em todas as situações; o amor sempre tem
esperança e expectativa do melhor dos outros e do melhor para os
outros; o amor nunca cessa, nunca se rende e nunca desiste.”
Hoje, quero incentivá-lo a fazer a coisa certa se determinando a aprender
a operar nesse alto nível de amor ágape de Deus. Esse amor divino já foi
derramado amplamente em seu coração pelo Espírito Santo; por isso agora
cabe a você abrir seu coração e deixar esse divino rio de amor fluir de você
para os outros.
Você abrirá o seu coração e deixará o amor de Deus ser derramado sobre
quem está ao seu redor? Agora, a escolha é sua!
Senhor, peço que Tu me ajudes a aprender a operar nesse amor sobrenatural de alto nível,
transformador da vida. Ajuda-me a parar de julgar os outros pelos problemas na vida
deles e a começar a pensar em como eu posso protegê-los e resguardá-los em tempos de
dificuldade. Espírito Santo, ajuda-me a crer no melhor deles. Eu Te peço também a força
para permanecer comprometido — ficar ao lado deles até a vitória ter sido conquistada e
eles terem se tornado tudo que Tu pretendias que eles fossem! Tenho a expectativa de uma
nova onda de Teu poder e força neste momento para me ajudar a começar a andar nesse
caminho e continuarei crendo e esperando com confiança até ver em minha vida os
resultados que sei que Tu desejas!
Confesso que o amor de Deus opera poderosamente em minha vida! Por andar em amor
ágape, eu protejo, blindo, guardo, defendo, resguardo e salvaguardo as pessoas contra a
exposição. O amor de Deus que há em meu coração me impulsiona a avançar com todas
as minhas forças para crer no melhor em toda situação e no melhor de cada pessoa. Esse
amor de Deus que foi derramado em meu coração nunca desiste, nunca se rende e nunca
abandona as outras pessoas. Eu tudo sofro, tudo creio, tudo espero e tudo suporto!
PARA REFLETIR
1. Os outros creram no melhor de você no passado, mesmo que você

não lhes tenha dado muitos motivos para esperar uma mudança
radical em sua vida?
2. Alguém já foi um “telhado” para você — protegendo, escondendo e
cobrindo você em um momento de fraqueza? O que isso significou
para você? Você já foi até essa pessoa e lhe agradeceu por ter lhe
ajudado tanto em seu momento de necessidade?
3. Quem é a pessoa em cuja vida você está neste momento crendo que
haverá uma grande transformação? Quanto tempo você dedica a orar
por essa pessoa todos os dias?
15 DE SETEMBRO
O Amor Jamais Acaba!

O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece,
não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se
ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo
crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba...
N a Pedra Preciosa de hoje, chegamos ao final de nosso estudo de 1

Coríntios 13:4-8, no qual Paulo descreve o comportamento do amor de
Deus. No versículo 8, Paulo conclui de forma poderosa seu fabuloso texto
sobre o amor ágape de Deus, afirmando que o amor “... jamais acaba...”.
A palavra “acaba” provém do grego pipto, que remonta à Grécia clássica
e em sentido geral significa cair de uma posição alta. Ela era também usada
em raras ocasiões para descrever um guerreiro que caiu em batalha. Em
muitos lugares, pipto é usada para retratar cair em ruína, em destruição, em
algum tipo de infortúnio ou em decepção. Em 1 Coríntios 13:8, Paulo usa
essa palavra para afirmar a verdade eterna de que o amor nunca decepciona
ou falha.
É fato que frequentemente os seres humanos falham uns com os outros.
Tenho certeza de que você se sentiu decepcionado com alguém em algum
momento ao longo do caminho. E, se você for honesto para com sua própria
maneira de lidar com as pessoas, terá de admitir que também já decepcionou
os outros. Porém, o amor ágape — o amor de Deus — nunca desilude, nunca
falha e nunca decepciona. É um amor em que sempre podemos confiar.
As pessoas que você conhece e respeita podem ocasionalmente cair da
posição elevada que detêm na vida — e isso pode ser uma experiência
emocionalmente difícil de presenciar. Outras vezes, guerreiros companheiros
podem cair em batalha ou tropeçar em algum tipo de desgraça que o
decepcione, e também isso é doloroso.
Porém, você pode ter certeza de que o amor ágape de Deus nunca irá
desapontá-lo ou decepcioná-lo. Esse amor é constante, imutável e inflexível.
Trata-se de um amor que você sempre constatará ser confiável e verdadeiro
— um amor do qual você pode depender.
Deus quer que você aprenda a operar em Seu amor ágape de alto nível, e
é por isso que o Espírito Santo inspirou tão cuidadosamente o apóstolo
Paulo a escrever essas famosas palavras em 1 Coríntios 13:4-8. Essa
passagem da Escritura é o espelho de Deus, projetado para nos olharmos a
fim de poder ver quão bem nos saímos em andar no amor ágape de Deus.
Compilei todas as palavras, frases e traduções que vimos estudando e as
coloquei aqui como um texto completo para você ler. Dedique alguns
minutos a ler esse texto lentamente; depois, pergunte a si mesmo: eu passo
no teste do amor? Ou ele revela que eu preciso amadurecer mais nessa
parte de minha vida?
A seguir uma tradução interpretativa expandida de 1 Coríntios 13:4-8:
“O amor tolera os outros de forma perseverante e apaixonada
enquanto for necessária paciência; o amor não exige que os outros
sejam como ele mesmo, mas é tão atento às necessidades dos outros
que se esforça ao máximo para se tornar o que os outros precisam
que ele seja; O amor não é ambicioso, egocêntrico nem tão voltado
para si mesmo que nunca pensa nas necessidades ou nos desejos dos
outros.
O amor não sai por aí falando de si mesmo o tempo todo,
constantemente exagerando e enfeitando os fatos para fazê-lo parecer
mais importante aos olhos dos outros.
O amor não se comporta de maneira orgulhosa, arrogante, altiva,
superior, pretensiosa, esnobe ou exclusivista.
O amor não é rude e descortês — não é descuidado ou imprudente,
nem se porta de uma maneira que seria considerada insensível aos
outros. O amor não manipula situações ou esquematiza e concebe
métodos que transformará as situações em seu próprio benefício.
O amor não se envolve propositadamente em palavras ou atos tão
ferinos que ocasionam uma resposta desagradável ou violenta. O
amor não mantém deliberadamente registros de males ou erros
passados.
O amor não se enche de alegria quando vê uma injustiça ser feita a
outra pessoa, mas fica exultante, radiante, empolgado e eufórico com
a verdade. O amor protege, blinda, guarda, resguarda, defende e
salvaguarda as pessoas contra a exposição.
O amor avança com todas as suas forças para crer no melhor em
todas as situações. O amor sempre espera e tem a expectativa do
melhor dos outros e do melhor para os outros.
O amor nunca cessa, nunca se rende e nunca desiste.
O amor nunca desilude, nunca falha e nunca decepciona.”
Então, após ponderar sobre esses versículos, qual é a sua resposta? Você
está andando nesse tipo de amor? Você atingiu o nível de amor que Deus
quer que você tenha em sua vida? Você manifesta esse tipo de amor às
pessoas que estão ao seu redor? Ou você agora vê que ainda há áreas de sua
vida nas quais precisa crescer, desenvolver e mudar no tocante a andar em
amor?
Imploro que você dedique tempo a orar sobre essa questão do amor de
Deus em sua vida. Como você se relaciona com os outros, ama os outros e
impacta os outros é a questão mais importante de sua vida. Por ser tão vital,
você não pensa que ela merece que você dedique tempo a entrar na Presença
do Senhor e pedir-lhe que lhe revele as áreas de sua caminhada de amor que
precisam ser aprimoradas?
Senhor, quero ser a personificação do Teu amor. Sei que estou muito aquém do amor
ágape que Tu desejas ver operando em minha vida. Portanto, estou pedindo que Tu me
ajudes a subir para o nível mais elevado de amor para que eu possa ser um canal pelo
qual esse amor possa ser derramado sobre as pessoas que conheço e encontro. Assim
como Tu me amas, ajuda-me a tornar-me uma fonte de amor divino de transformação da
vida de outras pessoas.
Confesso que o amor de Deus habita em mim. Ele flui de meu coração para todos os que
me rodeiam. As pessoas próximas a mim são transformadas por esse amor que opera tão
poderosamente em mim. Quando os outros me veem, pensam no amor de Deus, porque ele é
demonstrado continuamente em minha vida.
PARA REFLETIR
1. Após estudar 1 Coríntios 13:4-8, o que você aprendeu de si mesmo e

das áreas em que você precisa se aperfeiçoar no tocante a andar em
amor?
2. Em quais características do amor ágape você sente estar crescendo e
conquistando território? Qual é a prova em que você baseia a sua
crença de que alcançou a maturidade nessas áreas de sua caminhada
em amor?
3. Se neste momento Jesus estivesse diante de você para examinar a sua
vida, o que Ele diria sobre como você anda em amor pelos outros? O
que outras pessoas de sua vida diriam sobre quão bem você anda em
amor por elas?
16 DE SETEMBRO
De Um e Outro Lado, Estou Constrangido

Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é
incomparavelmente melhor. Mas, por vossa causa, é mais necessário permanecer na carne. E,
convencido disto, estou certo de que ficarei e permanecerei com todos vós, para o vosso
progresso e gozo da fé...
— Filipenses 1:23-25
V ocê já esteve tão exausto dos intermináveis problemas da vida que o

pensamento de morrer e ir para o céu pareceu como um sonho
maravilhoso? Talvez você tenha imaginado como seria fechar os olhos,
adormecer e acordar na Presença do Senhor para nunca mais acordar neste
mundo. Você já teve um momento em que tais pensamentos pareceram tão
maravilhosos que você desejou que o Senhor o chamasse para o céu
imediatamente?
A julgar pela carta aos filipenses podemos ver que quando Paulo era
prisioneiro em Roma seu coração estava fortemente inclinado a ir para o
céu. Paulo estava cansado. Ele já havia feito mais do que qualquer outra
pessoa poderia afirmar ter realizado. Havia sofrido interminavelmente por
seu ministério. Teria sido muito fácil Paulo dizer: “Senhor, eu estou cansado.
Já fiz o suficiente. Estou pronto para ir para o céu. Por favor, leva-me para
casa!”.
Ao escrever para os filipenses, Paulo deixou bem claro que a tentação de
deixar a vida e ir para o Senhor estava diante dele. A seleção das palavras
utilizadas em Filipenses 1:23-25 deixa muito evidente que havia uma
escolha diante dele: continuar na carne para poder cumprir totalmente seu
ministério aos santos ou sair desta vida e estar com o Senhor. Após
considerar cuidadosamente essas opções, Paulo escolheu permanecer na
carne e continuar seu ministério durante um pouco mais de tempo.
Em Filipenses 1:23, ele nos fala sobre a luta interior que sentiu ao decidir
se continuava vivendo ou se morria e se juntava ao Senhor. Ele escreve:
“Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar
com Cristo, o que é incomparavelmente melhor”.
Ao escrever “de um e outro lado, estou constrangido”, Paulo usa a palavra
grega sunecho, que expressa a ideia de uma pressão sendo aplicada a uma
pessoa a partir de duas diferentes direções. Essa é uma força que primeiro
puxa alguém para um lado e depois para o outro, como se seus braços
estivessem sendo puxados em duas direções diferentes por adversários em
uma feroz competição de cabo de guerra. Entretanto, a palavra grega indica
que a pessoa que está no meio é quem tem o voto decisivo sobre quem
vencerá esse cabo de guerra.
Paulo sentia duas forças diferentes puxando seu coração. Por um lado, era
puxado para “... partir e estar com Cristo...”. Pelo outro, para “...
permanecer na carne...” um pouco mais, a fim de ajudar outras pessoas e
cumprir totalmente a parte de seu chamado que permanecia por fazer.
A força da atração para o céu é evidente nas palavras do versículo 23,
onde Paulo escreve que tem um “desejo de partir”. A palavra “desejo”
provém de epithumia, composta pelas palavras epi e thumos. Epi significa
por ou acima, e thumos é a palavra grega que indica uma forte paixão ou um
impulso. Geralmente, significa uma emoção crescente. Porém, quando
combinada com thumos, formando a palavra epithumia, retrata uma pessoa
que está empolgada com algo. Essa pessoa é apaixonada por essa ideia; ela
é consumida por esse pensamento! Por Paulo usar essa palavra, é possível
saber enfaticamente que a perspectiva de se afastar deste mundo e ir para o
céu para estar com o Senhor era para Paulo um pensamento emocionante e
empolgante!
Ao pensar na morte, Paulo nem sequer pensou em morrer como nós
pensamos. Em vez de pensar na cessação da vida, ele olhou para a morte
como nada além de uma partida que sinalizava o início da próxima parte de
sua viagem na eternidade. A palavra “partir” vem do grego analusai, que
retrata um navio que está sendo desamarrado do cais para, por fim, poder
estar livre para navegar.
Não é de admirar que Paulo estivesse empolgado! Em seus pensamentos, a
morte significava ser libertado das limitações humanas e restrições físicas
que lhe haviam sido impostas nesta vida terrena. A perspectiva de ser liberto
era um pensamento glorioso para ele. Paulo sabia que uma vez liberto deste
mundo, seria realmente capaz de navegar no Espírito e subir a alturas
espirituais que nunca havia atingido. Para Paulo, a morte não era o fim. Era
um começo emocionante, a próxima etapa de sua viagem — uma fase de sua
caminhada com Deus que ele estava empolgado e entusiasmado por
experimentar!
Mas espere — há mais nessa palavra analusai (“partir”) que é muito
importante para este texto. Analusai era também uma palavra militar, usada
quando se decidia que era o momento de um exército levantar
acampamento, desarmar as tendas, pegar seus equipamentos, reunir todos
os outros pertences e avançar para conquistar um novo território. Isso nos
dá outra visão do modo como Paulo via a perspectiva da morte.
Como um soldado que lutou muitas batalhas na terra, Paulo estava pronto
para levantar acampamento e seguir em frente para um novo território
espiritual. Ele havia lutado longa e penosamente, e a expectativa de avançar
para o território celestial era um pensamento que ocupava seu coração,
mente e imaginação. Seu “desejo de partir e estar com Cristo” era tão forte
que ele se sentia como se estivesse “constrangido de ambos os lados”. Por
um, ele era puxado para se afastar deste espaço terreno e estar com Cristo.
Porém, ele era também puxado pelo outro lado para permanecer na carne
durante um pouco mais de tempo.
Veja, Paulo sabia que parte de seu ministério permanecia inacabada. Se
ele partisse naquele momento, a totalidade de sua visão não seria cumprida.
Por isso, embora fosse “puxado” para zarpar, levantar acampamento e
avançar para estar com o Senhor, ainda não poderia se permitir fazer isso,
porque sabia que havia trabalho a fazer pelo reino. Foi por isso que ele
escreveu no versículo 24: “Mas, por vossa causa, é mais necessário
permanecer na carne”.
Embora Paulo teria amado entrar no reino celestial, ainda não era tempo,
porque ele tinha mais a cumprir antes de terminar sua carreira. Portanto, ele
escreveu que havia decidido continuar um pouco mais na carne. Mesmo que
possa parecer que Paulo realmente poderia ter escolhido deixar sua vida
escapar, ele preferiu esforçar-se para cumprir seu chamado e levar outros a
um nível mais elevado com ele.
Em Filipenses 3:14, ele escreveu: “prossigo para o alvo, para o prêmio
da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. A palavra “prossigo”
provém do grego epekteinomai, que retrata um corredor. Trata-se da
imagem de um corredor que está avançando com tanta força e está tão
esticado que todo o seu corpo está avançando enquanto seus braços se
estendem para agarrar o objetivo que está diante dele.
A palavra “alvo” vem do grego skopos, que descreve a linha de chegada
para um corredor. Como tal, Paulo estava se esforçando para atingir a linha
de chegada. Naquele momento de sua vida, ele estava dando a sua última
volta pela pista antes de a corrida terminar. Em vez de desacelerar, seguindo
com calma ou descansar, ele havia escolhido desafiar todos os seus limites e
pressionar mais do que nunca antes, para poder terminar em primeiro lugar,
sabendo ter dado o melhor de si até o derradeiro fim de sua vida.
Depois, Paulo escreveu que estava prosseguindo para o “prêmio”. A
palavra “prêmio” vem do grego brabeion, que descreve as recompensas
concedidas aos que venceram suas competições nos jogos públicos. Isso
significa que Paulo tinha sua recompensa em mente. Quando, por fim, fosse o
momento de partir para estar com Cristo, haveria uma recompensa esperando
por ele. Com isso em mente, Paulo escolheu remover todos os obstáculos e
dificuldades de seu caminho e esforçar-se para avançar enquanto corria em
torno da pista para o período final de sua vida!
Como tudo isso se aplica a você hoje? Quando você estiver exausto dos
problemas intermináveis da vida e o pensamento de morrer ou ir para o céu
parecer um alívio bem-vindo, pare e pergunte-se:
• Eu fiz tudo que Deus me pediu para fazer?

• Posso dizer que corri minha corrida e a terminei, atingindo a linha
de chegada?
• Outras pessoas dependem de mim e ainda precisam de mim?
Se as suas respostas a essas perguntas revelarem que a sua tarefa está
incompleta e outros ainda dependem de você, não é hora de você ir! Um dia,
você poderá zarpar e ir para a eternidade. Chegará o dia de sua vida em que
você levantará acampamento deste reino terreno e avançará para o território
celestial. Porém, esse momento não chegou. Em vez disso, você precisa se
agarrar ao poder de Deus e correr ferozmente para terminar a corrida ainda
inacabada que está diante de você. Não pare de correr até saber ter feito
TUDO que Jesus pediu que você fizesse.
Por isso, recomponha-se. Reúna suas forças. Dependa do poder do
Espírito Santo. Prepare-se, apronte-se e comece a correr a sua corrida — e
continue correndo até poder dizer, sem qualquer dúvida, que terminou a sua
corrida! Enquanto não puder dizer isso com confiança, você precisará
parar de pensar sobre o céu e começar a pensar sobre como correr a sua
corrida até o fim!
Senhor, quero correr a minha corrida vitoriosamente até a linha de chegada! Não quero
desistir, entregar os pontos ou morrer enquanto não puder dizer que terminei todas as
atribuições que Tu me deste. Perdoa-me por permitir que pensamentos de morte me
dominem. Ainda tenho vida demais para me permitir esse tipo de pensamento
autodestrutivo. Ajuda-me a pôr de lado a minha exaustão, a agarrar-me no Teu poder e
esforçar-me para fazer o que Tu me chamaste a fazer com a minha vida.
Confesso que ainda tenho muita vida antes de morrer e ir para o céu! Deus deu uma
atribuição enorme para a minha vida e estou apenas começando a cumprir o que Ele me
pediu. A morte não é uma opção neste momento. A vida é a minha única escolha. Sou
necessário e desejado, e Deus ainda não quer que eu vá para casa. Portanto, terei uma
vida longa e próspera — e correrei a minha corrida com todas as minhas forças para
poder terminá-la com alegria e vitória!
PARA REFLETIR
1. É verdade que você teve momentos em que desejou poder fazer as

malas e ir para o céu? Você se sentiu assim em um momento de
exaustão e sensação de desgaste?
2. Após ter sido revigorado e já estar se sentindo melhor novamente,
você não ficou contente por não ter ido para o céu? Você ainda não
tem muito a realizar para o Senhor antes de levantar acampamento,
fazer as malas e seguir em frente para estar com Cristo?
3. Quantas pessoas estão dependendo de você e realmente necessitam
de você? Uma vez que essas pessoas ainda precisam da sua presença
pessoal na vida delas, você não pensa que precisa se dedicar a viver
uma vida plena nesta terra e terminar sua corrida espiritual?
Ao pensar na morte, Paulo nem sequer pensou em morrer como nós

pensamos. Em vez de pensar na cessação da vida, ele olhou para a morte
como nada além de uma partida que sinalizava o início da próxima parte
de sua viagem na eternidade.
17 DE SETEMBRO
Você Conhece Pessoas de Duas Palavras?

Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra,
não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância,
— 1 Timóteo 3:8
V ocê já conheceu uma pessoa que concordava com quem quer que
estivesse conversando no momento? Quando estava com você,
concordava com você. Porém, quando estava com alguém que tinha uma
opinião diferente, concordava com ele. A opinião dessa pessoa mudava tão
rapidamente que quase o chocou?
É muito difícil criar confiança em uma pessoa como essa, porque você
nunca sabe se a opinião dela é realmente igual à sua ou se ela está apenas
concordando com você pela frente, até poder se virar e discordar pelas suas
costas. A falta de integridade desse tipo de pessoa torna difícil construir um
relacionamento significativo com ela.
Mesmo que eu nem sempre goste do que os membros de minha equipe de
ministério dizem ou pensam, a honestidade deles é muito importante para
mim, porque garante relacionamentos confiáveis. No dia em que um membro
da equipe me diz uma coisa e em seguida vira as costas e diz outra a um
colega de trabalho, minha confiança naquela pessoa é rompida. O apóstolo
Paulo chamou esse tipo de pessoa de “língua dobre” (1 Timóteo 3:8, AA).
A palavra grega para “de língua dobre” é dilogos, composta pelas
palavras di e logos. Di significa dois, e logos significa palavras. Quando
combinadas, formam a palavra dilogos, que poderia ser literalmente
traduzida como de duas palavras. É a imagem de um homem ou uma mulher
que diz algo a uma pessoa, mas algo diferente à outra. Explicando melhor,
pessoas como essa são inconstantes no que dizem. São tão indecisas que sua
opinião está em constante flutuação, dependendo de com quem estejam
falando no momento.
Isso normalmente indica que essa pessoa é uma bajuladora. Por querer
que todos gostem dela, concorda com quem está no momento. Esse é um
grave defeito de caráter. De fato, 1 Timóteo 3:8 nos proíbe de dar a esse tipo
de pessoa qualquer lugar importante de liderança no ministério. Trata-se
também de um princípio que deve ser levado em consideração ao se
procurar um possível líder em qualquer igreja, empresa ou organização.
A honestidade é necessária para que possa ser construída confiança entre
líderes e liderados. É obrigatória nos casamentos, nas amizades e nas
relações entre empregadores e empregados ou entre um pastor e seus líderes.
Se um relacionamento de longo prazo deve ser construído, a confiança não é
opcional — é essencial.
Se há em sua igreja, empresa ou organização uma pessoa que muda
constantemente o que diz, dependendo de com quem está no momento, eu o
exorto a não promover essa pessoa a um papel de liderança. Ela não
demonstra o caráter exigido dos líderes.
Ser sincero nem sempre é fácil. Frequentemente, é muito difícil. Porém, a
honestidade é o caminho mais claro e mais nobre. O desafio que enfrentamos
é aprender a “falar a verdade em amor”, como nos ordena Efésios 4:15.
Aprendi que a verdade não é tão difícil de ouvir; o modo como a verdade
às vezes é falada é que pode ser difícil de ouvir. É muito mais fácil ouvir a
verdade se ela estiver misturada com amor, paciência e compreensão. Penso
que você sabe que a água gelada jogada em seu rosto não é muito agradável.
De fato, pode ser uma experiência tão perturbadora que talvez você seja
tentado a jogá-la de volta! Então, quando você estiver falando a verdade a
outra pessoa, peça ao Espírito Santo para ajudá-lo a saber como expressar a
sua opinião de uma maneira respeitosa e não ameaçadora.
Em Efésios 4:25, o apóstolo Paulo nos ordenou: “Por isso, deixando a
mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo...”. Em grego, o tempo
verbal da palavra “fale” aponta para um ato habitual. Sendo assim, Deus
quer que você desenvolva o hábito de sempre dizer a verdade, toda a
verdade e nada mais que a verdade, e que Deus o ajude! Se você for
responsável por concordar com quem quer que esteja conversando no
momento, é tempo de pedir ao Espírito Santo para ajudá-lo a superar essa
fraqueza.
Se a sua opinião for solicitada, certifique-se de falar exatamente aquilo
que você pensa e em que acredita. E, antes de falar, ore por graça para falar
a verdade com bondade. Após dizer aquilo em que você acredita, sustente o
que disse. Se, mais tarde, decidir que estava errado, vá até a pessoa com
quem você falou — seu pastor, chefe, amigo e assim por diante — e diga-lhe
que você mudou o seu posicionamento. Essa pessoa irá admirar a sua
honestidade. Por outro lado, se você disser algo a uma pessoa e depois der
as costas e disser algo diferente a outra pessoa, a primeira não entenderá o
seu comportamento. Ela irá vê-lo como um hipócrita em quem não se pode
confiar, como alguém de língua dobre.
Porém, e se você for o líder, pastor ou empregador de alguém que trabalhe
que muda constantemente o que diz, dependendo de com quem está falando?
Nesse caso, siga as palavras de Paulo. Não promova essa pessoa a um nível
de responsabilidade mais elevado até esse hábito ter sido rompido. Não
imponha as mãos sobre uma pessoa de língua dobre!
Senhor, perdoa-me pelas vezes em que tive duas caras e língua dobre, dizendo coisas
diferentes a pessoas diferentes. Após ler a Pedra Preciosa de hoje, percebo que é errado
agir assim com quem tem autoridade sobre mim. Eles precisam ter a certeza de que estou
sendo sincero com eles e agora vejo que lhes dei motivo para duvidarem de minha
palavra. Perdoa-me e ajuda-me a vencer esse grave defeito de caráter em minha vida.
Espírito Santo, ajuda-me hoje a desarraigar de minha vida essa tendência a ter língua
dobre. Ensina-me a falar a verdade habitualmente!
Confesso que não sou uma pessoa de duas caras ou de língua dobre. Quando eu falo, as
pessoas sabem que a minha palavra é tão boa quanto o ouro. Não altero a minha opinião
com base na pessoa com quem estou ou no que os outros pensam de mim. Digo o que
penso e sou fiel em manter a minha palavra. Todos os dias, estou crescendo em graça — e
Deus está me tornando mais forte, melhor, mais confiável e mais verdadeiro. Sou
exatamente o tipo de pessoa em quem minhas autoridades podem confiar!
PARA REFLETIR
1. Você conhece uma pessoa de duas caras e língua dobre? Você a viu
oscilar em suas opiniões, dependendo de com quem estava naquele
momento? De que maneira esse comportamento inconstante afeta a
sua opinião acerca dessa pessoa?
2. Você é culpado de ter língua dobre? Você disse uma coisa ao seu
líder e depois, pelas costas dele, disse algo diferente às pessoas da
igreja, empresa ou organização? Se a sua resposta for sim, o que isso
revela a respeito do seu próprio caráter?
3. Como você deve ajudar a corrigir uma pessoa de língua dobre? Você
pensa que deve ignorar a desonestidade dessa pessoa ou confrontá-la
em amor e tentar ajudá-la a corrigir esse defeito de caráter em sua
vida?
18 DE SETEMBRO
Nunca se Esqueça de Quão Bom Deus Foi Com Você!

...onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras por quarenta
anos.
— Hebreus 3:9
Q ue tipo de impacto você acha que teria se testemunhasse pessoalmente

um fluxo contínuo e permanente de milagres em sua vida? Você gostaria
de ter esse tipo de experiência?
Bem, isso é exatamente o que aconteceu aos filhos de Israel quando
deixaram o Egito e vagaram pelo deserto por quarenta anos. É a isso que
Hebreus 3:9 se refere ao dizer: “... onde os vossos pais me tentaram, pondo-
me à prova, e viram as minhas obras por quarenta anos”.
Vejamos o que a Bíblia quer dizer com os filhos de Israel “tentarem” a
Deus. A palavra “tentaram” provém de peiradzo, uma antiga palavra grega
que significa colocar à prova. Significa testar um objeto para ver se sua
qualidade é tão boa quanto outros afirmaram, ostentaram ou anunciaram.
Por exemplo, se você ouvisse dizer que determinado produto é o melhor de
seu gênero no mundo, seria natural desejar verificar e testar esse produto
para conferir se ele realmente faz jus às afirmações. Essa é exatamente a
ideia da palavra peiradzo em Hebreus 3:9.
Os filhos de Israel estavam em uma situação que exigia uma intervenção
milagrosa. Se não fosse pela intervenção divina de Deus, eles nunca teriam
sobrevivido à sua fuga do Egito ou aos anos que passaram no deserto. Suas
circunstâncias por si só davam origem a uma situação que permitia que Deus
fosse testado — em outras palavras, uma situação que permitia a Deus
demonstrar quem Ele é e quão fiel Ele é para com o Seu povo. Deus havia
dito aos israelitas que Ele é bom, então eles o “testaram”, dando-lhe uma
oportunidade de demonstrar que Ele é tudo que declarou ser!
Você pode aplicar esse mesmo princípio à sua vida. Por exemplo, suponha
que você estivesse em grande dificuldade financeira. Embora não tivesse
intenção de entrar naquela encrenca financeira, você se encontrava em uma
situação em que precisava ver a bondade de Deus! Você havia ouvido e
crido que Deus é um provedor sobrenatural; portanto, em certo sentido, a sua
situação criou um momento em que a bondade e o poder libertador de Deus
poderiam ser testados. Essa situação seria o equivalente a você dizer:
“Senhor, Tu dizes que és um ótimo provedor; então preciso que me mostres
quem Tu és! Dá-me provisão agora nesta situação”.
Os muitos desafios enfrentados pelos israelitas os colocavam em uma
posição em que eles tinham de ver a libertação de Deus — e cada situação
colocava Deus em uma posição de provar quem Ele era para eles. É por isso
que o versículo prossegue, dizendo que os filhos de Israel “tentaram” Deus.
A palavra “tentaram” provém do grego dokimadzo, que descreve algo que
foi testado e considerado verdadeiro e genuíno. Pode, também, ser
traduzida como algo autêntico, confiável, aprovado, fidedigno e real.
Moisés havia declarado a bondade de Deus aos filhos de Israel, mas cada
desafio enfrentado por eles dava a Deus a oportunidade de provar que Ele é
exatamente como Moisés havia declarado. Em cada dificuldade, eles viam
que Deus é fiel, verdadeiro e firme. Em nenhuma circunstância Deus os
desapontou ou não foi fiel à reputação de Seu nome. Eles testemunharam
pessoalmente a bondade divina e o fato inegável de que Deus é confiável,
fidedigno e verdadeiro.
De fato, Hebreus 3:9 diz que os israelitas “viram” as obras de Deus por
quarenta anos. A palavra “viram” vem do grego horao, que significa ver.
Porém, em um sentido mais amplo, horao transmite a ideia de ver, perceber,
entender, experimentar e assimilar para si mesmo. Isso nos diz que os
filhos de Israel viram e experimentaram suficientemente o poder de Deus
para compreendê-lo e assimilá-lo plenamente à sua consciência. Além disso,
a gramática grega descreve uma visão e experiência constante, contínua e
ininterrupta das obras de Deus durante aqueles quarenta anos. Eles
experimentaram esse poder de alto nível continuamente — talvez como
nenhuma outra geração anterior ou posterior à deles.
Poderíamos dedicar muitas páginas a discutir a provisão e proteção
sobrenatural experimentada pelos israelitas, mas consideremos apenas uma
amostra do que eles viram e experimentaram:
1. O maná que Deus lhes forneceu durante quarenta anos.

2. As codornizes que chegaram a eles sobrenaturalmente no deserto.
3. A rocha da qual fluiu água suficiente para nutrir todos eles.
Suponhamos que os israelitas fossem aproximadamente três milhões de

pessoas, o número estimado por muitos estudiosos da Bíblia. Nesse caso,
você sabe quanto maná era necessário para alimentar os filhos de Israel
no deserto? Um estudioso estimou que eles precisavam de 4.500 toneladas
de maná todos os dias! Se isso for verdadeiro, e se você levar em conta que
Deus alimentou seu povo todos os dias durante quarenta anos, isso significa
que 65.700.000 toneladas de maná apareceram sobrenaturalmente no chão ao
longo de um período de quarenta anos!
Esse maná aparecia com tanta regularidade, tão fielmente, tão “dia após
dia”, que depois de certo tempo, os filhos de Israel já não o consideravam
tanto. A provisão sobrenatural se tornou tão comum que eles se esqueceram
de quão sobrenatural ela era e começaram a aceitá-la como uma ocorrência
normal e regular. Durante aqueles quarenta anos, crianças nasceram e
cresceram pensando que era normal 4.500 toneladas de maná aparecerem do
nada todas as manhãs (ver Êxodo 16)!
O que você pensa que aconteceria se amanhã a sua cidade acordasse e
encontrasse 4.500 toneladas de maná delicioso, fresco e nutritivo espalhado
no chão na cidade toda, gratuito para quem quisesse sair, pegar e levá-lo
para casa? Seria uma grande notícia! Os cientistas viriam do mundo todo
para vê-lo, estudá-lo e saboreá-lo. Os jornalistas escreveriam sobre ele e os
principais noticiários da TV dariam cobertura jornalística à história. Seria
uma sensação mundial. Porém para os filhos de Israel, aquele era um
evento que ocorria todas as manhãs!
Você se lembra de quando Deus enviou as codornizes para alimentar os
filhos de Israel? Quantas codornizes você pensa que seriam necessárias
para alimentar aquele enorme grupo de israelitas trinta dias por mês? Deixe-
me dizer-lhe quantas: seriam necessárias pelo menos noventa milhões de
codornizes. Isso mesmo — se cada israelita comesse uma única codorniz
por dia, em um mês seriam noventa milhões de codornizes. Se comessem
duas por dia, o número total necessário para alimentá-los durante trinta dias
aumentaria para cento e oitenta milhões de codornizes. Esse era o número
de codornizes necessário para alimentar aquela multidão de três milhões de
israelitas em um período de trinta dias. Desnecessário dizer que essa foi uma
incrível provisão sobrenatural de Deus!
Lembre-se de que os israelitas estavam no meio do deserto. Ali não era
um lugar natural para aparecerem codornizes! Porém, de repente, eles
ouviram um ruído à distância e olharam para cima. No céu acima deles, eles
viram milhões de codornizes voarem para lá, vindas do nada e pousarem em
seu acampamento. Qual seria a probabilidade de tal coisa acontecer
naturalmente?
Tente imaginar com que se pareceria aqueles muitos milhões de
codornizes voarem sobre a sua cabeça. As espessas nuvens de codornizes
devem ter sido suficientemente densas para quase bloquear a visão do sol
das pessoas! Ou tente imaginar milhões de codornizes voando direto para o
acampamento onde você está morando durante trinta dias, pousando
convenientemente aos seus pés como se dissesse: “Por favor, me coma!”.
De onde vieram todas aquelas codornizes? Certamente, não vieram do
deserto. Que distância aquelas aves tiveram de viajar para chegar até os
filhos de Israel? De que distância Deus chamou sobrenaturalmente as
codornizes para alimentar os filhos de Israel?
Esse fenômeno simplesmente não poderia ser explicado naturalmente. Foi
uma provisão sobrenatural. Foi tão milagroso quanto as 4.500 toneladas de
maná que apareceram milagrosamente no chão todas as manhãs durante
quarenta anos.
O que dizer da água que saiu da rocha para atender à necessidade de
água dos israelitas no deserto? Você tem alguma ideia de quanta água seria
necessária para sustentar três milhões de israelitas nas temperaturas
escaldantes do deserto? Você também tem de levar em conta todos os
animais que precisavam ser nutridos com água.
Tenha em mente que o povo de Deus estava em um deserto seco e árido.
Era um lugar árido — um deserto! A única fonte de água disponível era
amarga e intragável; não havia nenhuma fonte natural de água para nutrir
aquela enorme multidão de pessoas. E considere a quantidade de água que
teria sido necessária para nutrir adequadamente três milhões de pessoas e
todos os animais nas temperaturas quentes do deserto. Teriam sido
necessários até sessenta milhões de litros de água todos os dias, apenas para
atender às suas necessidades básicas de existência!
A água era especialmente crucial naquele clima extremamente quente.
Tanto as pessoas quanto os animais precisavam de muito mais água do que
normalmente. Sem água, eles teriam secado e morrido no deserto. Porém,
por não haver nenhuma fonte natural de água, teve de ser providenciada
sobrenaturalmente.
Então, Deus disse a Moisés para ferir a rocha (ver Êxodo 17). Quando
Moisés obedeceu, a água começou a fluir sobrenaturalmente do meio
daquela rocha. E assim que a água começou a fluir, continuou a fazê-lo sem
parar, fornecendo toda a água necessária ao povo de Deus. Um suprimento
de uma semana seria equivalente a aproximadamente quatrocentos milhões
de litros de água!
Seria de imaginar que após viverem nesse tipo de provisão sobrenatural
dia após dia durante mais de quarenta anos, os filhos de Israel estariam vivos
para as coisas de Deus. Após experimentarem esse tipo de provisão
milagrosa contínua, eles deveriam ter confiado no Senhor e considerado
fácil segui-lo. Ele não havia sempre provado ser fiel a eles? Não havia
sempre provido sobrenaturalmente aquilo de que eles necessitavam quando
não havia provisão natural a ser encontrada? Que geração privilegiada eles
foram por ver tais atos maravilhosos de Deus!
Porém, apesar de todos os israelitas haverem visto, experimentado e
assimilado a bondade de Deus, eles se tornaram obstinados de coração. É
por isso que Hebreus 3:8 nos adverte a não sermos como eles, dizendo: “não
endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação no
deserto”.
A palavra “endureçais” vem do grego skleruno, um termo médico que
descrevia algo duro, como um calo. Poderia, também, indicar um membro
tão rígido que é difícil de mover. Assim, essa palavra é, frequentemente,
traduzida como dura cerviz. Era também usada para descrever o solo
endurecido do deserto — solo tão endurecido que a água não conseguia
penetrá-lo e em vez disso escorria por ele. Com o passar do tempo, a
palavra skleruno veio a descrever uma pessoa de pele grossa, indiferente
ou insensível.
Será que após terem visto Deus realizar tantas obras maravilhosas as
pessoas ficaram entorpecidas e insensíveis às demonstrações de Seu poder?
É possível que tenham se tornado insensíveis à bondade de Deus porque Ele
havia derramado muita bondade sobre elas? As manifestações sobrenaturais
antes consideradas maravilhas se tornaram ocorrências tão comuns que tais
milagres nem sequer impressionavam mais o povo de Deus?
Parece que os israelitas se tornaram crianças mimadas, sequer
reconhecendo quão gracioso Deus era para com eles ou quão
milagrosamente haviam sido supridos. A palavra “endureçais” parece
implicar que eles se tornaram tão duros que nada mais os impressionava.
Eles se tornaram tão rígidos que nem mesmo Deus conseguia levá-los à
obediência. Independentemente de quanto do Espírito de Deus tivesse sido
derramado sobre eles, Sua presença apenas escorria deles, incapaz de
penetrar em seu coração duro. Eles se tornaram indiferentes, insensíveis e
ingratos, constantemente reclamando e brigando entre eles e com Moisés por
causa da provisão de Deus.
Você pode perguntar: “Como eles puderam se tornar tão endurecidos após
tudo o que Deus fez por eles?”. Porém, pare um instante e faça essa mesma
pergunta a si mesmo. Deixe-me dizer-lhe que não demora quarenta anos para
qualquer um de nós se tornar endurecido e ingrato!
Se você avaliar honestamente a sua própria vida, poderá encontrar-se
nessa mesma triste condição. Considere como Deus o abençoou. Ele o
transformou, curou, libertou, resgatou sua família, deu-lhe um novo emprego,
respondeu às suas orações e deu-lhe provisão financeira repetidas vezes,
derramando em você bênção sobre bênção ao longo dos anos. De fato,
provavelmente você viveu boa parte de sua vida na constante, ininterrupta e
milagrosa provisão de Deus.
A sua vida não foi milagrosamente marcada com a bondade, misericórdia
e provisão sobrenaturais de Deus? Contudo, você ainda é tentado a se
preocupar, inquietar e duvidar da Sua fidelidade? Como poderia ser
possível você duvidar de Deus, após tudo que Ele já provou a você?
Assim como os filhos de Israel, você também enfrentou situações que
deram origem a momentos em que Deus foi posto à prova. E em todas as
vezes, Ele passou no teste! Ele provou a Si mesmo inúmeras vezes,
demonstrando repetidamente que é confiável, fidedigno e verdadeiro. Você
testemunhou manifestações da bondade de Deus durante toda a sua vida.
Então, levante os braços para o céu, abra a boca e comece a reconhecer que
é verdade!
Você não pensa que seria bom parar o que está fazendo e contar as
bênçãos de Deus, e expressar a sua eterna gratidão a Ele, hoje? Ao se
lembrar continuamente da bondade de Deus e fazer tudo mais que for
necessário para manter um coração agradecido, você evitará cair na
armadilha de ficar com o coração endurecido e arrogante como os filhos de
Israel.
Não esteja com os que murmuraram, reclamaram e não confiaram em
Deus. Esteja junto com aqueles que são gratos e reconhecidos, que confiam
que Deus é exatamente quem Ele declarou ser. Deus é bom para com você —
nunca se permita esquecer isso!
Senhor, sou grato por Tua bondade em minha vida. Tu me salvaste, me libertaste, me
redimiste e me transformaste. Toda a minha vida é marcada por Tua bondade e
misericórdia sobrenaturais! É verdade que Tu derramaste bênçãos incessantes sobre mim
— e hoje quero aproveitar esta oportunidade para agradecer por tudo que Tu fizeste em
minha vida. As situações que enfrentei em minha vida puseram o Senhor à prova e em
todas as oportunidades Tu provastes quão bom és. De fato, a Tua bondade para comigo
tem sido constante e incessante. Eu louvo a Ti e agradeço por me amares tanto!
Confesso que sou grato e constantemente ciente da bondade de Deus em minha vida.
Tenho todas as razões para confiar Nele, porque Ele tem se provado a mim várias vezes, e
sei que nunca me decepcionará. Ele demonstrou a mim Sua bondade e misericórdia, e eu
sou um receptor de Sua graça. Escolho levantar as mãos, abrir a boca e declarar a
bondade do Senhor. A Bíblia diz: “Digam-no os remidos do Senhor” (Salmos 107:2), por
isso eu o estou dizendo neste momento! Jesus, Tu és bom e Tua misericórdia dura para
sempre! Eu agradeço por derramares Tua misericórdia e Teu poder sobre mim!
PARA REFLETIR
1. Ao ler a Pedra Preciosa de hoje, você começou a pensar em todas as

vezes em que Deus proveu sobrenaturalmente à sua própria vida?
Seria muito benéfico você dedicar alguns minutos a refletir sobre
todas as vezes em que Deus proveu milagrosamente aquilo de que
você necessitava.
2. Você está enfrentando um desafio neste momento de sua vida? Em
caso afirmativo, você se encontra avançando para acreditar e confiar
no Senhor ou tem de lutar contra pensamentos terríveis de que Deus
poderá não se mostrar fiel a você?
3. É possível que você tenha caído na mesma armadilha em que caíram
os filhos de Israel? Você teve tantas provisões milagrosas em sua
vida, que começou a perder o seu apreço por tudo que Deus fez por
você? Se a resposta for sim, eu o aconselho a dedicar hoje algum
tempo a entrar na presença de Deus e corrigir seu coração diante
dele.
Você não pensa que seria bom parar o que está fazendo e contar as bênçãos
de Deus, e expressar a sua eterna gratidão a Ele, hoje? Ao se lembrar
continuamente da bondade de Deus e fazer tudo mais que for necessário
para manter um coração agradecido, você evitará cair na armadilha de
ficar com o coração endurecido e arrogante como os filhos de Israel.
19 DE SETEMBRO
Localização, Localização, Localização!

De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se
aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.
— Hebreus 11:6
N o mundo todo, a regra de ouro do setor imobiliário é localização,

localização, localização. Propriedades situadas nas melhores áreas
são mais desejáveis porque têm o maior valor e exigem os preços mais
elevados. Embora residências em outras áreas possam ser mais bonitas e até
ter jardins maiores, simplesmente não podem exigir os mesmos preços
elevados das residências situadas em locais melhores.
Minha família e eu moramos a poucos minutos do Kremlin de Moscou,
onde fica a sede do governo e estão localizadas a linda Praça Vermelha e a
Catedral de São Basílio. Ali, os apartamentos são mais antigos e menores,
mas essa área está bem no centro de Moscou e é considerada de prestígio
por estar muito próxima da sede do poder. Portanto, os valores dos imóveis
e aluguéis nessa área são muito maiores.
Recentemente, fui de carro até além dos limites da cidade, para ver as
novas casas fabulosas que estão sendo construídas pela novíssima classe
média emergente da Rússia. Quando perguntei por quanto aquelas casas
poderiam ser compradas, fiquei atordoado ao descobrir que seu preço de
venda é uma fração do que os apartamentos menores custam no bairro onde
moramos. Entretanto, se vivêssemos fora da cidade, teríamos de lutar contra
o trânsito durante uma hora e meia todas as manhãs a caminho do escritório;
depois teríamos de fazer tudo de novo todas as noites a caminho de casa!
Esse é outro motivo para as casas localizadas fora da cidade serem mais
baratas. Morar perto do centro da cidade é muito mais fácil, mais
conveniente e mais produtivo.
Ao voltar para cidade após olhar aquelas casas de campo, comecei a
pensar sobre o contraste entre viver dentro e fora da cidade. Enquanto
ponderava sobre esse assunto, lembrei-me de Hebreus 11:6, que diz: “De
fato, sem fé é impossível agradar a Deus...”.
A palavra “sem” provém do grego choris, que significa estar fora de
algo, como alguém que vive fora do perímetro de uma cidade. É uma
comparação entre estar fora ou dentro de algo — por exemplo, dentro da
casa ou fora da casa; no jardim ou fora do jardim; dentro do carro ou fora
do carro. A palavra choris retrata alguém que está fora de, não dentro de,
um local específico.
Em função de essa palavra ser usada no contexto da fé, o escritor de
Hebreus está nos informando que podemos viver na fé ou fora da fé. Isso
significa que a fé precisa ser um lugar real que tenha fronteiras, perímetro e
limites. Assim como você pode viver na cidade ou fora da cidade, você
pode viver na fé ou fora da fé. O fator determinante é a sua obediência à
tarefa que Deus lhe deu. Ele quer que você esteja localizado no endereço da
fé — porque essa é a localização que Ele considera mais valiosa e
proveitosa para a sua vida.
Hebreus 11:6 poderia ser assim escrito com precisão:
“Quando você vive fora da fé — além das suas fronteiras e do seu
perímetro — torna impossível agradar a Deus...”.
Para determinar se você está na fé ou fora da fé, precisa fazer estas
perguntas a si mesmo:
• Estou fazendo o que Deus me disse para fazer?

• Estou cumprindo a tarefa que Ele determinou para a minha vida?
• Estou vivendo em obediência à Sua Palavra e à revelação que Ele me
deu?
• Estou perseverando no plano que Jesus me pediu para executar?
Aquele lugar para onde Deus o chamou; aquele lugar que exige sua
obediência, fé e paciência; aquele lugar onde você está confiante de que
Deus quer que você esteja operando e atuando — esse é o endereço da fé
onde Deus quer que você viva. Enquanto você ficar “dentro” desse lugar
onde Deus lhe disse para estar, você estará “na” fé e, por isso, agradará a
Deus. Porém, no dia em que você desistir e se mover “para fora” desse lugar
de fé, estará se movendo para um território mais barato, que Deus não
valoriza tanto — um local onde você experimentará as dificuldades e
inconveniências de más escolhas e de derrotas.
Todo o capítulo 11 de Hebreus trata de homens e mulheres que viveram
“na” fé. Cada um deles recebeu uma palavra de Deus para sua vida ou sua
geração. Embora fosse difícil, eles se mantiveram firmes em seu mandato
vindo do céu. Como resultado, transformaram suas gerações e agradaram a
Deus. A fé era o local onde eles viveram — e, por terem permanecido
naquele lugar onde Deus os chamou para estarem, eles deram grande prazer
a Ele.
Porém, a única maneira de permanecer “na” fé é manter seus olhos fixos
em Jesus! O diabo tentará desencorajá-lo de ser firme e fiel. Ele orquestrará
situações para fazer você tirar seus olhos de Jesus e para enchê-lo de
preocupação e medo. Se você deixar o plano do inimigo funcionar, não
demorará muito para que as suas malas sejam arrumadas e você mude de
local — movendo-se “para fora” da fé, para áreas de baixo nível, de
derrota, onde você não agradará a Deus.
Porém, você não precisa deixar que esse plano funcione! Você nunca tem
de desistir do endereço de fé onde Deus quer que você viva! Apenas recuse-
se a permitir que o diabo o convença de fixar seus olhos nas circunstâncias.
Não tome o caminho do inimigo que leva diretamente para “fora” da fé.
Para quem permanece na fé há uma recompensa. É por isso que Hebreus
11:6 diz que Deus é “galardoador”. Para quem vive continuamente no
endereço da fé — quem se recusa a ser movido pelas circunstâncias; quem
rejeita veementemente qualquer tendência a se dar por vencido e desistir;
quem rechaça qualquer tentação ou impulso para abandonar a palavra que
Deus lhe deu — é apenas uma questão de tempo até sua fé ser recompensada.
Ele receberá a plena manifestação daquilo em que crê!
Hebreus 11:6 prossegue, dizendo que Deus “... se torna galardoador dos
que o buscam” diligentemente. Veja, é preciso diligência para permanecer na
fé! Isso exigirá que você esteja atento, concentrado e comprometido até o
fim. Quando as circunstâncias tentam levá-lo “para fora” da fé, você precisa
ter um compromisso feroz e inabalável para não sair do lugar para onde
Deus o chamou.
O motivo de a maioria das pessoas falhar é por não estarem realmente
comprometidas desde o início. É por isso que o diabo acaba enfim
encontrando uma maneira de movê-las para “fora” daquele lugar de fé. Um
grande homem de Deus disse: “Qualquer coisa que termina em fiasco tinha
uma falha desde o início”. Então, certifique-se de não haver em você falhas
fatais que irão tirá-lo da estrada!
Eu lhe asseguro que se você vê alguém vivendo constantemente no
endereço da fé, essa pessoa buscou esse objetivo persistentemente. Veja,
viver “na” fé não pode ser uma questão paralela em sua vida. Precisa ter sua
atenção total e única. Para permanecer “na” fé, você precisa ser constante.
Definitivamente, precisa ser persistente. O seu compromisso de viver e
caminhar na fé precisa ser inflexível e inabalável.
• Então, o que Deus pediu para você fazer?

• Qual é o lugar de fé onde você deveria estar vivendo neste momento?
• Você permanece nesse lugar de fé ou tem vacilado para lá e para cá e
“dentro” e “fora” do lugar para onde Deus o chamou a estar?
Tome a decisão de que não existe volta de onde Deus o chamou. Deus
promete que se você permanecer “na” fé haverá uma gloriosa recompensa
esperando por você no futuro próximo. É apenas uma questão de tempo até
que a plena manifestação daquilo em que você crê se torne visível!
Por isso, faça todo o possível para permanecer no seu endereço de fé.
Você está vivendo no lugar mais valioso e benéfico para sua vida. Você está
vivendo onde Deus pode abençoá-lo!
Uma vez que a localização determina tudo o mais, por que você não
dedica hoje alguns minutos a avaliar a sua vida? Veja se você está
devidamente localizado “dentro” ou “fora” da fé. Se você descobrir que está
“fora” da fé, faça com que o objetivo de entrar “na” fé seja a sua prioridade
mais importante. O resultado de todas as outras áreas da sua vida será
determinado por essa decisão!
Senhor, ajuda-me a manter-me firme na atribuição que Tu me deste para a minha vida. Sei
que é ali que eu deveria estar — e sei que é o que eu deveria estar fazendo. Perdoa-me
por vacilar para lá e para cá, para dentro e para fora, para trás e para a frente. Estou
pedindo que Tu me ajudes a tornar-me determinado, concentrado e compenetrado em
minha decisão de nunca mais sair da fé. Quero viver no endereço da fé, porque sei que é
ali que eu mais Te agradarei. Espírito Santo, capacita-me a afastar toda distração do
diabo e a permanecer firme e decidido a fazer exatamente o que Deus me instruiu a fazer.
Confesso que vivo “na” fé. Embora Satanás tente usar situações para me distrair e me
impedir de permanecer na fé, resolvi que nunca sairei do lugar para o qual Deus me
chamou a estar. Eu nunca renunciarei ao sonho que Ele colocou em meu coração.
Permanecerei nesse lugar; usarei a minha fé; serei firme, inabalável e comprometido em
ver as Suas promessas se cumprirem em minha vida. Por ter tomado essa decisão, eu sou
uma pessoa que agrada a Deus!
PARA REFLETIR
1. Você está vivendo no endereço da fé? Ou você saiu da fé para o

bairro da dúvida e da incredulidade, onde você sabe não estar mais
agradando a Deus?
2. Como o diabo tentou distrair e impedir você de permanecer “na” fé?
Que pessoas ou situações ele usou para tentar tirar você da fé e fazê-
lo entrar no território da desobediência e incredulidade?
3. O que você fará para se fortalecer espiritualmente a fim de poder
permanecer “na” fé até ver a manifestação plena do que Deus lhe
prometeu?
20 DE SETEMBRO
Levados Cativos Pelo Diabo Para Fazer a Vontade

Dele!
...mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos
por ele para cumprirem a sua vontade.
— 2 Timóteo 2:26
N a igreja local, de vez em quando, alguém se comporta de uma maneira

chocante a todos por ficar muito irado e incomodado com a liderança
da igreja. Frequentemente, essa pessoa serviu fielmente no passado; contudo
torna-se uma torrente de fúria — acusando o pastor, ficando incomodado
com a equipe pastoral e tentando criar o maior número possível de
problemas. O que surpreende é que habitualmente essa pessoa é cega em
relação a quão desagradável e ímpio é o seu comportamento.
Frequentemente, a pessoa pensa estar fazendo a vontade de Deus ao apontar
as falhas da liderança da igreja!
Timóteo estava tendo problemas semelhantes com várias pessoas de sua
própria congregação. Paulo se referiu a essa situação ao escrever que alguns
membros de sua igreja haviam “...sido feitos cativos por ele [o diabo] para
cumprirem a sua vontade” (2 Timóteo 2:26).
As palavras “feitos cativos” provêm do grego zoogreo, que significa
capturar um animal vivo. É a imagem de colocar um animal em uma jaula
ou atrás das grades no zoológico. Isso significa que pessoas que estão se
comportando assim são vítimas — de alguma maneira capturadas e presas
pelo diabo, enjauladas em ressentimento ou amargura que as leva a agir de
uma maneira incoerente com o que elas realmente são!
As palavras de Paulo “feitos cativos por ele [o diabo] para cumprirem a
sua vontade” poderiam ser melhor entendidas da seguinte maneira:
“... que são levados cativos por ele [o diabo] para realizar a vontade
do diabo.”
Aqui vemos uma imagem de um cristão cujas emoções foram manipuladas
pelo diabo até a própria pessoa se tornar a fonte de conflito, discórdia e
subversão na igreja, sempre pensando estar fazendo a vontade de Deus. Esse
é um cristão enganado, capturado pelo inimigo e agora trabalhando para o
diabo para destruir a igreja local!
A ofensa costuma ser o ponto de entrada usado pelo diabo para seduzir um
cristão a adotar esse comportamento. E é surpreendente a rapidez com que
um dardo de ofensa do inimigo pode ser lançado no coração de uma pessoa.
Igualmente surpreendente é a velocidade com que um único dardo maligno
consegue mudar a perspectiva dessa pessoa acerca de alguém a quem ela
costumava honrar e respeitar! Em questão de segundos, toda a sua visão
daquela outra pessoa pode ser negativamente afetada.
Como o gotejamento de água, o diabo começa a atacar repetidamente a
mente de uma pessoa com acusações contra aquele que já foi tão venerado.
Digamos que o acusado seja o pastor da pessoa. O inimigo pode incutir na
mente dessa pessoa alegações falsas como:
• Ele é tão arrogante e orgulhoso!

• Se outras pessoas vissem o que você vê, ninguém viria a esta igreja.
• Ele não lhe dá valor.
• Ele não merece que você sirva em sua equipe. Deixe-o!
• As pessoas desta cidade precisam de um pastor que realmente as ame.
• É tempo de você deixá-lo e iniciar a sua própria igreja!
Quando o inimigo está atacando a mente e as emoções dessa maneira,

frequentemente a vítima não percebe que o engano está tentando se infiltrar
em seu coração. Ela está caindo na armadilha do diabo e nem sequer sabe
disso! No momento em que aquilo está acontecendo, a pessoa realmente
acredita que o que ela está pensando e fazendo é correto. Esse é um exemplo
clássico de um cristão levado cativo pelo diabo para fazer a vontade dele.
Esse cristão acredita sinceramente estar agindo com um espírito correto e
fazendo a vontade de Deus ao se rebelar contra a autoridade constituída por
Deus sobre a sua vida.
Felizmente, Deus é capaz de lidar com o coração dessa pessoa e revelar
quão errada ela está, e seu relacionamento com a autoridade sobre ela pode
ser completamente restaurado. Entretanto, a restauração nesses tipos de
casos é uma ocorrência rara. Geralmente, o dano é tão grave que as pessoas
ficam profundamente feridas — que é precisamente o objetivo que o diabo
deseja atingir!
Permita-me dar-lhe esse conselho para ajudá-lo a evitar ser pego nesse
engano diabólico. Sempre que algo se tornar um grande problema entre
você e outra pessoa, seria recomendável dar um passo atrás e reexaminar o
motivo do seu incômodo. Com muita frequência, a pessoa com quem você
está incomodado é alguém que você ama e precisa em sua vida. Portanto,
faça essas perguntas a si mesmo:
• Eu quero deixar o diabo construir uma muralha entre mim e essa

pessoa por algo que nem sequer terá importância daqui a um ou dois
anos?
• Eu realmente penso que essa pessoa tinha intenção de me magoar?
• Não seria melhor eu perdoar essa pessoa e preservar o nosso
relacionamento, que demorou tanto tempo para ser construído?
• O que aconteceu é realmente tão sério ou estou exagerando o
tamanho do incidente?
• Eu poderia fazer o mesmo com outra pessoa?
A partir de minha própria experiência ao longo dos anos, descobri que o

diabo está constantemente buscando momentos oportunos para colocar maus
sentimentos entre as pessoas. Ele é um mestre em embelezar ofensas reais ou
imaginárias até elas se tornarem exageradas e maiores do que a realidade. E
ele sabe exatamente quando mexer com você!
Então, desacelere, acalme-se e conceda a si mesmo algum tempo para
pensar e orar antes de começar a acusar alguém. Seria uma boa ideia
encontrar um amigo que será honesto com você. Peça a esse amigo para lhe
dizer a verdade sobre o que você está sentindo e sobre como você está se
comportando. Uma boa dose de honestidade de um amigo verdadeiro pode
ser exatamente o que você precisa para despertar do que o diabo está
tentando fazer em você e por seu intermédio!
Senhor, não quero nunca que o demônio me leve cativo para fazer a vontade dele em
minha igreja ou meu local de trabalho. Ele é um acusador; sendo assim, se sou tentado a
acusar e caluniar, isso significa que o diabo está tentando operar por meu intermédio. Dá-
me a capacidade de identificar essa estratégia do inimigo assim que ela começar, e de
interrompê-la antes de me envolver tanto em um conflito que não consiga ver ou pensar
corretamente. Espírito Santo, Tu és o Espírito da Verdade; por isso capacita-me a ver e
ouvir a verdade sobre mim mesmo, porque quero permanecer livre!
Confesso que estou livre do engano do diabo! Minha mente é renovada com a verdade da
Palavra de Deus. Minha mente pensa correta e claramente, e sou sensato e equilibrado em
minha perspectiva das situações que encaro na vida. Sou ensinável quando meus amigos
me dizem a verdade, ajudando-me a ver quando estou ficando demasiadamente
incomodado com coisas que não são tão importantes. Portanto, sou capaz de me esquivar
da armadilha do diabo e permanecer equilibrado nas minhas emoções, graças a Palavra
que opera poderosamente em mim!
PARA REFLETIR
1. Já houve em sua vida um momento em que o diabo o aprisionou

emocionalmente e o usou para criar problemas? Depois, você ficou
muito arrependido pelo seu papel negativo naquela situação? Alguma
vez você voltou e pediu desculpas pelo que fez?
2. Você já viu alguém cair nessa armadilha em sua igreja ou em seu
local de trabalho? Quando esse incidente ocorreu, você reconheceu
que a pessoa que estava agindo de maneira tão destrutiva estava com
sua mente e suas emoções literalmente cativas?
3. Se a pessoa que está sendo usada pelo demônio não quiser escutar
aqueles que estão acima dela, que medidas você pensa que essas
autoridades devem tomar em resposta ao comportamento dessa
pessoa?
21 DE SETEMBRO
Preocupação e Ansiedade Estão Tentando Aprisionar

ou Controlar Você?
Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as
vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.
— Filipenses 4:6
V ocê já teve momentos em que a ansiedade tenta entrar furtivamente em

você e aprisionar seu coração?
Estou falando daqueles momentos em que você é lançado em um estado de
pânico em relação a coisas que dizem a seu respeito — como sua família,
amizades, empresa ou finanças. Com muita frequência, esse estado de pânico
é causado pelo simples pensamento de um problema que sequer existe e é
improvável que venha a acontecer algum dia. Não obstante, o simples
pensamento desse problema inexistente o incomoda profundamente. Em
pouco tempo, você se vê afundando em um estado tão forte de preocupação e
ansiedade que se torna emocionalmente refém!
Um exemplo seria uma esposa ou mãe que se preocupa sem parar com a
saúde de seu marido ou de seus filhos. Embora na realidade eles sejam tão
saudáveis quanto possível, o diabo ataca constantemente a mente da mulher
com pensamentos repletos de medo de seus entes queridos ficarem enfermos
ou morrerem prematuramente. Esse medo age como um estrangulamento que
gradualmente sufoca a vida da pessoa, paralisando-a até ela já não conseguir
atuar normalmente em suas responsabilidades diárias.
Ou você já conheceu um homem de negócios bem-sucedido que vive em
constante terror de perder seu dinheiro? Conheci muitos homens assim. Seus
negócios eram abençoados, estáveis e até mesmo se expandiam. Porém, em
função de o diabo atacar a mente deles com preocupação e ansiedade de
perder tudo, eles não conseguiam desfrutar do sucesso que Deus lhes havia
concedido. Em vez de apreciar a bondade de Deus e as inúmeras bênçãos
que Ele deu em suas vidas, frequentemente viviam como mendigos, com
medo de que se usassem o que tinham, poderiam perdê-lo. Esse é um medo
estrangulador e sufocante que rouba a capacidade de as pessoas desfrutarem
do que possuem.
Algumas delas são tão controladas pelo medo que fazem orações
angustiadas, em vez de repletas de fé. Devo admitir que em minha própria
vida houve momentos em que orei mais por angústia do que por fé. Você já
passou por isso? Fazer orações angustiadas não o leva a nenhum lugar. Essa
é uma oração improdutiva. Deus não responde à angústia; Ele responde à fé.
Em Filipenses 4:6, Paulo diz: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em
tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela
oração e pela súplica, com ações de graças”. Você vê a palavra “ansiosos”
nesse versículo? Trata-se da palavra grega merimnao, que significa estar
perturbado; ansioso; angustiado ou estar preocupado com algo.
Nos tempos do Novo Testamento, essa palavra era usada principalmente
em relação a preocupação com finanças, fome ou alguma outra provisão
básica da vida. Retratava uma pessoa que está angustiada quanto a pagar
suas contas; uma pessoa preocupada por não ter o dinheiro necessário para
comprar comida e roupas para as necessidades de sua família, ou para pagar
em dia a prestação da casa ou o aluguel do apartamento, ou uma pessoa
ansiosa por sua capacidade de lidar com as necessidades cotidianas da vida.
Essa é a mesma palavra usada em Mateus 6:25, quando Jesus diz: “Por
isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de
comer ou beber...”. A palavra “ansiosos” também provém do grego
merimnao. Porém, nesse versículo específico, o Novo Testamento grego tem
também a palavra me, que é uma forte proibição de parar algo que já está
em andamento.
Isso sugere fortemente que Jesus estava falando a pessoas preocupadas
que já estavam repletas de angústia e ansiedade. Ele estava exortando
aquelas pessoas a pararem de se preocupar. O versículo poderia ser
traduzido como: “Parem de se preocupar com a sua vida...”. Então, Jesus
especifica que elas deveriam parar de se preocupar “... quanto ao que haveis
de comer ou beber...”. Assim, vemos novamente a palavra merimnao ser
usada para descrever preocupação, angústia e ansiedade quanto à
obtenção das necessidades básicas da vida.
Encontramos a palavra merimnao também na parábola do semeador e da
semente. Mateus 13:22 (NVI) diz: “Quanto ao que foi semeado entre os
espinhos, este é aquele que ouve a palavra, mas a preocupação desta vida e
o engano das riquezas a sufocam, tornando-a infrutífera”. A palavra
“cuidados” provém do grego merimnao, novamente ligada a preocupações e
inquietações materiais.
Jesus diz que essa preocupação “sufoca” a Palavra. A palavra “sufoca”
provém de sumpnigo, que significa sufocar, abafar, asfixiar, engasgar ou
esganar. Veja, a preocupação é tão avassaladora na mente de um indivíduo
que literalmente o sufoca. É uma força sufocante e asfixiante que esgana toda
a sua vida até que fique paralisada.
Em Lucas 21:34, Jesus fez uma advertência especial às pessoas que vivem
nos últimos dias. Ele disse: “Acautelai-vos por vós mesmos, para que nunca
vos suceda que o vosso coração fique sobrecarregado com as consequências
da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele
dia não venha sobre vós repentinamente, como um laço”.
Quando Jesus menciona a “preocupação desta vida”, a palavra
“preocupação” vem do grego merimna. Dessa vez, porém, ela é usada em
relação à palavra “vida”, que em grego é biotikos. Esta provém da palavra
raiz bios, que significa vida. É dela que deriva a palavra biologia. Porém,
quando se torna a palavra biotikos, descreve as coisas da vida — referindo-
se principalmente aos eventos, incidentes e episódios que ocorrem na vida
de uma pessoa.
Assim, poderíamos interpretar essa frase no sentido de que não devemos
nos permitir ficar preocupados e angustiados com os eventos, incidentes ou
episódios que ocorrem na vida. Essa é uma mensagem particularmente
apropriada para as pessoas que vivem nos últimos dias e são confrontadas
com os incidentes e episódios que ocorrem durante esse momento difícil.
Então, ao escrever em Filipenses 4:6 “Não andeis ansiosos de coisa
alguma...”, o apóstolo Paulo está nos implorando para não nos preocuparmos
com as necessidades e provisões básicas necessárias para a vida. Paulo está
também nos dizendo para não deixarmos os eventos da vida nos atingirem e
nos lançarem em um estado de ansiedade ou pânico. A fim de nos informar
de quão livres de todas as preocupações devemos estar, Paulo diz que não
devemos ficar “ansiosos de coisa alguma”. A frase “coisa alguma” é a
palavra grega meden, que significa absolutamente nada!
Assim, essa frase de Filipenses 4:6 poderia ser traduzida como:
“Não se preocupem com coisa alguma — e isso significa
absolutamente nada!”
Então, o que está incomodando você hoje, amigo? O que está roubando
sua paz e alegria? Há uma coisa específica que Satanás continua usando para
atacar a sua mente com medo? Você consegue pensar em uma única vez em
que a preocupação e a angústia ajudaram a melhorar uma situação? A
preocupação não serve somente para mantê-lo emocionalmente transtornado
e em estado de pânico?
Recomendo enfaticamente que você ponha hoje um fim na preocupação, de
uma vez por todas. Se você deixar a preocupação começar a operar em você
mesmo que por um momento, ela tentará se tornar uma parte habitual do seu
pensamento, transformando você em alguém aflito, que nunca conhece um
momento de paz.
Jesus está sentado à direita do Pai neste momento, intercedendo por você
continuamente. Jesus compreende toda emoção, frustração e tentação que
você poderia vir a enfrentar (ver Hebreus 2:18). Então, por que não decidir
entregar todas as suas preocupações a Jesus hoje? Em vez de tentar
administrar essas ansiedades e necessidades sozinho, vá até Ele e entregue
tudo em Suas mãos amorosas e capazes. Caminhe livre de todos aqueles
medos sufocantes e paralisantes de uma vez por todas.
Jesus está esperando que você lance todos os seus cuidados sobre Ele,
porque realmente se importa com você (ver 1 Pedro 5:7). Então, após você
lançar suas preocupações e inquietações sobre Ele, Ele vai ajudá-lo a
experimentar a alegria e paz que Ele criou para que você tirasse proveito
da vida o tempo todo!
Senhor, admito que permiti que medo, preocupação, inquietação e ansiedade

desempenhassem um papel em minha vida. Quando essas emoções negativas operam em
mim, perco minha paz e alegria. Estou cansado de viver nesse estado contínuo de
preocupação e medo de que coisas ruins possam acontecer. Jesus, hoje estou escolhendo
lançar todos esses pensamentos destrutivos sobre ti. Não quero mais viver dessa maneira.
Sei que esse não é o Teu plano para a minha vida; por isso, pela fé, lanço sobre Ti todas
as minhas preocupações. Eu as entrego em Tuas mãos, Senhor, e peço as leve neste
momento!
Confesso que estou livre de preocupação, inquietação e ansiedade. Essas forças não têm
lugar em mim. Entreguei toda inquietação e preocupação a Jesus, e Ele as tirou de mim.
Como resultado, estou livre de todo fardo, todo peso e todo problema. Jesus é o meu
grande sumo sacerdote e está intercedendo por mim neste momento. Com Deus ao meu
lado, posso desfrutar a vida da forma como Ele gostaria que eu fizesse. Confesso
ousadamente que não tenho medo nem preocupação e que a ansiedade não tem lugar em
mim!
PARA REFLETIR
1. Qual é a área específica de sua vida na qual Satanás geralmente ataca

a sua mente e as suas emoções com medo, inquietação e ansiedade?
Você sabe o que desencadeia esse ataque de medo e preocupação?
2. Para se livrar do medo e andar em paz, quais medidas você precisa
tomar em sua vida? Em outras palavras, o que você precisa fazer de
forma diferente do que está fazendo agora para que possa entrar em
um lugar de constante paz?
3. Se você fosse aconselhar alguém que estivesse sendo mantido refém
de preocupação, inquietação e ansiedade, o que diria para essa
pessoa fazer a fim de se libertar e permanecer livre?

Pedras Preciosas Do Grego 1 - Inverno

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Pedras Preciosas Do Grego 1 - Inverno

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Sumário

Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Rhema Brasil

Direção: Samir Ferreira de Souza

Publicado no Brasil por Rhema Brasil Publicações com a devida

Copyright © 2003 por Rick Renner

Proibida a reprodução, de quaisquer formas ou meios, eletrônicos ou

Rick Renner conseguiu de novo! Ele escreveu um livro tão fascinante e

Este devocional é totalmente incrível e um recurso maravilhoso para

Rick Renner é um estudioso da Bíblia que pega a revelação da Palavra de

Sou um crente que acredita firmemente que há respostas esperando por

A Rhema Brasil Publicações tem a honra e a alegria de trazer ao Corpo de

Não é com frequência que se encontra um livro (se é que se encontra) de

• 365 mensagens em potencial.

Professor de Homilética e Ministérios Pastorais

Enquanto escrevo a introdução deste livro, é muito tarde da noite, e estou

Você Precisa Ser Convencido?

V ocê já elogiou alguém que respondeu discutindo com você —

MINHA ORAÇÃO PARA HOJE

MINHA CONFISSÃO PARA HOJE

1. Você tem consciência de que você é a justiça de Deus em Cristo

Se você luta contra uma autoimagem pobre e um constante sentimento de

Não Jogue Fora Sua Confiança!

V ocê já ficou tão exausto esperando a promessa de Deus se realizar, que

• Será que Deus um dia transformará a nossa tristeza em regozijo?

MINHA ORAÇÃO PARA HOJE

Senhor, ajuda-me a agarrar-me às promessas que Tu me deste em Tua Palavra. Quando eu

MINHA CONFISSÃO PARA HOJE

Confesso que tenho uma fé inabalável! Eu me mantenho firme e fundamentado nas

1. Você já teve a dolorosa experiência de ver um crente abandonar a sua

É Possível Um Cristão se Tornar Inimigo de Deus?

C omo Deus vê um cristão que já andou com Ele e conheceu o poder do

MINHA ORAÇÃO PARA HOJE

MINHA CONFISSÃO PARA HOJE

1. Houve algum momento em que você permitiu involuntariamente que a

Levando Correção à Vida de Outra Pessoa

V ocê já se viu tentando ajudar alguém que não escutava ou prestava

MINHA ORAÇÃO PARA HOJE

MINHA CONFISSÃO PARA HOJE

Confesso que tenho a mente de Jesus Cristo! Quando é necessário que eu

1. Você consegue pensar em um momento de sua própria vida em que

O Que Você Faria se Uma Cobra Venenosa o Picasse?

Q uando leio sobre as viagens do apóstolo Paulo, acho sua história

MINHA ORAÇÃO PARA HOJE

MINHA CONFISSÃO PARA HOJE

1. Houve um momento em que o diabo tentou enviar uma “víbora” à sua

Quem Você Está Considerando Hoje?

MINHA ORAÇÃO PARA HOJE

MINHA CONFISSÃO PARA HOJE

Confesso que dedico tempo a considerar cuidadosamente as necessidades de outras

1. Você consegue pensar em alguém que Deus realmente usou para

Cinja o Seu Entendimento!

H oje quero chamar a sua atenção para a frase “cingindo o vosso

Se quisermos ser bem-sucedidos em nossa vida espiritual e realmente

MINHA ORAÇÃO PARA HOJE

MINHA CONFISSÃO PARA HOJE

1. Se você fizer uma análise honesta dos ataques espirituais que

Marcos 11:23 Também Funciona Para o Diabo!

O diabo adora transformar em playground a mente e a imaginação das

MINHA ORAÇÃO PARA HOJE

MINHA CONFISSÃO PARA HOJE

1. Que coisas negativas você diz sobre si mesmo — seu peso,

Como Orar Por Seu Pastor Ou Líder Espiritual

E m função do ministério do apóstolo Paulo exigir tanto dele e haver tanta