05/01/2022 19:43 Reflexão - Humor Bipolar

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dez
29

Reflexão
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Acordei esta manhã bem antes do meio-dia depois de ir para a cama bem antes da meia-noite. Cumprimentei
meu marido e meu filho, tomei um café da manhã bem balanceado e dei uma olhada nas manchetes antes de
fechar o aplicativo e sair correndo pela porta. Enquanto corria, meus pensamentos voltaram a 2016:
comentários 24 horas por dia, 7 dias por semana, inundaram os cinejornais sobre o estado da política
americana, relações exteriores e desastres naturais. Não mudou muito. Mas então me lembrei de como eu
estava zangada e errática, sem saber do estado de minha saúde mental.

Eu passaria aqueles dias enfurecida, incapaz de me afastar da retórica divisiva e cruel que inundava minhas
redes de televisão e feeds de mídia social. Os pensamentos aceleraram pelo meu cérebro na velocidade da
luz, e eu andei de um lado para o outro durante toda a noite no início da manhã até que o álcool que consumi
finalmente me levou a um sono agitado. Meus padrões de sono eram terríveis, minha dieta não melhorava. Eu
não tinha noção de gatilhos e limites. Qualquer sugestão de que eu precisava de uma mudança de atitude e
estilo de vida era recebida com desprezo.

Eu reflito sobre este tempo com uma mistura de emoções: tristeza, compaixão e gratidão:

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Tristeza pelo difícil caminho que percorri antes de dar o primeiro passo para pedir ajuda. Houve oportunidades
de aceitar ajuda e de me ajudar, mas eu não estava em condições de querer aceitá-las. Suponho que havia
uma parte de mim que se sentia confortável no caos e na miséria. Aceitar ajuda também significava aceitar
que havia algo de errado com meus pensamentos e ações, e isso era opressor por um tempo.

Compaixão por mim mesma no passado. Esta etapa é um trabalho em andamento e estou trabalhando no
momento com um terapeuta. Tem sido difícil relembrar momentos tumultuados do meu passado sem sentir
vergonha, constrangimento e o desejo de me desligar dessas memórias. Depois de iniciar o tratamento,
passei por uma fase em que queria ligar para todas as pessoas que já me encontraram enquanto estava
doente e explicar que tinha uma doença e que gostaria que todas as memórias anteriores fossem apagadas.
Lutei para superar me perguntando se as pessoas estavam me julgando como uma pessoa com doença
mental, paranóica de que eu fosse vista como “louca” e me repreendendo toda vez que tinha um episódio
recorrente.

Gratidão pelos indivíduos e organizações que me ajudaram a controlar minha doença mental e a criar uma
vida melhor para mim, onde a esperança é abundante. Mas também, enquanto corria, a instrução guiada que
reproduzia com meus fones de ouvido me lembrava de comemorar minha força. Sei que se referia à força
física e mental relacionada ao exercício, mas senti uma sensação de orgulho percorrer cada fibra do meu ser.

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Quase fiquei sem fôlego perceber que me sinto forte, mental e fisicamente, e orgulhosa de ser eu mesma.
Agradeço a força que encontrei dentro de mim para buscar ajuda e me comprometer em criar uma vida plena
para mim.

Foram cinco longos anos repletos de tentativas e erros nas abordagens de tratamento, navegando nos
relacionamentos, estabelecendo limites, reconhecendo os gatilhos e me dando a graça de ter dias ruins e
períodos de instabilidade. Tive de reformular meu estilo de vida, criar rotinas mais saudáveis ​e me livrar de
hábitos, pessoas e situações que não contribuem para meu bem-estar. E então eu tive que verificar comigo
mesma, ajustando qualquer um desses componentes quando necessário e mantendo a responsabilidade pelo
gerenciamento de minha saúde mental durante as várias estações da vida que eu encontrar.

Não posso voltar no tempo e fazer melhor ou mudar as partes que preferia não ter experimentado. Em vez
disso, posso ver o progresso que fiz e sei que priorizar minha saúde mental fez toda a diferença. Os últimos
cinco anos me ensinaram que, mesmo nos momentos mais difíceis, dias melhores estão por vir.
Escrito por Aubrey Good

Artigo original: https://ibpf.org/reflection/

Tradução: Lê

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