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CURSO DE PEDAGOGIA
NATAL/RN
2021
JOSINEIDE MARIA DA CUNHA
NATAL/RN
2021
Título: O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL
Data da defesa:
Horário:
BANCA EXAMINADORA:
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Titulação e Nome (Examinador Externo)
Instituição que Representa
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NATAL/RN
2021
Dedico este trabalho a Deus, o maior
orientador da minha vida ele nunca me
abandonou nos momentos de
necessidade.
AGRADECIMENTOS
Este trabalho tem como objetivo promover um estudo acerca do ato de brincar,
mostrando a sua importância para o bom desenvolvimento da criança, sensibilizando
os educadores para a sua prática em sala de aula com a arte de aprender através
dos brinquedos e brincadeiras na educação infantil. Para tanto, pautou-se em um
referencial teórico embasado, principalmente, nas ideias de Wajskop (2007), Ariès
(1981), Kishimoto (1992), Nallin (2005), Campos (2009), Oliveira (2002) e Bueno
(2010) dentre outros. Este é o resultado de um estudo exploratório construído com a
aplicação de pesquisa bibliográfica O brincar é um direito fundamental de liberdade
que encontra respaldo nos princípios da dignidade e do valor inestimável da infância
para a formação de pessoas cidadãs. Para que isso aconteça se faz necessário os
educadores resgatarem as brincadeiras e brinquedos que eram passados pelos
seus pais e avós, e os que as próprias crianças criam. Os resultados mostraram
ainda que o brincar proporciona excelentes oportunidades de medição entre o prazer
e o conhecimento historicamente constituído, já que é eminentemente cultural,
avaliando seus limites e possibilidades no processo de aprendizagem. Concluiu-se
que a infância é fundamental para que aprenda a brincar, pois é através do brincar
que a criança desenvolve, constrói pensamentos e seu próprio jeito de ver o mundo,
aprendendo a interagir com a realidade.
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ABSTRACT
This work aims to promote a study about the act of playing, showing its importance
for the good development of children, making educators aware of their practice in the
classroom with the art of learning through toys and games in early childhood
education. Therefore, it was based on a theoretical framework based mainly on the
ideas of Wajskop (2007), Ariès (1981), Kishimoto (1992), Nallin (2005), Campos
(2009), Oliveira (2002) and Bueno (2010 ) among others. This is the result of an
exploratory study built with the application of bibliographic research. Playing is a
fundamental right of freedom that is supported by the principles of dignity and the
inestimable value of childhood for the formation of citizen people. For this to happen
it is necessary for educators to rescue the games and toys that were passed on by
their parents and grandparents, and those that the children themselves create. The
results also showed that playing provides excellent opportunities for measuring
between pleasure and historically constituted knowledge, as it is eminently cultural,
evaluating its limits and possibilities in the learning process. It was concluded that
childhood is fundamental for learning to play, as it is through playing that children
develop, build thoughts and their own way of seeing the world, learning to interact
with reality.
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................10
2 O BRINCAR E SEU CONTEXTOHISTÓRICO.......................................................12
2.1 Conceito de brincadeiras......................................................................................18
3 O BRINCAR E A LEGISLAÇÃO.............................................................................21
4 O BRINCAR E A RELAÇÃO COM A APRENDIZAGEM.......................................38
4.1 Benefícios por trás das brincadeiras....................................................................29
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................33
REFERÊNCIAS .........................................................................................................35
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1 INTRODUÇÃO
Sendo assim, a brincadeira tem uma função específica na vida das crianças,
torna-se imprescindível para a interação e construção dos conhecimentos da
realidade das crianças, ou na realidade compreendida por elas.
Para Bueno (2010, p. 27) “As brincadeiras se constituem como lazer e
ensinamento para a própria criança, porque é justamente por meio delas que as
crianças podem discernir situações, resolvê-las e aprender ao mesmo tempo”. Ou
seja, é através da brincadeira que a criança irá reproduzir a forma que compreende
o mundo em que vive, a forma que convive em grupo, sua autonomia, entre outros.
Algumas brincadeiras são mais populares como, por exemplo: brincar de
casinha, ladrão e polícia, brincar de carrinho, entre outras, elas podem ser tanto
coletivas quanto individuais. Durante a brincadeira a criança poderá modificar regras
com maior facilidade do que em jogos, por exemplo, inventar novas regras ou
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3 O BRINCAR E A LEGISLAÇÃO
Diante do que Machado (2003) expõe acima, é oportuno questionar para qual
infância era destinada essa lei que estabelece no seu interior as diferenças entre os
excluídos (o estigma do menor, do delinquente, do abandonado, do rejeitado etc.) e
os incluídos que se transformarão em crianças e adolescentes. A violação dos
direitos fundamentais foi uma das características do direito dos menores, baseado
na doutrina da situação irregular, que nasceu vinculado a um dilema crucial entre a
satisfação simultânea do discurso assistencialista e as exigências urgentes de
ordem e controle social (MÉNDEZ, 1998).
Podemos notar que a infância como lugar de direitos suscita amplos campos
de discussão diante de uma realidade que é marcada por uma história de exclusão,
desigualdade e a inoperância dos seus direitos. De acordo com Kramer (2003, p.93),
“[...] as crianças – com quem poderíamos aprender a mudar e a fazer história do lixo
e reinventar a esperança – aprendem com os adultos a aniquilação dos direitos, o
medo, a agressão”.
Conforme foi destacado acima, a CF/88 avançou de forma significativa
quando declarou que os valores da liberdade, do respeito e da dignidade são direitos
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Piaget (1977) afirma que, ao aprender, o indivíduo não tem um papel passivo
perante as influências do meio. Ao contrário, procura adaptar-se a elas com uma
atividade organizadora. Nesse sentido, a aprendizagem é um processo adaptativo
em função de respostas dadas pelo sujeito a um conjunto de estímulos anteriores e
atuais. Sendo assim, o desenvolvimento é um fator condicionante da aprendizagem.
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Piaget (1973), afirma que quatro fatores são responsáveis pelo desenvolvimento: a
maturação, a experiência, as interações e transmissões sociais e a equilibração.
Por maturação compreende-se um processo que ainda não é conhecido
suficientemente, mas que abre novas possibilidades, pois é condição necessária
para o aparecimento de certas condutas por meio da experiência. Por interação
entende-se a permissão ao indivíduo de receber e contribuir com a sociedade e por
equilibração, a auto-regulação. Para Piaget (1977), a brincadeira é a conduta livre e
espontânea, onde a criança expressa sua vontade e prazer. Quando brinca, a
criança assimila o mundo a sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois
sua interação com o objeto não depende de sua natureza, mas da função que a
criança lhe atribui (jogo simbólico).
O autor assegura que o desenvolvimento do jogo se faz por meio de
processos puramente individuais e de símbolos idiossincráticos privados que
derivam da estrutura mental da criança e que só por ela podem ser explicados. O
brincar representa uma fase no desenvolvimento da inteligência, marcada pelo
domínio da assimilação sobre a acomodação.
Na assimilação, o sujeito incorpora eventos, objetos ou situações dentro de
formas de pensamentos, que constituem as estruturas mentais organizadas. Na
acomodação, as estruturas mentais existentes reorganizam-se para incorporar
novos aspectos do ambiente externo. Ao brincar, o sujeito assimila eventos e objetos
ao seu “eu” e as suas estruturas mentais. Piaget acredita que agindo sobre os
objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e o seu tempo,
desenvolvem a noção de causalidade, chegando à representação e finalmente à
lógica.
Além da fundamentação teórica é preciso ressaltar a importância da formação
do educador e condições de atuação, pois acreditamos que somente assim será
possível o resgate do espaço de brincar da criança no cotidiano escolar. A nosso
ver, a formação do educador deve contar com três pressupostos: a formação teórica,
a formação pedagógica e a formação lúdica. É preciso que o educador se envolva
com o mundo infantil, o que exige dele um conhecimento teórico, prático,
capacidade de observação e capacidade de ser um mediador de conhecimento.
No brincar espontâneo podemos registrar as ações lúdicas a partir da:
observação, registro, análise e tratamento. Com isso, podemos criar para cada ação
lúdica um banco de dados sobre o mesmo, subsidiando de forma mais eficiente e
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Brincar é tão bom que, mesmo quando adultos, vez ou outra queremos
experimentar a sensação prazerosa de pular corda, jogar queimada entre outras
brincadeiras que aprendemos na infância.
Para as crianças, brincar é a vida! E por meio de toda essa diversão é
possível proporcionar aos pequenos um mundo infinito de aprendizado e boas
experiências.
As brincadeiras possuem um papel fundamental no desenvolvimento integral
das crianças, uma vez que é um elemento de motivação que torna o aprendizado
mais agradável e fácil.
As brincadeiras são atitudes que caracterizam praticamente qualquer
atividade da infância e estão diretamente relacionadas ao crescimento e
amadurecimento da criança pelas seguintes razões:
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Morto e vivo
A brincadeira "Morto e vivo" é uma boa maneira de exercitar a concentração e
equilíbrio dos pequenos. É apropriada para crianças acima dos 5 anos de idade e
pode ser realizada em qualquer lugar com espaço suficiente.
Nela, um dos participantes é escolhido para comandar a brincadeira,
enquanto os outros formam uma reta, um ao lado do outro.
A criança escolhida dará orientações aos colegas com as palavras "morto" e
"vivo". Quando ouvirem "morto", os participantes deverão se agachar, ao ouvirem
"vivo", deverão se levantar.
O jogo vai ficando mais complexo a partir do momento em que os comandos
se tornam mais rápidos. Assim, as crianças precisam prestar bastante atenção. Os
que não conseguirem seguir as instruções são eliminados, vence o que ficar por
último.
Esconde-esconde
"Esconde-esconde" é uma brincadeira na qual um dos participantes fecha os
olhos e conta até um número pré-combinado. Enquanto isso, os colegas se
escondem.
Ao final da contagem, a criança começa a procurar os colegas e quando
avista um deles corre ao local do pique (onde foi feita a contagem) e diz o nome do
jogador encontrado.
As crianças que conseguirem chegar ao local do pique sem ser vistas
deverão dizer "1, 2, 3... (seu nome)". Assim, o último a ser pego será o próximo a
realizar a contagem e tentar encontrar os demais.
Essa brincadeira pode ser feita por crianças a partir dos 8 anos e estimula o
pensamento lógico e estratégico, além da rapidez e observação. É ainda uma
oportunidade divertida de interação entre as crianças.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ARIÈS, Philippe. História social da família e da criança. São Paulo: Zahar, 1981.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: fundamentos e métodos. São Paulo:
Cortez, 2002.
_______. O julgamento moral na criança. São Paulo, SP: Mestre Jou, 1977.
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REGO, Teresa Cristina. Brincar é coisa séria. São Paulo: Fundação Samuel,1992.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo, SP: Livraria Martins
Fontes, 2000.