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Constitucional II

07-03-2017

Portugal não pode ser transformado num estado federado, na sua relação
com a UE não pode ser constituído um estado federado.
Soberania pluridimensional- soberania politica (que está ligada com a
soberania no plano externo), soberania em termos legislativos,
administrativos e judiciais. É por isso que existem órgão de soberania- PR,
AR, Governo e os tribunais.
Soberania internacionalizada, fundamentalmente por 3 vias: Por Portugal
ser estado membro da ONU, por Portugal reconhece a existência de um
direito internacional imperativo para todos os estados Ius cogens, por
outro lado Portugal é um país que estabelece relações diplomáticas com
outros estados, o direito internacional convencional. Soberania decisória
plena. Há no plano Europeu outras limitações por exemplo soberania
internacionalizada e europeizada.

Soberania Europeizada- Somos membros da UE por um ato de vontade, ou


seja faz com que a UE produza normas sem a vontade de Portugal.
Hétero-vinculação com base hétero-vinculativa.
Há hoje na CRP uma clausula de empenhamento de Portugal na
construção da constituição da União Europeia- artigo 7
A CRP artigo 8 nº4 consagra um cheque em branco à UE ou seja o direito
europeu prima em Portugal por ordem da união Europeia.
Portugal está subordinado à UE.
Cláusula de limite de transferência de poderes para a União Europeia.
A caracterização do estado português como sendo um estado unitário
centralizado, só tem um poder politico que esta por sua vez centralizado
no estado, uma soberania una artigo 3, artigo 6. O estado é o titular das
competências das competências. O estado pode definir a sua própria
competência. Competência residual a favor do estado. Como é que a
constituição garante está soberania do estado? Só o estado tem o poder
constituinte formal, só o estado pode elaborar e modificar a constituição,
o Estado tem órgãos de soberania para todo o território, o principio da
prevalência do direito do estado significa que o direito do estado em caso
de conflito com o direito de estruturas infra estatuais vence o estado.

A descentralização resulta do artigo 6 da constituição: autonomia regional,


autonomia local (autarquias locais), descentralização da restante
administração pública. Dá-nos a ideia de pluralismo, ou seja, unidade de
pluralismo. O Estado prossegue interesses gerais de toda a coletividade,
originam 3 fenómenos: que exista uma reserva de poderes a favor do
estado, significa que há matérias que só o estado pode saber, (o que
pertence aos órgãos de soberania), o estado porque tem a seu cargo
interesses de toda a coletividade, a sua vontade jurídica pode imperar e
prevalecer e primar em relação à vontade jurídica de todas as restantes
entidades públicas, o principio da supletividade do direito do estado ou
seja significa no fundo que nos casos em que não há norma proveniente
de uma identidade infra estatual a integração dessa lacuna é feita através
do direito do estado, se há uma norma através do direito infra estadual é
considerada ilegal o direito que se aplica é o direito do estado. Ou seja,
um direito de natureza supletiva.

A estrutura da constituição, o compromisso da constituição é um


compromisso a 4 níveis: compromisso histórico genético, normativo,
compromisso na aplicação, e há por último um compromisso politico.
Compromisso genético: compromisso entre militares e partidos políticos,
que estiveram na génese da constituição, neste compromisso normativo
resulta do compromisso politico partidário, ou seja há normas da
constituição que são normas concorrentes que são normas conflituantes,
ou seja em determinada matéria há2 sentidos diferentes que resultam da
constituição.

Compromisso normativos no interior da Constituição, mas também é


compromissos normativos entre fontes constitucionais, compromissos
normativos entre a constituição instrumental e o direito internacional da
UE, compromissos aplicativos, quando há uma hierarquia de normas ou
valores, compromissos políticos.

A natureza compromissória da constituição, ou seja uma constituição


aberta, é reflexo de um meio aberto, a uma abertura da constituição a
normas constitucionais que não são apenas aquelas normas produzidas
pelo legislador, clausula de constitucionalização de outras fontes.
Abertura politica à participação dos cidadãos. A constituição consagra
também uma abertura interpretativa, é aqui que se levantam muitos
problemas; há uma pluralidade de interpretes da constituição.

Há conceitos que remetem para o futuro por exemplo o artigo 4 da CRP, e


artigos que remetem para normas não jurídicas.
Artigo 8 nº 7 cláusula do respeito

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