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O arcabouço legal e político do Império data desta época, quando foram criados
os principais dispositivos legais do Estado, aqueles que envolviam o Estado, os cidadãos
e seus direitos, como a Constituição de 1824, que seria a fiadora de um novo “pacto
social”, com temas e reivindicações novas, como liberdade religiosa e de pensamento,
direitos individuais e de propriedade, e os Códigos Criminal e Penal. Entendia-se que os
direitos civis eram válidos para todos os membros da sociedade, inclusive os estrangeiros,
enquanto os direitos políticos contemplavam apenas um grupo considerado mais
qualificado. Alguns dos critérios para ser membro da Assembleia Constituinte eram ser
proprietário de terra e saber ler e escrever, sendo que a taxa de analfabetismo então era
de cerca de 99%.
A população “de cor” lutava pela liberdade, pela separação definitiva do Brasil da
metrópole, alistando-se para lutar e construir fortes contra uma eventual invasão
portuguesa. Entre 1822 e 1824, as fugas de escravos aumentaram consideravelmente,
resultando na proliferação de quilombos.
Entre 1830 e 1831 havia-se formado na corte do Rio uma oposição unificada do
povo ao Parlamento, traduzida na certeza de que o imperador não representava a ideia de
autonomia concebida em 1822.
Nádia S. Lamas