Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Monografia Científica
Autor
Burailo António Diogo
Tutor
Sebastião Jordão Matimule
Co-Tutora
Esperança HJS Monjane
i
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA
Declaração
Declaro por minha honra que esta Monografia Cientifica de Trabalho de Culminação do
Curso é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu tutor e co-
tutora, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final. Declaro ainda que este trabalho
não foi apresentado em nenhuma outra instituição para propósito semelhante ou
obtenção de qualquer grau académico.
_______________________________________
ii
Conteúdo
DEDICATÓRIA ........................................................................................................ viii
SUMMARY ................................................................................................................ xi
CAPITULO II ............................................................................................................... 1
1.INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1
2.2.Justificativa ............................................................................................................. 2
2.3.Objetivos................................................................................................................. 3
2.4.Hipótese .................................................................................................................. 3
CAPITULO II ............................................................................................................... 4
3.4.2.Liderança democrática........................................................................................ 11
3.4.3.Liderança liberal................................................................................................. 11
iii
3.5.3.Dimensões da qualidade de serviços ................................................................... 15
CAPITULO IV ........................................................................................................... 21
5.RESULTADOS ....................................................................................................... 21
CAPITULO V............................................................................................................. 32
CAPITULO VI ........................................................................................................... 37
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 37
iv
INDICE DE TABELAS
INDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 12: A direcção evita utilizar críticas para melhorar a prestação de serviços.....29
v
Gráfico 14: disposicão dos funcionários a dedicar tempo extra ao seu trabalho para
instituição como forma de contribuir no melhor andamento dos actos
administrativos.................................................................................................................30
Gráfico 16: Considera que nesta instituição vale a pena dar o melhor de si na realização
do seu trabalho?...............................................................................................................31
Gráfico 17: A Direcção realiza as reuniões necessárias para assegurar que o trabalho é
realizado?.........................................................................................................................32
vi
LISTA DAS ABREVIATURAS
1
Inventário de práticas da liderança
2
Esta abreviatura foi usada para designer a enumeração das questões, e as devidas nomenclaturas estão
devidamente apresentado em cada gráfico da questão.
vii
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus saudosos pais ( António Diogo Nacre e a Carminia
Maloa Gelo).
.
viii
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradecer a ALLAH ( Deus), por me dar firmeza em estar sempre
motivado para enfrentar esta longa caminhada desde que ingressei ao nível superior em
2016, depois aos meus pais pelo apoio em orações e muito mais carinho, as filhas da
Caridade( Irmãs) pelo todo esforço e apoio que fez desde 2017 para a minha
continuidade de estudos, sem elas não sei o que seria de mim até já.
Este trabalho não seria possível, se não tivesse contado com a colaboração e apoio de
pessoas e instituições.
Ainda também, foi crucial ajuda a todos docentes que directa ou indirectamente
contribuíram, pois sem as suas orientações e encaminhamento em algumas fases de
maior desnorte da minha parte, não poderia chegar nesta fase. Deixo também o meu
agradecimento ao Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social Chòkwé por ter
aceite o meu pedido de realizar o estudo de caso na instituição, especialmente aos
colegas da repartição de recursos humanos, pelas sugestões e críticas feitas sempre com
vista a melhorar o que ia sendo apresentado. Em suma, o meu muito obrigado a todos,
pois sozinho nada disto teria sido possível de realizar.
ix
RESUMO
O presente estudo intitulado análise da influência da liderança nos serviços prestados
pelos funcionários do Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social de Chókwè, por
meio da seguinte pergunta de partida Até que ponto a liderança existente no Serviço
Distrital de Saúde Mulher e Acção Social, influência na qualidade de serviços prestados
pelos funcionários da instituição? Através de uma abordagem metodologica, foi feito
um estudo de caso, caracterizado pela pesquisa quantitativa e qualitativa, associado ao
uso de técnica como pesquisa bibliográfica, e recolha de dado feito por questionário, os
dados processados pelo SPSS, foi possível constatar que a liderança do do Serviço
Distrital de Saúde Mulher e Acção Social de Chókwè adoptou durante o período em
referência um conjunto de comportamentos ou acções que se reflectiram na qualidade
de serviços prestados pelos funcionários, associado a uma liderança autocratica
benevolente, isto é, houve fraco envolvimento dos funcionários em todos os aspectos
inerentes a organização e as actividades diárias. Contudo, a liderança do do Serviço
Distrital de Saúde Mulher e Acção Social de Chókwè deve pautar por um modelo de
gestão participativa. Outrossim deve também, criar mecanismos que estimulam os
funcionários a participar e a organizar actividades, utilizando utiliza ideias construtivas
dos funcionários sobre questões relativas as suas actividades e a missão da organização.
x
SUMMARY
xi
CAPITULO I
1.INTRODUÇÃO
O estudo da liderança sempre foi de levar em consideração em todas organizações, visto
que quanto melhor for a liderança numa organização, os funcionários ou trabalhadores
tendem a ser satisfeito, consequentimente pode gerar a melhor prestação dos serviços.
De acordo com Fonseca . S (2006), deve se considerar que liderança é uma forma de
influência que tende a levar os indivíduos a mudar voluntariamente as suas preferências,
enquanto que gerir obriga a que os mesmos obtenham determinados resultados, assim
sendo deve ser sempre tomado em consideraçao numa organização.
2.1.Problema de estudo
Hoje em dia a eficácia nas organizações, excelência no atendimento, aumento na
produção e qualidade nos serviços oferecidos queira na função privada assim como na
pública estão assegurados pelos líderes das mesmas, isto é, a liderança é extremamente
importante para que através de seus recursos, possa-se buscar atingir seus objectivos,
melhorando seus resultados de forma contínua. Onde os funcionários se encontram
insatisfeito com a liderança, torna um grande problema para uma organização, pois a
produtividade diminui, as actividades quotidianas são executadas de qualquer modo,
1
perdendo assim, a qualidade do serviço ou produto oferecido ao consumidor final
(ARAÚJO, 2014).
Para o alcance dos objectivos traçados pelo CIRESP, em primeiro lugar que é de dotar
as organizações públicas de recursos humanos motivados, deve-se contar com a
cumplicidade dos líderes e/ou chefias directas com os funcionários das organizações.
2.2.Justificativa
O presente trabalho se justifica na medida em que se reconhece que o grande desafio
para o líder na realidade actual é de criar um clima propício para o desempenho de seus
subordinados, especialmente no que diz respeito às necessidades de satisfação, auto-
estima e realização. Dai que, o estímulo para a realização deste estudo surgiu da atracão
pelo tema sobre a liderança dos funcionários públicos, bem como do desejo de
compartilhar possíveis descobertas que permitam compreender tais factores e a essência
do líder em especial no local do estudo.
2
2.3.Objetivos
2.3.1.Objetivo Geral
Analisar a influência da liderança nos serviços prestados pelos funcionários do
Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social de Chókwè.
2.3.1.1.Objetivos Específicos:
Identificar as estratégias de liderança adoptadas no Serviço Distrital de Saúde
Mulher e Acção Social de Chókwè.
Avaliar os comportamentos de liderança existente que reflectem na prestação de
serviços pelos funcionários.
2.4.Hipótese
Para a análise em interesse, formula-se a seguinte hipótese:
3
CAPITULO II
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
De acordo com o pensamento deste autor, pode se dizer que a liderança é um processo
contínuo de escolha que permite ao grupo caminhar em direcção à sua meta, apesar de
todas as perturbações internas ou externas da organização. Por tanto, ao ajudar o grupo a
lidar com escolhas, a liderança passa a ser uma questão de tomada de decisões do grupo.
Para ser bem-sucedido como líder, o gestor deve saber lidar com aspectos relativos à
motivação, à comunicação, às relações interpessoais, ao trabalho em equipe e à
dinâmica do grupo.
Segundo autores Robins, Jodge e Sobral (2011), a liderança diz respeito ao gestão da
mudança, pois os líderes mais eficazes estabelecem direcções, engajam pessoas na
4
direcção que possuem no futuro e os inspiram a superar os obstáculos, ainda oferecem
condições favoráveis para um melhor desempenho das tarefas e alteram o estilo de
comportamento frente às necessidades de seus liderados.
3.2.Teorias da liderança
As teorias da liderança sugerem a explicação dos factores envolvidos no aparecimento
da liderança, na sua natureza e nas suas consequências (Bass, 1990). De seguida
faremos uma breve contextualização sobre as seguintes abordagens relativas à liderança:
Abordagem dos Traços ou Perfil, Abordagem Comportamental e Abordagem
Situacional.
5
O esforço: refere-se ao conjunto de traços e motivações que reflectem o nível
elevado de esforço, compreendendo ambição, energia, perseverança, persistência
e iniciativa.
O desejo de liderança: envolve a aptidão para liderar e influenciar outros,
ganhar um argumento e mesmo ser a melhor autoridade, assumindo também o
dever de responsabilidade.
A honestidade e integridade: este representa extrema importância pois o líder
deve ser alguém verdadeiro em quem se possa acreditar.
A autoconfiança: revela a capacidade que um líder tem de lidar com o excesso
de informação e resolver os problemas; os colaboradores têm que sentir
segurança por parte do seu superior que deve mostrar sempre estabilidade
emocional e confiança na sua tomada de decisão.
A capacidade cognitiva: é necessária a inteligência para conseguir delinear
estratégias, resolver problemas e tomar decisões.
O conhecimento do negócio: devido à necessidade que o líder tem para
conhecer a empresa e os aspectos técnicos da área. O carisma, flexibilidade e
criatividade podem, também, ser considerados traços importantes da
personalidade de um líder (Kirkpatrick e Locke, 1991).
No seguimento dos pareceres anteriores podemos afirmar que valorizar as qualidades do
líder, conduz a uma perspectiva de que a liderança faz parte da natureza do indivíduo
não podendo, assim, ser apreendida (Bastos, 2008).
Não existe homogeneidade no que diz respeito à enumeração dos traços que fazem de
uma pessoa um líder eficaz. São levantadas críticas a esta abordagem pois esta não
considera factores situacionais e o impacto nos colaboradores; podem ainda existir
pessoas que podem não nascer líderes, mas que com preparação podem sê-lo (Robbins,
2013).
Nesta teoria, ainda entende-se que existem muitas e variadas qualidades imputadas aos
líderes, sendo que algumas das referidas anteriormente se sobrepõem, em várias das
teorias estudadas pelos diversos autores. Estes traços, apesar de importantes, não
esgotam nem definem as capacidades do líder, pelo que nenhum deles por si só ou
concomitantemente é garantia de uma boa liderança na organização.
6
3.2.2.Teoria Comportamental
De acordo com Bergamini (1994), As criticas observadas no que diz respeito à teoria
anteriormente apresentada (Teoria de traço de personalidade), uma vez que não ficou
comprovado que os líderes eficazes não apresentavam nenhuma relação entre os traços,
ou características que fizessem com que ele fosse de determinada forma, os
pesquisadores do comportamento no início da década de 50, começaram a preocupar-se
com a dinâmica do comportamento do líder, tentando enfatizar os comportamentos que
diferenciavam os líderes eficazes.
Foi nesta teoria que foram difundidas teorias principalmente pela Universidade de Ohio
e de Michigan3. Estas teorias assentam em duas dimensões do comportamento do líder:
uma ligada à natureza das tarefas com destaque no planeamento e objectivos; e outra
centrada na relação com o colaborador.
Foi nesta senda que Likert4 em 1961 desenvolveu os seus estudos acerca da liderança no
sentido dos comportamentos; defensor da gestão participativa, afirma que esta será
eficaz se for orientada para os subordinados e se for apoiada na comunicação para que
exista uma maior harmonização de ideias e objectivos. O autor divide os estilos de
liderança em quatro tipos diferentes conforme o grau de utilização da autoridade por
parte do líder:
Autocrático-coercivo: o poder de decisão está todo concentrado no líder, é no
topo de hierarquia que se decide o que se tem que fazer, quem, como e quando
deve ser feito. Este estilo é comummente utilizado em empresas industriais com
mão-de-obra intensiva e pouca tecnologia;
Consultivo: neste estilo o líder pede pareceres aos seus colaboradores antes de
traçar objectivos e tomar decisões. É, normalmente, utilizado em empresas do
sector administrativo;
3
Estudos pioneiros seguidos após os estudos feitos Pitter.
4
Autor de referência para o estudo em causa, foi com base no estudo por ele feitio que despertou a
necessidade de estudar a liderança em qualquer tipo de organização.
7
Participativo: Para Likert este é o estilo ideal em que os colaboradores estão
integrados na delineação de objectivos e nas tomadas de decisão. As empresas
com mão-de-obra e tecnologia muito especializada são aquelas onde mais se
encontra este estilo (Likert, 1961).
Outra teoria que surgiu nesta época foi a da Grelha de Gestão, desenvolvida por Blake e
Mouton (1985).
De acordo com os autores, os líderes com melhor desempenho eram aqueles com um
estilo de liderança com os dois tipos de preocupação elevados; este tipo de líder obteve
melhores resultados5, menos rotatividade de trabalhadores, redução de absentismo e
maior satisfação. Em suma, uma organização para estar com elevados níveis de
preocupação necessita de valorizar as tarefas e de ter tomadas de decisão participativas
(Mouton e Blake, 1985).
5
Conforme aos resultados dos pesquisadores, quanto mais participativa a liderança for melhor serão os
resultados.
6
Os autores explicam teoria situacional como parte da teoria de contingência.
8
o seu apoio e ser participativo; mas se os colaboradores estiverem motivados e a fazer
as suas tarefas um líder não precisa de interferir muito.
Com base nesta teoria, a liderança mistura7 diferentes variáveis situacionais, contudo a
que sugere ter maior influência é o comportamento do líder em relação aos liderados.
Os liderados, e a forma como estes entendem e acatam a influência de seu líder,
legitimam a eficácia e a continuidade da liderança exercida.
De acordo com Rollinson (1998), nesta teoria, as variáveis fundamentais para serem
tidas em conta são três:
Esta teoria, veio evidenciar o facto de um líder de sucesso ser aquele que está sempre
atento aos factores que são mais relevantes para o seu comportamento e que lhe
permitem comportar-se de maneira mais apropriada em determinada situação.
Os estilos de liderança são desenvolvidos de acordo com as pesquisas feitas por Lewin,
White e Lippitt realizados entre 1930 e 1940. Estes autores analisaram a reacção e o
rendimento de um grupo de crianças quando expostas a diferentes tipos de liderança,
identificando três estilos de líder: autoritário, democrático e laissez-faire (liberal)
(Lewin, Lippit, White, 1939).
7
A liderança deve estar apto em integrar diversas maneiras que visam a solução de um problema perante
um facto.
9
Chiavenato na sua obra intitulada “Administração Geral-Pública”, pressupõem que
muitos autores têm se preocupado em definir estilos de liderança, sem se preocupar com
os traços de personalidade do líder. Estilo de liderança é o padrão recorrente de
comportamento exibido pelo líder. Alguns estudos sobre liderança merecem ser
revisitados8.
Na óptica de Chiavenato pode se entender que não se pode falar somente da liderança
sem descrever as suas características que o líder possui, isto é, para observar o estilo de
liderança é indispensável o observar as características do líder.
3.4.1.Liderança autocrática
Este estilo de liderança põe forte ênfase no líder, isto é, o líder autoritário determina as
linhas orientadoras para o grupo, define as técnicas e os resultados a obter pelos seus
subordinados. É um líder dominador e controlador, assume uma postura directiva e
retira espaço à criatividade dos subordinados. O líder autoritário acredita que as pessoas,
de modo geral, não são ambiciosas e tendem a evitar o trabalho, razões que obrigam à
coação no trabalho. Este líder assume uma posição pessoal, quer nos elogios, quer nas
críticas que faz aos seus subordinados (White e Lippitt , 1939).
Este tipo de liderança pode levar à ausência de iniciativa e espontaneidade por parte dos
subordinados, e consequente focos nos objectivos traçados pelo líder, lucro e produção.
8
As obras devem ser revisitadas porque não é apenas se atribuir o estilo de liderança sem que tenha se
observado as características do mesmo, é com base nelas que se pode definir o estilo.
10
3.4.2.Liderança democrática
Este estilo de liderança põe ênfase no líder assim como no subordinado, um líder
democrático tenta fazer o que a maioria dos subordinados pretende, estimula o debate
entre todos os elementos, fazendo com que seja o grupo a determinar as técnicas e os
resultados a atingirem. O líder democrático é objectivo, quando crítica ou elogia,
limitando-se aos factos. Assumindo um papel essencialmente de orientação e de apoio
ao grupo, tentando ser igual aos restantes elementos.
De acordo com Lewin e White (1939), o líder democrático, é que estimula os elementos
da equipa a participar na definição de objectivos, de estratégias e nas tomadas de
decisão, dando espaço para a autonomia e a liberdade de cada um. Este estilo
caracteriza-se pela capacidade de promover um ambiente baseado na confiança mútua,
com estruturas que facilitam o intercâmbio e a interacção das diversas componentes
organizacionais de uma forma democrática.
3.4.3.Liderança liberal
Neste estilo de liderança, o líder põe forte ênfase nos subordinados, O líder laissez-faire
não se envolve no trabalho do grupo, permite que os subordinados assumam o processo
de tomada de decisão, não impondo qualquer regra aos restantes elementos, que tendem
a agir livremente, decidindo sobre as técnicas e divisão de trabalho.
11
A liderança laissez-faire, na perspectiva dos autores proporciona a desorganização, a
confusão, o desrespeito e a ausência de uma voz forte na determinação de funções e
resolução de conflitos, e consequente, redução do grau de produtividade. A ausência de
afirmação dos níveis hierárquicos pode levar à desmotivação e ao sentimento de
abandono por parte dos subordinados.
O que é certo é o líder utilizar os três estilos de acordo com a situação, com as pessoas e
com a tarefa a ser executada. O líder tanto manda cumprir ordens, como sugere aos
subordinados a realização de certas tarefas, como ainda consulta os subordinados antes
de tomar alguma decisão. Ele utiliza coerentemente os três estilos de liderança. A
principal problemática da liderança é saber quando aplicar, qual estilo, com quem e
dentro de que circunstâncias e tarefas a serem desenvolvidas.
12
membro. encarregar-se muito das O líder somente faz
tarefas. O líder é comentários irregulares
“objectivo” e limita-se aos sobre actividades dos
factos em suas criticam e membros quando
elogios. perguntado.
9
Chiavenato (1993, p.177) descreve teorias que analisam a liderança em termos de estilos de
comportamento do líder em relação aos seus subordinados. São as formas pelas quais o líder desempenha
sua influência.
13
vivendo. Diversos factores interferem no estado físico e psicológico do indivíduo. Tais
influências reflectem directamente no desempenho do trabalho dessa pessoa e
consequentemente no resultado final do grupo.
O líder precisa ter em mente que é preciso fazer as coisas simples antes de tentar planos
mirabolantes10 de motivação. Maslow, em sua teoria, traz em sua pirâmide que os
indivíduos precisam primeiro suprir suas necessidades básicas, antes de qualquer outra
motivação, o não cumprimento do mesmo pode por algum momento reflectir no
desempenho das actividades, e o líder deve ser capaz de interpretar esses fenómenos.
3.5.1.Conceito de Qualidade
Muita das vezes as expectativas são influenciadas pelas comunicações boca a boca, por
necessidades pessoais, pelas experiências passadas e por actividades promocionais,
enquanto experiências reais são determinadas pela forma como uma organização presta
seu serviço. A importância relativa das várias dimensões da qualidade do serviço varia
com o tipo de serviço, ainda com o estilo de liderança presente na organização.
10
Planos surpreendentes, admiráveis, fantásticos. Esses planos devem ser desenvolvidos pelo líder
convicta a fazer a melhor conquista do seu pessoal, para que trabalhem satisfeitos.
14
frente: é nessas ocasiões que ele forma sua imagem da empresa e é essa experiência que
o faz voltar ou não a procurar os seus serviços.
15
CAPITULO III
4.METODOLOGIA
O presente estudo de caso teve como finalidade fazer análise exploratória e descritiva da
liderança e qualidade de serviços prestados pelos funcionários que fazem parte do
Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção Social de Chókwè. Este estudo contribuiu
para um melhor conhecimento da realidade da situação de liderança que o SDSMAS –
Chókwè adopta, e que se tem impacto no desempenho dos seus funcionários.
4.3.Métodos de Pesquisa
Como estratégia metodológica optou- se por realizar um estudo de caso, centrado na
análise da especificidade do Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social. A
investigação efectuada, qualificou-se como um estudo descritivo, uma vez que
investigou um fenómeno actual no seu contexto real, numa pequena população,
concretizada através de estudo de caso (Carmo e Ferreira, 1998, p. 210).
16
Assim, foi valorizada a utilização de técnicas qualitativas e quantitativas, na medida em
que foram analisadas as características e opiniões de uma problemática relativa a uma
população, através de diversos pontos de vista (Quivy e Campenhoudt, 2005).
Numa primeira fase, fez-se uma análise situação acerca dos estudos já realizados, para
fundamentação teórica sobre o tema de estudo. Foram utilizadas técnica de análise
bibliográfica, analisou-se textos, artigos, capítulos de livros e sites na internet que
abordam sobre a mesma problemática.
4.4.Técnica de recolha de dados
4.5.População alvo
Constituiu a população de estudo para a obtenção dos dados em questão, aos
funcionários do SDSMAS, Relativamente a este estudo de caso não foi seleccionada
nenhuma amostra, uma vez que inquiririu-se a totalidade da população (censo).
Segundo Silvestre (2007) as populações têm um número finito, podendo estas ser
grandes ou pequenas. Sendo assim não podem ser extrapolados resultados para nenhum
outro caso. Somente se torna viável recolher informações sobre todos os elementos de
uma população quando o grupo sobre o qual o nosso estudo incide é bastante reduzido
(Reis, Andrade, 2015). Na análise descritiva o interesse incide sobre as características
de toda a população com o objectivo de se obter um valor preciso sobre as observações
feitas em toda a população (Silvestre, 2007).
17
4.6.Variáveis de estudo e sua Classificação
Faixa etária Em intervalos (18- 25, 25- 32, 32- 44, mais
de 44)
Sócio demográfico
Género M para Masculino e F para Feminino
18
Sistema de Muito precário. Relativamente A cópula Sistemas de
comunicações Somente precário, procura comunicação
comunicações prevalecendo facilitar o fluxo eficiente são
verticais e comunicações no sentido fundamentais para
descendentes descendentes sobre vertical o sucesso da
carregando as ascendentes. (descendente e empresa.
ordens. ascendente) e
horizontal.
Relações Provocam São toleradas, com Existe uma Trabalho em
interpessoais desconfiança. condescendência. certa confiança equipas.
Organização Organização nas pessoas e Formação de
informal é informal é relações. a grupos é
considerada incipiente e cópula facilita importante.
prejudicial. considerada uma a organização Confiança mútua,
Cargos ameaça à empresa. informal sadia. participação e
confinam as envolvimento
pessoas. intenso de grupos.
19
4.7. Análise dos objectivos específicos
Os dados foram tratados de acordo com um procedimento estatístico, para tal utilizou-se
o Software de Análise estatística, Statistical Package for Social Science (SPSS). As
provas estatísticas por efectuar situaram-se ao nível de análise de frequência, respectiva
percentagem, observando também a ilustração gráfica.
Para verificar o primeiro objectivo específico, foi com base a ao modelo desenvolvido
pelo Likert e Lepitt, com forme tabela 1 ilustra, onde foram apontadas com base no
questionário, medidas em modelo de Likert de tipo 4 pontos.
Para o segundo objectivo especifico foi usado o modelo de liderança que ilustram o
comportamento de líder em Leadership Practices Inventory .
20
CAPITULO IV
5.RESULTADOS
21
Gráfico 2: Separação de género, dos funcionários do SDSMAS-Chókwè.
22
5.2. Resultados sobre a o estilo de liderança no SDSMAS-Chókwè
Quanto a participação dos funcionários em processos decisivos, 65.91% dos
funcionários do SDSMAS-Chókwè, declararam que é centralizado no chefe, mas
permite alguma delegação de carácter rotineiro, 13.64% declararam que esta totalmente
descentralizado, o chefe define políticas e controla os resultados, 11.36% afirmaram que
o chefe consulta aos niveis inferiores permitindo partiçipação e delegação, enquanto que
9.09% declaram que o processo decisivo é totalmente centralizado no chefe da
organização, (Gráfico 4).
Legenda:
1- Totalemente Centralizado no chefe
da organização;
2- Centralizado no chefe, mas permite
alguma delegação, de carecter rotineiro;
3- Consulta aos níveis inferiores,
permintindo participação e delegação.
4- Totalmente descentralizado. O chefe
define políticas e controla os resultados.
23
Legenda:
2- Relativamente precário,
prevalecendo comunicaçoes
descendentes sobre ascendentes;
24
Legenda:
1-Provocam desconfiança;
25
Legenda:
1-Utilização de punições e
medidas disciplinares,
obediencia estrita;
2-Utilização de punições e
medidas disciplinares, mas
com menor arbitrariedade;
3-Utilização de recompensas
materiais, sociais ocasionais.
4- utilização de recompensas
materiais, sociais, puniçoes
são raras.
26
Gráfico 8: A posição da direcção no estimulo aos funcionários a participar e a
organizar actividades.
Fonte: Autor, 2019.
Em relação a questão se a direcção utiliza ideias dos funcionários sobre questões
relativas (formação, regulamentos, actividades), 43.18% funcionários declararam que
raramente, 29.55% afirmaram que sempre a direção estimula, 20.45% declararam que
muitas vezes a direção tem feito, e 6.82% declararam que a direção nunca faz algo de
genero, (gráfico, 9 ). O que significa dizer que naquela instituição são poucos casos que
a direção.
27
Gráfico 10: Se direcção dá apoio rápido de material de trabalho aos funcionários
quando for necessário.
28
38.64% declararam que raramente, 15.91% afirmaram que sempre, por fim 6.82%
declraram que nunca, (gráfico 12).
Gráfico 12: A direcção evita utilizar críticas para melhorar a prestação de serviços.
Fonte: Autor, 2019.
Quando questionados se naquela instituição trabalha-se sobre pressão, 45.45%
afirmaram que muitas vezes, de seguida, 34.09% declararam que raramente, 11.36%
afirmaram que sempre, por fim 9.09% declraram que nunca, (gráfico 13).
29
Quando questionados se os funcionário estavam dispostos a dedicar tempo extra ao seu
trabalho nesta instituição como forma de contribuir no melhor andamento dos actos
administrativos, 34.09% declararam que raramente, 31.82% afirmararm que sempre,
27.27% afirmaram que muitas vezes, apenas 6.82% declraram que nunca, (gráfico 14).
Gráfico 14: disposicão dos funcionários a dedicar tempo extra ao seu trabalho para
instituição como forma de contribuir no melhor andamento dos actos administrativos.
Fonte: Autor, 2019.
30
Quando questionados se os funcionários consideram que naquela instituição vale a
pena dar o melhor de si na realização do seu trabalho, 38.64% declararam que muitas
vezes, 29.55% declararam que raramente, 27.27% afirmaram que sempre, apenas
4.55% declraram que nunca, (gráfico 16).
Gráfico 16: Considera que nesta instituição vale a pena dar o melhor de si na realização
do seu trabalho?
Fonte: Autor, 2019.
Quando questionados se os funcionários consideram que naquela instituição vale a
pena dar o melhor de si na realização do seu trabalho, 38.64% afirmaram que sempre,
34.09% declararam que muitas vezes, apenas 27.27% declararam que raramente,
(gráfico 17).
Gráfico 17: A Direcção realiza as reuniões necessárias para assegurar que o trabalho é
realizado?
Fonte: Autor, 2019
31
CAPITULO V
DISCUSSÃO DE RESULTADOS
Neste capitulo, pretende-se analisar os resultados obtidos e refletir sobre eles, a análise
exige que seja feita ao mesmo tempo uma comparação com a teoria usada para
fundamentar este estudo, sendo a teoria comportamental - Sistemas de administração. O
objectivo mais basico que levou a realizar este estudo, foi de constatar que se o estilo
de liderança implementada no Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social,
influencia a prestação de serviços aos funcionários daquela instituição.
32
Conforme os dados apresentados no grafico 5, somos levados a constatar que no
SDSMAS-Chókwe, o sistema de comunicação é relativamente precário e prevalece
comunicaçoes descendentes sobre ascendentes, e uma organização que pauta por este
tipo de sistema de comunicação, significa que esta perante uma liderança autocratica
benevolente, pois em organizações que a liderança é participativa, o sistema de
comunicação é eficiente, pois reconhece-se que são fundamentais para o sucesso da
organização.
Estes resultados são coerentes com estudos anteriormente obtidos em alguns estudos de
Lippet, Ana Nelsa, e demais, que evidenciavam que uma instituição que adpota
comunicaçoes descententes sobre ascendentes tendem cada vez mais a produzir de
forma insignificante os serviços. Olhando tambem o estudos de Bass e Avolio defendem
que o líder mais eficaz é aquele que adota uma conduta que contribui na satisfação dos
funcionários e associando aos seus liderados uma conduta que vai a busca de melhores
resultados para a organização.
Os resultados relativos a este variável, vão de encontro à ideia defendida pelo Bass e
Avolio, de que a liderança participativa encontra-se fortemente correlacionada com as
variáveis de resultados (satisfação, eficácia e esforço extra), quando comparada com a
liderança autocratica benevolente. Contudo contrariam a ideia defendida por alguns
autores de que ambos os estilos de liderança ocorrem num conjunto, não admitindo que
um líder possa ser eficaz adotando um estilo de liderança que possa conduzir a
organização. E o sistema de comunicação demonstra uma natureza diferente à uma
liderança participativa.
As respostas desta variável de estudo acaba por contribuir de alguma forma para a
instituição, mostrando que a liderança tem um impacto para a qualidade de serviços
33
prestados numa dada organização. Isto é, deve se tomar muita atenção a organização
que as relaçoes interpessoais são bem vindas para uma organização saúdavel.
Quanto aos resultados que demonstram o comportamentos de liderança existente que reflecte
na prestação de serviços pelos funcionários no Serviço Distrital de Saúde Mulher e Acção
Social de Chókwè, são visto pelas demostrações gráficas, e resume-se por seguintes
pontos principais:
34
4. Pelas ordens dos chefes muitas vezes no SDSMAS-Chókwè trabalha-se sobre
pressão;
5. Devido ao estilo de liderança observada no SDSMAS-Chókwè, raramente os
funcionário estam dispostos a dedicar tempo extra ao seu trabalho nesta
instituição como forma de contribuir no melhor andamento dos actos
administrativos.
Assim sendo, fazendo uma comparação com os estudos centrais da mesma natureza
com o presente estudo que foi desenvolvido no Serviço Distrital de Saúde Mulher e
Acção Social de Chókwè, não se distancia dos estudos de Escorsin e Walgir (2017),
Sergio Macore (2016), Ana Nelsa (2016), Chiavenato (2012), Maximiano (2010), no
qual defendem que a liderança refere-se a influência de individuo sobre o outro na
prestação dos serviços.
35
Com o mesmo teor, as declarações dos funcionários do SDSMAS-Chókwè,
complementa-se com base nos estudos de Bergamini e Beraldo (1988, p.32) e Marras
(2011) no qual salientam que a eficiência de uma pessoa no desempenho de uma tarefa
depende diretamente da relação positiva entre essas três variáveis: o estilo de liderança,
a atividade e o seu proprio caracter. Os mesmos apresentam a ideia de que o
desempenho depende de fatores relacionados diretamente com o comportamento da
chefia com o indivíduo.
A partir das análises foi possível verificar que o líder desempenha papel de suma
importância no que concerne ao desempenho organizacional e que o comportamento
organizacional afecta o desempenho, podendo então ser controlados pelos lideres, a fim
de maximizar os índices, permitindo o alcance dos objetivos organizacionais,
satisfazendo os cidadãos que carecem dos serviços, e tornando a organização
competitiva diante as demias instituicões.
36
CAPITULO VI
CONCLUSÃO
Com tudo, cruzando a constatação supracitada no primeiro paragrafo, que refere a uma
liderança autocratica benevolente com a teoria da liderança participativa que alicerça-se
na ideia, segundo a qual o envolvimento dos colaboradores nas áreas de
responsabilidade satisfaz as suas necessidades de auto – realização e consequentimente
a melhor prestação de serviços, confirma-se a hipótese traçada nesta pesquisa, de que
“O sistema de liderança implementada no SDSMAS influência na qualidade de serviços
prestados pelos funcionários, visto que o líder deve estar preparado para estimular sua
equipe em relação ao trabalho e também para influenciar seu comportamento de modo a
se tornar mais efectivo em relação aos objectivos da organização”. Isto é, a maneira que
os serviços são prestados nquela instituição reflete a liderança que é adoptada, e do
comportamento da direção em aos funcionários.
37
Limitações do estudo e sugestões
Sugestões
Sendo que o tema abordado é de grande importância e sendo a liderança como uma das
principais variáveis que influencia o sucesso das organizações, considera-se que seria
importante alargar este estudo a um maior número de organizações com a mesma
narureza de trabalho por forma a permitir a generalização dos resultados obtidos, a nível
organizacional. E em investigações futuras, é sugerido que complementem os
questionários com entrevistas de caracter mais aberto que permitam uma maior riqueza
de informação disponível para análise, de modo a apontar novos caminhos de
investigação a respeito da liderança.
38
CAPITULO VII
RECOMENDAÇÕES
Uma vez que liderança do Serviço Distrital de Saúde Mulhr e Acção Social de Chókwè
influencia a qualidade de serviços prestados pelos funcionários, durante o periodo feito
a pesquisa, há aspectos gerais que precisam de serem tomadas em conta para melhorar a
forma que os serviços são desempenhados:
39
CAPITULO VIII
9.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
3. Bass, B. (1990), Bass and Stogdill's handbook of leadership: theory, research and
manegerial applications, New York.
18. Lewin, K.; Lippitt, R.; White, R. K. (1939). Patterns of Aggressive Behavior in
Experimentally
19. Likert, R. (1967). The Human Organization: Its Management and Value. McGraw-
Nova Iorque.
22. RUST, R. T. e OLIVER, R. L. (1994), Service quality: new directions in theory and
practice, Thousand Oaks.
41
23. ROBBINS, S. P. (2009) Fundamento do Comportamento Organizacional. 8.ed. São
Paulo.
24. REIS, E., Melo, P, (2015). Estatística aplicada 1. Edições Sílabo, Lisboa.
25. ROBBINS, S., Judge, T. (2013). Organizational behaviour (9ª ed.). New Jersey.
27. Rollinson, D.; Broadfield, A.; Edwards, D. J. (1998). Organizational behavior and
analysis: an integrated approach, Addison-Wesley, London.
42