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Efeitos adversos:
o Tosse seca:
Devido aumento da bradicininas a nível pulmonar;
Aparece nas primeiras semanas;
Desaparece com 2 a 3 dias de suspensão da terapêuticas
Retorna com a reintrodução
o Disgeusia ou sabor metálico (mais frequente)
o Angioedema 1% (aumenta com as bradicininas) (inchaço generalizado da pele devido ao edema do tecido
subcutâneo: pálpebras, lábios, língua, genitais, mãos, pés, vias respiratórias sup. …)
o Hipotensão (particularmente após 1ª dose)
o Hipercaliemia (útil associação com diuréticos NÃO poupadores de K+)
o Perturbações hematológicas: neutropenia; anemia e trombocitopenia
o Manifestações cutâneas (rash cutâneo, urticaria)
Contra-indicações:
o Hipersensibilidade (ex.: antecedentes de angioedema a qualquer IECA)
o Gravidez
o Lactação
o Precaução na IH (especialmente os pró-fármacos) e IR
Farmacologia
Exs. De interações medicamentos:
Inibição do influxo de cálcio na célula muscular lisa e miocárdio, por bloqueio competitivo com o Ca2+ que entra
pelos CANAIS LENTOS VOLTAGEM DEPENDENTES (L):
o Músculo liso vascular -> Vasodilatação (artérias>veias)
o Células cardíacas:
↓ força, frequência e velocidade de condução cardíacas
Efeitos inotrópico, cronotrópico e dromotrópico negativos
O bloqueio é revertido por ↑ [Ca2+ ] extracelular
O cálcio combina-se com calmodulina, para formar um complexo que converte a miosina-quinase de cadeia leve
na sua forma ativa (MLCK *).
Fosforila as cadeias leves de miosina, iniciando-se assim a interação com actina de miosina.
BEC:
Vasculares:
o Impedem despolarização músculo liso das artérias
o Vasodilatação
o ↓ resistência vascular periférica
o ↓ PA
Cardíacos:
o ↓ influxo Ca2+
o ↓ contração muscular
o Efeito iono, crono e dromotrópico negativo
Farmacologia
Aplicações terapêuticas:
Farmacocinética:
↑ absorção oral
Efeito 1ª passagem hepática → ↓ biodisponibilidade Verapamil e Diltiazem
↑ ligação proteínas
↑ metabolização hepática (80-90%)
Curto t1/2 (3-4 id); formas libertação prolongada (1-2 id)
Verapamir e diltiazem:
Efeitos adversos:
o Edema
o Náuseas, tonturas
o Ação cardiodepressora: bradicardia, BAV (Verapamil nunca deve ser usado associado a beta-bloqueador)
o Obstipação (mais comum com verapamil)
o Cefaleias (mais frequente com diltiazem)
Dihidropiridinas:
Hipotensão ortostática
Taquicardia + cefaleia + rubor facial (10% dos doentes no início do tratamento)
Edema periférico (dose-dependente)
Náuseas, tonturas e palpitações
Não causam depressão miocárdica
Digitálicos:
Mecanismos de ação:
Farmacocinética:
Distribuição por quase todos os tecidos, com maior afinidade pelo miocárdio (concentrações até 30x maiores
que na musculatura esquelética)
Digitoxina
NORMAL:
o Despolarização
o → repolarização (-90mV)
o → → até nova despolarização
TOXICIDADE DIGITÁLICA:
Farmacologia
o Membrana citoplasmática
o ↑↑ permeável a Na+, Ca++, K+ imediatamente após repolarização (gradiente osmótico)
o Membrana -90mV → → 0 mV (entrada Na+, Ca++)
o = despolarização parcial
o Toxicidade: atinge-se o ponto de “disparo” (trigger)
o = contração muscular repetida, sem controlo pelo nódulo SA
o Doses elevadas → Estimulação Simpático
o TAQUICARDIA (pode ser FATAL)
o Doses ↑↑ - bloqueio AV – bloqueio cardíaco
Efeitos tóxicos:
As concentrações plasmáticas de digoxina nem sempre são suficientes para o diagnóstico de toxicidade
digitálica
> Risco de toxicidade se:
o [digoxina plasmática]>3.8 nmol/l
o Hipocaliémia ([KHipocaliémia+]>> sensibilidade em 50% dos tecidos para a digoxina)
o Hipernatrémia
o Hipercalcémia
o Hipomagnesémia
o Idade >60 anos
o Problemas renais (<sensibilidade tecidos para a digoxina)
Suspensão do fármaco
K+ (se hipocaliémia)
Lidocaína, Fenitoína (antiarrítmicos)
Atropina (reverte bloqueio SA ou AV)
Colestiramina (diminui absorção)
Anticorpos anti-digitálicos
Farmacologia
Fármacos que atuam a nível da coagulação:
Heparinas:
Heparina não fraccionada (HNF):
A heparina não fraccionada aumenta a velocidade da acção da antitrombina III ao inibir os fatores de
coagulação IIa, IXa, Xa, XIa e XIIa com os quais forma complexos estáveis, o que normalmente é uma reação
lenta.
Reversão de efeito com protamina.
Mecanismo de ação:
Ligação da heparina à ATIII: requer uma sequência pentassacarídea específica, a heparina tem ainda uma
sequência de 18 monossacarídeos que permite a formação de um complexo ternário com a Trombina.
A ligação da Heparina à ATIII induz uma mudança conformacional na ATIII, o que aumenta a sua afinidade
para a trombina (IIa).
Farmacologia
De seguida, fica livre e apta para se ligar para a outra molécula de ATIII.
O complexo Heparina -ATIII também inibe o fator Xa. Para tal, basta a molécula de Heparina apresentar a
sequência pentassacarídea.
Utilizações terapêuticas:
o Prevenção do Tromboembolismo
o Prevenção e tratamento da trombose venosa profunda
o Na inibição da coagulação ao utilizar a circulação extracorporal ou a hemodiálise
o Nota: Pouco eficaz na inibição da trombina ligada aos coágulos
o Nota: reativação da trombose quando se interrompe a terapêutica, se não houver substituição por AC
oral (por libertar a trombina dos coágulos)
Farmacocinética:
Absorção:
o Não é absorvida no tracto gastro-intestinal
o Administração IV (acção imediata) ou SC (acção retardada ~ 1h)
o Administração IM contra-indicada devido à formação de hematomas intramusculares extensos e
dolorosos)
Distribuição:
o Elevada ligação às proteínas plasmáticas
o Não atravessam a placenta
o Não são secretadas através do leite
Eliminação: t1/2 = 40 - 90 min (curta duração de acção)
Nota: Heparina têm uma elevada acidez (sal sódico ou de cálcio)
Farmacologia
Vantagens farmacocinéticas das HBPM relativamente à HNF
Efeitos adversos:
Hemorragias
o Redução da dose
o Interrupção do tratamento
o Em casos graves, neutralização com sulfato de protamina (antagonista da HNF)
Hematoma no local da injeção
Irritação local, dor e eritema (SC)
Alopécia transitória reversível
(prurido, rash, febre) Reações alérgicas
Osteoporose (terapêutica longa duração)
o ↑ atividade osteoclástica e subsequente ↑ reabsorção óssea
o + frequente com HNF
o doses > 20.000 U/dia, > 5 meses
Trombocitopenia (heparina não fracionada):
o após 2 ou 3 dias de tratamento (- grave) ou após 7-14 dias
o Reação alérgica - presença de uma imunoglobulina que induz agregação plaquetária irreversível
o As hemorragias são raras, mas os doentes tipicamente desenvolvem tromboses arteriais que resultam da
ativação das plaquetas
o Estas tromboses afetam, em geral, as extremidades inferiores e podem causar isquémias graves, com
formação de gangrena, dos dedos, que podem requerer amputações
As heparinas de baixo peso molecular consistem em fragmentos de heparina obtidos por despolimerização
química ou enzimática da heparina de elevado peso molecular.
Dalteparina (FRAGMIN,®);
Enoxaparina (LOVENOX®);
Nadroparina (FRAXIPARINA®);
Reviparina;
Tinzaparina.
Mecanismo de ação:
o As HBPM são obtidas de heparina através de degradação química ou enzimática. Por vezes, as cadeias
longas de heparina são clivadas no local onde se liga a trombina (cadeia de 18 monossacarídeos).
o Assim, HBPM têm uma reduzida capacidade de inibir a trombina (IIa), mas a atividade Xa permanece
intacta.
o HBPM: atividade anti-Xa >> atividade anti-IIa.
Contra-indicações:
o Hemofilia
o Hemorragias (lesão ou úlcera)
o AVC hemorrágico
o Cirurgia recente
Farmacologia
o Lesão hepática
o HTA grave
Interações medicamentosas (risco de hemorragia aumentado):
o ACO
o AINE
o Antiagregantes plaquetares
o Tetraciclinas (< flora intest, < vit K, < coagulação)
o Cefalosporinas (tb risco hemorrágico)
o Macrólidos (< metabolismo hepático da heparina)
o Etc…
Anticoagulantes orais:
Ativação dos fatores de coagulação • A vitamina K é um co-fator essencial para a ativação hepática dos
fatores de coagulação II, VII, IX e X, proteína C e S
Semelhança estrutural com vitamina K
Antagonistas da Vitamina K
Varfarina e acenocumarol:
Ação indireta:
o Alteram a síntese hepática dos factores de coagulação II, VII, IX e X através da inibição da ação da
vitamina K
Farmacocinética:
o Absorção: Início de acção: 12 - 16 h
o Distribuição: Elevada ligação às proteínas plasmáticas (98%); Atravessa a placenta (efeitos
teratogénicos)
o Metabolização: Metabolização pelo CYP450: R-Varfarina : CYP1A2, CYP3A4, CYP2C19, CYP1A1, CYP2C8,
CYP2C9, CYP2C18 e S-Varfarina: CYP2C9 (Variabilidade genética nos genes CYP2C9 e VKORC1 (gene que
codifica a enzima vitamina K epoxidoredutase): Diferentes necessidades de doses (metabolizadores
lentos necessitam de menores doses), CYP2C8, CYP2C19
o Eliminação: t1/2 = 36 - 42 h; Eliminação biliar
O efeito anti-trombótico dos derivados da cumarina só ocorre quando as concentrações dos factores II, VII
IX e X estão suficientemente diminuídas, o que só acontece cerca de 7 dias após o início da terapêutica oral.
Farmacologia
Efeito Anticoagulante:
Efeito anticoagulante:
o Medido pelo INR (International normalized ratio=razão normalizada internacional; mede o tempo de
protrombina)
Efeitos adversos:
o Hemorragia
o Epistaxis, hemoptises, petéquias
o Gengivorragias
o Hematúria, melena
o Hemorragias internas
o GI: anorexia, diarreia, náuseas e vómitos
o Alopécia
o Urticária
o Desmineralização óssea (vit K)
o Efeitos teratogénicos
o Necrose Dérmica 1:10.000
(mulheres, extremidades e zonas com ↑ tecido adiposo subcutâneo, em especial nádegas e mama)
Período transitório de hipercoagulabilidade, devido à curta semi-vida das proteínas anticoagulantes
C (8 horas) e S (30 horas)
o Síndrome púrpura do dedo do pé (3ª a 8ª sem):
Libertação de fragmentos de colesterol de placas de aterosclerose com posterior oclusão das
arteríolas dérmicas
Necrose dérmica:
A necrose cutânea induzida por varfarina é uma complicação rara, porém grave, da terapia anticoagulante oral,
com prevalência que varia entre 0,01-0,1%.
Ocorre tipicamente em mulheres com idade média de 50 anos, na perimenopausa e obesas, que estão sendo
tratadas com varfarina para doença tromboembólica.
É habitualmente associada com a administração de altas doses do medicamento e se desenvolve entre 1 e 10
dias, após início da terapia, sendo que a maioria ocorre entre 3-6 dias
A patogénese é explicada pelos efeitos pró-coagulantes que a varfarina pode apresentar nos primeiros dias de
uso. Este fenómeno ocorre porque a proteína C, anticoagulante natural dependente da vitamina K, tem meia-
vida mais curta (8h) do que a maior parte dos fatores prócoagulantes (fatores II, IX e X) e tem uma
diminuição rápida, após início da varfarina.
Este desequilíbrio transitório pró-coagulante/anticoagulante, levando ao estado de hipercoagulabilidade, com
oclusão trombótica da microvasculatura.
Reversão dos efeitos:
o Parar a administração de fármaco
o Reestabelecimento da atividade dos fatores de coagulação
o Administração de altas doses de vitamina K
o Administração de plasma fresco.
Farmacologia
Contraindicações:
Resumo:
Heparinas:
o Clássica e HBPM e Adm parentérica
o Efeito rápido
o Catalizam ligação ATIII aos fatores IIa, IXa, Xa, XIa e XIIa
o HBPM (cadeia curta): > ação antiXa (cadeia curta implica < capacidade para inativação outros fatores)
o HBPM: melhor biodisponibilidade (< ligação plaquetas , macrófagos, endotélio…)
o Risco hemorragias
o HNF: risco trombocitopenia
Anticoagulantes orais:
o Varfarina (R e S); acenocumarol
o Inibem enzimas necessárias para redução vit K (cofator indispensável à ativação de fatores de
coagulação)
o Início de ação lento (~ 1 semana) devido ao t1/2 dos fatores IIa, VIIa, IXa e Xa em circulação
o Sobreposição heparina/varfarina nos 1ºs dias de terapêutica
o Risco hemorragias
o Teratogénicos
o Muitas interações
Farmacologia Limitações:
Heparinas:
o Incapacidade para inativar a trombina (IIa) ligada à fibrina e fator Xa ligado a plaquetas dentro dos
trombos.
o O trombo pode continuar a crescer durante a terapia com heparina ou ser reativado quando a heparina
for descontinuada.
Anticoagulantes orais:
o Início ação retardada; muitas interações; elevada necessidade de monitorização.
Apixabano
o
Anti-agregantes plaquetares:
Propriedades:
o Inibir função das plaquetas (adesividade, agregação etc);
o Inibir reação de libertação ou secreção (serotonina, TX A2,etc);
o Redução dos agregados plaquetários circulantes;
o Inibir formação de trombo induzido predominantemente pelas plaquetas.
Agregação plaquetar:
Fator de von Willebrand liga-se ao colagénio do subendotélio exposto e liga-se ao recetor GPIb das plaquetas,
ocorrendo depois a adesão das plaquetas ao local da lesão.
Colagénio, trombina, ADP e TXA2:
o ligação aos seus recetores.
o Ativação das plaquetas.
Plaquetas mudança de forma exposição de fosfolípidos e recetores GPIIB/ IIIA na membrana celular
(ATIVAÇÃO).
Depois da ativação Fibrinogénio liga-se ao recetor GPIIB/IIIA AGREGAÇÃO das plaquetas.
Ácido acetilsalicílico:
Ticlopidina e Clopidogrel:
Bloqueio irreversível do recetor de ADP das plaquetas, sendo o Clopidogrel mais potente que Ticlopidina
Farmacocinética:
o Pro-fármacos (ativação cit P450).
o Administração oral.
o Ação máxima: alguns dias após administração
Efeitos adversos:
o Cefaleias (clopidogrel).
Farmacologia
o Diarreia, erupção cutânea (ticlopidina)
Para além de impedir a agregação plaquetária induzida pela ADP, o bloqueio deste recetor também impede a
agregação iniciada por outros agonistas (colagénio, etc) que induzem a libertação de ADP das plaquetas
ativadas.
1 e 2-Ticlopidina e clopidogrel são inibidores irreversíveis do recetor de ADP, impedindo a sua ligação ao
recetor das plaquetas.
3-Para além de impedir a agregação plaquetária induzida pela ADP, o bloqueio deste recetor também impede a
agregação iniciada por outros agonistas.
Ligam-se seletivamente aos recetores das GPIIb/IIIa plaquetares (responsáveis pela ligação do fibrinogénio,
fibronectina e fator von Willebrand) e consequentemente inibem as vias de agregação das plaquetas.
Administração parentérica.
Uso reservado hospitalar.
Mecanismo de ação:
o 1 - O recetor da glicoproteína IIb/IIIa é exposto sobre a membrana de plaquetas após a ativação e é
responsável por mediar a agregação plaquetária.
o 2 - Uma vez ativado, o recetor liga o fibrinogénio, levando à agregação das plaquetas.
o 3 a 5 - Os antagonstas GIIb/IIIa têm alta afinidade para os recetores e impedem a ligação do
fibrinogénio a estes recetores.
Dipiridamol:
DIPIRIDAMOL
Absorção (administração oral) Incompleta
Pico plasmático 75 min
T1/2 10-12h
Metabolismo/Eliminação Hepático/Renal
Farmacologia
Principais Fármacos Anti-agregantes plaquetares:
Fibrinolíticos ou Trombolíticos:
Os fibrinolíticos facilitam a dissolução dos coágulos existentes: Dissolvem a rede de fibrina, atuando como
catalizadores da reação de ativação do plasminogénio em plasmina (expõe local ativo de serina do
plasminogénio).
Administração por via IV.
Efeitos adversos: hemorragia.
Anti-hemorrágicos:
Fármacos para ajudar a suster a perda sanguínea:
o Anti-fibrinolíticos (inibem a ativação a plasmina).
o Ácido aminocapróico.
o Ácido tranexâmico.
o Vasoconstritores (adrenalina).
o Enzimas isoladas do veneno de serpentes, como a hemocoagulase, que promovem a formação de fibrina a
partir do fibrinogénio.
o Adstringentes.
Celulose oxidada e o alginato de cálcio que se constituem em rede onde a coagulação pode ocorrer.
Esponjas hemostáticas (gelatina, colagénio).
Indicadas em procedimentos cirúrgicos, como auxiliar na obtenção de hemostase.
Absorvem várias vezes o seu peso em sangue e Absorvíveis pelo organismo.
Farmacologia
Terapêutica Farmacológica da Diabetes Mellitus:
DIABETES MELLITUS:
Síndrome metabólico crónico caraterizado por hiperglicemia decorrente da deficiência relativa ou absoluta, na
ação e/ou na secreção de insulina, resultando num metabolismo anormal dos hidratos de carbono, lípidos e
proteínas.
ANTI-DIABÉTICOS ORAIS:
Efeito Insulinotrófico:
o Ação hipoglicemiantes.
o Elevado risco de hipoglicémia.
o Estimulação da secreção da insulina residual endógena.
Eficazes apenas em doentes com um mínimo de
função pancreática.
o Atuam sobre o pâncreas endócrino à células beta.
o ↓ HbA1c ~ 1% a 2%.
Farmacocinética:
o Rápida absorção intestinal.
o Pico plasm. 2-4h.
o Elevada ligação à albumina plasmática (>90%).
Interações com outros fármacos
o Metabolismo hepático; metabolitos ativos.
o Excreção renal
o idosos e IR > duração de ação > risco HIPOGLICÉMIA.
o Atravessam placenta e são excretadas no leite materno.
o C.I. grávidas.
Efeitos adversos:
o ↑ apetite à aumento peso (Obesos).
o GI.
o Hipersensibilidade (urticária, eritema).
o Reações hematológicas: agranulocitose, anemia aplásica, anemia hemolítica.
o Cardiovasculares (1 terap. longa): bloqueio canais K+ coração, endotélio vascular (glimepirida <<< efeitos).
o Sabor metálico.
Meglitinidas:
Nateglinida
Inicio de ação 15 min
Duração ação 4h
Administração 15-30 min antes das refeições
T1/2 1-3h
Lig. Albumina plasmática Elevada
Metabolismo Hepático (contraindicação na HI)
INIBIDORES DA ABSORÇÃO
Acarbose
Absorção Baixa
Metabolização Flora intestinal
Excreção Alguns metabolitos
são absorvidos ->
eliminados na urina.
Farmacologia
BIGUANIDAS (metformina):
Rosiglitazona.
Pioglitazona.
Mimetizam os efeitos da insulina no metabolismo dos HC e dos lípidos.
Ação lenta (efeitos: 1-2 meses após início terapêutica).
Facilitam a ação da insulina ao nível do fígado, músculos e tecido adiposo à diminuem a resistência do organismo
à sua ação.
Promovem diferenciação de adipócitos sensíveis à insulina.
NÃO estimulam a secreção de insulina.
Ligam-se a recetor nuclear (peroxisome proliferator-activated receptor-γ (PPARγ)*):
o DNA.
Farmacologia
o Transcrição de diversos genes.
Farmacocinética:
Rosiglitazona Pioglitazona
F oral 99% >80%
T1/2 3-4h 3-7h
Lig. Albumina plasmática 99% 99%
Metabolismo Hepático (CYP2C8) Hepático (CPY3A4)
Metabolitos pc ativos Metabolitos ativos
Eliminação Renal (metabolitos) 30% Renal (forma ativa)
Biliar (metabolitos)
Reações adversas:
o Aumento de peso.
o Promovem reabsorção Na+ renal à retenção fluidos.
o Em casos raros:
Anemia moderada, aumento dos níveis sanguíneos de certas enzimas, que indicam lesões hepáticas.
Sitagliptina
F oral 87%
T1/2 12h
Lig. Albumina plasmática 38%
Eliminação Renal (80% forma ativa)
INSULINA e análogos:
Farmacocinética:
o Degradação GI.
o Adm. parentérica (s.c.).
Farmacologia
o O local de administração condiciona a rapidez da absorção: (≠ irrigação): Abdómen; Braço; Nádega/Coxa.
o Ligação a betaglobulinas plasmáticas • t1/2 (insulina fisiológica) = 5 min.
o Metabolização:
Fgado (60-80%),
Rim (10-20%).
Músculo e tecido adiposo (10-20%).
Insulina: origem
Suína:
o Extratos pancreáticos de porcos;
o Difere num único aa (Ala).
Humana Semi-Sintética (1970s):
o Modificação enzimática da Insulina porcina para assemelhar a sua estrutura à insulina humana
(substituição Ala por Treonina) -> baixos riscos de alergias.
Humana Biossintética (1980s):
o Produzida biossinteticamente por tecnologia de ADN recombinante a partir da bactérias (E. Coli) e
leveduras (Saccharomyces cerevisae) -> risco de hipoglicémia (recomendar sua aplicação entre 30 e 45
minutos antes das refeições Desenvolver compostos análogos da insulina com início de ação mais rápido).
Análogos da insulina:
Hipoglicémia.
Hiperglicémia rebound (↑↑ hormonas contra-reguladoras).
Alergia (+ comum insulina animal) – Ig E.
Lipodistrofias (hipo ou hiper).
Insulinas animais:
o Resposta imune
o Insulina à lipoatrofia.
Não rotação dos locais de injeção de insulina:
o Lipogénese
o Aumento dos depósitos de tecido adiposo subcutâneo (lipohipertrofia) (pc irrigado -> menor absorção da
insulina).
Insulina Glargina:
Estável e translúcida a pH 4.
Não pode ser misturada com outras insulinas (pH neutro).
Quando injetada, a pH 7 forma microprecipitados.
Dissolução lenta dos cristais à longa duração de ação.
Insulina Detemir:
Translúcida.
Possui elevada ligação à albumina plasmática.
Lenta libertação da albumina à longa ação.
Hormonas masculinas:
Androgénios – ações:
Hormonas femininas:
Estrogénios:
Proliferativos:
o Desenvolvimento mamário. (mama)
o Desenvolvimento das caraterísticas sexuais secundárias. (mama e mucosa vaginal)
o Maturação órgãos reprodutores (desenvolvimento trompas Falópio, útero, genitais externos). (mucosa
vaginal e endométrio)
o Efeitos na ovulação, conceção e eventual gravidez (proliferação endométrio). (endométrio e colo cervical)
Efeitos metabólicos:
o Osso: Inibição osteoclastos; ↓ reabsorção óssea à ↓ risco osteoporose; Estimulam síntese do fator de
crescimento semelhante a insulina tipo 1 (IGF1) -> diferenciação dos osteoblastos em osteócitos.
o Sistema cardiovascular: ↑ síntese hepática de fatores de coagulação, plasminogénio; Retenção H2O.
o Lípidos: ↑ tecido adiposo: mama, nádegas, coxas; Regulação do colesterol: ↓ LDL; ↑ HDL.
Aplicação clinica:
o Contraceção.
o Acne.
o Dismenorreia.
o Hemorragia disfuncional.
o Inibição da lactação.
o Terapia hormonal de substituição.
Efeitos adversos:
o Hipersensibilidade mamária.
o Náuseas, vómitos.
o Cefaleias.
o Alterações do humor.
o Retenção fluidos -> edemas e ↑ risco HTA.
o > síntese factores de coagulação -> risco Tromboembolismo.
o ♂: feminização.
Farmacocinética:
o
Farmacologia
Absorção: GI, pele, mucosas Estrogénios naturais: inativação intestinal e hepática 17β-hidroxiesteroide-
desidrogenase à inativados se adm. via oral; Estrogénios sintéticos: Bem absorbidos por qualquer via:
oral, pele, mucosas, etc
o Distribuição: 98% ligação proteínas plasmáticas (albumina e globulina de ligação de esteróides sexuais:
SHBG) • Estrogénios naturais: ↑ ligação SHBG • Estrogénios sintéticos: ↑ ligação albumina, ↓ SHBG.
o Metabolização e Excreção: • Metabolização hepática CYP3A4 • Estrogénios naturais: Rápida
metabolização, t1/2 = minutos Estradiol (fígado) à oxidação à estrona e estriol à conjugação com sulfato
e ácido glucurónico •Estrogénios sintéticos: Metabolização mais lenta Etinilestradiol (t1/2 = 13-27h) ->
Hidroxilação em estradiol • Eliminação renal e biliar •Ciclo entero-hepático (hidrólise pela flora
intestinal dos metabolitos conjugados à reabsorção).
Progestagénios:
Exógenos.
Endógenos: Progesterona; Hidroxiprogesterona.
Mecanismo ação: (~ esteróides) - Presença de recetores depende da ação prévia de estrogénios
Tipos de Progestagénios:
o 1ª geração (1960s): Noretindrona; Noretisterona; Noretinodrel; Etinodiol; Linestrenol (Derivados da 19-
nortestosterona: atividade progestagénica podem possuir alguma atividade androgénica, com os efeitos
adversos que lhe estão associados)
o 2ª geração (1970s): Levonorgestrel; Norgestrel
o 3ª geração (1980s): quase sem atividade androgénica
o 4ª geração (1990-2000s): com atividade anti-androgénica
Farmacocinética:
o Progesterona:
Ligação à albumina e CBG, mas não SHBG;
Inativação hepática mt rápida se adm. via oral; t1/2=5 min;
Hidroxilação e sulfo/glucuronoconjugação;
Ésteres à menor metabolização;
Excreção renal.
o Progestativos Sintéticos (exógenos):
Metabolização mais lenta; t1/2 =12-24h;
Ligação albumina e SHBG.
Progestagénios – Efeitos fisiológicos:
o Regulação da ação dos estrogénios no útero. (Ação sinérgica com estrogénios no desenvolvimento das
caraterísticas sexuais secundárias • Aumento da espessura do endométrio)
o ↑ temperatura basal na 2ª metade ciclo menstrual.
o Manutenção da gravidez.
o Inibição das contrações uterinas.
Aplicação clinica:
o Contraceção.
o Terapia hormonal de substituição,
o Disfunções hormonais.
o Ex: amenorreia, dismenorreia, síndrome pré-menstrual, endometriose, alterações menstruais,
hemorragias funcionais
Efeitos adversos: (↑ doses / sem assoc. estrogénios)
o Alterações ciclo menstrual.
o Hemorragias irregulares (spotting).
o Amenorreia.
o Náuseas; Cefaleias; Alterações peso.
o Alterações humor.
o Alterações níveis; HDL/LDL.
Farmacologia PROGESTÁGENOS:
Efeitos anabolizantes.
Ação sedativa.
Diminuição da líbido.
Deposição periférica de gordura ↑LDL, ↓HDL.
Favorecem diurese: ↑ eliminação H2O e Na+ (competição com aldosterona para recetores
mineralocorticóides ).
FSH -> ovários -> Folículos -> folículo de Graaf -> ESTROGÉNIOS.
-> endométrio: ↑ espessura e vascularização secreção muco (proteínas, HC, fluido, pH=9)
-> baixas conc estrogénio: Feedback (-) hipotálamo/hipófise: ↓ FSH
Folículo continua a secretar estrogénio: -> (12º-14º dia) elevadas conc estrogénio: Feedback (+) hipófise: -> ↑
LH.
Rutura folículo e ovulação
Corpo lúteo -> PROGESTERONA, estrog -> muco (+ viscoso, + ácido, ↓ qt ) fase secretora de regeneração do
endométrio (p/ implantação ovo)
Feedback (-) hipotálamo/hipófise: ↓FSH e LH
↑ Temp (+0,5ºC)
Se NÃO houver nidação:
o ↓↓ Progesterona.
o Menstruação
Se houver implantação ovo:
o Corpo amarelo continua a secretar progesterona (até formação placenta).
Na ausência de fecundação:
o Corpo lúteo desintegra-se.
o Redução abrupta dos níveis de estrogénio e progesterona.
o Desagregação do endométrio: fase menstrual.
Contraceção hormonal:
Métodos contracetivos: Tipos de Métodos:
Métodos comportamentais.
Métodos barreira.
Métodos químicos.
Métodos definitivos.
Inibição da ovulação por não permitirem que ocorra o pico de FSH e LH necessário para a ovulação;
Alteração do muco (progestagénio): menos abundante, mais espesso e impenetrável aos espermatozóides;
Alteração do endométrio (estrogénio e progestagénio) de modo a que este não esteja recetivo à implantação;
Interferência nas contrações coordenadas do útero e trompas de Falópio, dificultando a progressão do ovo
fecundado até à cavidade uterina.
Progestagénio isolado.
Baixa dosagem de progestagénio.
Administração ininterrupta.
+ utilizada na amamentação.
Indicação: método contracetivo alternativo para quando a administração de estrógenos for contraindicada.
Ação:
o Altera o endométrio e dificulta a nidação.
o Torna mais espesso o muco cervical (evitando a penetração dos espermatozóides).
Monofásicas:
o + utilizadas, + eficazes e melhor toleradas.
o 21 comprimidos (mesma composição e dose), Podem ser 28 comprimidos, com 7 de placebo.
Trifásicas:
o Contêm 3 tipos de comprimidos, de diferentes cores, com diferentes dosagens hormonais.
o A dosagem de progestagénio aumenta ao longo do ciclo.
o EE 0.03 mg + PG 0.05 mg.
o EE 0.04 mg + PG 0.07 mg.
o EE 0.03 mg + PG 0.10 mg.
Bifásicas:
o EE 0.04 mg + PG 0.025 mg.
o EE 0.03 mg + PG 0.125 mg.
Como atuam os COC?
o Administração contínua de ESTROGÉNIOS:
o Feedback negativo na hipófise anterior.
o Diminuição FSH.
Farmacologia
o NÃO ocorre o desenvolvimento folicular.
o NÃO aumenta a produção de estrogénios endógenos.
o NÃO se desencadeia o feedback positivo responsável pela subida da LH.
o NÃO ocorre ovulação.
PROGESTAGÉNIO:
o Dá informação à hipófise de que o organismo está permanentemente na fase pós-ovulatória, não sendo,
por conseguinte, necessária a produção da FSH nem LH para além de níveis basais.
o ↑ viscosidade do muco cervical.
o mais impermeável aos espermatozóides.
Administração contínua de ESTROGÉNIOS:
o NÃO ocorre o desenvolvimento folicular.
o NÃO há pico LH.
o NÃO ocorre ovulação.
Suprimem a ovulação.
Reduzem o transporte ovular nas trompas.
Alteram o endométrio e dificultam a nidação.
Tornam mais espesso o muco cervical (evitando a penetração dos espermatozóides).
DOENÇAS CARDIOVASCULARES: (risco > para ↑ dosagens (>50μg EE), fumadoras, adm. prolongada, > 35
anos).
Tromboembolismo venoso.
Farmacologia
(↓ fluxo sanguíneo venoso, ↑ fatores coagulação e ↑ coagulabilidade sanguínea).
Enfarte agudo do miocárdio / angina de peito /AVCs.
Hipertensão arterial.
(estimulação do SNS, estimulação do sistema RAA e retenção de sódio e água).
Cancro da mama (estrogénio dependente).
Tumores hepáticos benignos.
Litíase biliar (devida ao ↑ da extração hepática do colesterol causada pelos estrogénios).
Estrogénios:
o Cefaleias ;
o Irritabilidade;
o Fadiga;
o Náuseas, vómitos, cólicas abdominais;
o Retenção hídrica;
o Tensão mamária.
Progestagénios:
o Depressão;
o Aumento peso;
o Alterações ciclo menstrual;
o Hemorragias irregulares (spotting).
A contraceção de emergência é, como o próprio nome indica, um “contracetivo” particular, destinado a evitar
uma gravidez indesejada, depois de uma relação sexual não protegida ou mal protegida, possivelmente fértil.
Impede ou atrasa a ovulação.
Impede a implantação do óvulo no endométrio (ineficaz após implantação ocorrida).
Deve ser utilizado até:
o 72 h (LEVONORGESTREL).
o 120h (acetato de ulipristal)
Após a relação sexual.
Contracetivo de emergência:
Farmacologia
A contraceção de emergência tem sido utilizada off–label desde 1960, utilizando dosagens elevadas de
fármacos contracetivos para provocar o aborto.
Alta dose de progestagénio:
o (1,5 mg de levonorgestrel = 10 a 30 vezes superior às dosagens de progestagénio encontradas nos
contracetivos orais combinados).
Se a administração for efetuada na fase pré-ovulatória: evita/atrasa a ovulação.
Se o fármaco for administrado após ovulação: o progestagénio poderá impedir a nidação.
Eficácia do Levonorgestrel em função do tempo de administração após a relação sexual: Deve ser tomado o
mais cedo possível, de preferência nas 12 horas seguintes à relação sexual, até um máximo de 72 horas (3
dias).
Acetato de ulipristal = modulador seletivo dos recetores da progesterona.
Evita a ligação da progesterona com o seu receptor, bloqueando a transcrição génica que ocorreria com a
progesterona, e impede a síntese das proteínas necessárias para o início ou manutenção duma gravidez.
Pode ser administrado até 120 horas (5 dias) após a relação sexual - Mas a eficácia DIMINUI após as 72h.
Um estudo multicêntrico da Task Force on Postovulatory Methods of Fertility Regulation (1998) numa amostra
de 1955 mulheres, revela que o regime terapêutico de levonorgestrel administrado isoladamente é mais eficaz
e mais bem tolerado que a associação deste fármaco com o etinilestradiol (85% de eficácia vs. 57%,
respetivamente).
Efeitos adversos:
o Náuseas e Vómitos.
o Tromboembolismo.
o Cefaleias.
o Fadiga.
o Dor no baixo-ventre.
o Tensão mamária.
o Hemorragia vaginal.
o Alterações na menstruação (atraso por adiamento da ovulação ou surgir poucos dias depois por
descontrolo hormonal).
O anel vaginal é constituído por anel flexível impregnado de hormonas que são lentamente libertadas e
absorvidas para a corrente sanguínea, de forma contínua ao longo de 3 semanas.
Vantagens:
o Evita problemas GI.
o Evita 1ª passagem hepática.
o Permite obter níveis plasmáticos constantes ao longo do ciclo.
o Doses EE mais baixas do que as utilizadas nos contracetivos orais 0,015 mg de etinilestradiol + 0,120 mg
de etonogestrel/24h, por um período de 3 semanas.
o Facilidade de inserção e remoção do anel
o Não exigência de uma manipulação diária (o anel é colocado por um período de 3 semanas, a que se segue
um período de pausa de uma semana, altura em que surge a hemorragia de privação).
Efeitos adversos:
o ~ COCs.
o Afeções locais, como leucorreia (corrimento) e vaginite.
Interação com fármacos:
o ~ pílulas convencionais.
o Indutores das enzimas microssomais hepáticas.
o ↑ da metabolização das hormonas sexuais.
o ↓ eficácia contracetiva.
o Antibióticos (efs GI)à sem interferência.
Farmacologia
SISTEMAS TRANSDÉRMICOS:
Implante subcutâneo em forma de bastão flexível inserido na face interna superior do braço não dominante.
3 anos.
Requer intervenção médica para a sua aplicação e remoção.
Mecanismo de ação:
o ~ pílula de progestagéneo.
o Inibição da ovulação.
o Aumento da viscosidade do muco cervical.
o Impedimento da proliferação do endométrio.
o Mulheres com maior peso corporal -> ↓ eficácia no 3º ano de utilização, com necessidade de remoção
precoce do implante
Efeitos adversos: pílula de progestagéneo.
Tamoxifeno:
Composto não-esteróide.
Alta afinidade pelo recetor estrogénico nuclear.
Ação anti-estrogénica: tecido mamário.
Farmacologia
Ação anti-neoplásica: cancro da mama estrogénio-dependente ↑ citocina (cuja ↓↓ está associada a tumores
malignos).
Ação estrogénica: lípidos, endométrio, osso.
Doloxifeno:
Raloxifeno:
Clomifeno:
INIBIDORES DA AROMATASE:
Letrozol.
Anastrozol.
Exemestano.
A aromatase metaboliza a passagem de androgénios a estrogénios.
IND: Cancro da mama em mulheres pós-menopáusicas.
ANTI-PROGESTAGÉNIOS:
Mefipristona:
Ciproterona:
Finasteride, Dutasteride:
Penicilinas.
Cefalosporinas.
Monobactamos.
Carbapenemos (tienamicinas).
Inibidores das Beta-lactamases
Anel β-lactâmico.
Ação antibacteriana depende da integridade do anel.
β -lactamases abertura do anel ineficácia terapêutica.
Penicilinas:
Penicilinas Naturais:
o Benzilpenicilina (penicilina G):
Forma sais hidrossolúveis com Na+ e K+.
Não é resistente ao HCl.
t ½ = 20 a 50 min.
Forma sais pouco solúveis com certas aminas: utilizado para retardar absorção: procaína, clemizol,
benzatina (preparações “depósito”).
FARMACOCINÉTICA
Hidrolisada meio ácido (1/3 absorvida) Não pode ser adm via oral
IV à rápida ↓ das conc (↑ excreção renal) IM
ESPETRO Em relação à penicilina G: < G+, > G- (Haemophilus influenzae e várias estirpes de E. coli, Proteus
mirabillis, Salmonella e Shigella)
INDICAÇÕE Infeções das Infeções Otite Infeçõe Gonorrei Amoxicilin Ampicilina
S vias urinárias respiratória média s a a: I.V.:
por G- s, sinusite, devidas Profilaxia meningite
bronquite a endocardit bacteriana
crónica algumas e causada
estirpes bacteriana por H.
de , ulcera influenzae
Salmonel péptica (CRIANÇA
la por S)
Helicobact
er pylori
Farmacocinét AMOXICILIN Alimentos Bacampicili Alimento Dificulda Atravessa Eliminação
ica A: resistente não na: adm s: de m placenta urinária (e
ao HCl - ADM interferem oral (nunca retarda atravessa bílis)
ORAL com parentérica m r BHE
(F=80%); absorção; : não é absorção
Boa AMPICILIN ativada)
biodisponibilid A: ↓↓↓
ade absorção
oral (30%) –
Farmacologia
adm
parentérica
PENICILINAS ANTI-PSEUDOMONAS:
Geral: as penicilinas não sofrem grande metabolização hepática (excepção: isoxazol e ureidopenicilinas) –
ajuste de dose em insuf. Hepáticos.
[urina]>>>[sangue].
Eliminadas na urina por secreção tubular ativa Ajuste de dose em insuf. Renal.
Cefalosporinas:
Farmacologia
A classe das cefalosporinas está dividida em GERAÇÕES, de acordo com o seu ESPETRO e ESTABILIDADE às
beta-lactamases.
4ª geração:
o Cefepima.
o Cefadizima.
o Cefpiroma.
+ resistente à hidrólise pelas beta-lactamases.
Maior penetração celular.
Espetro + alargado:
o Cocos G+
o Enterobactérias
Mais ativa contra:
o Pseudomonas
o Anaeróbios.
Efeitos adversos:
o Reações alérgicas (2%):
Urticária, eritema.
Febre, dores articulares.
Alergia cruzada com penicilinas: 10%.
o Não se recomenda o uso de cefalosporinas se existir antecedente de anafilaxia à penicilina.
o Distúrbios GI (3%) Náuseas, vómitos, dor abdominal, diarreia.
o Irritação local (IM).
o Tromboflebite (1%).
Farmacologia
Outros -Lactâmicos:
MONOBACTAMOS (Aztreonam): Monocíclico Mais resistente às beta-lactamases
Glicopeptídeos:
VANCOMICINA, TEICOPLANINA:
o Inibição da síntese da parede celular.
o Estruturas cíclicas complexas (aa + açúcares).
EFEITOS ADVERSOS:
o Ototoxicidade (vertigens, perda auditiva) (teico 80 μg/ml)).
o Nefrotoxicidade (não associar a Aminoglicosídeos).
o Febre.
o Erupção maculopapular, exantema.
o Flebite se adm. bólus à necessário infusão contínua.
o Leucopenia, trombocitopenia.
o Broncoespasmo.
o Síndrome do homem-vermelho: (libertação de histamina) – relacionado com infusão rápida: rash-
eritematoso no dorso, pescoço e face, hipotensão.
Interações medicamentosas:
TETRACICLINAS:
o Bloqueio da síntese proteica (ligação subunidade 30S).
o
Farmacologia
Bloqueiam a união de tRNA ao complexo ribossómico.
o Bacteriostáticos.
ESPETRO DE AÇÃO
Amplo
G+, G-
Mycoplasma, Rickettsia, Chlamydia spp.
Minociclina: N.meningitidis
Doxiciclina: tetraciclina + ativa
RESISTÊNCIAS ® menor utilização das tetraciclinas
Indicações:
Farmacocinética:
Absorção digestiva incompleta (estômago e TGI Ampla distribuição pela maioria dos líquidos do
Farmacologia
superior) clortetraciclina (30%) tetraciclina, organismo doxiciclina e minociclina:+ lipofílicas
oxitetraciclina (60-80%) doxiciclina, minociclina (95%)
↑ concs. intestino Tendem a localizar-se nos ossos, fígado, baço, tumores
e dentes.
Alteração flora intestinal: > Pseudomonas spp., Proteus Ciclo enterohepático.
spp., Enterococos,e Staphilococcus aureus
Diarreia Excreção renal - (doxiciclina e minociclina à fezes)
MINOCICLINA E DOXICICLINA: tetraciclinas com > Atravessam placenta (CI grávidas)
taxa de absorção per os Alimentos não afetam
absorção destas tetraciclinas
Formação de complexos não absorvíveis com iões EVITAR administração simultânea com leite,
metálicos (Ca, Mg, Al, Fe) antiácidos
EFEITOS ADVERSOS:
o Ossos e dentes:
CI em grávidas, lactantes e crianças até final 2ª dentição.
Esta reação adversa é mais comum com o uso dos fármacos a longo prazo, mas também tem sido
observada após repetidos tratamentos de curta duração.
Descoloração permanente dos dentes em crianças.
Deposição tetraciclinas: na dentina à hipoplasia esmalte dentário; coloração acastanhada dos
dentes; > vulnerabilidade às cáries: zona de crescimento ósseo à afeta crescimento.
Dentes marcados pelo uso de tetraciclinas durante a fase de formação intrauterina.
o Efeitos gastrointestinais:
Diarreia, náuseas.
Irritação direta e alteração da flora intestinal.
o Superinfeções: (mucosa oral, anogenital, intestinal) por Candida albicans (p.ex).
o Perturbações vestibulares:
MINOCICLINA: náuseas, tonturas.
o Fotossensibilidade:
Depositam-se na pele e absorvem radiação UVA (320-400 nm): produção de espécies reativas de
oxigénio; danos nas membranas celulares e no DNA + Ativação das vias que levam à produção de
citocinas pró-inflamatórias e metabolitos do ácido araquidónico; resposta inflamatória (aparência
clínica de uma queimadura solar).
Deposição de tetraciclinas na pele.
Prurido, manchas na pele.
Evitar exposição ao sol.
o Hepatotoxicidade:
Se insuficiência renal acumulação no fígado.
Degenerescência gorda do fígado.
TIGECICLINA:
Efeitos adversos:
o Diarreia.
o 2 primeiros dias: náuseas e vómitos.
o Dor no local da injeção.
o Fotossensibilidade.
o ~tetraciclinas: deve evitar-se durante gravidez e infância (efeitos sobre ossos e dentes).
Aminoglicosídeos:
Estreptomicina.
Neomicina - ↑↑ toxicidade sistémica.
Gentamicina.
Canamicina.
Tobramicina.
Amicacina.
Netilmicina.
↑↑ nº radicais OH e NH.
-> ↑ interações com outros compostos.
ESPETRO:
o Muito extenso.
o G- (Proteus, Klebsiella, Pseudomonas, Enterobacter, Shigella…).
o G+.
o Não afetam anaeróbios.
Farmacocinética:
↓↓↓ absorção via oral (< 1%)- apenas
efeito tópico tubo digestivo
ADMINISTRAÇÃO PARENTÉRICA
↑↑ ação com ↑ pH (ex: genta 100x > pH
8,5 que a pH 5,0)
Atravessam placenta
Fraca distribuição tecidular
Farmacologia
Eliminação da forma ativa na urina
EFEITOS ADVERSOS
Nefrotoxicidade (8 – 25%)
Insuficiência renal, proteinúria
Reversível, se terapêutica suspensa precocemente
Ototoxicidade (25%):
o Lesão 8º par craneano.
o A ação ototóxica ocorre tanto sobre as células vestibulares como cocleares.
Destruição cílios.
Acumulação endolinfa e perilinfa, inibição transporte iónico.
Destruição células cocleares.
o Zumbidos.
o Surdez progressiva (irreversível).
o Alterações do equilíbrio.
o Naúseas, vómitos, cefaleias, vertigens, tonturas.
o Risco tratamentos > 4 semanas (vida media 5x maior no ouvido que no plasma).
o Surgimento tardio ou ↑ após suspensão fármaco (dose total).
o Toxicidade auditiva: canamicina, amicacina, neomicina.
o Toxicidade vestibular : estreptomicina, gentamicina.
o Bloqueio neuromuscular.
o Raro.
o Inibição da libertação pré-sináptica de Ach (inibição influxo Ca2+).
o Neo e tobramicina.
Indicações Farmacocinética
Febre tifóide Muito lipofílico
Inf. pulmonar Rápida absorção GI
Metabolização hepática à ajuste de doses em IH
Eliminação renal (3% fezes)
Concentrações mais elevadas no fígado e no rim
Atravessa a placenta (concentrações séricas fetais
podem ser de 30 a 80% dos níveis séricos maternos)
Efeitos adversos:
Farmacologia
o Toxicidade hematológica:
Aplasia medular (dependente da dose): Irreversível (fatal); Leucopenia, trombocitopenia,
pancitopenia.
o Alterações GI: diarreia, náuseas, vómitos.
o Hipersensibilidade (erupções cutâneas).
o Neurite óptica (dor ocular, visão turva, perda de visão).
o Neurite periférica (dor intensa e debilidade de mãos e pés, parestesias).
Síndrome cinzento do recém-nascido:
o Incapacidade de conjugação hepática do cloranfenicol (imaturidade enzimática) + Inadequada excreção
renal.
o Colapso cardiovascular (prematuros).
o Os sintomas podem aparecer 3-4 dias após do início do tratamento e ocorrem nesta ordem:
Distensão abdominal.
Emese ocasional.
Progressiva palidez cianótica.
Colapso vasomotor, frequentemente acompanhado de respiração irregular
o O Cloranfenicol inibe a síntese de proteínas da membrana mitocondrial interna através da inibição da
peptidiltransferase ribossómica.
o A maioria das reações de toxicidade pode ser decorrente destes efeitos.
Macrólidos:
Eritromicina (ERITROCINA®).
Espiramicina (ROVAMYCINE®).
Claritromicina (KLACID®).
Azitromicina (ZITHROMAX®).
Roxitromicina (ODONTICINA®).
Telitromicina (KETEC®).
Mesmo local de ação do cloranfenicol (competição).
Bacteriostáticos ou bactericidas.
Espetro Indicações
G+ (concentrações 100x >> nos G+) Claritro > Eritro > infeções respiratórias por Haemophilus, Mycoplasma
Azitro pneumoniae, Legionella pneumophila (primeira escolha)
G-Azitro > Claritro > Eritro Alternativa às penicilinas
Eritromicina:
Farmacocinética:
o Inativação pelo HCl (à revestimento entérico ou sais/ésteres de eritromicina para adm oral)
ETILSUCCINATO.
o Absorção intestinal.
o Alimentos interferem com absorção (adm. 30 min antes refeição).
o Nunca IM à dores intensas, abcessos (pode ser adm IV).
o Metabolizada via hepática CYP3A4.
o Eliminação nas fezes.
o t ½ =1,5-2,5h (níveis séricos =6h) à 4 id.
Claritromicina:
Azitromicina:
Complexos com Fe do CIT P450 à inativação enz. CYP3A4à inibição metabolismo outros fármacos e aumenta as
suas conc.
↓ metabolismo ↑ EFEITO de:
o Varfarina.
o Antidepressivos tricíclicos.
o Carbamazepina.
o Ciclosporina.
o Teofilina.
o Digoxina.
Efeitos adversos:
o Bem tolerados.
o GI (33%: náuseas, vómitos, diarreia) Doses elevadas (eritro).
o Eritromicina: nunca I.M. ® dores intensas, abcessos (pode ser adm IV).
o Hepatite colestática (estolato de eritromicina).
o Raro: Hipersensibilidade.
Lincosamidas:
LINCOMICINA E CLINDAMICINA:
o Inibem síntese proteica (unem-se à subunidade 50 S).
o Ligação próxima do local dos macrólidos: competição.
o A lincomicina é menos ativa do que a clindamicina.
Farmacologia
Espetro de ação Indicações Farmacocinética:
G+ Clindamicina: infeções ginecológicas Adm oral (~50% absorção) ou
e da pele parentérica (I.V., I.M.)
Eficazes contra anaeróbios: infeções abdominais (anaeróbios) Não atravessam BHE
Actinomices, Bacteroides fragilis,
Clostridium perfringens,
Fusobacterium, Propionibacterium,
Peptococos y Peptoestreptococos.
cocos G+ aeróbicos: estafilococos, Acne Atravessam placenta
S. pneumoniae
Clindamicina - algumas estirpes de infeções ósseas e articulares Acumulação: bílis, osso, líquido
Haemophilus influenzae , Neisseria sinovial, saliva, próstata e pleura
gonorrhoeae, Gardnerella vaginalis
Eliminação biliar (70%) e urinária
(30%)
Ciclo entero-hepático à alteração
flora intestinal (2 semanas)
Diarreia (ligeira a grave)
Efeitos adversos:
o GI:
Náuseas, vómitos, diarreia (20%).
Colite pseudomembranosa (3-5%) por C. difficile – diarreia, dores abdominais, febre.
o Alterações hepáticas, icterícia (raro).
o IR.
o Erupções cutâneas.
o Síndrome de Stevens-Johnson.
o Alterações hematológicas (leucopenia, neutropenia, agranulocitose, eosinofilia e trombocitopenia).
o Bloqueio neuromuscular.
Estreptograminas:
1999.
Quinupristina + dalfopristina.
G +.
50S.
Adm via IV na proporção 30:70, de quinupristina e dalfopristina, respetivamente.
São inibidores síntese proteica com ação sinérgica: isoladamente são bacteriostáticos, se combinados são
bactericidas.
t ½ =3h 104.
Efeitos adversos:
o Irritação venosa.
o GI: náuseas, vómitos, diarreia.
o Mialgias, artralgias (2%).
o Rashes.
o bilirrubina.
2000.
Linezolide (ZYVOXID®).
G +.
Farmacologia
Gram- anaeróbias e micobactérias.
50S, próximo do local de ligação à subunidade 30S – impedem formação de 70S.
GI: náuseas, vómitos, diarreia.
Cefaleias, alterações da visão.
Hipertensão.
Trombocitopenia (> 2 semanas) 106.
Uso hospitalar.
Tratamento da pneumonia e infeções na pele.
Farmacocinética:
o Administração oral (70-95% absorção).
o Administração tópica (-> reações alérgicas).
o Distribuem-se por todos os líquidos corporais.
o Atravessam BHE e placenta.
o Sulfonamidas: Acetilação hepática e glicuronoconjugação Metabolito inativo mas tóxico.
o Eliminação renal (↑%).
Efeitos adversos:
o Reações Cutâneas: Erupções cutâneas, Síndrome de Stevens-Johnson.
o Alterações sanguíneas: Anemia hemolítica, agranulocitose, trombocitopenia.
o Rim: Cristalúria (sulfadiazina) -> obstrução túbulos renais -> necrose e anúria.
o Para ↓ risco: Ingestão 1,5 L líquido e Alcalinizar urina.
TRIMETOPRIM:
COTRIMOXAZOL:
Coassociação de TRIMetoprim+sulfametOXAZOL.
Atuam em passos sequenciais da síntese de folatos.
BACTRIM.
SEPTRIN.
COTRIMOXAZOL RATIOPHARM.
Espetro:
o G+.
o G-.
o Streptococcus pyogenes, S .pneumoniae, Haemophilus influenzae, H. ducreyi, Nocardia, Actinomyces,
Calymmatobacterium granulomatis e Chlamydia trachomatis.
Indicações:
o Infeções urinárias.
o Prostatites.
o Infeções devidas a Pneumocystis carinii.
Precauções:
o Grávidas e crianças < 6 semanas:
Sulfametoxazol -> compete com a bilirrubina /albumina plasmática -> hiperbilirrubinemia neonatal
àkernicterus.
Trimetoprim -> malformações congénitas.
o IR.
o IH.
o Doenças hematológicas.
o Porfiria.
Interações:
o O cotrimoxazol pode POTENCIAR o efeito de:
Anticoagulantes orais.
Fenitoína.
Sulfonilureias.
Metotrexato.
o Cardíacos.
Prolongamento do intervalo QT (arritmias).
o Lesões articulares:
Erosão cartilagens (!! Jovens) Evitar adm:
< 18 anos.
Grávidas.
Amamentação.
Metronidazol:
Exclusivamente: ANAERÓBIOS.
Bactericida difusão passiva -> ativado no interior da bactéria -> metabolitos: ligam-se ao DNA -> impedem
replicação celular.
Adm oral.
Metabolização hepática.
Eliminação renal/fezes.
Metronidazol é uma alternativa adequada em doentes alérgicos à penicilina (ex: tratamento de abcessos
dentários).
Efeitos adversos:
o Náuseas, cefaleias, anorexia, vómitos.
o Sabor metálico desagradável.
o Epigastralgias.
Farmacologia
o Coloração escura da urina; disúria.
o Reação tipo dissulfiram se adm com álcool.
o SNC: convulsões, sonolência/insónia, parestesias.
Interações:
o Metronidazol >> efeitos anticoagulantes (varfarina) >> risco hemorragias.
o >> níveis lítio e ciclosporina risco toxicidade.