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Integrantes: Helena Torres dos Santos; Isabela Ester Moreira Silva,

Leonardo Cesar Vieira; Roberto Cota Coura

PRÁTICA DE TREFILAÇÃO
Prática realizada no intuito de comparar os resultados teóricos obtidos pelos
métodos de deformação homogênea e método dos blocos com a força liquida,
calculada indiretamente por meio de parâmetros relacionados à potência
elétrica útil consumida durante o processo experimental.
A pratica realizou-se reduzindo uma barra de cobre com diâmetro inicial
D0=16,00mm e comprimento inicial L0=161,5mm para uma barra de diâmetro
final Df=14,54mm e comprimento final Lf=196,85mm.
Para fins de comparação, calculou-se inicialmente a força necessária para
trefilação dessa barra por intermédio do método da deformação homogênea.
Para isso, calculou-se a deformação verdadeira (ε v=0,19137), a tensão média
de escoamento (Ӯ=85,08MPa), considerando para isso as constantes n=0,54 e
k=320. Valendo-se desses valores calculados encontrou-se a tensão de
trefilação (σt=16,28MPa) e com ele, foi possível encontrar a força de trefilação
por intermédio da formula
F tref
σ tref =
Af

Sendo a área após a fieira Af=0,000166m2 obtém-se como resposta para esse
método uma força Ftref=2703,168N.
Na sequência, calculou-se a força necessária para trefilação da mesma barra
valendo-se do método dos blocos, afim de verificar a diferença de valor de
força necessário para realizar o mesmo processo segundo cada método. Para
isso, utilizou-se a fórmula:
2B
d
σ Tref =Ӯ
1+ B
B ( )[ ( )
1− f
d0 ]
A fieira utilizada possui um ângulo α=5,4°, e considerou-se o coeficiente de
atrito entre o aço da fieira e o cobre do material trefilado μ=0,22, tem-se
B=2,33. Para esse cálculo é necessário a área reduzida dada por
π
A¿ = x ( D 02−D f 2 ), com resultado Ared=0,000035019m2 chegando ao valor de
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tensão de trefilação (σt=43,74MPa) e com ele, conseguimos o valor da força de
trefilação de Ftref= 1531,8N para esse método.
Para determinar a força no processo por meio do método prático, mediu-se a
corrente elétrica em vazio (Ivazio=7,0A), a corrente em funcionamento
(Itrabalho=12,4A). Mediu-se também o tempo gasto (t = 4,31s) para deslocar
100mm do processo afim de calcular a velocidade no processo de trefilação
(V=0,0232m/s).
Valendo-se dos dados elétricos (V=220V; ΔI=5,4; cosφ=0,77, η=0,8), calculou-
se a pele elétrica (Pele= w), que é aproximada a potência elétrica para fins
de cálculo, e utilizando a potência e a velocidade, foi possível chegar ao valor
aproximado de força no processo (Ftref= N) para fins de comparação.
Foi possível observar que o método dos blocos é o método mais preciso, pois
leva em consideração mais fatores, como o ângulo da fieira, o coeficiente de
atrito, que depende dos materiais tanto da fieira como da peça além da
presença ou não de lubrificantes, formato e área a ser reduzido além da força a
tensão de escoamento comum aos dois métodos.
Mediu-se também a dureza superficial antes do processo de trefilação, e a
dureza superficial após o processo de trefilação.
Dureza Rockwell B
Inicial Pós trefilação
1ª medição 35 HRB 35 HRB
2ª medição 32 HRB 33 HRB
3ª medição 40 HRB 34 HRB

Nota-se que praticamente não existe variação na dureza superficial da barra


após o processo de trefilação, isso pode ter ocorrido pois provavelmente o
material foi processado a frio, e como a deformação foi pequena, não existe um
encruamento suficiente para visualizar uma variação de dureza considerável na
escala Rockwell. Essa variação de dureza poderia ter sido melhor visualizada
caso estivéssemos utilizando outra escala de dureza, caso a deformação fosse
maior, ou caso o material tivesse sido processado a quente.
No entanto, ainda realizaremos mais medições a fim de verificar a diferença de
dureza entre a superfície da barra, e o centro da barra.

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