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Análise Crítica
A ideia de grupo também se mostra presente ao decorrer da série, onde metas, papéis
e configurações estruturais do grupo foram planejadas pelos seus líderes (Tristan e Lea) antes
de cada ação decidida pelos outros 3 participantes (Rahim, Zazie e Hagen), os quais
garantiam que os seus membros encontrassem um enfoque comum para a revolução,
assumissem papéis funcionais e se comunicassem com eficácia. O planejamento grupal
antecipado sobre quais ações seriam executadas e qual mensagem deveria ser expressada
demonstrou a base e as metas do grupo “A Onda”.
2º Episódio – A diversidade entre os jovens que compõem o grupo formado pelos 5 jovens
foi um dos fatores que determinou a força do grupo. Seguindo uma visão ampla, quanto
maior as diversidades maiores serão as mentes geradoras da criatividade e de abertura para
novas ideias. Como exemplo, no episódio 2 todos os cinco jovens realizaram uma ação que
tinha como objetivo furtar roupas de marcas, e possuía como justificativo do ato infrator o
fundamento de que as roupas não vendidas pela loja seriam queimadas ao final da estação.
Essa primeira cena demonstra o fator da criatividade, o ponto que reflete as novas ideias pode
ser visto na fala de Lea ao dizer antes da operação: “Devemos acreditar no que dizemos e
fazer o que acreditamos”.
3º Episódio – A influência social pode ser entendida como o processo pelo qual as pessoas
modificam, afetam pensamentos, sentimentos, emoções e comportamentos de outras
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Após a invasão, percebe que o grupo não confia mais em Lea, que por sua vez começa
a se sentir pressionada e culpada pelos erros de todos. Os integrantes se comportam de forma
independente. Nisso enxergamos a ausência de poder da líder. Lea até aqui, não tem poder
sobre eles. Robbins, discorrendo sobre o comportamento organizacional, mostrou que a
dependência é a chave do poder, isto é, quando a líder possui algo que os seus liderados
precisam, mas que só ela controla.
Por essa razão, numa reunião de pauta, alguns integrantes começam a desistir. Alguns
integrantes do grupo são facilmente influenciáveis. E eles questionam a liderança da Lea. O
grupo não tem pautas definidas e em alguns momentos não sabem por que lutam ou contra
quem. Logo, por não haver objetivos claros e não alcançados, chamados de “objetivos
comuns” por Soto, que o grupo se dissolve.
O Tristan, para nós, mostra-se um líder paternalista, porque ele conseguiu dividir a
opinião de uma parte do grupo mostrando que é necessário para o prosseguimento da
revolução e convenceu a Lea a abandonar o outro grupo e se juntar a eles novamente, ou seja,
ele é considerado o “comandante” da ideologia da “onda”, e decide que Lea também será
uma das líderes.
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No fim do ep. Eles parecem definir quem são e o seus objetivos, sendo assim um
grupo, que segundo Soto “[...]é um conjunto de pessoas unidas com objetivos, finalidades ou
meta comum.”
Zazie furta a arma do avô. É ordenada pelo líder Tristan a definir qual será a
operação do agrupamento. Vemos aqui claramente uma meta formal, que são definidas de
forma oral ou escrita, no caso específico, foi de forma oral. A partir daí, o grupo começa a
operar seus planos e saem vitoriosos.
No fim do episódio, a líder foi baleada e o grupo terá que saber lidar com o impacto
negativo que a missão trouxe e também a lidar com a sua ausência.
6º Episódio – Na primeira reunião pós missão e sem a Lea, houve uma desistência. Rahim
abandona a equipe e causa dúvidas e desanimo entre o grupo. Aqui o grupo já está entrando
em um dos estágios de desenvolvimento grupal: o de dissolução.
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O grupo começa a entender a personalidade de Tristan, que agora revela seu lado
autocrático puro, que estava maquiado no seu paternalismo. Agora a Lea não faz mais parte
do grupo, por sérias divergências. Aconteceu aqui um estágio de atrito ou de distúrbio no
grupo (houve outros no decorrer da temporada, mas decidimos citá-los aqui no final).
O grupo parte pro seu gran finale, mas os problemas começaram a surgir. Zazie foi
presa no meio da operação. E Lea que agora é “rival”, ameaça ir ao local da explosão com
muita gente, forçando Tristan a desistir do plano. O trabalho em grupo foi bem elaborado no
que diz respeito às bases do bom desempenho do grupo, pois eles fizeram um diagnóstico, de
qual função cada membro faria, mas foram mal sucedidos nas metas. O resultado não foi o
esperado (explodir a fábrica de armas).
Aqui achamos que ela mostrou ter “poder”, inclusive sobre Tristan, quando esse se
viu dependente dela para sair vitorioso. Nesse episódio, ela tinha poder sobre o grupo e
adjacentes, pois ela tinha algo a oferecer a todos: a sensação de dever cumprido; de oprimir
aqueles que consideravam opressores vorazes. Sua meta pessoal foi conquistada, e ela
conseguiu atrair pessoas, ou seja, foram formados vários grupos informais, pois eram
voluntários.