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As técnicas de
intervenção utilizadas
no desenvolvimento
organizacional
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utilizadas no desenvolvimento
organizacional
Apresentação
O apoio da alta cúpula organizacional é o primeiro passo para garantir um processo
de desenvolvimento organizacional bem-sucedido. Isso ocorre porque, quando os
principais tomadores de decisão de uma empresa demonstram real interesse no
processo de mudança, ele dificilmente não acontecerá. Portanto, acima de tudo, a
mudança é uma decisão estratégica.
Desenvolvimento organizacional
A partir do planejamento realizado com os altos escalões da organização, o
consultor atuará juntamente com os gestores ou administradores, ajudando-os
no processo de diagnóstico, planejamento e desenvolvimento de ações eficazes a
partir do problema identificado.
Por fim, a figura do consultor, seja ele interno, seja externo, está relacionada à
intermediação do processo de mudança.
Schein (1972) elabora esse conceito muito bem. Vamos ver o que ele diz?
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Todos nós quando estamos dentro de um grupo, que pode ser no ambiente de
trabalho, na igreja em que professa a fé, nos clubes ou organizações que participa,
no partido político ou na família, nos comportamos de determinada maneira e
impactamos as pessoas à nossa volta.
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O impacto que geramos nas pessoas acontece sempre, mas é percebido em maior
grau quando atuamos como líderes, formais ou informais, dentro do grupo. Ele pode
ser percebido tanto de forma positiva como de forma negativa.
A equipe de vendas que você gerenciava antes era constituída por pessoas mais
velhas e experientes, em sua grande maioria que possuíam famílias e, portanto, um
nível de responsabilidade sobre o bem-estar delas.
Pelo contrário, era um grupo que tinha fortes laços de amizade e você, pela sua
responsabilidade e desenvoltura dentro da organização ao longo dos anos, era
observado como um líder e muito estimado por todos. Não possuía só o cargo de
gerente, a sua liderança tinha sido legitimada pelo grupo.
Em seu novo desafio, você assume um grupo mais jovem, em que a grande maioria
são ainda estudantes ou pessoas que acabaram de se formar. Um grupo com
um bom nível educacional e, apesar da pouca idade, já com uma experiência
profissional e acadêmica considerável.
Diferentemente da sua equipe anterior, esse grupo se caracteriza por uma geração
acostumada a questionar. Para eles, o trabalho não faz sentido se não souberem as
razões pelas quais estão realizando determinada função. Além disso, são pessoas
com muitas ambições profissionais e o nível de competição entre elas é bastante
elevado.
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Saiba mais
A resistência à mudança é algo comum dentro das organizações
e pode atingir indivíduos dos mais diferentes níveis hierárquicos.
Quando ela existe, é muito normal identificar dentro dos grupos
um clima negativo, caracterizado pela apatia, desengajamento
e desinteresse, comportamentos que, ao longo dos anos,
consolidam-se e passam a fazer parte da cultura organizacional,
tornando a empresa cada vez menos eficaz. Quer aprofundar
seus conhecimentos com relação a resistência a mudança?
Recomendamos que assista ao vídeo Uma guerra oculta
a gestão da mudança e reflita: https://www.youtube.com/
watch?v=7lsVRoasxRI.
Como mudar essa situação? Você e sua organização, com a ajuda do consultor,
poderão optar pelas técnicas de intervenção para indivíduos. Vamos conhecê-las?
Técnicas utilizadas
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O autor nos ensina que essa técnica consiste em treinar a sensitividade das
pessoas pela modalidade de dinâmica de grupo. As pessoas que participam dela
são estimuladas a reeducar o seu comportamento com o intuito de melhorar o
impacto que possuem sobre o comportamento do grupo no qual atuam.
Mas, como isso ocorre? Por meio de um ambiente controlado por profissionais
especializados, que costuma ser chamado de laboratório de sensitividade, as
pessoas participam de diversas reuniões ao longo de um período e são convidadas
a diagnosticar o comportamento alheio e o seu próprio dentro do grupo.
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Ela pode enfrentar alguns problemas. Pessoas que ainda não passaram pelo
processo de aprendizado poderão interpretar a mudança do comportamento
da cadeia hierárquica superior que já passou pelo treinamento e mudou de
comportamento de forma negativa. Por exemplo, as pessoas podem achar em um
primeiro momento que aquela mudança é pura falsidade.
Portanto, se algum dia você se deparar com essa técnica, tenha paciência. Ela é um
processo lento, porém, eficiente para o desenvolvimento organizacional através da
mudança efetiva na cultura da organização.
Transacional
Outra técnica usada é a análise transacional que, apesar de envolver dois ou mais
pessoas, ela tem como objetivo mudar o comportamento individual pela melhoria
da qualidade da comunicação. É conhecida como desenvolvimento organizacional
bilateral ou de relações interpessoais, sendo uma das técnicas para mudança de
comportamento individual mais aplicada pelas organizações.
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Isso quer dizer que todos nós podemos nos comportar de forma a assumir cada um
desses três tipos de “estados do eu”. Isso dependerá da situação que se apresenta
e da nossa personalidade.
A B A B A B A B
Gerente A (pai): Estes Supervisor A (pai): Chefe A (adulto): Creio Empregado A (criança):
supervisores acham que Vocês devem fazer hora que hoje é o dia da Não virei trabalhar
já conhecem tudo! extra amanhã! apresentação do seu amanhã, porque tenho
relatório. vontade de passear.
Gerente B (pai): Sim, mas Subordinado B (criança):
logo descobrirão que Não é justo! Por que Empregado B (adulto): Empregado B (criança):
ainda têm muito a devo fazer horas extras Sim. Deveria estar pronto Então, eu vou com você.
aprender! aos domingos? hoje à tarde, quando o
apresentarei.
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A B A B A B
Consultoria de procedimentos
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Para Chiavenato (2003), por meio das técnicas, para fazer o grupo interagir, o intuito
do consultor é estabelecer um grupo mais coeso com relação às suas metas,
objetivos e, acima de tudo, aos seus sentimentos.
Fechamento
Nesta unidade, conseguimos analisar as diferentes ferramentas para auxílio no
desenvolvimento organizacional, uma vez que, através delas, podemos evoluir e
facilitar o dia a dia das empresas. Isso porque a emoção das pessoas dentro do
grupo impactará a confiança, a criatividade e a tomada de decisão do grupo em
colaborar ou não com a organização.
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Referências
CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração: Uma visão abrangente
da moderna administração nas organizações. 7. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2003.
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