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Duarte Apostila 2014-2
Duarte Apostila 2014-2
Prof. Luiz Alberto Duarte Filho, MSc. 4.1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 137
4.2 DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS LINEARES ........................................................................... 139
4.3 ARMADURA MÍNIMA ................................................................................................................... 148
4.4 DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS ...................................................................................................... 149
5 DETALHAMENTO LONGITUDINAL DE VIGAS ................................................................. 150
5.1 ADERÊNCIA ................................................................................................................................. 150
5.2 EMENDAS .................................................................................................................................... 157
5.3 DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE O PROJETO DE VIGAS....................................................................... 163
5.4 EXEMPLO DE PROJETO DE VIGA ................................................................................................... 169
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................. 188
ANEXO 5: COMPRIMENTO DE ANCORAGEM BÁSICO (llB) ..................................................... 194 1 Introdução ao Concreto Armado
ANEXO 6: ANCORAGEM DA ARMADURA LONGITUDINAL ................................................... 195
Então, o princípio básico das peças de concreto armado é combinar o concreto e o aço
de maneira tal que, em uma mesma peça, os esforços de tração sejam absorvidos pelo
aço e os esforços de compressão pelo concreto.
1.1.3 Histórico
A utilização do concreto armado como elemento estrutural é razoavelmente recente,
iniciando-se no final do século XIX. Por outro lado, o emprego do cimento1 como
barras de aço fissuras na região aglomerante para a produção de argamassas e concretos simples é bastante antigo.
tracionada do concreto
b) peça de concreto armado O primeiro registro da utilização do concreto parece ter sido na Grécia, por volta de
1000 a.C, na construção de um tanque para estocagem de água. Entretanto, pode-se
afirmar que as primeiras evidências claras de sua utilização ocorreram durante a
Civilização Romana (753 a.C a 476 d.C).
Entre 1873 e 1876 foi construída a primeira casa inteiramente feita em concreto armado.
A obra, de propriedade de William Ward e localizada em Nova Iorque, tinha pisos
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 7 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 8
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Na mesma época, mais precisamente em 1903, foi construído o primeiro arranha-céu em
concreto armado, o Ingalls Building, em Cincinnati, Estados Unidos. O edifício tinha 16 a) Argamassa armada: obtida por meio da associação da argamassa simples
andares e utilizava o sistema de lajes planas (cimento e areia) com a armadura de pequeno diâmetro e pouco espaçada,
distribuída uniformemente em toda a superfície e composta, principalmente, de
Neste período ocorreu uma enorme expansão do uso do concreto armado e proliferaram- fios e telas de aço.
se acidentes e falhas, cujas causas mais freqüentes eram divididas entre projeto
inadequado, emprego de materiais de baixa qualidade e falhas de execução. Tendo em b) Concreto armado: obtido por meio da associação do concreto simples com a
vista esta situação, as organizações profissionais e agências governamentais armadura convenientemente colocada (armadura passiva), de tal modo que
movimentaram-se para normalizar os procedimentos de cálculo e execução em concreto ambos resistam solidariamente aos esforços.
armado.
c) Concreto protendido: obtido pela associação entre o concreto simples e a
O primeiro país a iniciar a normalização foi a Alemanha, em 1904. Posteriormente foi a armadura ativa (é aplicada uma força na armadura antes da atuação do
vez da França, em 1906. Nos Estados Unidos, as primeiras normas foram publicadas em carregamento na estrutura).
1917, no final da Primeira Guerra Mundial (1914-1917).
Com relação ao cimento Portland, este resulta da moagem do clínquer, obtido pelo
No Brasil, a norma para execução e projeto de estruturas em concreto armado foi criada cozimento (até fusão incipiente) da mistura de calcário e argila. Existem diferentes tipos
em 1940 (durante a Segunda Guerra Mundial, 1939-1945). Esta foi a primeira que são classificados de acordo com a proporção de clínquer, silicatos, material
publicação da ABNT, sendo por isso denominada NB1. Posteriormente esta norma carbonático e de adições, tais como escórias, pozolanas e calcário. Podem diferir
sofreu revisão em 1960, 1978, 2003 e 2014. também em função de propriedades intrínsecas, como alta resistência inicial, a cor
branca, etc.
1.1.4 Normas técnicas
Os diferentes tipos de cimento e suas aplicações são:
Os projetos envolvem uma série de critérios. Para a uniformização do nível de qualidade
da obra, é altamente desejável que eles sejam padronizados. Estes critérios a) Cimento Portland Comum (CP I): É adequado para o uso em construções de concreto
normalizados constituem as diversas normas de projeto. em geral quando não há exposição a sulfatos do solo ou de águas subterrâneas. Também
é oferecido ao mercado o Cimento Portland Comum com Adições (CP I-S), com 5% em
Para o projeto de estruturas de concreto, interessam diretamente as seguintes normas massa de material pozolânico, ou de escória granulada de alto-forno, ou de fíler
brasileiras: calcário.
- NBR-6118 (NB1, 2014): Projeto de Estruturas de Concreto; b) Cimento Portland Composto (CP II): Assim como o CP I, é usado em casos gerais
- NBR-14931 (2003) Execução de Estruturas de Concreto; quando não é necessária elevada resistência inicial. Dependendo do tipo de adição, o CP
- NBR-6120 (NB5, 1980): Cargas para Cálculo de Estruturas de Edificações; II pode ser classificado em:
- NBR-8681 (NB862, 1984): Ações e Segurança nas Estruturas;
- NBR-6122 (1996): Projeto e Execução de Fundações; - CP II-E - Cimento Portland Composto com Escória
- NBR-6123 (1988): Forças Devido ao Vento em Edificações; - CP II-Z - Cimento Portland Composto com Pozolana
- NBR-15200 (2004): Projeto de Estruturas de Concreto em Situação de Incêndio; - CP II-F - Cimento Portland Composto com Fíler
- NBR 12655 (1996): Concreto – Preparo, Controle e Recebimento;
- NBR 7212 (1984): Execução de Concreto Dosado em Central. Devido às adições, o CP II-E e o CP II-Z podem ser considerados composições
intermediárias entre CP III e CP IV. Assim, apresentam um menor desprendimento de
1.2 Concreto calor que o CPI.
O concreto convencional é um material de construção constituído de agregados e c) Cimento Portland de Alto Forno (CP III – com escória): O cimento CP III apresenta
cimento como aglomerante. É obtido pela mistura proporcionada de agregado miúdo maior impermeabilidade e durabilidade, além de baixo calor de hidratação e alta
(areia) e graúdo (pedra britada) com cimento e água, podendo conter aditivos ou resistência à expansão devido à reação álcali-agregado (RAA), além de ser resistente a
adições, conforme a necessidade de se melhorar suas características. O concreto fresco é sulfatos. É indicado para obras em concreto-massa (que exige baixo calor de hidratação)
moldado em formas e adensado com vibradores. O endurecimento começa após poucas e quando se deseja elevada resistência final.
horas e, de acordo com o tipo de cimento, atinge cerca de 80 a 90% de sua resistência
aos 28 dias. d) Cimento Portland Pozolânico (CP IV): É indicado para obras expostas à ação de água
corrente e ambientes agressivos e em casos de grande volume de concreto, devido ao
Dependendo do tipo de associação entre a argamassa, o concreto e o aço, pode-se ter: baixo calor de hidratação (assim como o CP III). O concreto feito com este produto se
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torna mais impermeável, mais durável, apresentando resistências mecânicas à TABELA 1.1 – Diâmetros nominais do agregado.
compressão superiores às de concreto feitos com CP I em idades avançadas.
Diâmetro nominal Diâmetro máximo (dmax)
Brita
e) Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI): É adequado para (mm) (mm)
aplicações que necessitem de resistência inicial elevada e desforma rápida. O 0 4,8 a 9,5 9,5
desenvolvimento desta propriedade é conseguido pela utilização de uma dosagem 1 9,5 a 19 19
diferente de calcário e argila na produção do clínquer, e pela moagem mais fina do 2 19 a 25 25
cimento. 3 25 a 50 50
4 50 a 76 76
f) Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS): O cimento com designação RS oferece 5 76 a 100 100
resistência aos meios agressivos sulfatados, como redes de esgotos de águas servidas ou
industriais, água do mar e em alguns tipos de solos. Cinco cimentos podem ser As propriedades do concreto que interessam ao estudo do concreto armado são a
resistentes aos sulfatos (CP I, CP II, CP III, CP IV e CP V-ARI), desde que se resistência à ruptura e a deformabilidade, quer sob a ação de variações das condições
enquadrem em pelo menos uma das seguintes condições: ambientes, quer sob a ação de cargas externas.
- teor máximo de tricálcico (C3A) do clínquer e teores de adições carbonáticas de 1.2.1 Características mecânicas
no máximo 8% e 5% em massa, respectivamente;
- cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70% de escória 1.2.1.1 Resistência à compressão (fc)
granulada de alto-forno, em massa;
- cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material A resistência à compressão simples é a característica mais importante do concreto. Esta
pozolânico, em massa; característica é medida através de ensaios de corpos de prova, os quais dependem
- cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa duração ou basicamente do tamanho e forma dos corpos de prova e da duração do carregamento.
de obras que comprovem resistência aos sulfatos.
Com relação à forma, a solução consiste na adoção de dimensões normalizadas que, da
g) Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC): Este tipo de cimento tem a melhor maneira possível, reproduzam as condições de funcionamento real da estrutura.
propriedade de retardar o desprendimento de calor em peças de grande massa de A norma brasileira, assim como a maioria das normas internacionais, especifica a
concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica. Os cimentos de baixo adoção de peças cilíndricas com 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura (ou 10cm×20cm)
calor de hidratação são designados pela sigla e classe, acrescida de BC. Por exemplo: a serem ensaiadas 28 dias após sua preparação.
CP III-32 (BC).
Com relação à duração do carregamento, este será sempre de curta duração em ensaios
h) Cimento Portland Branco (CPB): O Cimento Portland Branco se diferencia por sua com corpos de prova, devendo-se fazer correções para o projeto estrutural, já que a
coloração e pode ser classificado em estrutural ou não estrutural. maioria das cargas reais tem caráter permanente.
Com relação aos agregados, considera-se: A resistência do concreto não é uma grandeza determinística. Ela está sujeita a
dispersões cujas causas principais são variações aleatórias da composição, das
- Agregado miúdo: os grãos passam pela peneira com abertura 4,8mm (mais de 85%) condições de fabricação e da cura. Além destes fatores aleatórios, existem também
e ficam retidos na peneira com abertura de 0,075mm; influências sistemáticas como: influência atmosférica (verão/inverno), mudança da
- Agregado graúdo: os grãos passam pela peneira com abertura 15,2mm e ficam origem de fornecimento das matérias primas, equipes de trabalho, etc.
retidos na peneira com abertura de 4,8mm (mais de 85%).
Os resultados dos ensaios à compressão obedecem, muito aproximadamente, a uma
A pedra britada é classificada de acordo com a dimensão máxima característica (dmax), curva normal de distribuição de frequências (curva de Gauss), conforme indica a Fig.
que representa a abertura da peneira a qual corresponde uma percentagem retida 2.1.
acumulada igual ou imediatamente inferior a 5%, em massa (conforme Tab. 1.1).
∑ (f − f cm )
2
Esta expressão pode ser usada quando o número de corpos de prova for maior ou igual a
ci
(2.2)
s= i =1
. 30 (n≥30).
n −1
O problema prático que existe é, dado o diagrama de freqüências, determinar um valor freqüência
que seja representativo da resistência do concreto. A média aritmética (Eq. 2.1)
apresenta o inconveniente de não levar em conta a dispersão da série de valores.
Analisando dois concretos com mesma resistência média e diferente dispersão, não há
dúvidas de que o mais seguro é aquele de menor dispersão, pois possui menos pontos 5% 95%
com resistência menor que a média (ver concretos 1 e 2 na Fig. 2.2). Desta forma, caso fci
fosse adotada a resistência média como parâmetro de resistência, deveriam ser
utilizados coeficientes de segurança variáveis segundo a qualidade de execução do fck fcm
concreto.
FIGURA 2.3 – Resistência característica do concreto.
β1 = fckj / fck
0.6
A partir da resistência característica, a NBR 6118:2014 define as classes de concreto, CP I e CP II
0.4
identificadas pela letra “C” e o número que representa a resistência característica à CP III e CP IV
compressão aos 28 dias (exemplo: C25 – concreto com fck = 25 MPa). 0.2
CPV (ARI)
0.0
A NBR 8953:1992 indica que os concretos são classificados em grupos de resistência,
0 5 10 15 20 25 30
grupo I e grupo II, conforme mostrado na Tabela 2.1.
tempo (dias)
TABELA 2.1 – Grupos de resistências conforme a NBR 8953:1992 FIGURA 2.4 – Variação da resistência à compressão com a idade
Grupos de
Classes de concreto
resistências 1.2.1.4 Carregamento de longa duração
Grupo I C10 C15 C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50
Grupo II C55 C60 C70 C80 C90 Entende-se como carregamento de longa duração as cargas que atuam de forma
permanente na estrutura, como o peso próprio, revestimentos, paredes, etc. Está
comprovado que a resistência à compressão do concreto para estas cargas é inferior
1.2.1.3 Variação da resistência à compressão no tempo àquela referente a carregamentos de curta duração.
A resistência à compressão do concreto sofre uma variação no tempo, em virtude das Desta forma, o diagrama σc×εc do concreto depende da velocidade de carregamento e,
reações químicas decorrentes da hidratação do cimento. Esta variação depende, obviamente, da idade do concreto. A Fig. 2.5 apresenta os resultados correspondentes à
principalmente, do tipo de cimento e das condições de cura (ARAÚJO, 2003). idade do concreto de 28 dias, no instante de aplicação da carga. No eixo das abcissas
têm-se as deformações de encurtamento e no eixo das ordenadas, as tensões de
No caso específico da resistência característica à compressão, quando se deseja compressão em valor relativo (divididas pela resistência fc obtida em ensaio rápido). As
conhecer a resistência em uma data j, inferior a 28 dias, a norma NBR 6118:2014 duas curvas representam diferentes durações de carregamento até a ruptura. Para
permite adotar a expressão: durações maiores, a tensão última cai assintoticamente para a resistência a longo prazo,
da ordem de 80% da de curto prazo. Este fenômeno é conhecido como efeito Rüsch.
fckj ≅ β1 fck, (2.4)
Por ser um material com comportamento viscoso, o concreto está sujeito à fluência, que
sendo o coeficiente β1 dado por: é o aumento de deformação ao longo do tempo sob carga constante (conforme será visto
no item 2.2.3). Assim, se o nível de tensão atingido for superior à resistência a longo
β1 = exp { s [ 1 - (28/t)1/2 ] }, (2.5) prazo (fc), como no ponto C da Fig. 2.5, poderá ocorrer a ruptura sobre a linha
correspondente ao limite de resistência (ponto D) após certo tempo. Caso contrário, se o
onde: nível de tensão for inferior à resistência a longo prazo, como no ponto A, não haverá
ruptura apesar do aumento (limitado) da deformação devido à fluência.
s = 0,38 para concreto de cimento CPIII e IV;
s = 0,25 para concreto de cimento CPI e II;
s = 0,20 para concreto de cimento CPV-ARI;
t é a idade efetiva do concreto, em dias (menor que 28 dias).
Considerando que em uma estrutura real nem todas as cargas são aplicadas aos 28 dias, fcr
nem são todas de longa duração, e que existe ainda um pequeno ganho de resistência do A ϕt
fca
concreto com o tempo, as normas de projeto limitam a máxima tensão de compressão
no concreto em 85% de sua resistência obtida em ensaios de curta duração.
Assim, toma-se kmod = 0,72×1,22×0,96 = 0,85, também conhecido como coeficiente FIGURA 2.6 – Diagrama tensão-deformação do concreto.
Rüsch.
É importantíssimo, portanto, que se tenha em mente que toda a base de cálculo para Devido aos coeficientes de segurança impostos às cargas e à resistência do concreto, o
estruturas de concreto armado e protendido estabelece um crescimento, após os 28 dias, concreto estará sujeito a uma tensão de serviço (fcs) inferior a 40% daquela que
de 23% para o concreto. Podem-se ter duas situações temerárias em relação a esta caracteriza sua ruptura à compressão (fcr) em ensaio de curta duração. Nesta faixa de
realidade (GRAZIANO, 2005): trabalho a inclinação da curva muda pouco, então é interessante definir o módulo de
elasticidade tangente inicial (Eci):
resistência do concreto tomada como referência em idade posterior aos 28 dias;
concreto elaborado com traço de baixo crescimento de resistência após os 28 df c
E ci = tg ϕ o = ε =0 . (2.7)
dias. dε
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 17 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 18
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serviço). O módulo de elasticidade inicial (Eci) será usado apenas para a avaliação da
A partir de vários ensaios realizados, concluiu-se que o módulo de elasticidade na estabilidade global da estrutura (coeficientes de instabilidade).
origem (ou inicial) pode ser determinado em função da resistência característica à
compressão (fck), pela expressão: Segundo a NBR 6118:2014, na avaliação do comportamento de um elemento estrutural
ou seção transversal, pode ser adotado módulo de elasticidade único, à tração e à
E ci = α E . 5600 f ck ( MPa) , para fck de 20 a 50 MPa; (2.8) compressão, igual ao módulo de deformação secante Ecs. Já para os cálculos de perdas
1/ 3
de compressão, pode ser utilizado em projeto o módulo de elasticidade inicial Eci.
f
E ci = 21,5 ⋅ 103 ⋅ α E ⋅ ck + 1,25 (MPa) , para fck de 55 a 90 MPa;
10 (2.9) É muito difícil estabelecer um único modelo para o módulo de elasticidade, pois este
depende de vários fatores (IBRACON, 2004):
Sendo:
α E = 1,2 para basalto e diabásio diferentes resistências à compressão do concreto;
diferentes consistências do concreto fresco;
α E = 1,0 para granito e gnaisse
diferentes volumes de pasta por metro cúbico de concreto;
α E = 0,9 para calcário diferentes estados de umidade dos corpos de prova no momento do ensaio;
α E = 0,7 para arenito diferentes velocidades de aplicação da carga ou da deformação;
diferentes diâmetros nominais do agregado graúdo;
O módulo de elasticidade inicial (Eci) deve ser empregado para a avaliação do diferentes dimensões dos corpos de prova;
comportamento global da estrutura por três razões principais (IBRACON, 2004): diferentes temperaturas de ensaio;
diferentes naturezas do agregado graúdo;
para a estrutura toda é adequado avaliar a rigidez a partir de fcm; diferentes idades.
existem significativas regiões da estrutura onde as tensões são baixas, abaixo de
30% de fck; A tabela 2.2 apresenta valores estimados arredondados que podem ser usados no projeto
nessas análises, uma parte das ações é usualmente dinâmica de curta duração estrutural.
(por exemplo o vento), para as quais o concreto tem uma resposta mais rígida.
TABELA 2.2 – Valores estimados de módulo de elasticidade em função da resistência
Para a determinação dos esforços solicitantes e verificação de estados limites, característica à compressão do concreto (considerando o uso de granito como agregado
especialmente a avaliação das flechas, emprega-se o módulo de elasticidade secante graúdo)
(Ecs), definido por: Classe de
C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 C60 C70 C80 C90
resistência
fc Eci
25 28 31 33 35 38 40 42 43 45 47
E cs = tg ϕ s = ε = ε cm . (2.10) (GPa)
ε Ecs
21 24 27 29 32 34 37 40 42 45 47
(GPa)
Desta forma, trabalha-se com um valor mais conservador para a deformabilidade do αi 0,85 0,86 0,88 0,89 0,90 0,91 0,93 0,95 0,98 1,00 1,00
concreto em serviço.
O módulo de elasticidade em uma idade inferior à 28 dias, pode ser avaliado pelas
De forma simplificada, pode-se calcular o módulo de elasticidade secante em função do expressões dadas, substituindo fck por fcj:
módulo na origem pela expressão:
f (t )
0,5
Para o concreto, observa-se uma variação para o coeficiente de Poisson entre 0,15 e - Para concretos de classes até C50:
0,25, não se podendo fazer qualquer relação consistente entre ele e a resistência à εc2 = 2,0‰
compressão, a granulometria do agregado, o fator a/c e o tempo de cura (Sánchez, εcu = 3,5‰
1999).
- Para concretos de classes C55 até C90:
O módulo de elasticidade transversal pode ser obtido através da relação entre o módulo εc2 = 2,0‰ + 0,085‰ · (fck – 50)0,53;
de elasticidade e o coeficiente de Poisson: εcu = 2,6‰ + 35‰ · [(90 - fck)/100]4.
E cs
Gc = . (2.15)
2 (1 + ν) Na Fig. 2.7, a tensão fcd representa a resistência de cálculo à compressão do concreto.
Conforme será visto no item 4, a resistência de cálculo é obtida dividindo-se a
De forma simplificada, a norma NBR 6118:2014 permite usar: resistência característica pelo coeficiente de minoração de resistência (coeficiente de
segurança).
G c = 0,4 E cs , (2.16)
1.2.1.8 Resistência à tração
o que significa assumir ν = 0,25. Como o concreto é um material que resiste mal à tração, essa resistência é desprezada
para o dimensionamento à flexão na ruptura. Entretanto, a resistência à tração está
1.2.1.7 Diagrama tensão-deformação simplificado indiretamente relacionada com os mecanismos complementares de resistência do
concreto ao esforço cortante e diretamente relacionada ao comportamento das peças em
Visando estabelecer um critério comum ao dimensionamento, busca-se um diagrama serviço (estados limites de deformação excessiva e de abertura de fissuras), pois neste
ideal, matematicamente definido, que seja válido para diferentes resistências à caso é importante considerar a contribuição do concreto tracionado entre fissuras.
compressão. Desta forma, para análise em estado limite último (análise na situação de
ruptura) utiliza-se o diagrama parábola-retângulo, ilustrado na Fig. 2.7. Existem três tipos de ensaio para obter a resistência à tração: por flexo-compressão,
compressão diametral e tração direta (ver Fig. 2.8).
Segundo este diagrama, o concreto atinge a tensão máxima com deformação específica
dependendo da classe do concreto e sua ruptura ocorre com determinada deformação
específica, também dependendo da classe do mesmo.
σc
0,85 fcd
εcu εc A resistência à tração direta fct (tração pura) pode ser considerada igual a 0,9 fct,sp
εc2
σc = 0,85 fcd [ 1 – (1- εc/εc2)n] (resistência obtida no ensaio diametral) ou 0,7 fct,f (resistência obtida no ensaio de flexo-
Para fck ≤ 50 MPa: n = 2 tração).
Para fck > 50 MPa:
n = 1,4 + 23,4 [(90 − fck /100]4
FIGURA 2.7 – Diagrama tensão-deformação simplificado.
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 21 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 22
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No entanto, como todo projeto é desenvolvido a partir da resistência característica à • condições ambientais (maior umidade relativa do ar → menor retração plástica e
compressão (fck), a NBR 6118:2014 estabelece as seguintes expressões para a hidráulica);
resistência à tração direta média (fct,m): • espessura da peça (maior espessura → menor retração hidráulica);
• fator água/cimento (maior a/c → maior retração plástica e hidráulica);
2/3
f ct,m = 0,3 f ck , em MPa, para concretos de classes até C50; (2.17) • consumo de cimento (maior consumo → maior retração autógena).
f ct,m = 2,12 ln (1 + 0,11 f ck ) , em MPa, para concretos de classes C55 até C90. (2.18)
A deformação de retração plástica e hidráulica (εcs) pode ser substancialmente reduzida
caso se faça uma eficiente cura (manutenção da umidade do concreto fresco evitando a
sendo que não se deve adotar valores inferiores a 0,7 fct,m e nem superiores a 1,3 fct,m: expulsão prematura da água quimicamente inerte). Quando esta diminuição não for
suficiente, será necessário reduzir a distância máxima (L) em relação ao centro de
f ctk,sup = 1,3 f ct,m , (2.19) dilatação (ver Fig. 2.11 e Eq. 2.21), utilizando-se juntas definitivas na estrutura (ou
f ctk,inf = 0,7 f ct,m . (2.20) juntas de concretagem).
Os sub-índices “inf” e “sup” significam, respectivamente, valor inferior e valor superior. ∆L A = ε cs L AC . (2.21)
Na maioria das vezes emprega-se o valor fctk,inf, que representa a resistência
característica inferior à tração. A resistência característica superior (fctk,sup) será usada
apenas na determinação da armadura mínima, pois nesta situação se deseja saber a LAC
separação definitiva
máxima resistência à tração do concreto, de forma a evitar a ruptura brusca. ∆LA
C
¢
1.2.2 Características Reológicas
A retração do concreto (shrinkage) é uma deformação volumétrica independente do Os valores finais da deformação específica de retração εcs(t∞,t0) do concreto, submetido
carregamento. Existem 4 tipos de retração: a tensões menores que 0,5fc quando do primeiro carregamento, podem ser obtidos, por
interpolação linear, a partir da Tab. 2.3. A variável t∞ significa que deseja-se conhecer a
- retração plástica: variação do volume do concreto no estado fresco, devido à perda deformação no tempo infinito, enquanto t0 representa o número de dias de cura do
de água; concreto.
- retração autógena: diminuição de volume durante o processo de hidratação do
TABELA 2.3 - Valores característicos superiores da deformação por retração εcs(t∞,t0).
cimento (o volume dos compostos hidratados é menor que a soma dos compostos
anidros mais água);
Umidade
40 55 75 90
- retração hidráulica irreversível: variação do volume do concreto endurecido pela Ambiente (%)
saída da água (que não está quimicamente associada) através dos poros capilares; Espessura
Equivalente (cm) 20 60 20 60 20 60 20 60
- retração hidráulica reversível: variação de volume devido à entrada e saída de água 2Ac/u
pelos poros capilares, devido à mudança de umidade. 5 -0,53 -0,47 -0,48 -0,43 -0,36 -0,32 -0,18 -0,15
εcs(t∞,t0) t0
30 -0,44 -0,45 -0,41 -0,41 -0,33 -0,31 -0,17 -0,15
O fenômeno de retração cria condições de deformações diferenciais entre a periferia e o ‰ dias
60 -0,39 -0,43 -0,36 -0,40 -0,30 -0,31 -0,17 -0,15
miolo e gera tensões capazes de provocar fissuração no concreto (caso não se utilize
armadura para prevenir esta ocorrência). Essa tabela (Tab. 2.3) fornece o valor da deformação específica de retração εcs(t∞,to) em
função da umidade ambiente e da espessura equivalente 2Ac/u, onde Ac é a área da
Os fatores que influem na retração do concreto são: seção transversal e u é o perímetro da seção em contato com a atmosfera.
Do ponto de vista externo, as condições climáticas como calor e frio causam variação ∆L ci σ c
no comprimento das peças, o que pode gerar fissuras nos revestimentos, especialmente ε ci = = . (2.23)
L E ci
na interface entre o concreto e a alvenaria.
σc
Supõe-se que as variações da temperatura externa sejam uniformes ao longo da σc
estrutura, salvo quando existem grandes gradientes térmicos entre partes diferentes da
estrutura. Então, pode-se recorrer à fórmula da física: ∆Lcc ∆Lct
∆Lci σc
L
εct = α ∆T, (2.22)
De maneira genérica podem ser adotados os seguintes valores para a variação de FIGURA 2.12 – Deformação lenta (fluência). Adaptado de Süssekind, 1984.
temperatura:
Devido a esta deformação imediata ∆Lci, ocorre uma redução de volume da peça,
provocando o deslocamento de água quimicamente inerte para regiões onde sua
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evaporação já tenha se processado. Isto desencadeia um processo ao longo do tempo
que é análogo à retração hidráulica irreversível (fluência por secagem). Além disso, com
o tempo ocorre uma acomodação interna das partículas do concreto (fluência básica). Então, pode-se concluir que a fluência depende dos seguintes fatores:
Assim, a deformação inicial ∆Lci continua crescendo até um máximo ∆Lct no tempo
infinito (mantido constante o carregamento). • condições ambientais (maior umidade relativa do ar → menor fluência);
• espessura da peça (maior espessura → menor fluência);
Da Fig. 2.13 tem-se: • fator água/cimento (maior a/c → maior fluência);
ε ct = ε ci + ε cc , (2.24) • idade do concreto quando do carregamento (idade menor → maior fluência).
sendo ε cc a deformação lenta e ε ct a deformação específica total. Na norma NBR 6118:2014 existem dois coeficientes que consideram o efeito da
fluência: ϕ e αf. O coeficiente ϕ é utilizado para determinar as deformações de fluência
Assim como a retração, a deformação lenta é mais rápida no início (ver Fig. 2.9), tendo em função das deformações imediatas:
tendência assintótica com o tempo, atingindo a deformação final após um período de 2 a
3 anos. εcc (t) = ϕ(t) εci. (2.25)
Conforme indica a Fig. 2.14, uma grande parcela da deformação lenta é irreversível e O coeficiente αf é empregado para o cálculo da parcela dos deslocamentos (flechas em
seu efeito será maior quanto mais novo for o concreto (quando mais cedo se aplicar o vigas e lajes) em função dos deslocamentos instantâneos (imediatos). Assim, a flecha
carregamento). total em uma viga, no tempo infinito, é dada por:
εct
δ(t→ ∞) = (1 + αf) . δ(t=0) (2.26)
A Fig. 2.15 mostra a relação entre os dois coeficientes. Nas vigas de concreto armado
εcc ∞ existe um acréscimo de deslocamentos devido ao encurtamento que ocorre na região
εcc (t) = ϕ(t) εci εct ∞ comprimida devido à fluência (ver Fig. 2.15).
εci
εci εct ∞ = (1+ϕ) εci
± 2 anos tempo
εct δ(t=0)
tempo
28 dias 1 ano 2 anos
(descarga) (recarregamento)
Os aços para concreto armado podem ser classificados em: aços de dureza natural
(laminado à quente) e os encruados a frio.
Os laminados à quente não sofrem qualquer tipo de tratamento após a laminação. Neste
processo, o metal é levado a rubro (cerca de 1200ºC) e forçado a passar entre cilindros
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As barras e fios utilizados como armaduras de peças de concreto armado são fornecidos
σs com comprimento de 12m, sendo comercialmente utilizados os seguintes diâmetros (em
ruptura milímetro):
fu
Fios (CA-60) → 3,4 4,2* 5,0* 6,0 7,0 8,0 9,5;
fy Barras (CA-25/CA-50) → 6,3* 8,0* 10,0* 12,5* 16,0* 20,0* 25,0* 32,0 40,0.
tensão
convencional
(*) fios e barras mais utilizados comercialmente, os quais serão empregados nos
exemplos (ver Tab. 3.1).
1.3.1.4 Denominação
1.3.1.6 Características de aderência
Na designação das barras e fios é usado o prefixo CA, indicativo de seu emprego no
As primeiras barras de aço empregadas nas peças de concreto armado foram barras
concreto armado, seguido do valor característico da tensão de escoamento fy (em
redondas e lisas (CA-25). Estas funcionavam muito bem, porém exigiam grande
kN/cm2). Assim:
quantidade de barras. Desenvolveram-se então os aços de alta resistência (CA-50 e CA-
60), os quais exigiram a presença de nervuras ou mossas para aumentar a aderência e
• CA-25 → fyk = 25 kN/cm2 = 250 MPa (barras de baixa resistência, pouco usadas limitar a fissuração do concreto.
atualmente);
• CA-50 → fyk = 50 kN/cm2 = 500 MPa (barras empregadas, principalmente, para Esta rugosidade obtida através de nervuras ou entalhes é medida pelo coeficiente η1,
armadura longitudinal de lajes, vigas e pilares);
cujo valor está relacionado ao coeficiente de conformação superficial ηb, como
• CA-60 → fyk = 60 kN/cm2 = 600 MPa (fios empregados, principalmente, para estabelecido na Tab. 3.2.
estribos em vigas e pilares e armadura longitudinal de lajes).
Com relação ao coeficiente de conformação superficial, existem três classes:
1.3.1.5 Bitolas comerciais
- barras lisas com ηb = 1,0 (CA-25);
Nas peças de concreto armado, é proibido o emprego simultâneo de diferentes
- barras entalhadas com ηb = 1,2 (CA-60);
categorias, para evitar confusão no canteiro de obras. Entretanto, esse emprego é
permitido desde que uma das categorias seja empregada na armadura longitudinal - barras de alta aderência (nervuradas) com ηb = 1,5 (CA-50).
(geralmente CA-50) e a outra na armadura transversal de vigas e pilares (geralmente
CA-60).
Pode-se assumir para a massa específica do aço de concreto armado o valor de 78,5 1.4 Segurança
kN/m3 (7.850 kg/m3).
Existe a necessidade de utilizar coeficientes de segurança devido a fatores como:
1.3.2.2 Módulo de elasticidade (Es) incerteza dos valores das resistências dos materiais; erros na geometria das peças;
incerteza das cargas; simplificações dos métodos de cálculos, entre outros.
Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o módulo de elasticidade do
aço pode ser admitido igual a 210 GPa (210000 MPa). O dimensionamento em concreto armado é realizado através do método dos estados
limites últimos, que é um método probabilístico com coeficientes parciais de segurança.
1.3.2.3 Diagrama tensão-deformação Neste método, a segurança à ruptura é atingida determinando-se as solicitações
correspondentes às cargas de cálculo (majoradas por coeficientes parciais de segurança)
Para o dimensionamento utiliza-se o diagrama bilinear mostrado na Fig. 3.3. Como e comparando seus valores com as solicitações resistentes últimas (obtidas com as
simplificação, a norma NBR 6118:2003 permite que seja utilizado este diagrama tanto resistências minoradas pelos coeficientes parciais de segurança).
para os aços laminados à quente como para os aços encruados a frio.
Ou seja, majoram-se os valores das ações para obter os esforços de cálculo e minoram-
se as resistências para determinar os esforços resistentes.
σs
Assim, as condições de segurança estabelecem que as resistências não devem ser
fyd
menores que as solicitações, ou seja2:
encurtamento
de ruptura concreto
ϕ Rd ≥ Sd , (4.1)
3,5‰
εs onde Rd representa os valores de cálculo dos esforços resistentes (minorados) e Sd os
ϕ εyd 10‰
alongamento valores de cálculo dos esforços solicitantes (majorados). Para os esforços resistentes,
de ruptura utilizam-se as resistências fd minoradas, e para os esforços solicitantes, empregam-se as
fyd ações Fd majoradas (no caso de verificação à ruptura).
a) estado limite último da perda do equilíbrio da estrutura, admitida como corpo A resistência característica inferior é admitida como sendo o valor que tem apenas 5%
rígido; de probabilidade de não ser atingido pelos elementos de um dado lote de material.
b) estado limite último de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu 1.4.2.2 Valores de cálculo
todo ou em parte, devido às solicitações normais e tangenciais;
A resistência de cálculo fd é dada pela expressão:
c) estado limite último de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no seu
todo ou em parte, considerando os efeitos de segunda ordem; fk
fd = , (4.2)
γm
d) estado limite último provocado por solicitações dinâmicas;
e) outros estados limites últimos que eventualmente possam ocorrer em casos onde fk é a resistência característica inferior e γm é o coeficiente de ponderação das
especiais. resistências.
Os estados limites de serviço (ELS) são aqueles relacionados à durabilidade das 1.4.2.3 Coeficientes de ponderação das resistências
estruturas, aparência, conforto ao usuário e a boa utilização funcional da mesma, seja
em relação aos usuários, seja às máquinas e aos equipamentos utilizados. Os estados As resistências devem ser minoradas pelo coeficiente γm. Para o estado limite último, os
limites de serviço que devem ser verificados nas estruturas de concreto armado são: valores dos coeficientes estão indicados na Tab.4.1.
a) estado limite de abertura de fissuras (ELS-W); TABELA 4.1 - Valores dos coeficientes γc e γs.
Primeiramente será estudado o ELU para o dimensionamento à flexão, ao esforço Denomina-se ação qualquer influência, ou conjunto de influências, capaz de produzir
cortante e à torção. Posteriormente será estudado detalhadamente o ELS para o caso de estados de tensão em uma estrutura.
deformação e vibrações excessivas e abertura de fissuras.
As ações classificam-se em:
1.4.2 Resistências
- Ações permanentes;
1.4.2.1 Valores característicos - Ações variáveis;
- Ações excepcionais.
Os valores característicos fk das resistências são os que, num lote de material, têm uma
determinada probabilidade de serem ultrapassados, no sentido desfavorável para a 1.4.3.1 Ações permanentes
segurança (item 12.2 NBR 6118:2014).
Ações permanentes são as que ocorrem com valores praticamente constantes durante
toda a vida da construção. Também são consideradas como permanentes as ações que
crescem no tempo tendendo a um valor limite constante.
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1.4.4 Valores de cálculo das ações
a) Ações permanentes diretas
Os valores de cálculo Fd das ações são obtidos a partir dos valores representativos,
As ações permanentes diretas são constituídas pelo peso próprio da estrutura e pelos multiplicando-os pelos respectivos coeficientes de ponderação γf , dados por:
pesos dos elementos construtivos fixos e das instalações permanentes (peso próprio,
peso dos elementos construtivos fixos e de instalações permanentes, empuxos γf = γf1 γf2 γf3 , (4.3)
permanentes).
onde:
b) Ações permanentes indiretas γf1: considera a variabilidade das ações;
γf2: considera a simultaneidade de atuação das ações;
As ações permanentes indiretas são constituídas pelas deformações impostas por:
γf3: considera os desvios gerados nas construções, não explicitamente
retração e fluência do concreto, deslocamentos de apoio, imperfeições geométricas e
considerados, e as aproximações feitas em projeto do ponto de vista das solicitações.
protensão.
a) Coeficientes no estado limite último – ELU
1.4.3.2 Ações variáveis
Os valores base para verificação são os apresentados nas Tab. 4.2 e 4.3, para γf1.γf3 e γf2,
a) Ações variáveis diretas
respectivamente.
As ações variáveis diretas são constituídas pelas cargas acidentais previstas para o uso
da construção, pela ação do vento e da chuva, devendo-se respeitar as prescrições feitas TABELA 4.2 - Coeficiente γf = γf1.γf3
por normas brasileiras específicas. Ações
Combinações de Permanentes Variáveis Recalques de apoio e
As cargas acidentais previstas para o uso da construção referem-se a carregamentos ações (g) (q) retração
devido a pessoas, móveis, utensílios e veículos. Estas cargas são, na maioria dos casos, D1) F G T D F
supostas uniformemente distribuídas e seus valores mínimos estão fixados pela NBR-
6120 (Cargas para o cálculo de estruturas de edificações). Normais 1,4 1,0 1,4 1,2 1,2 0
Especiais ou de
1,3 1,0 1,2 1,0 1,2 0
A consideração da ação do vento é obrigatória e os esforços resultantes devem ser construção
determinados de acordo com o prescrito pela NBR 6123. Excepcionais 1,2 1,0 1,0 0 0 0
D = desfavorável, F = favorável, G = geral, T = temporária.
b) Ações variáveis indiretas 1)
Para as cargas permanentes de pequena variabilidade, como o peso próprio das
estruturas, especialmente as pré-moldadas, esse coeficiente pode ser reduzido para 1,3.
As ações variáveis indiretas são causadas por variações uniformes e não uniformes de
temperatura.
c) Ações dinâmicas
Quando a estrutura, pelas suas condições de uso, está sujeita a choques ou vibrações, os
respectivos efeitos devem ser considerados na determinação das solicitações e a
possibilidade de fadiga deve ser considerada no dimensionamento dos elementos
estruturais.
onde γf2 tem valor variável conforme a verificação que se deseja fazer (Tab. 4.3): Em cada combinação devem figurar: as ações permanentes e a ação variável
excepcional, quando existir, com seus valores representativos, e as demais ações
γf2 = 1 para combinações raras; variáveis com probabilidade não desprezível de ocorrência simultânea, com seus valores
γf2 = ψ1 para combinações freqüentes; reduzidos de combinação (ver Tab. 4.5).
γf2 = ψ2 para combinações quase permanentes.
Para facilitar o entendimento, essas combinações estão dispostas na Tab. 4.5.
1.4.5 Combinação de ações
Um carregamento é definido pela combinação das ações que têm probabilidades não
desprezíveis de atuarem simultaneamente sobre a estrutura, durante um período pré-
estabelecido.
A combinação das ações deve ser feita de forma que possam ser determinados os efeitos
mais desfavoráveis para a estrutura e a verificação da segurança em relação aos estados
limites últimos e aos estados limites de serviço deve ser realizada em função de
combinações últimas e combinações de serviço, respectivamente.
Combinações últimas
Cálculo das solicitações 6m 5m 6m
(ELU)
Normais Fd = γg Fgk + γεg Fεgk + γq (Fq1k + Σ ψoj Fqjk) + γεq ψoε Fqk 15,8 15,8
Especiais ou de
Fd = γg Fgk + γεg Fεgk + γq (Fq1k + Σ ψoj Fqjk) + γεq ψoε Fεqk Mgk (kN.m)
construção 0,2
Excepcionais Fd = γg Fgk + γεg Fεgk + Fq1exc + γq Σ ψoj Fqjk + γεq ψoε Fεqk
15,3 15,3
Fd é o valor de cálculo das ações para combinação última
Fgk representa as ações permanentes diretas q1k = 5 kN/m
Fεk representa as ações indiretas permanentes como a retração Fεgk e variáveis como
a temperatura Fεqk
Fqk representa as ações variáveis diretas das quais Fq1k é escolhida principal 12,9
γg, γεg, γq, γεq – ver Tab. 4.2
ψoj, ψoε - ver Tab. 4.3 Mq1k (kN.m)
2,9 1,3
Uma vez que parte do carregamento é variável, deve-se determinar as envoltórias de 5,8 5,8
esforços solicitantes para efeito de dimensionamento. Para isto, é necessário pesquisar
as posições das cargas acidentais que levam aos máximos e aos mínimos valores de Mq2k (kN.m)
esforços solicitantes.
No caso de vigas de edifícios, essas envoltórias podem ser obtidas admitindo-se cada 9,8
tramo totalmente carregado ou totalmente descarregado das cargas acidentais. q3k = 5 kN/m
O exemplo da Fig. 4.1 ilustra um caso em que se deve selecionar as cargas acidentais de
forma a obter os maiores momentos na viga contínua. Este procedimento é importante
12,9
quando se tem cargas acidentais de mesma grandeza das cargas permanentes.
Mq3k (kN.m)
Neste exemplo (Fig. 4.1), os máximos momentos seriam calculados na forma: 1,3 2,9
Deve ser salientado que, de modo geral, os coeficientes parciais de segurança (γf) devem c) Combinações raras
ser introduzidos para ponderar as ações características. Após a obtenção das ações de
cálculo é que são determinados os esforços solicitantes de cálculo, os quais são Ocorrem algumas vezes durante o período de vida da estrutura e sua consideração pode
empregados no dimensionamento da estrutura (ARAÚJO, 2003). ser necessária na verificação do estado limite de vibrações excessivas.
Entretanto, se os esforços solicitantes foram obtidos através de uma análise linear, os Para facilitar a visualização, essas combinações estão dispostas na Tab. 4.7.
coeficientes γf podem ser aplicados diretamente aos esforços solicitantes característicos.
Quando a análise for não-linear, seja pela não-linearidade física, decorrente do
comportamento mecânico dos materiais, seja pela não-linearidade geométrica,
decorrente das alterações de geometria da estrutura, os coeficientes γf devem ser
aplicados diretamente sobre as ações (ARAÚJO, 2003).
Considere a viga bi-apoiada com carga uniformemente distribuída ilustrada na Fig. 4.2. 5m 2m
Considerando que esta é uma viga contraventada, ou seja, não é considerado o efeito do
vento sobre a mesma, determine as combinações necessárias para o dimensionamento e Figura 4.3 – Viga do exemplo 2.
para as verificações em serviço.
Resolução:
Dados:
Tipo de edificação: edifício residencial; Para obter o máximo momento positivo, deve-se considerar a carga acidental apenas no
Carga variável ou acidental: q = 8 kN/m (parcela variável da reação da laje); vão da viga, já que as cargas no balanço aliviam o momento positivo. Assim, a
Carga permanente: g = 15 kN/m (peso-próprio + parede + parcela permanente da reação distribuição das cargas de cálculo deve ser a indicada na Fig 4.4.
da laje).
qd = 1,4×5 = 7 kN/m
q
g gd = 1,4×10 = 14 kN/m
L
Figura 4.4 – Distribuição de carga para o máximo momento positivo.
Figura 4.2 – Viga do exemplo 1. O que resulta em um momento máximo positivo de cálculo de M+d,max = 52,37 kN.m.
5m 2m
Le
Figura 4.5 – Distribuição de carga para o máximo momento negativo.
Figura 4.6 – Distribuição para avaliação rigorosa do máximo momento positivo. Outra alternativa, para situações nas quais os efeitos de 2a ordem são desprezíveis, ao
invés de testar as duas hipóteses, pode-se simplesmente fazer (IBRACON, 2003):
Desta forma o momento máximo positivo de cálculo fica sendo M+d,max = 56,01 kN.m. Md = 1,4 Mg + 1,4 (Mq + 0,8 Mw1) = 1,4×(-15) + 1,4×(-8 - 0,8×5) = -37,8 kN.m.
Dados: Então:
L = 5m; M+d,max = 87,5 kN.m (ou 91 kN.m).
g = 3 kN/m2 (peso próprio e revestimento);
q1 = 3 kN/m2 (carga acidental em garagem); O momento negativo de cálculo é calculado como:
q2 = 5 kN/m2 (empuxo d’água, supondo lençol 50cm acima do baldrame). Md = 1,0 Mg + 1,4 Mw1 = 1,0×25 - 1,4×40 = -31 kN.m.
Então:
M-d,max = -31 kN.m.
A NBR 6118:2014 apresenta muitas modificações em relação aos conceitos de Classe de Risco de
Classificação geral do tipo de
qualidade da estrutura. A qualidade do projeto deixa de ser uma visão apenas voltada agressividade Agressividade deterioração da
ambiente para efeito de projeto
para a segurança da estrutura e adquire uma preocupação clara com a durabilidade. ambiental estrutura
Rural
Os principais exemplos são o aumento do cobrimento das armaduras e a elevação do I Fraca Insignificante
consumo mínimo de cimento no concreto. Estes fatores, a curto prazo, geram o Submersa
encarecimento das estruturas, mas ao serem analisados a longo prazo, tendem a gerar II Moderada Urbana1) 2) Pequeno
uma redução do custo total da edificação (considerando custos de manutenção). 1)
Marinha
III Forte Grande
1.5.1 Exigências de durabilidade Industrial1) 2)
As estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que, sob as Industrial1) 3)
condições ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme IV Muito forte Elevado
Respingos de maré
preconizado em projeto, conservem suas segurança, estabilidade e aptidão em serviço 1)
Pode-se admitir um micro-clima com classe de agressividade um nível mais brando para
durante o período correspondente à sua vida útil.
ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de
apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com
Por vida útil de projeto, entende-se o período de tempo durante o qual se mantêm as argamassa e pintura).
características das estruturas de concreto sem exigir medidas extras de manutenção e 2)
Pode-se admitir uma classe de agressividade um nível mais branda em: obras em regiões de
reparo, isto é, é após esse período que começa a efetiva deterioração da estrutura, com o clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65 %, partes da estrutura protegidas
aparecimento de sinais visíveis como: produtos de corrosão da armadura, desagregação de chuvas em ambientes predominantemente secos ou regiões onde chove raramente.
3)
do concreto, fissuras, etc. Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em
industrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, industrias químicas.
1.5.2 Agressividade do ambiente
A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que Entretanto, para praticamente todas as CAA (exceto CAA IV – respingos de maré) a
atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das norma permite que se admita uma classe de agressividade um nível mais branda quando
variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e outras previstas no se tratar de ambientes internos secos revestidos com argamassa. No caso de ambientes
dimensionamento das estruturas de concreto. urbanos e industriais, uma redução em um nível na CAA também pode ser justificada se
a região apresentar clima seco.
Nos projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental pode ser classificada de
acordo com o apresentado na Tab. 5.1. 1.5.3 Qualidade do concreto
A definição desta classe de agressividade ambiental (CAA) é fundamental na concepção A durabilidade das estruturas é altamente dependente das características do concreto e
do projeto estrutural, pois influenciará nos valores mínimos de resistências da espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura.
características que devem ser respeitados, na relação a/c máxima permitida, no valor
mínimo do cobrimento de armadura e na máxima abertura de fissura permitida. Devido à existência de uma forte correspondência entre a relação água/cimento ou
água/aglomerante, a resistência à compressão do concreto e sua durabilidade, a NBR
Observa-se que a norma define as classes através do tipo de ambiente em que será 6118:2014 exige valeres máximos para a relação água/aglomerante, conforme indicado
construída a edificação (ver Tab. 5.1). Por exemplo, áreas urbanas são consideradas na Tab. 5.2.
CAA II, o que corresponde a uma agressividade moderada e pequeno risco de
deterioração. Cabe destacar que, em função da classe de agressividade, a norma fixa um valor mínimo
de fck a ser adotado. Quando se trata de concreto armado, o caso menos agressivo
(classe de agressividade I), exige o valor mínimo de 20MPa podendo chegar ao mínimo
de 40MPa, para agressividade IV.
O cobrimento está sempre referido à superfície da armadura externa, em geral à face Outra prescrição de norma refere-se à dimensão máxima característica do agregado
externa do estribo, conforme ilustrado na Fig. 5.1. graúdo utilizado no concreto. Esta dimensão máxima não pode superar em 20% a
espessura nominal do cobrimento, ou seja:
cnom
cnom
FIGURA 5.1 – Identificação dos cobrimentos nominais em uma seção de viga.
Os elementos básicos de uma estrutura convencional em concreto armado são (ver Fig.
6.1):
laje: elemento estrutural bidimensional (laminar), geralmente horizontal, FIGURA 6.2 – Laje plana.
constituindo os pisos de compartimentos. A laje suporta diretamente as cargas
verticais do piso e as transfere para as vigas. É solicitada predominantemente à
flexão;
escada;
reservatórios de água;
muro de arrimo;
paredes estruturais ou cortinas de contenção.
As lajes maciças são constituídas unicamente por concreto e armadura e sua espessura é
basicamente constante (ver Fig.6.6).
enchimento nervura
Este tipo de laje não tem grande capacidade portante, devido a pequena relação
rigidez/peso. Os vãos variam, geralmente, entre 3 e 6 metros, podendo-se encontrar vãos FIGURA 6.7 – Laje nervurada.
até 8 metros. Esta solução estrutural apresenta uma grande quantidade de formas, porém
são importantes elementos de contraventamento (diafragmas rígidos nos pórticos
tridimensionais) e de enrijecimento (mesas de compressão das vigas).
Nas lajes maciças, devem ser respeitados os seguintes limites mínimos para a espessura:
Embora a norma permita, aconselha-se não usar espessura menor que 8cm, de forma a A espessura da mesa (ou capa), quando não houver tubulações horizontais embutidas,
evitar fissuras devido à passagem de eletrodutos na laje. Por questões econômicas, deve ser maior ou igual a 1/15 da distância entre nervuras e não menor que 4 cm.
geralmente não se emprega alturas maiores que 15 cm para lajes maciças em concreto Quando existirem tubulações embutidas de diâmetro máximo 10,0 mm, o valor mínimo
armado. Nestes caso a solução com lajes nervuradas é mais interessante. absoluto deve ser 5 cm. A largura das nervuras não deve ser inferior a 5 cm.
b) Lajes nervuradas Deve-se procurar usar espaçamento entre eixos de nervuras menor ou igual a 65 cm,
pois neste caso pode ser dispensada a verificação da flexão da mesa e a verificação do
As lajes nervuradas possuem a zona de tração constituída por nervuras, entre as quais cisalhamento nas nervuras pode ser feita com os critérios de laje, o que torna o processo
podem ser postos materiais inertes, de modo a tornar plana a superfície externa (ver Fig. de cálculo mais simples.
6.7), ou deixar vazios por meio de formas especiais. São empregadas quando se deseja
vencer grandes vãos e/ou grandes sobrecargas. O aumento do desempenho estrutural é Para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras entre 65 cm e 110 cm, exige-se a
obtido em decorrência da ausência de concreto entre as nervuras, que possibilita um verificação da flexão da mesa e as nervuras devem ser verificadas ao cisalhamento
alívio de peso e a utilização de maiores alturas. como vigas; permite-se essa verificação como lajes se o espaçamento entre eixos de
nervuras for menor que 90 cm e a espessura média das nervuras for maior que 12 cm.
Devido à alta relação entre rigidez e peso, apresentam elevadas freqüências naturais. Tal
fato permite a aplicação de cargas dinâmicas (equipamentos em operação, multidões e c) Lajes em grelha
veículos em circulação) sem causar vibrações sensíveis ao limite de percepção humano.
As lajes nervuradas com espaçamento entre eixos de nervuras maior que 110 cm são
Estas lajes podem ser divididas em unidirecionais e bidirecionais, conforme mostrado chamadas de lajes em grelha. Nestes casos, a mesa deve ser projetada como laje maciça,
na Fig. 6.8. As lajes nervuradas unidirecionais são, em geral, lajes pré-fabricadas. apoiada na grelha de vigas, respeitando-se os seus limites mínimos de espessura.
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d) Lajes mistas No sistema construtivo convencional, lajes apoiadas sobre vigas, as lajes descarregam
as cargas nas vigas, que, por sua vez, transmitem as cargas aos pilares. Eventualmente
As lajes mistas são semelhantes às lajes nervuradas, tendo como diferença a não podem ocorrer um ou mais bordos livres.
obrigatoriedade da utilização de mesa de concreto na região comprimida, bem como a
necessidade de preencher o espaço entre as nervuras com material cerâmico. Este Quando as lajes (maciças ou nervuradas) estiverem apoiadas diretamente sobre os
material cerâmico tem participação direta na resistência à flexão da laje, absorvendo pilares (sem vigas), estas são chamadas de lajes planas (sem engrossamento da laje, ver
esforços de compressão (CUNHA e SOUZA, 1998). Fig. 6.2) ou lajes cogumelo (com capitéis aparentes, ver Fig. 6.3).
e) Lajes duplas Segundo prescrições da norma NBR 6118:2014, a espessura mínima para as lajes lisas
(planas) é 16 cm e, para as lajes cogumelo, 14 cm (espessura fora do capitel).
A laje dupla também é um caso particular da laje nervurada, no qual as nervuras ficam
situadas entre dois painéis de lajes maciças (teto do pavimento inferior e piso do 1.6.3.4 Classificação em relação ao local onde são moldadas
pavimento superior), como ilustrado na Fig. 6.9. É conhecida também como laje do tipo
“caixão-perdido” devido a tradicional forma de execução empregada. Pode, entretanto, Outra classificação que pode existir para as lajes é em relação ao local onde são
ser executada com lajes que se apóiam em vigas invertidas, o que evita a perda da forma moldadas. Caso as lajes sejam moldadas (parcialmente ou totalmente) fora da posição
na região interna (PAPPALARDO, 2002). de concretagem final, estas serão denominadas de lajes pré-moldadas. Se esta primeira
vazio etapa for realizada em fábrica (fora do canteiro de obra), também pode-se usar o termo
pré-fabricadas.
As lajes pré-fabricadas podem ser constituídas por vigotas treliçadas ou armadas, que
funcionam como elementos resistentes, cujos vãos são preenchidos com blocos
cerâmicos ou de isopor, conforme indicado na Fig. 6.10, ou por painéis pré-fabricados
concreto
protendidos ou em concreto armado, apoiados diretamente sobre as vigas, mostrados na
FIGURA 6.9 – Laje dupla. Fig. 6.11, dispensando-se o elemento de enchimento.
1.6.3.2 Classificação de acordo com a armadura empregada No caso das lajes compostas por vigotas e blocos de enchimento, ao contrário dos
painéis pré-fabricados, deve ser feita a solidarização do conjunto com uma capa
De acordo com a armadura empregada, as lajes podem ser classificada em lajes de superior de concreto.
concreto armado e lajes protendidas.
A grande vantagem deste tipo de solução é a velocidade de execução e a dispensa de
Quando as lajes possuem armadura passiva, estas são denominadas lajes de concreto formas. Seus vãos variam de 4 a 8 metros, podendo-se chegar a 15 metros.
armado. As armaduras passivas são aquelas colocadas livres de tensões no interior do
concreto. O aço de armadura passiva é constituído de fios e barras.
Caso as lajes possuam armadura ativa, estas serão denominadas lajes protendidas. Este
sistema construtivo pode ser aplicado tanto em lajes maciças quanto em lajes
nervuradas. Nas lajes protendidas, as armaduras são colocadas sob tensão dentro do FIGURA 6.10 – Laje pré-fabricada treliçada com enchimento cerâmico.
concreto. Cria-se um estado de tensões iniciais destinado a melhorar as condições de
funcionamento da peça. A protensão pode ser com aderência incial (pré-tração), com
aderência posterior (pós-tração com injeção de nata de cimento) ou sem aderência em
pós-tração.
Com relação a forma de apoio, as lajes podem ser apoiadas sobre vigas ou apoiadas
diretamente sobre pilares. FIGURA 6.11 – Tipos de painéis pré-fabricados (laje alveolar protendida e painél tipo
π, ou duplo T).
A altura (h) da seção transversal da viga pode ser estimada em (Lv/10) a (Lv/12), onde janela
280cm
Lv é o vão da viga (normalmente, igual à distância entre os eixos dos pilares de apoio).
porta 210cm
Nas vigas continuas de vãos comparáveis (relação entre vãos adjacentes entre 2/3 e 3/2),
costuma-se adotar altura única estimada através do vão médio. No caso de vãos muito
diferentes entre si, pode-se adotar altura própria para cada vão como se fossem contrapiso
0,0
independentes.
No caso de apoios indiretos (viga apoiada em outra viga), recomenda-se que a viga FIGURA 6.13 – Detalhe do cálculo da altura máxima para a viga.
apoiada tenha altura menor ou igual ao da viga de apoio e que esteja no mesmo nível da
viga de apoio ou acima dessa, caso contrário será necessária uma armadura especial Com relação a posição da viga em relação à laje, elas podem ser normais ou invertidas,
chamada de armadura de suspensão. conforme a posição da sua alma em relação à laje (ver Fig. 6.14). Quando se opta pela
solução de viga invertida, devem-se utilizar os estribos também como armadura de
suspensão das cargas provenientes das lajes.
laje laje
laje viga hviga
tijolo
distância de
piso-a-piso pé direito
altura de a) viga normal b) viga invertida c) viga semi-invertida
eparede parede
sobre a
viga FIGURA 6.14 - Seção transversal das vigas.
reboco (±1,5cm)
Em casos especiais, permite-se adotar também seção retangular com dimensões entre 19
cm e 12 cm (em geral nos pilares com poucos lances), desde que se multipliquem as
ações a serem consideradas no dimensionamento por um coeficiente γn, indicado na
Tab. 4.6. Em qualquer situação, não se permite pilar com área transversal inferior a
360cm2, ou seja, as menores seções retangulares permitidas são: 12×30cm; 15×24cm;
18×20cm; etc.
Outra opção é utilizar seções compostas de retângulos em forma de “L” ou “T’, etc.
Assim como nos pilares de seção retangular, a área da seção deve ser maior ou igual a
360cm2 e deve-se usar o coeficiente γn quando a menor dimensão estiver entre 19 e
12cm.
Os desenhos de armação devem definir de modo integral as armaduras a serem Dependendo do porte da obra, a norma recomenda que o contratante do projeto requeira
utilizadas nos elementos estruturais de concreto armado. As diretrizes gerais são: uma avaliação da conformidade do projeto estrutural. Neste caso, o contratante deve
contratar um profissional habilitado e registrar o procedimento em um documento
identificação individual das barras que compõe as armaduras; específico, que deve acompanhar a documentação do projeto.
definição das bitolas, formas e comprimentos das barras; A avaliação da conformidade deve ser realizada antes da fase de construção e, de
preferência, simultaneamente com a fase de projeto, como condição essencial para que
definição do posicionamento das barras nas seções transversais dos elementos os seus resultados se tornem efetivos e conseqüentes. A seção 25 da norma NBR
estruturais. 6118:2014 estabelece os critérios de aceitação e os procedimentos corretivos, quando
necessários.
A representação das barras da armadura faz-se pelo seu eixo, com linha cheia, de acordo
com a conveniência do desenho, sendo que as medidas indicadas correspondem a cada 1.7 Exemplo de lançamento estrutural
trecho reto (ver Fig. 6.17).
As Figs. 7.1 e 7.2 ilustram as planta arquitetônicas de uma edificação que será utilizada
15 15 para explicar alguns itens do lançamento estrutural. A partir destas plantas é que é
185
montada a planta de formas. Neste exemplo será considerada apenas a planta de forma
2 N1 φ12,5mm C=209 do pavimento superior (piso do pavimento superior).
FIGURA 6.17 - Representação de uma barra de armadura. 10 110 18 347 15 547 18 240 18
18
Para a numeração das barras, cada tipo diferente de barra da armadura é designado por
um número cuja indicação se fará na representação isolada da barra, eventualmente na
peça (N1 na Fig. 6.17). SALA
QUARTO
Deve constar nos desenhos de armação uma tabela com as quantidades unitárias e totais 466
do aço necessário para a sua execução (ver Tab. 6.1).
477
Comprimento (cm)
Barra Bitola (mm) Quantidade
Unitário Total 15
18
N1 12,5 2 209 418
N2 16,0 1 280 280
É necessário haver sempre um resumo que indique o comprimento total e o peso de BWC COZINHA 277
cada bitola (ver Tab. 3.1) por categoria de aço adotado, conforme Tab. 6.2.
18
TABELA 6.2 – Exemplo de resumo de aço.
18 232 15 662 18
RESUMO DO AÇO
FIGURA 7.1 – Planta arquitetônica do pavimento superior.
Bitola φ Comprimento total Peso + 10%
(mm) (m) (kg) Considerando-se o piso superior, o lançamento das vigas é feito a partir das direções das
CA-60 paredes, desprezando-se todas as aberturas existentes (portas e janelas). A primeira idéia
5,0 28,60 5,0 é evitar, tanto quanto possível, paredes sobre as lajes. Isto deve ser feito principalmente
CA-50 para as lajes pré-moldadas unidirecionais. Cabe salientar que quando está sendo
6,3 52,8 14,5 realizado o lançamento das vigas de um determinado piso, sempre é importante verificar
8,0 82,0 36,1 a interferência no piso inferior (vigas aparentes no teto).
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À medida que as vigas são lançadas, deve-se pensar na posição dos pilares. Em
estruturas convencionais, devem-se evitar vãos de vigas superiores a 7 m (exceto em Observa-se que a numeração das lajes, vigas e pilares é realizada da esquerda para a
casos especiais). Assim, os pilares não devem ficar mais distantes de 7 m e também não direita, de cima para baixo (Figs. 7.3 e 7.4). Percebe-se também que os vãos livres nas
devem ficar a menos de 2,5 m de distância, para evitar problemas nas fundações (porém plantas de forma são diferentes das dimensões nas plantas arquitetônicas. Isto porque,
é comum nos projetos fazer fundações associadas para alguns pilares, principalmente no na planta de formas, são acrescidas as espessuras dos rebocos.
poço do elevador e nas escadas).
P1 P2
P3
No lançamento dos pilares, deve-se observar a posição das janelas, portas e posições das (15×50) (15×50) V1 (15×50) (15×50) P4
garagens. Em caso de interferência destes elementos, podem-se utilizar vigas de 15
(15×50)
transição. 2.70
L1 140
2.80
18
V2 (12×40)
150 V6 L2 L3 V10
240 18 (12×50) V9 L4 480
(15×50) V11
V7 (12×50) (15×50)
(15×50)
15 18 237 664
P9
(15×50) P11
V5 (15×50) P10 15
LOJA 3 (15×50)
277 (15×50)
18 P1 P2 P3
(15×50) (15×50)
FIGURA 7.2 – Planta arquitetônica do pavimento inferior. V1 (15×50) 15 (15×50) P4
(15×50)
L2
Na solução mostrada na Fig. 7.3, têm-se lajes pré-moldadas e vigas sob todas as paredes maciça
140
L1
h=8 2.80 maciça
do pavimento superior. Entretanto, a viga V8, se colocada na elevação normal, ficará h=8
aparente no teto da loja 3 do pavimento inferior. Neste caso particular, existe a V2 (12×40)
alternativa de usar a viga V8 na forma invertida, como está mostrado na planta de forma
2.70
L3 L4 V8 V9
maciça maciça 480
(15×50)
da Fig. 7.3. Porém, isto só é possível porque não existe porta na parede do piso superior. V6 h=8 V7 h=8 (15×50)
(15×50) (12×50)
Para um projeto com lajes maciças ou com lajes nervuradas de maiores alturas, é
121,5
comum aplicar cargas sobre as paredes, diminuindo-se o número de vigas e, 15 350 12 550 15 243
conseqüentemente, o gasto com formas. A Fig. 7.4 ilustra esta outra opção de planta de V4 (12×50) 12
P8
(15×50)
formas. P5 P6 P7 V3 (15×50)
(15×50) (15×50) (15×50)
Para a consideração da sacada existem duas possibilidades: prolongar as vigas V1 e V4 L5 280
com uma parte em balanço e deixar a laje da sacada apoiada em vigas (conforme a Fig. maciça
h=8
7.3) ou fazer a laje L1 em balanço (conforme a Fig. 7.4). P10
P9 V5 (15×50) (15×50)
(15×50)
Neste projeto as larguras das vigas foram definidas em função das larguras das paredes, 15
P11
365 (15×50)
mas nem sempre isto é possível. Neste caso, todas as vigas ficarão embutidas na parede
acabada (considerando reboco de 1,5 cm de cada lado). FIGURA 7.4 – Planta de forma para lajes maciças e laje em balanço.
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2 Dimensionamento à Flexão Simples Ao analisar mais detalhadamente o comportamento da peça no estádio I, percebe-se que
pode-se dividir este estádio em dois: estádio Ia e estádio Ib. O estádio Ia é o primeiro
nível de carregamento, com as características citadas anteriormente. O estádio Ib difere
O cálculo da armadura necessária para resistir a um momento fletor é um dos pelo fato das tensões de tração no concreto não serem mais proporcionais às
procedimentos mais importantes no dimensionamento de peças de concreto armado. deformações na zona tracionada, embora o concreto ainda resista à tração e não esteja
fissurado.
Nas vigas, geralmente o esforço normal é desprezível (exceto em vigas protendidas),
por isso, será estudado inicialmente o caso de flexão simples (esforço normal nulo). Aumentando-se o valor das cargas concentradas, as tensões de tração na maioria dos
pontos abaixo da linha neutra (LN) terão valores superiores ao da resistência
Conforme será visto no capítulo 3, pode-se realizar o dimensionamento à flexão característica à tração (fctk). Neste caso, diz-se que a viga está no estádio II (estado de
desconsiderando-se o efeito do esforço cortante, mas o inverso não é válido. Desta fissuração). Este é o comportamento característico das peças em serviço, o qual é
forma, nesta unidade será ignorada a presença de tensões de cisalhamento, como se caracterizado por:
fosse um caso de flexão pura.
- considera-se que apenas o aço resiste aos esforços de tração;
A formulação apresentada permitirá dimensionar a armadura longitudinal de lajes e - admite-se que a tensão de compressão no concreto continue linear;
vigas submetidas à flexão normal, ou seja, em situações em que o plano de - as fissuras de tração na flexão no concreto são visíveis (ver Fig. 1.2).
carregamento é perpendicular à linha neutra.
P P
estádio II puro deformações tensões
εc σc
2.1 Estádios de flexão Rcc
fissuras de LN
Uma excelente maneira de estudar os estádio de flexão de uma peça de concreto é
flexão
através da observação do ensaio de Stuttgart, realizado por Leonhardt e Walther. Neste εs Rst
ensaio, dimensionou-se a viga através da teoria clássica de Mörsch e aplicaram-se
seção no estádio II puro
cargas concentradas de forma a obter flexão pura na parte central e flexão com estádio I
cisalhamento nos trechos próximos aos apoios. As cargas foram aumentadas
gradativamente até o colapso da peça. FIGURA 1.2 – Estádio I e II.
A seção transversal central da viga de concreto armado, submetida a um momento fletor
crescente, passa por três níveis de deformação, denominados de estádios. Ao aumentar as cargas concentradas até um valor próximo ao de ruína da peça, a peça
apresentará um comportamento característico do estádio III, no qual:
Quando a viga está submetida a cargas de pequena intensidade (pequeno momento
fletor), a tensão de tração no concreto não ultrapassa sua resistência característica à - o concreto apresenta comportamento não-linear na zona comprimida;
tração (fctk). Neste caso, diz-se que a viga está no estádio I (estado elástico), o qual é - a fibra mais comprimida do concreto começa a escoar e quase todas as fibras passam
caracterizado por: a trabalhar com sua tensão máxima;
- a armadura atinge a tensão de escoamento;
- o diagrama de tensão normal ao longo da seção é linear; - a peça fica bastante fissurada.
- as tensões nas fibras mais comprimidas são proporcionais às deformações;
- não há fissuras visíveis.
P P P P
fissuras de
deformações tensões
deformações tensões cisalhamento
εc σc
εc σc
Rcc
Rcc
LN
LN εs
εs Rst Rst
compressão seção no meio do vão
seção no meio do vão
tração FIGURA 1.3 – Estádio III.
FIGURA 1.1 – Estádio I.
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Outra forma de representação dos níveis de deformação é através do gráfico tensão- σcd
deformação do concreto, conforme indicado na Fig. 1.4. Na parte superior, estão εc2
plotadas as tensões e deformações na região comprimida, na parte inferior, as tensões e εcu
deformações na região tracionada. x
d
Para pequenos valores de tensões, o concreto se comporta de forma linear (estádio Ia). h
A partir do ponto B, o concreto apresenta comportamento não-linear na região
tracionada (estádio Ib). Aumentando-se a tensão normal, passa-se ao estádio II, no qual
o concreto não resiste mais à tração. A partir do ponto A, o concreto apresenta As εs
comportamento altamente não-linear na região comprimida (estádio III), até a situação d”
de ruína.
deformações tensões
σc
fck FIGURA 2.1 – Diagrama tensão-deformação simplificado.
ΙΙΙ
ΙΙ A Conforme estudado anteriormente, o diagrama é composto por uma parábola do 2º grau,
com o vértice na fibra correspondente à deformação de compressão de εc2, prolongada
Ιb por um segmento de reta limitado na fibra correspondente à deformação de compressão
de εcu. A ordenada máxima do diagrama corresponde a uma tensão igual a αc·fck/γc = αc·
Ιa fcd.
ε
εr De modo geral, é possível admitir uma substituição do diagrama parábola-retângulo por
B um retângulo de altura λx, em que x é a profundidade da linha neutra (ver Fig. 2.2).
x λx
FIGURA 1.4 – Representação dos estádios de deformação.
Por isso, o cálculo de dimensionamento das estruturas de concreto armado será feito deformações tensões
considerando-se a peça no estádio III (estado limite último), considerando-se as
solicitações majoradas e as resistências minoradas, de forma a alcançar um FIGURA 2.2 – Simplificação para dimensionamento.
dimensionamento econômico.
Observação: utiliza-se o coeficiente 0,9αc ao invés de αc em situações onde a zona
comprimida apresenta largura decrescente no sentido das fibras mais comprimidas, a
2.2 Diagrama de tensões parábola-retângulo partir da linha neutra.
Se f ck ≤ 50 MPa
Admite-se que, no estado limite último, as tensões de compressão na seção transversal α c = 0,85
das peças submetidas a solicitações normais tenham uma distribuição de acordo com o λ = 0,8
diagrama parábola-retângulo (ver Fig. 2.1):
Se f ck > 50 MPa
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( f ck − 50 (encurtamento)
α c = 0,85 1 − 0 εc2 εcu
200 B εc
f − 50 x23
λ = 0,8 - ck
400 κh x34
3
2 C
2.3 Hipóteses de cálculo para solicitações normais d a
h 4
Tendo em vista as dificuldades de caracterização do esgotamento da capacidade b
resistente das peças submetidas a solicitações normais, considera-se um estado limite Sendo :
1
último convencional, designado por estado limite último de ruptura ou de deformação ε c2
5 κh = 1 - h
plástica excessiva.
εs As ε cu
A
4a
Este estado limite último é alcançado quando, na fibra mais comprimida de concreto, o εc
encurtamento é igual a um valor último convencional de εcu, ou quando na armadura 10‰ (alongamento) εyd 0
tracionada a barra de aço mais deformada tem alongamento igual ao valor último
convencional de 10‰. FIGURA 4.1 – Domínios de deformação.
O estudo do concreto armado nestas condições é feito com base nas seguintes hipóteses: A reta “a” e os domínios 1 e 2 correspondem ao estado limite último por deformação
plástica excessiva (ruptura por alongamento excessivo da armadura). A seguir são
- Manutenção das seções planas (hipótese de Bernoulli): as deformações normais definidos estes intervalos:
específicas são, em cada ponto da seção transversal, proporcionais a sua distância à
linha neutra (para l/d > 2); - Reta a: tração uniforme.
- Solidariedade perfeita entre os materiais (deformação da armadura é igual à - Domínio 1: tração não uniforme, sem compressão. O estado limite último é
deformação do concreto); caracterizado pelo escoamento do aço ( ε s = 10‰). A reta de deformação gira em
torno do ponto A e a linha neutra é externa à seção.
- A resistência do concreto à tração é desconsiderada.
- Domínio 2: flexão simples ou composta sem ruptura à compressão do concreto
( ε c ≤ εcu). Ruptura caracterizada pelo escoamento do aço ( ε s = 10‰). A linha
2.4 Domínios de deformação neutra corta a seção (a reta de deformação continua girando em torno do ponto A).
Fazendo-se compatibilidade de deformações, tem-se:
ε cu ⋅ d
x 23 = . (4.3)
10,0 + ε cu
Sendo:
εcu = 2,6‰ + 35‰ · [(90 - fck)/100]4.
Os domínios 3, 4, 4a, 5 e reta “b” correspondem ao estado limite último por ruptura do
concreto comprimido (sem grandes deformações).
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torno do ponto C, distante κh da borda mais comprimida. Sendo que
- Domínio 3: flexão simples ou composta com ruptura à compressão do concreto (εcu) κh = (1 - ε c2 / ε cu ) ⋅ h .
e com escoamento do aço ( ε s ≥ ε yd ). A linha neutra corta a seção e a reta de
deformação gira em torno do ponto B. A ruptura do concreto ocorre - Reta b: compressão uniforme.
simultaneamente com o escoamento da armadura: situação ideal, pois os dois
materiais atingem sua capacidade resistente máxima (são aproveitados Os domínios de deformação também podem ser visualizados por meio do diagrama de
integralmente). Não há risco de ruptura brusca da peça (a ruína se dá com aviso, interação do esforço normal (N) com o momento fletor (M), mostrado na Fig. 4.2. A
pois existem grandes deformações). As peças que chegam ao estado último no linha pontilhada corresponde à combinação de todos os pares (Nd, Md) resistentes de
domínio 3 são ditas peças subarmadas. Fazendo-se compatibilidade de deformações, certa quantidade de armadura (GRAZIANO, 2005).
tem-se:
Md
x 34 d - x 34 (4.4)
=
ε cu ε yd
domínio 3 domínios 4 e 4a
x 44a = d . (4.7) Quando a linha neutra corresponde ao limite entre os domínios 3 e 4, a sua profundidade
é chamada x34 (ver Fig. 5.1). Define-se a variável ξ como sendo a relação entre a altura
- Domínio 4a: flexão composta com armaduras comprimidas e ruptura à compressão da linha neutra (x) e a altura útil (d). Assim, tem-se:
do concreto (εcu). A linha neutra corta a seção na região de cobrimento da armadura
menos comprimida. A altura da linha neutra limite entre os domínios 4a e 5 é dada x 34
ξ 34 = . (5.1)
por: d
x 4a5 = h . (4.8)
- Domínio 5: compressão não uniforme, sem tração. A linha neutra não corta a seção.
Neste domínio, a deformação última do concreto é variável, sendo igual a εc2 na
compressão uniforme e εcu na flexo-compressão. A reta de deformação gira em
a) x/d ≤ 0,45 (ou ξ ≤ 0,45) para concretos com fck ≤ 50 MPa; ou 0,75 ≥ 0,44 + 1,25 x/d
b) x/d ≤ 0,35 (ou ξ ≤ 0,35) para concretos com 50 MPa < fck ≤ 90 MPa. x/d ≤ 0,248
Ou seja, para ser possível a redistribuição a posição da linha neutra não poderá superar
2.6.1 Limites para redistribuição de momentos 0,248 d, o que significa que a seção deve estar no domínio 2 (x23 = 0,259 d).
DMF e reações
2.7.1 Armadura simples
48,75 kN
σcd = αc · fcd
59,414 kN.m 59,414 kN.m 48,75 kN
142,5 kN εc
MSd d
h LN
As As
Rst
d” εs
bw
FIGURA 7.1 – Caso básico – Flexão simples – Armadura simples. Fonte: Fusco, 1981.
Sendo:
Se f ck ≤ 50 MPa
α c = 0,85
λ = 0,8
Se f ck > 50 MPa
( f ck − 50
α c = 0,85 1 −
200
f − 50
λ = 0,8 - ck
400
MSd = γf M. ε cu ⋅ d
- Se x ≤ x23 = x 23 = → Domínio 2;
10,0 + ε cu
- Resultantes de tensões:
- Se x > x23 → Domínio 3;
Rcc = αc fcd bw λ x
Rsd = As fyd (supondo domínio 2 ou 3 → εs ≥ εyd). II) Se x > xlim → ou a seção é superarmada (x > x34) ou a seção não cumpre com o
critério de dutilidade mínima. Neste caso, existe duas alternativas:
- Equações de equilíbrio de força:
- Aumentar a seção de concreto (preferencialmente h);
Rcc = Rsd, - Utilizar armadura dupla (item 8.2).
ou
αc fcd bw λ x = As fyd. (7.1) Observações:
- O aumento da resistência característica do concreto (fck) também pode ser uma
- Equações de equilíbrio de momento: alternativa, embora não seja usual.
- Para utilizar a Eq. 8.4, deve-se arbitrar um valor para d, pois são se tem definida a
MSd = Rcc (d – 0,5λx), bitola e o número de camadas da armadura. Geralmente usa-se d ≅ 0,9h.
e
MSd = Rst (d – 0,5λx). Caso x ≤ xlim (I), utiliza-se armadura simples. A área de aço tracionada é calculada
isolando-se As da Eq. 8.1:
- Substituindo os valores das resultantes de tensão, tem-se:
α c f cd b w λ x
As = ,
MSd = αc fcd bw λ x (d – 0,5λx). (7.2) f yd
e
MSd = As fyd (d – 0,5λx). (7.3) Portanto, para concretos com fck ≤ 50 MPa:
Para o dimensionamento, primeiramente calcula-se a posição da linha neutra (x). Da Eq. 0,68 f cd b w x
As = , (7.6)
7.2, tem-se: f yd
M Sd
0,5λ x 2 - d x + = 0,
α c f cd b w λ 2.7.2 Armadura dupla
ou
2d x M Sd Quando se tem, além da armadura de tração As, outra armadura na região comprimida
x2 - + = 0,
λ 0,5 α c f cd b w λ2 A’s, diz-se que se tem seção com armadura dupla.
As As,lim
Fazendo-se o equilíbrio de momentos em relação ao centro de gravidade da armadura
d” Rsd,lim comprimida, tem-se:
onde dmax representa o diâmetro máximo do agregado do concreto (ver Tab. 1.1 da
Unidade 1) e φ é o diâmetro da barra de armadura.
εcu
d’ c φt
ε’s xlim
estribo
LN φ
ev
εyd
FIGURA 7.3 – Armadura dupla – deformações. eh
FIGURA 7.4 – Espaçamento mínimo entre barras.
2.7.3 Prescrições de norma
Para a armadura negativa, deve-se deixar espaço suficiente para a introdução do
As prescrições que seguem referem-se a vigas isostáticas com relação l/h ≥ 3,0 e a vigas vibrador: φvibrador + 1cm.
contínuas com relação l/h ≥ 2,0, em que l é o comprimento do vão teórico (ou o dobro
do comprimento teórico, no caso de balanço) e h a altura total da viga. Para feixes de barras deve-se considerar o diâmetro do feixe: φn = φ n , onde n é o
número de barras com diâmetro φ que compõe o feixe.
Vigas com relações l/h menores devem ser tratadas como vigas-parede, de acordo com
a seção 22 da NBR 6118:2014. Observação: estes valores se aplicam também às regiões de emendas por traspasse das
barras.
TABELA 7.1 - Taxas mínimas de armadura de flexão para vigas (NBR 6118:2014). As,pele
A soma das armaduras de tração e compressão não deve ser maior que 4% da área de
concreto: FIGURA 7.6 – Vão efetivo em vigas.
A s + A's ≤ 4,0% b w h .
e) Altura do centro de gravidade (item 17.2.4.1 NBR 6118:2014) h) Mísulas e variações bruscas de seções
2 1
1 2
É preciso salientar que uma viga composta por uma nervura e por abas somente será
considerada como de seção T quando a mesa estiver comprimida. Nos trechos de
b b momentos negativos, junto aos apoios, tem-se uma viga de seção retangular, pois as
abas estão tracionadas (ver Fig. 9.1).
0,20
A parte vertical da viga é chamada de alma (nervura) e a parte horizontal, de mesa, que
é composta por duas abas, conforme Fig. 9.2.
Zona comprimida
hf
c
b4
d h b1 b1 b1
b2
b3
c
bw bw bw
bf
FIGURA 9.2 – Notação usual.
b1 ≤ 0,5b2 b1 ≤ 0,1a
Nas vigas em que a mesa de compressão tem largura real sensivelmente maior que a b3 ≤ b4 b3 ≤ 0,1a
largura bw da alma, as tensões de compressão não têm distribuição uniforme (Fig. 10.3).
Por este motivo, em lugar da largura real, admite-se que a viga tenha largura bf,
usualmente menor que a largura verdadeira. Pretende-se que dessa forma fiquem b3 bw b3
corrigidos os efeitos da variação das tensões na mesa de compressão.
FIGURA 9.4 – Largura colaborante (NBR 6118:2014).
sendo:
bw = largura real da nervura;
ba = largura da nervura fictícia;
ou seja, ba = bw + soma dos menores catetos dos triângulos das mísulas correspondentes,
b2 = distância entre as faces das nervuras fictícias sucessivas;
0,10a 0,10a
bf b1 ≤ e b3 ≤ .
0,5b 2 b 4
onde:
τc d M Sd
x= 1− 1− (9.1)
λ 0,5α c f cd b f d 2
- Se λx ≤ hf → Caso 1;
Segundo a NBR 6118:2014 (item 18.3.7), esta armadura de costura deve apresentar
seção transversal de, no mínimo, 1,5 cm2/m (Fig. 9.6), sendo que as armaduras de flexão Caso 1: A região comprimida está toda na mesa da seção (λx< hf)
da laje, existentes no plano de ligação, podem ser consideradas como parte desta
armadura.
Neste caso, conforme ilustrado na Fig. 9.8, não importa a forma do restante da seção
bf transversal, podendo a seção T ser tratada como uma seção retangular de dimensões bf e
h.
hf bf
h hf λx
≥1,5cm2
bw As
O processo usual de dimensionamento considera a transformação da seção T numa Caso 2: A região comprimida atinge a alma da seção (λx > hf)
seção retangular equivalente.
Existem dois casos possíveis: Admite-se a decomposição da seção da forma indicada na Fig. 9.9 para o caso de
armadura simples e na forma ilustrada na Fig. 9.10 para o caso de armadura dupla.
- Caso 1: A região comprimida está toda contida na mesa de compressão (λx ≤ hf);
Md Mdf A seção formada pelo concreto comprimido da nervura e pela armadura Asw absorve a
= + parcela de momento Mdw. Se esta seção (nervura) puder resistir ao momento Mdw com
As Asf
x≤xlim, a peça poderá ter armadura simples:
bw
M dw = M d − M df ,
(9.5)
λx α c f cd b w λ x
A sw = , (9.6)
f yd
+ Mdw
Asw A s = A sf + A s w . (9.7)
h
M df = α c f cd (b f − b w ) h f d − f , (9.3)
2
- na viga: Linf /2
rinf + rsup
M vig = k vig M eng = M eng ; (11.1)
rvig + rinf + rsup
Lvig
onde:
6EI 6EI
rinf = rinf =
kvig é grau de engastamento da viga no pilar e ri é a rigidez do elemento i no nó L inf L inf
considerado, indicada nas Figuras 11.1, 11.2 e 11.3.
FIGURA 11.3 – Resumo das fórmulas para determinação dos coeficientes de rigidez.
3EI
r=
L
4EI
r=
L
L Mvig
Minf
Msup
FIGURA 11.1 – Cálculo do coeficiente de rigidez em elementos com extremidades
opostas rotuladas (situação dos pilares) e engastadas (situação das vigas contínuas).
A Fig. 11.4 ilustra o momento de solidariedade entre a viga e o pilar, para uma situação
com a extremidade oposta da viga rotulada (r=3EI/L) e carga concentrada no vão.
a) não devem ser considerados momentos positivos menores que os que se obteriam 2.11.1 Exercício 1
se houvesse engastamento perfeito da viga nos apoios internos;
Dimensionar e detalhar a seção mais solicitada da viga com seção 15×60 indicada na
b) quando a viga for solidária com o pilar intermediário e a largura do apoio, medida Fig. 1. Considere classe de agressividade ambiental II (CAA II), c=2,5cm
na direção do eixo da viga, for maior que a quarta parte da altura do pilar, não pode (considerando-se ∆c=0,5cm), φt = 5mm (estribo), agregado brita 1 e altura dos
ser considerado momento negativo de valor absoluto menor do que o de pavimentos de 2,8m (piso a piso). Considere para o item a) fck = 30MPa (C30) e refaça
engastamento perfeito nesse apoio. os cálculos para fck = 70MPa (C70) no item b).
Considere a viga simplesmente apoiada. Esta hipótese é válida para o caso de apoio
sobre vigas ou sobre pilares de pequena inércia na direção da viga. Neste último caso,
2.10 Arredondamento do diagrama de momentos deve-se utilizar uma armadura mínima de solidariedade viga-pilar, conforme será
fletores estudado mais à frente.
Para levar em conta a largura dos apoios, a NBR 6118:2014 (item 14.6.3) permite O vão livre (Lo) da viga é 6m e os apoios b1 e b2 têm largura de 20cm (ver Fig. 1).
arredondar o diagrama de momentos fletores sobre os apoios internos, conforme
indicado na Fig. 12.1. O momento negativo (Xo) para o cálculo da armadura é dado por: Dados do carregamento na viga:
Esta equação leva em conta que a reação de apoio é uma carga distribuída ao longo da * peso específico do concreto: 25kN/m3.
largura do pilar, e não uma carga concentrada. Dessa forma, o diagrama de momentos ** parede de tijolos furados (13kN/m3) com 15cm de espessura e 220cm de altura (280-
fletores sobre o apoio concordará com uma parábola do segundo grau, como mostrado 60=220, supondo viga de mesma altura no andar de cima).
na Fig. 12.1.
p
60cm
Lo 15cm
b1 b2
Resolução:
O vão efetivo da viga (L) é dado pelo vão livre (Lo) acrescido do menor valor entre as
∆M’ = R t / 8 semi-larguras dos apoios (20/2=10cm) e 0,3h=0,3×60=18cm.
FIGURA 12.1 - Arredondamento de diagrama de momentos fletores. Então: L = 600+10+10 = 620cm
Cargas:
- permanente: g = g1+g2+g3+q1 = 16,54kN/m.
- acidental (variável): q = q1 = 5kN/m.
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Espaçamento horizontal mínimo:
Momentos característicos: 2 cm
- momento devido às cargas permanentes: Mgk = gL2/8 =
e h,min = φ = 1,6cm
- momento devido a carga acidental: Mqk = qL2/8 =
1,2 d
max = 1, 2 × 1,9 = 2, 28cm
ev = ev,min = 2,0cm.
Md 14490
x = 1,25 d 1 − 1 − = 1,25 × 54 1 − 1−
0,425 f cd b w d 2 0,425 × (3,0 / 1,4) × 15 × 54 2 Altura do centro de gravidade da armadura até o ponto mais tracionado das armaduras:
x = 13,66cm. n
∑y i
2 × 0,8 + 2 × 4,4
Altura limite da linha neutra: α" = i =1
=
n 4
xlim = 0,45.d
α” = 2,6cm < 10%h → Ok.
xlim = 24,3cm.
d”ef = c + φt + α” = 2,5 + 0,5 + 2,6 = 5,6cm < d”adotado → Ok.
Como x < xlim → armadura simples.
Armadura de pele (neste caso não é necessário, pois h=60cm, mas é usual):
As,pele = 0,10% bwh / face
Armadura de tração:
As,pele = 0,9cm2 / face → 3φ6,3mm / face
α f b λx
A s = c cd w , sendo λ = 0,8 e αc = 0,85, tem-se: Espaçamento entre as barras da armadura de pele:
f yd
20cm
0,68 f cd b w x 0,68 × (3,0 / 1,4) × 15 × 13,66 e ≈ 11cm ≤ → Ok
As = = = 6,86cm2. d/3 = 18cm
f yd (50,0 / 1,15)
Detalhamento da seção:
2φ6,3mm (armadura construtiva)
Armadura mínima:
As min = ρmin.b.h = 1,35cm2.
2/3
f
ρ min = 0,0667 ck ≥ 0,15% → ρmin = 0,15%.
f yd 3φ6,3mm
Então, pode-se usar 6φ12,5mm (As efet = 7,5cm2) ou 4φ16,0mm (As efet = 8,0cm2). (armadura de pele)
4φ16mm
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b) fck = 70MPa (C70) 2.11.2 Exercício 2
Posição da linha neutra Dimensionar e detalhar a seção transversal indicada abaixo considerando que esta pode
estar submetida aos momentos positivos:
d M Sd
x= 1− 1− , sendo Mg = 100 kN.m (momento devido a cargas permanentes);
λ 0,5α c f cd b w d 2
Mq1 = 84 kN.m (momento devido à carga acidental uso da edificação).
Mq2 = 60 kN.m (momento devido à ação do vento).
( f ck − 50 (70 − 50
α c = 0,85 1 − = 0,85 1 − = 0,765
200 200 Dados:
f − 50 70 − 50 bw = 15cm, h = 65cm; edifício residencial, CAA I (agressividade fraca), fck = 24MPa;
λ = 0,8 - ck = 0,8 - = 0,75 c=2cm (considerando-se ∆c=5mm); φt = 5mm (estribo); agregado brita 0.
400 400
Então:
d M Sd 54 14990
x= 1− 1− = 1− 1− φt
λ 0,5α c f cd b w d 2 0,75 0,5 ⋅ 0,765⋅ (7,0/1,4) ⋅15 ⋅ 54 2
MSd
x = 6,77 cm h
c
Altura limite da linha neutra:
xlim = 0,45.d
xlim = 24,3cm.
bw
Como x < xlim → armadura simples.
Resolução
Armadura de tração:
α f b λx
A s = c cd w , sendo λ = 0,75 e αc = 0,765, tem-se: Combinação última normal:
f yd Considerando edifício residencial: ψo = 0,5 (para as cargas verticais) e ψo = 0,6 (para o
0,765 ⋅ (7,0/1,4) ⋅15 ⋅ 0,75 ⋅ 6,77 vento). Neste exemplo, não resta dúvida que a carga acidental vertical deve ser
As = = 6,70 cm² considerada como ação variável principal, já que o momento produzido pelo vento é
(50/1,15)
menor e ainda o coeficiente de ponderação é maior.
Armadura mínima:
Então:
As min = ρmin.b.h = 2,097cm2.
Md = 1,4×100 + 1,4×(84 + 0,6×60) = 308 kN.m
ln(1 + 0,11f ck )
ρ min = 0,47 ≥ 0,15% → ρmin = 0,233%. ou
f yd Mk = 100 + 84 + 0,6×60 = 220 kN.m
Então, pode-se usar 6φ12,5mm (As efet = 7,5cm2) ou 4φ16,0mm (As efet = 8,0cm2). Md = 1,4 Mk =308 kN.m = 30.800 kN.m
Verifica-se que a área de armadura de tração ficou bem parecida em ambos os casos, Momento mínimo de cálculo (verificação desnecessária):
portanto pode-se utilizar também 4φ16,0mm e ainda, manter os mesmos espaçamentos e fctk,sup = 1,3 fctm = 1,3×0,3× f ck2/3 = 3,24MPa = 0,324kN/cm2.
armadura de pele já calculados no item a).
bh 2
Md,mín = 0,8Wo fctk,sup = 0,8 fctk,sup = 2.737,8kN.cm = 27,38kN.m < Md.
6
Altura útil:
d” = 6cm (arbitrado, geralmente 10%h, mas não menor que 4cm).
d = h – d” = 65 – 6 = 59cm
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Detalhe da distribuição das barras:
Posição da linha neutra:
2φ8mm
Md
x = 1,25 d 1 − 1 − 2
= 41,57 cm
0,425 f cd b w d
Altura limite da linha neutra:
xlim = 0,45.d
xlim = 26,55cm.
Então, pode-se usar 5φ20,0mm (As efet = 15,75cm2). Distância do centro de gravidade das armaduras até a fibra mais tracionada:
d”ef = c + φt + α” = 2 + 0,5 + 2,60 = 5,10cm < d”adotado → Ok.
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3 Dimensionamento ao Esforço Cortante (a) somente esforço cortante (estádio I):
3.1 Introdução
No capítulo anterior, analisou-se o comportamento de vigas de concreto armado V V
submetida a solicitações normais causadas apenas por momento fletor (flexão simples). τ=
A
As tensões internas provenientes da flexão foram calculadas imaginando-se que o
momento fletor agisse isoladamente na seção (flexão pura). Isto pôde ser feito porque a
existência de força cortante na seção não altera os valores, nem a distribuição, das tensões
tensões normais.
(b) esforço cortante e momento fletor (estádio I):
No entanto, o inverso não é válido, pois a existência de tensões normais altera a
distribuição de tensões de cisalhamento.
σ σ2
σ1,2 = ± + τ2 , (2.1)
2 4
2τ
tg 2α = . (2.2)
σ
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- as tensões principais de tração σ1 devem ser resistidas por uma armadura de
cisalhamento que atravesse as fissuras;
P P
- as tensões principais de compressão σ2 são resistidas pelo concreto comprimido
localizado entre as fissuras (bielas de compressão).
A
B
3.3 Modos de Ruptura
C
Uma viga de concreto armado pode ir à ruptura por diversos modos, dependendo do
compressão arranjo, da quantidade e da proporção relativa das armaduras longitudinal e transversal,
tração assim como do carregamento que é submetida (ISHITANI et al, 2000).
σ2
σ1 Os possíveis modos de ruptura são:
45º
τ LN
B
σ A σ a) Ruptura momento-compressão: característico de peças submetidas à flexão
σ1 σ2
τ simples. Ocorre o esmagamento do concreto e, em geral, escoamento da
armadura tracionada (ver Fig. 3.1). Em se tratando de peças subarmadas, a
σ1 C σ1 ruptura será sempre dútil (com aviso prévio).
P P
fissuras de
cisalhamento
Por outro lado, os possíveis modos de ruptura decorrentes das forças cortantes podem
acarretar o colapso não avisado da estrutura (modos “d” e “e”).
f) Ruptura por escorregamento da armadura longitudinal junto aos apoios externos: a) dimensiona-se cada seção para o maior momento fletor ali atuante, procurando
ocorre devido à ancoragem insuficiente (ver Fig. 3.5). Isto pode acontecer garantir sempre que a ruptura seja do tipo dútil (peças subarmadas);
porque a fissuração diagonal provoca uma translação do diagrama de resultante
de tração na armadura longitudinal (decalagem). b) na verificação de esforços cortantes e solicitações junto aos apoios, procura-se obter
maior margem de segurança que na flexão, de modo que esta última constitua o elo
mais fraco do conjunto.
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3.4 Analogia de Treliça Clássica
Nos elementos em concreto armado com a fissuração desenvolvida, os modelos treliça clássica
resistentes oriundos da resistência dos materiais não são mais válidos, uma vez que as Vsw λ1 < λ2 < λ3 = 1 bf
trajetórias de tensões principais são interrompidas por fissuras. Deste modo, foi (esforço na
inicialmente proposto por Mörsch, em 1903, um modelo de funcionamento análogo a armadura)
uma treliça, cujos elementos comprimidos são de concreto e os elementos tracionados
são de aço (ver Fig. 4.1). Vc λi = bw/bf
A analogia clássica pressupõe uma treliça de banzos paralelos ao eixo da peça, resultado
diagonais comprimidas de concreto (bielas de compressão) inclinadas a 45º (θ) e experimental bw
diagonais tracionadas de aço com inclinação α, variável entre 45º e 90º (ver Fig. 4.1).
VSd
Nesse sistema estrutural (treliça clássica de Mörsch), não se considera qualquer (esforço cortante solicitante de cálculo)
contribuição de mecanismos internos à massa de concreto no equilíbrio das forças
Figura 4.2 – Comparação entre as tensões reais nos estribos e as tensões obtidas pela
verticais, de forma que a força cortante é resistida apenas pela armadura transversal.
teoria da treliça clássica de Mörsch.
Numerosos ensaios realizados por Leonhardt e Mönning (1977) mostraram que a treliça - Modelo I (treliça clássica modificada): trata-se de um modelo simplificado que
clássica conduz a uma armadura transversal um pouco exagerada, pois a tensão nela mantém as expressões da treliça clássica, com diagonais de compressão a 45º,
medida é menor que a calculada (ver Fig. 4.2). Os principais fatores que influem na porém atribuindo parte da resistência ao esforço cortante à massa de concreto
diferença entre os valores calculados teoricamente e aqueles observados (mecanismos complementares);
experimentalmente são:
- Modelo II (treliça generalizada): modelo mais elaborado, em que as diagonais
- o banzo comprimido é inclinado, o que possibilita a absorção direta de uma parcela podem apresentar inclinação variável dentro de limites impostos (30º ≤θ ≤ 45º),
da força cortante (não é horizontal como na treliça clássica), conforme indicado na atribuindo-se a colaboração do concreto apenas para solicitações relativamente
Fig. 5.1; baixas.
- as fissuras e, portanto, as bielas de compressão que ficam entre elas têm inclinação θ Com ângulos θ menores para a treliça generalizada, obtém-se taxas menores de
variável (30º a 45º), dependendo da forma da seção (ver Fig. 5.1); armadura transversal. Entretanto, deve-se tomar cuidado com a possibilidade de
esmagamento das bielas inclinadas, pois ocorre um aumento das tensões de compressão
- existe a contribuição dos mecanismos complementares ao de treliça na absorção de nessas bielas. Além disso, existe um aumento na área da armadura longitudinal de
parte do esforço cortante (engrenamento dos agregados, efeito de pino, efeito de tração (Silva e Giongo, 2000).
arco e resistência do concreto comprimido), conforme ilustrado na Fig. 5.2.
As inclinações das fissuras e do banzo comprimido são influenciadas pela largura da
Devido a estes fatores, surgiu uma nova teoria chamada “analogia de treliça alma e pela taxa de armadura transversal. Da análise de resultados experimentais de
generalizada”, a qual leva em consideração mecanismos complementares para corrigir Leonhardt e Mönning (1977), chega-se à conclusão de que, em função da espessura da
os fatores acima citados.
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alma, as bielas têm inclinação θ, em média, dentro das seguintes faixas (apud Silva e O engrenamento dos agregados é considerado como sendo uma das parcelas mais
Giongo, 2000): significativas, principalmente sob a ação favorável da prontesão. Este ocorre ao longo
das fissuras do concreto, possibilitando a transmissão de forças oblíquas por meio das
a) vigas T de alma espessa*: 30º ≤ θ ≤ 38º (ver Fig. 5.1); próprias fissuras (ver Fig. 5.2a).
b) vigas T de alma delgada**: 38º ≤ θ ≤ 45º (ver Fig. 5.1).
Devido à maior rigidez do aço em relação ao concreto, as barras das armaduras
(*) relação (bw / bf ) de 1/5 a 1/2; longitudinais funcionam como pinos de ligação que solidarizam as partes da viga de
(**) relação (bw / bf ) de 1/12 a 1/6. concreto separadas pelas fissuras (ver Fig. 5.2b).
O efeito de arco ocorre nas regiões próximas aos apoios, para onde as forças
bf (concentradas ou distribuídas) são conduzidas diretamente por meio de um campo de
tensões de compressão em forma de arco. Este efeito é bastante significativo em peças
altas, como vigas-parede.
alma espessa
1/5 ≤ (bw / bf ) ≤ 1/2
θ 30º ≤ θ ≤ 38º
alma fina
1/12 ≤ (bw / bf ) ≤ 1/6
θ 38º ≤ θ ≤ 45º
onde:
VRd2 é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína das diagonais comprimidas
de concreto; Figura 6.2 – Decomposição do esforço cortante na seção (V) na direção da biela de
compressão.
VRd3 = Vc + Vsw, é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruína por tração
diagonal, onde Vc é a parcela de força cortante absorvida por mecanismos A diagonal comprimida encontra-se em estado de compressão-tração, sendo a tração
complementares ao de treliça e Vsw a parcela absorvida pela armadura transversal. provocada pela aderência com a armadura transversal. Então, a tensão máxima
admissível no concreto não é 0,85fcd (zona não-fissurada), e sim:
3.6.2 Resistência da diagonal de compressão
σ cd,max = 0,6 f cd α v , (6.6)
Considerando uma biela de compressão, com inclinação θ (ver Fig. 6.1) e resultante Rc,
observa-se que a seção transversal da biela é igual a: bz(cotg θ cotg α). f
onde αv = 1 − ck com fck em MPa.
250
Este coeficiente αv é um fator de redução (adimensional) em razão das tensões não
z (cotg θ + cotg α) sen θ
serem uniformes
Rc
Considerando o Estado Limite Último (ELU), tem-se: σ c = σ cd,max , ou seja:
z σc VRd2 f
= 0,6 f cd 1 − ck , (6.7)
θ α b z ( cotgθ + cotg α )sen θ 2
250
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Desta forma, tem-se:
z = d –0,4x23 = d – 0,4×0,259d = 0,8964d.
V z ( cotgθ + cotg α )
= A sw f ywd . (6.10)
sen α s
3.6.3 Contribuição da armadura transversal
Então, fazendo z = 0,9d, a parcela de esforço cortante absorvida pela armadura
Considerando agora um corte ao longo de uma fissura, conforme indicado na Fig. 6.3. A transversal (Vsw) vale:
armadura transversal é constituída por barras de área Asw, distantes entre si de “s”,
segundo o eixo da viga, de forma que o número de barras que atravessa a fissura é igual A sw
a: z(cotg θ cotg α)/s. Vsw = 0,9d f ywd ( cotgθ + cotgα )sen α . (6.11)
s
Rst
3.6.4 Modelo de cálculo I
O esforço cortante VSd,max é o maior esforço solicitante de cálculo que ocorre no tramo
Então, a resultante da armadura Rst pode ser escrita como:
da peça, sem que seja permito reduções nos apoios diretos.
z ( cotg θ + cotg α )
R st = A sw f ywd , (6.9) O esforço cortante de ruína do concreto comprimido (VRd2) é obtido a partir da Eq. 6.8,
s fazendo-se θ = 45º e α = 90º:
onde fywd é a tensão na armadura transversal passiva.
VRd2 = 0,27 αv fcd bw d, (6.13)
Decompondo-se o esforço cortante V na direção da armadura transversal (Fig. 6.4),
pode-se escrever: f
sendo αv = 1 − ck com fck em MPa.
250
V
R st = .
sen α Observa-se que a expressão para cálculo de VRd2 (Eq. 6.12) no Modelo I não depende
do ângulo de inclinação dos estribos (α). Isto ocorre porque este é um processo
simplificado da treliça generalizada, que não explicita o valor de θ (mas em que está
implícito ser menor do que 45º, pois a armadura é sempre reduzida). Assim, a adoção da
V/sen α V
Eq. 6.8 para valores diferentes de α poderia levar a resultados incoerentes (MANGINI,
2001).
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A parcela do esforço cortante absorvida pela armadura transversal pode ser obtida a 3.6.5 Modelo de cálculo II
partir da Eq. 6.11, fazendo-se θ = 45º:
O modelo II admite diagonais de compressão inclinadas de θ em relação ao eixo
A longitudinal do elemento estrutural, com θ variável livremente entre 30° e 45°. Admite
Vsw = sw 0,9 d fywd (sen α + cos α) , (6.15) ainda que a parcela complementar Vc sofra redução com o aumento de VSd.
s
a) verificação da compressão diagonal do concreto
e a parcela absorvida pelos mecanismos complementares é dada por:
Deve ser satisfeita a condição:
Vc = Vc0 = 0,6 fctd bw d (caso de flexão simples), (6.16)
VSd,max ≤ VRd2,
onde:
sendo o esforço VRd2 dado pela Eq. 6.8:
bw é a menor largura da seção;
VRd2 = 0,54 αv fcd bw d sen2 θ (cotg α + cotg θ) ,
d é a altura útil da seção, igual à distância da borda comprimida ao centro de gravidade f
e αv = 1 − ck com fck em MPa.
da armadura de tração; 250
s é o espaçamento entre elementos da armadura transversal Asw, medido segundo o eixo Para estribos verticais (α = 90º):
longitudinal do elemento estrutural;
VRd2 = 0,54 αv fcd bw d sen θ cos θ . (6.20)
fywd é a tensão na armadura transversal passiva, limitada ao valor fyd no caso de estribos
e a 70% desse valor no caso de barras dobradas, não se tomando, para ambos os casos, Para valores limites da inclinação das bielas de compressão, tem-se:
valores superiores a 435 MPa;
- para θ = 45º (e α = 90º)
α é o ângulo de inclinação da armadura transversal em relação ao eixo longitudinal do VRd2 = 0,27 αv fcd bw d (igual ao Modelo I).
elemento estrutural, podendo-se tomar 45° ≤ α ≤ 90°.
- para θ = 30º (e α = 90º)
fctd é a resistência de cálculo à tração do concreto, dada por: VRd2 = 0,234 αv fcd bw d.
f ctk, inf Observa-se, através das Eqs. 6.26 e 6.27, que quanto menor a inclinação das bielas de
f ctd = = 0,15 f ck2/3 , com fck em MPa. (6.17)
γc compressão, menor a capacidade resistente ao esmagamento na biela. Na verdade, este
valor limite diminui porque quando se adota inclinações menores, aumenta-se a tensão
Considerando VSd = Vc + Vsw e isolando-se Asw, tem-se: de compressão na biela (ou seja, maior a chance de esmagamento da mesma).
Fazendo sw=100cm, obtém-se (Eq. 6.18) a área de aço transversal (Asw) necessária ao VSd ≤ Vc + Vsw,
longo de 1m (cm2/m).
A parcela do esforço cortante absorvida pela armadura transversal pode é dada pela Eq.
Para estribos verticais (α = 90º), tem-se: 6.11:
A
(VS d − Vc ) s w Vsw = sw 0,9 d fywd (cotg α + cotg θ) sen α ,
A sw = . (6.19) s
0,9 d f ywd
e a parcela absorvida pelos mecanismos complementares é dada por:
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onde:
Nota-se que, quanto menor for θ, menor será a armadura transversal.
- Vc1 = Vc0 = 0,6 fctd bw d → quando VSd ≤ Vc0;
Observação: a Eq. 6.34 difere da Eq. 6.23 do Modelo I pelo fato de Vc não ser constante
- Vc1 = 0 → quando VSd = VRd2 (Eq. 6.8), interpolando-se linearmente para valores no Modelo II.
intermediários (ver Fig. 6.5).
3.7 Redução do esforço cortante no apoio
Vc
para VSd ≤ Vco → Vc = Vco
Nas proximidades dos apoios diretos, a quantidade de armadura de cisalhamento pode
ser menor do que aquela indicada pelo cálculo usual. Este fato ocorre porque parte da
para Vco < VSd ≤ VRd2: carga (próxima aos apoios) pode se dirigir diretamente aos apoios, portanto, sem
Vc0 (VRd2 − VSd ) solicitar a armadura transversal.
Vc = Vco
(VRd2 − Vco ) Então, para o cálculo da armadura transversal, no caso de apoio direto (se a carga e a
reação de apoio forem aplicadas em faces opostas do elemento estrutural, comprimindo-
VSd a), valem as seguintes prescrições:
Vc0 VRd2
- a força cortante oriunda de carga distribuída pode ser considerada, no trecho entre o
Figura 6.5 – Interpolação para a parcela Vc. apoio e a seção situada à distância d/2 da face de apoio, constante e igual à desta
seção. Assim, a redução será:
Lembrando que fctd é a resistência de cálculo à tração do concreto, dada por:
∆Vdist = p
(t + d ) ,
(7.1)
f ctk, inf 2
f ctd = = 0,15 f ck2/3 , com fck em MPa.
γc
sendo “t” a largura do apoio direto, “p” a carga distribuída e “d” a altura útil da viga
(ver Fig. 7.1).
Fazendo VSd = Vc + Vsw e isolando Asw, tem-se:
p
(VS d − Vc ) s w
A sw = . (6.22)
0,9 d f ywd (cotgα + cotg θ ) senα d
Fazendo sw=100cm, obtém-se (Eq. 6.22) a área de aço transversal (Asw) necessária ao
d/2
longo de 1m (cm2/m). d/2
t1 Lo t2
Para estribos verticais (α = 90º), tem-se:
p
(VS d − Vc ) s w
A sw = . (6.23)
0,9 d f ywd cotg θ
V
sendo “L” o vão teórico do trecho da viga, “P” a carga concentrada e “x” a distância da V
carga concentrada até o centro do apoio (ver Fig. 7.2). Vmin
Observa-se que somente o esforço cortante devido à carga concentrada pode ser
reduzido. Assim, para o caso de viga em balanço com carga concentrada (P) próxima ao
apoio (x<2d), a redução será “P(x/2d)”. Vmin
V
Após o cálculo das reduções, obtém-se o esforço característico que será empregado no
dimensionamento: trecho com Asw,min
d
V
t1 Lo t2 Vmin
P
x
Vmin
V L
V
∆V Asw trecho com Asw,min Asw
Vred
DEC
Figura 8.2 – Caso de armadura mínima na parte central.
Vmin O espaçamento máximo deve atender às seguintes condições (ver Fig. 9.1):
0,6 d
- se VSd ≤ 0,67 VRd2, então s max ≤ ;
V 30 cm
Asw1 Asw2 trecho c/ Asw,min Asw2 Asw1 0,3 d
- se VSd > 0,67 VRd2, então s max ≤ .
20 cm
Figura 8.3 – Divisão dos trechos com armadura maior que a armadura mínima. O espaçamento transversal entre ramos sucessivos da armadura constituída por estribos
não deve exceder os seguintes valores:
3.9 Detalhamento
d
a) Armadura mínima - se VSd ≤ 0,20 VRd2, então s t,max ≤ ;
80 cm
Todos os elementos lineares submetidos a força cortante devem conter armadura 0,6 d
- se VSd > 0,20 VRd2, então s t,max ≤ .
transversal mínima constituída por estribos, com taxa geométrica: 35 cm
A sw f st (espaçamento transversal)
ρ sw = ≥ 0,2 ctm , (8.1)
b w .s.sen α f ywk
s (espaçamento longitudinal)
onde:
h
s
Asw é a área da seção transversal dos estribos;
- os elementos estruturais lineares com bw > 5 d (em que d é a altura útil seção), caso O diâmetro da barra que constitui o estribo deve ser maior ou igual a 5 mm, sem
que deve ser tratado como laje; exceder 1/10 da largura da alma da viga.
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Quando a barra for lisa, seu diâmetro não pode ser superior a 12 mm. No caso de
estribos formados por telas soldadas, o diâmetro mínimo pode ser reduzido para 4,2 Verifica-se que a parcela da direita (Ra – P1(a1+a2) – P2 a2) é numericamente igual ao
mm, desde que sejam tomadas precauções contra a corrosão dessa armadura. momento fletor de cálculo (Md) atuando na seção vertical que contêm o ponto “k”. Isto
porque está sendo considerada uma situação de ruptura (ELU).
d) Detalhes construtivos da armadura transversal
Logo, pode-se escrever:
A armadura transversal (Asw) pode ser constituída por estribos (fechados na região de
apoio das diagonais, envolvendo a armadura longitudinal) ou pela composição de Fs z = M d ,
estribos e barras dobradas, entretanto quando forem utilizadas barras dobradas, estas
não devem suportar mais do que 60% do esforço total resistido pela armadura. A s f yd z = M d ,
O ângulo de inclinação α das armaduras transversais em relação ao eixo longitudinal do
elemento estrutural deve estar situado no intervalo 45° ≤ α ≤ 90°. Md
As = . (10.2)
f yd z
Os estribos devem ser fechados através de um ramo horizontal, envolvendo as barras da
armadura longitudinal de tração, e ancorados na face oposta. Quando essa face também A Eq. 10.2 é a mesma fórmula apresentada na Unidade II (dimensionamento à flexão
puder estar tracionada, o estribo deve ter o ramo horizontal nessa região, ou simples), a qual é empregada para o dimensionamento à flexão. A diferença é que,
complementado por meio de barra adicional. naquela situação, Md era da seção que continha o ponto “j” (onde atua Fs), que está
defasada da seção que contém o ponto “k” da distância “a2”. Como Md na seção do
3.10 Deslocamento do diagrama de momento fletor ponto “j” é menor que Md na seção do ponto “k”, a área de aço obtida, empregando-se o
(decalagem) momento na seção, seria menor do que a área realmente necessária.
Seccionando a treliça de Mörsch indicada na Fig. 10.1 em uma seção SS e fazendo o Em outras palavras, isto significa que a área As, na seção “j”, foi calculada (na Unidade
II) considerando um momento de: R(a-a2) – P1a1, enquanto deveria ter sido utilizado o
equilíbrio de momentos em torno do ponto “k”, chega-se a:
momento na seção “k”: Ra – P1(a1+a2) – P2 a2.
Fs z = Ra – P1(a1 + a2) – P2 a2. (10.1)
A Fig. 10.2 mostra a comprovação experimental dessa conclusão. Este ensaio foi
realizado por Fernandes e Fusco, em 1992, na USP (apud Fusco, 1995). Apresentam-se
a1 a2 as tensões nas armaduras longitudinais. Observa-se que as tensões máximas ocorrem na
P1 P2 P3 P4 parte central (maior momento fletor – constante) e em também em seções deslocadas
em al da parte central.
M z
θ
Fsj
R S
FIGURA 10.1 – Treliça de Mörsch.
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F
3.10.1 Modelo de cálculo I
F
5 10 15 15 15 15 15 15 15 15 15 20 20 15 15 71/2 71/2 71/2 10 10 5
Para o Modelo I, o valor de al é dado por:
extensômetros
VSd,máx
al = d (1 + cotg α ) − cotg α ≤ d, (10.3)
15
L11 L9 L7 L5 L3 L4 L6 L8 L10 L12
15 2(VSd,máx − Vc )
F
300
F sendo:
al = d, para VSd, máx ≤ Vc ;
0
al ≥ 0,5d, no caso geral;
al ≥ 0,2d, para estribos inclinados a 45°.
200
400 Na Eq. 10.3, Vsd,máx é o maior esforço cortante no tramo da viga, d é a altura útil da
CA 50-A viga, α é a inclinação dos estribos e Vc é a parcela de esforço cortante absorvida pelos
600
fc ≅ 60MPa
σs (MPa) 2F=230 kN al=d mecanismos complementares.
Na Eq. 10.4, d é a altura útil da viga, α é a inclinação dos estribos e θ é a inclinação das
bielas comprimidas (30º ≤ θ ≤ 45º).
diagrama original
al al
3.11 Armadura de suspensão
B
A armadura de suspensão funciona como um tirante interno que levanta a força aplicada
FIGURA 10.3 – Deslocamento do diagrama de momento fletor (decalagem). pela viga suportada na parte inferior da viga suporte até a parte superior da mesma. Este
procedimento deve ser realizado porque as vigas são calculadas segundo a analogia de
treliça, que pressupõe forças aplicadas na face superior e reação na face inferior.
Assim, quando ocorre uma situação como a ilustrada na Fig. 11.1, na qual uma viga se
apóia em outra viga com mesma altura, deve-se prever a suspensão da reação, de forma
a ter uma carga na face superior da viga suporte (como idealizado na analogia de
treliça).
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Calcula-se a armadura de suspensão através da expressão:
viga de A
lb lb
apoio
suspensão da
carga P/2 viga apoiada
ha viga de
apoio ha
hb
P/4 P/4
P armadura de
P/4
P/4 suspensão
viga apoiada armadura de
suspensão
corte AA
A
FIGURA 11.3 – Detalhe da armadura de suspensão.
bb
ha/2 hb/2
viga suportada
hb ha zona de suspensão
viga suporte
b) Torção de compatibilidade
φ/L Este tipo de torção pode ser desprezado. Isto é possível porque a rigidez à torção é
reduzida de 8 a 10 vezes devido à fissuração por flexão.
Figura 1.1 – Comportamento à torção de uma seção cheia e outra vazada.
P
T P.c
θ
TB=Pca/L
TA=Pcb/L
barras tracionadas
diagonais comprimidas (armadura longitudinal e
(concreto) transversal)
Figura 1.3 – Exemplo de torção de equilíbrio: viga suportando outra viga em balanço.
FIGURA 1.2 – Modelo de cálculo para torção: treliça espacial.
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TSd ≤ TRd,3 , (2.2)
B
c TSd ≤ TRd,4 , (2.3)
L
p
onde:
A
TSd = γf T representa o momento torsor de cálculo;
TRd,2 representa o limite dado pela resistência das diagonais comprimidas de concreto;
mT = pc2/2
TRd,3 representa o limite definido pela parcela resistida pelos estribos normais ao eixo
do elemento estrutural;
TB= mTL/2
TRd,4 representa o limite definido pela parcela resistida pelas barras longitudinais,
paralelas ao eixo do elemento estrutural.
TA= mTL/2
Figura 1.4 – Exemplo de torção de equilíbrio: viga suportando uma marquise. Os limites acima definidos permitem definir a seção transversal e dimensionar as
armaduras necessárias.
L=a+b b
4.2.2 Geometria da seção resistente
B
a
P a) Seções poligonais convexas cheias
A
TB=Ta/L he
TA=Tb/L
R
T
c1
T
P c1
he ≥ 2 c1 , (2.5)
Admite-se satisfeita a resistência do elemento estrutural, numa dada seção, quando se
verificarem, simultaneamente, as seguintes condições:
onde:
TSd ≤ TRd,2 , (2.1)
Ac é a área da seção cheia;
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he
µ é o perímetro da seção cheia;
T
he1 τ= , (2.7)
2 Ae he
b1 sendo:
he2 Ae é a área limitada pela linha média da parede da seção vazada, real ou equivalente,
incluindo a parte vazada (ver Fig 2.4);
a2
he é a espessura equivalente da parede da seção vazada, real ou equivalente, no ponto
b2 considerado.
3
ai b i
TSdi = TSd , (2.6) Ae
Σ a 3i b i τ h
θ
onde a é o menor lado do retângulo e b é o maior lado do retângulo.
T
c) Seções vazadas he
No caso de seções vazadas (Fig. 2.3), deve ser considerada a menor espessura de parede
entre: Figura 2.4 – Tensões de cisalhamento devidas ao momento torsor.
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Logo: sendo:
f
τ αv = 1 − ck com fck em MPa.
σc = . (2.9) 250
cos θ sen θ
Assim, para o caso de torção pura, a resistência decorrente das diagonais comprimidas
Substituindo a Eq. 2.7 em 2.9, tem-se: de concreto deve ser verificada através das expressões:
T TSd ≤ TRd,2 ,
σc = . (2.10)
2 A e h e cos θ sen θ
TRd2 = 0,50 αv fcd Ae he sen 2θ ,
onde:
θ é o ângulo de inclinação das diagonais de concreto, arbitrado no intervalo
sen θ 30° ≤ θ ≤ 45° (deve ser usado o mesmo ângulo arbitrado no modelo para o cisalhamento
em casos de torção não-pura);
τ 1,0
T Ae é a área limitada pela linha média da parede da seção vazada, real ou equivalente,
σc θ
cos θ incluindo a parte vazada (ver Fig 2.6);
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ramo do estribo para efeito da torção (para esforço cortante podem ser considerados fywd é a resistência de cálculo do aço da armadura passiva, limitada a 435 MPa;
todos os ramos verticais do estribo).
e A Tsw é a área de armadura transversal para torção.
4.2.4 Cálculo das armaduras
A resistência dos estribos verticais deve atender à expressão:
As armaduras consideradas efetivas à torção são aquelas contidas na área
correspondente à parede equivalente. Ou seja, para torção não podem ser considerados
os ramos dos estribos que estiverem no interior da seção (comum no caso de estribos de TSd ≤ TRd,3 .
quatro ramos). Quando for necessário aumentar a taxa de armadura transversal para T
torção deve ser usado estribo duplo (dois estribos colados) no perímetro externo. Isolando-se A sw tem-se:
a) Armadura transversal TSd s w
T
A sw = . (2.17)
2A e f ywd cotg θ
Fazendo um corte ao longo da diagonal comprimida (Fig. 2.7), pode-se determinar a
armadura transversal necessária pelo equilíbrio de forças na vertical. Assim, tem-se:
Fazendo sw=100cm na Eq. 2.17, obtém-se a área de aço transversal necessária ao longo
de 1m (cm2/m).
cotg θ
τ 1,0 he = Rst = Asw fywk, (2.15)
s Assim, A Tsw é a área de aço por metro correspondente a um ramo de estribo situado na
onde Asw é a área de um ramo do estribo vertical. espessura he. Por isso, ao se somar a parcela de armadura transversal devido ao esforço
cortante (Asw) com a parcela devido à torção ( A Tsw ) deve-se respeitar o fato de ser
considerando apenas um ramo do estribo para efeito da torção (para esforço cortante
Rst podem ser considerados todos os ramos verticais do estribo). Assim, pode-se fazer:
s
Asw Total
A sw = A sw + 2 A sw
T
.
b) Armadura longitudinal
τ 1,0
θ Fazendo novamente um corte ao longo da diagonal comprimida (Fig. 2.8), pode-se
determinar a armadura longitudinal necessária pelo equilíbrio de forças na horizontal.
Assim, tem-se:
cotg θ A
τ cotg θ he = Rsl = sl fyk, (2.18)
Figura 2.7 – Equilíbrio da seção fazendo-se um corte ao longo da diagonal. u
onde Asl é a área da barra longitudinal. Utilizando-se ue (perímetro da seção com área
Ae) ao invés de u, tem-se a área de aço longitudinal total.
Empregando-se novamente a fórmula de Bredt (Eq. 2.7):
Asl
T cotg θ
= Asw fywk, u
2 Ae s
τ 1,0
Rsl
Trabalhando-se no ELU, obtém-se: θ
AT τ
TRd3 = sw f ywd 2A e cotg θ ,
(2.16)
sw cotg θ
onde:
Figura 2.8 – Equilíbrio da seção fazendo-se um corte ao longo da diagonal.
TRd,3 representa o limite definido pela parcela resistida pelos estribos normais ao eixo do
elemento estrutural; Empregando-se novamente a fórmula de Bredt (Eq. 2.7):
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T A 4.2.5.2 Armadura longitudinal no banzo comprimido por flexão
cotg θ = sl fyk, (2.19)
2 Ae ue
No banzo comprimido pela flexão, a armadura longitudinal de torção pode ser reduzida
em função dos esforços de compressão que atuam na espessura efetiva h e no trecho de
Trabalhando-se no ELU, obtém-se:
comprimento ∆u correspondente à barra ou feixe de barras consideradas. A favor da
segurança, geralmente despreza-se este alívio.
A
TRd4 = sl f ywd 2A e tg θ (2.20)
ue 4.2.5.3 Resistência de banzo comprimido
onde TRd,4 representa o limite definido pela parcela resistida pelas barras longitudinais,
paralelas ao eixo do elemento estrutural. Nas seções em que a torção atua simultaneamente com solicitações normais intensas,
que reduzem excessivamente a profundidade da linha neutra, particularmente em vigas
Desta forma, a resistência decorrente das armaduras longitudinais deve atender à de seção celular, o valor de cálculo da tensão principal de compressão não deve superar
expressão: o valor 0,85 fcd .
TSd ≤ TRd,4 . Esta tensão principal deve ser calculada como em um estado plano de tensões, a partir
da tensão normal média que age no banzo comprimido de flexão e da tensão tangencial
Então, isolando-se Asl, tem-se: de torção calculada pela fórmula de Bredt:
TSd
TSd u e τ td = .
A sl = . (2.21) 2 Ae he
2A e f yd tg θ
4.2.6 Estado limite de fissuração inclinada da alma
onde:
Usualmente não é necessário verificar a fissuração diagonal da alma de elementos
Asl é a soma das áreas das seções das barras longitudinais; estruturais de concreto. Em casos especiais em que isso for considerado importante,
deve-se limitar o espaçamento da armadura transversal a 15 cm.
ue é o perímetro de Ae.
4.3 Armadura mínima
A armadura longitudinal de torção de área total Asl pode ter arranjo distribuído ou
concentrado, mantendo-se obrigatoriamente constante a relação ∆Asl /∆u, onde ∆u é o Sempre que a torção for necessária ao equilíbrio do elemento estrutural deve existir
trecho de perímetro, da seção efetiva, correspondente a cada barra ou feixe de barras de armadura destinada a resistir aos esforços de tração oriundos da torção. Essa armadura
deve ser constituída por estribos verticais normais ao eixo do elemento estrutural e
área ∆Asl. barras longitudinais distribuídas ao longo do perímetro da seção resistente com taxa
geométrica mínima dada pela expressão:
Nas seções poligonais, em cada vértice dos estribos de torção deve ser colocada pelo
menos uma barra longitudinal.
f ctm
4.2.5 Flexão e torção ρ sl = ρ sw ≥ 0,2 ,
f ywk (3.1)
Nos elementos estruturais submetidos à torção e à flexão simples ou composta, as
verificações podem ser efetuadas separadamente para a torção e para as solicitações onde
normais.
fctm = 0,3.fck2/3 em MPa (resistência média à tração do concreto);
fywk ≤ 500MPa (resistência característica do aço).
4.2.5.1 Armadura longitudinal
Para a armadura transversal mínima, tem-se:
Na zona tracionada pela flexão, a armadura de torção deve ser acrescentada à armadura
necessária para solicitações normais, considerando-se em cada seção os esforços que A sw, min = ρ sw b w s w . (3.2)
agem concomitantemente.
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Para a armadura longitudinal mínima, pode-se considerar: 5 Detalhamento longitudinal de vigas
A sl ,min = ρ sl u e he . (3.3)
5.1 Aderência
Quando a torção não for necessária ao equilíbrio, caso da torção de compatibilidade, é
possível desprezá-la, desde que o elemento estrutural tenha a adequada capacidade de
adaptação plástica e que todos os outros esforços sejam calculados sem considerar os O trabalho conjunto do concreto e das armaduras se deve à transmissão de esforços
efeitos por ela provocados. Para garantir um nível razoável de capacidade de adaptação internos de um material a outro através das tensões de aderência.
plástica deve-se respeitar a armadura mínima de torção e a força cortante limitada, tal
que: VSd ≤ 0,7 VRd2. Então a aderência serve para impedir o escorregamento das armaduras nos segmentos
entre fissuras, limitar a abertura das fissuras e ancorar as armaduras nas extremidades,
4.4 Disposições construtivas ou nos pontos de emenda por traspasse.
Com relação ao detalhamento da armadura de torção, a NBR 6118:2014 estabelece que: 5.1.1 Tipos de Aderência
- A armadura destinada a resistir aos esforços de tração provocados por torção deve a) Aderência por adesão: ligação físico-química na interface aço/concreto durante a
ser constituída por estribos normais ao eixo da viga, combinados com barras pega (ver Fig. 1.1). É muito fraca e, uma vez vencida, se anula, sendo desprezada
longitudinais paralelas ao mesmo eixo. geralmente.
- Os estribos para torção devem ser fechados em todo o seu contorno, envolvendo as
barras das armaduras longitudinais de tração, e com as extremidades adequadamente
ancoradas por meio de ganchos em ângulo de 45º.
FIGURA 1.1 – Aderência por adesão.
- As barras longitudinais da armadura de torção podem ter arranjo distribuído ou
concentrado ao longo do perímetro interno dos estribos, espaçadas no máximo de b) Aderência por atrito: função da rugosidade superficial da barra e da pressão
350 mm. transversal aplicada pelo concreto (ver Fig. 1.2).
- As seções poligonais devem conter, em cada vértice dos estribos de torção, pelo
menos uma barra. FIGURA 1.2 – Aderência por atrito.
30cm
fbd h-30cm
distribuição α > 45º
simplificada distribuição
real
- fator água/cimento: quanto maior a resistência menor o comprimento de ancoragem; 5.1.4 Valores de tensão de aderência
- posição das barras durante a concretagem. Segundo a NBR 6118:2014 (item 9.3.2), as tensões de aderência de cálculo, entre
armadura e concreto, devem ser obtidas pela expressão:
Com relação à posição das barras durante a concretagem, as barras horizontais ou pouco
inclinadas (α<45º), situadas sobre uma camada espessa de concreto fresco, têm sua fbd = η1 η2 η3 fctd , (1.1)
aderência prejudicada pela sedimentação do concreto, que deixa um espaço vazio na sendo:
face inferior da barra.
fctd = fctk,inf / γc ;
Quando a camada de concreto fresco, subjacente à barra, é superior a 30cm, a barra
superior é considerada em região de má aderência, apresentando um valor reduzido de η1 = 1,0 para barras lisas (CA-25);
fbd , ou seja, um comprimento majorado de ancoragem por aderência. Porém, se a peça
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η1 = 1,4 para barras dentadas (CA-60); concreto
- sem gancho nas barras comprimidas e naquelas em que houver alternância de tração 5.1.7 Comprimento de ancoragem necessário
e compressão;
O comprimento de ancoragem necessário é dado por:
- com ou sem gancho nos demais casos, não sendo recomendado o gancho para barras
de φ > 32 mm ou para feixes de barras. A s calc
l b,nec = α 1 l b ≥ l b,min , (1.5)
A s ef
À exceção das regiões situadas sobre apoios diretos, as ancoragens por aderência devem
ser confinadas por armaduras transversais ou pelo próprio concreto, considerando-se sendo:
este caso quando o cobrimento da barra ancorada for maior ou igual a 3φ e a distância
entre barras ancoradas for maior ou igual a 3φ (item 9.4.1.1 NBR 6118:2014). α1 = 1,0 para barras sem gancho;
α1 = 0,7 para barras tracionadas com gancho, com cobrimento no plano normal ao do
gancho ≥ 3φ;
0,3 l b
5.1.6 Comprimento de ancoragem básico
l b,min ≥ 10 φ .
10 cm
Denomina-se comprimento de ancoragem de uma barra de armadura o comprimento
necessário para transferir para o concreto, por aderência, o esforço de escoamento da
barra. 5.1.8 Condições relativas aos ganchos nas armaduras de tração
Assim, quando uma barra de armação da peça de concreto armado puder ser retirada de Os ganchos de extremidades das barras de tração podem ser:
trabalho a partir de uma determinada seção, basta assegurar para ela um comprimento
de ancoragem lb medido após a referida seção (Fig. 1.6). - semi-circulares (Fig. 1.7), com ponta reta não inferior a 2φ (obrigatório para barras
lisas);
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≥2φ - em ângulo reto, com ponta reta de comprimento maior ou igual a 10φ, porém não
inferior a 7cm (não sendo permitidas barras e fios lisos);
r ≥10φ ou 7cm
φ 5φ ou 5cm
lb ≥10φ
FIGURA 1.7 – Gancho semi-circular. ou 7cm
- em ângulo de 45º (interno), com ponta reta não inferior a 4φ (Fig. 1.8);
≥4φ
r r
r
φ
- em ângulo reto (Fig. 1.9), com ponta reta não inferior a 8φ; O raio interno da curvatura deverá obedecer aos valores mínimos indicados na Tab. 1.2.
TABELA 1.2 – Raios mínimos (r) dos pinos de dobramento para estribos.
≥8φ
Bitola Tipo de aço
r mm CA-25 CA-50 CA-60
φ
≤ 10 1,5 φt 1,5 φt 1,5 φt
lb 10<φt< 20 2 φt 2,5 φt 3 φt
≥ 20 2,5 φt 4 φt -
- semi-circulares, ou em ângulo de 45º (interno), com ponta reta de comprimento 5φ, barra tracionada barra comprimida
porém não inferior a 5cm (ver Fig. 1.10);
FIGURA 1.11 – Bielas comprimidas na ancoragem.
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Caso não exista armadura transversal suficiente para impedir esta fissuração, deve-se - emendas por traspasse: são as de execução mais corriqueira por serem as mais
dispor armadura ao longo do terço extremo da ancoragem, com capacidade para resistir simples de se realizar em obra;
a 25% do esforço ancorado por uma barra (para barras com φ < 32mm). Podem ser
consideradas como eficientes para este fim todas as barras que atravessem o plano de - emendas por solda: têm a vantagem de poderem ser executadas em pequenos
possível fissuração. comprimentos da barra, mas necessitam mão de obra especializada e controle
rigoroso de materiais e processo de execução;
Assim, para a ancoragem retilínea da viga indicada na Fig. 1.12 deve-se ter:
- emendas por luvas: são muito mais caras e só empregadas quando não se pode
R deixar ferros em espera.
A st ≥ st , (1.6)
4 f yd
Por sua simplicidade e por ser a mais empregada, será estudada em detalhes apenas a
emenda por traspasse.
contando-se, para tal, com todas as pernas verticais dos estribos no trecho da ancoragem
(normalmente os estribos existentes na viga necessários para o cisalhamento asseguram
esta condição, por isso esta verificação é pouco usada). 5.2.1 Emendas por solda
Ast As emendas por solda podem ser (item 9.5.4 NBR 6118:2014):
Segundo item 9.4.2.6.2 da NBR 6118:2014, quando se tratar de barras comprimidas, As soldas de topo podem ser por eletrofusão com pressão (caldeamento), ou por
pelo menos uma das barras constituintes da armadura transversal deve estar situada a deposição de eletrodo com chanfro em “X” nas extremidades, esta última apenas para
uma distância igual a quatro diâmetros (da barra ancorada) além da extremidade da φ>20mm.
barra.
As soldas por traspasse, ou por barras justapostas, empregam cordões de solda junto às
Para barras com φ ≥ 32mm, deve ser verificada a armadura em duas direções extremidades, com comprimento maior ou igual a 5φ. Em casos especiais, podem ser
transversais ao conjunto de barras ancoradas. Essas armaduras transversais devem empregadas emenda com cobrejuntas, conforme ilustrado na Fig. 2.2.
suportar os esforços de fendilhamento segundo os planos críticos, respeitando
espaçamento máximo de 5 φ (onde φ é o diâmetro da barra ancorada).
5.2 Emendas
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solda de topo por caldeamento As luvas rosqueadas são utilizadas em casos em que não é possível a utilização de
prensa in-loco. São constituídas de luvas, cada uma com rosca interna em apenas uma
extremidade, e unidas por um pino de aço com rosca externa (ver Fig. 3.4). As
solda de topo com eletrodo extremidades sem rosca são prensadas nas barras. A montagem das barras é realizada
através do giro de uma barra contra a outra, com a luva prensada e o pino inserido.
solda por traspasse
φ
5φ φ 5φ Existe ainda a emenda com rosca cônica (ver Fig. 3.5). Neste caso, tem-se a fabricação
antecipada da rosca. O equipamento de rosquear é semi-automático, de simples
FIGURA 2.1 - Emendas por solda. operação e pode ser facilmente instalado no canteiro da obra. A montagem da luva para
completar a emenda necessita apenas de uma chave de grifo.
FIGURA 2.2 – Emenda com cobrejunta (caso especial). FIGURA 2.5 – Emenda com rosca cônica.
As emendas por solda podem ser realizadas na totalidade das barras em uma seção
transversal do elemento estrutural. A resistência de cada barra emendada deve ser A eficiência de todos estes tipos de emenda, quanto à resistência e deformações, deve
considerada sem redução. Em caso de barra tracionada e havendo preponderância de ser comprovada por meio de ensaios em laboratórios idôneos. Segundo o item 9.5.3 da
carga acidental, a resistência deve ser reduzida em 20%. NBR 6118:2014, as luvas devem ter resistência maior que as barras emendadas.
As barras a serem emendadas podem ser colocadas bem próximas um das outras. No
caso de barras de alta resistência (com nervuras), as barras podem ser postas em contato
FIGURA 2.3 – Luva prensada. direto ou afastada de uma distância inferior a 4φ.
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b) Coeficiente α0t
≤ 4φ O coeficiente α0t é função da proporção de barras emendadas na mesma seção e é dado
l0t pela tabela 2.2 (item 9.5.2.2 NBR 6118:2014):
FIGURA 2.6 – Comprimento da emenda por traspasse (para barras de alta aderência) Barras emendadas na mesma seção
≤ 20 25 33 50 > 50
%
Valores de α0t 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
O comprimento de transmissão l0t é calculado como o comprimento de ancoragem
necessário, o que de fato seria verdadeiro desde que não existisse uma grande
quantidade de barras sendo emendadas próximas uma das outras, o que perturbaria a
condições de aderência. Por isso, para cálculo de l0t multiplica-se o comprimento lb,nec c) Comprimento por traspasse de barras comprimidas
pelo coeficiente α0t, o qual leva em conta a densidade de barras emendadas na mesma
seção. Quando se tratar de barras comprimidas, o comprimento de traspasse é dado por:
l 0t = α 0t l b,nec ≥ l 0t,min , (2.1) sendo l0c,min o maior valor entre 0,6lb, 15φ e 20 cm.
sendo l0t,min o maior valor entre 0,3 α0t lb, 15φ e 20 cm. d) Disposições complementares
- As emendas por traspasse não podem ser utilizadas para bitolas de armação
a) Percentual máximo de barras emendadas na mesma seção superiores a 32 mm e são explicitamente proibidas para tirantes e pendurais.
A proporção máxima de barras tracionadas emendadas por traspasse na mesma seção é - Consideram-se como na mesma seção transversal as emendas que se superpõem ou
dada pela tabela 2.1 (item 9.5 NBR 6118:2014). cujas extremidades mais próximas estejam afastadas de menos que 20% do
comprimento do trecho de traspasse. Quando as barras têm diâmetros diferentes, o
TABELA 2.1 – Proporção máxima de barras tracionadas emendadas. comprimento de traspasse deve ser calculado pela barra de maior diâmetro (ver Fig.
2.7).
Tipo de carregamento
Tipo de barra Situação lot1
Estático Dinâmico
- para φ≥16mm ou quando a proporção de barras emendadas na mesma seção for Para as barras alojadas nas mesas ou lajes (item 18.3.2.3.2), e que façam parte da
maior ou igual a 25%, a armadura transversal deve: ser capaz de resistir a um força armadura da viga, o ponto de interrupção da barra é obtido pelo mesmo processo
igual a de uma barra emendada; ser constituída por barras fechadas se a distância anterior, considerando ainda um comprimento adicional igual à distância da barra à face
entre duas barras emendadas na mesma seção for menor que 10φ; concentrar-se nos mais próxima da alma.
terços extremos da emenda.
≤15cm
4φ loc/3 loc/3 4φ
loc
barras comprimidas
FIGURA 3.1 - Cobertura do diagrama de força de tração solicitante pelo diagrama
FIGURA 2.8 – Disposição das armaduras transversais. resistente.
d) em qualquer trecho da viga, devem-se ter, no mínimo, duas barras longitudinais nas ≥8φ
faces superior e inferior. r
Para os casos (b) e (c), em apoios extremos, as barras das armaduras devem ser
ancoradas, a partir da face do apoio, com comprimentos iguais ou superiores ao maior ≥7cm
dos seguintes valores (ver Fig. 3.2):
- lb,nec; bw
- (r + 5,5φ); ≥7cm
- 60 mm;
t
onde r é o raio de curvatura interno do gancho (r=2,5φ para φ<20mm e r=4φ para
φ≥20mm) e φ é o diâmetro da barra. FIGURA 3.3 – Ancoragem simplificada nos apoios extremos.
Para os casos (b) e (c), em apoios intermediários, o comprimento de ancoragem pode ser
igual a 10φ (ver Fig. 3.4), desde que não haja qualquer possibilidade da ocorrência de
momentos positivos nessa região, provocados por situações imprevistas,
particularmente, por efeitos de vento e eventuais recalques. Quando essa possibilidade
existir, as barras devem ser contínuas ou emendadas sobre o apoio.
≥10φ ≥10φ
t
Quando houver cobrimento da barra no trecho do gancho, medido normalmente ao FIGURA 3.4 – Ancoragem nos apoios intermediários.
plano do gancho, de pelo menos 70 mm e as ações acidentais não ocorrerem com grande
freqüência com seu valor máximo, o primeiro dos três valores anteriores pode ser
desconsiderado, prevalecendo as duas condições restantes (Fig. 3.3). 5.3.4 Furos que atravessam as vigas em direção da altura
Conforme item 21.3.2 da NBR 6118:2014, as aberturas em vigas, contidas no seu plano
principal, como furos para passagem de tubulação vertical nas edificações (ver Fig. 3.5),
não devem ser superiores a 1/3 da largura dessas vigas nas regiões desses furos. Deve
ser verificada a redução da capacidade portante ao cisalhamento e à flexão na região da
abertura.
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A distância mínima de um furo à face mais próxima da viga deve ser no mínimo igual a 5.3.6 Mudanças de direção das armaduras
5 cm e duas vezes o cobrimento previsto nessa face. A seção remanescente nessa região,
tendo sido descontada a área ocupada pelo furo, deve ser capaz de resistir aos esforços Quando houver tendência à retificação de barra tracionada em regiões em que a
previstos no cálculo, além de permitir uma boa concretagem. resistência a esses deslocamentos seja proporcionada por cobrimento insuficiente de
concreto, a permanência da barra em sua posição deve ser garantida por meio de
No caso de ser necessário um conjunto de furos, os furos devem ser alinhados e a estribos ou grampos convenientemente distribuídos (item 18.2.3 NBR 6118:2014).
distância entre suas faces deve ser de no mínimo 5 cm ou o diâmetro do furo e cada Deve ser dada preferência à substituição da barra por outras duas prolongadas além do
intervalo deve conter pelo menos um estribo. seu cruzamento e ancoradas adequadamente (ver Fig. 3.6).
No caso de elementos estruturais submetidos à torção, esses limites devem ser ajustados
de forma a permitir um funcionamento adequado.
Para furos que atravessam vigas na direção de sua largura, em qualquer caso, a distância
mínima de um furo à face mais próxima da viga deve ser no mínimo igual a 5 cm e duas
vezes o cobrimento previsto para essa face (item 13.2.5.1 NBR 6118:2014).
A seção remanescente nessa região, tendo sido descontada a área ocupada pelo furo,
deve ser capaz de resistir aos esforços previstos no cálculo, além de permitir uma boa
concretagem.
a) abertura em zona de tração e a uma distância da face do apoio de no mínimo 2h, onde
h é a altura da viga;
d) cobrimentos suficientes.
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5.4 Exemplo de projeto de viga kvig é grau de engastamento da viga no pilar, ri é a rigidez do elemento i no nó
considerado e Meng é o momento de engastamento perfeito.
O exercício que será apresentado refere-se ao projeto de uma viga considerando-se
apenas o Estado Limite Último (ELU), ou seja, não serão realizadas as verificações de pórtico
serviço necessárias para o projeto completo da viga (estado limite de deformação
excessiva, estado limite de abertura de fissura e o estado limite de vibração excessiva).
Lsup /2 Lsup
5.4.1 Dados do exercício p
análise isolada Linf
Dimensionar a viga V1 indicada na Fig. 1. Considere que a obra será construída em da viga
ambiente urbano (classe de agressividade ambiental II - CAA II), sendo esta uma viga
Linf /2
de fachada (não se trata de ambiente interno seco) com controle rigoroso dos
espaçamentos (∆c = 0,5cm). Assim, os dados que serão usados são: concreto C25 (fck =
25 MPa), brita 1 e c = 2,5cm. A altura dos pavimentos é de 2,8m (centro a centro das
Lvig
lajes). fundações
L
L1
(h=10cm)
Figura 3 – Modelo de cálculo aproximado para consideração de momento de
V1 (15×60) solidariedade sem a análise do pórtico.
P1 (20×40) P2 (20×40) Como a viga não é contínua, deve-se usar o coeficiente de rigidez igual ao do pilar
600cm (3EI/l), conforme ilustra a Fig. 4 (os pilares e a viga têm extremidades opostas
rotuladas). Quando for o caso de viga contínua, usa-se (4EI/l).
Figura 1 – Dados do exercício (planta de forma sem escala).
6,40m
15 . 60 3
3E
3EI 12 = 1265,625 E ; (2) 68,93
rvig = =
L vig 640
DEC (kN)
20 . 40 3
6E
6EI 12 = 2285,71 E . (3)
rpilar = = 68,93
L pilar 280
57,57 57,57
2 rpilar
k vig = = 0,783 . (4) - - DMF (kN.m)
rvig + 2 rpilar
+
• Observação: utilizou-se a distância de centro a centro de pilar como vão efetivo da 52,71
viga (600+20+20=640cm). Entretanto, seguindo as prescrições de norma, não é
preciso considerar distâncias maiores que 0,3h=18cm em cada apoio. Assim, o vão Figura 5 – Diagramas de esforços obtidos utilizando-se a fórmula simplificada para o
efetivo seria 636cm (600+18+18). Usou-se a distância de centro a centro por ser momento de solidariedade.
mais simples para determinação dos comprimentos das barras e por ser um
procedimento bastante usado na prática.
Conforme a NBR 6118:2014, para utilização do modelo clássico de viga contínua,
O momento de engastamento perfeito, para vigas com apenas carga distribuída, vale: simplesmente apoiada nos pilares, deve-se também verificar as seguintes correções
adicionais:
p L2
M eng = = 73,52 kN.m , (5)
12 a) não devem ser considerados momentos positivos menores que os que se obteriam
se houvesse engastamento perfeito da viga nos apoios internos.
logo:
Para uma situação de engastamento perfeito nas duas extremidades, o momento
M ext = k vig M eng = 0,783 × 73,52 = 57,57 kN.m . (6) positivo máximo seria:
Como neste exercício não existem pilares intermediários, não cabe esta verificação.
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5.4.3 Dimensionamento da armadura longitudinal 0,68 f cd b w x
As = = 3,67cm2.
f yd
a) Armadura positiva
As min = ρmin b h = 1,35cm2.
Md = γf M = 1,4×52,71 = 73,794 kN.m. Então, pode-se usar 3φ12,5mm (As efet = 3,75cm2) ou 2φ16mm (As efet = 4,0cm2).
bh 2
Md,mín = 0,8Wo fctk,sup = 0,8 fctk,sup = 2401 kN.cm = 24,01 kN.m < Md. Neste caso, para permitir maior espaçamento para a colocação do vibrador (já que é
6 uma armadura negativa), é preferível usar 2φ16mm .
fctk,sup = 1,3 fctm = 1,3×0,3 f ck2/3 = 3,33 MPa = 0,333 kN/cm2.
d” = 6 cm (arbitrado).
d = h – d” = 60 – 6 = 54cm
Md
x = 1,25 d 1 − 1 − = 7,97cm.
0,425 f cd b w d 2
xlim = 0,45 d = 24,3cm.
Como x ≤ xlim → armadura simples:
2 cm
0,68 f cd b w x = 1,25cm
As = = 3,34cm2. φ
f yd e h = 5,80cm ≥ → Ok.
1,2 d max = 2,28cm
As min = ρmin b h = 1,35cm2. φ vib + 1 = 4cm
2/3
f
ρ min = 0,0667 ck ≥ 0,15% → ρmin = 0,15%.
f yd α” = ∑yi/n = φ/2 = 0,8cm < 10%h → Ok.
Então, pode-se usar 3φ12,5mm (As efet = 3,75cm2). d”ef = c + φt + α” = 2,5 + 0,5 + 0,8 = 3,8cm < d”adotado → Ok.
2 cm c) armadura de pele
e h = 2,625cm ≥ φ = 1,25cm → Ok.
1,2 d As,pele = 0,10% bwh / face
max = 2, 28cm As,pele = 0,9cm2 / face → 3φ6,3mm / face
α” = φ/2 = 0,625cm < 10%h → Ok. Espaçamento entre as barras (e):
d”ef = c + φt + α” = 2,5 + 0,5 + 1,25/2 = 3,625cm < d”adotado → Ok. 20cm
e ≈ 13,12cm ≤ → Ok
d/3 = 18cm
b) Armadura negativa
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5.4.4 Deslocamento do diagrama de momentos 5.4.6 Comprimentos de ancoragem
Considerando o Modelo II, o deslocamento do diagrama de momentos fletores é dado O comprimento de ancoragem necessário é dado por:
por: A s calc
l b,nec = α1 l b ≥ l b,min , (10)
A s ef
a l = 0,5d (cotgθ − cotg α) , (8)
sendo:
sendo:
α1 = 1,0 para barras sem gancho;
al ≥ 0,5d, no caso geral; α1 = 0,7 para barras tracionadas com gancho, com cobrimento no plano normal ao do
al ≥ 0,2d, para estribos inclinados a 45°. gancho ≥ 3φ;
0,3 l b
Usando θ=45º (inclinação das bielas comprimidas) e α=90º (inclinação dos estribos),
tem-se: l b,min ≥ 10 φ .
10 cm
al = 0,5d = 0,5×54 = 27,0cm.
Então, como Nd = 0: - para armadura positiva (região de boa aderência): lb = 38φ = 38×1,25 = 48cm.
a V
A s,apoio = l d . (9)
d f yd - para armadura negativa (região de má aderência): lb = 54φ = 54×1,6 = 87cm.
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Então pode-se usar ancoragem reta com 22cm (Fig. 8).
≥8φ
r
c r+5,5φ
≥6cm r=2,5φ para φ<20mm 22
r=4φ para φ≥20mm
c m
a
38
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Na notação empregada, M +2 φ representa o momento positivo que será “absorvido” por
32
duas barras. Observe que o momento negativo foi dividido em 2 partes iguais (Fig. 11),
pois são empregadas 2 barras (2φ16mm), enquanto que o momento positivo foi dividido
r = 4cm em três trechos, pois usa-se 3φ12,5mm.
19
13
Com estas distâncias calculadas, pode-se facilmente determinar os comprimentos dos
2,5 37,5 trechos “dentro” do diagrama, indicados na Fig 11. Observe que estas distâncias
Comprimento total dentro do determinadas são os pontos onde tem-se as divisões das parcelas das barras.
apoio = 32+6,5+13=51,5cm
M=-57,57 kN.m M=-57,57 kN.m
40cm (2φ16mm) (2φ16mm)
99 640-2×99=442 99
DMF
5.4.8 Determinação dos comprimentos das barras
640-2×139=362
Para determinar o comprimento dos trechos no diagrama de momentos fletores,
montam-se as equações de momentos ao longo do comprimento da viga. Neste caso, 640-2×192=256
tem-se apenas uma equação que descreve o momento ao longo do vão, dada por:
0
p x2 M=52,71 kN.m
M(x) = M ext +Rx− , (13) (3φ12,5mm)
2
onde Mext deve ser considerado com sinal negativo. Na Eq. 12, R é a reação vertical, p a Figura 11 – Distâncias dentro do diagrama de momentos fletores e distribuição em
carga distribuída e x a distância horizontal. Isolando-se a distância x, tem-se: faixas eqüidistantes proporcionais à quantidade de barras (medidas em cm).
R − R 2 − 2 p (M(x) - M ext ) Para calcular os comprimentos das barras, deve-se deslocar o diagrama de momentos
x= . (14)
p fletores, no sentido mais desfavorável, no valor de al = 27cm (Fig. 12).
Nesta equação (Eq. 13), deve-se ter atenção para a consideração dos sinais dos A numeração das barras está indicada na Fig. 13. Observe que as duas barras negativas
momentos (Mext deve ser negativo e o sinal de M(x) depende do trecho). e duas barras positivas apresentam a mesma numeração. Isto ocorre porque as duas
barras negativas devem ter comprimento iguais (sempre se usam no mínimo duas
Por meio da Eq. 13 obtém-se as distâncias correspondentes aos valores de momentos barras) e duas barras positivas devem percorrer toda a extensão da viga (de apoio a
fletores que representam as parcelas de cada barra (ver Fig. 11): apoio). Então não é necessário calcular o comprimento das barras N2 (positivas), pois já
se sabe que este vale 644cm (600+22+22).
M(x) = M −2φ = −57,57 kN.m → x −2 φ = 0,0m
1
M(x) = M 1−φ = −57,57 × = −28,785 kN.m → x 1−φ = 0,45m
2
M(x) = 0 → x = 0,99m
1
M(x) = M 1+φ = 52,71 × = 17,57 kN.m → x 1+φ = 1,39m
3
2
M(x) = M 2 φ = 52,71 × = 35,14 kN.m → x +2 φ = 1,92m
+
3
M(x) = M 3+φ = 52,71 kN.m → x 3+φ = 3,2m → no meio da viga.
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M=-57,57 kN.m M=-57,57 kN.m
27 27
(2φ16mm) (2φ16mm)
45+27=72 72
Figura 12 – Diagrama de momentos fletores deslocado (medidas em cm). Tabela 1 – Comprimento da barra positiva.
N2
72 A
N2 lb=87cm
N3 126 10φ=12,5cm
B
Figura 13 – Numeração das barras.
Para obter os comprimento das barras, deve-se locar, em cada faixa, os pontos A e B. A
partir do ponto A deve-se garantir o comprimento de ancoragem. A partir do ponto B
deve-se garantir o comprimento de 10φ. Figura 15 – Indicação das medidas para cálculo do comprimento da barra N1.
As indicações para o cálculo dos comprimentos de cada uma das barras são mostradas
nas Figs. 14 e 15. As Tabelas 1 e 2 mostram com são feitas as duas verificações Tabela 2 – Comprimento das barras negativas.
necessárias.
Comprimento medido pelo ponto
Comprimento final
Barra A B
adotado (cm)*
c i + lb ci+1 + 10φ
N1 72 + 87 = 159 126 + 12,5 = 138,5 159
* sem contar o gancho de 31,5cm (51,5-20=31,5cm), conforme Fig. 10.
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5.4.9 Dimensionamento da armadura transversal 0,6 d = 33cm
s max ≤ → Ok.
30 cm
Será empregado o modelo II da NBR 6118:2014 com θ=45°. 2
Asw,min,ef = 1,60cm /m.
c) verificação da compressão diagonal do concreto
e) Esforço cortante correspondente à armadura mínima (Vmin)
Deve ser satisfeita a condição:
Partindo-se da fórmula do dimensionamento:
Vd,max ≤ VRd2, (15)
sendo: (VS d − Vc ) s w
A sw =
VRd2 = 0,54 αv fcd bw d sen2 θ (cotg α + cotg θ) , (16) 0,9 d f ywd cotg θ
f
e αv = 1 − ck com fck em MPa. Para o caso de armadura mínima tem-se:
250
(1,4Vmin − Vc ) s w
Para estribos verticais (α = 90º): A sw, min =
VRd2 = 0,54 αv fcd bw d sen θ cos θ . (17) 0,9 d f ywd cotg θ
Isolando Vmin:
Para θ = 45º (e α = 90º) 1 A sw, min
VRd2 = 0,27 αv fcd bw d = 351,48 kN. (18) Vmin = 0,9 d f ywd cotg θ + Vc
1,4 s w
O esforço cortante de cálculo vale:
Como o esforço cortante 1,4Vmin está sempre no trecho de interpolação de Vc, tem-se:
Vd,max = 1,4×68,93 =96,50 kN. (19)
(V − VSd ) (VRd2 − 1,4 Vmin )
Vc = Vco Rd2 =V
Como Vd,max < VRd2, não há esmagamento do concreto. (VRd2 − Vco ) co (VRd2 − Vco )
Substituindo-se Vc na fórmula anterior:
d) armadura mínima
1 A sw, min (V − 1,4 Vmin )
A sw, min = ρ sw b w s w sen α , Vmin =
0,9 d f ywd cotg θ + Vco Rd2
(20) 1,4 s w (VRd2 − Vco )
f ctm Novamente isolando Vmin:
ρ sw = 0,2 , (21)
f ywk
Vco 1 A sw, min Vco VRd2
Vmin 1 + = 0,9 d f ywd cotg θ +
onde:
(VRd2 − Vco ) 1,4 s w (VRd2 − Vco )
Asw,min é a área mínima de estribos (cm2/m);
sw = 100cm;
α é a inclinação dos estribos em relação ao eixo longitudinal do elemento estrutural; 1 1 A sw, min Vco VRd2
Vmin = 0,9 d f ywd cotg θ +
bw é a largura média da alma; Vco 1,4 s w (VRd2 − Vco )
fctm = 0,3 fck2/3 em MPa (resistência média à tração do concreto); 1 +
(VRd2 − Vco )
fywk ≤ 500MPa (resistência característica do aço).
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 183 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 184
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Substituindo valores: 5.4.10 Detalhamento
Como os apoios da viga são apoios diretos (pilares), pode-se reduzir o valor do esforço 25 N2 φ5,0 c/25
cortante de cálculo por meio da fórmula:
132,5cm
1 N3 φ12,5 C=335
Vred = V - ∆Vdist , 18
(22)
2 N4 φ12,5 C=604
onde:
∆Vdist = p
(t + d ) ,
(23)
2
SEÇÃO AA
sendo “t” a largura do apoio direto, “p” a carga distribuída e “d” a altura útil da viga.
Substituindo valores:
∆Vdist = 21,54
(0,40 + 0,54) = 10,12 kN 60cm 55
2
Vred = 68,93 – 10,12 = 58,81 kN.
10
15cm
Como Vred é menor que Vmin, pode-se empregar armadura mínima em toda a extensão 25 N2 φ 5,0 C=144
da viga (φ5mm c/25cm - estribo de dois ramos).
RELAÇÃO DE AÇO
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RESUMO DO AÇO Referências bibliográficas
MASSA ARAÚJO, J. M., Curso de Concreto Armado. Rio Grande: Editora Dunas, vol. 1, 2003.
C. TOTAL PESO + 10%
AÇO DIAM LINEAR
(m) (kg)
(kg/m) ARAÚJO, J. M., Curso de Concreto Armado. Rio Grande: Editora Dunas, vol. 2, 2003.
CA-60 5,0 36,00 0,16 6,33
CA-50 6,3 48,04 0,25 13,21 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 6118 (NB1) – Projeto
CA-50 12,5 15,43 1,00 16,97 de estruturas de concreto. Rio de Janeiro, 2014.
CA-50 16,0 7,64 1,60 13,45
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 14931 – Execução de
PESO TOTAL (kg) estruturas de concreto. Rio de Janeiro, 2003.
CA-50 43,63
BANDEIRA, A. A., Notas de aula: Estruturas de Concreto Armado II. Escola de
CA-60 6,33
Engenharia da Universidade Mackenzie – Departamento de Engenharia Civil, São
Paulo, 2002.
Volume total de concreto = 0,54 m3
Concreto C20 (fck = 25 MPa) CAMPOS FILHO, A., Notas de aula: Estruturas de Concreto Armado II. UFRGS –
Classe de Agressividade Ambiental II (CCA II) Departamento de Engenharia Civil, Porto Alegre, 2002.
Exige-se controle rigoroso das medidas durante a execução (∆c=0,5cm).
Cobrimento nominal = 2,5cm CARVALHO, C. R. e FIGUEIREDO FILHO, J. R., Cálculo e detalhamento de
Relação a/c ≤ 0,6 estruturas usuais de concreto armado. São Carlos: Editora UFSCar, 2001.
FUSCO, P. B., Técnicas de armar estruturas de concreto. São Paulo: Editora PINI,
1994.
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PAPPALARDO JÚNIOR, Notas de aula: Estruturas de Concreto Armado I. Escola de ANEXO 1: Reações e momentos em vigas
Engenharia da Universidade Mackenzie – Departamento de Engenharia Civil, São
Paulo, 2002.
TABELA A.1 – Reações e momentos em vigas (ou lajes armadas em uma direção).
PFEIL, W. Concreto Protendido. Rio de Janeiro: Livros técnicos e científicos editora,
vol 1, 1988. (X = momento negativo; M = momento positivo)
p 5 pL2
RA = pL M =
8 14,22
A B
3 pL2
RB = pL X =
8 8
p pL2
M =
pL 24
R=
2 pL2
X =
12
p
RA =
pa
(
2 L3 − 2a 2 L + a 3 ) XA =
pa 2
(6 L2 − 8aL + 3a 2 )
12 L2
A B 2 L3
pa 3
a RB = 3 (2 L − a ) pa 3
2L XB = (4L − 3a )
12 L2
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TABELA A.2 – Reações e momentos em vigas (ou lajes armadas em uma direção). Anexo 2: Número máximo de barras por seção
(X = momento negativo; M = momento positivo)
Pba 2
P RA = P − RB M = (2 L + b ) Para cobrimento de 2,5cm; estribo 5mm e brita 1:
2 L3
A B
Pa 2
a b RB = (2 L + b )
X = Pa 1 − 2 (b + 2 L )
a
2 L3 bw 8mm 10mm 12,5mm 16mm 20mm
2L
10 2 1 1 1 1
12 2 2 2 2 1
Pb 2 a
Pb 2 M = (3a + b ) − X A 15 3 3 3 2 2
P R A = 3 (3a + b ) L3 18 4 4 4 3 3
L 20 5 4 4 4 3
Pab 2
A B XA = 2 22 5 5 5 4 4
a b Pa 2
L 25 6 6 6 5 4
RB = (3b + a ) Pa 2 b 28 7 7 6 6 5
L3 XB = 2
L 30 8 8 7 6 6
32 9 8 8 7 6
35 10 9 8 8 7
40 11 11 10 9 8
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Anexo 3: Alfabeto grego Anexo 4: Transformação de unidades
supondo φ<32mm
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Anexo 6: Ancoragem da armadura longitudinal Anexo 7: Comprimento dos estribos
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Anexo 8: Reações de lajes Reações de lajes (2/3)
Rbe Rbe
Reações de lajes (1/3) Rbr
Rbe
Rbr Rbr Rar CASO 3 Rae Rae CASO 4A Rae Rar CASO 4B Rar
Rar CASO 1 Rar Rar CASO 2A Rae Rar CASO 2B Rar Rbr Rbr
Rbe
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Reações de lajes (3/3) Anexo 9: Cargas para Cálculo de Estruturas de
Edificações
Rbe Rbe Rbe
1. Objetivo:
Rae CASO 5A Rae Rar CASO 5B Rae Rae CASO 6 Rae
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para determinação dos valores das cargas
Rbr
que devem ser consideradas no projeto de estruturas e edificações, qualquer que
Rbe Rbe seja sua classe e destino, salvo os casos previstos em normas especiais.
1.2 Para fins desta Norma, as cargas são classificadas nas seguintes categorias:
CASO 5A: (b ≥ a)
a) carga permanente (g);
Para: b < 1,268 a b) carga acidental (q).
pb b
Rae = (2 − 0,789 )
4 a 2. Carga Permanente e Carga Acidental
b
Rbe = p 2.1 Carga permanente
4
Rbe 2.1.1 Este tipo de carga é constituído pelo peso próprio da estrutura e pelo peso de
Rbr =
3 todos os elementos construtivos fixos e instalações permanentes.
Para: b ≥ 1,268 a 2.1.2 Quando forem previstas paredes divisórias, cuja posição não esteja definida
a no projeto, o cálculo de pisos com suficiente capacidade de distribuição
Rbr = 0,232 p a (1,578 − ) transversal da carga, quando não for feito por processo exato, poderá ser feito
b admitindo, além dos demais carregamentos, uma carga uniformemente
Rbe = Rbr 3 distribuída por metro quadrado de piso não menos que um terço do peso por
metro linear da parede pronta, observado o valor mínimo de 1 kN/m3.
Rae = 0,317 p a
2.1.3 Na falta de determinação experimental, deve ser utilizada a tabela 2.1.3
seguinte para adotar os pesos específicos aparentes dos materiais de
CASO 5B: construção mais freqüentes.
b≥a
pa a Tabela 2.1.3 – Peso específico dos materiais de construção
Rbe = (2 − 0,789 )
4 b
Peso específico
a Materiais
Rae = p aparente [kN/m3]
4 Arenito 26
Rae Basalto 30
Rar = 1. Rochas Gnaisse 30
3 Granito 28
Mármore e calcário 28
Blocos de argamassa 22
CASO 6: Cimento amianto 20
b≥a 3. Blocos artificiais
Lajotas cerâmicas 18
Tijolos furados 13
a a
Rbe = p ( 2 − ) Tijolos maciços 18
4 b Tijolos sílico-calcários 20
a Argamassa de cal, cimento e areia 19
Rae = p Argamassa de cimento e areia 21
4 3. Revestimentos
Argamassa de gesso 12,5
e concretos
Concreto simples 24
Concreto armado 25
Pinho,cedro 5
Louro, imbuia, pau-de-óleo 6,5
4. Madeiras
Guajuvira, guatambu, prápia 8
Angico, cabriúva, ipê-rosa 10
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Aço 78,5 9. Cozinhas não
A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo de 3
Alumínio e ligas 25 Residenciais
Bronze 85 A ser determinada em cada caso e, na falta de valores experimentais, --
10. Depósitos
Chumbo 114 conforme indicado em 2.2.1.3
5. Metais Cobre 89 11. Edifícios Dormitórios, sala, copa, cozinha e banheiro 1,5
Ferro fundido 72,5 residenciais Despensa, áreas de serviço e lavanderia 2
Estanho 74 Com acesso ao público (ver 2.2.1.7) 3
Latão 85 12. Escadas
Sem acesso ao público (ver 2.2.1.7) 2,5
Zinco 72 Anfiteatro com assentos fixos, corredor e sala de aula 3
Alcatrão 12 13. Escolas
Outras salas 2
Asfalto 13 14. Escritórios Salas de uso geral e banheiro 2
Borracha 17 15. Forros Sem acesso a pessoas 0,5
6. Materiais diversos
Papel 15 16. Galerias de arte A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo de 3
Plástico em folhas 21 17. Galerias de lojas A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo de 3
Vidro plano 26 18. Garagens e Para veículos de passageiros ou semelhantes com carga máxima de
3
estacionamentos 25kN por veículo. Valores de ϕ indicados em 2.2.1.6
3.1 Carga Acidental 19. Ginásios de
5
esportes
É toda carga que pode atuar sobre a estrutura de edificações em função do seu Dormitórios, enfermarias, sala de recuperação, sala de cirurgia, sala de 2
uso (pessoas, móveis, materiais diversos, veículos, etc.). 20. Hospitais raios X e banheiro
Corredor 3
3.1.1 Condições peculiares Incluindo equipamentos, a ser determinada em cada caso, porém com o
21. Laboratórios 3
mínimo de
3.1.1.1 Nos compartimentos destinados a carregamentos especiais, como devidos a 22. Lavanderias Incluindo equipamentos 3
arquivos, depósitos de materiais, máquinas leves, caixas-fortes, etc., não é 23. Lojas 4
24. Restaurantes 3
necessária uma verificação exata destes carregamentos, desde que se
Palco 5
considere um acréscimo de 3 kN/m2 no valor da carga acidental. 25. Teatros
Demais dependências: cargas iguais às especificadas para cinemas --
Com acesso ao público 3
3.1.1.2 As cargas verticais que se consideram atuando nos pisos de edificações, além Sem acesso ao público 2
das que se aplicam em caráter especial, referem-se a carregamentos devidos a 26. Terraços Inacessível a pessoas 0,5
pessoas, móveis, utensílios e veículos, e são supostas uniformemente Destinados helipontos elevados: as cargas deverão ser fornecidas pelo
distribuídas, com valores mínimos indicados na Tabela 2.2.1.2. órgão competente do Ministério da Aeronáutica --
Com acesso ao público 1,5
27. Vestíbulo
Sem acesso ao público 3
2
Tabela 2.2.1.2 – Valores mínimos das cargas verticais [kN/m ]
3.1.1.3 No caso de armazenagem em depósitos e na falta de valores experimentais, o
peso dos materiais armazenados pode ser obtido através dos pesos
Local Descrição Carga específicos aparentes que constam na Tabela 2.2.1.3.
1. Arquibancadas 4
2. Balcões
Mesma carga da peça com a qual se comunicam e as previstas em -- Tabela 2.2.1.3 – Características dos materiais de armazenagem
2.2.1.5
Escritórios e banheiros 2
3. Bancos Peso específico Ângulo de
Salas de diretoria e de gerência 1,5 Material
aparente - kN/m3 atrito interno
Sala de leitura 2,5
Sala para depósitos de livros 4 Areia com umidade natural 17 30°
4. Bibliotecas
Sala com estantes de livros a ser determinada em cada caso ou 2,5 Argila arenosa 18 25°
kN/m2 por metro de altura, observado, porém, o valor mínimo de 6 Cal em pó 10 25°
(incluindo o peso das máquinas) a ser determinada em cada caso, Cal em pedra 10 45°
5. Casas de máquinas 7,5 1. Materiais de
porém com o valor mínimo de Caliça 13 -
Platéia com assentos fixos 3 construção Cimento 14 25°
6. Cinemas Estúdio e platéia com assentos móveis 4 Clinker de cimento 15 30°
Banheiro 2 Pedra britada 18
40°
Salas de refeições e de assembléia com assentos fixos 3 Seixo 19
30°
Salas de assembléia com assentos móveis 4
7. Clubes Carvão mineral em pó 7 25°
Salão de danças e salão de esportes 5
Carvão vegetal 4 45°
Sala de bilhar e banheiro 2 2. Combustíveis Carvão em pedra 8,5 30°
Com acesso ao público 3
8. Corredores Lenha 5 45°
Sem acesso ao público 2
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Açúcar 7,5 35°
Arroz com casca 5,5 36°
Anexo 10: Provas de semestres anteriores
Aveia 5 30°
Batatas 7,5 30°
Café 3,5 --
Centeio 7 35°
Cevada 7 25°
3. Produtos agrícolas Farinha 5
45°
Feijão 7,5
31°
Feno prensado 1,7
--
Frutas 3,5
--
Fumo 3,5
Milho 7,5 35°
Soja 7 27°
Trigo 7,8 29°
27°
3.1.1.4 Todo elemento isolado de cobertura (ripas, terças e barras de banzo superior
de treliças) deve ser projetado para receber, na posição mais desfavorável,
uma carga vertical de 1 kN, além da carga permanente.
3.1.1.5 Ao longo dos parapeitos e balcões devem ser considerados aplicadas uma
carga horizontal de 0,8 kN/m na altura do corrimão e uma carga vertical mínima
de 2kN/m.
3.1.1.7 Quando uma escada for constituída por degraus isolados, estes devem ser
calculados para suportarem uma carga concentrada de 2,5 kN, aplicada na
posição mais desfavorável. Esta não deve ser considerado na composição de
cargas das vigas que suportam os degraus, as quais deverão ser calculadas
para carga indicada na Tabela 2.2.1.2.
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 203 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 204
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Prova 1 (peso 5 na M1) – Construções em Concreto Armado 24/08/2005 Cálculo das reações das lajes (as lajes são consideradas engastadas nos bordos que
Prof: Luiz Alberto Duarte Filho existe continuidade):
Aluno: __________________________________________
h=10 h=10
Rbr
V4 (20×70)
V6 (20×70)
V2 (20×50) b≥a
b
a
Rbr = 0,366 pa 1 −
2b
L3 L4
Rbe = Rbr 3
350
h=10 h=10
Rae = 0,317 pa
650 500
P4 R
V3 (20×60) P6 Rar = ae
(20×80) (20×80) 3
P5
(20×80) Cálculo das reações na viga contínua:
Figura 1 – Planta de forma do pavimento (sem escala; dimensões em cm).
Dados: Observação: p em [kN/m]; L em [m]; R em [kN].
- fck = 20MPa (CCA I);
- aço CA-50; P2
p1
- φt = 5mm (bitola do estribo);
- c = 2,5cm (CCA I e ∆c=10mm);
- agregado graúdo: brita 1; EI EI
1 2 3
- considere o vão efetivo da viga; L1 L2
- φ = 16mm (bitola da armadura de tração);
- d” = 6cm.
Cargas distribuídas nas lajes [kN/m2]: Observação: como as cargas acidentais representam pequena parcela do carregamento
- peso próprio da laje: 0,10m×25 kN/m3 = 2,5 kN/m2; total, pode-se considerar todo o carregamento ocorrendo simultaneamente para a
- revestimentos (reboco no teto e contrapiso): 1,0 kN/m2; determinação dos momentos positivos.
- carga variável (acidental): q = 2,0 kN/m2.
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 205 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 206
Prof. Luiz Alberto Duarte Filho Prof. Luiz Alberto Duarte Filho
Resolução: Prova 1 (peso 5) – Construções em Concreto Armado 14/09/2004
Prova de 2a chamada
Carga nas lajes: g = 3,5 kN/m2 e q = 2,0 kN/m2 Prof: Luiz Alberto Duarte Filho
Aluno: __________________________________________
Reações na viga V2:
L1 e L3: Rbe = 9,04 kN/m (parcela acidental = 3,29 kN/m) QUESTÃO 1 (7 pontos):
L2 e L4: Rbe = 8,05 kN/m (parcela acidental = 2,93 kN/m)
Considere a viga de transição em balanço mostrada na Fig. 1. Para economizar material
Cargas na viga V2: e tornar a estrutura mais interessante esteticamente, a viga foi projetada com uma mísula
Trecho 1: longitudinal. Desta forma, a seção de máximo momento fletor negativo apresenta a
- peso próprio da viga: 2,5 kN/m; maior seção (25×90), enquanto que a seção de extremidade, com momento nulo,
- parede: 4,68 kN/m; apresenta seção (25×40).
- parcela permanente da reação das lajes L1 e L3: 2×5,75 = 11,5 kN/m;
- parcela variável da reação das lajes L1 e L3: 2×3,29 = 6,58 kN/m; Para determinação dos momentos, considere que a carga no pilar que nasce sobre a viga
- total: g = 18,68 kN/m; q = 6,58 kN/m; p1 = g + q = 25,26 kN/m (P2) vale 400kN (já sendo consideradas as possíveis reduções das cargas variáveis de
uso) e a carga distribuída na viga é 15kN/m (acidental e permanente).
Trecho 2:
- peso próprio da viga: 2,5 kN/m; Com base nestes dados, dimensione e detalhe a seção para o momento máximo no
- parede: 4,68 kN/m; balanço.
- parcela permanente da reação das lajes L2 e L4: 2×5,12 = 10,24 kN/m;
- parcela variável da reação das lajes L2 e L4: 2×2,93 = 5,86 kN/m; Dados:
- total: g = 17,42 kN/m; q = 5,86 kN/m; p2 = g + q = 23,28 kN/m - fck = 30MPa ; aço CA-50;
- bw = 25cm (largura da viga);
Vãos efetivos: L1 = 6,7m e L2 = 5,20m - φ = 20mm (bitola da armadura tracionada);
- φ’ = 12,5mm (bitola da armadura comprimida);
p1 L1 + p 2 L 2 p1 L31 + p 2 L32 1 1 - φt = 5mm (bitola do estribo);
R2 = + + = 184,15 kN
2 8 (L1 + L 2 ) L1 L 2
- c = 2,0cm (CCA I e ∆c=5mm);
- p = 15kN/m (carga distribuida)*;
R1 = 67,58 kN
- P = 400kN (carga concentrada);
R3 = 38,57 kN
- agregado: brita 1;
- d” = 7cm;
M-max = 114,19 kN.m
- considere o vão teórico como sendo a distância até o centro do apoio.
M+max,1 = 90,40 kN.m
M+max,2 = 31,95 kN.m
* Cargas:
- peso próprio: [0,25×(0,40+0,90)/2]m2×25kN/m3 = 4,06kN/m
Considerando-se a carga distribuída variável apenas no vão 1:
- parede sobre a viga + reação da laje (g+q) = 10,94kN/m
M+max,1 = 93,88 kN.m
Momento residual:
∆Md = MSd - Md,lim = 17.588,28 kN.cm
40cm
Segunda parcela da armadura de tração (d’= 4cm, valor arbitrado):
90cm
∆M d
∆A s = = 5,12cm2
f yd (d − d' )
P1
Então, a armadura de tração total é dada por:
170cm As = As,lim + ∆As = 36,41cm2
40cm
Armadura mínima:
As min = ρmin.b.h = 3,375cm2.
Figura 1 –Vista longitudinal da viga em balanço (sem escala). 2/3
f
ρ min = 0,0667 ck ≥ 0,15% → ρmin = 0,15%.
Resolução: f yd
Então, pode-se usar 12φ20,0mm (As efet = 37,8cm2).
Vão efetivo para o cálculo:
170 + 40 / 2 = 190
L≤ Armadura comprimida:
170 + 0,3 × 90 = 197
L = 190cm (x − d' )
ε's = 3,5 lim = 3,13‰ → σ’s = fyd = 43,5 kN/cm2
Momento negativo sobre o apoio (valor característico): x lim
Mk = 400×1,9 + 15×1,9×1,9/2 = 760 + 27,08 = 787,08kN.m ∆M d
A's = = 5,12cm2
σ' sd (d − d' )
Momento de cálculo:
Md = γf Mk = 1,4×787,08 = 1.101,912kN.m = 110.191,20kN.cm. Então, pode-se usar 7φ10,0mm (As efet = 5,6cm2)**.
Como x > xlim → armadura dupla ou redimensionar a seção. Então, pode-se usar, no máximo, 5 barras por camada.
Neste caso será empregada armadura dupla. Desprezando-se o critério do espaçamento para o vibrador (solução usual na prática),
pode-se usar duas camadas com 5 barras e a terceira com 2 barras.
Momento limite com armadura simples:
Md,lim = 0,68 fcd bw xlim (d – 0,4 xlim) = 92.602,92kN.cm Espaçamento transversal entre as barras:
b − 2c − 2φ t − n φ 25 − 2 × 2,0 − 2 × 0,5 − 5 × 2,0
Primeira parcela da armadura de tração: eh = w = = 2,5 cm
n −1 4
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 209 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 210
Prof. Luiz Alberto Duarte Filho Prof. Luiz Alberto Duarte Filho
Espaçamento vertical mínimo: Geralmente, quando se usa mísula com relação 1:3 não existe problema que relação à
2 cm flexão (neste exemplo faz-se 1:3,4). Todavia, é interessante verificar mais seções ao
longo do balanço (Tabela 1).
e v,min = φ = 2,0cm
0,5 d
max = 0,5 × 1,9 = 0,95cm Tabela 1 – Resultados do dimensionamento para seções no balanço.
ev = ev,min = 2,0cm.
Seção 1 Seção 2 Seção 3 Seção 4
Altura do centro de gravidade da armadura até o ponto mais tracionado das armaduras: Distância da
0,0m 0,425m 0,85m 1,275m
n extremidade livre (x)
∑y 5 × 1,0 + 5 × 5,0 + 2 × 9
i Momento
α" = i =1
= 0,0 171 kN.m 345 kN.m 522 kN.m
(M = -Px - px2/2)
n 12
Altura
α” = 4,0cm < 10%h → Ok. 40cm 52,5cm 65cm 77,5cm
(h = 0,40 + 0,294x)
d”ef = c + φt + α” = 2,0 + 0,5 + 4,0 = 6,5cm < d”adotado → Ok. 2 2
As 0,0 13,4cm 13,4cm 13,4cm2
Armadura de pele (necessário, pois h>60cm): A’s 0,0 0,0 0,0 0,0
As,pele = 0,10% bwh / face
As,pele = 2,25cm2 / face → 5φ8,0mm / face
Espaçamento entre as barras da armadura de pele:
20cm
e ≈ 12cm ≤ → Ok
d/3 = 27cm
Detalhamento da seção:
5φ8,0mm 5φ8,0mm
(armadura de pele) (armadura de pele)
Dada a viga V2, indicada na Fig. 1, dimensionar e detalhar as seções de máximo Rar CASO 2A Rae
momento fletor positivo e máximo momento negativo. Após os cálculos e verificações
necessárias, faça um esboço de como poderia ser a distribuição de barras ao longo do Rbr
comprimento longitudinal da viga. CASO 2A: b é o maior lado (b≥a)
P2 P3
P1 (15×50) (15×50)
V1 (15×60) V1 (15×60)
(15×50) Para: b < 1,366 a Para: b ≥ 1,366 a
b b a a
Rae = p ( 2,733 − ) Rbr = p (4 − 2,732 )
4,309 a 8 b
L1 L2 Rae Rae = 0,433 p a
Rar =
V3 (15×50)
V4 (15×50)
V5 (15×50)
h=12cm h=12cm 3
500cm
a
Rar = p
Rbr = 0,185 p b 4
600cm 600cm
EI EI
Figura 1 – Planta de forma do pavimento. 1 2 3
Dados: L1 L2
- fck = 20 MPa (CCA I);
- aço CA-50;
- φt = 5mm (bitola do estribo);
- c = 2,5cm (CCA I e ∆c=10mm); R1 R2 R3
- agregado graúdo: brita 1;
p1 L1 + p 2 L 2 p1 L + p 2 L
3 3
1 1
- considere o vão efetivo da viga. R2 = + 1 2
+
2 8 (L1 + L 2 ) L
1 L 2
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 213 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 214
Prof. Luiz Alberto Duarte Filho Prof. Luiz Alberto Duarte Filho
Prova 1 (peso 10 na M1) – Estruturas de Concreto Armado 12/04/2007 - parede sobre a viga com espessura 18cm, altura 2,5m e peso específico
Prof: Luiz Alberto Duarte Filho 13kN/m3.
Aluno: __________________________________________
Cargas distribuídas nas lajes:
Dada a viga V2, indicada na Fig. 1, dimensionar e detalhar as seções de máximo - peso próprio da laje: 2,3 kN/m2;
momento fletor positivo e máximo momento negativo. Após os cálculos e verificações - revestimentos: 1,2 kN/m2;
necessárias, faça um esboço de como poderia ser a distribuição de barras ao longo do - carga variável (acidental): 1,5 kN/m2.
comprimento longitudinal da viga.
P2 Observação: como as cargas acidentais representam pequena parcela do carregamento
P1
V1 (20×60) (20×50) total, pode-se considerar todo o carregamento ocorrendo simultaneamente para a
(20×50) determinação dos momentos positivos.
L2
h=12cm
L1
V4 (20×60)
V5 (20×60)
V6 (20×60)
h=12cm
500cm
600cm 190cm
P3 V2 (20×60) V2 (20×60)
(20×50) P4
(20×50)
500cm
L3
V5 (20×60)
V4 (20×60)
h=12cm
V3 (20×60) P6
P5 (20×50)
(20×50)
Figura 1 – Planta de forma do pavimento.
Dados:
- fck = 35 MPa (CCA II);
- aço CA-50;
- φt = 5mm (bitola do estribo);
- c = 2,5cm (CCA II e ∆c=5mm);
- agregado graúdo: brita 1;
- considere o vão efetivo da viga.
Cargas distribuídas nas vigas V2 e V6:
- reações das lajes;
- peso próprio da viga;
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 215 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 216
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Resolução: Prova 1 (peso 7 na M1) – Estruturas de Concreto Armado I 10/10/2008
Prof: Luiz Alberto Duarte Filho
Carga nas lajes: p = 5,0 kN/m2 Aluno: __________________________________________
Reação na viga V2: Dada a viga V2, indicada na Fig. 1, dimensionar e detalhar as seções de máximo
L1: R = 13,0 kN/m momento fletor positivo e máximo momento negativo. Após os cálculos e verificações
L3: R = 13,0 kN/m necessárias, faça um esboço de como poderia ser a distribuição de barras ao longo do
comprimento longitudinal da viga.
Reação na viga V6: P2
L2: R = 5,25 kN/m P1
V1 (15×50) (15×50)
(15×50)
Cargas na viga V6:
- peso próprio da viga: 3,0 kN/m; L2
- parede: 5,85 kN/m; h=12cm
- reação da laje = 5,25 kN/m; L1
V3 (15×50)
V4 (15×50)
V5 (15×50)
h=12cm
500cm
Reação da viga V6 na viga V2:
R = 36,66 kN 600cm 185cm
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 217 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 218
Prof. Luiz Alberto Duarte Filho Prof. Luiz Alberto Duarte Filho
Resolução: Prova 1 (peso 10 na M1) – Estruturas de Concreto Armado I 24/04/2009
Carga nas lajes: g = 3,6 kN/m2 e q = 2,0 kN/m2 Prof: Luiz Alberto Duarte Filho
Aluno: __________________________________________
Reação na viga V2:
L1: R = 14,0 kN/m (parcela acidental = 5,0 kN/m) QUESTÃO 1 (10,0 pontos): Dada a viga V2, indicada na Fig. 1, dimensionar e detalhar
as seções de máximo momento fletor positivo e máximo momento negativo. Após os
Reação na viga V5: cálculos e verificações necessárias, faça um esboço de como poderia ser a distribuição
L2: R = 5,18 kN/m (parcela acidental = 1,85 kN/m) de barras ao longo do comprimento longitudinal da viga.
P2
Cargas na viga V5: P1
V1 (18×65)
(18×50)
- peso próprio da viga: 1,875 kN/m; (18×50)
- parede: 5,85 kN/m;
- parcela permanente da reação da laje = 3,33 kN/m;
- parcela variável da reação da laje = 1,85 kN/m;
L1
V3 (18×65)
h=12cm
500cm
V5 (18×65)
Reação da viga V5 na viga V2: 21,725 kN/m
R = 33,23 kN (parcela acidental = 4,76 kN)
7,725 kN/m
850cm
Cargas na viga V2:
Trecho 1: 6,15m 2m
- peso próprio da viga: 1,875 kN/m;
P4
- parede: 5,85 kN/m; (18×50)
P3 V2 (18×65)
- parcela permanente da reação da laje = 9,0 kN/m; (18×50)
- parcela variável da reação da laje = 5,0 kN/m;
- total: g = 16,725 kN/m; q = 5,0 kN/m; p1 = g + q = 21,725 kN/m 650 150
18 50 18
Trecho 2: Figura 1 – Planta de forma do pavimento.
- peso próprio da viga: 1,875 kN/m;
- parede: 5,85 kN/m; Considerar as lajes com comportamento unidirecional (lajes pré-moldadas),
- carga concentrada (reação permanente da V5: G) = 28,47 kN; descarregando apenas nas vigas perpendiculares ao menor vão.
- carga concentrada (reação variável da V5: Q) = 4,76 kN;
- total: p2 = g = 7,725 kN/m; P=G + Q = 33,23 kN Dados:
- fck = 40 MPa (CCA II);
Vãos efetivos: L1 = 6,15m e L2 = 2,0m - aço CA-50;
- φt = 5mm (bitola do estribo);
R1 = 53,48 kN - c = 3cm;
R2 = 128,80 kN - agregado graúdo: brita 1;
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 219 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 220
Prof. Luiz Alberto Duarte Filho Prof. Luiz Alberto Duarte Filho
Cálculo das reações nas lajes maciças: Prova 2 (peso 7 na M1) – Estruturas de Concreto Armado I 03/05/2012
Observação: p em [kN/m2]; a e b em [m], sendo b≥a; R em [kN/m]. Prof: Luiz Alberto Duarte Filho
Aluno: __________________________________________
Rbr Dada a viga V5, indicada na Fig. 1, dimensionar e detalhar as seções de máximos
momentos fletores. Considerar a viga rotulada no pilar P2. Após os cálculos e
Rar CASO 1 Rar verificações necessárias, faça um esboço de como poderia ser a distribuição de barras ao
longo do comprimento longitudinal da viga.
Rbr
P2 P3
P1 (15×50)
CASO 1: b ≥ a (15×50)
V1 (15×80) (15×50)
a a a
Rbr = p ( 2 − ) Rar = p
4 b 4
L2
V6 (15×80)
L1
V4 (15×80)
V5 (20×80)
h=12cm
450cm
h=12cm
500cm 500cm
V2 (15×80)
P4 P5
(15×50)
450cm
L3 (15×50) L4 P6
(15×50)
h=12cm h=12cm
150cm
V3 (15×80)
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 221 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 222
Prof. Luiz Alberto Duarte Filho Prof. Luiz Alberto Duarte Filho
Cargas distribuídas nas lajes: Prova 2 (peso 3 na M1) – Construções em Concreto Armado 10/09/2003
- peso próprio da laje maciça:; Prof: Luiz Alberto Duarte Filho
- revestimentos: 1,5 kN/m2; Aluno: __________________________________________
- carga variável (acidental): 1,5 kN/m2.
QUESTÃO 1 (4 pontos):
Considere as lajes nervuradas unidirecionais indicadas na Fig. 1 (corte) e na Fig. 2
Cálculo das reações das lajes (as lajes são consideradas engastadas nos bordos que (planta). As lajes L1 e L3 são lajes em balanço e a laje L2 é uma laje interna, também
existe continuidade): unidirecional. Por serem lajes armadas em uma direção, o cálculo dos momentos é
realizado como se fosse uma viga (ver Fig. 2). Com base nos dados indicados abaixo,
Fórmulas para o caso 3: determine a armadura positiva no vão da laje L2 (representar no desenho da Fig. 3).
Observação: p em [kN/m2]; a e b em [m]; R em [kN/m]. Considere a situação mais desfavorável de carregamento.
Dados:
Rbe - fck = 20 MPa ; aço CA-50;
a Rar Rae - c = 2,0cm;
Rbr - q = 1,5 kN/m2 (carga acidental de uso);
- g = 4,0 kN/m2 (carga permanente: peso próprio e revestimento);
b≥a
b
a
Rbr = 0,366 pa 1 −
2b 4cm
Rbe = Rbr 3
Rae = 0,317 pa 16cm
R
Rar = ae 50cm
3
9cm 9cm
Cálculo das reações na viga contínua: Figura 1 –Seção da laje nervurada (sem escala).
Observação: p em [kN/m]; L em [m]; R em [kN].
P2
p1
L1 L2 L3
EI EI
1 2 3
L1 L2
R1 R2 R3
p1 L1 + p 2 L 2 p1 L31 + p 2 L32 1 1
R2 = + +
2 8 (L1 + L 2 ) L1 L 2
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 223 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 224
Prof. Luiz Alberto Duarte Filho Prof. Luiz Alberto Duarte Filho
Respostas:
QUESTÃO 1:
____φ10mm / NERVURA
Momento positivo:
bf = 59cm = 0,59m
M = 16,75kN.m/m = 9,88kN.m/nervura
d = h – c – φ/2 = 17,5cm
x = 1,42cm – caso 1 (0,8x < hf = 4cm)
As = 1,87cm2/nervura - 3φ10mm
As,min = 0,57cm2/nervura
Figura 3 – Detalhamento da armadura positiva da laje L2 e das armaduras negativa. Momento negativo máximo: M = 5,5×2×1=11kN.m/m
M = 11,0kN.m/m = 6,49kN.m/nervura
bw = 9cm
d = h – c – φ/2 = 17,5cm
x = 7,08cm
As = 1,42cm2/nervura - 2φ10mm
As,min = 0,57cm2/nervura
1,5kN/m2
4,0kN/m2
6m
2m 2m
8,0kNm/m 8,0kNm/m
- -
+
16,75kNm/m
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 225 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 226
Prof. Luiz Alberto Duarte Filho Prof. Luiz Alberto Duarte Filho
Prova 2 (peso 5 na M1) – Construções em Concreto Armado 07/09/2005 Observação: para as vigas assimétricas (por exemplo, seção L invertida), quando existir
Prof: Luiz Alberto Duarte Filho impedimento à deformação transversal, através de laje horizontal ou transversinas, a
Aluno: __________________________________________ deformação será vertical e a linha neutra horizontal (flexão normal). Caso contrário a
linha neutra estará inclinada, o que caracteriza a flexão oblíqua.
QUESTÃO 1 (5 pontos):
Dimensionar a viga V1 indicada na Fig. 1. Considerar que a laje L1 (laje maciça) pode
funcionar como mesa de compressão para resistência à flexão da viga V1. Após os
cálculos, fazer um esboço do detalhamento longitudinal da viga. Md
Md
Dados: concreto C25 (fck = 25 MPa), brita 1, c = 2,5cm.
Considerar que a viga está parcialmente engastada nos pilares (grau de engastamento
kvig=0,783), conforme o modelo de cálculo mostrado na Fig. 2.
50cm
p
200cm 20
Mext Mext
15cm
2 N2 φ 8,0mm
L
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 227 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 228
Prof. Luiz Alberto Duarte Filho Prof. Luiz Alberto Duarte Filho
Resolução: f ck
2/3
2 N6 φ16,0 C=191 2 N6 φ16,0 C=191 Critérios de avaliação: clareza e objetividade nas respostas, organização da prova,
159 2 N5 φ6,3 C=377 159 capacidade de interpretação e habilidade de resolver problemas em concreto armado.
19 19
A
QUESTÃO 1 (5 pontos):
2×3 N1 φ6,3
Considere a sapata associada indicada nas Fig. 1. A sapata serve de fundação para dois
P1 A pilares (P1 e P2), os quais têm cargas iguais a 600kN (cada um), e apresenta uma viga
P2
40 600cm 40 de rigidez de largura 30cm e altura 40cm.
25 N2 φ5,0 c/25 Com base nos dados indicados abaixo, pede-se para dimensionar a viga na seção de
máximo momento negativo.
132,5cm
1 N3 φ12,5 C=335
18
2 N4 φ12,5 C=604 20 20
65cm 230cm 65cm
SEÇÃO AA P1 P2 30cm
25cm
60cm 55 15cm
100cm
300kN/m
10
15cm
25 N2 φ 5,0 C=144
Figura 1 – Sapata associada (sem escala).
Questão 2:
d” = 4,56cm Dados:
d’ = 3,03 cm - fck = 20MPa ; aço CA-50;
d = 45,45cm - φt = 5mm (bitola do estribo);
As = 6,25cm2 - c = 2,5cm;
A’s = 1,0cm2 - psolo = 300kN/m2 (pressão admissível do solo);
- P = 600kN (carga concentrada em cada pilar);
x23 = 11,77cm - agregado: brita 1;
x34 = 28,54cm - d” = 5cm;
- considere o vão teórico como sendo a distância de centro a centro dos apoios.
x = 8,96cm → Domínio 2 → verificar ε’s
Como ε’s < εyd → recalcular x
x = 9,24cm
σ’s = 36,04 kN/cm2
4cm
V3 (15×40)
V4 (15×40)
L1 8cm
210cm
(h=8cm) 40cm
9cm 9cm
Figura 1 –Seção da laje nervurada (sem escala).
V2 (15×50)
P3 P4
(20×20) 610cm
(20×20)
2 N2 φ 8,0mm L1 L2
pré-fabricada pré-fabricada
50cm
15cm
5 N1 φ 12,5mm
V4 (20×60)
V5 (20×60)
500cm
h=12cm
QUESTÃO 2 (1,0 pontos):
Qual a vantagem e a desvantagem de utilizar vigotes pré-fabricados em lajes em 600cm
balanço?
500cm
L2
V5 (20×60)
V4 (20×60)
h=12cm
V3 (20×60) P6
P5 (20×50)
(20×40)
Figura 1 – Planta de forma do pavimento.
Dados:
- fck = 30 MPa (CCA II);
- aço CA-50;
- φt = 5mm (bitola do estribo);
- c = 2,5cm (CCA II e ∆c=5mm);
- agregado graúdo: brita 1;
- distância entre os pisos = 2,88m (comprimento dos pilares);
- pavimento tipo (tramo superior e inferior igual dos pilares).
V5 (15×50)
V4 (15×60)
Rbe h=10cm h=10cm
V3 (15×50)
450cm
Rar CASO 2B Rar
450cm 450cm
Rbr
CASO 2B: P5
b≥a P4 V2 (15×65) V2 (15×65) (15×50)
a a (15×50)
Rbe = p (2,733 − )
4,309 b
450 250 150
Rbe 15 15 50 15
Rbr =
3 Figura 1 – Planta de forma do pavimento.
Rar = 0,185 p a Dados:
- fck = 35 MPa (CCA I);
- aço CA-50;
- φt = 5mm (bitola do estribo);
- c = 2,5cm (CCA I e ∆c=10mm);
- agregado graúdo: brita 0;
- considere o vão efetivo da viga.
- distância entre os pisos = 2,88m (comprimento dos pilares);
- pavimento tipo (tramo superior e inferior igual dos pilares).
V5 (20×55)
V4 (20×55)
Rar = 0,185 p a h=12cm h=12cm
V3 (20×55)
550cm
550cm 550cm
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 239 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 240
Prof. Luiz Alberto Duarte Filho Prof. Luiz Alberto Duarte Filho
Cálculo das reações nas lajes maciças: Prova 2 (peso 6 na M2) – Estruturas de Concreto Armado I 16/05/2012
Observação: p em [kN/m2]; a e b em [m], sendo b≥a; R em [kN/m]. Prof: Luiz Alberto Duarte Filho
Aluno(a): __________________________________________
Rbe
QUESTÃO 1 (10,0 pontos):
Rar CASO 2B Rar
Dada a viga V2, indicada na Fig. 1, dimensionar e detalhar as seções de máximos
momentos fletores. Quando possível, considerar seção T. Após os cálculos e
Rbr
verificações necessárias, faça um esboço de como poderia ser a distribuição de barras ao
CASO 2B: longo do comprimento longitudinal da viga.
b≥a P2
P1
a a V1 (18×65) (18×50)
Rbe = p (2,733 − ) (18×50)
4,309 b
Rbe
Rbr =
3
Rar = 0,185 p a L1
500cm
h=12cm
VINCULAÇÃO MOMENTO
p
pL2 L2
A B M eng = h=12cm
8
V4 (18×65)
V5 (18×65)
500cm
832cm
P5 P6
(18×50) V3 (18×65) (18×50)
50 600 50 150 18
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 241 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 242
Prof. Luiz Alberto Duarte Filho Prof. Luiz Alberto Duarte Filho
Cargas distribuídas na viga V2: Curso: Engenharia Civil Período: 8º Turno: Vespertino
- reações das lajes; Prova 3 (peso 4,0 na M2) - Construções em Concreto Armado Data: 27/05/04
- peso próprio da viga; Professor: Luiz Alberto Duarte Filho
- platibanda 15cm, altura 1,2m e peso específico 13kN/m3.
Aluno(a):______________________________________________________________
Cargas distribuídas nas lajes:
- peso próprio da laje; Dada a viga indicada na Fig. 1:
- revestimentos: 1,5 kN/m2; (reboco + telhado)
- carga variável (acidental): 0,5 kN/m2. (sem acesso) a) determinar o comprimento das barras N1, indicadas na Fig. 2. Utilizar o modelo
II com θ = 30º e α = 90º. Após o cálculo, indicar o comprimento das barras N1
Cálculo das reações nas lajes maciças: na Fig. 2, mostrando também a distância até a face do apoio (6 pontos);
Observação: p em [kN/m2]; a e b em [m], sendo b≥a; R em [kN/m].
b) verificar o estado limite de fissura (ELS-W). Considerar que a viga faz parte de
Rbe
um edifício residencial localizado em uma região com CAA II (4 pontos).
p
Rar CASO 2B Rar
Rbr
CASO 2B: 60cm
a a R
b≥a Rbe = p (2,733 − ) Rbr = be Rar = 0,185 p a
4,309 b 3
Cálculo do momento de engastamento perfeito: Lo
20cm
b1 b2
VINCULAÇÃO MOMENTO Figura 1 – Detalhe da viga analisada.
Dados:
p - fck = 30 MPa;
pL2 - b1 = b2 = 20cm (largura dos apoios);
M eng = - Lo = 610cm (vão livre);
12
- bw = 20cm, h = 60cm, d” = 5cm, c = 2,5cm e φt = 5mm.
R1 R2 R3
2 N1 φ 16mm C = ___
5 pL
R2 =
4 2 N2 φ 16mm
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Questão a) Número mínimo de barras até o apoio (NÃO É NECESSÁRIO):
L = 630cm a l Vd
d f = 2cm
2
M = pL2 /8 = 112,52 kN.m
A s,apoio ≥ yd
Considerando o Modelo II, o deslocamento do diagrama de momentos fletores é dado al diagrama original al
por: 630cm
a l = 0,5d (cotgθ − cotg α) ,
M/2 diagram
sendo: 630-2×92 = 446cm
B a
al ≥ 0,5d, no caso geral; M
al ≥ 0,2d, para estribos inclinados a 45°. x2φ
A 48cm
Usando θ=30º (inclinação das bielas comprimidas) e α=90º (inclinação dos estribos), 92cm 48cm 48cm
x4φ
tem-se:
al = 47,63cm = 48cm.
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Tabela – Comprimento da barra positiva. Curso: Engenharia Civil Período: 8º Turno: Vespertino
Prova 4 (peso 5,0 na M2) - Construções em Concreto Armado Data: 29/10/04
Comprimento medido pelo ponto Professor: Luiz Alberto Duarte Filho
Comprimento final
barra A B
adotado (cm) Aluno(a):______________________________________________________________
ci +2al + 2lb ci-1 +2al + 2×(10φ)
N1 0+2×48+2×55 = 206 446+2×48+2×16= 574 574
Dada a viga indicada na Fig. 1, determinar o comprimento das barras negativas. Após os
cálculos, faça um esboço do detalhamento das armaduras longitudinais negativas.
Detalhamento:
2,5m 6m 50cm
18cm
2 N1 φ 16mm C = 574 62,5 kN.m
15cm
2 N2 φ 16mm -
DMF
+
3,54m
61,46 kN.m
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RESOLUÇÃO: Deslocamento do diagrama de momentos:
Para facilitar o cálculo dos comprimentos das barras, pode-se considerar o diagrama de - comprimento para o lado esquerdo: até a extremidade.
momentos negativos como sendo um triângulo (solução a favor da segurança, já que
aumenta a área do diagrama). Calculando-se as distâncias por semelhança de triângulos - comprimento para o lado direito:
retângulos tem-se:
Comprimento medido pelo ponto
Comprimento lado
barra A B
direito (cm)
ci +al + lb ci+1 +al + 10φ
20,8 kN.m N2 70+22,5+87 = 179,5 104+22,5+16 = 142,5 180
41,67 kN.m
84 35 62,5 kN.m
167 70
250 104
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Detalhamento: Curso: Engenharia Civil Período: 8º Turno: Vespertino
Prova 4 (peso 5,0 na M2) - Construções em Concreto Armado Data: 05/11/04
Prova de 2a chamada
1 N1 φ16mm C=233 Professor: Luiz Alberto Duarte Filho
110
Aluno(a):______________________________________________________________
2 N2 φ16mm C=473
45 180 QUESTÃO 1: (5 pontos)
Dada a viga indicada na Fig. 1, determinar o comprimento da barra positiva que não
segue até os dois apoios (barra N1). Após os cálculos, complete a Fig. 1 (detalhamento
das armaduras longitudinais positivas).
240cm 580cm
20cm 20cm 15cm
50cm
240cm 580cm
20cm 20cm 3φ16mm
1 N1 φ16mm C=____
2 N2 φ16mm
20 kN/m
2,5m 6m
62,5 kN.m
-
DMF
+
3,54m
61,46 kN.m
Dados:
- fck = 25 MPa;
- considerar que duas barras vão até os apoios da viga;
- d” = 5cm, c = 2,5cm e φt = 5mm;
- Modelo II (θ = 45º)
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Prova 4 (peso 10 na M3) – Estruturas de Concreto Armado 07/07/2010 Prova 5 (peso 10 na M3) – Estruturas de Concreto Armado 13/07/2011
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Aluno(a): __________________________________________ Aluno(a): __________________________________________
Dada a viga indicada na Fig. 1, determinar os comprimentos das barras positivas e Dada a viga V2 indicada na figura abaixo, calcular o comprimento das barras
negativas. Após os cálculos, complete a Fig. 1. longitudinais e realizar o detalhamento completo.
1 N1 φ20mm C=____
P2
P1 (20×50)
V1 (20×65)
(20×80)
2 N2 φ20mm C=_____
____ _____
_ 3φ20mm
L1
V3 (20×65)
V4 (20×65)
550cm
h=14cm
750cm
200cm 650cm
20cm 20cm 3φ16mm
1 N1 φ16mm C=____
P3 P4
_____ ____ (20×80) V2 (20×65) (20×50)
_
2 N2 φ16mm C= _____
40 kN
Dados:
30 kN/m - fck = 25 MPa;
- d” = 5cm, c = 2,5cm e φt = 5mm.
101,63 kN.m
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Reações: Exercício - Construções em Concreto Armado Data: 04/05/05
L = 7,40 m Professor: Luiz Alberto Duarte Filho
R1 = 109,15 kN Aluno(a):______________________________________________________________
R2 = 66,90 kN
Momento positivo: x = 2,81m - M = 94,06 kN.m Dimensionar a armadura transversal (estribos) para a viga V1 indicada na Fig. 1 através
do MODELO II com θ = 45º. Indicar o detalhamento longitudinal (apenas mostrar
Armadura Negativa: espaçamento, bitola dos estribos em cada trecho e comprimento dos trechos).
x = 16,9 cm
As = 9,46 cm2
65cm
As,min = 1,95 cm2 Seção da V1
3 φ 20 mm
V2 (apoiada) 50cm
Armadura Positiva:
x = 9,65 cm
12cm
As = 5,39 cm2
As,min = 1,95 cm2 30 475cm 20
5 φ 12,5 mm
Barra intermediária:
L = maior (126+30+48; 177+30+12,5)
L = 219,5×2 = 439 cm
Barra maior:
L = maior (177+30+48; 217+30+12,5)
L = 261,5×2 = 523 cm
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sw = 100cm;
Resolução: fctm = 0,3 fck2/3 em MPa (resistência média à tração do concreto);
0,8m fywk ≤ 500MPa (resistência característica do aço).
120 kN
25 kN/m Substituindo valores:
f
ρ sw = 0,2 ctm = 0,116%
f ywk
Asw,min = 1,39cm2/m.
5,0m
100 n a s 100 × 2 × 0,2
s= = = 28,77cm → φ5mm c/28cm (estribo de dois ramos).
163,3 143,3 A sw 1,39
Será empregado o modelo II da NBR 6118:2014 com θ=45°. - Esforço cortante correspondente à armadura mínima (Vmin)
d = h - d” = 45cm
Partindo-se da fórmula do dimensionamento:
- verificação da compressão diagonal do concreto (VS d − Vc ) s w
A sw =
0,9 d f ywd cotg θ
Deve ser satisfeita a condição:
Vd,max ≤ VRd2, Para o caso de armadura mínima tem-se:
sendo: (1,4Vmin − Vc ) s w
VRd2 = 0,54 αv fcd bw d sen2 θ (cotg α + cotg θ) , A sw, min =
0,9 d f ywd cotg θ
f
e αv = 1 − ck com fck em MPa. Isolando Vmin:
250
1 A sw, min
Para θ = 45º (e α = 90º) Vmin = 0,9 d f ywd cotg θ + Vc
VRd2 = 0,27 αv fcd bw d 1,4 s w
αv = 1 – 30/250 = 0,88 Como o esforço cortante 1,4Vmin está sempre no trecho de interpolação de Vc, tem-se:
VRd2 = 0,27 αv fcd bw d = 0,27×0,88×(3,0/1,4)×12×45 = 274,94 kN (V − VSd ) (VRd2 − 1,4 Vmin )
Vc = Vco Rd2 =V
(VRd2 − Vco ) co (VRd2 − Vco )
O esforço cortante de cálculo vale:
Vd,max = 1,4×163,3 = 228,62 kN. Substituindo-se Vc na fórmula anterior:
onde:
Asw,min é a área mínima de estribos (cm2/m);
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1 1 A sw, min Vco VRd2 - Definição dos trechos de armaduras:
Vmin = 0,9 d f ywd cotg θ +
Vco 1,4 s w (VRd2 − Vco ) 163,3
1 + ω1=1,31m
(VRd2 − Vco ) 142,72 φ5 c/27
Asw,min
DEC (kN)
(VRd2 − Vco ) A sw,min Vco VRd2
Vmin = 0,9 d f ywd cotg θ +
1,4 VRd2
sw (VRd2 − Vco ) 48,97 73,57
81,7
Fórmula para qualquer valor de α:
(V − Vco ) A sw,min Vco VRd2 ω = (V-Vmin)/p = 1,31m
Vmin = Rd2 0,9 d f ywd (cotg α + cotg θ) sen α +
1,4 VRd2 s w (VRd2 − Vco )
- Dimensionamento do trecho com Vred = 142,72 kN
Substituindo valores:
Vd = 1,4×142,72 = 199,8 kN
VRd2 = 274,94 kN.
VRd2 = 274,94 kN.
fctd = 0,15 fck2/3 = 1,45 MPa = 0,145 kN/cm2
Vco = 0,6 fctd bw d = 46,92 kN.
Vco = 0,6 fctd bw d = 0,6×0,145×12×45 = 46,92 kN.
(V − VSd ) (274,94 − 199,8) = 15,46 kN
Como Vd > Vco: Vc = Vco Rd2 = 46,92
(274,94 − 46,92) 1,48 × 0,9 × 45 × 43,5 × 1,0 + 46,92 × 274,94 (VRd2 − Vco ) (274,94 − 46,92)
Vmin = 100
1,4 × 274,94 (274,94 − 46,92) Para α=90º:
(Vd − Vc ) s w (199,8 − 15,46) 100 = 10,46cm2/m
A sw = =
Vmin = 48,97 kN. 0,9 d f ywd cotg θ 0,9 × 45 × 43,5 × cotg 45
100 n a s 100 × 2 × 0,5
- Redução do esforço cortante nos apoios diretos s= = = 9,55cm → φ8mm c/9cm (estribo de dois ramos).
A sw 10,46
Como os apoios da viga são apoios diretos (pilares), pode-se reduzir o valor do esforço 0,3 d = 13,5cm
Como Vd = 199,8 kN > 0,67 VRd2 = 184,21 kN: s max ≤ → smax = 13cm
cortante: 20 cm
Apoio da esquerda: como a distância da carga concentrada é menor que 2d=90, pode- - Dimensionamento do trecho com Vred = 73,57 kN
se reduzir o esforço cortante devido a carga concentrada.
Vd = 1,4×73,57 = 103,0 kN
∆Vdist = p
(t + d ) = 25×(0,3+0,45)/2 = 9,375 kN VRd2 = 274,94 kN.
2 Vco = 46,92 kN.
P (L − x ) x 120 (5,0 − 0,8) 0,8 (V − VSd ) (274,94 − 103,0) = 35,38 kN
∆Vconc = 1 − = 1 − = 11,2 kN Como Vd > Vco: Vc = Vco Rd2 = 46,92
L 2d 5,0 2 × 0,45
(VRd2 − Vco ) (274,94 − 46,92)
Vred = 163,3 – 9,375 – 11,2 = 142,72 kN Para α=90º:
(Vd − Vc ) s w (103,0 − 35,38) 100 = 3,84cm2/m
A sw = =
0,9 d f ywd cotg θ 0,9 × 45 × 43,5 × cotg 45
Apoio da direita:
100 n a s 100 × 2 × 0,315
∆Vdist = p
(t + d ) = 25×(0,2+0,45)/2 = 8,125 kN s= = = 16,4cm → φ6,3mm c/16cm (estribo de dois ramos).
A sw 3,84
2
Vred = 81,7 – 8,125 = 73,57 kN 0,6 d = 27cm
Como Vd = 103,0 kN < 0,67 VRd2 = 184,21 kN: s max ≤ → smax = 27cm
30 cm
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- Detalhamento: Prova 3 (peso 1,75 na M2) - Construções em Concreto Armado Data: 22/09/05
Professor: Luiz Alberto Duarte Filho
65cm
Seção da V1 Aluno(a):______________________________________________________________
V2 (apoiada) 50cm
Dimensionar a armadura transversal (estribos) para a viga V1 indicada na Fig. 1 através
do MODELO II com θ = 30º. Indicar o detalhamento longitudinal (apenas mostrar
12cm
espaçamento, bitola dos estribos em cada trecho e comprimento dos trechos).
30 475cm 20
Dados:
- fck = 30 MPa (Concreto C30);
- d” = 7cm.
Observações:
- Empregar MODELO II da NBR 6118:2014 com θ = 30º;
- Não é necessário calcular comprimento e número de estribos;
- Adotar vãos efetivos de acordo com os critérios de norma.
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 261 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 262
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Resolução: 0,6 d = 43,8cm
450 kN s max ≤ → Ok, pode-se usar: φ6,3mm c/15cm
21,54 kN/m
30 cm
Então, Asw,min,ef = 4,2cm2/m.
VRd2 = = 1126,57 kN
fctd = 0,15 fck2/3 = 1,45 MPa = 0,145 kN/cm2
Será empregado o modelo II da NBR 6118:2014 com θ=30° e α=90º. Vco = 0,6 fctd bw d = 0,6×0,145×35×73 = 222,28 kN.
d = h - d” = 73cm
Substituindo valores:
- verificação da compressão diagonal do concreto Vmin = 277,76 kN.
Asw,min = 4,06cm2/m.
100 n a s
s= =15,5 → φ6,3mm c/15cm (estribo de dois ramos).
A sw
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- Dimensionamento do trecho com Vred = 473,37 kN Prova 3 (peso 1,75 na M2) – Construções em Concreto Armado 20/09/2006
Prof: Luiz Alberto Duarte Filho
Vd = 1,4×473,37 = 662,72 kN Aluno: __________________________________________
VRd2 = = 1126,57 kN
Vco = 243,6 kN. QUESTÃO 1 (8,5 pontos):
(V − VSd ) = 127,97 kN
Como Vd > Vco: Vc = Vco Rd2
(VRd2 − Vco ) Dimensionar a armadura transversal (estribos) para a viga V1 indicada abaixo através
do MODELO II com θ = 45º. Indicar o detalhamento longitudinal (apenas mostrar
Para α=90º:
espaçamento, bitola dos estribos em cada trecho e comprimento dos trechos).
Asw =
(Vd − Vc ) s w = 10,80cm2/m
0,9 d f ywd cotg θ
P5 (15×40)
100 n a s 100 × 4 × 0,315 NASCE V1 (15×75)
s= = = 11,67cm → φ6,3mm c/11cm (estribo de 4 ramos). P1 (15×50)
P2
A sw 10,8 (15×50)
MORRE
0,6 d
Como Vd < 0,67 VRd2 : s max ≤ → smax = 30cm 100cm
30 cm
V3 (15×50)
V4 (15×50)
L1
450cm
0,6 d h=10cm
Como Vd > 0,2 VRd2 : s t, max ≤ → st,max = 35cm → Ok (pode-se usar estribo de 2
35 cm
ramos). 600cm
100cm
P3 (15×50)
MORRE P6 (15×40) P4
V2 (15×75)
NASCE (15×50)
Figura 1 – Planta de forma do pavimento.
Dados:
- fck = 30 MPa (CCA II);
- aço CA-50;
- φt = 5mm (bitola do estribo);
- c = 2,5cm (CCA II e ∆c=5mm);
- agregado graúdo: brita 1;
- considere o vão efetivo da viga.
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Prof. Luiz Alberto Duarte Filho Prof. Luiz Alberto Duarte Filho
Observação: como as cargas acidentais representam pequena parcela do carregamento Prova 3 (peso 5,0 na M2) – Estruturas de Concreto Armado II Data: 13/11/07
total, pode-se considerar todo o carregamento ocorrendo simultaneamente para a Professor: Luiz Alberto Duarte Filho
determinação dos momentos positivos. Aluno(a):______________________________________________________________
V3 (15×50)
V4 (15×50)
b
V5 (15×50)
500cm
a h=12cm
Rar = p
4
600cm 185cm
P4
P3 (15×50)
(15×50)
V2 (15×50) V2 (15×50)
Dados:
- fck = 25 MPa;
- aço CA-50;
- c = 2,5cm (CCA II e ∆c=5mm);
- agregado graúdo: brita 1;
- considere o vão efetivo da viga.
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Resolução: Prova 3 (peso 5,0 na M2) – Estruturas de Concreto Armado II Data: 04/11/09
Professor: Luiz Alberto Duarte Filho
Carga nas lajes: g = 3,6 kN/m2 e q = 2,0 kN/m2 Aluno(a):______________________________________________________________
Reação na viga V2: Dimensionar a armadura transversal (estribos) para a viga V2 indicada abaixo através
L1: R = 14,0 kN/m (parcela acidental = 5,0 kN/m) do MODELO I. Indicar o detalhamento longitudinal (apenas mostrar espaçamento,
bitola dos estribos em cada trecho e comprimento dos trechos).
Reação na viga V5:
L2: R = 5,18 kN/m (parcela acidental = 1,85 kN/m) P2
P1 (18×50)
V1 (18×60)
Cargas na viga V5: (18×50)
- peso próprio da viga: 1,875 kN/m;
- parede: 5,85 kN/m;
- parcela permanente da reação da laje = 3,33 kN/m;
- parcela variável da reação da laje = 1,85 kN/m; L1
V3 (18×60)
h=14cm
600cm
V5 (18×60)
Reação da viga V5 na viga V2:
R = 33,23 kN (parcela acidental = 4,76 kN)
950cm
V4 (15×60)
V5 (15×60)
h=15cm h=15cm
600cm
sendo:
VRd2 = 0,27 αv fcd bw d,
750cm 750cm f ck
e αv = 1 − com fck em MPa.
250
αv = 1 – 20/250 = 0,92
P4 VRd2 = 0,27 αv fcd bw d = 0,27×0,92×(2,0/1,4)×15×54 = 287,43 kN
(15×50)
V2 (15×60) P5 V2 (15×60) P6
(15×50) (15×50) O esforço cortante de cálculo vale:
Dados: Vd,max = 1,4×94,58 = 132,41 kN.
- fck = 20 MPa; c = 2,5cm;
Como Vd,max < VRd2, não há esmagamento do concreto.
Cargas distribuídas na viga V2:
- reações das lajes; - armadura mínima
- peso próprio da viga;
- parede sobre a viga com espessura 18cm, altura 2,5m e peso específico A sw, min = ρ sw b w s w sen α ,
13kN/m3. f ctm
ρ sw = 0,2 ,
Cargas distribuídas nas lajes maciças: f ywk
- peso próprio da laje:
- revestimentos: 1,5 kN/m2; onde:
- carga variável (acidental): 3,0 kN/m2. Asw,min é a área mínima de estribos (cm2/m);
P2 sw = 100cm;
p1
fctm = 0,3 fck2/3 em MPa (resistência média à tração do concreto);
fywk ≤ 500MPa (resistência característica do aço).
EI EI
1 2 3
L1 L2 Substituindo valores:
f
ρ sw = 0,2 ctm = 0,088%
f ywk
R1 R2 R3 Asw,min = 1,32 cm2/m.
100 n a s 100 × 2 × 0,2
s= = = 30,3 cm → φ5mm c/ 30cm (estribo de dois ramos).
p1 L1 + p 2 L 2 p1 L31 + p 2 L32 1 1 A sw 1,32
R2 = + +
2 8 (L1 + L 2 ) L
1 L 2
Supondo Vd < 0,67 VRd2 para o trecho de armadura mínima:
0,6 d = 32,4 cm
s max ≤ → Então, deve-se usar: φ5mm c/30cm
30 cm
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Então, Asw,min,ef = 1,33 cm2/m. 100 n a s 100 × 2 × 0,2
s= = = 12,27cm → φ5mm c/ 12cm (estribo de dois ramos).
A sw 3,26
- Esforço cortante correspondente à armadura mínima (Vmin)
Como os apoios da viga são apoios diretos (pilares), pode-se reduzir o valor do esforço
cortante:
Apoio central:
∆Vdist = p
(t + d ) = 19,78×(0,15+0,54)/2 = 6,82 kN
2
Vred = 94,58 – 6,82 = 87,76 kN
Vd = 1,4×87,76 = 122,86 kN
Vc = 53,95 kN.
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 273 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 274
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Prova 5 (peso 10,0 na M3) – Estruturas de Concreto Armado II Data: 07/12/11 Resolução:
Professor: Luiz Alberto Duarte Filho
Aluno(a):______________________________________________________________ Laje: p = 7,25 kN/m2
Rar = 11,20 kN/m
Dimensionar a armadura transversal (estribos) para a viga V2 indicada abaixo através Rbr = 16,48 kN/m
do MODELO I. Indicar o detalhamento longitudinal (apenas mostrar espaçamento,
bitola dos estribos em cada trecho e comprimento dos trechos). Viga V3: p = 20,24 kN/m
R1 = R2 = 62,23 kN
P1 P2
(18×50) V1 (18×60)
(18×50) Viga V2: p = 25,42 kN/m; P = 62,23 kN
R1 = R2 = 210,68 kN
V1 = 62,23 kN
V2 = 109,00 kN
L1 V3 = 101,68 kN
h=15cm
600cm
V3 (18×60)
V4 (18×60)
- verificação da compressão diagonal do concreto
1150cm
Deve ser satisfeita a condição:
Vd,max ≤ VRd2,
P3 P4
sendo:
(18×50) V2 (18×60) (18×50) VRd2 = 0,27 αv fcd bw d,
f ck
e αv = 1 − com fck em MPa.
250
18 150 750 150
18 αv = 1 – 20/250 = 0,92
Dados: VRd2 = 0,27 αv fcd bw d = 0,27×0,92×(2,0/1,4)×18×54 = 344,92 kN
- fck = 20 MPa;
- d” = 6cm; O esforço cortante de cálculo vale:
Vd,max = 1,4×109,00 = 152,60 kN.
Cargas distribuídas nas vigas:
- reações das lajes; Como Vd,max < VRd2, não há esmagamento do concreto.
- peso próprio da viga;
- parede sobre a viga com espessura 20cm, altura 2,4m e peso específico - armadura mínima
13kN/m3.
A sw, min = ρ sw b w s w sen α ,
Cargas distribuídas nas lajes: f ctm
- peso próprio da laje; ρ sw = 0,2 ,
- revestimentos: 1,5 kN/m2; f ywk
- carga variável (acidental): 2,0 kN/m2 (escritório).
onde:
Cálculo das reações nas lajes maciças: Asw,min é a área mínima de estribos (cm2/m);
Observação: p em [kN/m2]; a e b em [m], sendo b≥a; R em [kN/m]. sw = 100cm;
fctm = 0,3 fck2/3 em MPa (resistência média à tração do concreto);
Rbr CASO 1: b é o maior lado (b≥a) fywk ≤ 500MPa (resistência característica do aço).
a a
Rbr = p ( 2 − )
Rar CASO 1 Rar 4 b Substituindo valores:
a f
Rar = p ρ sw = 0,2 ctm = 0,088%
Rbr 4 f ywk
Asw,min = 1,59 cm2/m.
UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 275 UNIVALI – Estruturas de Concreto Armado I 276
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100 n a s 100 × 2 × 0,2 Vc = 64,46 kN.
s= = = 25,13 cm → φ5mm c/ 25cm (estribo de dois ramos).
A sw 1,59
(Vd − Vc ) s w (134,09 − 64,46) 100 = 3,30 cm2/m
A sw = =
Supondo Vd < 0,67 VRd2 para o trecho de armadura mínima: 0,9 d f ywd 0,9 × 54 × 43,5
0,6 d = 32,4 cm
s max ≤ → Então, deve-se usar: φ5mm c/25cm
30 cm
100 n a s 100 × 2 × 0,2
Então, Asw,min,ef = 1,60 cm2/m. s= = = 12,14cm → φ5mm c/ 12cm (estribo de dois ramos).
A sw 3,30
- Esforço cortante correspondente à armadura mínima (Vmin)
0,6 d
Partindo-se da fórmula do dimensionamento: Como Vd = 134,09 kN > 0,67 VRd2 = 231,09 kN: s max ≤ → smax = 30cm
30 cm
(V − Vc ) s w
A sw = S d
0,9 d f ywd - Dimensionamento do trecho com Vred = 88,46 kN
Como os apoios da viga são apoios diretos (pilares), pode-se reduzir o valor do esforço
cortante:
Apoio central:
∆Vdist = p
(t + d ) = 25,42×(0,5+0,54)/2 = 13,22 kN
2
Vd = 1,4×95,78 = 134,09 kN
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Prova 4 (peso 1,75 na M2) - Construções em Concreto Armado Data: 29/09/05 Resolução:
Professor: Luiz Alberto Duarte Filho
Aluno(a):______________________________________________________________ Tk,max = 11,375 kN.m
Vk,max = 62,44 kN
θ = 45º
Calcular a armadura transversal (apenas os estribos) da viga V1 indicada abaixo.
Representar um esquema longitudinal e indicar o espaçamento dos estribos. Observe he > 8,20cm
que a viga V3 e a viga V4 estão “engastadas” na viga V1. he < 9,38cm → he = 9,38cm
Dados: Ae = 837,58cm2
- fck = 25 MPa; ue = 122,48cm
- d = 45cm; d = 45cm
- c = 2,5cm;
- φt = 8,0mm; Vd = 87,42 kN
- φl = 16mm. VRd2 = 585,80 kN
Td = 15,93 kN.m
Observações: TRd2 = 63,13 kN.m
- Empregar o MODELO I para o esforço cortante;
- As medidas apresentadas já são os vãos teóricos; Vd/VRd2 + Td/TRd2 = 0,40 → Ok.
- Não é necessário calcular comprimento e número de estribos;
- Não é necessário calcular a armadura longitudinal. Armadura transversal de torção (próximo aos apoios):
AswT = 2,19 cm2/m
Cargas distribuídas na viga V1:
- peso próprio = 3,75 kN/m; Armadura transversal devido ao esforço cortante:
- parede = 5 kN/m; Asw = 0,0 cm2/m
- reação da laje L1 = 12,5 kN/m. Asw,min = 3,08 cm2/m
Cargas distribuídas nas vigas V2, V3 e V4: Armadura transversal total (próximo aos apoios):
- peso próprio = 1,5 kN/m; AswTOTAL = Asw + 2AswT = 3,08 + 4,37 = 7,45 cm2/m
- parede = 5 kN/m; φ 8mm c/ 13cm
V1 (30×50)
V4 (15×40)
V3 (15×40)
P1 (30×50) P2 (30×50)
1m
V2 (15×40)
1m 2,5m 1m
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Exercício (peso 1,75 na M2) - Construções em Concreto Armado Data: 27/09/06 Observação:
Professor: Luiz Alberto Duarte Filho - Empregar MODELO I da NBR 6118:2014 para o esforço cortante.
Aluno(a):______________________________________________________________
Cargas distribuídas na viga V1:
- peso próprio;
Dimensionar a viga V1 indicadas na Fig. 1 (planta baixa). Apresentar um esboço do - parede com altura 2,5m e espessura 18cm (desprezar a abertura da porta na
detalhamento. Observe que a laje L1 está “engastada” na viga V1 (ver detalhe na Fig. parede);
2). - reação da laje L1.
V1 (30×60)
40
P1 (30×40) P1 (30×40)
L1 130cm
h=12cm
L1 (h=12cm)
V1 (30×60)
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Prova 4 (peso 4 na M3) – Estruturas em Concreto Armado I Data: 05/07/07 - Pode-se considerar a carga do trecho inclinado constante no
Professor: Luiz Alberto Duarte Filho comprimento da viga.
Aluno(a):______________________________________________________________
Cargas distribuídas nos degraus (para projeto de vigas)*:
- peso próprio;
Calcular a viga VE1 que suporta a escada indicada na Fig. 1 (planta baixa). Representar - revestimentos = 1,5 kN/m2;
um esquema longitudinal e indicar o espaçamento dos estribos. Observe que os degraus - acidental = 3,0 kN/m2.
estão engastados na viga (ver detalhe na Fig. 2).
* para projeto dos degraus deve ser considerada uma carga concentrada de 2,5 kN na
Dados: extremidade do balanço.
- fck = 25 MPa;
- d” = 5cm;
- c = 2,5cm.
450 136.5
2.88 SUPERIOR
16
15
8
10
30 12 13.3 V4 15x50
11
10
18
07
06
05 A
04
03 SUPERIOR
02 V4 15x50
0.00 TERREO
01
65 65
V7 15x60 121.5
VE1 20x50
16
15
14
SEÇÃO A-A 13
12
30
11
8 10
09
A 450
18 08
A 13.3 07
06
05
04
65 20 65 30 03
30 02
01
V7 15x60
TERREO
A
Observações:
- Empregar MODELO I da NBR6118:2003 para o esforço cortante;
- Não é necessário calcular comprimento dos estribos;
- Usar o comprimento em projeção para a viga, com peso próprio maior;
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Prova (peso 4 na M3) – Estruturas de Concreto Armado I Data: 11/12/07
Professor: Luiz Alberto Duarte Filho
Aluno(a):______________________________________________________________
Dados:
- fck = 30 MPa;
- d = 45cm;
- c = 2,5cm;
- φt = 8,0mm;
- φl = 16mm.
Observações:
- Empregar o MODELO I para o esforço cortante;
- As medidas apresentadas já são os vãos teóricos;
Laje L1
V1 (30×50)
P2 (30×50)
V4 (15×50)
V3 (15×50)
P1 (30×50)
1,5m Laje L2
V2 (15×50)
2,0m 2,0m