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“ Nada te posso dar além do que já não existe dentro de ti mesmo. Não posso abrir-te outro
mundo de imagens, além daquele que há dentro de ti. Nada te posso dar a não ser a
oportunidade, o impulso, a chave. Irei ajudar-te a tornar visível o teu próprio mundo, e isso é
tudo.”
Hermann Hesse
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
ÍNDICE
INTRODUÇÃO …........................................................................................................................2
2.5.ATIVIDADES ......................................................................................................... 18
3. PLANIFICAÇÃO .................................................................................................................. 20
ANEXOS................................................................................................................................... 108
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
ÍNDICE DE QUADROS
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
INTRODUÇÃO
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
1. REVISÃO DA LITERATURA
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Hoje em dia sabemos que, desde pequenas, as crianças são capazes de sentir todas
as emoções de um adulto, só que ainda não sabem como percebê-las e rotulá-las
(consciência emocional), compreendê-las e regulá-las (controlo emocional). Tudo isto
precisa de ser aprendido com vista à promoção de habilidade emocionais, de forma a
criar crianças autónomas .
O que pretendo com a criação deste programa de Educação Emocional é
debruçar-me sobre o aprender a regular as emoções e reforçar a importância destas
aprendizagens na escola.
Antes de mais, é necessário esclarecer o que se entende por controlar as emoções.
Embora seja comum pensar que o controlo das experiências emocionais diga respeito,
somente, à atenuação de emoções ditas negativas, o termo também se refere às emoções
positivas, tanto no que tange a atenuá-las, quanto intensificá-las. Tratando-se do
fenómeno emocional, a palavra controlo é utilizada em psicologia para designar os
diversos processos, cuja função é modificar, em algum sentido, seja atenuando,
intensificando ou transformando, tanto a experiência interior subjetiva, quanto a
expressão de qualquer tipo de emoção (Etxebarria, 2001).
Ora, para poder aprender a controlar as suas próprias emoções é necessário,
antes, que a criança aprenda os passos precursores essenciais de perceber, identificar,
rotular e compreender os seus eventos emocionais. A capacidade de ter conscieência
emocional é inata, mas precisa de ser amadurecida. As de identificar, rotular e
compreender, ao contrário, são organizadas, pouco a pouco, na interação social. Não
sendo, portanto, naturais, precisam de ser aprendidas. E, refira-se de passagem, trata-se
de uma aprendizagem que demora muitos anos a processar.
O que permite o desenvolvimento de uma consciência emocional é o exercício
continuado de tentar descrever as emoções sentidas, expressando-as por meio de
palavras e do uso de etiquetas ou rótulos verbais precisos. É fundamental ser capaz de
identificar as próprias emoções para entendê-las e para, só depois, conseguir entender as
dos outros (empatia) e saber resolver conflito e ter capacidade de negociação
(habilidades de vida e bem-estar emocional). Só quando se consegue avaliar com
exatidão o que os outros sentem é que se pode reagir de forma solidária. Daí se conclui,
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
portanto, que não se pode pretender ensinar solidariedade, respeito e cooperação social,
sem antes educar emocionalmente.
Quando as crianças não desenvolvem na infância estas habilidades e
competências socioemocionais, podem tornar-se adultos insensíveis e indiferentes à dor
e ao sofrimento alheios, inclusive quando estes são causados por si mesmo. Por isso, a
educação emocional e a educação de valores são importantes, desde a infância, para
promover o desenvolvimento de uma personalidade socialmente equilibrada.
Da mesma forma que valores e atitudes são aprendidos em situações concretas, e
não teoricamente, também assim é com a regulação eficaz das próprias emoções.
Grande parte desta aprendizagem ocorre conscientemente, ou inconscientemente, por
imitação dos adultos. Um problema sério, já que a expressão da raiva é, muitas vezes, a
única modalidade de emoção que as crianças veem os adultos à sua volta expressar. Pior
ainda é quando esta é expressa em conflitos irrefletidos e, por vezes, até violentos. E o
que dizer dos modelos que são bombardeados continuamente pelos media?
Reações emocionais inteligentes precisam de ser aprendidas com o auxílio de outros e
pela prática e exercício continuados, não somente por preceito e instrução verbal. As
crianças precisam de modelos, exemplos e de intervenções pedagógicas para
aprenderem a lidar com suas próprias emoções. Isto deve ser feito não só em casa, como
também na escola. Os educadores, psicólogos, e especialistas na área devem estar
atentos às situações que favorecem esta aprendizagem e atuarem.
O jogo, meio através do qual são desenvolvidas grande parte das atividades de
expressão emocional, propicia momentos de aprendizagem onde o conhecimento se
efetiva não só através da experimentação e da espontaneidade, mas também do
cumprimento de regras e da aquisição de práticas sociais. Em idade escolar, a
representação criativa, elaborada a partir da reorganização da realidade e da construção
de um sistema de símbolos, permite à criança expressar e comunicar sentimentos, ideias
e perceções do mundo que a rodeia (Hohmann & Weikart, 1997).
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Para Piaget (1997), é necessário proporcionar à criança os meios para que o real seja
assimilado e compreendido, evitando a mera imitação e acomodação. O jogo simbólico
permite-lhe a aquisição de uma linguagem própria, construída a partir de símbolos, cuja
mutação decorre consoante as suas necessidades, e permite a sua adaptação ao mundo
dos adultos e à complexidade das regras e relações já estabelecidas. Segundo Oliveira
(2003), “é o jogo que no processo educativo responde aos impulsos lúdico, social ou
cognitivo”. Através de desenhos, sons e faz-de-conta, as crianças desenvolvem o
conceito de si mesma na relação com os outros e com o mundo em que se inserem.
Segundo essa lógica, as práticas pedagógicas que privilegiem a comunicação, a
confiança, a criatividade e o sentido crítico, contribuirão para o desenvolvimento de
atores sociais mais despertos para o meio circundante. Daí que seja cada vez mais aceite
que, “ para crianças em geral, e para as inadaptadas e desfavorecidas em particular, a
atividade lúdica pode ser uma das poucas atividades que cria situações onde as
desvantagens e as desigualdades sociais e culturais se atenuam ou mesmo se dissipam”
(Pessanha, 1997).
Perante tal perspetiva, a educação pela arte, por contemplar nas suas metodologias
aspetos lúdicos e criativos, parece poder responder com sucesso a algumas necessidades
que os currículos gerais não conseguem.
Em suma, as quatro aprendizagens definidas pela UNESCO (1996) como fundamentais
para a educação ao longo da vida encontram correspondência nos objetivos definidos
pela educação pela arte, nomeadamente: facilita a aprendizagem, motivando a vontade
de adquirir novos conhecimentos e ajuda a apreensão e utilização desses mesmos
conhecimentos, ou seja, aprender a conhecer; a autoexpressão, ainda que essencialmente
espontânea numa primeira fase, requer o conhecimento de técnicas que permitam e
facilitem a comunicação, relaciona-se com o aprender a fazer; favorece o trabalho em
grupo e incentiva a cooperação, proporciona as relações interpessoais, onde
necessariamente se aprende a viver juntos; desenvolve o autoconhecimento, permitindo
uma consciencialização do eu e dos outros despertando para o mundo que nos rodeia
aprende-se a ser. Por tratar-se da via mais abrangente em termos de formação, o enfoque
do presente programa incide na educação emocional, servindo-se em particular da
expressão dramático.
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
aprendizagem artística contribui para o conhecimento pessoal, o que permiti que “(…)
os alunos reconheçam os seus próprios sentimentos, assim como dos outros indivíduos.
Os alunos precisam de veículos educacionais que lhes permitam essa exploração”
(Gardner, 1990).
QUADRO 1 – OBJETIVOS
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
A faixa etária compreendida entre os seis e doze anos que é designada por
período escolar, já que, na generalidade das culturas, as crianças encontram-se
preparadas e disponíveis para a aprendizagem. Sendo que este programa é destinado a
alunos que se encontram neste período de desenvolvimento, mais precisamente
destinado a alunos que frequentem o 5º ano do Ensino Básico, com idades
compreendidas entre os nove e os dez anos, pelo fato de estarem a vivenciar uma
possível fase de análise transição derivada da mudança da primeiro ciclo do Ensino
Básico para o segundo.
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Os grupos poderão formar-se durante todo o ano letivo, sendo que o número
máximo de participantes são vinte participantes, sendo oito o número mínimo. sendo
que se fosse em maior número ou menor poderia perder-se o foco na ação, levando à
descentralização e à carência na abrangência ao tema, podendo perder-se possibilidade
de troca de partilhas e de aprendizagem em grupo.
As crianças podem ser influenciadas pelo grupo, tomando decisões iguais, é
preciso ter isso em atenção de forma a tentar evitá-lo. O importante é ter em
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
2.4. ATIVIDADES
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
2.5.RECURSOS MATERIAIS
2.6.AVALIAÇÃO
De modo a avaliar o processo após o término de cada sessão, será realizada com
o grupo uma avaliação geral do que foi discutido e trabalhado. Será pedido que ao fim
da cada sessão, cada que descreva em três palavras a sessão, três palavras positivas e
três negativas. Em que não existe obrigação de utilização das negativas, nem das
positivas. Nesta avaliação, cada um será avaliado aquando dos seguintes critérios:
envolvimento pessoal, participação, criatividade, iniciativa, interesse, convívio e
colaboração no grupo. (ANEXO 1), e a orientadora também recorrerá sempre a um diário
de bordo de modo a registar a evolução de cada participante através da observação
direta (ANEXO 2).
Na primeira e última sessão será aplicado Mayer-Salovey-Caruso Emotional
Intelligence Test V2.0 (MSCEIT, Mayer, Salovey, Caruso, 2002), teste de realização, de
modo a avaliar a repercussão do programa, como forma de avaliação de diagnóstico e
de avaliação final (ANEXO 3).
Será também realizada uma entrevista a participante com intuito de avaliar a
satisfação de cada um face ao programa e à prestação da orientadora (ANEXO 4) .
2.7.DIVULGAÇÃO
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
3. PLANIFICAÇÃO
1. Consciência Emocional
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
(2 Sessões/45 min)
2.Controle Emocional
(2 Sessões/45 min)
3.Autonomia Emocional
(2 Sessões/45 min)
4.Habilidades Sócio
Emocionais (2 Sessões/45
min)
5.Habilidades de Vida e
Bem-Estar
(2 Sessões/45 min)
Avaliação Final
( MSCEIT e Entrevista 60
min)
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Objetivos Gerais:
Objetivos Específicos:
Material
Papel, lápis de cor
Cartaz com expressões faciais de emoções
Folhas brancas, canetas de felcro
Aparelhagem, computador, CD
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Plano de Sessão
ATIVIDADES
1. Apresentação e Aquecimento (5 min) Atividade 1
2. Aplicação de MSCEIT (40 min) Anexo 3
ATIVIDADES
3. Aquecimento (5 min) Anexo 7
4. Apresentação oral da temática “ Atividade 2
Consciência Emocional” (5 min)
5. Atividade “ Um Verdadeiro Artista“(10 Atividade 5
min)
6. Atividade “ Como te Sentes?”(10 min) Atividade 6
7. Atividade “ Palavras Emocionais” (10 Atividade 7
min)
8. Avaliação geral da sessão ( 5 min) Anexo 1
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
ATIVIDADE 1
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
APRESENTAÇÃO E AQUECIMENTO
Apresentação e Aquecimento
Objetivo:
Descrição: Numa roda todos dão as mãos, olham-se sem se julgar.. Sente-se o grupo e
percebe-se quem irá trabalhar nele. Acolhimento
Em seguida todos largam as mãos e viram-se para o lado direito massajando os colegas.
Descontração.
Depois disso cada um irá dizer o seu nome ao mesmo tempo que fará um gesto ou um
som. Identificação.
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
ATVIDADEDE 4
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Objetivo:
Apresentar a temática. Explicar o que é a consciência emocional e em que consiste.
CONSCIÊNCIA EMOCIONAL
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
ATVIDADE 5
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
“ UM VERDADEIRO ARTISTA”
Um verdadeiro artista
Descrição: Utiliza um papel ou uma folha de cartolina para fazer um desenho que
represente uma emoção que sintas agora ou que tenhas sentido em algum momento
(alegria, tristeza, medo, vergonha ou raiva). Não descrevas com palavras a emoção que
estás a representar; serve-te apenas do teu desenho!
De seguida, mostra o teu desenho a várias pessoas, quantas mais melhor. Por exemplo,
aos teus pais, irmãos, vizinhos, colegas de turma, amigos… Agora, pede-lhes que
escrevam atrás a emoção que julgam estar representada no teu desenho.
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Alzina, B. R; Escoda, P. N.; Cassá, F. G. (2010).GROP- Grup de Recerca en Orientació Psicopedagògica: Atividades para
o desenvolvimento da Inteligência Emocional.Lisboa : Amaria Iglesias
ATVIDADE 6
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
“COMO TE SENTES?”
Como te sentes?
Descrição: observa atentamente estas caras que, como podes comprovar, exibem
emoções distintas. Responde: o que te sugerem?
Alegria?
Medo?
Tristeza?
Raiva?
. Surpresa?
Apreciação do problema
É possível que cada rosto te tenha sugerido o seguinte:
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Medo
Surpresa
Raiva
Alegria
Tristeza
Pode ser que tenhas dificuldade em reagir de imediato à surpresa, uma vez que
surge em resposta a uma situação inesperada.
Quando estás triste, se calhar apetece-te chorar ou estar calado e sozinho, embora
também possa acontecer necessitares de ter alguém ao teu lado para te consolar e fazer
companhia.
A alegria gostamos de partilhá-la com os outros.
Por outro lado, se sentires medo, provavelmente tiveste dificuldade em reagir, já que
o medo nos deixa paralisados, embora por vezes nos faça sentir necessidade de fugir ou
de ir em busca de proteção.
A raiva faz-nos sentir vontade de expressar o que sentimos, atacar ou gritar.
Alzina, B. R; Escoda, P. N.; Cassá, F. G. (2010).GROP- Grup de Recerca en Orientació Psicopedagògica: Atividades para o
desenvolvimento da Inteligência Emocional.Lisboa : Amaria Iglesias
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
ATVIDADE 7
“ PALAVRAS EMOCIONAIS”
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Palavras Emocionais
Descrição: como farias para que a palavra “surpresa” expressasse surpresa? E para que
“irritação” pareça irritada? Vamos explicar.
Vergonha
Tristeza
Surpresa
Reflete sobre as seguintes perguntas Irritação
De que cor imaginas a alegria? E a raiva? E a vergonha?
Serias capaz de desenhar uma das letras da palavra “tristeza” com uns olhos a
chorar, ou “alegria” com uma boca sorridente? de que tamanho poderiam ser as
letras da palavra “raiva”?
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
RAIVA
Alzina, B. R; Escoda, P. N.; Cassá, F. G. (2010).GROP- Grup de Recerca en Orientació Psicopedagògica: Atividades para o
desenvolvimento da Inteligência Emocional.Lisboa : Amaria Iglesias
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Objetivos Gerais:
Gerir emoções
Objetivos Específicos:
Material
Folhas brancas, canetas
Aparelhagem, computador, CD
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Plano de Sessão
ATIVIDADES
1. Aquecimento (5 min) Anexo 7
2. Exposição Teórica sobre o “ Controlo Atividade 2
Emocional” (5 min)
3. Atividade “ A minha relação com os Atividade 3
outros” (15min)
4.Atividade “Vamos Aprender a Acalmar- Atividade 4
nos” (15 min)
5.Avaliação Geral da sessão (5min) Anexo 1
ATIVIDADES
6. Aquecimento (5min) Anexo 7
7. Atividade “ Muda de Perspetiva (20 Atividade 7
min)
8. Atividade “ Respira e Descontrai“(15 Atividade 8
min)
9. Avaliação geral da sessão ( 5 min) Anexo 1
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
ATIVIDADE 2
APRESENTAÇÃO DA TEMÁTICA “ CONTROLO EMOCIONAL”
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Objetivos:
Introduzir o temática. Explicar em o que é o controlo emocional e em que
consiste.
CONTROLO EMOCIONAL
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
ATIVIDADE 3
“ A MINHA RELAÇÃO COM OS OUTROS”
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Descrição: Duas animadoras irão representar um situação. Essa situação tem três
resoluções possíveis, e as três serão expostas.
1ª Solução : A amiga chega a casa da outra amiga e esta começa a berrar com ela, muito
chateada, e gera-se uma grande discussão. Acabam por não brincar nem no pouco
tempo que restava
2ª Situação: Quando a amiga chega a casa da outra amiga, nenhuma delas fala uma com
a outra, e brinca cada uma para seu lado.
3ª Situação: A amiga que chega atrasada explico o motivo do seu atraso e a outra
explica-lhe que ficou triste com o que aconteceu, mostra-lhe que podia não ter sido
assim, fazem as pazes e aproveitam o resto do tempo para brincar.
Reflexão: Cada um irá dizer o que lhe pareceu acontecer ali, e como acham que foi a
melhor forma de reagir.
Esta atividade deve proporcionar a cada um uma reflexão sobre o seu comportamento e
a importância do saber expressar o que sentimos aos nossos amigos de forma positiva e
calma, mesmo que isso nem sempre seja fácil com o intuito de aproveitar o tempo e a
vida de forma positiva principalmente juntos daqueles que mais se gosta.
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
ATIVIDADE 4
“ VAMOS APRENDER A ACALMAR-NOS”
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Descrição: Por vezes as nossas reações não são as mais adequadas porque estamos
aborrecidos. O desejável seria saber expressar as emoções de forma positiva e evitar
conflitos maiores.
É claro que às vezes te aborreces; a ira é uma emoção universal e comum entre
as pessoas, embora possa causar problemas e complicar um pouco a vida…
Aproveita para te distraíres a fazer algo de que gostes e a pensar noutras coisas.
Aceita a tua responsabilidade/culpa quando te aborreces com
alguém.
É bem sabido que duas pessoas não se chateiam se uma não
quiser. Ajuda bastante pensar se fizemos algo errado para que
um amigo nos magoe. Se percebermos (o que não é fácil) que
também nós não agimos corretamente, será mais sensato fazer
as pazes.
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
As pessoas otimistas são aquelas que conseguem ver o lado bom das coisas.
Quando uma pessoa se sente feliz não tem vontade de aborrecer os outros. É igualmente
bom a aceitar as brincadeiras, não os insultos. Muitas brincadeiras surgem a partir de
azares ou infortúnios.
5. Respirar e descontrair
Se soubéssemos descontrair, o nosso nível de
tensão diminuiria. Para relaxarmos, é importante
aprender a respirar. A música é um bom método
para o conseguir.
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Vamos ver se sabes relacionar, utilizando setas, cada frase com a estratégia adequada
para te acalmares:
Frases Estratégias
1 – Dormir sobre o A – Descontrair e
assunto respirar
2 – Respirar fundo B – Mudar a forma
várias vezes de pensar
3 – Não há mal que C – Deixar passar
não venha por bem algum tempo
4 – Pensar no
D – Atitude positiva
problema de outro
ponto de vista E – Procurar
solução para os
5 – Faço tudo bem?
problemas
6 – Qual é a melhor
F – Aceitar parte da
solução?
responsabilidade
Alzina, B. R; Escoda, P. N.; Cassá, F. G. (2010).GROP- Grup de Recerca en Orientació Psicopedagògica: Atividades para o
desenvolvimento da Inteligência Emocional.Lisboa : Amaria Iglesias
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
ATIVIDADE 5
“ MUDA DE PERSPETIVA”
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Muda de Perspetiva
Objetivos:
Refletir sobre a nossa forma de pensar, as nossas aversões. Perceber a importância de
ver um problema por outra perspetiva, resolvendo-o.
Descrição: Dois de vocês vai representar uma história. (Escolhem-se duas das crianças,
explica-se o podendo repetir-se a atividade com outras histórias que possam surgir a
partir desta.
Uma das raparigas, a Tânia (que será a orientadora) vai ter com ele e pergunta-lhe
porquê que está ali sozinho. Ele responde-lhe que é porque acha que o Manel não gosta
dele. Mas a Tânia sabe que não é verdade. O que acontece é que o João é muito
brincalhão e por vezes exagera um bocadinho com o Manel.
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
1º. “Em que te baseias para dizer isso?” E tenta fazer ver-lhe que não é verdade.
2º Pergunta-lhe “ Como é que te sentes ao pensares que o João não gosta de ti? De
certeza que lhe provoca angústia e ansiedade, e isso não é bom.
3º. Pergunta-lhe “ O que ganhas em pensar assim”? Não lhe serve de nada só o faz
sofrer.
4º. Pergunta-lhe “ O que me dirias se eu te contasse o mesmo problema me estás a
contar?” Ensina-o a dizer a si mesmo o que diria a um bom amigo que tivesse o esse
problema.
Não te parece que o Manel sairia a ganhar se tentasse falar com o João, em vez de
pensar coisas que não tem a certeza de serem verdadeiras? Se tentasse que fossem
amigos?
No final todos devem desenhar num papel quais são as expressões do menino
que está triste e a expressão dos que estão a jogar, tal como escrever algo sobre esta
atividade. Como o que fariam para ajudar o Manel e porquê que ele se sente mal.
Outras soluções possíveis:
- Ir buscar o menino que está triste e perguntar-lhe se quer brincar com eles.
- Sentarem-se ao pé dele e conversarem.
- Ir com todos os amigos buscar esse menino e convidá-lo para jogar
- Perguntar-lhe se está triste e o podes ajudar.
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
ATIVIDADE 6
“ RESPIRA E DESCONTRAI “
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Respira e descontrai
Sinto o braço direito, o antebraço direito, sinto o pulso direito, a mão direita, cada
um dos dedos: mindinho, anelar, médio, indicador e polegar. Em especial o polegar,
sinto o seu peso e relaxo.
Sinto as costas, os sítios onde se apoia, sinto a pressão e o peso, sinto como a tensão
se dissipa precisamente através dos pontos de apoio. É como se a minha tensão
passasse para o chão graças aos pontos onde noto o apoio da cabeça, dos braços, das
costas, das pernas.
A minha respiração é tranquila, muito tranquila. Com cada fôlego, o meu corpo
relaxa mais e mais; mais relaxado, mais descansado.
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Respiro com mais intensidade… fazendo uma respiração profunda; abro por fim os
olhos, conservando o estado de relaxamento e calma que obtive com este exercício de
relaxamento.
FRITZEN, Silvino José. Dinâmicas de recreação e jogos. 25ed. Petrópolis (RJ): Vozes, 2003.
Adaptado por Francisca Elias a 9 de julho de 2012
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Objetivos Gerais:
Objetivos Específicos:
Desenvolver o autoestima
Centralizar-se em si mesmo e automatizar-se
Adquirir capacidade de avaliar de forma critica as mensagens que recebe
e enfrentar situações adversas
Favorecer a capacidade de produzir emoções conveniente aos momento
oportuno
Material
Folhas brancas, canetas
Aparelhagem, computador, CD
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
Plano de Sessão
ATIVIDADES
1. Aquecimento (5 min) Anexo 7
2. Exposição Teórica sobre a temática “ Atividade 2
Autonomia Emocional” (5 min)
3. Atividade “ Carta a ti mesmo” (15min) Atividade 3
4.Atividade “Caminhada Boto” (15 min) Atividade 4
5.Avaliação Geral da sessão (5min) Anexo 1
ATIVIDADES
6. Aquecimento (5min) Anexo 7
7. Atividade “ Mimo-me, Sinto-me e Atividade 7
gosto de mim” ( 15min)
8. Atividade “ Permito-me Sentir “(20 Atividade 8
min)
9. Avaliação geral da sessão ( 5 min) Anexo 1
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“APRENDER A SENTIR-FELIZ”
ATIVIDADE 2
“ AUTONIMIA EMOCIONAL “
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
AUTONOMIA EMOCIONAL
ATIVIDADE 3
“ CARTA DE APRESENTAÇÃO “
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
Cartão de apresentação
Descrição: Imagina que estás diante de pessoas que não te conhecem e que desejam
conhecer-te, pelo que queres mostrar-te tal como és e apresentar-te.
Propomos-te que faças o teu próprio cartão, como a Maria fez.
Exemplo da Maria:
MARIA
Idade: 8 anos
Em grupo
Para ajudar a criança a refletir na sua própria identidade, pode ser útil colocar-lhe as seguintes
perguntas:
Alargamento da atividade
Coloca o teu “cartão de apresentação” num lugar visível. Tudo o que és como
pessoa e como os outros te vêm é importante para que te possas sentir especial e
acarinhado.
Alzina, B. R; Escoda, P. N.; Cassá, F. G. (2010).GROP- Grup de Recerca en Orientació Psicopedagògica: Atividades para o
desenvolvimento da Inteligência Emocional.Lisboa : Amaria Iglesias
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
ATIVIDADE 4
“ CAMINHADA BOTO “
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
Caminhada Boto
Objetivos:
Auto reflexão. Concentração. Treino da Empatia. Reconhecimento e valorização do
espaço e do grupo. Agir em conformidade com as limitações do mesmo, enquanto
constituintes do espaço. Apurar o sentido da visão.
Descrição:
lá mesmo vê-lo, sem fingir vemos realmente aquele ponto, a sua textura cor etc.
e olhamos para o publico imaginário e transmitimo-lo com o olhar.
Depois disto pede-se aos participantes que caminhem em ritmos diferentes pela
sala. Nesta fase espera-se que cada um conheça bem o espaço e ninguém se atropele.
Até que todos comecem a caminhar calmamente outra vez, até a animadora dar a
indicação de que todos podem parar.
- Quando os teus amigos ás vezes não querem brincar contigo, percebes porque?
Os teus amigos nem sempre estão bem, tal como tu e é preciso saber aperceber-te
disso e ajudá-los. Esse sentimento chama-se empatia!!
ATIVIDADE 7
“MIMO-ME, SINTO-ME E GOSTO DE MIM”
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
1. Imagina que tens à tua frente, noutra cadeira, uma pessoa igual a ti, a tua cara
chapada. Observa-a: o seu rosto, a sua postura, a roupa que traz vestida, o seu
penteado e outros aspetos.
2. Começa a falar interiormente com essa pessoa diante de ti (que é o teu reflexo) e
diz-lhe coisas agradáveis: Gosto de como és. Mimo, sinto e gosto dos meus pés
(das minhas pernas, da barriga, do peito, do pescoço, da cara, da cabeça). Mimo-
me, sinto-me e gosto de mim. (Percorre todo o corpo com a ajuda de um adulto,
que será o teu guia,)
O adulto pode colocar uma série de perguntas para ajudar a refletir sobre a atividade:
ATIVIDADE 8
“PERMITO-ME SENTIR”
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
Permito-me sentir
Descrição: Todos possuímos emoções e sentimentos, mas por vezes não os exprimimos
porque acreditamos que nos debilitam ou porque os outros não os aceitam.
Lê a seguinte história:
O Jaime era um menino de 7 anos que, após
uma discussão com um rapaz da sua turma,
começou a chorar.
Os colegas começaram a dizer-lhe coisas
desagradáveis como “chorar é para miúdas”, “a
tristeza é dos cobardes”… entre outras coisas.
Medo Amor
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
Vergonha Tristeza
Inveja
Orgulho
Alegria Irritação
Humor
Alargamento da atividade
Pergunta à tua família e aos teus amigos que emoções expressam com maior
facilidade e aquelas em que tal não acontece tanto.
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
Alzina, B. R; Escoda, P. N.; Cassá, F. G. (2010).GROP- Grup de Recerca en Orientació Psicopedagògica: Atividades para o
desenvolvimento da Inteligência Emocional.Lisboa : Amaria Iglesias
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
Objetivos Gerais:
Objetivos Específicos:
Material
Folhas brancas, canetas
Aparelhagem, computador, CD
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
Plano de Sessão
ATIVIDADES
1. Aquecimento (5 min) Anexo 7
2. Exposição Teórica sobre a temática “ Atividade 2
Habilidades Soció-Emocionais” (5 min)
3. Atividade “Distinguir Emoções” Atividade 3
(15min)
4.Atividade “Expressar Emoções” (15 Atividade 4
min)
5.Avaliação Geral da sessão (5min) Anexo 1
ATIVIDADES
6. Aquecimento (5min) Anexo 7
7. Atividade “ O que fazer quando não Atividade 7
gosto de algo” ( 20min)
8. Atividade “Igual Porém Diferente “(15 Atividade 8
min)
9 .Avaliação geral da Sessão (5min) Anexo 1
71
APRENDER A SENTIR-FELIZ
ATIVIDADE 2
HABILIDADES SÓCIO-EMOCIONAIS
Assertividade. É uma maneira de agir onde a pessoa não é agressiva nem passiva. Não
agride nem se submete à vontade dos outros; o que faz é expressar as suas convicções e
defender os seus direitos, respeitando os direitos, pensamentos e sentimentos dos
demais.
Saber ouvir. Consiste em ouvir com atenção, saber o que a outra pessoa nos quer
comunicar e transmitir-lhe que captámos a sua mensagem.
Definir um problema. É a habilidade que nos permite ser capazes de analisar uma
situação, tendo em conta todos os fatores inerentes.
Apreciar soluções. É a habilidade que nos permite, no momento de tomar uma decisão,
analisar as consequências que as soluções propostas terão para as pessoas implicadas.
Negociação. É a habilidade que tem por objetivo encontrar uma solução que seja aceite
e que se revele justa e adequada aos interesses das pessoas implicadas.
Estas habilidades podem ser aprendidas. Propiciam para a pessoa que as domina,
um melhor relacionamento com os outros; permitem reivindicar os nossos próprios
73
APRENDER A SENTIR-FELIZ
ATIVIDADE 3
DISTINGUIR EMOÇÕES
74
APRENDER A SENTIR-FELIZ
Distinguir as Emoções
Ao ser feita cada pergunta é explicitado que quem concordar corre para o lado
direito da sala, quem não concordar corre para o esquerdo, e quem não souber o quer
responder fica no meio. Deve ser reforçado o fato de que não existem respostas boas ou
mais, que todos são válidas.
Reflexão: Depois de cada pergunta cada um deve saber explicar o porquê da sua
resposta, e será feita a exploração da validade da mesma. Deve ser feito um reforço
positivo em cada escolha positiva e deve ser explorada uma resolução também positiva
para cada resposta negativa.
Quem responder sim a esta pergunta tem de vir a correr para ao pé de mim e abraçarmo-
nos todos :
ATIVIDADE 4
EXPRESSR EMOÇÕES
76
APRENDER A SENTIR-FELIZ
Expressar as Emoções
Descrição: Voltarão todos a andar pelo espaço, sentindo o grupo, aproveitando todos os
espaços e ao bater de um palma todos se agrupam em numero, dois, três, quatro… O
objetivo é que seja feito da forma mais rápida possível.
Depois disto ao bater uma palma todos irão juntar-se e virados para a animadora farão
um mote, como estátuas e mostraram uma expressão de uma emoção.
Cada um irá sair do mote, um de cada vez para reconhecer as expressões dos colegas.
77
APRENDER A SENTIR-FELIZ
ATIVIDADE 7
Objetivo: Saber reagir de forma adequada face a algo que não se gosta.
Descrição: Por vezes, não saber reagir adequadamente os nossos sentimentos provoca-
nos mal-estar. Certamente, treinar a capacidade de dizer as coisas de forma correta faz-
nos sentir melhor, e não faremos com que as pessoas que nos rodeiam se sintam mal.
Ouve com atenção as situações apresentadas e pensa como agirias em cada caso:
1. Um colega come um rebuçado e atira o papel para o chão. Não gostas da atitude
dele e achas que deves dizer-lhe.
a. (Com voz aborrecida e a repreendê-lo) – És mesmo porco, não sabes que não se
atira os papéis para o chão?
c. (Com voz calma) – Acho que não reparaste que deixaste cair o papel do
rebuçado para o chão. Devias apanhá-lo para não sujar a rua.
a. - Desculpe, professora, mas gostaria que, quando lhe fosse possível, revesse o
meu teste. Pareceu-me que me correu melhor.
c. Não dizes nada, pois achas que não vale a pena, que não passa da nota de um
teste e que, se disseres algo à professora, esta ainda vai acabar por embirrar contigo.
3. Saíste um pouco tarde de casa, mas ainda te restam alguns minutos para comprar
umas guloseimas. Estás à espera da tua vez e, quando estás prestes a ser atendido, chega
um rapaz a pedir que o atendam. Não estás disposto a que te passe à frente.
A tua reação é:
a. Deixá-lo passar; afinal não importa, é só uma pessoa, e se lhe chamas a atenção
ainda podem acabar a discutir e será pior.
b. Dizer-lhe:
- Desculpe, mas também estou com pressa e já que estive pacientemente à espera, agora
é a minha vez de ser atendido.
umas pipocas. O teu amigo chega às cinco menos cinco e, em vez de pedir
desculpa, argumenta que o filme ainda não começou. Esta atitude aborrece-te e
achas que devias dizê-lo.
a. Quando o vês chegar, gritas-lhe: - É a última vez que fico á tua espera. És o
cúmulo da falta de pontualidade. Não se pode combinar nada contigo. Agora, por tua
causa, já não vamos ver o início do filme.
b. Aborrece-te a sua atitude, mas não dizes nada. Presumes que lhe aconteceu algo
importante e não queres incomodá-lo mais.
Como ages?
a. Explicas-lhe que se fosse outro dia qualquer não terias problemas em emprestar-
lhe o caderno, mas que hoje é impossível. Que para a próxima tente organizar-se melhor
e pedi-lo com mais antecedência.
b. Emprestas-lho. De fato, um amigo merece todo o tipo de sacrifícios, e o que não
querias de forma alguma era dececioná-lo.
c. Respondes-lhe: - Meu, estás-te a passar, ou quê? Queres que chumbe eu por tua
causa? Anda e faz-te à vida.
81
APRENDER A SENTIR-FELIZ
Tipos de resposta
Lembra-te: não é quem mais grita que mais razão tem, mas sim quem é capaz de
expor o que pensa sem se enfurecer ou ofender os outros. Nunca devemos deixar de
dizer o que pensamos, mas temos de ser capazes de o fazer sem que os outros se sintam
aborrecidos ou ofendidos. Além de conseguir melhores resultados este tipo de
comportamento fará com que as pessoas que nos rodeiam nos aceitem e nos respeitem
muito mais.
Tipos de resposta
82
APRENDER A SENTIR-FELIZ
Comportamento
Volume de voz elevado Volume de voz baixo Tranquilidade
Principais consequências
Rejeição pelos outros Falta de respeito dos outros Travam o ataque do outro
Os outros sentem-se
menosprezados, pelo que São considerados bons
Perda de autoestima
podem chegar a rejeitar a negociadores, nada burros
sua companhia
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desenvolvimento da Inteligência Emocional.Lisboa : Amaria Iglesias
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
ATIVIDADE 8
Descrição: Nem todos vemos as coisas da mesma forma. Dependendo do dia, até nós
próprios podemos mudar o modo como as vemos.
De seguida analisa-as
Assinalaram todos as mesmas características?
Houve alguém que tivesse sido mais pormenorizado do que os outros na
descrição?
Houve algum detalhe considerado muito importante para alguém, mas ao qual os
outros não tenham dado importância?
São todas as descrições fiéis?
A que julgas que se deve as diferenças entre as descrições de uns e de outros?
É evidente que, de inicio, não se pode revelar que vão todos descrever o mesmo
objeto.
No fim dar-se-á início a um debate e á reflexão sobre como uma coisa pode ser
interpretada de diferentes formas.
Alzina, B. R; Escoda, P. N.; Cassá, F. G. (2010).GROP- Grup de Recerca en Orientació Psicopedagògica: Atividades para o
desenvolvimento da Inteligência Emocional.Lisboa : Amaria Iglesias
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
Duração: 155 min (45 min a primeira sessão e 110min a última sessão)
Objetivos Gerais:
Objetivos Específicos:
Material
Folhas brancas, canetas
Aparelhagem, computador, CD
87
APRENDER A SENTIR-FELIZ
Plano de Sessão
ATIVIDADES
1. Aquecimento (5 min) Anexo 7
2. Exposição Teórica sobre a temática “ Atividade 2
Habilidades de Vida e Bem-Estar
Emocional” (5 min)
3. Atividade “Vivo rodeado de gente Atividade 3
maravilhosa” (15min)
4.Atividade “Querer é Poder” (15 min) Atividade 4
5.Avaliação Geral da sessão (5min) Anexo 1
ATIVIDADES
6. Aquecimento (5min) Anexo 7
ATIVIDADE 1
Todos nós somos obrigados a cada dia que passa afazer frente a situações muito
variadas. Algumas são trefas simples, como por exemplo, pôr a mesa, levantá-la, limpar
os pratos, etc.; outras situações são mais complexas, como realizar cálculos aritméticos,
solucionar problemas matemáticos, defender os nossos interesses quando os outros
querem que façamos algo que não nos convém, etc..
As habilidades de vida são recursos que se podem desenvolver. Á medida que se
vão adquirindo, ajudam as pessoas a superar melhor todos os desafios quotidianos e
também a estarem preparadas para enfrentar os imprevistos que de vez em quando
surgem no nosso dia a dia.
As atividades propostas são um conjunto de exercícios para desenvolver as
habilidades que te ajudarão a organizar a tua vida de forma saudável e equilibrada. Por
outro lado, vais também adquirir recursos que te permitirão desfrutar de experiencias
satisfatórias e que, basicamente, te ajudarão a sentir melhor. Em resumo, que te farão
gozar de maior bem-estar.
Falar de bem-estar é falar de uma pessoa se sentir bem consigo mesma e com os
outros. Em geral, ela sente-se bem quando está saudável, quando gosta de estar junto de
outras pessoas (amigos, família) e quando é socialmente aceite. O bem-estar é diferente
para cada pessoa. Depende em grande parte da forma de ver e apreciar o que nos rodeia
(pessoas, objetos, acontecimentos). Cada um de nós tem um papel importante no seu
próprio bem-estar emocional. Existem alguns recursos, habilidades e pequenos truques
que podemos todos pôr em prática para nos sentirmos melhor.
Aprenderemos que prevenir só traz vantagens e que podemos fazer coisas novas
que produzam bem-estar; procuraremos aqueles segredos especiais que nos evocam
situações agradáveis e aprenderemos a utilizá-los para despertar emoções agradáveis.
Por último, queremos propor-te a adoção de um estilo de vida saudável,
consciente, que te permita adquirir as competências de vida capazes de promover o teu
90
APRENDER A SENTIR-FELIZ
ATIVIDADE 3
“ VIVO RODEADO DE GENTE MARAVILHOSA”
92
APRENDER A SENTIR-FELIZ
Descrição: Sem pensar demasiado, tenta adivinhar o número de pessoas que conheces.
Aponta. Agora faz uma lista com todas as pessoas que, por algum motivo, são
importantes na tua vida.
Pensa no que te proporcionam: carinho, diversão, ajuda médica, ensino, cuidados,
alimentação, proteção… tudo o que te ocorrer, e agrupa-as em várias categorias. Por
isso, anota os nomes fazendo uma flor semelhante à da imagem:
Familiares
-------------
-------------
-------------
-------------
-------------
-------------
------
Conhecidos Outros
--------------------------------- ---------------------------------
------------------------------ ------------------------------
Amigos
--------------
--------------
--------------
--------------
--------------
--------------
-------------
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
Pensa no seguinte
Alargamento da atividade
Podes fazer uma colagem recortando fotografias ou fazendo desenhos.
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
ATIVIDADE 4
“ QUERER É PODER”
95
APRENDER A SENTIR-FELIZ
Querer é Poder
Objetivo: Refletir sobre as nossas crenças e intenções para descobrir o que nos impede
de alcançar os nosso objetivos
Descrição: Certamente já conheces a célebre frase “querer é poder”, embora seja muito
usada, tida cliché, encerra uma grande verdade.
Tanto se riram e gozaram que, pouco a pouco, todas as rãs foram desistindo,
convencidas de que era mesmo impossível chegar lá a cima.
No entanto, uma rãzinha continuava a subir e subir. Foi tal o seu empenho
que, no final conseguiu chegar e obter o prémio. Os espetadores ficaram pasmados,
não conseguiram acreditar. Os jornalistas correram logo a fazer-lhe pergunta sobre
como era possível ter alcançado um sonho inalcançável.
96
APRENDER A SENTIR-FELIZ
Acertaste! Provavelmente teria desistido como fizeram todas as outras rãs, pois a
pressão do grupo teria feito com que acreditasse na impossibilidade de alcançar o topo.
Ouvir os outros pode revelar-se positivo, desde que confrontemos a sua opinião com a
nossa.
ATIVIDADE 7
“ OS MEUS TALISMÃS SECRETOS”
98
APRENDER A SENTIR-FELIZ
Objetivo: Refletir sobre os recursos que podemos acionar para melhorar o nosso estado
emocional.
Um talismã secreto pode ser um pensamento, uma música, um gesto, etc. que tu
conheces e que te evoca um momento em que tenhas experienciado uma sensação de
bem-estar ou de felicidade muito grandes. Quando recorres ao teu talismã secreto, tens
uma sensação de bem –estar; é como se tomasses uma dose mais das mesmas emoções
que essa experiência tão agradável que estás a recordar te trouxe.
Por exemplo:
2º Das tuas recordações, escolhe aquela ou aquelas que te fazem sentir melhor.
3º Pratica, concentrando-te numa delas sempre que te sintas mal com alguma situação
Lembra-te:
Orientador:
Deve pedir-se cada um que diga se já encontrou o seu talismã, sem ter de o dizer a dizer,
porque é secreto
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
ATIVIDADE 8
“ SOU OTIMISTA E POSITVO” ?
101
APRENDER A SENTIR-FELIZ
Gostarias de aprender a ser mais otimista? Eis alguns exercícios uteis para adotar uma
postura mais otimista perante a vida.
Para isso :
“ Cometi um erro”
LEMBRA-TE
O otimismo é a atitude positiva e alegra com que se encara o dia a dia e que
ajuda a triunfar nas relações, nos estudos, na profissão e na vida em geral. Permite-te
vencer as dificuldades, superar os contratempos e prosseguir.
Orientador: Cada criança deve enumerar uma situação em que foi otimista e negativo,
explorando resoluções para a atitude negativa e reforçando as positivas e otimistas.
Alzina, B. R; Escoda, P. N.; Cassá, F. G. (2010).GROP- Grup de Recerca en Orientació Psicopedagògica: Atividades para o
desenvolvimento da Inteligência Emocional.Lisboa : Amaria Iglesias
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APRENDER A SENTIR-FELIZ
ATIVIDADE 9
Despedida
Descrição: Vamos fazer uma roda, olhar-nos todos com atenção, mas sem julgar,
vamos sentir um sorriso no peito. Largamos as mãos e começamos a caminha no mesmo
sito, muito devagar, vamos aumentando o ritmo até não conseguirmos mais, quando eu
disser três todos damos um grande grito!
Descrição: Será pedido para cada um que vá ao quadro desenhar-se, retratando o que
estão a sentir naquele momento acompanhando o desenho com uma frase ou expressão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
108
APRENDER A SENTIR-FELIZ
ANEXO 1
1. __________________
2. __________________
3. __________________
Nome do aluno:
Envolvimento pessoal
1 2 3 4 5
Participação
1 2 3 4 5
Criatividade
1 2 3 4 5
110
APRENDER A SENTIR-FELIZ
Iniciativa
1 2 3 4 5
Motivação
1 2 3 4 5
Colaboração no grupo
1 2 3 4 5
111
APRENDER A SENTIR-FELIZ
ANEXO 2
DIÁRIO DE BORDO
112
APRENDER A SENTIR-FELIZ
DIÁRIO DE BORDO
Observações/ Pontos
de Interesse
113
APRENDER A SENTIR-FELIZ
ANEXO 3
MSCEIT
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
116
APRENDER A SENTIR-FELIZ
ANEXO 4
AVALIAÇÃO FINAL
117
APRENDER A SENTIR-FELIZ
AVALIAÇÃO FINAL
5- Depois deste programa a tua atitude com os teus amigos e familiar vai mudar?
Prestação Orientadora :
ANEXO 5
Exmo(a). Senhor(a)
Encarregado de Educação:
Estando o seu educando no período escolar, período este que como o próprio
nome indica que, na generalidade, as crianças encontram-se preparadas e disponíveis
para a aprendizagem é de grande importância que se aposte no treino da inteligência
emocional, sendo esta uma das competências mais importantes a serem trabalhadas nas
crianças, servindo como base fundamental na emancipação de emoções contraditórias
que sirvam de bloqueio à aprendizagem e à interação escolar e social.
Quando uma pessoa se conhece e aprende a conhecer as suas emoções, lidando com
elas de forma saudável e fluida, quando aprende a relaxar contornando fatores de stress,
quando aprende a mandar no seu corpo e a gerir o seu desempenho de forma a ser mais
proficiente, atinge-se um bem-estar que permite viver a vida de uma forma integral e
produtiva ( Queirós, 2006 ).
Possuir inteligência emocional promove as relações com os demais e consigo
mesmo, melhora a aprendizagem, facilita a resolução de problemas e favorece o bem-
estar pessoal e social.
Desta forma durante cinco semanas irão decorrer oficinas de treino da
Inteligência Emocional , com duração de sessenta minutos, duas vezes por semana,
onde serão realizadas algumas atividades que promovam esta inteligência, promovendo
na criança um melhor relacionamento com os seus próprios sentimentos e com o dos
colegas, levando as crianças a sentirem-se num ambiente confortável, reconhecendo as
suas próprias emoções de modo a no futuro conseguirem educá-las com base em valores
positivos, de interação social, escolar e familiar.
Agradecemos, desde já, a sua disponibilidade e o preenchimento da ficha de
participação anexada a este documento, onde contamos ler atentamente o seu
comentário / sugestões.
Data: ____/____/____
Com os melhores cumprimentos:
120
APRENDER A SENTIR-FELIZ
FICHA DE PARTICPAÇÃO
Nome do Aluno:
Idade:
Residência:
Composição do Agregado de Família:
Comentário / Sugestões:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Assinatura:
_______________________
(O Encarregado de Educação)
121
APRENDER A SENTIR-FELIZ
ANEXO 6
CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO
122
APRENDER A SENTIR-FELIZ
CERTIFICADO
Certifica-se que ____________________________________________(1) Portador do
B.I. / Cartão do Cidadão n.º _____________, válido até __/___/___ frequentou
A Entidade Formadora
ANEXO 7
124
APRENDER A SENTIR-FELIZ
AQUECIMENTO
AQUECIMENTO
Descrição:
Mal entramos na sala cada um por si faz o seu aquecimento, ao som da musica, tenta
aquecer bem todas as articulaçoes e esquecendo o mundo lá fora. Mal se pisa o chão da
sala não existe mais nada e só se pode pensar no que vamos fazer ali.
1º Jogo: Vamos imaginar que uma pinga está a sair do teto ate que vai-nos cair no peito
e com o olhar vamos segui-la ate aos pés de modo a enrrolarmos bem o corpo, e de
seguida fazemos também o movimento contrário , ou seja a pinga rompe o teto e vai
pela parede até nos subir pelo pés até á cabeça, isto seguindo sempre a pinga com o
nosso dedo.
3º Jogo: O jogo dos números, ou seja numa roda , cada um vai dizer um número, o
objetivo final é conseguirmos chegar ao número catorze, sendo este o numero dos
125
APRENDER A SENTIR-FELIZ
4º Jogo: O jogo do YA. Numa roda vamos passar um YA para o colega do lado e assim
sucessivamente, ate introduzirmos o AI que passa duas pessoas e só o terceiro continua
o YA.
5ª Jogo: O jogo do pincel. O grupo está distribuído pela sala, equilibradamente, pode
continuar a andar ou pode parar enquanto faz este exercício. Iremos imaginar que temos
um pincel na nossa mão e ao som da música vamos fazer desenhos imaginários no
espaço. O pincel da mão irá passar para os pés, para os cotovelos, para os joelhos, para
o rabo e assim sucessivamente vamos fazendo desenhos imaginários no ar.
ANEXO 8