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Edição
Apresentação 04
Capítulo 1 – Riscos do grande contingente de adultos
e idosos não imunizados 05
• Sarampo 06
• Febre amarela 07
• Hepatite A 08
• Hepatite B 09
• Difteria 10
• Influenza 10
• Doença pneumocócica 11
• Caxumba 12
• Coqueluche 12
• HPV 13
• Herpes zóster 14
Capítulo 2 – Coberturas vacinais 15
• dT e dTpa 15
• dT e dTpa – mulheres em idade fértil 16
• dTpa – gestantes 16
• Tríplice viral 17
• Hepatite B 17
• Influenza 18
• Febre amarela 18
Capítulo 3 – Vacinação: o que pensam? 19
• A visão dos leigos 19
• A visão dos médicos 22
• No âmbito dos CRIEs 25
Capítulo 4 – Propostas 27
• Educação médica 27
• Comunicação com a população 28
Referências 28
APRESENTAÇÃO
Boa leitura.
Isabella Ballalai
Coordenadora do Grupo de Discussão Permanente em Imunização do Adulto e Idoso
Vice-presidente da SBIm
4
CAPÍTULO 1
RISCOS DO GRANDE
CONTINGENTE DE ADULTOS
E IDOSOS NÃO IMUNIZADOS
5
SARAMPO
TO
AL Rio de Janeiro 19
RO
SE
BA
MT Sergipe 4
DF
GO Pernambuco 4
MG
MS ES São Paulo 3
SP
RJ Bahia 3
PR
SC
Rondônia 2
RS Distrito Federal 1
Brasil 10.302
Fonte: Secretaria Estadual de Saúde do AM, RR, RS, RJ, PA, SE, PE,
SP, RO, BA e DF. Data: 21/01/2019. * Dados sujeitos a alterações.
O Brasil enfrenta, desde 2016,i o maior surto de febre amare- i - Devido às caracterís-
32,4% 29,45%
+ de 70%
DAS MORTES POR
HEPATITE A OCORREM
ENTRE ADULTOS
18,76% 19,39%
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Hepatites virais 2018. Boletim Epidemiológico
1,7%
1,1%
21,4%
24,2%
DAS MORTES POR
HEPATITE PODERIAM
TER SIDO EVITADAS
75,8%
Fonte: Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Hepatites virais 2018. Boletim Epidemiológico
INFLUENZA
DOENÇA PNEUMOCÓCICA
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1,6 mi-
lhão de pessoas de todas as faixas etárias morram anualmente
de doença pneumocócica.12 Nos Estados Unidos, a estimativa
é a de que 900 mil pessoas contraiam pneumonia pneumocóci-
ca todos os anos e que 400 mil necessitem de hospitalização.13
Destes, de 5% a 7% morrem – a letalidade é superior em idosos.
CAXUMBA
COQUELUCHE
HPV
100
No recrutamento
% de pacientes que relataram problemas
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Mobilidade Cuidados Atividades Dor/ Ansiedade/
pessoais do dia a dia desconforto depressão
O gráfico demonstra o percentual de participantes (n=621) que relataram queixas em algum dos
domínios do EuroQol EQ-5D no recrutamento (<14 dias após início das erupções cutâneas)
e após o fim da dor. A mediana da duração da dor foi de 32.5 dias.
Barras de erro = intervalo de confiança de 95%.
Fonte: Drolet M, Brisson M, Schmader KE, Levin MJ, Johnson R, Oxman MN, et al. The impact of herpes
zoster and postherpetic neuralgia on health-related quality of life: a prospective study. CMAJ 2010. Nov
9;182(16):1731-6.
COBERTURAS VACINAIS
dT e dTpa
Doses aplicadas da dupla adulto (dT) em > 15 anos de idade, e tríplice
acelular (dTpa) por tipo de dose (Brasil, 2000 a 2018)*
Fonte: Datasus/Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. *Os dados provisórios para 2018 são tabulados agregados
na população de 15 a 49 anos de idade, não sendo identificado o total a partir de 20 anos. Disponível em: http://pni.datasus.gov.br
15 15
dT e dTpa – mulheres em idade fértil
Estimativa de mulheres em idade fértil* vacinadas e não vacinadas
e coberturas vacinais com doses acumuladas** das vacinas dT/dTPA
por Unidade Federada (Brasil, 2018)
Fonte: Datasus/Tabnet. *12 a 49 anos de idade. **d2+reforço, de 2013 a 2018. Acesso em 05/12/2018.
Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br
dTpa – gestantes*
80,00
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
AP
PA
BA
SP
RN
SE
RO
RS
PB
MA
MG
SC
MT
GO
AL
PE
PR
TO
AM
ES
MS
RR
RJ
CE
BRA
PI
DF
AC
< 95%
95 a 100%
> 100%
Hepatite B
Coberturas vacinais com o número de 3as doses acumuladas
por grupo etário (Brasil, 1994-2018)*
25 100
Doses aplicadas Coberturas
20 80
15 60
10 40
5 20
7,5
9,4
10,8
11,0
12,4
13,0
13,1
13,5
13,8
14,1
16,1
15,4
16,4
16,8
18,4
18,0
18,6
20,3
19,8
20,3
0 0
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Fonte: Datasus/Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. * 1999 pop de 65 anos e mais de idade; 60 anos a partir de 2018.
Disponível em:http://pni.datasus.gov.br
Febre amarela
Coberturas vacinais com 1a dose (D1) + reforço, acumuladas na
população em geral. Áreas com recomendação de vacinação (ACRV)
por Unidades Federadas (Brasil, 2017)*
2016 2017
Novas áreas:
ACRV até 2016
(3.529 municípios) Espírito Santo
Cob. (%) Cob. (%) e Rio de Janeiro
até 79,99 até 79,99
79,99 --| 94,99 79,99 --| 94,99
04,99 --| 236,10 04,99 --| 236,10
Fonte: Datasus/Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. *No período 2008 a 2017. Disponível em:http://pni.datasus.gov.br
VACINAÇÃO:
O QUE PENSAM?
• alimentação saudável
• exercícios físicos
• acompanhamento médico
19 19
iv - Por se tratar de Além disso, cerca de 1/3 admitiu se automedicar e consumir ci-
estudo qualitativo, os garro, álcool ou drogas ilícitas.iv
gráficos e percentuais
têm apenas a finalidade
de oferecer uma rápida De modo geral, as vacinas despertam confiança e credibilidade.
leitura das respostas No entanto, vários estrevistados ficaram surpresos ao saber que
individuais. Não deri-
vam, portanto, de base existem vacinas além das oferecidas pelo Programa Nacional de
amostral suficiente para Imunizações (PNI) – mulheres que engravidaram recentemen-
a devida consistência te e tiveram pré-natal cuidadoso detinham mais conhecimento
quantitativa.
sobre as disponíveis na rede privada – e raros foram os que de-
clararam ter registros completos da situação vacinal. Os jovens
admitiram que “somente a mãe” poderia esclarecer a questão, e
os demais dizem ter apenas comprovantes avulsos.
MITO OU VERDADE
Vacinas contra o HPV são apenas para Consideram que serve a adultos, mas só há vacinas
X
adolescentes para adolescentes
Consideram fake, mas relatam a ocorrência com
A vacina da gripe provoca a doença X
amigos e parentes
Muitos imaginam que possa existir. Outros afirmam
Existe um calendário de vacinação para que o governo teria divulgado se existisse. Somente
X
adultos e idosos alguns idosos afirmaram ter visto cartazes sobre isso
nos postos de saúde
Todas as vacinas importantes são aplicadas Fake. Com os recentes surtos de doenças que já
durante a infância e adolescência. Adultos X estavam erradicadas, parece sólido o entendimento
não têm mais que tomar vacinas de que há importantes vacinas para todas as idades
Fake. Afirmam que os casos que ouvem têm relação
Vacinas causam desmaios e tonteira X com as condições físicas da pessoa no momento da
vacinação
Fake e a mais rejeitada. Ninguém acredita que uma
Vacinas podem matar X
vacina possa levar a situações extremas
A vacina que protege de coqueluche é Tendem a não acreditar, mas alguns sequer sabem o
X
importante apenas para crianças que é coqueluche
Sarampo, caxumba e rubéola são doenças Fake. Em geral, conhecem algum adulto que já teve
X
exclusivas de crianças alguma dessas doenças
Quase a totalidade desconhece, mas não duvida da
Existe vacina para proteger de pneumonia X
existência e demonstra curiosidade sobre ela
Dengue 30 26 15 30
Rubéola 7 48 44
Caxumba 3 11 30 56
Sarampo 4 7 19 70
Catapora 4 11 11 74
Tétano 7 15 78
Gripe 11 7 81
Herpes zóster 48 44 7
Pneumonia 52 26 22
HPV 63 19 19
Difteria 19 19 41 22
Hepatite A 7 26 41 26
Hepatite B 7 26 37 30
Coqueluche 4 22 37 37
Meningite 11 15 30 44
Nunca ouvi falar Já ouvi falar, mas SEI que NÃO TOMEI
Já ouvi falar, mas NÃO SEI SE TOMEI Já tomei com certeza
WhatsApp 26 33 33
Facebook 22 30 33
Instagram 7 15 30
Twitter 4 11
16 ou mais 11 a 15 6 a 10 Até 5
Anos de profissão 4 2 4 1
Hospital Ambulatório/consultório
Local de atendimento 5 10
de atendimento 5 6
Com Sem
Plano de Saúde 4 7
O Instituto Ipsos realizou, a pedido da Pfizer, uma pesquisa com v - São Paulo, Rio de
Janeiro, Porto Alegre,
o objetivo de entender o caminho dos pacientes até os Centros Belo Horizonte, Salvador
de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), desde e Brasília.
o encaminhamento até a imunização efetiva, e a importância
vi - Gestores ou
dada por médicos de diferentes especialidades à vacinação. Na indicados pelos
fase qualitativa, foram realizadas 44 entrevistas em seis estadosv administradores.
com médicos, pacientes e pessoas que participam ativamente da
tomada de decisões das unidades.vi
Outros especialistas 2
Outros meios 3
Reação à recomendação
Foi tomar as vacinas sem nenhum tipo de receio 70%
Ficou com receio, mas foi tomar as vacinas pois sabe que Fonte: Game Changers – Ipsos
elas são importantes para sua condição de saúde 30%
2018. Estudo quantitativo.
Base Total: 135 respondentes
Fonte: Game Changers – Ipsos. Estudo qualitativo com amostra oriunda de filtro predeterminado
FASE QUANTITATIVA
GESTORES
Infectologista 33%
Pediatra 19%
Nefrologista 11%
Reumatologista 11%
Hematologista 10%
Pneumologista 10%
Oncologista 10%
Hepatologista 7%
Pneumopediatra 6%
Endocrinologista 5%
Imunologista 2%
Especialistas lembrados pelos
Geneticista 0% administradores, considerando o
volume de pacientes que visitam cada
Outras 0% um dos CRIEs.
Fonte: Game Changers – Ipsos 2018. Estudo quantitativos. Base Total: 10 respondentes
PROPOSTAS
EDUCAÇÃO MÉDICA
27 27
COMUNICAÇÃO COM A POPULAÇÃO
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS 29
06] Disponível em: https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/
estrutura-de-governo/saude/2018/documentos/boletim-de-vigi-
lancia-em-saude-caxumba-ed-n-2.pdf
17. Rio Grande do Sul. Secretaria da Saúde. Centro Estadual de Vigi-
lância em Saúde. Vigilância das doenças imunopreveníveis – 2017:
Coqueluche, difteria, PFA, caxumba, varicela, sarampo/rubéola e
tétano. [acesso em 2019 fev 06] Disponível em: https://cevs.rs.gov.
br/upload/arquivos/201802/27110655-relatorio-anual-da-vigilan-
cia-das-doencas-imunopreveniveis-2017.pdf
18. Distrito Federal. Secretaria de estadode Saúde. Subsecretaria de Vi-
gilância à Saúde. Boletim epidemiológico. Monitoramento dos ca-
sos de parotidite notificados no Distrito Federal, até a Semana Epi-
demiológica nº 43 de 2016. [acesso em 2019 fev 06] Disponível em:
http://www.saude.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2018/05/n%-
C2%BA-11-Novembro-2016.pdf
19. São Paulo. Secretaria da Saúde. Centro de Vigilancia Epidemioló-
gica. Caxumba: Distribuição de surtos, casos e óbitos, segundo ano
de início dos sintomas e faixa etária, Estado de São Paulo, 2001
a 2018. [acesso em 2019 fev 06] Disponível em: http://www.sau-
de.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/
areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-respiratoria/caxum-
ba/dados/caxumba_dados.pdf
20. Prefeitura de Goiânia . Secretaria de Saúde. Investigação de surtos
de caxumba em Goiânia registra 62 casos. [acesso em 2019 fev
06] Disponível em: http://www.saude.goiania.go.gov.br/html/noti-
cia/16/06/Investigacao_de_surtos_de_caxumba_em_Goiania_re-
gistra_62_casos.shtml
21. Prefeitura do Rio de Janeiro. Coordenação de Informação Estra-
tégica em Vigilância em Saúde. Informe Técnico: Total de surtos
notificados no município do Rio de Janeiro nos anos 2014 a 2017.
[acesso em 2019 fev 06] Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br/
dlstatic/10112/8587340/4222808/Totalsurtos20142017.pdf
22. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Co-
queluche no Brasil: análise da situação epidemiológica de 2010 a
2014 . Boletim Epidemiológico. Volume 46 (39). Brasília: Ministé-
rio da Saúde, 2015. [acesso em 2018 dez 12] Disponível em: http://
portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/29/Bole-
tim-epidemiologico-de-2010-a-2014.pdf
23. Brasil. Ministério da Saúde. Casos confirmados de coqueluche,
Brasil, Grandes Regiões e Unidades Federadas. 1998- 2017. Bra-
sília: Ministério da Saúde.[acesso em 2018 dez 12] Disponível em:
http://portalms.saude.gov.br/images/xlsx/2018/dezembro/18/Ta-
bela-de-casos-de-Coqueluche.xlsx
24. Brasil. Ministério da Saúde. Informe epidemiológico: Coqueluche.
Brasília: Ministério da Saúde.[acesso em 2019 fev 04] Disponível
em: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/dezem-
bro/18/Informe-epidemiol--gico-da-Coqueluche.%20Brasil,%20
2016%20a%202017.pdf
25. Munoz N, Bosch FX, Sanjose S, Tafur L, Izarzugaza I, Gili M, et al.
The causal link between human papillomavirus and invasive cer-
REFERÊNCIAS 31
Versão digital: março 2019. Conteúdo de responsabilidade exclusiva da SBIm. MAGIC RM 190403
A Sociedade Brasileira de Imunizações criou
em abril de 2018 um Grupo Permanente de
Discussão (GPD) sobre Imunização do Adulto
e Idoso. A equipe de especialistas, além de
representantes da SBIm, reúne profissionais do
Programa Nacional de Imunizações (PNI), dos
Centros de Referência para Imunobiológicos
Especiais (CRIEs), de Bio-Manguinhos/Fiocruz,
das sociedades brasileiras de Infectologia (SBI),
Pediatria (SBP), Geriatria e Gerontologia
(SBGG), Pneumologia e Tisiologia (SBPT) e
da Federação Brasileira das Associações de
Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Realização: