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R.U.A Edição Especial (Lágrimas No Deserto) (part. cabeça SNJ, Facção Central, Função RHK, Gigante No
Mic, Helião, Mano Fler, Melk, Mortão VMG, Thiagão e Vietnã)

Nocivo Shomon

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Mais um anjo caindo do céu

Queda de babel

No deserto flores do féu

Vingança de Abel

Desde menor tô na luta buscando meu sonho na grande cidade

Cresci sem pai, passei necessidade

Me tornei pai com 16 de idade

Quero o caminho da felicidade

Nunca quis nada na facilidade

Na rima responsa e habilidade

Desde lek responsabilidade

Amores com prazo de validade

Fumando do massa só de qualidade

Preconceito pela tonalidade

A cor da pele desperta a maldade

Superei enchente dificuldade


Escola da vida minha faculdade

Com pé no chão, venha na humildade

Quem só critica não faz a metade

E no deserto serpente sorri

E o nascer do Sol, em cima da laje

A tesmpestade alí babá traí

Por aqui, amar é pra quem tem coragem

Inimigos vários querem seu troféu

Na madruga drama perfume do féu

Também quero os malote

Mano limite é o céu

Guerreiros da babilon

Bolando plano fuga de babel

Mais um preto exterminado

Brasil é campo minado

Pau no cu do Carrefur

E o nazista do mercado

Chora agora ri depois

Já diz o velho ditado

Deus acredita no desacreditado

Quê lei, quê lei, quê lei (Vietnã)

Cê sorri, com mil motivos pra chorar

E quando chove o desacerto só rega o mal

Você quer brincar com a vida, pode brotar


Qualquer tragédia por aqui, parece normal

Tá desesperado entra na fila, sem reclamar

Só liberdade em cativeiro, abismo moral

Cê não entende a rua é lousa, eu vou desenhar

Antes que a lágrima evapore e só fique o sal

Entre a nova era e sua gangue gangue

Rua segue a velha lei do bang bang

Eu tô na favela vendo um redundante

Uns canta a vitória, outros chorar sangue

No chute facínio é um brilho do ouro

Polícia chacina, droga mal a goro

Não troco mais tiro, não troco mais soco

E o corre que eu tenho, não troco por outro

Não é mais o mesmo pique de um tempo atrás

O foda é o que os problemas vem de uma vez

O que não fortifica o vento desfaz

Atacam o ponto fraco, dizem que é lei

Mais eu sigo a mesma picadília de um tempo atrás

Firme no propósito não falhei

Cê quer me ver fudido, só que não vai

Se quiser bater de frente vem de uma vez

Se tiver que cair vai ser, toda lágrima seca

E eu cansado do papo de merecer se o sistema me breca

Também não foi opção correr, não se abandona a guerra

Segue o trecho assim, são fases e fases


Perto do fim nesse imenso oásis

Rua edição especial (edição especial)

Hey ei ei, iei nos desertos que passei

Lágrimas chorei, só eu sei

Parado olhando pra baixo, travado na brisa calado

O deserto que tem muita cede, onde a água é o craque

No sistema muitos tão sofrendo, sonhando querendo a liberdade

Iei ei ei, só eu sei, não, milhares sabem também

O rap, a rua, cultura, no crime, nos monstros que acreditei

E quando eu lá precisei, pedi não fizeram por mim

Minha vida que táva em jogo, vários não saíram dalí

Entre ruas, escuras, desertas, andando sobrevivendo nas trevas

E eu agora vivão e vivendo, colando com os mano e sempre favela

Um abraço pra todos muleque entender que o trap, também é rap

Pensamentos que voam com o vento, e no passar do tempo só fortalece

O passado que se faz presente na minha vida, assinala vou eu

Renascendo das cinzas, das grandes pro mundo, cê é que você me entendeu

Sê é pra rimar vou rimar, se é pra falar vou falar

O rap é luta, é postura, é conduta, e tá aí pra denunciar

E se for pra somar vem somar, o sistema querem nos matar

Enquanto houver injustiça racismo o rap não vai parar

Fui mais além do que pensei, persisti perseverei

Conquistei porque lutei, os desertos que atravessei

Só eu sei, só eu sei, só eu sei


Lágrima escorre, enquanto a gente sorri

Olhando em volta do nosso umbigo, esquecemos do que acontece bem perto daqui

Criança que chora por falta de leite, o pai bebeu todo o salário

Muleque que chora por falta de tênis, vai pra escola descalso

A mina chorando por causa do abuso que ela sofreu

Toda vez que lembra da cara do abusador entra em choque

Muitas vezes pensamos, aí que se exploda o problema não é meu!

Se o choro não é dentro do meu quintal então deixe que chove

O detento chorando por falta da liberdade, do outro lado da grade

A mãe chorando por falta do filho que o cara matou

Cada choro e suas razões, cada choro e suas verdades

Só quem sabe a dor e o peso da lágrima é quem derramou

Umas caem no porcelanato, outras caem no chão de concreto

A lágrima não é privilégio de quem nasceu pobre

Umas caem no carro vermelho, outras caíram lá no deserto

Quando olharam pra Cristo na cruz do calvário, choraram só morte

Lágrima do deserto, porque não entenderam o que viram

E o nazareno que eles prenderam e mataram, morreu mais tá vivo

Lágrimas do deserto

Minha caneta carrega o DNA

O choro do menor que perdeu o seu pai pro álcool

Da lágrima da mãe que não viu o seu filho voltar

Na garupa da tiger, e foi pro último assalto

É por isso que eu choro, é por isso que eu canto


É por isso sigo e é por isso que vou

Cada verso, uma vida alcançada, nem uma linha desperdiçada

Fazer o melhor pra quebrada, é isso que tenho, é tudo que sou

Quem vem daqui só vira notícia, na parte de crime dos seus jornais

Acusações baseadas em alegações dos policiais

Quem vem daqui leva duas horas pra chegar de busão onde tudo acontece (aham)

Vim de um lugar tão remoto que perdi o controle fazendo esses rap

Os homens do poder, querem controlar nossos vícios

Faz parte do planejamento usar violência como artifício

Investem no policiamento, pra vender mais armamento

Quem financia essa porra, são os mesmos que lucram com isso

Ôh ô, quem diz que o mundo está girando, de acordo com a sua crença

Se eu penso logo existo, tem quem existe mas não pensa

Quem disse que o crime não compensa, entenda a diferença

Pra nós aqui tá ruim, prôs boy na mêrma sentença

Não tenho advogado, só quero o que é meu e continuo na minha

Foda se o rap game ando meio jogado

Seguindo sem rumo, pra onde a vida caminha (vai!)

O tempo é rei, a dona morte é rainha

Sou apenas um plebeu, marionete sem linha

Se eu tô bolado, eu vou bolar um baseado

A paranga da quebrada veio verdinha

Derramei lágrimas pelo deserto


Sertão vai virar mar, enquanto isso me afogo

De certo modo, eu tô no modo certo

Seremos só uma sociedade de poetas mortos

Do pó nós viemos, ao pó nós voltaremos, nada mais, nada menos

Somos poeira cósmica, eu vou fugir dá órbita

De tanto ficar alto, já deixei de ser terreno

Mano olha onde nós chegou, vira pro céu e aplaude

É o aluno e o professor evoluindo em debate

Preso muito tempo com flow, e hoje as portas abrem com as bases

Sei que o hip-hop salvou, esse é o milagre das frases êêê

Tamô viveno, sempre que posso aprendendo

Muito veneno, meus manos se sentem pequeno

Escola sem arte, é a grade que prende mais não mato o gênio

Antes que o mundo acabe, ainda temos hip-hoxigênio

Não quero prêmios, me abate cachê com Jack Daniels

Claro já percebemos, que o mundo gira, é que todos podemos

Se o que queremos nessa vida louca sem regra

Mas ande ligeiro se não o sistema te acerta

Lágrimas do deserto, Paraná 2021

É o som de preto, branco, pobre e favelado

É o som de preto, branco, pobre e favelado

É o som de preto, branco, pobre e favelado

É o som de preto, branco, pobre e favelado


O que você chama de deserto, os verdadeiros chamam de escola

Deus chama de processo, o que cê chama de demora

Humildade não é viver sua vida inteira na pobreza

É saber sair chegar, independente de quem seja

Vi o respeito na cintura, amizades no copo

O amor no bolso, a fé no corre e a ilusão na foto

Onde o valor, é lavador na cara lavada

É melhor uma cara quebrada, do que máscaras intactas

Quem prefere o atalho no final trombou com os fardas

Só no deserto compreendeu o valor que tem a água

Matando a cede com a lágrima que molha a medalha

E a fé diz pra vitória não colar de mão beijada

Antes de assaltar banco, o banco que me assaltava

Hoje o preço pra falar com a família é só por carta

Já tem corona até dentro da penitenciária

Na rua um olhar, fala mais que mil palavras

Dizer que sua mãe não se entristece com o seu ego

É o mesmo que querer mostrar beleza para cegos

As flores do futuro estão na sementes de hoje

Não queira ser perfeito, queira somente ser homem

Nem 60 graus do deserto me corrompeu

Tempestade de areia te joga nas mãos de Deus

Depois da pólvora não existe o mais esperto

Coração de Alaska, não derrete no deserto


Seja bem vindo a união da vitória

O sangue no asfalto refresca sua memória

Olha onde nóis mora, olha onde nóis vive

Em cada mulher negra (vivesse em crise)

Escolinha do crime, professores drogados (alunos revoltados)

Meu ódio (seu ódio)

Meu medo (seu medo)

O final é o mesmo

Armas que deixam empresário paraplégico

Os tiros de fuzil, faz o dia ser poético

Não seja? Que matou o chorão

Tenta? Amarrado no opala marrom

Nóis é bom, não é bom bom diamante negro

As festas lá da vila faz você perder o emprego

Seu filho quer ser eu, tá rimando igual eu

Se veste igual eu, mas não vive o que nóis viveu fodeu

Otário, falso amigo doeu, tem prego no pneu

O primo se corrompeu, sua mãe matou o filho

Sua irmã tá no asilo, nóis ainda é mesma fita

De cem grama a meio quilo

Nóis sonhava em ter um carro, táva roubando carro

Lembra de nóis no centro, com o pé cheio de barro

Cê quer droga, dinheiro, putas e roupa

Cuspindo na bebida de um mano vida louca

Libertai os bandido dentro de você


Se a polícia te matar, vai ser mó katinguelê

Polícia tá matando, e falando que é confronto

Revolta do oprimido, sem nem viu nóis já tá pronto

Função RHK, é o subterrâneo pousando no topo, segura o b

O jão

Nóis pula o muro, nóis cava o tatu

A mente é livre, aqui falo patú

É leão aqui trú, o mais pacatú

Um soco sistema, dialogo catú

Descontrolado, nóis deixa o controle

Pra todas as algemas, nós somos uma mídia

Depois que nóis levanta as ideia, naquele momento é que caí a ficha

São as hiena que aliena, e por aqui deixa burrugado

O rap é os ovelha negra, aqui dá bode em quem fica bugado

Pra perna é subaco na mente atraco se inteiramente está só o caco

Compro o joystick nas mãos tá os draco

Redução da massa pelo vôlei armado

O jogo é jogado, lambari é pescado

Só vende o peixe, quem não é fisgado

Se aqui não é fuga, tá encurralado

A boa notícia, é nóis no recado

É bico seco, se tá moiado, nóis pega o beco

Sem deixar rastro, é vários teco, nosso pedaço

Perdeu o acesso, o interditado


Nóis chora pra sorrir (vai vai)

A visão não é miragem

Se meter perna eu corri, embarcamos na viagem

Muito verde por aqui, céu azul o nosso óasis

Precuramos resistir, esquecemos as pilantragem

Sonhos são pisados pelas botas dos homens

Eu não perco a fé mano Hélio RZO

Sonhos são pisados pelas botas dos homens

Nunca perca a fé faz seu nome Hey

De caneta eu entendo, venço o diabo no talento

Que tá sempre ocupado com raiva, vendo eu escrevendo

Muito mais que uma letra meu rap é espírito fervendo

Promovendo debate, não fosse assim, pra que viemos

Virou costume sim, poucos assumem fí

Cadê os cudes aqui, com atitude enfim

Que represente a negritude aqui

Juventude sim, não critico então que fume aí

De auto tune enfim, mais tem que ter pulso, é rap duro aqui

Os loucos curte assim, não é pulseira cê tá de algema irmão

De língua presa então, o sistema é cão, queima o chão

Vamo aí que os lock corre, norte que é só choque

Olhe sorte aos mulécote, os truta forte é

A vida é louca tem um mundo em meu ombro vamo

A guerra é mostra, e os soldados muito poucos somos


Os corações estão em colapso demarcou o cristão

Mais pelo sangue de Jesus nóis vira o jogo irmão

Talvez não queira ouvir sermão, quer uísque e cigarrão

Se o dinheiro então falasse iria ser o patrão

Quem tu és nesse mundão, com quem andas qual teu som

Se morrer essa é a questão, tu vai pra onde irmão

Não é só cantar, nós partimos o pão, apertamos as mãos

Vão reclamar sem fazer uma ação, criticar os cristãos

Se o racista já rouba a brisa, o que dirá uma pá

Xenofobia, homofobia, falta de visão

Menor não joga bola, nem quer ir à escola

Quer cantar funk, cantar trap, portar arma e droga

Até Jesus chorou, o céu mudou de cor

Em pouco tempo a chuva veio, quebrada inundou

Armados com o microfone, você ouve e assiste

Dumdum facção soldado do apocalipse

Na selva de concreto, entre o céu e o inferno

O anjo não tem asa, cai do nono andar do prédio

Poetas da Babilônia, do mundo em desordem

Nova ordem mundial só morre preto e pobre

Eterno revoltado, o lobo da rua

No olho do furacão e dançando na chuva

Mensageiros, escrevendo poesia no caos

Sômo o gueto, favela, quilombo, somos o especial


Somos guerreiros, somos afrobrasileiros

Somos seres humanos, merecemos respeito

Entre rosas e canhões nóis se vira nos trinta

Time pesadão, formação de quadrilha

Sensação de proteção é que Deus

Tá perto, sou mais um na multidão

Lágrimas do deserto!

Acredite ainda é tempo de Mudar

Ensine seus filhos, eduquem seus filhos

Você sabe do que estou falando

Massa do caráio

Anote tudo vê se não esquece!

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Enviada por Jordana.

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