Profs: Igor Rodrigues e Carla Carneiro Resenha: AULA 1
Na primeira aula de Bromatologia, alguns tópicos introdutórios foram
abordados, principalmente a sua aplicação nas Ciências Farmacêuticas, sendo esta uma ciência em que engloba a função do químico com atribuições biológicas. A Bromatologia é definida como a ciência em que se estuda os alimentos em todos os seus aspectos, como os analíticos, químicos, regulatórios e funcionalidade e, portanto, esta diretamente relacionada com a saúde, já que a alimentação é um fator essencial para a saúde do indivíduo, podendo levar a riscos desenvolvidos por conta de carências nutricionais, como a obesidade e assim a diabetes, risco cardiovascular e dislipidemia. A junção dessas doenças também caracteriza a síndrome metabólica, fatores de risco crônicos para quem a possui. Estudar a composição química dos alimentos agrega ao conhecimento de como ele individualmente e em conjunto pode estar inserido na alimentação e os impactos na saúde. Quanto mais próximo das fontes naturais e integrais, o alimento vai estar mais rico em nutrientes, porém a dinâmica funciona diferente dependendo de cada organismo. Um alimento considerado saudável pode ser um risco para pessoas que possuem algum tipo de intolerância ou alergia, ou não fazer parte do ecossistema local ou situação social individual. Portanto, a alimentação saudável vai além do se conhece químico e nutricionalmente, ela precisa ser funcional para fazer parte da rotina daquele individuo/cultura. Qualquer excesso em uma dieta pode se tornar prejudicial, tanto um déficit nutricional exagerado como uma alimentação hipercalórica vão levar a consequências que se ignoradas por muito tempo levarão a desbalanços crônicos. Assim, o alimento não tem função medicamentosa, mas de prevenção. Apesar da dieta brasileira ser hiper proteica, e geralmente ter a presença de folhas e outros macro e micronutrientes importantes, com a globalização e popularização dos fast foods, muitos países tem observado aumento de obesidade nas faixas etárias mais jovens, que estão apresentando doenças por decorrência da alimentação desequilibrada cada vez mais cedo, alertando as autoridades competentes. Com objetivo de estimular uma alimentação saudável e equilibrada da população em geral, políticas publicas são essenciais para se obter resultados efetivos. Alguns exemplos práticos do dia a dia são a adição de ácido fólico e ferro na farinha branca para combater a incidência de anemia ferropriva e no caso do ácido fólico para gestantes no princípio da gestação, e a adição de iodo no sal para prevenir a ocorrência de bócio. Um exemplo de política nacional é o PNAS (Política Nacional de Assistência Social), com objetivo de “prevenir situações de riscos por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários”. No PNAS encontra-se o guia alimentar, entre outros programas voltados para a alimentação e nutrição.