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Avaliação fitoquímica e

antioxidante de farinha
da casca do pequi

Autor: Arthur Henrique Romeiro Ferreira Araujo Benicio


Coautores: Lucas Silva Oliveira, Bruno Alves Candido e Mirtza Fulvia Maggioli
Orientadora: Débora Kono Taketa Moreira

Instituto Federal de Brasília - Campus Gama


INTRODUÇÃO

O pequi (Caryocar brasiliense) é um fruto nativo do


cerrado, seu nome é proveniente do idioma tupi (pyqui). O
fruto é constituído pelo epicarpo, mesocarpo, endocarpo
e amêndoa. (Almeida; Silva, 1994).

A casca do pequi é rica em fenólicos e flavonoides,


compostos que possuem ações antioxidantes e
anti-inflamatórias, a adição da farinha de pequi em
produtos como farinha de trigo aumentariam seu valor
nutricional (Oliveira et al, 2008).

O objetivo do trabalho é avaliar as características


fitoquímicas da farinha da casca do pequi, mensurando
seu teor de água, atividade antioxidante, flavonóides e
fenólicos totais.
METODOLOGIA

As cascas foram obtidas com feirantes na região do


Guará-DF, higienizadas em Hipoclorito de sódio
enxaguadas e cortadas transversalmente.

A secagem das cascas foi realizada em triplicata na Figura 1 - casca de pequi lavada
estufa com bandejas contendo 300g de amostra na
temperatura de 60°C por 12 horas, pesadas em
intervalos de 15 minutos nas primeiras horas,
prolongando para 30 minutos até peso constante.

A extração dos compostos foi baseada na metodologia


de Wu et al(2020), usando uma solução 70 %
metanólica com 0,1% de HCl v/v, na proporção soluto
solvente de 1:60

Figura 2- casca de pequi seca


METODOLOGIA

FENÓLICOS:

Na análise de fenólicos totais a metodologia escolhida foi a de Makkar et al


(2003) uma análise espectrofotométrica utilizando o reagente
Folin-Ciocalteu em meio básico. Os dados foram expressos em miligramas de
ácido gálico por grama de pequi.

FLAVONOIDES:

Para analisar os flavonoides foi utilizada a metodologia de Brito Cangussu, et


al (2021) com adaptações. Utilizando-se do reagente Tricloreto de alumínio
para reagir com os flavonoides, lendo os resultados em um
espectrofotômetro. Os dados expressos em microgramas de Rutina por
grama de pequi.

ANTIOXIDANTE

A atividade antioxidante foi feita utilizando a metodologia de Rufino et al


(2006), para o método FRAP e DPPH. Análises espectrofotométricas que
utilizam tanto da capacidade de redução do Cloreto Férrico (FRAP), quanto
da capacidade de eliminação do radical orgânico DPPH. Os dados expressos
em microgramas de Trolox por grama de pequi.
RESULTADOS

SECAGEM

A secagem levou 12 horas, contabilizando a


maior perda de água nas primeria 3 horas. No
final da secagem, quando o peso se tornou
constante, foi calculado o teor de água nas
cascas em cerca de 80%, condizente com a
literatura de Oliveira et al (2008).
RESULTADOS

FENÓLICOS:
RESULTADOS
CONCLUSÃO

Assim, a casca de pequi apresentou presença de


fenólicos e flavonoides com capacidade antioxidante e
um alto teor de água, o que torna esse resíduo
bastante interessante para ser utilizado como
matéria-prima para produção de alimentos ou
fármacos, além de contribuir com o meio ambiente.
REFERÊNCIAS
[1] ALMEIDA, S. P; SILVA, J. A. Piqui e Buriti: Importância alimentar para as populações dos Cerrados. Embrapa Cerrados p. 38.
(Documentos 54), Planaltina-DF 1994. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/548665/1/doc54.pdf>.
[2] MAKKAR H.P.S. (2003) Measurement of Total Phenolics and Tannins Using Folin-Ciocalteu Method. In: Quantification of
Tannins in Tree and Shrub Foliage. Springer, Dordrecht. https://doi.org/10.1007/978-94-017-0273-7_3
[3] OLIVEIRA, M. E. B. de; GUERRA, N. B; BARROS, L. de M; ALVES, R. E. Aspectos agronômicos e de qualidade do pequi.
Fortaleza: Embrapa agroindústria tropical, 2008. 32 p. (Documentos 113). Disponível em: <
https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Repositorio/pequi2_000g6vgzrwj02wx5ok0wtedt3jlubacj.pdf>
[4] RUFINO, M. do S. M; ALVES, R. E; de BRITO, E. S; PÉREZ-JIMÉNEZ, J; Saura-Calixto, F; MANCINI-FILHO, J. Bioactive
compounds and antioxidant capacities of 18 non-traditional tropical fruits from Brazil. Food Chemistry, 121(4), 996–1002.
2010. Disponível online em: <http://dx.doi.org/10.1016/j.foodchem.2010.01.037>.
[5] RUFFINO, M; ALVES, R. E.; BRITO, E. S. de; MORAIS, S. M. de; SAMPAIO, C.l. Determinação da capacidade antioxidante
total em frutas pela captura do radical livre DPPH. EMBRAPA, Brasil. 2007.
[6] RUFFINO, M; ALVES, R. E.; BRITO, E. S. de; MORAIS, S. M. de; SAMPAIO, C. Determinação da capacidade antioxidante
total pela captura do radical livre FRAP. EMBRAPA, Brasil. 2007.
[7] WU, D.; et al. Phenolic Compounds, Antioxidant Activities, and Inhibitory Effects on Digestive Enzymes of Different
Cultivars of Okra (Abelmoschus esculentus). Molecules. EUA, 2020. Disponível online em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7143948/>.

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