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SUMÁRIO
LEI DE DROGAS (11.343/2006) .......................................................................................................................... 2
CONSIDERAÇÕES GERAIS ............................................................................................................................... 2
SEMANA NACIONAL DE POLÍTICA SOBRE DROGAS ....................................................................................... 2
CONCEITO DE DROGAS .................................................................................................................................. 2
DOS CRIMES E DAS PENAS ............................................................................................................................. 4
PORTE OU POSSE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL (ART. 28)........................................................ 4
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 6
GABARITO .................................................................................................................................................... 10

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LEI DE DROGAS (11.343/2006)


CONSIDERAÇÕES GERAIS
Importante legislação penal especial, trata-se de Lei que é cobrada em, basicamente,
todos os concursos policiais. Isso porque se reflete na prática diária de atuação e repressão
delitiva. Pode ser dividida em três aspectos: a) o que trata de políticas públicas para evitar a
disseminação de drogas; b) aquele que apresenta medidas preventivas; c) da parte repressiva.
A Lei 11.343/2006 surgiu como importante instrumento de repressão ao tráfico de
drogas e demais condutas equiparadas. Revogou a antiga Lei de Entorpecentes (6.368/1976).
Essa nova Lei é considerada um microssistema multidisciplinar, na medida em que, ao
longo de seus 75 artigos, consegue dispor sobre normas de: a) Políticas Públicas; b) Direito
Administrativo; c) Direito Penal; Direito Processual Penal etc.
Curioso que, embora tenha a nomenclatura de LEI DE DROGAS, a conceituação não se faz
presente no bojo da Lei. Há uma delegação para a denominação para órgão do Poder
Executivo.
Importante destacar também que a UNIÃO pode autorizar o plantio, a cultura e a
colheita de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, desde
que para fins medicinais, científicos ou para uso estritamente em ritual religioso e mediante
fiscalização, conforme previsão do seu artigo 2º, parágrafo único.

SEMANA NACIONAL DE POLÍTICA SOBRE DROGAS


Inovação inserida pela Lei 13.840/2019, que incluiu o art. 19-A na Lei de Tóxicos,
considera-se como semana nacional da política sobre drogas a quarta semana do mês de
junho.

CONCEITO DE DROGAS
Como mencionado, a Lei de Drogas não trouxe a definição exata do que se trata o termo
“DROGA”, tanto assim que fez constar em seu artigo 1º, parágrafo único:
Art. 1º: (...)
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas
as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência,
assim especificados em lei ou relacionados em listas
atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União.
E, em conjugação com o referido parágrafo único, também merece destaque a lição do
art. 66 da Lei de Drogas:
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei,
até que seja atualizada a terminologia da lista mencionada no
preceito, denominam-se drogas substâncias entorpecentes,
psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial, da
Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998.
Constata-se, portanto, que definição de Drogas encontra definição em uma Portaria
editada pela Secretaria de Vigilância Sanitária, vinculada ao Ministério da Saúde.

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COMENTÁRIO IMPORTANTE:
A opção do legislador foi de editar uma NORMA PENAL EM BRANCO (ou
também chamada de PRIMARIAMENTE REMETIDA) – que é aquela que depende de
complemento normativo (no preceito primário da norma – em que consta a
descrição da conduta), extraída da própria Lei ou através de outro órgão normativo.
Esta opção se deu em razão de que alterar uma lista de responsabilidade do
Poder Executivo mostra-se menos burocrático do que se fosse necessário passar
por todo o processo legislativo.
LEI PENAL EM BRANCO – CLASSIFICAÇÕES:
A doutrina classifica a norma penal em Branco em duas categorias:
Homogêneas e Heterogêneas.
a) Homogêneas/Homólogas/Sentido Amplo/Imprópria: São aquelas
em que o COMPLEMENTO NORMATIVO DERIVA DA MESMA FONTE LEGISLATIVA.
Exemplo: Art. 338 do Código Penal, que disciplina o crime de reingresso de
estrangeiro expulso do território nacional. Referido artigo encontra complemento no
próprio Código Penal, em seu artigo 5º, em que temos a disposição daquilo que se
entende por território nacional.
Ainda, importante recordar que a doutrina classifica a Norma Penal em Branco
Homogênea em outras duas classificações:
a.1) Norma Penal em Branco Homogênea Homovitelina: a norma
complementar é do mesmo ramo do direito e de dentro do mesmo caderno que a
principal, ou seja, um dispositivo do código penal será complementado por outro
dispositivo que também pertença ao código penal (ex.: art. 338, que é
complementado pelo art. 5, §1º, CP).
a.2) Norma Penal em Branco Homogênea Heterovitelina: tem sua
norma complementar oriunda de outro ramo do direito, por exemplo, o art. 237 do
CP, que possui complemento normativo no art. 1521 do Código Civil.
Perceba, nesta hipótese, que a FONTE NORMATIVA das normas (principal e a
complementadora) são LEIS, expedidas pelo poder legislativo, porém, se
encontram em livros (leis) distintas. A norma principal, no Código Penal, e a norma
complementadora no Código Civil.

b) Heterogêneas/Heterólogas/Sentido Estrito/Própria: o complemento


normativo exigido é proveniente de fonte diversa daquela que editou a lei. No caso
do art. 28 da Lei de Drogas, por exemplo, estamos diante de uma norma penal em
branco heterogênea, uma vez que o complemento necessário ao referido artigo foi
produzido por uma autarquia (ANVISA), vinculada ao Ministério da Saúde, que
pertence ao Poder Executivo, ao passo em que a lei foi editada pelo Congresso
Nacional (Poder Legislativo).

- Assim, para que possamos saber se uma norma penal em branco é


considerada homogênea ou heterogênea, é preciso que conheçamos sempre sua
fonte de produção. Se for a mesma, ela será considerada homogênea; se diversa,
será reconhecida como heterogênea.

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DOS CRIMES E DAS PENAS


A parte específica da legislação acerca dos crimes e das penas aplicadas estão previstas
nos artigos 27 a 39.
Mas, antes de adentrar às condutas específicas que estão correlacionadas ao tráfico de
drogas, a Legislação laborou em sentido mais brando as disposições referentes ao usuário de
drogas. Esta parte, inclusive, é uma inovação da Lei, tendo em vista que a ultrapassada
legislação anterior tratava o traficante e o usuário da mesma forma, prevendo-a.
Porém, a Lei 11.343 deixou bastante claro que as duas figuras não podem ser tratadas da
mesma forma, tratando o usuário de maneira muito mais branda.
PORTE OU POSSE DE DROGAS PARA CONSUMO PESSOAL (ART. 28)
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou
trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar será
submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso
educativo.
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo
pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de
pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar
dependência física ou psíquica.
Antes de analisar o núcleo do tipo (verbos que representam a conduta), é de se destacar
que as penas aqui previstas podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, bem como
substituídas a qualquer tempo, após a oitiva do Ministério Público e da defesa. O critério para
aplicação da penalidade depende do grau de reprovabilidade da conduta.
 Muito se fala sobre a DESCRIMINALIZAÇÃO da conduta prevista neste artigo 28,
porém, ainda não houve uma revogação formal do instituto. Certo é, pois, que a
conduta segue sendo criminosa. Os Tribunais Superiores entendem que houve uma
DESPENALIZAÇÃO.
A doutrina atual utiliza a nomenclatura de DESCARCEIRIZAÇÃO, na medida
em que não há mais pena privativa de liberdade nem é permitida a prisão em
flagrante, porém, os tribunais superiores ainda não acolheram esta nomenclatura,
adotando o termo mencionado ao final do parágrafo (despenalização).

Aqui também não pode ficar esquecida a grande discussão acerca da natureza jurídica
da infração penal em comento. Isso porque não conseguimos enquadrá-la, tecnicamente,
como crime nem como contravenção.
A Lei de Introdução ao Código Penal trouxe esta distinção, com o seguinte enunciado:
Art. 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina
pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer
alternativa ou cumulativamente com a pena de multa;
contravenção, a infração penal a que a lei comina,
isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas,
alternativa ou cumulativamente.

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Entretanto, ao analisarmos detidamente o preceito primário (descrição da conduta) e


preceito secundário do art. 28, notamos que não existe nenhuma pena de reclusão, detenção,
prisão simples ou multa. Somente existem situações que implicam a restrição de direitos.
A partir daí, surge uma terceira corrente, que pretende classificar a infração do art. 28
da Lei de Drogas como uma infração sui generis, o que ensejaria numa terceira classificação de
infração penal. Porém, esta ideia foi de plano descartada e não prosperou, eis que poderia
gerar um impacto negativo frente a outros institutos previstos na legislação.
Vez ou outra, surge a necessidade de manifestação do Poder Judiciário para pacificar a
questão e, visando a evitar a discussão, ele entendeu por seus Tribunais Superiores que a
conduta prevista no artigo 28 segue sendo crime (tanto que inserida no Capítulo III da Lei,
que especifica os crimes e as penas), considerada uma infração de menor potencial ofensivo
(art. 61 da Lei 9.099/1995), além de que a CF prevê em seu art. 5º, XLVI, que a "XLVI - a lei
regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou
restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão
ou interdição de direitos;".
Outra questão de fundamental relevância é acerca das penas aplicáveis, estas podem ser
a: advertência, prestação de serviços comunitários, curso educativo.
 O não cumprimento da pena, nos termos definidos pelo Poder Judiciário, pode
ocasionar na aplicação e uma medida coercitiva para garantir o cumprimento da
reprimenda e, para isso, o magistrado poderá se valer, sucessivamente, de uma
admoestação verbal e multa (mínimo de 40 e máximo 100 dias multa). O dia multa
pode variar de 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo até 3 (três) vezes o valor
deste.
Para recordar das medidas aplicáveis, lembrar da técnica mnemônica MACPA,
ao contrário:
Advertência;
Prestação de serviços comunitários;
Cursos educativos sobre os efeitos das drogas;

Admoestação verbal;
Multa.
Ressaltando que as duas últimas não são consideradas sanções, mas sim
medidas coercitivas de garantia de cumprimento.

As penalidades aplicáveis aos indivíduos condenados por porte de droga para consumo
pessoal possuem prazos predeterminados pela legislação. Sendo o agente primário, as penas
previstas no caput do art. 28 não poderão ser superiores a 5 meses (art. 28, §3º). Se o agente
for reincidente, a pena poderá ser de até 10 meses (art. 28, §4º).
CUIDADO!!!! (1)
A reincidência exigida pelo artigo 28,§4º, da Lei de Drogas, é a reincidência
específica, ou seja, o agente já deve ter sido condenado por crime de igual
natureza.
Além disso, é importante também destacar que a condenação pelo artigo 28
não gera reincidência para outros crimes, apenas para fins de determinação da
reincidência específica.

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CUIDADO!!!! (2)
É possível aplicação do PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA ao crime contido no
artigo 28?
A RESPOSTA É NEGATIVA, tendo em vista que a pouca quantidade de droga
já é pressuposto para a caracterização do delito em tela, razão pela qual os
Tribunais Superiores entendem que não há aplicação do instituto.

CUIDADO!!!! (3)
Ao delito previsto neste artigo NÃO CABE PRISÃO EM FLAGRANTE. Uma vez
sendo surpreendido o agente na posse das substâncias, ele deverá ser conduzido à
autoridade judiciária e, na ausência desta, apresentado à autoridade policial para
que assuma compromisso comparecer em juízo.

Ainda sobre as penalidades, possuem prazo específico de prescrição em 2 (dois) anos,


aplicando-se, analogicamente, as mesmas causas de interrupção e prescrição previstas no
Código Penal.
Por fim, e que também chama atenção, é imperioso identificar quando a droga
apreendida se destinava ao uso e quando tinha por objeto o tráfico.
Porém, para situações como essa, é preponderante a análise de cada caso. Em resumo,
NÃO EXISTE QUANTIDADE ESPECÍFICA. O magistrado deve analisar a natureza e a substância
apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, ponderando também as
circunstâncias pessoais e sociais do envolvido.

EXERCÍCIOS
1. Ano: 2017 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: SEJUS - CE Prova: INSTITUTO AOCP - 2017
- SEJUS - CE - Agente Penitenciário
Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar será submetido às seguintes penas, EXCETO

a) detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano.


b) prestação de serviços à comunidade.
c) advertência sobre os efeitos das drogas.
d) medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

GABARITO: A
A análise da referida questão passa pela análise do artigo 28 da Lei de
Drogas, bastando recordar quais são as penas aplicadas. Para o caso em tela, é
importante lembrar o entendimento dos Tribunais Superiores, no sentido de que
houve a DESPENALIZAÇÃO da referida conduta. Porém, a expressão mencionada
remete à ideia de que não haverá pena privativa de liberdade. Preferível e mais
fácil lembrar a expressão doutrinária, que remete à DESCARCEIRIZAÇÃO.

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2. Ano: 2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-PE Prova: CESPE - 2016 - PC-PE -
Delegado de Polícia
Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade de droga para
consumo pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela

a) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for reincidente por este mesmo fato.
b) estará sujeita à pena privativa de liberdade, se for condenada a prestar serviços à
comunidade e, injustificadamente, recusar a cumprir a referida medida educativa.
c) estará sujeita à pena, imprescritível, de comparecimento a programa ou curso educativo.
d) poderá ser submetida à pena de advertência sobre os efeitos da droga, de prestação de
serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a programa ou curso
educativo.
e) deverá ser presa em flagrante pela autoridade policial.
GABARITO: D
Novamente a questão exige conhecimento da letra de lei (arts. 28 a 30), em
razão disso, é importante recordar:
 O delito de posse/porte de drogas para consumo pessoal não é suscetível
de pena privativa de liberdade;
 Para recapitular as penas, lembrar da técnica do MACPA (ao inverso),
Advertência; Prestação de serviço comunitário; Comparecimento a cursos ou
palestras sobre os efeitos das drogas. As outras duas situações não são penas, mas
são medidas garantidoras, e serão aplicadas sucessivamente, sendo: Admoestação
verbal e Multa.

3. Ano: 2007 Banca: TJ-DFT Órgão: TJ-DFT Prova: TJ-DFT - 2007 - TJ-DFT - Juiz -
Objetiva.2
Qual o entendimento do Supremo Tribunal Federal relativamente ao art. 28 da Lei n.
11.343/2006 (Nova Lei de Tóxicos)?

a) Implicou abolitio criminis do delito de posse de drogas para consumo pessoal.


b) A posse de drogas para consumo pessoal continua sendo crime sob a égide da lei nova,
tendo ocorrido, contudo, uma despenalização, cuja característica marcante seria a exclusão
de penas privativas de liberdade como sanção principal ou substitutiva da infração penal.
c) Pertence ao Direito penal, mas não constitui "crime", mas uma infração penal sui generis;
houve descriminalização formal e ao mesmo tempo despenalização, mas não abolitio
criminis.
d) Não pertence ao Direito penal, constituindo-se numa infração do Direito judicial
sancionador, seja quando a sanção alternativa é fixada em transação penal, seja quando
imposta em sentença final (no procedimento sumaríssimo da Lei dos Juizados), tendo
ocorrido descriminalização substancial (ou seja: abolitio criminis).
Gabarito: B
A questão exige do candidato o conhecimento da jurisprudência sobre o tema.
a) INCORRETA. Segundo entendimento exarado pelas cortes máximas, o art.
28 da Lei de Drogas não implicou em abolitio criminis, na medida em que o crime
existe, porém punido com pena NÃO privativa de liberdade.
b) CORRETA. O crime previsto no art. 28 foi (nas palavras de STJ e STF)
DESPENALIZADO, pois não é suscetível de pena privativa de liberdade, seja isolada,
cumulativa ou alternativamente.

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c) INCORRETA. Uma corrente doutrinária defendeu uma terceira classificação


da infração, como sui generis, pois não se enquadrava nos conceitos de crime e
contravenção apresentados pelo art. 1º da Lei de Introdução ao Código Penal.
Novamente, o STF foi interpelado a se manifestar e entendeu no sentido de que a
CF possibilita ao legislador a individualização da pena, podendo infligir ao agente
penas não privativas de liberdade, sem que isso desnature a configuração de crime.
d) INCORRETA. Remete-se ao item “a” acima, pois não houve abolitio
criminis. Além disso, considerando que a infração está disposta no capítulo “Dos
Crimes e das Penas”, pertence ao direito penal, pois consiste numa norma penal
incriminadora.

4. Ano: 2018 Banca: UEG Órgão: PC-GO Prova: UEG - 2018 - PC-GO - Delegado de Polícia
Dispõe a Lei n. 11.343/2006, em seu art. 28, que quem adquirir, guardar, tiver em
depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou
em desacordo com determinação legal ou regulamentar, será submetido às seguintes penas: I
- advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III - medida
educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. Referida lei dispõe ainda que
as penas previstas nos incisos II e III do caput do referido artigo serão aplicadas pelo prazo
máximo de

a) quatro meses e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de oito
meses.
b) cinco meses e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de dez
meses.
c) três meses e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de seis meses.
d) dois meses e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de quatro
meses.
e) um mês e, em caso de reincidência, serão aplicadas pelo prazo máximo de dois meses.

Gabarito: B

Novamente versa sobre a letra da lei, especialmente os parágrafos 3º e 4º do


art. 28, que estabelecem: “§3º As penas previstas nos incisos II e III do caput
deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses. §4º Em caso
de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão
aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.”
Ressalte-se que a reincidência prevista no §4º diz respeito a uma reincidência
específica, ou seja, somente se o agente já foi condenado preteritamente com
trânsito em julgado é que se admite a aplicação da pena por até 10 meses. (vide
informativo 662 do STJ).

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5. Ano: 2019 Banca: Instituto Acesso Órgão: PC-ES Prova: Instituto Acesso - 2019 - PC-ES
- Delegado de Polícia
João Pedro foi abordado por policiais militares que faziam ronda próximo a uma
Universidade particular. Ao perceberem a atitude suspeita de João, os policiais resolveram
proceder a revista pessoal e identificaram que João portava um cigarro de maconha para
consumo pessoal. Nessa situação hipotética, a expressão “não se imporá prisão em flagrante”,
descrita no art. 48 da lei 11.343/06, significa que é vedado a autoridade policial: a) Efetuar a
condução coercitiva até a delegacia de polícia.
b) Efetuar a lavratura do auto de prisão em flagrante.
c) Lavrar o termo circunstanciado.
d) Apreender o objeto de crime.
e) Realizar a captura do agente.

Gabarito: B
É necessário que o candidato recorde a providência adotada pela autoridade
após a captura de sujeito que tenha drogas destinada ao consumo. Neste caso, a lei
de drogas, em seu art. 48, §2º, veta a prisão em flagrante. Entretanto, não há
impedimento para a condução do agente e apreensão das substâncias ilícitas.

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GABARITO
1. A
2. D
3. B
4. B
5. B

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