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Anota C Oes Sobre Logaritmos.: Rodrigo Carlos Silva de Lima
Anota C Oes Sobre Logaritmos.: Rodrigo Carlos Silva de Lima
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Rodrigo Carlos Silva de Lima
rodrigo.uff.math@gmail.com
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7 de dezembro de 2016
1
Sumário
1 Logaritmos 3
1.1 Logaritmos e exponenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.1.1 ln(a ) = x ln(a). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
x
10
1.1.2 loga (xy) = loga (x) + loga (y) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.1.3 loga (xb ) = b loga x . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.2 Nomenclaturas Sobre Logaritmos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.3 Equações e Logaritmos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
logc (b)
1.3.1 Mudança de base loga (b) = . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
logc (a)
1
1.3.2 logab (y) = loga (y) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
b
1.4 Logaritmo e desigualdades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2
Capı́tulo 1
Logaritmos
para x > 0.
é derivável.
3
CAPÍTULO 1. LOGARITMOS 4
$ Corolário 3. Z1
1
ln(1) = dt = 0.
1 t
1
$ Corolário 4. ln(x) é C∞ , pois é derivável com derivada contı́nua em (0, ∞)
x
e todas derivadas desta última são continuas e deriváveis no mesmo intervalo.
1 1
como temos t ≤ x2 na integração, temos x2 ≥ t ⇒ ≥ integrando de x1 até x2
t x2
segue Z x2 Z x2
1 1 1
ln(x2 ) − ln(x1 ) = dt ≥ dt = (x2 − x1 ) > 0
x1 t x1 x2 x2
logo para x2 > x1 temos
ln(x2 ) > ln(x1 )
$ Corolário 5. Para x > 1 tem-se ln(x) > 0 por ser integral de uma função
positiva no intervalo [1, x].
CAPÍTULO 1. LOGARITMOS 5
Z1
1
e a integral dt é positiva.
t
x
ê Demonstração.
(−1)
Pois sua segunda derivada é D(x−1 ) = < 0 logo a função é côncava.
x2
b Propriedade 3.
ln(x.y) = ln(x) + ln(y).
ê Demonstração.
Z xy Zx Z xy Z xy
1 1 1 1
ln(x.y) = dt = dt + dt = ln(x) + dt =
1 t 1 t x t x t
na segunda integral fazemos a mudança de variável t = xs, quando t = x, s = 1 e
dt
com t = xy, s = y, além disso = x, dt = xds
ds
Zy Zy
x 1
= ln(x) + ds = ln(x) + ds = ln(x) + ln(y).
1 xs 1 s
b Propriedade 4. Se (xk )n1 são número reais maiores que zero, então
Y
n X
n
ln( xk ) = ln(xk )
k=1 k=1
Y
n+1 Y
n Y
n X
n X
n+1
ln( xk ) = ln( xk xn+1 ) = ln( xk )+ln(xn+1 ) = ln(xk )+ln(xn+1 ) = ln(xk ) .
k=1 k=1 k=1 k=1 k=1
ln(xn ) = n ln(x).
Y
n
Pois xn = x, logo temos
k=1
Y
n X
n X
n
ln( x) = ln(x) = ln(x) 1 = n ln(x).
k=1 k=1 k=1
logo
ln(x−n ) = −n ln(x).
b Propriedade 5.
lim ln(x) = ∞.
x→∞
ê Demonstração. Temos
ln(2n ) = n ln(2)
tomando o limite
lim ln(2n ) = ln(2) lim n = ∞
b Propriedade 6.
lim ln(x) = −∞.
x→0
ln(2−n ) = −n ln(2)
aplicando o limite
lim ln(2−n ) = − ln(2) lim n = −∞.
ex = y ⇔ ln(y) = x.
CAPÍTULO 1. LOGARITMOS 8
b Propriedade 7.
D[ex ] = ex .
ê Demonstração.
ln(ex ) = x
ea .eb = ea+b .
ê Demonstração.
ea .eb = e(a+b) .
pois
P
Y X X
n n n n
xk
ln( xk
e )= ln(e ) = xk
xk = ln(ek=1 )
k=1 k=1 k=1
(eyn ) = (ey )n
X
n
y = ny
k=1
P
Y
n n
y
ek=1 = eny = ey = (ey )n .
k=1
1
$ Corolário 16. Vale que e−x = pois 1 = e0 = e−x+x = e−x ex logo e−x deve
ex
ser o inverso multiplicativo de ex .
$ Corolário 17. Vale que lim ex = ∞ pois ex é crescente e bijeção com imagem
x→∞
R , logo assume valores arbitrariamente grandes de maneira similar vale que
+
1
lim ex = lim x = 0.
x→−∞ x→∞ e
ê Demonstração.
CAPÍTULO 1. LOGARITMOS 10
f(x)
Consideramos a derivada da função de lei g(x) = daı́
eax
f 0 (x)eax − f(x).aeax f(x)aeax − f(x).aeax
0
g (x) = = =0
e2ax e2ax
logo existe k tal que
f(x) = keax .
$ Corolário 18. Se for dada a condição inicial f(x0 ) = c então f(x0 ) = keax0 =
c ⇒ k = ce−ax0 ⇒ f(x) = cea(x−x0 ) .
ex − e0 ex − 1
lim = lim = 1.
x→0 x − 0 x→0 x
p 1
$ Corolário 21. a q = (ap ) q pois
1
p p 1
a q e q ln(a) = eln(a
p) q
= (ap ) q .
CAPÍTULO 1. LOGARITMOS 11
1
$ Corolário 24. a−x = , pois a−x+x = a0 = 1 = a−x ax , logo um é inverso do
ax
outro.
ln(axy ) = xy ln(a)
se a < 1
z }|
<0
{
x ln(a)
lim a = lim e
x
= 0,
x→∞ x→∞
z }|
<0
{
x ln(a)
lim a = lim e
x
= ∞,
x→−∞ x→−∞
y = loga (x) ⇔ ay = x.
ln(x)
$ Corolário 33. Vale que loga (x) = , pois
ln(a)
eln(x) = x = aloga (x) = eloga (x) ln(a) ⇒ ln(x) = loga (x). ln(a) ⇒
CAPÍTULO 1. LOGARITMOS 13
ln(x)
loga (x) = .
ln(a)
ln(xb ) ln(x)
loga (xb ) = =b = b loga x.
ln(a) ln(a)
ln(x) 0 1
$ Corolário 35. (loga (x)) = ( ) = .
ln(a) x ln(a)
1 y
lim (1 + ) = e.
y→∞ y
1
ê Demonstração. [ln(x)] 0 = em x = 1 resulta em 1, daı́ por definição de
x
derivada
ln(x + 1) − ln(1) ln(x + 1)
lim = lim =1
x→0 x x→0 x
logo
1
lim ln((1 + x) x ) = 1 =
x→0
CAPÍTULO 1. LOGARITMOS 14
m Definição 5. Na notação
loga b = x,
dizemos que
• a é a base do logaritmo.
• b é o logaritmando.
• x é o logaritmo.
g ln(d) − c ln(a)
x= .
b ln(a) − f ln(d)
5 5 3
log2 16 − log4 32 = log2 24 − log4 25 = 4 − log4 4 2 = 4 − = .
2 2
logc (b)
1.3.1 Mudança de base loga (b) = .
logc (a)
logc (b)
loga (b) = .
logc (a)
ê Demonstração.[1]
Provar tal igualdade é equivalente a provar
usamos as identidades
ln(b) ln(a)
loga (b) = , logc (a) = ,
ln(a) ln(c)
multiplicando os termos acima, obtemos
ln(b)
loga (b). logc (a) = ,
ln(c)
que é exatamente logc (b).
ê Demonstração.[2] Tomando
1. loga (b) = x,
CAPÍTULO 1. LOGARITMOS 16
2. logc (b) = y,
3. logc (a) = z,
1. ax = b,
2. cy = b,
3. cz = a,
1
1.3.2 logab (y) = loga (y)
b
1
logab (y) = loga (y)
b
• Se a > 1, então ln(a) > 1 e ln(x) é crescente, logo lga (x) também.
• Se a < 1, então ln(a) < 1 e ln(x) é crescente, então se x > y, segue que
1
ln(x) > ln(y), multiplicando por de ambos lados da desigualdade, segue
ln(a)
que
ln(x) ln(y)
< ,
ln(a) ln(a)
| {z } | {z }
lga (x) lga (y)
antiloga x = b ⇔ loga b = x.
Vale que
antiloga x = ax , pois se loga b = x ⇔ ax = b.
(1 − x 2 )
| log4 (1 − x2 ) − log4 (x + 1)2 | < 1 ⇔ | log4 |<1⇔
(x + 1)2
por propriedade de módulo
( 1 − x2 )
−1 < log4 <1
(x + 1)2
CAPÍTULO 1. LOGARITMOS 18
1 (1 − x 2 )
< < 4.
4 (x + 1)2
2
− 3x + 2
Z Exemplo 4 (ITA-1966). Estudar o conjunto em que lg ( x a
2x − 4
) ≥ 0 com
√
2
a= .
2
x2 − 3x + 2
Como a < 1 o logaritmo é decrescente, então devemos ter 0 ≤ ( )≤
2x − 4
1. Fatoramos o numerador x3 − 2x + 2 = (x − 1)(x − 2), daı́ simplificamos a
desigualdade em
x−1
>0⇔x>1
2
e a outra desigualdade
x−1
≤1⇔x≤3
2
juntando as duas condições o conjunto em que a desigualdade vale é (1, 2) ∪ (2, 3),
pois x 6= 2, o denominador não pode se anular.