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Patologias da linguagem
708190371
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(Maria de Lurdes Manhiça)
Índice
Introdução ________________________________________________________________ 1
Definição da linguagem _____________________________________________________ 2
Desenvolvimento da linguagem ________________________________________________2
Bases biológicas da linguagem ________________________________________________6
Etiologia dos distúrbios da linguagem oral e escrita_______________________________ 8
Linguagem e epilepsia _______________________________________ _______________8
Intervenção na criança com distúrbio da linguagem_______________________________9
Patologias da Linguagem___________________________________________________ 10
As Alterações Afásicas na Compreensão da Linguagem Oral ______________________ 11
As Alterações Afásicas na Compreensão da Linguagem Escrita ____________________12
As Alterações da Leitura: alexia agnósica_______________________________________13
Conclusão _______________________________________________________________ 15
Referencias Bibliográficas ___________________________________________________ 16
Introdução
O trabalho que se segue destina a Disciplina de Psicolinguística do 4º ano, cujo tema nos falará
das “Patologias da linguagem”. Falaremos das teorias da aquisição da linguagem, incluindo
problemas que intervêm no processo de aquisição assim como no desenvolvimento da
linguagem. Com o método de leitura, analise-comparativa, iremos desenvolver o presente
trabalho académico. Para além da exploração do Modulo da Psicolinguística, usaremos outras
fontes debatam a mesma questão – patologias da linguagem.
As teorias de aquisição de segunda língua originaram-se das teorias de aquisição de língua
materna e dedicaram-se a investigar como uma língua é assimilada e como ela é usada pelos
aprendizes, analisando também se a aquisição de um segundo idioma seguiria um curso similar à
aquisição do idioma pátrio.
As primeiras propostas de aquisição de segunda língua nasceram do Behaviorismo, uma teoria
psicológica significativa nos anos 40, principalmente representada pelos americanos
Leonard Bloomfield e Burrhus Frederic Skinner. Para os Behavioristas, adquirir um idioma
consistia em repetir um conjunto de estruturas como modelos para produzir novas frases,
formando hábitos de comunicação. Portanto, o processo de aquisição de uma segunda língua
baseava-se apenas em aprender como responder correctamente aos estímulos que cercavam os
aprendizes, principalmente usando os hábitos de comunicação do idioma pátrio. Como os
Behavioristas acreditavam que os hábitos do idioma pátrio interferiam na aquisição de
um segundo idioma, os erros que essa intervenção causava poderiam interromper ou limitar a
aprendizagem da segunda língua. Dessa forma, a ideia principal do processo de aquisição de L2
com a visão Behaviorista era mostrar que pesquisadores e professores poderiam prever as
estruturas que seriam mais dificilmente adquiridas, baseados nas diferenças entre o idioma pátrio
dos aprendizes e a segunda língua. As estruturas comuns a ambas as línguas seriam facilmente
aprendidas, enquanto a aquisição de estruturas diferentes seria complexa, e os erros seriam
gerados por transferência de hábitos da primeira língua para a segunda (NEY; GREGIS, 2007).
O principal objectivo deste trabalho é de avaliar a compreensão dos conteúdos tratados nesta
Disciplina e manter a revisão dos mesmos. O trabalho está estruturado em quatro partes:
introdução, Desenvolvimento, Conclusão e as Referencias Bibliográficas.
Definição da linguagem
A linguagem um exemplo de função cortical superior, e seu desenvolvimento se sustenta, por um
lado, em uma estrutura anatomofuncional geneticamente determinada e, por outro, em um
estímulo verbal que depende do ambiente.
Serve de veículo para a comunicação, ou seja, constitui um instrumento social usado em
interacções visando à comunicação. Desta forma, deve ser considerada mais como uma força
dinâmica ou processo do que como um produto. Pode ser definida como um sistema
convencional de símbolos arbitrários que são combinados de modo sistemático e orientado para
armazenar e trocar informações.
Desenvolvimento da linguagem
Muito antes de começar a falar, a criança está habilitada a usar o olhar, a expressão facial e o
gesto para comunicar-se com os outros. Tem também capacidade para discriminar precocemente
os sons da fala. A aprendizagem do código linguístico se baseia no conhecimento adquirido em
relação a objectos, acções, locais, propriedades, etc. Resulta da interacção complexa entre as
capacidades biológicas inatas e a estimulação ambiental e evolui de acordo com a progressão do
desenvolvimento neuro-psicomotor.
Apesar de não estar completamente esclarecido o grau de eficácia com que a linguagem o
adquirida, sabe-se que as crianças de diferentes culturas parecem seguir o mesmo percurso global
de desenvolvimento da linguagem. Ainda antes de nascer, elas iniciam a aprendizagem dos sons
da sua língua nativa e desde os primeiros meses distinguem-na de línguas estrangeiras.
No desenvolvimento da linguagem, duas fases distintas podem ser reconhecidas: a pro-
linguística, em que são vocalizados apenas fonemas (sem palavras) e que persiste acto aos 11-12
meses; e, logo a seguir, a fase linguística, quando a criança começa a falar palavras isoladas com
compreensão. Posteriormente, a criança progride na escalada de complexidade da expressão.
Este processo o contínuo e ocorre de forma ordenada e sequencial, com sobreposição
considerável entre as diferentes etapas deste desenvolvimento.
O processo de aquisição da linguagem envolve o desenvolvimento de quatro sistemas
interdependentes: o pragmático, que se refere ao uso comunicativo da linguagem num contexto
social; o fonológico, envolvendo a percepção e a produção de sons para formar palavras; o
semântico, respeitando as palavras e seu significado; e o gramatical, compreendendo as regras
sintéticas e morfológicas para combinar palavras em frases compreensíveis. Os sistemas
fonológicos e gramaticais conferem à linguagem a sua forma.
O sistema pragmático descreve o modo como a linguagem deve ser adaptada a situações sociais
específicas, transmitindo emoções e enfatizando significados5.
A intenção de comunicar-se pode ser demonstrada de forma não-verbal através da expressão
facial, sinais, e também quando a criança começa a responder, esperar pela vez, questionar e
argumentar. Essa competência comunicativa reflecte a noção de que o conhecimento da
adequação da linguagem a determinada situação e a aprendizagem das regras sociais de
comunicação o tão importante quanto o conhecimento semântico e gramatical.
Linguagem e epilepsia
Os efeitos da epilepsia, das crises convulsivas e das descargas electroencefalográficas sobre a
linguagem tom sido discutidos em diversos estudos. Pode-se dizer que três são os distúrbios mais
relatados em pacientes epilépticos: as desfazias do desenvolvimento associadas a epilepsia; as
afasias críticas (agudas), onde ocorre uma alteração transitória da função cognitiva; e a afasia
epiléptica adquirida (síndrome de Landau-Kleffner). A afasia epiléptica adquirida o caracterizada
pela exteriorização da linguagem na infância associada a crises ou actividade
electroencefalográfica epileptiforme anormal. Esse tipo de afasia muitas vezes o confundido com
síndrome autística ou deficiência auditiva. Além da exteriorização da linguagem e da agnosia
auditiva, observam-se alterações de comportamento, incluindo traços autistas. Por isso, devemos
estar atentos a qualquer criança que apresente regressão de linguagem, devendo esta ser avaliada
cuidadosamente (para que seja feito um diagnóstico diferencial) e encaminhada para o
tratamento adequado.
Linguagem e autismo
A regressão da linguagem o observada na síndrome de Landau-Kleffner e na regressão autística.
Recentes estudos focados na linguagem verbal de crianças com espectro autista enfatizam traços
anómalos da fala, como a escolha de palavras pouco usuais, inversão pronominal, ecolalia,
discurso incoerente, crianças nao-responsivas questionamentos, prosódia aberrante e falta de
comunicação. Muitos estudos atribuem a ausência de fala em alguns indivíduos ao grau de
severidade do autismo, à tendência a retardo mental ou a uma inabilidade de recodificação
auditiva da linguagem21. No autismo, a compreensão e a pragmática estão invariavelmente
afectadas, e os achados incluem prosódia aberrante, ecolalia imediata e/ou tardia e perseveração
(persistência inapropriada no mesmo tema). Outros sintomas estão também presentes,
distinguindo essas crianças daquelas com apenas atraso de linguagem; esses sintomas incluem,
particularmente, perturbações da comunicação nao-verbal, comportamentos estereotipados e
perseverantes, interesses restritos e/ou inusuais e alteração das capacidades sociais23.
Concluímos, com isso, que a regressão de linguagem na infância se caracteriza por um distúrbio
grave, com morbidades significativas a longo prazo.
As Perturbações da Linguagem
São originárias por lesões cerebrais focalizadas (as afasias) ou difusas (as afasias dos dementes).
As lesões podem resultar de acidentes vasculares cerebrais como é o caso de hemorragias
internas, de tumores cerebrais ou ainda de traumatismo externos cerebrais (que acontecem
muitas vezes em acidentes de viação ou outras cororais).
As Perturbações de Enunciação
As perturbações de enunciação manifestam-se quando há perturbação do esquema de
comunicação que afectam quer as relações emissor-receptor, quer as relações emissor-referente.
Assim o psicótico pode parecer estar a falar consigo mesmo ou proferir um discurso que não se
articula com a realidade. Noutros casos, os neuróticos, não há destruição de esquema de
comunicação mas há uma quase ignorância de elementos essenciais da comunicação.
A Gaguez
A gaguez é uma perturbação caracterizada por bloqueios no discurso do indivíduo e tem como
causas factores orgânicos como lesões cerebrais mínimas, uma mudança forçada na dominância
cerebral, hereditariedade oi o nível de QI. Uma técnica de tratamento da gaguez consiste na “
fala prolongada” que inclui cinco partes: o prolongamento, o fluxo, o encorajamento, as pausas
e o abrandamento.
A Dislexia
A dislexia é um tipo de afasia sensorial que se caracteriza pela incapacidade de compreender
palavras escritas ou impressas. O indivíduo disléxico é incapaz de ler correctamente, apesar da
sua visão ser perfeita e de poder soletrar ou mesmo escrever. Existem dois tipos básicos de
dislexia: dislexia de desenvolvimento (que se manifesta em crianças, sem que aconteça qualquer
lesão cerebral) e dislexia adquirida/alexia (que se traduz por uma incapacidade ou dificuldade
adquirida de ler, como consequência de uma lesão cerebral). Normalmente, este tipo de dislexia
está associada a adultos, mas também a crianças ou adolescentes que já possua a capacidade de
leitura e que venha a sofrer, por qualquer motivo, uma visão cerebral.
Existem, pelo menos 4 subtipos de dislexia adquirida:
A dislexia fonológica: o indivíduo tem incapacidade de ler em voz alta as não palavras e as
pseudo-palavras. Mas mantém intacta a capacidade de ler correctamente vocábulos correntes.
A dislexia profunda: o indivíduo manifesta incapacidade de ler sem cometer erros semânticos.
Assim, ele pode ler “contente” ao invés de “satisfeito”
A dislexia de superfície: o indivíduo manifesta a incapacidade de ler por distúrbios.
A dislexia de estrutura de palavra: o indivíduo é incapaz de ler a não ser que pronuncie, em
voz alta, uma letra de cada vez.
As causas apontadas para explicar a dislexia são: hereditariedade, o tipo de pedagogia,
perturbações afectivas e perturbações instrumentais.
Alexia Afásias
É Alexia Afásica, quando está prejudicada a utilização de mensagens em função de seu valor
simbólico em termos de linguagem. A Alexia Afásica determina uma maior dificuldade
para o entendimento de letras do que de palavras, estas dotadas de uma significação que facilita
sua identificação. A leitura é global e os erros resultam de uma interpretação falsa da forma geral
da palavra.
Para o Aléxico Afásico a divisão em sílabas é difícil e a escrita espontânea e ditada apresenta os
caracteres de uma agrafia afásica. A cópia é possível, porém o paciente apresenta dificuldade em
reler.
Alexia Pura
A Alexia Pura se caracteriza por uma perda electiva de identificação da linguagem escrita, na
ausência de qualquer outra forma de Afasia. As características gerais são as mesmas de uma
Alexia Agnósica e ocorrem, quase sempre, manifestações associadas de Agnosia Visual,
principalmente agnosia para cores e para formas geométricas. A lesão responsável se localiza no
giro lingual e no giro fusiforme do hemisfério dominante, mas atinge também o esplênio do
corpo caloso.
Alterações de Cálculo
Relativamente independentes uma da outra, a linguagem verbal e a linguagem dos números estão
intrincadas. Assim se explica a associação muito frequente de uma Afasia e de uma Acalculia.
A acalculia pode acometer tanto a identificação ou a expressão oral ou escrita de números,
quanto a utilização dos números e outros símbolos (tais como sinal de mais ou menos) nas
operações simples de adição, subtracção, multiplicação ou, nas operações complexas e
resolução de problemas.
Embora frequentemente a Afasia e a Acalculia ocorram simultaneamente, excepcionalmente a
conservação da possibilidade de cálculo é admirável em alguns afásicos. Por outro lado, a
Acalculia pode ocorrer sem a Afasia. Isto ocorre visivelmente na síndrome de Gerstmann, onde
existe um aspecto particular da Acalculia espacial, onde a desorganização do alinhamento dos
números parece ser o determinante principal dos erros.
Afasia de Condução
A Afasia de Condução é mais rara que as variedades precedentes e se caracteriza por uma
extraordinária perturbação da repetição que impede o doente de reproduzir palavras ou frases que
ele compreende. A expressão espontânea, oral ou escrita é fluida, embora rica em parafasias,
apresentando uma maior dificuldade no encadeamento de elementos linguísticos que é
particularmente evidente quando o doente constrói uma frase com as palavras que
lhe são apresentadas A compreensão da linguagem oral ou escrita, ao contrário da maioria das
Afasias, está pouco perturbada e se observa um esforço de autocorrecção.
Tal Afasia de Condução está frequentemente associada a uma apraxia ideomotora e resulta de
lesões que acometem o opérculo parietal. Esse transtorno poderia indicar, também, uma
desconexão entre a região de Wernicke e as regiões motoras da linguagem.
Afasia Motora
Pode também ser chamada de afemia, anartria, Afasia verbal, ou síndrome de desintegração
fonética, dependendo do autor onde se estuda.
Na Afasia motora, o doente conserva a linguagem, porém não pode falar, embora não apresente
distúrbio da musculatura que intervém na articulação das palavras. A perturbação tem aqui uma
origem cerebral. Neste caso o doente compreende o que ouve mas há impossibilidade de
pronunciar as palavras. A leitura e a escrita também estão conservadas. A Afasia motora é a que
se observa nos pacientes portadores de acidentes vasculares cerebrais capazes de deixar sequela.
Afasia Sensorial
Enquanto a Afasia motora consiste numa alteração da expressão, a Afasia sensorial se centraliza
na compreensão dos sinais verbais. Neste tipo de Afasia, observam-se uma espécie de surdez
verbal, uma perturbação da palavra espontânea, da leitura e da escrita. O afásico tipo Wernicke
consegue falar, mas geralmente fala numa linguagem destituída de sentido lógico e pronuncia as
palavras de maneira defeituosa ou emite uma série de palavras sem ordem gramatical, o que
torna a sua linguagem inteiramente incompreensível. Aqui coexiste mais ainda a decadência dos
processos intelectuais.
A Afasia sensorial costuma ser encontrada nos pacientes involutivos, tanto em casos de
demência de Alzheimer, quanto nas demências vasculares.
Anartia Pura
A anartria pura, muito rara como modo de instalação e frequentemente observada como uma
forma evolutiva da Afasia de Broca. Ela se caracteriza pelo conjunto de alterações da articulação
já descrito na Afasia de Broca, perturbando a linguagem espontânea, a repetição e a leitura em
voz alta. A associação de uma apraxia buco-facial é comum. Por outro lado, não há alterações da
compreensão da linguagem oral ou escrita nem da expressão por escrito.
As lesões responsáveis pela anartria pura são muito semelhantes às que produzem uma Afasia de
Broca, apesar dos estudos disponíveis não estabelecerem correlações anatomoclínicas precisas.
Afasia de Wernicke
Na Afasia de Wernicke a expressão oral é fluida, espontânea, abundante, ao contrário da Afasia
de Broca, porém sem muito significado devido ao uso inadequado de palavras ou fonemas·
(parafasias). As parafasias podem surgir acidentalmente na linguagem espontânea ou existir de
forma permanente. Em outros casos, a linguagem espontânea na Afasia de Wenicke se
caracteriza pela imprecisão dos termos, utilização de circunlocuções de aproximações sucessivas
e o paciente costuma manter-se relativamente consciente de seus erros. A alteração da
compreensão pode ser grave ou simplesmente moderada e mostra-se mais acentuada para as
palavras isoladas do que para as frases onde há uma facilitação pelo contexto. A linguagem
escrita costuma estar tão perturbada quanto a linguagem oral, porém é possível haver uma
dissociação relativa. A alteração da evocação da palavra pode constituir um fenómeno isolado,
sem parafasias e alterações da compreensão.
Conclusão
Apesar das divergências nas teorias de aquisição da linguagem, sela ela L1 ou L2, queremos
acreditar que a espécie humana quando é exposta num certo meio ambiente, facilmente aprende
ou adquire a linguagem. A interacção entre indivíduos de culturas e ou backgrounds diferentes,
sempre ocorre o processo de troca de experiencia, em essa mesma troca, é facultada através da
comunicação. A comunicação é facultada através dos órgãos de sentidos e através de expressão
verbal.
Como vimos em diversas fontes lidas, aquisição da linguagem pode ser perturbada devido
algumas doenças, sejam elas natas ou causadas pelos fenómenos do meio onde o individuo esta
inserido – patologias da linguagem. Há várias patologias da linguagem como mencionamos
anteriormente, porem, elas se dividem em dois tipos de acordo as suas causas – naturais
(biológicas) e artificiais (causadas pelos acidentes…).
Distinguem-se três grandes perturbações do comportamento da comunicação verbal:
As perturbações da fala são, normalmente, originárias por problemas nos órgãos periféricos de
emissão (gaguez), quer por problemas nos órgãos periféricos de recepção (as dislexias).
As Perturbações da Linguagem, São originárias por lesões cerebrais focalizadas (as afasias) ou
difusas (as afasias dos dementes). As lesões podem resultar de acidentes vasculares cerebrais
como é o caso de hemorragias internas, de tumores cerebrais ou ainda de traumatismo externos
cerebrais (que acontecem muitas vezes em acidentes de viação ou outras cororais).
As perturbações de enunciação manifestam-se quando há perturbação do esquema de
comunicação que afectam quer as relações emissor-receptor, quer as relações emissor-referente.
Assim o psicótico pode parecer estar a falar consigo mesmo ou proferir um discurso que não se
articula com a realidade. Noutros casos, os neuróticos, não há destruição de esquema de
comunicação mas há uma quase ignorância de elementos essenciais da comunicação.
Diante de toda essa realidade é necessário que a família tome algumas precauções. A idade ideal
para o inicio de um tratamento é aos 05 anos de idade ou um pouco antes, enquanto a criança
ainda não efectivou sua entrada no mundo escolar. Os pais e todas as pessoas da família que
lidam com as crianças (avós, tios e amigos dos pais) devem aprender a não ter nenhuma reacção
brusca com relação à gagueira, surdez, mudez, entre outras patologias da linguagem.
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