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O livro em questão, “Saber cuidar” (de Leonardo Boff), traz uma leitura reflexiva e uma espécie

de súplica para problemas recorrentes em nosso meio social e nossa terra. A crescente
urbanização e o “boom” da industrialização mercantilista vêm sacrificando o planeta, bens
naturais e até mesmo parte da população.

O mundo encontra-se no meio de bifurcações fenomenais, porém, ainda sim, há esperança. A


mudança de hábitos e criação de um olhar crítico-político e socio-humanitário levará tempo,
mas é algo que pode e deve ocorrer. Precisa-se de um novo paradigma que molde uma
consciência ambiental preservativa, respeito e empatia pelo ser humano e sua vida. Uma
reflexão individual é o primeiro passo para iniciar uma ajuda coletiva para solucionar os
malefícios de uma crise civilizacional.

1.1 Sintomas da crise civilizacional

O pior sintoma (que em uma linguagem cotidiana seria tratado como a raiz do problema) dessa
crise é a falta de interesse social, no qual “reinam” o descaso e abandono do coletivo (e cria-se
um intelecto individual e alienado). Isso traz e agrava problemas sociais como fome, falta de
moradia, falta de saneamento básico e assistência médica, desemprego e degradação da Terra.

Esse abandono do coletivo traz uma parte flagelada da sociedade, deixada de lado, sem
amparo. Não há preocupação com a parte marginalizada e pobre, posta a uma situação de
fome, doenças, falta moradia e insalubridade, sem cor nem vida. Certamente não há atenção
para políticas públicas realmente efetivas no auxílio da população. Tão pouco existe um
idealismo de generosidade, posto de lado pela hegemonia neoliberalista e individualista. Por
fim, o descaso pelo meio ambiente é tão preocupante, que nem mesmo a maior súplica que a
terra poderia fazer, pela fala, seria ouvida. Vivemos em tempos de impiedade e insensatez, no
qual todos, só escutam seus próprios desejos e objetivos.

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