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Resumo Pa..Raciocínio Lógico
Resumo Pa..Raciocínio Lógico
A Lógica é uma ciência com características matemáticas, mas está fortemente ligada à
Filosofia. Ela cuida das regras do bem pensar, ou do pensar correto, sendo, portanto, um
instrumento do pensar humano. Aristóteles, filósofo grego (384–322 a.C) em sua obra
"Órganon", distribuída em oito volumes, foi o seu principal organizador. George Boole (1815–
1864), em seu livro "A Análise Matemática da Lógica", estruturou os princípios matemáticos da
lógica formal, que, em sua homenagem, foi denominada Álgebra Booleana.
No século XX, Claude Shannon aplicou pela primeira vez a álgebra booleana em
interruptores, dando origem aos atuais computadores. Desde 1996, nos editais de concursos já
inseriam o "Raciocínio Lógico" em suas provas.
Existem muitas definições para a palavra “lógica”, porém no caso do nosso estudo não é
relevante um aprofundamento nesse ponto, é suficiente apenas discutir alguns pontos de vista
sobre o assunto. Alguns autores definem lógica como sendo a “Ciência das leis do
pensamento”, e neste caso existem divergências com essa definição, pois o pensamento é
matéria estudada na Psicologia, que é uma ciência distinta da lógica (ciência). Segundo Irving
Copi, uma definição mais adequada é: “A lógica é uma ciência do raciocínio”, pois a sua idéia
está ligada ao processo de raciocínio correto e incorreto que depende da estrutura dos
argumentos envolvidos nele.
Sentenças ou Proposições
Uma proposição é uma afirmação que pode ser verdadeira ou falsa. Ela é o significado da
afirmação, não um arranjo preciso das palavras para transmitir esse significado.
Por exemplo, “Existe um número primo par maior que dois” é uma proposição (no caso,
falsa). “Um número primo par maior que dois existe” é a mesma proposição, expressa de
modo diferente.
É muito fácil mudar acidentalmente o significado das palavras apenas reorganizando-as. A
dicção da proposição deve ser considerada algo significante.
É possível utilizar a linguística formal para analisar e reformular uma afirmação sem alterar o
significado.
As sentenças ou proposições são os elementos que, na linguagem escrita ou falada,
expressam uma idéia, mesmo que absurda. Considerar-se-ão as que são bem definidas, isto
é, aquelas que podem ser classificadas em falsas ou verdadeiras, denominadas declarativas.
As proposições geralmente são designadas por letras latinas minúsculas: p, q, r, s...
p: Mônica é inteligente.
q: Se já nevou na região Sul, então o Brasil é um país europeu.
r:7>3.
s: 8+210
Tipos de Proposições
- Declarativas ou afirmativas: são as sentenças em que se afirma algo, que pode ou não
ser verdadeiro.
Exemplo: Julio César é o melhor goleiro do Brasil.
- Interrogativas: são aquelas sentenças em que se questiona algo. Esse tipo de sentença
não admite valor verdadeiro ou falso.
Exemplo: Lula estava certo em demitir a ministra?
- Imperativas ou ordenativas: são as proposições em que se ordena alguma coisa.
Exemplo: Mude a geladeira de lugar.
Exemplo
Exemplo
“O cão é mamífero”.
As proposições particulares são aquelas em que o predicado refere-se apenas a uma parte
do conjunto. Exemplo:
“Alguns homens são mentirosos” é particular e simbolizamos por “algum S é P”.
AFIRMATIVA NEGATIVA
UNIVERSAL Todo S é P (A) Nenhum S é P (E)
PARTICULAR Algum S é P (I) Algum S não é P (O)
Diagrama de Euler
P P=S
S ou
S P
P P=S S
S P
S ou ou ou
P
Princípios
As proposições simples (átomos) combinam-se com outras, ou são modificadas por alguns
operadores (conectivos), gerando novas sentenças chamadas de moléculas. Os conectivos
serão representados da seguinte forma:
corresponde a “não”
∧ corresponde a “e”
∨ corresponde a “ou”
⇒ corresponde a “então”
⇔ corresponde a “se somente se”
Sendo assim, a partir de uma proposição podemos construir uma outra correspondente com
a sua negação; e com duas ou mais, podemos formar:
• Conjunções: a ∧ b (lê-se: a e b)
• Disjunções: a ∨ b (lê-se: a ou b)
• Condicionais: a ⇒ b (lê-se: se a então b)
• Bicondicionais: a ⇔ b (lê-se: a se somente se b)
Exemplo
Sejam as proposições:
p = “Cacilda é estudiosa”
q = “Ela passará no AFRF”
Daí, poderemos representar a sentença da seguinte forma:
Se p então q (ou p ⇒q)
Exercícios
1. Dois números somados totalizam 510. Sabe-se que um deles está para 8, assim
como o outro está para 9. Quais são os dois números?
4. A diferença entre dois números é igual a 52. O maior deles está para 23, assim
como o menor está para 19. Quais são os números?
5. A idade de Pedro está para a idade de Paulo, assim como 5 está para 6. Quantos
anos tem Pedro e Paulo sabendo-se que as duas idades somadas totalizam 55 anos?
6. O peso de uma sacola em kg está para o peso de uma outra sacola também em kg,
assim como 32 está para 28. Quanto pesa cada uma das sacolas, sabendo-se que juntas
elas pesam 15kg?
7. A soma de dois números é igual a 46. O primeiro está para o segundo, assim como
87 está para 51. Quais são os números?
9. Quatro números, 72, 56, 90 e x, todos diferentes de zero, formam nesta ordem uma
proporção. Qual o valor da quarta proporcional x?
10. Quatro números, x, 15, 15 e 9, todos diferentes de zero, formam nesta ordem uma
proporção. Qual o valor da terceira proporcional x?
Respostas
Portanto:
2) Solução: Recorrendo à terceira propriedade das proporções montamos a seguinte
proporção:
Sabemos que a soma de a com b é igual a 216, assim como também sabemos
que 12 mais 15 totaliza 27. Substituindo tais valores teremos:
Portanto:
Portanto:
4) Solução: Vamos chamar o número maior de a e o menor de b. Do enunciado, a está para
23, assim como b está para 19. Ao utilizarmos a terceira propriedade das proporções temos:
Portanto:
5) Solução: Identifiquemos a idade de Pedro por a e a idade de Paulo por b. A partir do
enunciado, temos que a está para b, assim como 5 está para 6. Utilizando-nos da segunda
propriedade das proporções temos:
Exemplos:
Há, no entanto, uma coisa que não pode ser feita: a partir de premissas verdadeiras,
inferirem de modo correto e chegar a uma conclusão falsa.
Podemos resumir esses resultados numa tabela de regras de implicação. O símbolo à
denota implicação; A é a premissa, B é a conclusão.
Regras de Implicação
Premissas Conclusão Inferência
A B AàB
Falsas Falsa Verdadeira
Falsas Verdadeira Verdadeira
Verdadeira Falsa Falsa
s
Verdadeira Verdadeira Verdadeira
s
Inferência: Uma vez que haja concordância sobre as premissas, o argumento procede a
passo a passo por meio do processo chamado “inferência”.
Na inferência, parte-se de uma ou mais proposições aceitas (premissas) para chegar a
outras novas. Se a inferência for válida, a nova proposição também deverá ser aceita.
Posteriormente, essa proposição poderá ser empregada em novas inferências.
Assim, inicialmente, apenas se pode inferir algo a partir das premissas do argumento; ao
longo da argumentação, entretanto, o número de afirmações que podem ser utilizadas
aumenta.
Há vários tipos de inferência válidos, mas também alguns inválidos. O processo de
inferência é comumente identificado pelas frases “Conseqüentemente...” ou “isso implica
que...”.
Exemplo de argumento
A seguir está exemplificado um argumento válido, mas que pode ou não ser “consistente”.
1. Premissa: Todo evento tem uma causa.
2. Premissa: O universo teve um começo.
3. Premissa: Começar envolve um evento.
4. Inferência: Isso implica que o começo do universo envolveu um evento.
5. Inferência: Logo, o começo do universo teve uma causa.
6. Conclusão: O universo teve uma causa.
A proposição do item 4 foi inferida dos itens 2 e 3. O item 1, então, é usado em conjunto
com proposição 4 para inferir uma nova proposição (item 5). O resultado dessa inferência é
reafirmado (numa forma levemente simplificada) como sendo a conclusão.
Validade de um Argumento
Exemplo
Observe que não precisamos de nenhum conhecimento aprofundado sobre o assunto para
concluir que o argumento é válido. Vamos substituir mulheres bonitas e princesas por A, B e C
respectivamente e teremos:
Todos os A são B.
Todos os C são A.
________________
Todos os C são B.
Exemplo
O argumento será indutivo quando suas premissas não fornecerem o apoio completo para
retificar as conclusões.
Exemplo
Vimos então que a noção de argumentos válidos ou não válidos aplica-se apenas aos
argumentos dedutivos, e também que a validade depende apenas da forma do argumento e
não dos respectivos valores verdades das premissas. Vimos também que não podemos ter um
argumento válido com premissas verdadeiras e conclusão falsa. A seguir exemplificaremos
alguns argumentos dedutivos válidos importantes.
Exemplo
Este argumento é evidentemente válido e sua forma pode ser escrita da seguinte forma:
Se p, então q, pq
ou
p. p
∴q. ∴q
Exemplo
“Se ele me ama, então casa comigo” é equivalente a “Se ele não casa comigo, então ele não
me ama”;
Exemplo
Este argumento é evidentemente válido e sua forma pode ser escrita da seguinte maneira:
Se p, então q, pq
ou
Não q. ¬q
∴ Não p. ∴¬p
Existe também um tipo de argumento válido conhecido pelo nome de dilena. Geralmente
este argumento ocorre quando alguém é forçado a escolher entre duas alternativas
indesejáveis.
Exemplo
João se inscreve no concurso de MS, porém não gostaria de sair de São Paulo, e seus
colegas de trabalho estão torcendo por ele.
Eis o dilema de João:
Ou João passa ou não passa no concurso.
Se João passar no concurso vai ter que ir embora de São Paulo.
Se João não passar no concurso ficará com vergonha diante dos colegas de trabalho.
_________________________
Ou João vai embora de São Paulo ou João ficará com vergonha dos colegas de trabalho.
Este argumento é evidentemente válido e sua forma pode ser escrita da seguinte maneira:
p ou q. p q
Se p então r ou pr
q→ s
Se p então s. ∴ r∨s
∴r ou s
Argumentos Dedutivos Não Válidos
Existe certa quantidade de artimanhas que devem ser evitadas quando se está construindo
um argumento dedutivo. Elas são conhecidas como falácias. Na linguagem do dia-a-dia, nós
denominamos muitas crenças equivocadas como falácias, mas, na lógica, o termo possui
significado mais específico: falácia é uma falha técnica que torna o argumento inconsistente ou
inválido (além da consistência do argumento, também se podem criticar as intenções por
detrás da argumentação).
Argumentos contentores de falácias são denominados falaciosos. Frequentemente,
parecem válidos e convincentes, às vezes, apenas uma análise pormenorizada é capaz de
revelar a falha lógica.
Com as premissas verdadeiras e a conclusão falsa nunca teremos um argumento válido,
então este argumento é não-válido, chamaremos os argumentos não-válidos de falácias.
A seguir, examinaremos algumas falácias conhecidas que ocorrem com muita frequência.
O primeiro caso de argumento dedutivo não-válido que veremos é o que chamamos de
“falácia da afirmação do consequente”.
Exemplo
Se p, então q, ou pq
q. q
∴ p. ∴p
Este argumento é uma falácia, podemos ter as premissas verdadeiras e a conclusão falsa.
Outra falácia que corre com freqüência é a conhecida por “falácia da negação do
antecedente”.
Exemplo
Se p, então q, pq
Não p. ou ¬p
∴ Não q. ∴¬q
Este argumento é uma falácia, pois podemos ter as premissas verdadeiras e a conclusão
falsa.
Os argumentos dedutivos não válidos podem combinar verdade ou falsidade das premissas
de qualquer maneira com a verdade ou falsidade da conclusão.
Assim, podemos ter, por exemplo, argumentos não-válidos com premissas e conclusões
verdadeiras, porém, as premissas não sustentam a conclusão.
Exemplo
Todos os A são B.
Todos os C são B.
_____________________
Todos os C são A.
Podemos facilmente mostrar que esse argumento é não-válido, pois as premissas não
sustentam a conclusão, e veremos então que podemos ter as premissas verdadeiras e a
conclusão falsa, nesta forma, bastando substituir A por mamífero, B por mortais e C por cobra.
Exercícios
Foi assinalado que, embora os ciclos de negócio não sejam períodos, são
adequadamente descritos pelo termo “ciclos” e, portanto, são suscetíveis de medição.
(James Arthur Estey, Ciclos de Negócios)
Como os testes demonstraram que foram precisos, pelo menos, 2,3 segundos para
manobrar a culatra do rifle de Oswald, é óbvio que Oswald não poderia ter disparado três
vezes – atingindo Kennedy duas vezes e Connally uma vez – em 5,6 segundos ou menos.
É ilógico raciocinar assim: “Sou mais rico do que tu, portanto sou superior a ti”. “Sou
mais eloquente do que tu, portanto sou superior a ti”. É mais lógico raciocinar: “Sou
mais rico do que tu, portanto minha propriedade é superior à tua”. “Sou mais eloquente
do que tu, portanto meu discurso é superior ao teu”. As pessoas são algo mais do que
propriedade ou fala.
(Epicteto, Discursos)
Respostas
1) Solução:
Premissa: Os ciclos de negócio são adequadamente descritos pelo termo “ciclos”.
Conclusão: Os ciclos de negócios são suscetíveis de medição.
2) Solução:
Primeiro argumento:
Premissa: Um jornaleiro que trabalha por peça extrai um benefício de todos os esforços
resultantes da sua atividade.
Conclusão: Um jornaleiro que trabalha por peça é provavelmente ativo.
Segundo argumento:
Premissa: Um aprendiz não tem interesse imediato em ser outra coisa, senão preguiçoso.
Conclusão: É provável que um aprendiz seja preguiçoso, e quase sempre o é.
Terceiro argumento:
Premissa: É provável que um aprendiz seja preguiçoso, e quase sempre o é.
Conclusão: A instituição do longo aprendizado não é propensa à formação de jovens para a
indústria.
5) Solução:
Premissa: As pessoas são algo mais do que sua propriedade ou fala.
Conclusão: “É ilógico raciocinar assim… meu discurso é superior ao teu”.
Também cada frase separada entre aspas formula um argumento cuja premissa precede, e
cujas conclusões se seguem à palavra “portanto”.
Silogismo
O silogismo é a dedução feita a partir de duas proposições denominadas premissas, de
modo a originar uma terceira proposição logicamente implicada, denominada conclusão.
Exemplo
Chamaremos de premissa maior a que contém o termo maior, e premissa menor a que
contém o termo menor.
Exemplo
Exercícios
3. O arroz é branco
O gelo é branco
_______________
O gelo não é arroz
Respostas
1) Solução:
a) A conclusão não seguiu a parte mais fraca. A conclusão foi construída indevidamente,
pois o termo Maior (voadores) é sujeito, e deveria ser o predicado da conclusão, e o termo
Menor (avião/ões) deveria ser sujeito e aparecer como predicado. O Silogismo é inválido
b) A E, I
c) 2ª figura
2) Solução:
a) O termo em extensão na conclusão (doces), mas não na premissa. De duas premissas
negativas nada se pode concluir. A conclusão não seguiu a parte mais fraca (deveria ser
negativa). Silogismo inválido.
b) E O, A
c) 2ª figura
3) Solução:
a) O termo Médio (branco) não se encontra uma única vez em toda a sua extensão. De duas
premissas afirmativas, não se pode concluir pela negativa. Silogismo inválido.
b) A A, E
c) 2ª figura
4) Solução:
a) existem mais que 3 termos – o termo “branco”, refere-se a conceitos diferentes. O sujeito
e o predicado da oração encontra-se em toda a sua extensão, mas não nas premissas. De
duas premissas afirmativas, não se pode tirar uma conclusão negativa. A conclusão não seguiu
a parte mais fraca (deveria ser particular). Silogismo inválido.
b) I A, E
c) 3ª figura
5) Solução:
a) Mais que 3 termos – “touro”ora é signo ora é animal. Termo em extensão na conclusão
(pastam), mas não na premissa. Na conclusão o sujeito e o predicado estão trocados.
Silogismo Inválido.
b) A A, O
c) 3ª figura
Sentenças Abertas
Existem sentenças que não podem ser classificadas nem como falsas, nem como
verdadeiras. São as sentenças chamadas sentenças abertas.
Exemplos
1. p( x ): x +4=9
A sentença matemática x+ 4=9 é aberta, pois existem infinitos números que satisfazem a
equação. Obviamente, apenas um deles, x=5 , tornando a sentença verdadeira. Porém,
existem infinitos outros números que podem fazer com que a proposição se torne falsa, como
x=−5 .
2. q( x ): x <3
Dessa maneira, na sentença x<3 , obtemos infinitos valores que satisfazem à equação.
Porém, alguns são verdadeiros, como x=−2 , e outros são falsos, como x =+ 7 .
Modificadores
A partir de uma proposição, podemos formar outra proposição usando o modificador “não”
(~), que será sua negação, a qual possuirá o valor lógico oposto ao da proposição.
Exemplo
V ou F Sentença: p Negação: ~p V ou F
V 4∈ N 4∉ N F
F 12 é divisível por zero 12 não é divisível por zero. V
Tabelas de Verdade
P
V
F
Agora, o que podemos dizer sobre as proposições P e Q? Oras, ou ambas são verdadeiras,
ou a primeira é verdadeira e a segunda é falsa, ou a primeira é falsa e a segunda é verdadeira,
ou ambas são falsas. Isto representamos assim:
P Q
V V
V F
F V
F F
P Q R
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Cada linha da tabela (fora a primeira que contém as fórmulas) representa uma valoração.
Agora, o que dizer sobre fórmulas moleculares, tais como ⌐P, Q˅R, ou (Q˄R) → (P↔Q)?
Para estas, podemos estabelecer os valores que elas recebem em vista do valor de cada
fórmula atômica que as compõe. Faremos isto por meio das tabelas de verdade.
1º- Uma linha em que estão contidas todas as subfórmulas de uma fórmula e a própria
fórmula. Por exemplo, a fórmula ⌐(P˄Q) → R tem o seguinte conjunto de subfórmulas: [(P˄Q)
→ R, P˄Q, P, Q, R]
2º) “L” linhas em que estão todos os possíveis valores que as proposições atômicas podem
receber e os valores recebidos pelas fórmulas moleculares a partir dos valores destes átomos.
O número de linhas é L = nt, sendo n o número de valores que o sistema permite (sempre 2
no caso do CPC) e t o número de átomos que a fórmula contém. Assim, se uma fórmula
contém 2 átomos, o número de linhas que expressam a permutações entre estes será 4: um
caso de ambos serem verdadeiros (V V), dois casos de apenas um dos átomos ser verdadeiro
(V F , F V) e um caso no qual ambos serem falsos (F F). Se a fórmula contiver 3 átomos, o
número de linhas que expressam a permutações entre estes será 8: um caso de todos os
átomos serem verdadeiros (V V V), três casos de apenas dois átomos serem verdadeiros (V V
F , V F V , F V V), três casos de apenas um dos átomos ser verdadeiro (V F F , F V F , F F V) e
um caso no qual todos átomos são falsos (F F F).
Para completar esta tabela precisamos definir os operadores lógicos. Ao fazê-lo, vamos
aproveitar para explicar como interpretá-los.
Negação
P ¬P
V F
F V
Interpretações: "Não P", "Não é o caso de P", "A proposição 'P' é falsa".
Assim, em uma linguagem “L” na qual P significa "Sócrates é mortal", ¬P pode ser
interpretada como "Sócrates não é mortal", e, se o primeiro é verdadeiro, o segundo é falso; e
se o primeiro é falso, o segundo é verdadeiro.
Interpretar a negação por meio de antônimos também é uma alternativa, mas deve-se ter
cautela, pois nem sempre é aplicável em todos os casos. No exemplo acima a interpretação
por meio de antônimos é perfeitamente aplicável, ou seja, se P significa "Sócrates é mortal",
¬P pode ser interpretada como "Sócrates é imortal". Por outro lado, em uma linguagem “L” na
qual Q significa "João é bom jogador", a proposição "João é mau jogador" não é a melhor
interpretação para ¬Q (João poderia ser apenas um jogador mediano).
P ¬P ¬¬P ¬¬¬P
V F V F
F V F V
Conjunção
A conjunção entre duas fórmulas só é verdadeira quando ambas são verdadeiras. A saber:
P Q PΛQ
V V V
V F F
F V F
F F F
Interpretação: "P˄Q" pode ser interpretada como " P e Q", "Tanto P quanto Q", "Ambas
proposições 'P' e 'Q' são verdadeiras" etc.
Assim, em uma linguagem “L”na qual P significa "Sou cidadão brasileiro" e Q significa "Sou
estudante de filosofia", P˄Q pode ser interpretada como "Sou cidadão brasileiro e estudante de
filosofia"; o que só é verdade se P é verdadeira e Q é verdadeira.
Repare que a conjunção é comutável, ou seja, P˄Q é equivalente a Q˄P, a saber:
P Q P˄Q Q˄P
V V V V
V F F F
F V F F
F F F F
Disjunção
A disjunção entre duas fórmulas só é verdadeira quando ao menos uma delas é verdadeira.
A saber:
P Q PVQ
V V V
V F V
F V V
F F F
Repare que a disjunção também é comutativa:
P Q P˅Q Q˅P
V V V V
V F V V
F V V V
F F F F
Interpretação: "P˅Q" pode ser interpretada como "P ou Q", "Entre as proposições P e Q, ao
menos uma é verdadeira".
Assim, se P significa "Fulano estuda filosofia" e Q significa "Fulano estuda matemática",
P˅Q pode ser interpretada como "Fulano estuda filosofia ou matemática"; o que só é falso se
nem P nem Q forem verdadeiras.
Com a disjunção é preciso tomar muito cuidado tanto na interpretação de fórmulas quanto
na formalização de proposições, pois na linguagem natural muitas vezes os disjuntos são
excludentes. Por exemplo: "Uma moeda ao ser lançada resulta em cara ou coroa", "Nestas
férias eu vou viajar ou ficar em casa".
Para estes casos usamos a disjunção exclusiva ou a bi-implicação combinada com a
negação.
Implicação
P Q P→Q
V V V
V F F
F V V
F F V
P Q P→Q Q→P
V V V V
V F F F
F V V V
F F V V
Interpretação: "P→Q" pode ser interpretada como "Se P, então Q", "P implica Q", "Se a
proposição 'P' é verdade, então a proposição 'Q' também é verdade", "A partir de 'P' inferimos
'Q' ", "P satisfaz Q", "P é condição suficiente de Q".
Assim, se, em uma linguagem “L”, P significa "O botão vermelho foi apertado" e Q significa
"O lugar inteiro explode", P→Q pode ser interpretada como "Se o botão vermelho foi apertado,
o lugar inteiro explode", o que só é falso se o botão vermelho for apertado (verdade de P) e o
lugar inteiro não explodir (falsidade de Q):
A interpretação da implicação é uma das mais complicadas. Talvez você tenha estranhado
que a implicação seja verdadeira quando o antecedente é falso. Ou ainda, você poderia objetar
"mas e se o botão for apertado, o lugar explodir, mas uma coisa não tiver nada a ver com a
outra?".
Basicamente, o que se deve observar é que "O botão vermelho ser apertado" é condição
suficiente para se deduzir que "O lugar inteiro explodiu", isto é, quando o botão é apertado, o
lugar deve explodir. Se o botão for apertado e o lugar não explodir, algo está errado, ou seja, P
não implica Q (P→Q é falso).
Quando temos na linguagem natural uma proposição que afirma que, a partir de um evento,
outro segue inexoravelmente (por exemplo: "Se você sair na chuva sem guarda-chuva ou capa
de chuva, então você vai se molhar") ou uma proposição que afirma que podemos deduzir um
fato de outro (por exemplo: "Se todo número par é divisível por 2, então nenhum número par
maior que 2 é primo"), podemos seguramente formalizar estas proposições por meio da
implicação.
Mas o contrário, ou seja, interpretar uma implicação na linguagem natural é problemático.
Podemos estar lidando com uma implicação cujo antecedente e cujo consequente não têm
relação alguma. Basta, contudo que o antecedente seja falso ou o consequente seja verdadeiro
para que a implicação seja verdadeira. Nestes casos, é bem difícil dar uma interpretação
satisfatória para a implicação.
Bi-implicação
P Q P↔Q
V V V
V F F
F V F
F F V
P Q P↔Q Q↔P
V V V V
V F F F
F V F F
F F V V
Interpretação: "P↔Q" pode ser interpretada como "P se e somente se Q", "P é equivalente
a Q", "P e Q possuem o mesmo valor de verdade".
Assim, se P significa "As luzes estão acesas" e Q significa "O interruptor está voltado para
cima", P↔Q pode ser interpretada como "As luzes estão acesas se e somente se o interruptor
está voltado para cima", o que só é falso se as luzes estiverem acesas e o interruptor não
estiver voltado para cima (verdade de P falsidade de Q), ou se as luzes não estiverem acesas
e o interruptor estiver voltado para cima (falsidade de P e verdade de Q)
Exemplo
Construir a tabela-verdade da proposição: P(p,q) = ~ (p || ~ q)
p q ~q p || ~ q ~ (p || ~ q)
V V F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V
O uso de parênteses
É óbvia a necessidade de usar parêntesis na simbolização das proposições, que devem ser
colocados para evitar qualquer tipo de ambiguidade. Assim, por exemplo, a expressão p || q || r
dá lugar, colocando parêntesis, às duas seguintes proposições:
(i) (p || q) || r
(ii) p || (q || r) que não têm o mesmo significado lógico, pois na (i) o conectivo principal é " || ",
e na (ii), o conectivo principal é " || ".
Por outro lado, em muitos casos, parêntesis podem ser suprimidos, a fim de simplificar as
proposições simbolizadas, desde que, naturalmente, ambiguidade alguma venha a aparecer.
A supressão de parênteses nas proposições simbolizadas se faz mediante algumas
convenções, das quais são particularmente importante as duas seguintes:
A "ordem de precedência" para os conectivos é:
(1º) ~ ; (2º) || e || ; (3º) || ; (4º) ||
Portanto o conectivo mais "fraco" é "~" e o conectivo mais "forte" é " || ".
Para compor novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições
simples, usam-se os conectivos.
Os conectivos mais usados são: “e”(), “ou”(), “se... então”() e “se e somente se”().
Exemplos
Sejam os argumentos:
p: −3 é um número inteiro.
q: a cobra é um réptil.
Com os argumentos acima, podemos compor uma sentença fechada, que expressa os dois
argumentos:
“ −3 é um número inteiro e a cobra é um réptil”.
A sentença acima pode ser representada como pq, podemos receber um valor lógico,
verdadeiro ou falso.
p q pq
V V V
V F F
F V F
F F F
Atenção: Os conectivos são usados para interligar duas ou mais sentenças. E toda
sentença interligada por conectivos terá um valor lógico, isto é, será verdadeira ou falsa.
Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão o valor verdadeiro somente quanto
todas as sentenças, ou argumentos lógicos, tiverem valores verdadeiros.
Atenção: Estudaremos o “ou” inclusivo, pois o elemento em questão pode possuir duas ou
mais características, como o exemplo do item 1, em que Elisabete poderá possuir duas ou
mais qualidades ou características.
Sejam:
p: √ 3 é um número inteiro.
q: o Brasil é pentacampeão mundial de futebol.
A partir de p e q, podemos compor:
pq: √ 3 é um número inteiro ou o Brasil é pentacampeão mundial de futebol.
Se p e q são duas proposições, a proposição pq será chamada adjunção ou disjunção.
Observe que uma adjunção pq é verdadeira quando uma das proposições formadoras, p
ou q, é verdadeira.
Para a adjunção, tem-se a seguinte tabela-verdade:
p q pq
V V V
V F V
F V V
F F F
Atenção: O conectivo , “ou”, é utilizado para interligar dois ou mais argumentos, resultando
na união desses argumentos. O valor resultante da união de dois ou mais argumentos somente
será falso quando todos os argumentos ou proposições forem falsos.
Observe que uma subjunção pq somente será falsa quando a primeira proposição, p, for
verdadeira e a segunda, q, for falsa.
Para a subjunção, tem-se a seguinte tabela-verdade:
p q pq
V V V
V F F
F F V
F V V
Sejam:
p: 18 é divisível por 6.
q: 18 é divisível por 2.
Podemos compor:
pq: se 18 é divisível por 6, então 18 é divisível por 2, que se pode ler:
- “18 é divisível por 6” é condição suficiente para “18 é divisível por 2” ou, ainda,
- “18 é divisível por 2” é condição necessária para “18 é divisível por 6”.
Atenção: Dizemos que “p implica q” (pq) quando estamos considerando uma relação
entre duas proposições, compostas ou não, diferentemente do símbolo , que denota uma
operação entre duas proposições, resultando numa proposição.
Sejam:
p: 16÷2=8 .
q: 2 é um número primo.
A partir de p e q, podemos compor:
pq: 16÷2=8 se e somente se 2 é um número primo.
Se p e q são duas proposições, a proposição pq1 é chamada bijunção ou bicondicional,
que também pode ser lida como: “p é condição necessária e suficiente para q” ou, ainda, “q é
condição necessária e suficiente para p”.
Observe que uma bijunção só é verdadeira quando as proposições formadoras são ambas
falsas ou ambas verdadeiras.
Para a bijunção, tem-se a seguinte tabela-verdade:
p q pq
V V V
V F F
F V F
F F V
Atenção: Dizemos que “p equivale a q” (pq) quando estamos considerando uma relação
entre duas ou mais proposições, diferentemente do símbolo , que denota uma operação
entre duas proposições, resultando numa nova proposição.
Exemplos:
3. Sejam as proposições:
p: Joana é graciosa.
q: Fátima é tímida.
Dar as sentenças verbais para:
a) p~q
Se Joana é graciosa, então Fátima não é tímida.
b) ~(~pq)
É falso que Joana não é graciosa ou que Fátima é tímida.
Atenção: O conectivo é usado quando se quer mostrar que dois argumentos são
equivalentes.
Por exemplo, quando dizemos que “todo número par é da forma 2n, n є N”, não é o
mesmo que dizer que “os números pares são divisíveis por 2”.
Proposições Simples e Composta
Uma proposição pode ser simples (também denominada atômica) ou composta (também
denominada molecular). As proposições simples apresentam apenas uma afirmação. Pode-se
considerá-las como frases formadas por apenas uma oração.
Exemplos
Uma proposição composta é formada pela união de duas ou mais proposições simples.
Indica-se uma proposição composta por letras latinas maiúsculas. Se P é uma proposição
composta das proposições simples p, q, r, ..., escreve-se P (p, q, r,...).
Quando P estiver claramente definida não há necessidade de indicar as proposições simples
entre os parênteses, escrevendo simplesmente P.
Exemplos:
(4) P: Paulo é estudioso e Maria é bonita. P é composta das proposições simples p: Paulo é
estudioso e q: Maria é bonita.
(5) Q: Maria é bonita ou estudiosa. Q é composta das proposições simples p: Maria é bonita
e q: Maria é estudiosa.
(6) R: Se x = 2 então x2 + 1 = 5. R é composta das proposições simples p: x = 2 e q: x 2 + 1 =
5.
(7) S: a > b se e somente se b < a. S é composta das proposições simples p: a > b e q: b <
a.
As proposições simples são aquelas que expressam “uma única idéia”. Constituem a base
da linguagem e são também chamadas de átomos da linguagem. São representadas por letras
latinas minúsculas (p, q, r, s, ...).
As proposições composta são aquelas formadas por duas ou mais proposições ligadas
pelos conectivos lógicos. São geralmente representadas por letras latinas maiúsculas (P, Q, R,
S, ...). O símbolo P (p, q, r), por exemplo, indica que a proposição composta P é formada pelas
proposições simples p, q e r.
Exemplos
Tabela Verdade
Proposição Simples - Segundo o princípio do terceiro excluído, toda proposição simples p,é
verdade ou falsa, isto é, tem o valor lógico verdade (V) ou o valor lógico falso (F).
p
V
F
p q
V V
V F
F V
F F
p q r
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
Notação: O valor lógico de uma proposição simples p indica-se por V(p). Assim, exprime-se
que p é verdadeira (V), escrevendo: V(p) = V.
Analogamente, exprime-se que p é falsa (F), escrevendo: V(p) = F.
Exemplos
p : o sol é verde;
q : um hexágono tem nove diagonais;
r : 2 é raiz da equação x² + 3x - 4 = 0
V(p) = F
V(q) = V
V(r) = F
Tautologia
Propriedades de proposições
I – Comutativa: pqqp
pqqp
II – Associativa: p(qr)(pq)r
p(qr)(pq)r
IV – Morgan: ~(pq)~p~q
~(pq)~p~q
Teorema contra-recíproco
Toda proposição composta pelo conectivo “Se... então” pode ser reescrita em seu sentido
contrário, mas com o uso da negação nas duas proposições menores, que a compõem.
pq equivale a ~qp
Exemplos
1. “Se um número inteiro é par, então seu quádruplo é par”, que equivale a: “Se o quádruplo
de um número não é par, então o número inteiro não é par”.
Exercícios
3. Em uma pequena comunidade, sabe-se que: “nenhum filósofo é rico” e que “alguns
professores são ricos”. Assim, pode-se afirmar, corretamente, que nesta comunidade:
a) Alguns professores não são filósofos.
b) Alguns professores são filósofos.
c) Nenhum filósofo é professor.
d) Alguns filósofos são professores.
e) Nenhum professor é filósofo.
4. No final de semana, Chiquita não foi ao parque. Ora, sabe-se que sempre que Didi
estuda, Didi é aprovado. Sabe-se, também, que, nos finais de semana, ou Dada vai à
missa ou vai visitar tia Célia. Sempre que Dada vai visitar tia Célia, Chiquita vai ao
parque e, sempre que Dada vai à missa, Didi estuda. Então, no final de semana,
a) Dada foi à missa e Didi foi aprovado.
b) Didi não foi aprovado e Dada não foi visitar tia Célia.
c) Didi não estudou e Didi foi aprovado.
d) Didi estudou e Chiquita foi ao parque.
e) Dada não foi à missa e Didi não foi aprovado.
A B AB
V V
V F
F V
F F
Os valores lógicos que completam a última coluna da tabela, de cima para baixo, são:
a) V – F – V – V
b) V – F – F – V
c) F – V – F – V
d) V – V – V – F
e) F – F – V – V
9. Dizer que” Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista” é o mesmo que dizer que:
a) Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.
b) Se Paulo é paulista, então Pedro é paulista.
c) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista.
d) Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista.
e) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista.
10. O rei ir à caça é condição necessária para o duque sair do castelo e é condição
suficiente para a duquesa ir ao jardim. Por outro lado, o conde encontrar a princesa é
condição necessária e suficiente para o barão sorrir e é condição necessária para a
duquesa ir ao jardim. O barão não sorriu. Logo:
a) a duquesa foi ao jardim ou o conde encontrou a princesa.
b) se o duque não saiu do castelo, então o conde encontrou a princesa.
c) o rei não foi à caça e o conde não encontrou a princesa.
d) o rei foi à caça e a duquesa não foi ao jardim.
e) a duque saiu do castelo e o rei não foi à caça.
11. Se Vera viajou, nem Camile nem Carla foram ao casamento. Se Carla não foi ao
casamento, Vanderléia viajou. Se Vanderléia viajou, o navio afundou. Ora, o navio não
afundou. Logo:
a) Vera não viajou e Carla não foi ao casamento.
b) Camile e Carla não foram ao casamento.
c) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não viajou.
d) Carla não foi ao casamento e Vanderléia viajou.
e) Vera e Vanderléia não viajaram.
p q pq pq
V V V V
V F F V
F V F V
F F F F
Podemos escrever:
a) pq é verdade pq é verdade
b) pq é verdade pq é verdade
c) pq é verdade pq é verdade
d) pq é falso pq é falso
e) pq é falso pq é verdade
13. Duas grandezas x e y são tais que: “se x=3, então y=7”. Pode-se concluir que:
a) se x≠3, então y≠7
b) se y≠7, então x≠3
c) se y=7, então x=3
d) se x=5, então y=5
e) nenhuma das conclusões acima é válida.
14. Maria é magra ou Bernardo é barrigudo. Se Lúcia é linda, então César não é
careca. Se Bernardo é barrigudo, então César é careca. Ora, Lúcia é linda. Logo:
a) Maria é magra e Bernard não é barrigudo.
b) Bernardo é barrigudo ou César é careca.
c) César é careca e Maria é magra.
d) Maria não é magra e Bernardo é barrigudo.
e) Lúcia e linda e César é careca.
15. Se Carlos é mais velho do que Pedro, então Maria e Júlia têm a mesma idade. Se
Maria e Júlia têm a mesma idade, então João é mais moço do que Pedro. Se João é mais
moço do que Pedro, então Carlos é mais velho do que Maria. Ora, Carlos não é mais
velho do que Maria. Então:
a) Carlos não é mais velho do que Júlia e João é mais moço do que Pedro.
b) Carlos é mais velho do que Pedro, e Maria e Júlia têm a mesma idade.
c) Carlos e João são mais moços do que Pedro.
d) Carlos é mais velho do que Pedro, e João é mais moço do que Pedro.
e) Carlos não é mais velho do que Pedro, e Maria e Júlia não têm a mesma idade.
17. Ou Anais será professora, ou Anelise será cantora, ou Anamélia será pianista. Se
Ana for atleta, então Anamélia será pianista. Se Anelise for cantora, então Ana será
atleta. Ora, Anamélia não será pianista. Então:
a) Anais será professora e Anelise não será cantora.
b) Anais não será professora e Ana não será atleta.
c) Anelise não será cantora e Ana será atleta.
d) Anelise será cantora ou Ana será atleta.
e) Anelise será cantora e Anamélia não será pianista.
18. Se Flávia é filha de Fernanda, então Ana não é filha de Alice. Ou Ana é filha de
Alice, ou Ênia é filha de Elisa. Se Paula não é filha de Paulete, então Flávia é filha de
Fernanda. Mas acontece que nem Ênia é filha de Elisa nem Inês é filha de Elisa. Com
isso, podemos afirmar que:
a) Paula é filha de Paulete e Flávia é filha de Fernanda.
b) Paula é filha de Paulete e Ana é filha de Alice.
c) Paula não é filha de Paulete e Ana é filha de Alice.
d) Se Ana é filha de Elisa, Flávia é filha de Fernanda.
e) Ênia é filha de Elisa ou Flávia é filha de Fernanda.
19. Se é verdade que “Nenhum artista é atleta”, então também será verdade que:
a) Todos não-artistas são não-atletas.
b) Nenhum atleta é não-artista.
c) Nenhum artista é não-atleta.
d) Pelo menos um não-atleta é artista.
e) Nenhum não-atleta é artista.
20. Se os pais dos filhos morenos sempre são morenos, então podemos afirmar que:
a) Os filhos de não-morenos nunca são morenos.
b) Os filhos de morenos sempre são loiros.
c) Os filhos de morenos nunca são morenos.
d) Os filhos de não-morenos sempre são morenos.
e) Os pais de filhos morenos nem sempre são morenos.
22. Todos os médicos são magros. Nenhum magro sabe correr. Podemos afirmar que:
a) Algum médico não é magro.
b) Alguém médico sabe correr.
c) Nenhum médico sabe correr.
d) Nenhum médico é magro.
e) Algum médico sabe correr.
a) É bonita ou inteligente.
b) É bonita e inteligente.
c) É bonita e não é inteligente.
d) Não é bonita e não é inteligente.
e) Não é bonita e é inteligente.
25. Jair está machucado ou não quer jogar. Mas Jair quer jogar. Logo:
a) Jair não está machucado nem quer jogar.
b) Jair não quer jogar nem está machucado.
c) Jair não está machucado e quer jogar.
d) Jair está machucado e não quer jogar.
e) Jair está machucado e quer jogar.
27. Dizer que a afirmação “todos os economistas são médicos” é falsa, do ponto de
vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira:
a) Pelo menos um economista não é médico.
b) Nenhum economista é médico.
c) Nenhum médico é economista.
d) Pelo menos um médico não é economista.
e) Todos os não médicos são não economistas.
Respostas
(01-C) (02-D) (03-A) (04-A) (05-A) (06-A) (07-D) (08-E) (09-A) (10-C) (11-E) (12-D) (13-B)
(14-A) (15-E) (16-E) (17-A) (18-B) (19-D) (20-C) (21-A) (22-C) (23-E) (24-B) (25-E) (26-A) (27-
D) (28-C)
Operação com Conjuntos
Estamos, com isso, mostrando que o conjunto da banana está contido no conjunto das frutas
e que o conjunto das frutas contém o conjunto banana. Podemos, ainda, representar que
banana frutas e que frutas banana.
Em termos de Lógica Matemática, podemos afirmar de algumas maneiras, como: “Toda
banana é um fruta” ou “No conjunto das frutas, existe o conjunto das bananas”.
Existem, fundamentalmente, três situações possíveis que relacionam dois tipos de conjunto
numérico ou não e relacionam também:
I – Um conjunto A contém o conjunto B ou o conjunto B está contido no conjunto
A(AB)(BA).
II – Os conjuntos A e B possuem uma parte de seus elementos em comum (AB).
III – Os conjuntos A e B não possuem uma parte de seus elementos em comum
(AB)=.
Observações:
2. Não nos interessa estudar o caso de dois conjuntos serem coincidentes, apesar de serem
descritos de formas diferentes, por exemplo:
A = conjunto dos números pares.
B = conjunto dos números escritos na forma 2n.
A=B.
Exemplos
Indicar o diagrama que melhor representa a relação entre os conjuntos citados: Fuscas,
carros, rios
Como todo fusca é um carro e não existe relação nenhuma entre carros e rios, o diagrama
que melhor representa a situação é o primeiro, pois o conjunto de fuças está contido no
conjunto de carros.
Atenção: Existem proposições que podem ser consideradas exclusivas, isto é, não
possuem elemento nenhum em comum. Por exemplo, na seguinte proposição: “Ronaldo é um
grande jogador de futebol e Roberto Carlos é um fantástico cantor nacional”.
Exemplos
Exemplos
Representação de Conjuntos
Exemplo
Exemplos
Exemplo
Inclusão de Conjuntos
Notação
A ⊂B ⇔ ( ∀ x ∈ A ⇒ x ∈ B )
Significa dizer que o conjunto A está contido no conjunto B se e somente e todo elemento do
conjunto A é também elemento do conjunto B.
Exemplo
Dados os conjuntos:
A= { a , g ,t ,o }
B={ g , a , t , o }
Todo elemento do conjunto A é elemento do conjunto B e todo elemento do conjunto B
pertence ao conjunto A. Logo: AB e BA.
Isso ocorre sempre que temos conjuntos iguais e equivale a dizer que todo conjunto será
contido em si mesmo.
Atenção: Inclusão de conjuntos: se existir pelo menos um elemento de A que não pertença
a B, dizemos que A não está contido em B, ou que A não é subconjunto de B. Notação:
A ⊄B .
A
B
Exemplo
Interseção
Exemplos
Atenção: Quando a intersecção entre dois conjuntos é o conjunto vazio, os conjuntos são
disjuntos.
Observação:
Número de elementos do conjunto União.
É possível estabelecer uma relação entre o número de elementos de uma intersecção e o da
união de conjuntos: n(AB)=n(A)+n(B)-n(AB).
Diferença
Exemplos
2. A= { a , b , c, d } e B={ c , d ,e , f }
A−B={a ,b }
Complementar
O conjunto A está contido no conjunto B. Com isso, a região que fica entre o conjunto B e o
conjunto A é definida como complementar de A em relação ao conjunto B e é escrita como:
A
C B =B−A
Exemplo
Conjunto Diferença
Propriedades:
1) A− A=
2) A− = A
3) B ⊂ A ⇒ B−A=
4) A≠B ⇒ A−B≠B− A
Exercícios
2. Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam instrumentos de sopro, 160 tocam
instrumentos de corda e 60 tocam esses dois tipos de instrumentos.
Quantos músicos dessa Filarmônica tocam instrumentos diferentes dos dois citados?
a) 340
b) 280
c) 40
d) 160
e) 10
3. Numa pesquisa, verificou-se que, das pessoas entrevistadas, 100 liam o jornal X,
150 liam o jornal Y, 20 liam os dois jornais e 110 não liam nenhum dos dois jornais.
Quantas pessoas foram entrevistadas?
a) 220
b) 240
c) 280
d) 300
e) 340
5. Sabe-se que o sangue das pessoas pode ser classificado em quatro tipos quanto a
antígenos. Em uma pesquisa efetuada num grupo de 120 pessoas de um hospital,
constatou-se que 40 delas têm o antígeno A, 35 têm o antígeno B e 14 têm o antígeno
AB. Com base nesses dados, quantas pessoas possuem o antígeno O?
a) 50
b) 52
c) 59
d) 63
e) 65
6. Em uma universidade são lidos dois jornais, A e B. Exatamente 80% dos alunos
lêem o jornal A e 60% lêem o jornal B. Sabendo que todo aluno é leitor de pelo menos
um dos jornais, encontre o percentual que lêem ambos os jornais.
a) 40%
b) 45%
c) 50%
d) 60%
e) 65%
7. Numa sala de aula com 60 alunos, 11 jogam xadrez, 31 são homens ou jogam
xadrez e 3 mulheres jogam xadrez. Determine o número de homens que não jogam
xadrez.
a) 10
b) 15
c) 20
d) 30
e) 40
10. Em um grupo de 160 estudantes, 60% assistem a aulas de francês e 40% assistem
a aulas de inglês, mas não às de francês. Dos que assistem a aulas de francês, 25%
também assistem a aulas de inglês. O número de estudantes, do grupo de 160, que
assistem a aulas de inglês é:
a) 35
b) 55
c) 72
d) 88
e) 95
Respostas
1) Resposta “D”.
Solução:
n(FeB)=45 e n(FeB -V) = 30 → n(FeBeV)=15
n(FeV)=17 com n(FeBeV)=15 → n(FeV - B)=2
n(sóF)=n(sóV)= 13
n(B)= n(só B) + n(BeV)+ n(BeF-V) --> n(só B)= 65- 20 - 30= 15
n(nem F nem B nem V)= n(nem F nem V) - n(solo B) = 21- 15 =6
Total = n(B) + n(só F)+ n(só V) + n(Fe V - B) + n(nem FnemBnemV) = 65+ 13+ 13+ 2+ 6 =
99.
2) Respostas “D”.
Solução:
Sopro
Corda
180 60 100
Total de 340
3) Respostas “E”.
Solução:
A B
80 20 130 + 110
4) Respostas “D”.
Solução:
A B
5) Respostas “C”.
Solução:
A B O
26 14 21 + 59
6) Respostas “A”.
Solução:
- Jornal A → 0,8 – x
- Jornal B → 0,6 – x
- Intersecção → x
Então fica:
(0,8 - x) + (0,6 - x) + x = 1
- x + 1,4 = 1
- x = - 0,4
x = 0,4.
7) Respostas “C”.
Solução:
11 jogam xadrez e
03 são mulheres, então sobram
08 homens que jogam xadrez.
Se 31 são homens ou jogam xadrez, menos
11 que jogam xadrez sobram:
20 homens.
8) Respostas “C”.
Solução:
Imagine como um conjunto:
Então nosso grupo vai para 72. Se 12 não tomou nada sobra 72..
então o que acontece.. pode ser, que as 4 que não tomou sabin, tenha tomado a sarampo..
Então não podemos simplesmente fazer um menos o outro.
1 as
2 as
3 as
4 as
5 as
6 as
... as
22 sr as
... sr as
68 sr as
69 sr
70 sr
71 sr
72 sr
9) Respostas “A”.
Solução:
200 - 30 = 70 deles gostam só de pagode;
300 - 130 = 170 deles gostam só de rock e 130 de pagode e de rock.
Quantos alunos não gostam nem de pagode nem de rock 800 - 70 - 170 - 130 = 800 - 370 =
430 alunos não gostam nem de pagode nem de rock.
10) Resposta “D”.
Solução:
Dos 160 estudantes 60% assistem aulas de francês: 96 alunos
Dos 160 estudantes 40% assistem a aulas de inglês mas não as de francês: 64 alunos
Dos que assistem a aulas de francês, 25% também assistem a aulas de inglês: 24 alunos
O número de estudantes, do grupo de 160 estudantes, que assistem a aulas de inglês é 88.
1. Uma loja lança uma promoção de 10% no preço dos seus produtos. Se uma mercadoria
custa R$120,00, quanto à mercadoria passará a custar?
Razão centesimal
Como o próprio nome já diz, é a fração cujo denominador é igual a 100. Exemplos:
Calcule:
a) 10% de 500:
A razão centesimal é: b ≠ 0 Portanto, x/100
b) 25% de 200: x/100 = a/b Portanto, x/100
a) 3 sobre 5? x%
5x = 300
x= 60
A taxa é de 60%
Exemplos Resolvidos
1. Uma compra foi efetuada no valor de R$1500,00. Obteve-se um desconto de 20%. Qual
foi o valor pago?
Dica: Para agilizarmos o cálculo, vamos pensar um pouco: O valor total da compra é 100%.
Se obtivermos um desconto de 20%, isso quer dizer que pagaremos somente 80% do valor
(100% - 20% = 80%). Logo, 25% = 25/100
2. Um carro, que custava R$ 12.000,00, sofreu uma valorização (acréscimo) de 10% sobre o
seu preço. Quanto ele passou a custar?
Dica: O valor inicial do carro era de 100%, se ele sofreu uma valorização de 10%, isso quer
dizer que ele passará a custar 110% (100 + 10 = 110) do seu valor inicial. Logo: 3/5 = x/100.
10/20 = x/100
2000x = 10000
x=5
Portanto, 5%.
Exemplos:
Se eu comprei uma ação de um clube por R$250,00 e a revendi por R$300,00, qual a taxa
percentual de lucro obtida?
Montamos uma equação, onde somando os R$250,00 iniciais com a porcentagem que
aumentou em relação a esses R$250,00, resulte-nos R$300,00.
Portanto, a taxa percentual de lucro foi de 20%.
Exemplo
Fator de
Desconto
Multiplicação
10% 0,90
25% 0,75
34% 0,66
60% 0,40
90% 0,10
Exemplo
Exercícios
1. Quanto é 15% de 80?
8. Do meu salário R$ 1.200,00 tive um desconto total de R$ 240,00. Este desconto
equivale a quantos por cento do meu salário?
9. Eu tenho 20 anos. Meu irmão tem 12 anos. A idade dele é quantos por cento da
minha?
10. Meu carro alcança uma velocidade máxima de 160 km/h. O carro de meu pai atinge
até 200 km/h. A velocidade máxima do carro do meu pai é quantos por cento da
velocidade máxima do meu carro?
11. Por um descuido meu, perdi R$ 336,00 dos R$ 1.200,00 que eu tinha em meu bolso.
Quantos por cento eu perdi desta quantia?
12. Dei ao meu irmão 25 das 40 bolinhas de gude que eu possuía. Quantos por cento
das minhas bolinhas de gude eu dei a ele? Com quantos por cento eu fiquei?
13. Ao comprar um produto que custava R$ 1.500,00 obtive um desconto de 12%. Por
quanto acabei pagando o produto? Qual o valor do desconto obtido?
14. Na festa de aniversário do meu sobrinho derrubei uma mesa onde estavam 40
garrafas de refrigerante. Sobraram apenas 15% das garrafas sem quebrar. Quantas
garrafas sobraram e quantas eu quebrei?
15. Dos 28 bombons que estavam na minha gaveta, já comi 75%. Quantos bombons
ainda me restam?
16. Comprei 30 peças de roupa para revender. Na primeira saída eu estava com sorte e
consegui vender 60%. Quantas peças de roupa eu vendi?
17. Em uma cesta eu possuía uma certa quantidade de ovos. As galinhas no meu
quintal botaram 10% da quantidade dos ovos que eu tinha na cesta e nela os coloquei,
mas por um azar meu, um objeto caiu sobre a dita cuja e 10% dos ovos foram
quebrados. Eu tenho mais ovos agora ou inicialmente?
18. O aumento salarial de uma certa categoria de trabalhadores seria de apenas 6%,
mas devido à intervenção do seu sindicato, esta mesma categoria conseguiu mais 120%
de aumento sobre o percentual original de 6%. Qual foi o percentual de reajuste
conseguido?
22. Em uma população de 250 ratos, temos que 16% são brancos. Qual é o número de
ratos brancos desta população?
23. Das 20 moedas que possuo em meu bolso, apenas 15% delas são moedas de um
real. Quantas moedas de um real eu possuo em meu bolso?
24. Dos 8 irmãos que possuo, apenas 12,5% são mulheres. Quantas irmãs eu possuo?
25. Tempos atrás o rolo de papel higiênico que possuiu por décadas 40 metros de
papel, passou a possuir apenas 30 metros. Como o preço do rolo não sofreu alteração,
tal artimanha provocou de fato um aumento de quantos por cento no preço do metro do
papel?
1) Solução:
Multiplique 15 por 80 e divida por 100:
Se você achar mais fácil, pode simplesmente multiplicar 15% na sua forma decimal, que é 0,15
por 80: 0,15 . 80 = 12
15% de 80 é igual a 12.
2) Solução:
Multiplique 70 por 30 e divida por 100:
Ou então você pode multiplicar 70% na sua forma decimal, que é 0,70 por 30: 0,70 . 30 = 21
70% de 30 é igual a 21.
3) Solução:
Multiplique 150 por 45 e divida por 100:
Você também pode simplesmente multiplicar 150% na sua forma decimal, que é 1,50 por 45:
1,50 . 45 = 67,5
150% de 45 é igual a 67,5.
4) Solução:
Multiplique 100 por 40 e divida por 100:
Se você preferir pode multiplicar 100% na sua forma decimal, que é 1,00 por 40: 1,00 . 40 = 40
Na verdade você não precisa fazer conta alguma. Como já sabe 100% representa o todo, por
isto 100% de qualquer número será sempre o próprio número.
100% de 40 é igual a 40.
5) Solução:
A razão de 19 para 25 pode ser expressa nestas duas formas: 19/25 = 19 : 25
Ao realizarmos a divisão de 19 por 25 iremos obter o valor da razão: 19/25 = 0,76
Tal como procedemos no caso das razões centesimais, devemos multiplicar este valor decimal
por cem e acrescentar o símbolo "%" para termos a representação da porcentagem, na
verdade o multiplicamos por 100%: 0,76 . 100% = 76%
Assim 19 : 25 na forma de porcentagem é igual a 76%.
6) Solução:
Sabemos que 30% da população da cidade mora na ilha e o restante 100 % - 30%, ou seja,
70% mora no continente. Como 70% correspondem a 337.799 habitantes, podemos montar
uma regra de três para calcularmos quantos habitantes correspondem aos 30% que moram na
ilha:
337.799 está para 70, assim como x está para 30:
Podemos resolver este exercício de outra forma. Se multiplicarmos 337.799 por 100 e
dividirmos este produto por 70, iremos encontrar o número total de habitantes da cidade:
7) Solução:
Se dividirmos 15 por 0,04, que é equivalente a 4% na sua forma decimal, iremos obter o
número que 4% dele é igual a 15: 15/0,04 = 375
Para calcularmos 20% de 375 basta multiplicá-lo por 0,20: 375 . 20% = 375 . 20/100 = 375 .
0,20 = 75. Em uma única conta faríamos: 15/0,04 . 0,20 = 15 . 5 = 75
Note que concluímos multiplicando 15 por 5, o que fica bastante claro se pensarmos que 20%
também é cinco vezes 4%.
20% do referido número é igual a 75
8) Solução:
Vamos resolver este exercício montando uma regra de três: O percentual que eu procuro ( x)
está para o desconto (R$ 240,00), assim como 100% está para o meu salário de R$ 1.200,00.
Portanto este desconto equivale a 20% por cento do meu salário
9) Solução:
Sem utilizarmos uma regra de três, basta que se divida o valor do qual se procura a
porcentagem (12), pelo valor que representa os 100% (20) e que se multiplique o valor obtido
por 100%: 12/20 . 100% = 60%
Portanto a idade de meu irmão é 60% da minha idade
10) Solução:
Basta que se dividamos o valor do qual se procura a porcentagem (200), pelo valor que
representa os 100% (160) e que se multiplique o valor obtido por 100%: 200/160 . 100% =
125%
Portanto a velocidade máxima do carro do meu pai é 125% da velocidade máxima do meu
carro. O percentual encontrado (125%) é maior que 100% porque o carro de meu pai é 25%
mais veloz que o meu.
11) Solução:
R$ 336,00 é 28% de R$ 1.200,00. Obtemos este valor dividindo-se 336 por 1200:
336,00/1.200,00 = 0,28
0,28 está na forma decimal, então o multiplicamos por 100% para colocá-lo na sua forma
percentual: 28%.
Portanto: Eu perdi 28% desta quantia.
12) Solução:
25 é 62,5% de 40. Obtemos este valor pela divisão de 25 por 40:25/40 = 0,625
0,625 está na sua forma decimal, então o multiplicamos por 100% para colocá-lo na sua forma
percentual: 62,5%. Este é o percentual de bolinhas que eu dei.
A diferença entre 40 e 25 é 15. Como 40 equivale a 100% e 25 equivale a 62,5%, então 15
equivale à diferença entre 100% e 62,5% que é 37,5%:
40 – 25 = 15
100% - 62,5% = 37,5%
Chegaríamos também aos mesmos 37,5% se tivéssemos divido 15 que é a quantidade de
bolinhas que ficaram comigo, por 40 que é a quantidade total.
Portanto: Eu dei 62,5% das bolinhas de gude que eu possuía e fiquei com 37,5%
13) Solução:
12% de R$ 1.500,00 é R$ 180,00. Chegamos a este valor pela conta: 1.500,00 . 0,12 = 180,00
A diferença entre R$ 1.500,00 e R$ 180,00 é de R$ 1.320,00, conforme calculado a seguir:
1.500,00 – 180,00 = 1.320,00
Portanto: Com o desconto percentual obtido de 12%, em valor obtive R$ 180,00 de desconto e
acabei pagando R$ 1.320,00.
14) Solução:
15% de 40 é 6. Chegamos a este valor pela conta: 40. 0,15 = 6
A diferença entre 40 e 6 é de 34, conforme calculado a seguir: 40 – 6 = 34
Portanto: Das 40 garrafas que estavam na mesa, eu quebrei 34 e sobraram apenas 6
15) Solução:
75% de 28 é 21. Chegamos a este valor pela conta: 28 . 0,75 = 21
A diferença entre 28 e 21 é de 7, conforme calculado a seguir: 28 – 21 = 7
7 é o número de bombons que ainda me restam, mas poderíamos ter chegado a este resultado
por outro caminho. Como eu já comi 75% dos 100% dos bombons que eu possuía, ainda tenho
25% deles, basta então calcularmos quanto é 25% de 28: 28 . 0,25 = 7
Portanto: Dos 28 bombons ainda me restam 7
16) Solução:
60% de 30 é 18. Chegamos a este valor pela conta: 30 . 0,6 = 18
Portanto: Eu vendi 18 das 30 peças logo na primeira saída.
17) Solução:
Digamos que originalmente eu tivesse x ovos. Como você sabe 10% pode ser escrito como 0,1
já que 10% equivale a 10 divididos por 100. Desde que minhas galinhas botaram uma
quantidade equivalente a 10% da que eu possuía, isto equivale a dizer que além dos x ovos
originais, agora eu possuo mais 0,1x, ou seja, agora eu tenho 1,1x ovos:
Só que quando eu tinha 1,1x ovos eu acabei perdendo 10% deles, ou seja, fiquei com 90% dos
ovos, já que dos 100% eu perdi 10%:
0,99x representa 99% dos ovos que eu tinha originalmente e já que eu tinha 100%, ao ficar
com 99% fiquei com 1% a menos que a quantidade original.
18) Solução:
Estamos falando de acréscimo de porcentagem de porcentagem, já que os 6% originais foram
aumentados em 120%. Vejamos como vai ficar a resolução:
Ou seja, o aumento conseguido foi de 13,2%, mas podemos pensar na resolução do problema
de outra forma: O aumento conseguido originalmente era de 6%, este percentual equivale a
100% do aumento conseguido, mas como conseguiu-se mais 120% de aumento, então o
passamos a ter 220% ( 100% + 120%) de aumento sobre os 6%, logo o problema consiste em
se calcular 220% de 6%.
Portanto: O percentual de reajuste conseguido pela categoria foi 13,2%.
19) Solução:
Neste tipo de exercício devemos multiplicar todos os percentuais. Todos eles devem ser
passados para a sua forma decimal, exceto o último:
Portanto: 60% de 200% de 80% é igual a 96%.
20) Solução:
Neste tipo de exercício devemos multiplicar todos os percentuais passados para a sua forma
decimal, pelo número que se deseja achar o percentual:
Portanto: 45% de 90% de 180 é 72,9
21) Solução:
Se dividirmos 0,96, que corresponde ao peso do gelo, por 2,4, que corresponde ao peso total,
iremos obter 0,4, que se multiplicado por 100, nos dará o percentual procurado:
Fui lesado em 40% do peso. É este o percentual equivalente aos 960g de gelo que paguei
como se fosse frango
22) Solução:
Para que você tenha uma melhor compreensão, montemos uma regra de três: Temos 16 ratos
brancos para cada 100 ratos, assim como teremos x ratos brancos se tivermos 250 ratos.
De forma geral, sem que você tenha que montar sempre a regra de três, basta que você
multiplique o valor do qual você quer achar o percentual (250 neste caso) pela porcentagem
(16 neste exemplo), dividindo em seguida este produto por 100 (sempre 100 por ser tratar de
porcentagem). Portanto o número de ratos brancos desta população é de 40 ratos brancos.
23) Solução:
Resolvendo da forma simplificada temos:
Se você quiser simplificar ainda mais o cálculo, basta que você pegue a porcentagem na sua
forma decimal, ou seja, 0,15 ao invés de 15% e que a multiplique pelo número em questão (20
neste caso), temos então: 0,15 . 20 = 3
24) Solução:
Resolvendo da forma mais simplificada temos: 0,125 . 8 = 1
Portanto eu possuo apenas uma irmã.
25) Solução:
Vamos dizer que originalmente o rolo custasse x, então o preço do metro de papel seria x/40.
Depois o rolo ainda custava x, mas o preço do metro de papel seria x/30, que seria obviamente
maior que antes, já que temos menos papel ao mesmo custo.
Ao dividirmos x/30 por x/40 e subtrairmos 1 iremos obter na forma decimal qual foi o aumento
no preço do produto:
Como sabemos, aproximadamente 0,3333 na forma decimal equivale a 33,33%.
Como você pode ter reparado a variável x utilizada na solução do problema acabou sendo
simplificada por ela mesma. De forma mais simples em exercícios deste tipo você pode
simplesmente realizar as contas tal como abaixo:
26) Solução:
Como o guarda-roupa foi comprado com 5% de desconto, isto equivale a dizer que foi
comprado por 95% (0,95 na forma decimal) do seu preço: 100% - 5% = 95% = 95/100 = 0,95
Dividindo-se 2204 por 0,95, iremos obter o preço do produto sem qualquer desconto: 2204/0,95
= 2320
Como o preço à vista seria de R$ 1.972,00 e o preço sem nenhum desconto é de R$ 2.320,00,
o desconto obtido seria de R$ 348,00: 2320 – 1972 = 348
Resta-nos calcular quantos por cento é 348 de 2320, o que podemos fazer dividindo-se 348 por
2320: 348/2320 = 0,15
0,15 é o resultado procurado, mas na forma decimal, multiplicando-o por 100% iremos obter o
resultado na forma percentual: 15%
Portanto se o guarda-roupa tivesse sido comprado à vista, o desconto percentual teria sido de
15%.
Probabilidade
Os cálculos hebreus sobre a posição dos astros, realizados Ben Ezra no século XII com a
finalidade de fazer previsões astrológicas podem ser considerados como os primeiros passos
rumo à teoria das probabilidades. O Livros dos jogos de azar, de Girolamo Cardano (1501-
1576) publicado em torno de 1550 é o primeiro manual organizado que traz algumas noções de
probabilidade. Nesse livro, Cardano, que era um jogador, além de matemático, astrólogo e
médico desenvolve cálculos de expectativas acerca de jogos dados e também dá conselhos
sobre como trapacear no jogo.
No entanto o estudo sistemático das probabilidades começou realmente em 1654 quando
um jogador francês, o Chevalier de Méré escreveu a Blaise Pascal (1623-1662) fazendo várias
perguntas sobre o jogo de dados ou de azar. Uma das perguntas era: Dois jogadores
igualmente hábeis querem interromper sua partida. Sabendo-se que o montante das apostas e
situação do jogo (quantas partidas cada um ganhou), como deverá ser repartido o dinheiro?
Pascal extremamente religioso não era jogador escreveu a outro matemático francês Pierre
Fermat (1601-1665) sobre as perguntas feitas por Chevalier de Méré. A partir dessa
correspondência, Pascal e Fermat aprofundaram estudos conjuntos sobre probabilidade e
apesar de não terem publicado seus estudos chegaram a definir conceitos como expectativa,
chance e média, além de estabelecer técnicas de contagem e estatísticas de incidência de
casos num dado fenômeno. Também no século XVII, mas precisamente em 1657, o holandês
Christian Hiygens (1629 – 1695) publicou seu livro O raciocínio nos jogos de dados, onde
apresentou importantes contribuições ao estudo das probabilidades.
O suíço Jacques Bernouilli (1654 – 1705) na mesma época deu uma grande contribuição
aos estudos das probabilidades ao propor um teorema onde afirmava que a probabilidade de
um evento ocorrer tente a um valor constante quando o número de ensaios desse evento tende
ao infinito.
Depois de Bernouilli, Abraham De Moivre (1667 – 1751) publicou o livro A doutrina do azar
onde também faz análise dos jogos que contribuíram para o estudo das probabilidades.
Foi em 1812 que Pierre Laplace (1749 – 1827) deu forma a uma estrutura de raciocínio e a
um conjunto de definições no seu livro Teoria analítica da probabilidade. A teoria moderna das
probabilidades hoje constitui a base de um dos ramos de maior aplicação nas ciências, a
Estatística.
Experimentos Aleatórios
Os experimentos cujos resultados podem ser previsto, isto é, podem ser determinados antes
mesmo de sua realização, são chamados experimentos determinísticos.
Por exemplo, é possível prever a temperatura em que a água entrará em ebulição desde que
conhecidas as condições em que o experimento se realiza.
Alguns experimentos, contudo, não são assim previsíveis. Por mais que sejam mantidas as
mesmas condições, não podemos prever qual será o resultado ao lançarmos uma moeda.
Esses são chamados experimentos aleatórios (em latim alea = sorte).
Experimentos aleatórios: São aqueles, que repetidos em condições idênticas, não produzem
sem o mesmo resultado.
A teoria das probabilidades estuda a forma de estabelecermos as possibilidades de
ocorrência num experimento aleatório.
Exemplo
Lançaremos três moedas e observamos as faces que ficaram voltadas para cima.
Representar:
a) O espaço amostral do experimento;
b) O evento A: chances de sair faces iguais;
c) O evento B: sair exatamente uma face “cara”;
d) O evento C: chances de sair, pelo menos, uma face “cara”.
Resolução
a) U = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca), (Ca, Co, Co), (Co, Ca, Ca), (Co, Ca, Co),
(Co, Co, Ca), (Co, Co, Co)}
b) A = {(Ca, Ca, Ca), (Co, Co, Co)}
c) B = {(Ca, Co, Co), (Co, Ca, Co), (Co, Co, Ca)}
d) C = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca), (Co, Ca, Ca), (Ca, Co, Co), (Co, Ca, Co),
(Co, Co, Ca)}
Tipos de Eventos
Exemplo
Exemplo
Ocorrência de um divisor de 60.
B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Evento Impossível: É o conjunto vazio ().
Exemplo
Ocorrência de múltiplo de 8.
C={}=
Exemplo
Evento A: Ocorrência de um número primo
A = {2, 3, 5}
Exemplo
Evento A: Ocorrência de um número primo
A = {2, 3, 5}
Exemplo
Evento A: Ocorrência de um número par
A = {2, 4, 6}
Exemplo
Evento A: Ocorrência de um número primo
A = {2, 3, 5}
Exemplo
n(A)
P(A) =
n(U)
Exemplos
Resolução
Número de resultados favoráveis
P(E) =
Número de resultados possíveis
4 1
P(E) = =
52 13
Resolução
n(E) 6 1
Assim, P(E) = = =
n(U) 36 6
Resolução
O espaço amostral é:
U = {123, 132, 213, 231, 312, 321}
n(A) 2 1
P(A) = = =
n(U) 6 3
n(
0
P()= ) = = 0
n(U) n(U)
P2) A probabilidade do evento certo é 1. (P(U)= 1)
n(U)
P(U) = = 1
n(U)
0 n(A) n(U)
0≤ n(A) 0≤ n(U) ≤ ≤
n(U) n(U) n(U)
n(A)
Como P(A) = temos:
n(U)
0≤ P(A) ≤ 1
Ā
A
Exemplo
Os 900 números de três algarismos estão colocados em 900 envelopes iguais. Um dos
envelopes é sorteado. Qual a probabilidade de ele conter um número que tenha, pelo menos,
dois algarismos iguais?
Resolução
Sendo A o evento: ocorrer um número com pelo menos dois algarismos iguais. É mais fácil
calcular P(Ā), a probabilidade do evento complementar de A. Assim,
Ā
A
Números com
Números com algarismos distintos
pelo menos dois
algarismos repetidos
Assim:
Exemplo
Resolução
Sendo:
4
P(A) =
52
13
P(B) =
52
1
P(AB) =
52
1
4 + 13 1 4
- =6 =
P(A B) =
5
52 52 52 13
2 Probabilidades num Espaço
Amostral não Equiprovável
Não é válida, pois não importa apenas a quantidade de resultados favoráveis já que esses
resultados não têm necessariamente a mesma “chance” de ocorrência.
Consideramos um experimento, com espaço amostral U = {a 1, a2..., a n}. Chamando de
p(a1), p(a2),..., p(an) as probabilidades de ocorrência dos resultados a 1, a2,..., na,
respectivamente temos que:
Exemplo
Consideramos um experimento com espaço amostral U = {a, b, c} sendo p(a), p(b), p(c) as
possibilidades dos resultados a, b e c de modo que
1 1
p(a) = ep(b) = calcule :
3 2
a) p(c)
b) a probabilidade do evento A ={a,c}
Resolução
1 1
+ +p(c) = 1
3 2
1 1 6–2 – 3 1
p(c) = 1 - - = =
3 2 6 6
1 1 2+1 3
P(A) = + = =
3 6 6 6
1
Assim,P(A) =
2
Probabilidade Condicional
n(A B)
P(A/B) =
n(B)
Exemplo
Resolução
a) Sendo:
Evento A: “a pessoa sorteada foi aprovada”.
Evento B: “a pessoa sorteada é mulher”.
n (A B) 15 3
P(B/A) = = =
n (A) 25 5
b) Sendo:
Evento A: “a pessoa sorteada foi aprovada”.
Evento B: “a pessoa sorteada é homem”.
n (A C) 10 2
P(A/C) = = =
n (C) 15 3
n (A B) ,
P(A/B) =
n (B)
Dividido por n(U), temos:
n (A B)
n (U) P (A B)
P(A/B) = =
n (B) P (B)
n (U)
n (A B)
n (A B) n (U) P (A B)
P(B/A) = = =
n (A) n (A) P (A)
n (U)
Exemplo
Resolução
1 1 1
P (A B) =P (A) . P(B/A) = = =
5 4 20
Eventos Independentes
Dados dois eventos A e B de um espaço amostral U, dizemos que eles são independentes
se a ocorrência de um deles não modificar a probabilidade de ocorrência do outro.
A e B independentes P (B/A) = P(B) e P (A/B) = PA
P (A B) = P(A) . P(B)
Na extração de duas cartas de um baralho se antes de extrair a segunda carta não for feita a
reposição da segunda, o resultado da primeira influencia o resultado da segunda, pois o
espaço amostral passa a ter 51 elementos.
Exemplo
1 1
P(A) = eP(A B)=
4 3
Calcule P (B).
Resolução
P (A B) = P(A) . P(B)
ou seja:
1 1 1
= +P(B - P (B)
3 4 4
4 = 3 + 12 P (B) – 3 P (B)
1
9 P (B) = 1 P (B) =
9
Exercícios
1. Uma bola será retirada de uma sacola contendo 5 bolas verdes e 7 bolas amarelas.
Qual a probabilidade desta bola ser verde?
3. Um casal pretende ter filhos. Sabe-se que a cada mês a probabilidade da mulher
engravidar é de 20%. Qual é a probabilidade dela vir a engravidar somente no quarto mês
de tentativas?
6. Uma moeda é viciada, de forma que as caras são três vezes mais prováveis de
aparecer do que as coroas. Determine a probabilidade de num lançamento sair coroa.
8. Um dado é viciado, de modo que cada número par tem duas vezes mais chances de
aparecer num lançamento, que qualquer número ímpar. Determine a probabilidade de
num lançamento aparecer um número primo.
10. De uma sacola contendo 15 bolas numeradas de 1 a 15 retira-se uma bola. Qual é a
probabilidade desta bola ser divisível por 3 ou divisível por 4?
Respostas
1) Resposta “ ”.
Solução: Neste exercício o espaço amostral possui 12 elementos, que é o número total de
bolas, portanto a probabilidade de ser retirada uma bola verde está na razão de 5 para 12.
Sendo S o espaço amostral e E o evento da retirada de uma bola verde, matematicamente
podemos representar a resolução assim:
Portanto, a probabilidade das três moedas caírem com a mesma face para cima é igual a 1/4,
ou 0,25, ou ainda 25%.
3) Resposta “10,24%”.
Solução: Sabemos que a probabilidade da mulher engravidar em um mês é de 20%, que na
forma decimal é igual a 0,2. A probabilidade dela não conseguir engravidar é igual a 1 - 0,2, ou
seja, é igual a 0,8.
Este exercício trata de eventos consecutivos e independentes (pelo menos enquanto ela não
engravida), então a probabilidade de que todos eles ocorram, é dado pelo produto de todas as
probabilidades individuais. Como a mulher só deve engravidar no quarto mês, então a
probabilidade dos três meses anteriores deve ser igual à probabilidade dela não engravidar no
mês, logo:
4) Resposta “0,2592”.
Solução: Ou o credor vai a sua casa e o encontra, ou ele vai e não o encontra como em
cada tentativa estamos tratando de um sucesso ou de um fracasso e não há outra
possibilidade, além do fato de a probabilidade ser a mesma em todas as tentativas, vamos
resolver o problema utilizando o termo geral do Binômio de Newton:
Então temos:
Assim, a probabilidade de o credor o encontrar uma vez em casa é igual 0,2592.
5) Resposta “ ”.
Solução: Na parte teórica vimos que a probabilidade da união de dois eventos pode ser
calculada através da fórmula e no caso da
intersecção dos eventos ser vazia, isto é, não haver elementos em comum aos dois eventos,
podemos simplesmente utilizar .
Note que esta fórmula nada mais é que a soma da probabilidade de cada um dos eventos.
O evento de se obter ficha verde possui 7 elementos e o espaço amostral
possui 14 elementos, que é o número total de fichas, então a probabilidade do evento obter
ficha verde ocorrer é igual a 7/14:
6) Resposta “25%”.
Solução: Seja k a probabilidade de sair coroa. Pelo enunciado, a probabilidade de sair cara é
igual a 3k.
A soma destas probabilidades tem de ser igual a 1.
7) Resposta “ ”.
Solução: Sejam p(A), p(B) e p(C), as probabilidades individuais de A, B, C, vencerem.
Pelos dados do enunciado, temos:
p(A) = p(B) = 2 . p(C).
Isto é explicado pelo fato de que a probabilidade de A vencer ou B vencer ou C vencer é
igual a 1. (evento certo).
8) Resposta “ ”.
Solução: Pelo enunciado, podemos escrever:
p(2) = p(4) = p(6) = 2 . p(1) = 2 . p(3) = 2 . p(5).
Assim, temos:
p(2) = p(4) = p(6) = 2/9
p(1) = p(3) = p(5) = 2/18 = 1/9.
9) Resposta “
Solução: Os números primos de 1 a 50 são:
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43 e 47, portanto, 15 números primos.
E3 = { 3, 6, 9, 12, 15 }
E4 = { 4, 8, 12 }
O espaço amostral é:
A probabilidade da intersecção é:
Portanto:
Logo, a probabilidade desta bola ser divisível por 3 ou divisível por 4 é 7/15.
Análise Combinatória
Arranjos
Fórmula: As(m,p) =
Arranjo com repetição: Todos os elementos podem aparecer repetidos em cada grupo de p
elementos.
Fórmula: Ar(m,p) = mp.
Cálculo para o exemplo: Ar(4,2) = 42=16.
Permutações
Exemplo: Quantos anagramas podemos formar com as 6 letras da palavra ARARAT. A letra
A ocorre 3 vezes, a letra R ocorre 2 vezes e a letra T ocorre 1 vez. As permutações com
repetição desses 3 elementos do conjunto C = {A, R, T} em agrupamentos de 6 elementos são
15 grupos que contêm a repetição de todos os elementos de C aparecendo também na ordem
trocada. Todos os agrupamentos estão no conjunto:
Permutação circular: Situação que ocorre quando temos grupos com m elementos distintos
formando uma circunferência de círculo.
Fórmula: Pc(m) = (m-1)!
Cálculo para o exemplo: P(4) = 3! = 6
Exemplo: Seja um conjunto com 4 pessoas K = {A, B, C, D}. De quantos modos distintos
estas pessoas poderão sentar-se junto a uma mesa circular (pode ser retangular) para realizar
o jantar sem que haja repetição das posições?
Se considerássemos todas as permutações simples possíveis com estas 4 pessoas,
teríamos 24 grupos, apresentados no conjunto:
Pc= {ABCD, ABDC, ACBD, ACDB, ADBC, ADCB, BACD, BADC, BCAD, BCDA, BDAC,
BDCA, CABD, CADB, CBAD, CBDA, CDAB, CDBA, DABC, DACB, DBAC, DBCA, DCAB,
DCBA}
ABCD=BCDA=CDAB=DABC
ABDC=BDCA=DCAB=CABD
ACBD=CBDA=BDAC=DACB
ACDB=CDBA=DBAC=BACD
ADBC=DBCA=BCAD=CADB
ADCB=DCBA=CBAD=BADC
Combinações
Fórmula: C(m,p) =
Combinação com repetição: Todos os elementos podem aparecer repetidos em cada grupo
até p vezes.
Fórmula: Cr(m,p) = C(m + p - 1, p)
Regra da soma: A regra da soma nos diz que se um elemento pode ser escolhido de m
formas e outro elemento podem ser escolhidos de n formas, então a escolha de um ou outro
elemento se realizará de m + n formas, desde que tais escolhas sejam independentes, isto é,
nenhuma das escolhas de um elemento pode coincidir com uma escolha do outro.
Regra do Produto: A regra do produto diz que se um elemento H pode ser escolhido de m
formas diferentes e se depois de cada uma dessas escolhas, outro elemento M pode ser
escolhido de n formas diferentes, a escolha do par (H, M) nesta ordem poderá ser realizada de
m.n formas.
Exemplo: Consideremos duas retas paralelas ou concorrentes sem que os pontos sob
análise estejam em ambas, sendo que a primeira r contem m pontos distintos marcados por r 1,
r2, r3, ..., rm e a segunda s contem n outros pontos distintos marcados por s 1, s2, s3, ..., sn. De
quantas maneiras podemos traçar segmentos de retas com uma extremidade numa reta e a
outra extremidade na outra reta?
É fácil ver isto ligando r1 a todos os pontos de s e assim teremos n segmentos, depois
ligando r2 a todos os pontos de s e assim teremos n segmentos, e continuamos até o último
ponto para obter também n segmentos. Como existem m pontos em r e n pontos em s, teremos
m.n segmentos possíveis.
Cada vez que um elemento for retirado, indicaremos esta operação com a mudança da cor
do elemento para a cor vermelha.
Para escolher o primeiro elemento do conjunto C que possui m elementos, temos m
possibilidades. Vamos supor que a escolha tenha caído sobre o m-ésimo elemento de C.
c1, c2, c3, c4, c5, ..., cm-2, cm-1, cm
{AE, AI, AO, AU, EA, EI, EO, EU, IA, IE, IO, IU, OA, OE, OI, OU, UA, UE, UI, UO}
A solução numérica é A(5,2) = 5 4 = 20.
Exemplo: Consideremos as 5 vogais de nosso alfabeto. Quais e quantas são as
possibilidades de dispor estas 5 vogais em grupos de 2 elementos (não necessariamente
diferentes)?
Sugestão: Construir uma reta com as 5 vogais e outra reta paralela à anterior com as 5
vogais, usar a regra do produto para concluir que há 5 x 5 = 25 possibilidades.
O conjunto solução é:
Exemplo: Quantas placas de carros podem existir no atual sistema brasileiro de trânsito que
permite 3 letras iniciais e 4 algarismos no final?
XYZ-1234
Sugestão: Considere que existem 26 letras em nosso alfabeto que podem ser dispostas 3 a
3 e 10 algarismos que podem ser dispostos 4 a 4 e em seguida utilize a regra do produto.
Exemplo: Quantos anagramas são possíveis com as letras da palavra AMOR? O número de
arranjos é P(4) = 24 e o conjunto solução é:
P = {AMOR, AMRO, AROM, ARMO, AORM, AOMR, MARO, MAOR, MROA, MRAO, MORA,
MOAR, OAMR, OARM, ORMA, ORAM, OMAR, OMRA, RAMO, RAOM, RMOA, RMAO, ROAM,
ROMA}
Seja C um conjunto com m elementos distintos. No estudo de arranjos, já vimos antes que é
possível escolher p elementos de A, mas quando realizamos tais escolhas pode acontecer que
duas coleções com p elementos tenham os mesmos elementos em ordens trocadas. Uma
situação típica é a escolha de um casal (H, M). Quando se fala casal, não tem importância a
ordem da posição (H, M) ou (M, H), assim não há a necessidade de escolher duas vezes as
mesmas pessoas para formar o referido casal. Para evitar a repetição de elementos em grupos
com a mesma quantidade p de elementos, introduziremos o conceito de combinação.
Diremos que uma coleção de p elementos de um conjunto C com m elementos é uma
combinação de m elementos tomados p a p, se as coleções com p elementos não tem os
mesmos elementos que já apareceram em outras coleções com o mesmo número p de
elementos.
Aqui temos outra situação particular de arranjo, mas não pode acontecer a repetição do
mesmo grupo de elementos em uma ordem diferente.
Isto significa que dentre todos os A(m,p) arranjos com p elementos, existem p! desses
arranjos com os mesmos elementos, assim, para obter a combinação de m elementos
tomados p a p, deveremos dividir o número A(m,p) por m! para obter apenas o número de
C(m,p) =
Consideremos 3 bolas vermelhas, 2 bolas azuis e 5 bolas amarelas. Coloque estas bolas em
uma ordem determinada. Iremos obter o número de permutações com repetição dessas bolas.
Tomemos 10 compartimentos numerados onde serão colocadas as bolas. Primeiro coloque as
3 bolas vermelhas em 3 compartimentos, o que dá C(10, 3) possibilidades. Agora coloque as 2
bolas azuis nos compartimentos restantes para obter C(10 – 3, 2) possibilidades e finalmente
coloque as 5 bolas amarelas. As possibilidades são C(10 – 3 – 2, 5).
O número total de possibilidades pode ser calculado como:
Cada símbolo possui 10 lugares com exatamente 6# e 4Ø. Para cada combinação existe
uma correspondência biunívoca com um símbolo e reciprocamente. Podemos construir um
símbolo pondo exatamente 6 pontos em 10 lugares. Após isto, os espaços vazios são
preenchidos com barras. Isto pode ser feito de C(10, 6) modos. Assim:
O segundo número, indicado logo acima por p é conhecido como a taxa que define a
quantidade de elementos de cada escolha.
Taxas complementares
C(m,p) = C(m, m – p)
Exercícios
3. Calcule .
8. Calcule
Respostas
1) Resposta “9000”.
Solução: Os Algarismos são escritos em 4 posições:
O Algarismo das unidades de milhar não pode ser 0; logo, essa posição só pode ser
preenchida com um dos 9 algarismos restantes, isto é, temos 9 possibilidades para a posição.
Com relação à posição das centenas, das dezenas e das unidades, qualquer dos 10
algarismos pode ocupá-la, pois pode haver repetição.
Logo, temos 10 possibilidades para a posição das centenas, 10 para as dezenas e 10 para
as unidades. Substituindo teremos:
9 10 10 10
2) Resposta “4536”.
Solução: O Algarismo das unidades de milhar não pode ser 0; portanto, temos 9
possibilidades para a posição.
Para a posição das centenas, pode ser o 0 ou qualquer dos 8 restantes, (não pode haver
repetições), portanto, temos 9 possibilidades para essa posição. Para a posição das dezenas
temos 8 possibilidades e para a posição das unidades temos 7 possibilidades.
Esquematizando, teremos:
9 9 8 7
3) Resposta “132”.
4) Resposta “5040”.
Solução:
A10,4
5) Resposta “120”.
Solução: Como 123 ≠ 132, por exemplo, devemos calcular os arranjos de 6 elementos 3 a
3.
A6,3 = 6 . 5. 4 = 120.
1
Temos P3 = 3! = 6 números que começam com 1.
3
Temos P3 = 3! = 6 números que começam com 3.
5
Temos P3 = 3! = 6 números que começam com 5.
7 1 5 3
É o segundo número da sequência que começa com 71.
C10,5 =
Portanto, podemos formar 252 times.
8) Resposta “16”.
Solução: =
9) a - Resposta “40”.
Solução: Podemos ter C5,2 grupos distintos de 2 brasileiros e C 4,1 grupos distintos de 1
alemão.
Portanto, o numero de comissões com 2 brasileiros e 1 alemão é:
C5,2 . C4,1 = 40.
b - Resposta “74”.
Solução: As possibilidades são: 1 alemão e 2 brasileiros, ou 2 alemães e 1 brasileiros, ou 3
alemães e nenhum brasileiro.
Logo, o número de comissões é:
1 x -1
y 2 z
5 t 3
3. Arborizado azar
Asteróide dias
Articular ?
a) luar
b) arar
c) lira
d) luta
e) rara
4. Ardoroso rodo
Dinamizar mina
Maratona ?
a) mana
b) toma
c) tona
d) tora
e) rato
5. Dispõe-se de uma caixa com 100 palitos de fósforo, todos inteiros, com os quais se
pretende construir quadrados da seguinte forma: no primeiro, o lado deverá medir 1
palito; no segundo, 2 palitos; no terceiro, 3 palitos; e assim sucessivamente. Seguindo
esse padrão, ao construir-se o maior número possível de quadrados:
a) Serão usados exatamente 92 palitos a caixa.
b) Sobrarão 8 palitos da caixa.
c) Serão usados todos os palitos da caixa.
d) Sobrarão 6 palitos da caixa.
e) Serão usados exatamente 96 palitos da caixa.
Instruções:
Nas questões 7 e 8, observe que há uma relação entre o primeiro e o segundo grupos
de letras. A mesma relação deverá existir entre o terceiro grupo e um dos cinco grupos
que aparecem nas alternativas, ou seja, aquele que substitui corretamente o ponto de
interrogação. Considere que a ordem alfabética adotada é a oficial e exclui as letras K, W
e Y.
7. ABCA:DEFD::HIJH:?
a) IJLI
b) JLMJ
c) LMNL
d) FGHF
e) EFGE
8. CASA:LATA::LOBO:?
a) SOCO
b) TOCO
c) TOMO
d) VOLO
e) VOTO
12. Durante todo o mês de março de 2007, o relógio de um técnico estava adiantando
5 segundos por hora. Se ele só foi acertado às 7h do dia 2 de março, então às 7h do dia
5 de março ele marcava:
a) 7h5min
b) 7h6min
c) 7h15min
d) 7h30min
e) 8h
13. Uma pessoa comprou um microcomputador de valor X reais, pagando por ele 85%
do seu valor. Tempos depois, vendeu-o com lucro de 20% sobre o preço pago e nas
seguintes condições: 40% do total como entrada e o restante em 4 parcelas iguais de R$
306,00 cada uma. O número X é igual a:
a) 2.200
b) 2.150
c) 2.100
d) 2.050
e) 2.000
16. Certo dia, três técnicos distraídos, André, Bruno e Carlos, saíram do trabalho e
cada um foi a um local antes de voltar para casa. Mais tarde, ao regressarem para casa,
cada um percebeu que Haia esquecido um objeto no local em que havia estado. Sabe-se
que:
- um deles esqueceu o guarda-chuva no bar e outro, a agenda na pizzaria;
- André esqueceu um objeto na casa da namorada;
- Bruno não esqueceu a agenda, nem a chave de casa.
É verdade que:
a) Carlos foi a um bar.
b) Bruno foi a uma pizzaria.
c) Carlos esqueceu a chave de casa.
d) Bruno esqueceu o guarda-chuva.
e) André esqueceu a agenda.
17. Certo dia em uma Unidade do Tribunal Regional Federal, um auxiliar judiciário
observou que o número de pessoas atendidas no período da tarde excedera o das
atendidas pela manhã em 30 unidades. Se a razão entre a quantidade de pessoas
atendidas no período da manhã e a quantidade de pessoas atendidas no período da
tarde era 3/5, então é correto afirmar que, nesse dia, foram atendidas:
a) 130 pessoas
b) 48 pessoas pela manhã
c) 78 pessoas à tarde
d) 46 pessoas pela manhã
e) 75 pessoas à tarde
18. Uma máquina, operando ininterruptamente por 2 horas diárias, levou 5 dias para
tirar cento número de cópias de um texto. Pretende-se que essa mesma máquina, no
mesmo ritmo, tire a mesma quantidade de cópias de tal texto em 3 dias. Para que isso
seja possível, ela deverá operar ininterruptamente por um período diário de:
a) 3 horas
b) 3 horas e 10 minutos
c) 3 horas e 15 minutos
d) 3 horas e 20 minutos
e) 3 horas e 45 minutos
20. Segundo determinado critério, foi construída a sucessão seguinte, em que cada
termo é composto de um número seguido de uma letra:
A1 – E2 – B3 – F4 – C5 – G6 –
Considerando que no alfabeto usado são excluídas as letras K, Y e W, então, de
acordo com o critério estabelecido, a letra que deverá anteceder o número 12 é:
a) J
b) L
c) M
d) N
e) O
36 4 5 = 14
48 6 9 = 17
54 9 7 = ?
Para que o resultado da terceira linha seja o correto, o ponto de interrogação deverá
ser substituído pelo número:
a) 16
b) 15
c) 14
d) 13
e) 12
24. Repare que com um número de 5 algarismos, respeitada a ordem dada, podem-se
criar 4 números de dois algarismos. Por exemplo: de 34.712, podem-se criar o 34, o 47, o
71 e o 12. Procura-se um número de 5 algarismos formado pelos algarismos 4, 5, 6, 7 e 8,
sem repetição. Veja abaixo alguns números desse tipo e, ao lado de cada um deles, a
quantidade de números de dois algarismos que esse número tem em comum com o
número procurado.
O número procurado é:
a) 87456
b) 68745
c) 56874
e) 58746
f) 46875
25. Numa ilha dos mares do Sul convivem três etnias distintas: os zel(s) só mentem,
os Del(s) só falam a verdade e os mel(s) alternadamente falam a verdade e mentiras – ou
seja, uma verdade, uma mentira, uma verdade, uma mentira -, mas não se sabe se
começaram falando uma ou outra. Encontramo-nos com três nativos, Sr. A, Sr. B, Sr. C,
um de cada uma das etnias. Observe bem o diálogo que travamos com o Sr. C:
27. Um auxiliar judiciário foi incumbido de arquivar 360 documentos: 192 unidades de
um tipo e 168 unidades de outro. Para a execução dessa tarefa, recebeu as seguintes
instruções:
I – Todos os documentos arquivados deverão ser acomodados em caixas, de modo
que todas fiquem com a mesma quantidade de documentos.
II – Cada caixa deverá conter apenas documentos de um único tipo.
28. Floriano e Peixoto são funcionários do Ministério Público da União e, certo dia,
cada um deles recebeu um lote de processos para arquivar. Sabe-se que:
- Os dois lotes tinham a mesma quantidade de processos;
- Ambos iniciaram suas tarefas quando eram decorridos 37/96 do dia e trabalharam
ininterruptamente até concluí-las;
- Floriano gastou 1 hora e 45 minutos para arquivar todos os processos de seu lote;
- Nas execuções das respectivas tarefas, a capacidade operacional de Peixoto foi 60%
da de Floriano.
Nessas condições, Peixoto completou a sua tarefa às:
a) 11 horas e 15 minutos
b) 11 horas e 20 minutos
c) 11 horas e 50 minutos
d) 12 horas e 10 minutos
e) 12 horas e 25 minutos
1 5 2 4 3 6
4 3 6 2 1 5
5 6 3 1 4 2
2 1 4 6 5 3
3 2 1 5 6 4
6 4 5 3 2 1
Observe que, no esquema do jogo, três casas em branco aparecem destacadas. Você
deve completar o esquema de acordo com as regras do jogo, para descobrir quais
números deverão ser colocados nessas casas.
3 2 5
4
6
3 4
3
3 5 1 5
31. Três pessoas – Amália, Beatriz e Cássia – aguardam atendimento em uma fila, em
posições sucessivas. Indagadas sobre seus nomes, a que ocupa a primeira posição
entre as três diz: “Amália está atrás de mim”; a que está na posição intermediária diz:
“Eu sou Beatriz”; a que ocupa a terceira posição diz: “Cássia é aquela que ocupa a
posição intermediária”.
Considerando que Amália só fala a verdade, Beatriz mente algumas vezes e Cássia só
fala mentiras, então a primeira, a segunda e a terceira posições são ocupadas
respectivamente por:
a) Cássia, Amália e Beatriz
b) Cássia, Beatriz e Amália
c) Amália, Beatriz e Cássia
d) Beatriz, Amália e Cássia
e) Beatriz, Cássia e Amália
32. Sabe-se que 10 máquinas, todas com a mesma capacidade operacional, são
capazes de montar 100 aparelhos em 10 dias, se funcionarem ininterruptamente 10 horas
por dia. Nessas condições, o número de aparelhos que poderiam ser montados por 20
daquelas máquinas, em 20 dias de trabalho e 20 horas por dia de funcionamento
ininterrupto, é:
a) 100
b) 200
c) 400
d) 600
e) 800
35. Observe que, na sucessão de figuras abaixo, os números que foram colocados
nos dois primeiros triângulos obedecem a um mesmo critério.
Para que o mesmo critério seja mantido no triângulo da direita, o número que deverá
substituir o ponto de interrogação é:
a) 32
b) 36
c) 38
e) 42
f) 46
36. Em cada linha abaixo, as três figuras foram desenhadas de acordo com
determinado padrão.
Segundo esse mesmo padrão, a figura que deve substituir o ponto de interrogação é:
37. Considere que a seqüência seguinte é formada pela sucessão natural dos
números inteiros e positivos, sem que os algarismos sejam separados.
1234567891011121314151617181920...
O algarismo que deve aparecer na 276ª posição dessa seqüência é:
a) 9
b) 8
c) 6
d) 3
e) 1
39. Considere que a seguinte seqüência de figuras foi construída segundo certo
critério.
Se tal critério foi mantido para obter as figuras subseqüentes, o total de pontos da
figura de número 15 deverá ser:
a) 69
b) 67
c) 65
d) 63
e) 61
40. Uma pessoa tem R$ 14,00 em sua carteira apenas em cédulas de 1, 2 e 5 reais,
sendo pelo menos uma de cada valor. Se X é o total de cédulas que ela possui, quantos
são os possíveis valores de X?
a) 4
b) 5
c) 6
d) 7
e) 8
Considerando que na ordem alfabética usada são excluídas as letra “K”, “W” e “Y”, a
letra que substitui corretamente o ponto de interrogação é:
a) P
b) O
c) N
d) M
e) L
45. Observe que as figuras abaixo foram dispostas, linha a linha, segundo
determinado padrão.
46. Os dois pares de palavras abaixo foram formados segundo determinado critério.
LACRAÇÃO cal
AMOSTRA soma
LAVRAR ?
Segundo o mesmo critério, a palavra que deverá ocupar o lugar do ponto de
interrogação é:
a) alar
b) rala
c) ralar
d) larva
e)arval
47. Caetano, Gilberto e Eudes, soldados da Polícia Militar do Estado da Bahia, foram
designados certo dia para o patrulhamento de trânsito em três bairros – A, B e C – de
uma cidade. Indagados sobre seus locais de patrulhamento, forneceram as seguintes
informações:
- O soldado que vai patrulhar o bairro A disse que Caetano vai patrulhar B.
- O soldado que vai patrulhar B disse chamar-se Gilberto.
- O soldado que vai patrulhar C afirmou que Eudes vai patrulhar B.
Como era sabido que apenas Caetano não mentiu, então os bairros que Caetano,
Gilberto e Eudes fizeram patrulhamento em tal dia foram, respectivamente:
a) A – B – C
b) A – C – B
c) B – C – A
d) C – A – B
e) C – B – A
48. (Estruturas Lógicas) Na análise de um argumento, podem-se evitar considerações
subjetivas, por meio da reescrita das proposições envolvidas na linguagem da lógica
formal. Considere que P, Q, R e S sejam proposições e que “”, “”, “” e “” sejam os
conectores lógicos que representam, respectivamente, “e”, “ou”, “negação” e o
“conector condicional”. Considere também a proposição a seguir:
Quando Paulo vai ao trabalho de ônibus ou de metrô, ele sempre leva um guarda-
chuva e também dinheiro trocado.
Assinale a opção que expressa corretamente a proposição acima em linguagem da
lógica forma, assumindo que:
P= “Quando Paulo vai ao trabalho de ônibus”;
Q= “Quando Paulo vai ao trabalho de metrô”;
R= “ele sempre leva um guarda-chuva”;
S= “ele sempre leva dinheiro trocado”.
a) P(QR)
b) (PQ)R
c) (PQ)(RS)
d) P(Q(RS))
Respostas
1) Resposta “E”.
Solução:
a) Considerando as diagonais, têm-se as seguintes somas: 1+2+3=5+ 2+(−1)=6
b) Portanto, na 1ª linha, tem-se:
1+x+(−1)=6 ⇒ x=6−1−(−1)⇒ x=5+(+1 )⇒ x =5+1=6
c) Na 1ª coluna tem-se:
1+ y +5=6 ⇒ y=6−5−1 ⇒ y =0
d) Na 2ª linha, tem-se:
0+2+ z=6 ⇒ z=6−2⇒ z=4
e) E na 3ª linha:
5+t+ 3=6 ⇒ t =6−5−3 ⇒t =−2
f) Para verificar qual das expressões apresentadas nas alternativas atende aos valores
obtidos, é necessário substituir os valores em cada expressão.
Letra “a”:
x+ y+ z+t >9 ⇒6+ 0+ 4+(−2 )> 9⇒ 10−2> 9⇒
É uma sentença falsa.
Letra “b”:
x+ y+ z+t <6 ⇒6+ 0+ 4+(−2 )< 6⇒ 10−2< 6⇒
É uma sentença falsa.
Letra “c”:
x+ y=z +t ⇒6+ 0=4+(−2)⇒ 6=2⇒
É uma sentença falsa.
Letra “d”:
x−z=t−2 y ⇒ 6−4=(−2 )−2 .0 ⇒2=−2−2 ⇒2=−4
É uma sentença falsa.
Letra “e”:
x−t=2 z− y ⇒ 6−(−2)=2. 4−0 ⇒ 6+2=8+ 0⇒ 8=8
É uma sentença verdadeira.
2) Resposta “B”.
Solução:
a) Se 15.480(X4Y)=24, então 15.48024=X4Y.
b) Com isso, 15.48024=645X4Y=645.
∴ X4Y é um número compreendido entre 600 e 800.
3) Resposta “A”.
Solução:
a) Na primeira sequência, a palavra “azar” é obtida pelas letras “a” e “z” em sequência, mas
em ordem invertida. Já as letras “a” e “r” são as 2 primeiras letras da palavra “arborizado”.
b) A palavra “dias” foi obtida da mesma forma: As letras “d” e “i” são obtidas em sequência,
mas em ordem invertida. As letras “s” e “s” são as 2 primeiras letras da palavra “asteróides”.
c) Com isso, para a palavras “articular”, considerando as letras “l” e “u”, que estão na ordem
invertida, e as 2 primeiras letras, obtém-se a palavra “luar”.
4) Resposta “D”.
Solução:
a) Da palavra “ardoroso”, retiram-se as sílabas “do” e “ro” e inverteu-se a ordem, definindo-
se a palavra “rodo”.
b) Da mesma forma, da palavra “dinamizar”, retiram-se as sílabas “na” e “mi”, definindo-se a
palavra “mina”.
c) Com isso, da palavra “maratona”. Deve-se retirar as sílabas “Ra” e “to”, criando-se a
palavra “tora”.
5) Resposta “D”.
Solução:
a) No 1º quadrado serão usados 4 palitos.
b) Como no 2º quadrado serão usados 2 palitos em cada lado, o total será de 8 palitos.
c) No 3º quadrado, onde serão usados 3 palitos em cada lado, o total será de 12 palitos.
d) Sucessivamente, no 4º quadrado serão usados 16 palitos.
e) Com isso, forma-se a seqüência: 4, 8, 12, 16, 20, 24, que possui soma igual a:
4 +8+12+16+20+ 24=84 .
f) Nesse caso, dos 100 palitos originais, sobrarão 16 palitos.
6. Resposta “E”.
Solução:
a) Do 1º termo para o 2º termo, ocorreu um acréscimo de 1 unidade.
b) Do 2º termo para o 3º termo, ocorreu a multiplicação do termo anterior por 3.
c) E assim por diante, até que para o 7º termo temos 13 X 3 = 39.
d) 8º termo = 39+1=40.
e) 9º termo = 40.3=120.
f) 10º termo=120+1=121.
g) 11º termo=121.3=363.
h) 12º termo=363+1=364.
i) 13º termo=364.3=1.092.
j) O 13º termo da sequência é um número maior que 1.000.
7. Resposta “C”.
Solução:
a) Na 1ª sequência de letras, ocorrem as 3 primeira letras do alfabeto e, em seguida, volta-
se para a 1ª letra da sequência.
b) Na 2ª sequência, continua-se da 3ª letra da sequência anterior, formando-se DEF,
voltando-se novamente, para a 1ª letra desta sequência: D.
c) Com isto, na 3ª sequência, têm-se as letras HIJ, voltando-se para a 1ª letra desta
sequência: H. Com isto, a 4ª sequência iniciará pela letra L, continuando por M e N, voltando
para a letra L.
∴ A 4ª sequência da letra é: LMNL.
8) Resposta “B”.
Solução:
a) Na 1ª e na 2ª sequências, as vogais são as mesmas: letra “A”.
b) Portanto, s vogais da 4ª sequência de letras deverão ser as mesmas da 3ª sequência de
letras: “O”.
c) A 3ª letra da 2ª sequência é a próxima letra do alfabeto depois da 3ª letra da 1ª sequência
de letras.
d) Portanto, na 4ª seqüência de letras, a 3ª letra é a próxima letra depois de “B”, ou seja, a
letra “C”.
e) Em relação à primeira letra, tem-se uma diferença de 7 letras entre a 1ª letra da 1ª
sequência e a 1ª letra da 2ª sequência. Portanto, entre a 1ª letra da 3ª sequência e a 1ª letra
da 4ª sequência, deve ocorrer o mesmo fato.
f) Com isso, a 1ª letra da 4ª sequência é a letra “T”.
∴ A 4ª sequência de letras é: T, O, C, O, ou seja, TOCO.
9) Resposta “C”.
Solução:
a) Na escola que oferece 5 cursos de idiomas, cada professor ministra exatamente dois
cursos.
b) Descrevendo os cursos por A, B, C, D e E, têm-se as seguintes possibilidades de
distribuição para os professores: AB, AC, AD, AE, BC, BD, BE, CE e DE.
∴ Como não há um único professor que se encaixa em cada uma das possibilidades
acima, tem-se um total de 10 professores.
⇒ x=6 horas é o tempo que Custódio levaria, sozinho, para implantar o sistema
informatizado de processamento.