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Direito Constitucional para Concursos Vol: I 23/09/2011


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DIREITO CONSTITUCIONAL:

Direito Constitucional – Ramo do direito público que estuda a organização de estado, seus
elementos essenciais, o acesso de seus cidadãos, a vida política do estado e seus direitos
fundamentais.

Objeto – é a Constituição - Lei Fundamental do Estado.

Concepções: Sociológica – Ferdinand Lassole – Dividia a constituição em: Efetiva, que é


fundada nos fatores reais de poder e Escrita, que deve observância obrigatória A Constituição
Efetiva, sob pena de ser considerada mera folha de papel.

Concepção Política – Carl Schmitt - Via a constituição como a decisão política fundamental ao
modo de formação do Estado, sendo as demais normas constitucionais consideradas Leis
Fundamentais.

Concepção Jurídica – Hans Kelsen – Teoria Escalonada de Direito - Plano Lógico Jurídico,
Norma fundamental Hipotética ou superior e Jurídico Positivo, Constituição Posta.

Doutrina – Estudioso no campo de direito.

Jurisprudência – Decisões reiteradas de um tribunal num determinado sentido.

2) Classificação:

 Quanto do Conteúdo:

Formais – Trazem normas materialmente constitucionais e formalmente constitucionais.

Materiais – Trazem, apenas, normas materialmente constitucionais.

 Quanto a Forma:

Escrita – Compilam suas normas num único documento.

Não Escrita – Não compilam de forma sistemática suas normas num único documento.

 Quanto a Origem:

Promulgada – O povo participa de forma decisiva na elaboração do texto constitucional.

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Outorgada – O Detentor do Poder impõe o texto condicional ao povo, sem a participação deste.

Cesarista – José Afonso da Silva – Imposta ao povo, porem pede-se que confirme a vontade do
detentor do poder.

Pactuada – Paulo Bonavides – Monarquia e Poder Legislativo pactuam texto constitucional.

 Quanto do modo de elaboração:

Dogmática – Funda-se num dado momento do Estado, em que os valores e princípios vigentes
merecem observância de todos, sempre será escrita.

Histórica – Dá-se ao longo de lentas transformações sociais. Sempre não escrita.

 Quanto a Estabilidade:

Rígida – Necessitam, para a sua alteração, de ritos mais solenes do que aquele fixado para as
Leis Ordinárias.

Flexíveis – Não precisam, para a sua alteração, de qualquer rito diferenciado daquele fixado
para as Leis Ordinárias.

Semi-rígidos – Existem normas que necessitam de ritos diferenciados e outras que não o
necessitam.

Super-rígidas, Hiper-rígidas ou imutáveis – são aquelas que não se alteram de forma alguma.

 Quanto à extensão:

Analítica – Prolixa, ampla, larga, extensa – Trazem normas materialmente constitucionais e


normas formalmente constitucionais.

Sintética – Concisa Sumária – Resume-se a trazer normas materialmente constitucionais.

3) Aplicabilidade das Normas Constitucionais:

Normas de Eficácia Plena – Nascem e se mantém com capacidade de gerar efeitos;

Normas de Eficácia Contida – Nascem com capacidade de gerar efeitos, mas sofrem restrições
por parte do legislador ordinário.

Normas de Eficácia Limitada – Nascem sem capacidade de gerar efeitos essenciais, tendo sua
eficácia regulamentada por lei.

4) Teoria Geral do Estado: 4YAGTEPL


Conceitos: É a sociedade politicamente organizada.

Elementos – Povo, território, governo e soberania.

 Formas de Estado –

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Unitário – Um único centro de poder;


Federação – Poder dividido entre diversos entes dotados de autonomia;

Confederação – União de Estados Soberanos, admitindo secessão.

 Formas de Governo – Relação entre governantes e Gorvenados;

Monarquia – Não responde perante o povo – Hereditariedade/ Vitaliciedade, não representa o


povo;

República – Periodicamente; Representa e responde perante o povo;

 Sistema de Governo;

Presidencialismo – Chefia Monocrática com a garantia integral do mandato;

Parlamentarismo – Não tem a garantia de mandato,sendo a chefia dual.

 Teoria Geral dos Direitos Fundamentais;

Classificação:

1° Geração ou dimensão – Direitos de Liberdades clássicas ou negativas – Direito civis,


comerciais e políticos.

2° Geração ou dimensão – Igualdade ou Liberdade Positiva – Direitos prestacionais. Direitos


culturais, sociais e econômicos.

3° Geração ou dimensão – Solidariedade/Fraternidade – Direito difusos ou coletivos. Meio


Ambiente Equilibrado, desenvolvimento nacional, paz.

Características:

 Relatividade – Nenhum direito fundamental é absoluto;

 Historicidade – Possibilidade de alteração de sentido ou amplitude decurso de tempo;

 Imprescritibilidade – Impossibilidade de perda do exercício pelo decurso de tempo;

 Irrenunciabilidade – Impossibilidade de renuncia total de direito;

 Universabilidade – Alcança a todos;

Exercícios:

CESPE/UNB (Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão – Técnico Judiciário Área Administrativo


– 09)

Com relação à classificação das constituições, assinale a opção correta.

A Toda constituição é necessariamente escrita e solene.

B A Constituição dos Estados Unidos da América é exemplo de constituição sintética. (X)

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C Uma constituição é rígida se não admite qualquer tipo de revisão


.
D A constituição que se materializa ao longo do tempo, tal qual a inglesa, é classificada como
ortodoxa.

E A CF pode ser classificada como prolixa e semi-rígidas.

TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Para José Afonso da Silva, como o art. 5°, caput da CF., limita-se a aplicar os direitos
fundamentais de caráter individual aos “... Brasileiros e Residentes no País...”, os estrangeiros
não residentes no país teriam que invocar os tratados internacionais de Direitos Humanos. Não
é o entendimento majoritário.
O art. 5° pode ser invocado por todos que entrarem em contato com o Território Nacional, não
importando se é brasileiro ou estrangeiro residentes no país, por uma interpretação extensiva.

1° Tópico – Igualdade Formal – Todos são iguais perante a Lei, sem exceção. É um tratamento
isonômico conferido a todos os seres de uma mesma categoria essencial.

2° Tópico – Igualdade Material – Caso concreto, nem todos são iguais perante a Lei; Tem
caráter positivo porque exige autuação positiva por parte do Estado , com intuito de reduzir as
desigualdades existentes. Abrange Direitos prestacionais – Direitos de 2° Geração.

 Homens e Mulheres são iguais em Direitos e Obrigações, nos termos desta Constituição.

Na repetição do principio da isonomia, preocupou-se o legislador não só com a igualdade


meramente formal – perante a Lei – mas também com a igualdade material, prescrevendo
vedações materiais em razão de direitos inadmissíveis pelo Direito.

Porém, importante lembrar que o principio da igualdade não é cego, vale dizer, não tem por fim
estabelecer um tratamento igualitário entre os indivíduos, sem atentar-se para as desigualdades
existentes entre estes. É por essa razão que é lembrada a máxima: “Alcança a verdadeira igualdade
conferindo tratamento igualitário aos iguais e tratamento desigual para os desiguais”. Assim, o
Princípio da Igualdade não veda tratamento diferenciado entre pessoas que guardem distinções
de raça, de idade, de sexo, de condição econômica, etc.

O Princípio da Isonomia passou a ter feições meramente negativas, isto é, pode-se conseguir,
com fundamento na isonomia; suprimir vantagens de outrem – Feições Negativas – Mas nunca
estender a terceiros – Feições Positivas. Visto isso, pode-se depreender que o magistrado possui
competência, em nosso ordenamento jurídico pátrio, de atuar como verdadeiro legislador

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negativo, vez que pode declarar a inconstitucionalidade das normas eivadas de algum vício, seja
de forma, seja de conteúdo.

Ações Afirmativas são políticas públicas e medidas privadas, as quais buscam evitar a
perpetração de desigualdades, no âmbito social, as quais se originam, em razão de motivos
históricos, seja em decorrência de discriminação ou injustiças. Cabe frisar tais ações afirmativas tão
somente são dotadas de legitimidade até alcançarem o objetivo almejado e constituírem um
patamar de neutralidade relativamente a esse grupo.

 Princípio da Legalidade – Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer nada, se não


em virtude da lei.

O conteúdo do Princípio, como se conclui da redação do dispositivo, é que apenas a lei,


regularmente elaborada pelo órgão competente para tanto, ou instrumento normativo a ela
equiparado, é instrumento idôneo para inovar, na ordem jurídica, criando direitos e obrigações
para os indivíduos e, assim, afetando sua esfera jurídica. Qualquer fonte normativa de inferior
hierarquia – Decretos, Atos Normativos Administrativos – é inconstitucional para essa
finalidade. Devemos considerar que “Lei”, nesse contexto, abrange todos os atos normativos
primários previstos no art. 59 da C.F., a saber: Emendas à Constituição, Leis complementares, Leis
Ordinárias, Leis Delegadas, Medidas Provisórias, Decretos Legislativos e Resoluções.

Escusa da Consciência – Invocar política, Filosófica ou religiosa + Deixar de cumprir prestação


alternativa fixada em lei.

 Ninguém será submetido a tortura e nem a tratamento desumano ou degradante.


 É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato.

Um dos mais amplos direitos fundamentais consagrados na Constituição, o Direito à


liberdade de manifestação do pensamento, respeitados os demais direitos fundamentais, não
segue qualquer norma de forma ou de fundo. Qualquer um pode manifestar seu pensamento sobre
qualquer coisa por qualquer meio de expressão, desde que se identifique ao manifestar-se, como
precaução indispensável contra declarações levianas ou infundadas, as quais podem ensejar
responsabilização.

A Deleção Anônima não pode ser usada como prova formal num processo. Segundo o próprio
STF a investigação é autônoma em relação à denuncia anônima, que é ilícita, não sendo, por
esta, contaminada. Bilhetes anônimos são admitidos, geralmente, quando produzidos pelo próprio
acusado podendo servir como prova formal do processo.

 Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção


filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e
recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

 É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,


independentemente de censura ou licença;

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 É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício


dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias;

 É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;

 São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,


assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

Qualquer informação não configura dano moral, mesmo sem que tenha tido autorizada de seu
titular, desde que estas informações sejam relevantes para a formação da pessoa como membro
ativo da sociedade. Alguns autores usam o mesmo critério, mas fazendo a seguinte diferenciação:
Uma coisa é a informação pública, outra coisa é informação para o público.

Informação Pública é a informação relevante para a formação da pessoa como membro ativo da
sociedade.
Informação para o Público não é informação necessária, mas que foi dirigida ao público. Não
são elas relevantes para a formação da pessoa como membro ativo da sociedade.

Atualmente, por força da legislação aplicável e da jurisprudência do STF, podem determinar


a quebra do sigilo bancário:

 Os membros do Poder Judiciário;


 As Comissões Parlamentares de Inquérito;
 Os Membros do Ministério Público, desde que relativamente ao emprego de verbas públicas;

 As autoridades fiscais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,


desde que observados os procedimentos legais;

Com relação ao Poder Judiciário não há dúvida na matéria: As autoridades judiciárias têm poder
para determinar a quebra de ambos os sigilos, no transcurso de um processo judicial regularmente
instaurado. De se ressaltar, apenas, que a determinação da quebra deve observar as regras de
competência funcional.

As Comissões parlamentares de Inquérito terão poderes de investigação próprios das autoridades


judiciais. Embora o STF, ao interpretar a norma, tenha negado aos membros das CPI’s alguns
dos poderes inerentes à magistratura, admitiu as Comissões têm poderes para determinar por ato
próprio, sem necessidade de autorização judicial, a quebra dos sigilos bancários e fiscal.

Quanto ao Ministério Público não lhe é reconhecida a mesma prerrogativa, Apesar de seus
membros terem poderes para “expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua

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competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei


complementar respectiva”. Entende nossa jurisprudência que, apesar da disposição
constitucional, não tem competência o Ministério Público para determinar, por ato próprio, a
quebra dos sigilos bancários e fiscal. Entretanto, admite o STF uma hipótese em que é válida a
requisição direta do Parquet ao órgão ou entidade detentora da informação: Quando a questão
envolve a aplicação de dinheiro ou verbas públicas por instituição financeira, caso em que o
Princípio da Publicidade da Administração Pública autoriza o uso pelos membros do Ministério
Público de seu poder de requisição direta, tal como previsto no art. 129, VI, da Constituição.
Gravações Clandestinas não podem ser admitidas num processo. São Hipóteses mais comuns
de suas admissibilidades para o STF:

 Gravação feita pelo réu como defesa no Processo Penal;


 Gravações feitas contra Agentes Públicos;
 Gravações Feitas em Legítima Defesa;
 Gravações por câmaras usadas para a segurança privada.

A inviolabilidade dos dados bancários e fiscais não é absoluta, podendo ser afastada quando
obedecidos os seguintes requisitos.

 Em caráter de absoluta excepcionalidade, quando existirem fundados indícios do


cometimento de prática delituosa por parte daquele que sofre a investigação.
 Autorização Judicial ou de Comissão Parlamentar de Inquérito.
 Indispensabilidade de dados constantes em determinada instituição financeira, receita
federal ou fazenda pública.
 Individualização do investigado e do objeto da investigação.

 Inviobilidade Domiciliar – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo


penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;

Exceção: Fragrante Delito, Prestar Socorro, Desastre – Dia e Noite;

 É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das


comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal; (Vide Lei nº 9.296, de
1996)

Inviobilidade das comunicações - Só por decisão judicial para fins de Instrução Processual
Criminal e Inquérito Criminal. A prova originada das 2 citações anteriores poderá ser utilizada
num outro processo – Prova emprestada.

A Constituição estabelece os três requisitos para interceptação telefônica:

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1) Edição de Lei, prevendo as hipóteses em que poderá ser autorizada a quebra, e dos requisitos
para que ela seja efetivada;

2) Ordem Judicial – Reserva de Jurisdição – o que significa que nenhuma outra autoridade,
nem mesmo um membro do Ministério Público, pode determinar diretamente a quebra do sigilo
das comunicações telefônicas.

3) Só por decisão judicial para fins de Instrução Processual Criminal e Inquérito Criminal. A
prova originada das 2 citações anteriores poderá ser utilizada num outro processo – Prova
emprestada.

Embora a expressa autorização constitucional seja, apenas, para as comunicações telefônicas,


não se pode afirmar que as demais inviolabilidades são absolutas, visto que não há direitos e
garantias fundamentais de caráter absoluto. Em razão do princípio da relatividade ou
convivência das liberdades públicas, a administração penitenciaria não pode violar
correspondências, mas se usada como meio de prática de crimes poderá ser relativado o direito.

O próprio texto constitucional autoriza restrições a essas garantias constitucionais nos casos de
Estados de Defesa e Estado de Sítio.

A Lei n° 9.296, DE 96, estabeleceu, também, a possibilidade de violação para as comunicações


realizadas por meio do emprego da telemática, assim, a interceptação das comunicações
realizadas por esses meios seguem as mesmas regras constitucionais previstas para a
interceptação das comunicações telefônicas.

Só se autoriza a interceptação:

1) Se houver indícios razoáveis de autoria ou participação no delito;

2) Se o delito for punido com pena de reclusão;

3) Se não existirem outros meios probatórios por meio dos quais possam se obtidas as
mesmas informações.

A quebra somente pode ser determinada por juiz, o qual pode agir de ofício, sem provocação, ou
mediante requerimento da autoridade policial, durante o inquérito policial, ou do Ministério
Público, no curso do inquérito ou da investigação processual penal.

 É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações


profissionais que a lei estabelecer – Cuida-se de Norma de Eficácia contida.

 É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao


exercício profissional;
 É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;

O Direito de Locomoção é um Direito Fundamental de primeira geração, abrange as liberdades de


ir, vir e ficar, nesta compreendida a de fixar domicilio, e qualquer ato que o lesione ou o ameace
de lesão é passível de impugnação mediante habeas corpus. Não se trata de um direito absoluto,

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como a própria norma ressalta, sendo passível de exercício em termos amplos somente em tempo de
paz.

 Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público,


independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

 É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

 A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo


vedada a interferência estatal em seu funcionamento;

 As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;

Suspender Atividades Dissolução Compulsória


Simples decisão judicial Decisão Judicial Transitada e Julgada

Não dependem de autorização estatal:

 Reunião;
 Criação de Associação e, na forma da Lei, de cooperativas;
 Criação de sindicatos

 Criação de Partidos Políticos.

 Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;

 As entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para


representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

No intuito de assegurar a autonomia de funcionamento das associações, determina a Constituição


que sua criação independe de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu
funcionamento. Ainda no intuito de preservar o regular funcionamento das associações, estabelece a
CF que elas só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão do Poder Judiciário. No caso de suspensão, não se exige o transito em julgado por
decisão judicial. A Dissolução compulsória, porém, somente poderá ser determinada por decisão
judicial transitada e julgada.

No tocante à defesa dos direitos dos associados, estabelece a CF que as entidades associativas,
quando expressamente autorizada, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou
extrajudicialmente. Ao criar o Mandato de Segurança Coletivo, a CF permite que uma Associação
legalmente constituída e em pleno funcionamento a, pelo menos um ano, impetre essa ação para a
defesa dos interesses de seus associados.

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Segundo o art. 8°, III, as entidades sindicais estão também habilitados a defender os interesses
de seus sindicalizados judicial e extrajudicialmente, mas sem precisar provar que estão autorizados
a isso.

 É garantido o Direito de Propriedade:

Esse direito, na vigência da CF/88, ganhou feições eminentemente sociais visto que a propriedade
somente será legítima se estiver atendendo a sua função social.

Diante da necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, a CF/88 autoriza a


desapropriação, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvada os casos previstos no
texto constitucional - no caso em desapropriação por interesse social, para fins de reforma agrária,
não havendo indenização em dinheiro, mas sim prévia e justa indenização em títulos da dívida
agrária, resgatáveis no prazo de 20 anos, a partir do segundo ano de sua emissão.

A CF/88 admite, ainda, a expropriação, sem nenhuma espécie de indenização, das glebas de
qualquer região do país, onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas.

 A Propriedade atenderá a sua função social;

 A Lei estabelecerá o procedimento de desapropriação por necessidade ou utilidade


pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvada os
casos previstos nesta Constituição;

Toda desapropriação tem duas fases: Uma declaratória e outra executória. Os nomes são auto-
explicativos. Na fase declaratória são declarados os pressupostos dela. Esta fase é
obrigatoriamente administrativa. Na fase executória se dá a execução das medidas que consumam
a desapropriação. A segunda fase pode ser administrativa ou judicial. Se na segunda fase houver
acordo sobre o valor a ser pago, a fase também será administrativa.

Agora, se não houver acordo sobre o valor a ser pago, deverá ser proposta uma ação de
desapropriação. Nessa ação de desapropriação, a defesa oponível é restrita, que só poderá versar
sobre o valor a ser pago.

A Constituição estabelece três fundamentos para desapropriação: Necessidade Pública,


Utilidade Pública e Interesse Social. A primeira, ocorre quando a administração está diante de uma
situação de risco iminente para cujo combate é indispensável a desapropriação ; Utilidade Pública é
quando a desapropriação é conveniente para o interesse público, mas não imprescindível.
Interesse Social é quando o Estado desapropria com a finalidade de reduzir as desigualdades
sociais, movido pelo principio do bem estar e da função social da propriedade.

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Como determina o texto constitucional, a indenização deve ser prévia, justa e em dinheiro. Essa é
a regra geral. Indenização justa é aquela que abrange: O valor atual do bem, os danos emergentes e
os lucros cessantes, Os Juros moratórios e compensatórios, a atualização monetária e as
despesas judiciais e os honorários advocatícios.

Há duas hipóteses em que o pagamento da indenização, apesar de em valor justo, não é prévio
e nem em dinheiro: Na desapropriação para fins de Reforma Agrária – na qual a indenização é
paga por títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo
de até 20 anos, a partir do segundo ano de sua emissão – e na desapropriação para fins
urbanísticos, em que o pagamento da indenização será feito mediante títulos da dívida pública, de
emissão anteriormente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de até 10 anos, em parcelas
iguais e sucessivas, sendo assegurado o valor real da indenização e os juros legais.

 No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedades


particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver danos;

A requisição é a modalidade de intervenção na propriedade privada por meio do qual o Poder


Público, por ato unilateral, utiliza bens móveis, imóveis e serviços de particulares em situações
transitórias de perigo público imediato ou iminente.

 A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será
objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei
sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

 Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras,
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

 São assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz


humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que


participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;

 A lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem
como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros
signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do
País;

 É garantido o direito de herança;

 A sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício
do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

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 O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;


 Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regulamento)

O dispositivo em apreço é aplicação do princípio da transparência, o qual busca assegurar aos


indivíduos em geral, brasileiros ou estrangeiros, pessoa física ou jurídica, o direito a obter dos
órgãos públicos informações que sejam de seu interesse pessoal, ou de interesse coletivo ou geral.

Quatro ordens de informação são agregados no dispositivo: Informações de interesse pessoal


relativas à própria pessoa do requerente – Em caso de negativa ou omissão administrativa neste
caso, o remédio adequado para a defesa é o habeas data – informações de interesse pessoal
relativas a terceiros, Informações de interesse coletivo e informações de interesse geral.

 São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de


situações de interesse pessoal;

Temos, aqui, os chamados “remédios constitucionais administrativos”, a saber: Direito de


petição aos Poderes Públicos e Direito de Certidão.

O direito de petição administrativa é gratuito e dispensa a assistência de advogado. Porém, nas


petições perante o Poder Judiciário, a situação é distinta. As petições em juízo exigem
assistência de advogados, ressalvados em casos excepcionais

A Constituição Federal garante a todos, nacionais ou estrangeiros, pessoas físicas ou jurídicas,


independentes do pagamento de taxas, o Direito de obter certidão em repartições públicas para
defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal.

O Direito de Certidão constitui direito líquido e certo de qualquer pessoa, e sua negativa pela
Administração, além de resultar na responsabilização da Administração e do Agente que se
negou a emitir a certidão, pode ser defendida administrativamente, por meio do Direito de
Petição, ou, judicialmente, mediante Mandato de Segurança. Exceções feitas às ressalvas legais
referentes à segurança da sociedade e do Estado, ao que impõe o sigilo.

 A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

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 A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

Essa proteção constitucional homenageia o Princípio da Segurança Jurídica, segundo o qual a


lei nova não poderá retroagir para prejudicar situações jurídicas já consolidadas na vigência
de Leis Preteridas.

O Direito Adquirido é o direito que já se incorporou definitivamente á esfera jurídica de seu


titular, pois estarem completamente configurados os requisitos necessários à sua aquisição,
nos termos da Lei, então, vigentes. Expectativa de Direito ocorre quando o indivíduo não
preencheu, ainda, os requisitos para a aquisição de um direito, tal como postos na Lei vigente, e
esta vêm a ser revogada por Lei posterior.

O Ato Jurídico Perfeito é um Plus em relação ao Direito Adquirido, pois ele se verifica quando
se dá a prática de atos jurídicos a partir de formação dos Direitos Adquiridos.

 Não haverá juízo ou tribunal de exceção;

 É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

 Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

 A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

 A lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;

 A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,


nos termos da lei;

Segundo orientação firmada pelo STF, a expressão racismo empregada na CF não alcança
somente as discriminações raciais propriamente ditas, mas também outras espécies de
discriminações. A Constituição Federal prescreve que a prática de racismo constitui crime
inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão.

 A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a


prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

Direito Constitucional para Concursos Vol: I 23/09/2011


Eng° José Guilherme de S. Campos Página 16 23/09/2011

Segundo orientação firmada pelo STF, a expressão racismo empregada na CF não alcança
somente as discriminações raciais propriamente ditas, mas também outras espécies de
discriminações. A Constituição Federal prescreve que a prática de racismo constitui crime
inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão.

 A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o


tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos,
por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

 Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,


contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

Cuidado:

Crime Inafiançável e Imprescritível Crimes Inafiançáveis e Insuscetíveis de Graça ou


Anistia.
Ação de Grupo armados – Civis ou Militares – Contra Prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e
ordem Constitucional e o Estado Democrático; e prática drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes
de racismo. hediondos.

 Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a


decretação do perdimento de bens serem, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

 A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;


b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos;

 Não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;

 A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a


idade e o sexo do apenado;

 É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

Direito Constitucional para Concursos Vol: I 23/09/2011


Eng° José Guilherme de S. Campos Página 17 23/09/2011

 Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;

 Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, na forma da lei;

O estrangeiro é, em regra, extraditável. Compete ao STF, a quem cabe o processamento do


pedido de extradição, definir, caso a caso, se o delito praticado pelo estrangeiro, no exterior,
caracteriza-se como político ou de opinião. Se a Corte entender que o delito é desta espécie, o
estrangeiro é não-extraditável, tendo direito a asilo político. O Brasileiro nato é não extraditável,
em termos absolutos, de forma que, mesmo cometendo um crime no exterior, será ele, se for o caso,
julgado pelo seu ato no Brasil. Já o Brasileiro naturalizado, em regra, não pode ser extraditado. A
Constituição contempla apenas duas exceções: A primeira, quando ele, antes da naturalização,
comete um crime comum; e a segunda, quando antes ou depois de obter a naturalização, ele
comprovadamente se envolve com tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.

A seguir, apresentamos mais algumas considerações sobre a matéria:

1) Acerca da competência na matéria, cabe o STF decidir acerca da legalidade do


pedido, e ao Presidente da República decidir sobre a extradição, determinando-a ou não. Se a
decisão do STF for contrária a extradição, o Presidente da República estará a ela vinculada, não
podendo autorizar a extradição; se a decisão da corte for favorável, o Presidente terá
discricionalidade para determinar ou não a extradição.

2) O processamento do pedido de extradição pressupõe a prisão preventiva do indivíduo, a


qual será ordenada pelo Ministro do STF relator do processo.

3) O pedido de extradição só poderá ser atendido pelo Brasil se existir tratado


internacional com o Estado requerente ou se este fizer promessa de tratamento recíproco para o
Brasil.

4) É indispensável para a extradição a “dupla tipicidade”, ou seja, a conduta tem


caracterizar crime tanto no País estrangeiro quanto no Brasil. Também não se admite a extradição
se no Brasil o fato for tipificado como crime, mas com pena prevista de até 1 ano de prisão.

5) Adota-se no Brasil, o “Princípio da especialidade”, segundo o qual o extraditado só


poderá ser processado no estrangeiro pelo delito que constava do pedido de extradição. O STF
admite o “pedido de extensão”, pelo qual o país requerente, já de posse do indivíduo, solicita ao
país que procedeu à extradição permissão para processar o indivíduo por delitos não elencados
no pedido de extradição.

Direito Constitucional para Concursos Vol: I 23/09/2011


Eng° José Guilherme de S. Campos Página 18 23/09/2011

6) A prisão do extraditando não pode ultrapassar 90 dias, ressalvada convenção


internacional em sentido contrário.

 Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

 Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

 Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral é assegurada o


contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

 São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

A vedação à utilização de provas obtidas por meios ilícitos alcança não só os processos judiciais,
mas também os processos administrativos. A respeito dessa vedação, temos que:

a) A mera presença de provas ilícitas nos autos não invalida, necessariamente, o processo
– detectada a presença de provas ilícitas nos autos, faz-se o desentranhamento – separação – das
provas, podendo o processo ter a sua regular continuidade com base nas provas lícitas, se
houver –.

b) A prova ilícita contamina todas as demais provas levantadas a partir dela – Teoria das
Frutas da árvore Envenenada.

c) É ilícita a prova obtida mediante gravação não autorizada judicialmente de conversa


informal entre o preso e policiais;

d) É lícita a prova obtida mediante a gravação da conversa por um dos interlocutores, sem
o conhecimento do outro, desde que em legitima defesa.

e) É lícita a prova obtida mediante a gravação de conversa por terceiro, com o


consetimento de um dos interlocutores, sem o conhecimento do outro.

Em prosseguimento, deve-se observar que a Constituição não admite no processo provas


obtidas por meios ilícitos, o que não significa que os processos em que existam provas desta
natureza tenham que ser anulados. Em outros termos: O fato, por si só, de haver prova viciada em
um processo não é motivo paras a sua anulação.

A seguir, arrolamos algumas situações que atenuam a rigidez da aplicação do princípio, no sentido
da admissibilidade de uma prova obtida com desrespeito aos preceitos legais aplicáveis à matéria.

a) Em caráter excepcional, admite-se que o réu – e apenas ele – possa utilizar-se


validamente de provas colhidas com desrespeito à Lei.

b) Admitem-se provas colhidas contrariamente à Lei, em situações de legítima defesa das


liberdades fundamentais do indivíduo.

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Eng° José Guilherme de S. Campos Página 19 23/09/2011

 Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

 O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas


hipóteses previstas em lei; (Regulamento).

 A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o
interesse social o exigirem;

 Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos
em lei;

A Constituição é clara: ressalvados os casos de transgressão militar e crime propriamente


militar, somente autoriza-se que a pessoa seja presa por ordem escrita e fundamentada de
autoridade judiciária competente, ou nos casos de prisão em flagrante.

 A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

 O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado;

A norma contempla o direito ao silencio, também chamado de privilégio contra a auto-


incriminação. Dela se infere que o velho brocado “quem cala, consente” não tem guarida, na esfera
penal, frente à Constituição Federal, sendo decisão única e exclusiva do preso decidir acerca da
postura que adotará nos interrogatórios de que participará. Além disso, o preso tem o direito
constitucional de ser informado sobre os motivos de sua prisão e a identidade dos Agentes
Responsáveis por ela, podendo assim responsabilizá-los, em caso de ilegalidade e abuso de poder.

A norma estatui, ainda, um dever para o interrogador, que deve informar o preso de seu direito
de permanecer em silêncio. Eventual prova colhida contra o interrogado sem tal cientificação
padece de nulidade absoluta, segundo entende o STF, mesmo quando observadas as demais
formalidades do procedimento de interrogatório.

Por fim, cabe ressaltar que o direito ao silêncio é circunscrito à esfera penal, não incidindo sobre
os demais ramos jurídicos, a exemplo da esfera cível ou trabalhista.

 O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
policial;

 A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

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Eng° José Guilherme de S. Campos Página 20 23/09/2011

 Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com
ou sem fiança;

 Conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de


sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

Conceder-se-á Habeas Corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder . Como se
vê, o Habeas Corpus é ação que possui objeto específico constitucionalmente delineado – liberdade
de locomoção – não podendo ser utilizado para a correção de qualquer idoneidade que não
implique coação ou iminência direta de coação à liberdade de ir e vir.

O habeas Corpus é ação de Legitimação Universal, vale dizer, qualquer pessoa pode impetrar
Habeas Corpus, independentemente de capacidade civil ou política. A ação é gratuita e não exige
advogado para sua impetração.

No âmbito dos Tribunais do Poder Judiciário, em proteção ao Direito de Locomoção, se houver


empate na votação, decide-se favoravelmente o réu.

Em síntese:

Cabimento de Habeas Corpus Não Cabimento de Habeas Corpus


Sigilo Bancário Sanção Administrativa de Caráter Disciplinar
Sursis Seqüestro de Bens
CPI Perda de Patente Militar
Impetrado pelo acusado preso em face do abusivo Decisões de Turmas ou Plenário do STF, salvo se o crime
excesso de prazo para o encerramento da estiver sujeito à jurisdição do STF em uma única
Instrução Processual Penal. instância.
Pena Restritiva de Direito
Suspensão de Direitos Políticos
Punição Militar Disciplinar
Sigilo Telefônico
Inquérito Policial
Impeachment
Guarda de filhos menores
Pena integral cumprida
Pena de Multa
Afastamento de Cargo
Inabilitação para o exercício de cargo público como pena
acessória de condenação criminal.

Vejamos os principais aspectos processuais deste remédio constitucional.

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Eng° José Guilherme de S. Campos Página 21 23/09/2011

1) O Habeas Corpus é isento de custas, em face da gratuidade prescrita para a ação;

2) A ação pode ser interposta em favor do próprio impetrante ou de terceiros, não se


exigindo procuração do paciente no caso de outrem ajuizar a ação em seu favor.

 Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por
"habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

 O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em


funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

O Conceito Clássico de Mandato de Segurança é o meio constitucional posto à disposição


de todas as pessoas físicas ou jurídicas, órgão com capacidade processual, ou universalidade
reconhecida por Lei, para proteção de direitos individuais ou coletivos, líquido e certo, não
amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data, lesado ou ameaçado de lesão, por ato de
autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem às funções que exerçam. O Mandato de
Segurança funciona, portanto, como meio de controle da chamada “obrigação negativa do
Estado”.

O Mandato de Segurança é Cláusula Pétrea, insuscetível de ser abolida por Emenda


Constitucional.

Segundo o Tribunal, para o cabimento do Mandato de Segurança, exige-se que o direito


postulado seja do próprio impetrante, e que a concessão da segurança lhe traga benefício direto. Se
o objeto é a anulação de um ato ilegal, sem gerar ao impetrante nenhum benefício próprio, o caso é
para propositura de ação popular, e não mandado de segurança.

Enfim, o âmbito de proteção do Mandato de Segurança é residual, chega-se a ele por


exclusão dos demais remédios constitucionais.

Podem impetrar Mandado de Segurança:

As pessoas físicas e Jurídicas, nacionais ou estrangeiras, domiciliadas ou não no Brasil.

b) As universalidades reconhecidas por lei, que, embora sem personalidades jurídicas,


possuem capacidade processual para defesa de seus direitos.
c) Órgãos Públicos, que, embora despersonalizados, possuem capacidade processual para
defesa de suas prerrogativas.
d) Os Agentes Políticos, na defesa de suas atribuições e prerrogativas.

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Eng° José Guilherme de S. Campos Página 22 23/09/2011

Resumo das competências dos órgãos do Poder Judiciário para Julgar Mandado de Segurança e
Hábeas Data:

Contra ato do Presidente da República e Vice STF


Contra ato do Deputado e Senador STF
Contra ato do Ministro do STF STF
Contra ato do Procurador Geral da República STF
Contra ato do Ministro do TCU STF
Contra atos de Ministros de Estados STJ
Contras atos do Governador e Vice Governador STJ
Contra ato do Advogado Geral da União STJ
Contra atos dos Ministros do STJ STJ
Contra ato dos membros do TRF TRF
Contra ato do Juiz Federal TRF

Mandato de Segurança contra ato de Tribunal compete ao próprio tribunal.

 Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania;

Mandato de Injunção é o instrumento que, ao lado da ação direta de inconstitucionalidade por


omissão, destina-se a combater a denominada “síndrome de inefetividade das normas
constitucionais”. O Mandato de Injunção é o remédio constitucional para reprimir a
inconstitucionalidade por omissão, que ocorre quando a falta regulamentadora esteja
impedindo o exercício previsto na CF, em norma de Eficácia Limitada.

Trata-se, pois, o Mandato de Injunção, de uma ação constitucional de natureza civil e de rito
especial, destinado ao combate da inércia do Poder Público no cumprimento de seu dever
constitucional de legislar. Só é cabível Mandado de Injunção quando há uma relação de
causalidade, entre a inviabilidade do exercício do direito ou liberdade constitucional e a ausência
de legislação reguladora.

A ação poderá ser ajuizada por pessoa natural ou Jurídica, e sempre em face da omissão de
entes públicos, visto que não há hipótese de entidade privada regulamentar direito previsto na
CF.

 Conceder-se-á "habeas-data":

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de


registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;

Hábeas Data é o remédio constitucional, de natureza civil e rito sumário para que o impetrante
tenha conhecimento, retifique ou complemente informações de sua pessoa constantes de registros

Direito Constitucional para Concursos Vol: I 23/09/2011


Eng° José Guilherme de S. Campos Página 23 23/09/2011

ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. A ação é personalíssima,


que está regulada por meio da Lei n° 9.507/97.

A ação poderá ser ajuizada por pessoas naturais – de naturezas físicas, brasileiras ou
estrangeiras – e jurídicas, frente a entidades públicas ou privadas, desde que possuidoras de registros
ou banco de dados de caráter público.

Para a sua utilização é totalmente dispensável qualquer justificativa acerca do motivo pelo qual
o impetrante busca informação. Para o Juízo do Hábeas Data é exigida o esgotamento da via
administrativa, isto é, o indivíduo só poderá ajuizar Hábeas Data depois de passar pela via
administrativa.

O Hábeas Data é uma ação gratuita, mas exige advogado para a sua impetração. Não há ônus de
sucumbência – honorários advocatícios – em Hábeas Data.

Contra ato do Presidente da República STF


Mesa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal STF
Tribunal de Contas da União STF
Procurador Geral da República e do próprio tribunal. STF
Dos Comandantes da Marinha, do Exército e STF
Aeronáutica ou do próprio tribuanl
Ministros de Estados STJ
Decididos pelos TRÊS. TSE

O Hábeas data não abarca as informações protegidas por sigilo.

 Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;

Ação Popular é o remédio constitucional para fiscalizar a gestão da coisa pública, em respeito à
forma de governo republicana, em que todos devem prestar contas à coletividade. Tem campo de
proteção amplo, enunciado acima – Proteção do Patrimônio Público, da Moralidade
Administrativa – do meio ambiente e do Patrimônio Histórico.

A legitimação em ação popular é restrita, exclusiva dos cidadãos, assim entendidos os


indivíduos que estejam no gozo da capacidade eleitoral ativa, isto é, que tenham feito o alistamento
eleitoral e estejam aptos para votar. Portanto não poderá ser ajuizada por pessoas jurídicas; pelo
Ministério Público; pelos inalistados.

Há uma situação, na qual, em tese, o estrangeiro poderá vir a propor ação popular. Trata-se
da hipótese do português residente no Brasil, quando equiparado a Brasileiro Naturalizado.

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Eng° José Guilherme de S. Campos Página 24 23/09/2011

Uma regra que consta na própria Constituição, qual seja, a insenção do pagamento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência para o autor da ação – salvo em caso de comprovada má-fé. A
ação popular segue o rito sumário.

 O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos;

 O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do
tempo fixado na sentença;

Exercícios: HQYU8T

CESPE/UNB (MEC – Agente Administrativo – 09)

Julgue os itens que se seguem, referentes às garantias fundamentais expressas na CF.

_ A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos
termos da lei. ©

_ É livre a manifestação de pensamento, assim como é permitido o anonimato nos meios de


comunicação, o que abrange matérias jornalísticas e notícias televisivas. (E)

CESPE/UNB (BRB – Advogado – 10) 6792


Acerca dos direitos e garantias fundamentais e da organização do Estado, julgue os itens seguintes.

__ Conforme expressa disposição constitucional, o tráfico ilícito de substâncias entorpecentes e


drogas afins é considerado crime inafiançável e imprescritível. (E)

Exercícios:

CESPE/UNB (MEC – Agente Administrativo – 09);

Julgue os itens que se seguem, referentes às garantias fundamentais expressas na CF.

_ A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos
termos da lei.

_ É livre a manifestação de pensamento, assim como é permitido o anonimato nos meios de


comunicação, o que abrange matérias jornalísticas e notícias televisivas. (E)

CESPE/UNB (MTE – Agente Administrativo – 08);

Um cliente de determinado contador está sendo investigado pela Receita Federal por sonegação de
tributos. Em uma operação, realizada no escritório do contador, os fiscais da Receita apreenderam,
sem autorização judicial ou do referido profissional liberal, documentos desse cliente que lá estavam
guardados, entre eles uma carta aberta com dados de uma conta bancária existente no exterior. Com
relação a essa situação hipotética e acerca dos direitos e garantias fundamentais, julgue os itens
seguintes.

__ No caso em tela, não houve violação de domicílio, pois o conceito de domicílio não abrange os
escritórios de profissionais liberais. (e)

__ Mesmo que cumpridas as demais exigências legais, a apreensão da carta viola o sigilo de
correspondência. © Anulada

Direito Constitucional para Concursos Vol: I 23/09/2011


Eng° José Guilherme de S. Campos Página 25 23/09/2011

FCC ( Tribunal Regional do Trabalho da 3º Região – Técnico Judiciário – Área Administrativa -05)

Ao proclamar a casa como asilo inviolável do indivíduo, a Constituição Federal garante ao morador
que ninguém nela poderá penetrar sem o seu consentimento, salvo em certas hipóteses, como a de

(A) busca de provas de delitos, durante o dia, por determinação de autoridade policial.
(B) inspeções determinadas por autoridades sanitárias, durante o dia, para combate a epidemias.
(C) busca e apreensão de documentos, de dia ou de noite, desde que por determinação judicial.
(D)) prestação de socorro, por particulares ou autoridades públicas, de dia ou de noite. (X)
(E) vistorias no imóvel, para fins de desapropriação, realizadas durante o dia, por determinação de
autoridade administrativa.
_________________________________________________________

CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS:

Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 26, de 2000)

Os Direitos Sociais encartam-se entre os Direitos Fundamentais de 2° Geração, exigindo uma


atuação positiva dos Poderes Públicos, como medida indispensável para que as normas
constitucionais que os consagram possam deflagrar na plenitude os efeitos queridos pelo legislador
constituinte originário, essencialmente, a disponibilização de condições materiais mínimas para os
hipossuficientes.

Os Direitos Sociais são “Direitos de Créditos”, pelo fato de poderem ser exigido do Poder
Público, a quem incumbem às medidas necessárias para seu atendimento. Tais direitos vinculam-
se, desse modo, ao princípio da igualdade, significando que o Estado deve garantir aos mais
fracos e carentes as mínimas condições de uma existência digna, como exigência inarredável de
um verdadeiro Estado Democrático de Direito, que não pode deixar de ter como um de seus
objetivos a busca de uma efetiva justiça social.

Prestações positivas proporcionadas pelo Estado Direta ou Indiretamente, enunciadas nas


normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos
que tendem a realizar a igualização das situações sociais desiguais.

Integram os Direitos Sociais, nos termos do art.6º da Constituição, a educação, a saúde, o


trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados.

Conceito mínimo existencial – Representa o núcleo dos Direitos Sociais que pode ser
imediatamente exigido, mesmo no caso de Direito Derivado.

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:


 A lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro
no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização
sindical;

Direito Constitucional para Concursos Vol: I 23/09/2011


Eng° José Guilherme de S. Campos Página 26 23/09/2011

 É vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de


categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores
ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;

Ao enumerar os Direitos Fundamentais sociais, a Constituição estabelece o Princípio da


Unicidade Sindical, que proíbe a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer
grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será
definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior a área do
Município.

 Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria,


inclusive em questões judiciais ou administrativas;

 A assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será


descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição prevista em lei;

Torna-se bastante claro que há previsão de uma contribuição confederativa, fixada pela
assembléia geral da categoria, e outra contribuição, prevista em Lei, conhecida como contribuição
sindical.

A contribuição instituída por assembléia de categoria profissional ou qualquer outra assembléia


não pode ser tributo, não cabendo sua imposição compulsória aos não filiados ao sindicato.
Totalmente diversa é a contribuição sindical. Esta, porque instituída em Lei, é Compulsória e encontra
sua regra matriz no próprio artigo 149, possuindo natureza de tributo.

 A assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será


descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva,
independentemente da contribuição prevista em lei;

 Ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;

 É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;

 O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;

 É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de


direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato,
salvo se cometer falta grave nos termos da lei.

Direito Constitucional para Concursos Vol: I 23/09/2011


Eng° José Guilherme de S. Campos Página 27 23/09/2011

CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE

Nacionalidade é o vínculo jurídico político que liga um indivíduo a um certo e determinado


Estado, fazendo deste indivíduo um componente do povo, da dimensão pessoal deste Estado,
capacitando-o para exigir sua proteção e sujeitando-o ao cumprimento dos deveres impostos.

Estado – Ente Político soberano, uma pessoa jurídica de Direito Público Internacional, apta a
travar re3lações com os outros entes iguais soberanos, e tendo como elementos de composição,
além da soberania, o povo, o governo e o território.

Nação é o agrupamento humano composto por todas as pessoas que falam a mesma língua e
possuem em comum os mesmos laços históricos e culturais, seja qual for o território no qual se
encontram.

Povo é o conjunto dos nacionais que se encontram num determinado território. É o elemento
humano do Estado. São indivíduos que se ligam ao Estado pelo vínculo da nacionalidade.

População é o conjunto de pessoas que se encontram, em certo momento, em determinado


território, tenham ou não os mesmos traços lingüísticos históricos e culturais, ou seja, as integrem
ou não uma mesma nação. É um conceito, meramente, numérico, mais amplo que o conceito de
povo, utilizado para designar o conjunto residente de um território, quer sejam nacionais, quer
sejam estrangeiros.

Nacionalidade é o vínculo jurídico político que liga um indivíduo a um certo e determinado


Estado, fazendo deste indivíduo um componente do povo, da dimensão pessoal deste Estado,
capacitando – o para exigir sua proteção e sujeitando-o aos cumprimentos dos deveres impostos.

A Nacionalidade pode ser primária – de origem ou originária – ou Secundária – adquirida. A


primeira resulta de fato natural (nascimento), a partir do qual, de acordo com os critérios
adotados pelo Estado (sanguíneos ou territoriais) será estabelecida. Essa modalidade de
nacionalidade é, assim, adquirida de modo involuntário, pois é outorgada ao indivíduo desde o seu
nascimento, embora, eventualmente, dependa de um ato posterior seu. Dois são os critérios
passíveis de adoção para a outorga da nacionalidade primária, ambos incidentes a partir do
nascimento do indivíduo: O Ius Sanguinis e o Ius Solis. O primeiro, baseia-se na Nacionalidade
dos Pais. Por tal critério, o individuo de pais nacionais é também nacional, qualquer que seja o
local de seu nascimento. Esse critério, geralmente, é adotado pelos países de imigração, como os
países dos países da Europa, a fim de conservar o vínculo com os descendentes de seus
nacionais.O segundo funda-se no local de nascimento. Segundo tal critério, o indivíduo nascido no
território de certo Estado é seu nacional, qualquer que seja a nacionalidade de seus pais.

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Eng° José Guilherme de S. Campos Página 28 23/09/2011

A nacionalidade secundária é a que se adquire por ato volitivo, depois do nascimento – em regra,
pela naturalização. Cuida-se de aquisição voluntária de nacionalidade, resultante da
manifestação de um ato de vontade.

São brasileiros:

I - natos:

A Constituição contempla, no art. 12, Inc.I, as hipóteses de aquisição da nacionalidade primária


ou originária, ou seja, da condição brasileiro nato. Trata-se de um rol exaustivo, não sendo
possível sua ampliação pela legislação subconstitucional. Assim sendo, todas as hipóteses possíveis
de reconhecimento da condição de brasileiro nato são as previstas no art.12, da Constituição, sendo
inconstitucional qualquer tentativa de acréscimo pela legislação ordinária das hipóteses
apresentadas.

Termos no referido dispositivo um critério territorial. Essa hipótese representa a regra geral
para a aquisição da nacionalidade primária, segundo o critério do ius solis – origem territorial.
É necessário, apenas, que a pessoa tenha nascido no território brasileiro, mesmo que seus pais
sejam estrangeiros, e automaticamente adquirirá a condição de brasileiro nato. Território nacional
deve ser compreendido não apenas como o espaço físico de nosso território, aí, abrangidas
nossas terras, rios, lagos, baías, golfos e ilhas, mas como englobando também espaço aéreo
subjacente e o mar territorial brasileiro, os navios e aeronaves militares brasileiros, onde quer que
estejam, os navios mercantes brasileiros em alto mar ou de passagem em mar territorial
estrangeiro, as aeronaves civis brasileiras em vôo sobre o auto mar ou de passagem sobre águas
territoriais ou espaço aéreo estrangeiros.

A única hipótese em que não é adquirida a nacionalidade brasileira originária ocorre quando
ambos os pais sejam estrangeiros e um deles ou ambos estejam a serviço de seu próprio País.

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país;

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;

A Constituição Federal reconhece a condição de brasileiro nato aos filhos de mãe ou de pai
brasileiros nascidos no exterior, desde que um deles esteja a serviço do Brasil . Não é necessário
que ambos sejam brasileiros, ou que estejam a serviço de nosso pais, mas, que aquele que for
brasileiro – nato ou naturalizado – esteja atuando nessa condição. A CF não adotou o critério do
jus sanguinis puro, que exige a nacionalidade brasileira de ambos os pais.

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 54, de 2007)

II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;

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b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais


de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de


brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta
Constituição.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

A Constituição Federal prevê a aquisição da nacionalidade secundária por meio da


naturalização, sempre mediante manifestação de vontade do interessado. A naturalização é,
portanto, o meio derivado de aquisição de nacionalidade, que permite ao estrangeiro assumir a
nacionalidade do pais em que se encontra, desde que preencha os requisitos previstos para tal.

Importante destacar que não há direito subjetivo à obtenção da naturalização. A plena satisfação
das condições e requisitos não assegura ao estrangeiro o direito à nacionalização. A concessão da
nacionalidade brasileira é ato de soberania nacional, discricionário do Chefe do Poder Executivo.

A aquisição da nacionalidade secundária se dá por meio da naturalização, entendendo a


doutrina que, em termos teóricos, existem duas modalidades de naturalização: A Tácita, que
independe de manifestação de vontade do naturalizado, decorrendo automaticamente de incidência
de normas de racionalização existentes em dado Estado; e a expressa, que, apesar de inegavelmente
decorrer da aplicação das regras de nacionalização existentes no Estado, depende da expressa
manifestação de vontade do interessado.

São duas as espécies de naturalização expressa:

a) Ordinária – pela qual são considerados brasileiros naturalizados os


que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral. A naturalização
ordinária é aquela concedida aos estrangeiros, residentes no pais, que cumpram os requisitos
previstos na Lei Brasileira de Naturalização – Capacidade Civil segundo a Lei Brasileira, Visto
Permanente no Pais, Saber Ler e Escrever em Português, exercício de profissão, etc.) Dos
estrangeiros originários de paises de língua portuguesa, somente são exigidos 2 requisitos:
Residência no Brasil por um ano ininterrupto e idoneidade moral.

b) Extraordinária: São considerados brasileiros naturalizados os


estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de 15
anos ininterrupto e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.

Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de


países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral
obtém a naturalização expressa ordinária. O estrangeiro que preencher tais requisitos, se quiser
tornar-se brasileiro naturalizado, deve instalar um Processo Administrativo que se inicia e tem seu
transcurso perante o Ministério da Justiça, encerrando-se com a decisão do Presidente da
República, ao qual cabe discricionariamente, decidir acerca da concessão da nacionalidade secundário
ao estrangeiro.

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São privativos de brasileiro nato os cargos:


I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas.

VII - de Ministro de Estado da Defesa(Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999)

Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;
A legitimidade para a propositura da ação de cancelamento de naturalização é do Ministério
Público Federal. Não há tipificação legal sobre as atividades consideradas nocivas ao interesse
nacional. Logo, é incumbência do MP, frente ao caso em concreto, considerar se certas
atividades é nociva aos interesses brasileiros. Se concluir positivamente sua análise deve interpor
a ação de cancelamento, que terá seu tramite perante a Justiça Federal, a quem cabe decidir se no
caso verifica-se ou não atividade contrária aos interesses nacionais.

II - adquirir outra nacionalidade:


É chamada de perda-mudança. É aplicada tanto ao Brasileiro nato como ao naturalizado. Para
que se configure essa segunda modalidade de perda da nacionalidade brasileira, é necessário que a
efetiva aquisição da outra nacionalidade, não bastando a mera formalização do pedido perante o
outro Estado. Ademais, é indispensável que a aquisição tenha decorrido de ato voluntário, e que
o optante, no momento em que se efetivou a escolha gozasse de capacidade civil para tanto.
Preenchidos esse requisitos, a perda não é decretada no transcurso de um Processo Judicial, como na
hipótese anterior, mas pelo Presidente da República, após a apuração da aquisição da outra
nacionalidade em Processo Administrativo, que transcorre no Ministério da Justiça.

Exercício:

CESPE/UNB (MTE – Agente Administrativo – 08);

Antônio, brasileiro naturalizado, médico de formação e ex-senador da República, foi escolhido pelo
presidente da República para o cargo de ministro das Relações Exteriores. Após tomar posse, auxiliou
o presidente na assinatura de um tratado internacional. Alguns anos depois, foi requerida a sua
extradição por ter, antes da sua naturalização, praticado crime contra o sistema financeiro de seu país
de origem. Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens a seguir.

__ Mesmo que cumpridos os demais requisitos legais, Antônio não poderia ocupar o cargo de
ministro das Relações Exteriores, já que esse cargo é privativo de brasileiro nato. (E)

__ Assinatura de tratado internacional é função típica do chefe de Estado e não do chefe de


governo.

__ Desde que atendidos os demais requisitos legais, Antônio poderá ser extraditado, pois o crime
comum que ele praticou ocorreu antes da sua naturalização. ©

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CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS

Podemos conceituar os Direitos Políticos como o conjunto de atos que disciplinam o exercício da
soberania popular. Os Direitos Políticos Positivos consistem no conjunto de normas que asseguram
o Direito Subjetivo de participação no processo político e nos órgãos governamentais, eles
garantem a participação do povo no poder de dominação política por meio das diversas
modalidades de Direito de Sufrágio: Direito de voto nas eleições, Direito de Elegibilidade, Direito
de voto nos plebiscitos e referendos, assim como por outros direitos de participação popular, como o
direito de iniciativa popular, etc... Os Direitos Políticos Negativos são a Inelegibilidade e a perda ou
suspensão dos Direitos Políticos.

 A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

III - iniciativa popular.

No Brasil, o sufrágio possui caráter universal. Todos os brasileiros, sejam natos ou


naturalizados têm o direito de exercê-lo, uma vez preenchidos os requisitos legais e
constitucionais, nenhum deles discriminatório, Não condicionando à comprovação de quaisquer
requisitos de natureza econômica ou cultural.

São características essenciais do voto:

1) Direto – No Brasil, mediante votos, são escolhidos os próprios representantes


populares nos Poderes Executivos e Legislativos. Há, assim, a escolha direta de tais representantes.
Há, apenas, uma hipótese de Eleição Indireta no Brasil, prescrita no art.81, parágrafo I, da CF.
Quando, nos últimos dois anos mandato, vagarem os Cargos de Presidência e de Vice-Presidente
da República, onde ocorrerá uma nova eleição para o restante do período no Congresso Nacional.

2) Secreto:

3) Universal:

4) Periódico:

5) Com valor igual para todos:

6) Obrigatoriedade:

7) Caráter Livre:

8) Personalíssimo.

§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:

I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;

II - facultativos para:

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a) os analfabetos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos

A capacidade eleitoral ativa corresponde ao Direito de votar nas eleições, referendos e


plebiscitos. É denominado alistabilidade, e constitui direito de todos os brasileiros, natos, ou
naturalizados, maiores de 16 anos, desde que não estejam na condição de conscritos e que não
tenham tido seus direitos políticos suspensos ou perdidos. A aquisição dessa capacidade se dá
mediante o alistamento eleitoral, que é o ato produzido mediante Procedimento Administrativo
realizado perante a Justiça Eleitoral.

Todavia, nem todos os Direitos Políticos podem ser exercitados a partir do alistamento
eleitoral. Adiante analisaremos a capacidade eleitoral passiva – a capacidade de ser votado –
conhecida como elegibilidade, que pressupõe o preenchimento de outros requisitos, a exemplo do
domicílio eleitoral na circunscrição e a filiação partidária. O Alistamento Eleitoral é o ato pelo
qual se adquire a alistabilidade, e esta é a primeira condição para aquisição da elegibilidade, mas
não a única. Podemos concluir que todo aquele que possui a capacidade passiva – para ser
votado – possui também a capacidade eleitoral ativa – para votar – uma vez que é requisito para
aquela. O contrário, todavia, não é verdadeiro.

O Art.14 da CF declara que não podem alistar-se os estrangeiros e, durante o período de serviço
militar obrigatório, os conscritos. Trata-se, pois, de uma vedação à capacidade eleitoral ativa, que
influencia diretamente na passiva.

§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.

§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o pleno exercício dos direitos políticos;

III - o alistamento eleitoral;

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;

V - a filiação partidária;

VI - a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador.

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