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DIREITO CONSTITUCIONAL:
Direito Constitucional – Ramo do direito público que estuda a organização de estado, seus
elementos essenciais, o acesso de seus cidadãos, a vida política do estado e seus direitos
fundamentais.
Concepção Política – Carl Schmitt - Via a constituição como a decisão política fundamental ao
modo de formação do Estado, sendo as demais normas constitucionais consideradas Leis
Fundamentais.
Concepção Jurídica – Hans Kelsen – Teoria Escalonada de Direito - Plano Lógico Jurídico,
Norma fundamental Hipotética ou superior e Jurídico Positivo, Constituição Posta.
2) Classificação:
Quanto do Conteúdo:
Quanto a Forma:
Não Escrita – Não compilam de forma sistemática suas normas num único documento.
Quanto a Origem:
Outorgada – O Detentor do Poder impõe o texto condicional ao povo, sem a participação deste.
Cesarista – José Afonso da Silva – Imposta ao povo, porem pede-se que confirme a vontade do
detentor do poder.
Dogmática – Funda-se num dado momento do Estado, em que os valores e princípios vigentes
merecem observância de todos, sempre será escrita.
Quanto a Estabilidade:
Rígida – Necessitam, para a sua alteração, de ritos mais solenes do que aquele fixado para as
Leis Ordinárias.
Flexíveis – Não precisam, para a sua alteração, de qualquer rito diferenciado daquele fixado
para as Leis Ordinárias.
Semi-rígidos – Existem normas que necessitam de ritos diferenciados e outras que não o
necessitam.
Super-rígidas, Hiper-rígidas ou imutáveis – são aquelas que não se alteram de forma alguma.
Quanto à extensão:
Normas de Eficácia Contida – Nascem com capacidade de gerar efeitos, mas sofrem restrições
por parte do legislador ordinário.
Normas de Eficácia Limitada – Nascem sem capacidade de gerar efeitos essenciais, tendo sua
eficácia regulamentada por lei.
Formas de Estado –
Sistema de Governo;
Classificação:
Características:
Exercícios:
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Para José Afonso da Silva, como o art. 5°, caput da CF., limita-se a aplicar os direitos
fundamentais de caráter individual aos “... Brasileiros e Residentes no País...”, os estrangeiros
não residentes no país teriam que invocar os tratados internacionais de Direitos Humanos. Não
é o entendimento majoritário.
O art. 5° pode ser invocado por todos que entrarem em contato com o Território Nacional, não
importando se é brasileiro ou estrangeiro residentes no país, por uma interpretação extensiva.
1° Tópico – Igualdade Formal – Todos são iguais perante a Lei, sem exceção. É um tratamento
isonômico conferido a todos os seres de uma mesma categoria essencial.
2° Tópico – Igualdade Material – Caso concreto, nem todos são iguais perante a Lei; Tem
caráter positivo porque exige autuação positiva por parte do Estado , com intuito de reduzir as
desigualdades existentes. Abrange Direitos prestacionais – Direitos de 2° Geração.
Homens e Mulheres são iguais em Direitos e Obrigações, nos termos desta Constituição.
Porém, importante lembrar que o principio da igualdade não é cego, vale dizer, não tem por fim
estabelecer um tratamento igualitário entre os indivíduos, sem atentar-se para as desigualdades
existentes entre estes. É por essa razão que é lembrada a máxima: “Alcança a verdadeira igualdade
conferindo tratamento igualitário aos iguais e tratamento desigual para os desiguais”. Assim, o
Princípio da Igualdade não veda tratamento diferenciado entre pessoas que guardem distinções
de raça, de idade, de sexo, de condição econômica, etc.
O Princípio da Isonomia passou a ter feições meramente negativas, isto é, pode-se conseguir,
com fundamento na isonomia; suprimir vantagens de outrem – Feições Negativas – Mas nunca
estender a terceiros – Feições Positivas. Visto isso, pode-se depreender que o magistrado possui
competência, em nosso ordenamento jurídico pátrio, de atuar como verdadeiro legislador
negativo, vez que pode declarar a inconstitucionalidade das normas eivadas de algum vício, seja
de forma, seja de conteúdo.
Ações Afirmativas são políticas públicas e medidas privadas, as quais buscam evitar a
perpetração de desigualdades, no âmbito social, as quais se originam, em razão de motivos
históricos, seja em decorrência de discriminação ou injustiças. Cabe frisar tais ações afirmativas tão
somente são dotadas de legitimidade até alcançarem o objetivo almejado e constituírem um
patamar de neutralidade relativamente a esse grupo.
A Deleção Anônima não pode ser usada como prova formal num processo. Segundo o próprio
STF a investigação é autônoma em relação à denuncia anônima, que é ilícita, não sendo, por
esta, contaminada. Bilhetes anônimos são admitidos, geralmente, quando produzidos pelo próprio
acusado podendo servir como prova formal do processo.
É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva;
Qualquer informação não configura dano moral, mesmo sem que tenha tido autorizada de seu
titular, desde que estas informações sejam relevantes para a formação da pessoa como membro
ativo da sociedade. Alguns autores usam o mesmo critério, mas fazendo a seguinte diferenciação:
Uma coisa é a informação pública, outra coisa é informação para o público.
Informação Pública é a informação relevante para a formação da pessoa como membro ativo da
sociedade.
Informação para o Público não é informação necessária, mas que foi dirigida ao público. Não
são elas relevantes para a formação da pessoa como membro ativo da sociedade.
Com relação ao Poder Judiciário não há dúvida na matéria: As autoridades judiciárias têm poder
para determinar a quebra de ambos os sigilos, no transcurso de um processo judicial regularmente
instaurado. De se ressaltar, apenas, que a determinação da quebra deve observar as regras de
competência funcional.
Quanto ao Ministério Público não lhe é reconhecida a mesma prerrogativa, Apesar de seus
membros terem poderes para “expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua
A inviolabilidade dos dados bancários e fiscais não é absoluta, podendo ser afastada quando
obedecidos os seguintes requisitos.
Inviobilidade das comunicações - Só por decisão judicial para fins de Instrução Processual
Criminal e Inquérito Criminal. A prova originada das 2 citações anteriores poderá ser utilizada
num outro processo – Prova emprestada.
1) Edição de Lei, prevendo as hipóteses em que poderá ser autorizada a quebra, e dos requisitos
para que ela seja efetivada;
2) Ordem Judicial – Reserva de Jurisdição – o que significa que nenhuma outra autoridade,
nem mesmo um membro do Ministério Público, pode determinar diretamente a quebra do sigilo
das comunicações telefônicas.
3) Só por decisão judicial para fins de Instrução Processual Criminal e Inquérito Criminal. A
prova originada das 2 citações anteriores poderá ser utilizada num outro processo – Prova
emprestada.
O próprio texto constitucional autoriza restrições a essas garantias constitucionais nos casos de
Estados de Defesa e Estado de Sítio.
Só se autoriza a interceptação:
3) Se não existirem outros meios probatórios por meio dos quais possam se obtidas as
mesmas informações.
A quebra somente pode ser determinada por juiz, o qual pode agir de ofício, sem provocação, ou
mediante requerimento da autoridade policial, durante o inquérito policial, ou do Ministério
Público, no curso do inquérito ou da investigação processual penal.
como a própria norma ressalta, sendo passível de exercício em termos amplos somente em tempo de
paz.
As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
Reunião;
Criação de Associação e, na forma da Lei, de cooperativas;
Criação de sindicatos
No tocante à defesa dos direitos dos associados, estabelece a CF que as entidades associativas,
quando expressamente autorizada, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou
extrajudicialmente. Ao criar o Mandato de Segurança Coletivo, a CF permite que uma Associação
legalmente constituída e em pleno funcionamento a, pelo menos um ano, impetre essa ação para a
defesa dos interesses de seus associados.
Segundo o art. 8°, III, as entidades sindicais estão também habilitados a defender os interesses
de seus sindicalizados judicial e extrajudicialmente, mas sem precisar provar que estão autorizados
a isso.
Esse direito, na vigência da CF/88, ganhou feições eminentemente sociais visto que a propriedade
somente será legítima se estiver atendendo a sua função social.
A CF/88 admite, ainda, a expropriação, sem nenhuma espécie de indenização, das glebas de
qualquer região do país, onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas.
Toda desapropriação tem duas fases: Uma declaratória e outra executória. Os nomes são auto-
explicativos. Na fase declaratória são declarados os pressupostos dela. Esta fase é
obrigatoriamente administrativa. Na fase executória se dá a execução das medidas que consumam
a desapropriação. A segunda fase pode ser administrativa ou judicial. Se na segunda fase houver
acordo sobre o valor a ser pago, a fase também será administrativa.
Agora, se não houver acordo sobre o valor a ser pago, deverá ser proposta uma ação de
desapropriação. Nessa ação de desapropriação, a defesa oponível é restrita, que só poderá versar
sobre o valor a ser pago.
Como determina o texto constitucional, a indenização deve ser prévia, justa e em dinheiro. Essa é
a regra geral. Indenização justa é aquela que abrange: O valor atual do bem, os danos emergentes e
os lucros cessantes, Os Juros moratórios e compensatórios, a atualização monetária e as
despesas judiciais e os honorários advocatícios.
Há duas hipóteses em que o pagamento da indenização, apesar de em valor justo, não é prévio
e nem em dinheiro: Na desapropriação para fins de Reforma Agrária – na qual a indenização é
paga por títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo
de até 20 anos, a partir do segundo ano de sua emissão – e na desapropriação para fins
urbanísticos, em que o pagamento da indenização será feito mediante títulos da dívida pública, de
emissão anteriormente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de até 10 anos, em parcelas
iguais e sucessivas, sendo assegurado o valor real da indenização e os juros legais.
A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será
objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei
sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;
Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras,
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;
A lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem
como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros
signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do
País;
A sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício
do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder;
O Direito de Certidão constitui direito líquido e certo de qualquer pessoa, e sua negativa pela
Administração, além de resultar na responsabilização da Administração e do Agente que se
negou a emitir a certidão, pode ser defendida administrativamente, por meio do Direito de
Petição, ou, judicialmente, mediante Mandato de Segurança. Exceções feitas às ressalvas legais
referentes à segurança da sociedade e do Estado, ao que impõe o sigilo.
A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
O Ato Jurídico Perfeito é um Plus em relação ao Direito Adquirido, pois ele se verifica quando
se dá a prática de atos jurídicos a partir de formação dos Direitos Adquiridos.
É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
Segundo orientação firmada pelo STF, a expressão racismo empregada na CF não alcança
somente as discriminações raciais propriamente ditas, mas também outras espécies de
discriminações. A Constituição Federal prescreve que a prática de racismo constitui crime
inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão.
Segundo orientação firmada pelo STF, a expressão racismo empregada na CF não alcança
somente as discriminações raciais propriamente ditas, mas também outras espécies de
discriminações. A Constituição Federal prescreve que a prática de racismo constitui crime
inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão.
Cuidado:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;
Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado
antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, na forma da lei;
Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
A vedação à utilização de provas obtidas por meios ilícitos alcança não só os processos judiciais,
mas também os processos administrativos. A respeito dessa vedação, temos que:
a) A mera presença de provas ilícitas nos autos não invalida, necessariamente, o processo
– detectada a presença de provas ilícitas nos autos, faz-se o desentranhamento – separação – das
provas, podendo o processo ter a sua regular continuidade com base nas provas lícitas, se
houver –.
b) A prova ilícita contamina todas as demais provas levantadas a partir dela – Teoria das
Frutas da árvore Envenenada.
d) É lícita a prova obtida mediante a gravação da conversa por um dos interlocutores, sem
o conhecimento do outro, desde que em legitima defesa.
A seguir, arrolamos algumas situações que atenuam a rigidez da aplicação do princípio, no sentido
da admissibilidade de uma prova obtida com desrespeito aos preceitos legais aplicáveis à matéria.
Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o
interesse social o exigirem;
Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos
em lei;
A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado;
A norma estatui, ainda, um dever para o interrogador, que deve informar o preso de seu direito
de permanecer em silêncio. Eventual prova colhida contra o interrogado sem tal cientificação
padece de nulidade absoluta, segundo entende o STF, mesmo quando observadas as demais
formalidades do procedimento de interrogatório.
Por fim, cabe ressaltar que o direito ao silêncio é circunscrito à esfera penal, não incidindo sobre
os demais ramos jurídicos, a exemplo da esfera cível ou trabalhista.
O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório
policial;
Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com
ou sem fiança;
Conceder-se-á Habeas Corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder . Como se
vê, o Habeas Corpus é ação que possui objeto específico constitucionalmente delineado – liberdade
de locomoção – não podendo ser utilizado para a correção de qualquer idoneidade que não
implique coação ou iminência direta de coação à liberdade de ir e vir.
O habeas Corpus é ação de Legitimação Universal, vale dizer, qualquer pessoa pode impetrar
Habeas Corpus, independentemente de capacidade civil ou política. A ação é gratuita e não exige
advogado para sua impetração.
Em síntese:
Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por
"habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Resumo das competências dos órgãos do Poder Judiciário para Julgar Mandado de Segurança e
Hábeas Data:
Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
soberania e à cidadania;
Trata-se, pois, o Mandato de Injunção, de uma ação constitucional de natureza civil e de rito
especial, destinado ao combate da inércia do Poder Público no cumprimento de seu dever
constitucional de legislar. Só é cabível Mandado de Injunção quando há uma relação de
causalidade, entre a inviabilidade do exercício do direito ou liberdade constitucional e a ausência
de legislação reguladora.
A ação poderá ser ajuizada por pessoa natural ou Jurídica, e sempre em face da omissão de
entes públicos, visto que não há hipótese de entidade privada regulamentar direito previsto na
CF.
Conceder-se-á "habeas-data":
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;
Hábeas Data é o remédio constitucional, de natureza civil e rito sumário para que o impetrante
tenha conhecimento, retifique ou complemente informações de sua pessoa constantes de registros
A ação poderá ser ajuizada por pessoas naturais – de naturezas físicas, brasileiras ou
estrangeiras – e jurídicas, frente a entidades públicas ou privadas, desde que possuidoras de registros
ou banco de dados de caráter público.
Para a sua utilização é totalmente dispensável qualquer justificativa acerca do motivo pelo qual
o impetrante busca informação. Para o Juízo do Hábeas Data é exigida o esgotamento da via
administrativa, isto é, o indivíduo só poderá ajuizar Hábeas Data depois de passar pela via
administrativa.
O Hábeas Data é uma ação gratuita, mas exige advogado para a sua impetração. Não há ônus de
sucumbência – honorários advocatícios – em Hábeas Data.
Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Ação Popular é o remédio constitucional para fiscalizar a gestão da coisa pública, em respeito à
forma de governo republicana, em que todos devem prestar contas à coletividade. Tem campo de
proteção amplo, enunciado acima – Proteção do Patrimônio Público, da Moralidade
Administrativa – do meio ambiente e do Patrimônio Histórico.
Há uma situação, na qual, em tese, o estrangeiro poderá vir a propor ação popular. Trata-se
da hipótese do português residente no Brasil, quando equiparado a Brasileiro Naturalizado.
Uma regra que consta na própria Constituição, qual seja, a insenção do pagamento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência para o autor da ação – salvo em caso de comprovada má-fé. A
ação popular segue o rito sumário.
O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos;
O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do
tempo fixado na sentença;
Exercícios: HQYU8T
_ A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos
termos da lei. ©
Exercícios:
_ A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos
termos da lei.
Um cliente de determinado contador está sendo investigado pela Receita Federal por sonegação de
tributos. Em uma operação, realizada no escritório do contador, os fiscais da Receita apreenderam,
sem autorização judicial ou do referido profissional liberal, documentos desse cliente que lá estavam
guardados, entre eles uma carta aberta com dados de uma conta bancária existente no exterior. Com
relação a essa situação hipotética e acerca dos direitos e garantias fundamentais, julgue os itens
seguintes.
__ No caso em tela, não houve violação de domicílio, pois o conceito de domicílio não abrange os
escritórios de profissionais liberais. (e)
__ Mesmo que cumpridas as demais exigências legais, a apreensão da carta viola o sigilo de
correspondência. © Anulada
FCC ( Tribunal Regional do Trabalho da 3º Região – Técnico Judiciário – Área Administrativa -05)
Ao proclamar a casa como asilo inviolável do indivíduo, a Constituição Federal garante ao morador
que ninguém nela poderá penetrar sem o seu consentimento, salvo em certas hipóteses, como a de
(A) busca de provas de delitos, durante o dia, por determinação de autoridade policial.
(B) inspeções determinadas por autoridades sanitárias, durante o dia, para combate a epidemias.
(C) busca e apreensão de documentos, de dia ou de noite, desde que por determinação judicial.
(D)) prestação de socorro, por particulares ou autoridades públicas, de dia ou de noite. (X)
(E) vistorias no imóvel, para fins de desapropriação, realizadas durante o dia, por determinação de
autoridade administrativa.
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CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS:
Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 26, de 2000)
Os Direitos Sociais são “Direitos de Créditos”, pelo fato de poderem ser exigido do Poder
Público, a quem incumbem às medidas necessárias para seu atendimento. Tais direitos vinculam-
se, desse modo, ao princípio da igualdade, significando que o Estado deve garantir aos mais
fracos e carentes as mínimas condições de uma existência digna, como exigência inarredável de
um verdadeiro Estado Democrático de Direito, que não pode deixar de ter como um de seus
objetivos a busca de uma efetiva justiça social.
Conceito mínimo existencial – Representa o núcleo dos Direitos Sociais que pode ser
imediatamente exigido, mesmo no caso de Direito Derivado.
Torna-se bastante claro que há previsão de uma contribuição confederativa, fixada pela
assembléia geral da categoria, e outra contribuição, prevista em Lei, conhecida como contribuição
sindical.
O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE
Estado – Ente Político soberano, uma pessoa jurídica de Direito Público Internacional, apta a
travar re3lações com os outros entes iguais soberanos, e tendo como elementos de composição,
além da soberania, o povo, o governo e o território.
Nação é o agrupamento humano composto por todas as pessoas que falam a mesma língua e
possuem em comum os mesmos laços históricos e culturais, seja qual for o território no qual se
encontram.
Povo é o conjunto dos nacionais que se encontram num determinado território. É o elemento
humano do Estado. São indivíduos que se ligam ao Estado pelo vínculo da nacionalidade.
A nacionalidade secundária é a que se adquire por ato volitivo, depois do nascimento – em regra,
pela naturalização. Cuida-se de aquisição voluntária de nacionalidade, resultante da
manifestação de um ato de vontade.
São brasileiros:
I - natos:
Termos no referido dispositivo um critério territorial. Essa hipótese representa a regra geral
para a aquisição da nacionalidade primária, segundo o critério do ius solis – origem territorial.
É necessário, apenas, que a pessoa tenha nascido no território brasileiro, mesmo que seus pais
sejam estrangeiros, e automaticamente adquirirá a condição de brasileiro nato. Território nacional
deve ser compreendido não apenas como o espaço físico de nosso território, aí, abrangidas
nossas terras, rios, lagos, baías, golfos e ilhas, mas como englobando também espaço aéreo
subjacente e o mar territorial brasileiro, os navios e aeronaves militares brasileiros, onde quer que
estejam, os navios mercantes brasileiros em alto mar ou de passagem em mar territorial
estrangeiro, as aeronaves civis brasileiras em vôo sobre o auto mar ou de passagem sobre águas
territoriais ou espaço aéreo estrangeiros.
A única hipótese em que não é adquirida a nacionalidade brasileira originária ocorre quando
ambos os pais sejam estrangeiros e um deles ou ambos estejam a serviço de seu próprio País.
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
A Constituição Federal reconhece a condição de brasileiro nato aos filhos de mãe ou de pai
brasileiros nascidos no exterior, desde que um deles esteja a serviço do Brasil . Não é necessário
que ambos sejam brasileiros, ou que estejam a serviço de nosso pais, mas, que aquele que for
brasileiro – nato ou naturalizado – esteja atuando nessa condição. A CF não adotou o critério do
jus sanguinis puro, que exige a nacionalidade brasileira de ambos os pais.
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
Importante destacar que não há direito subjetivo à obtenção da naturalização. A plena satisfação
das condições e requisitos não assegura ao estrangeiro o direito à nacionalização. A concessão da
nacionalidade brasileira é ato de soberania nacional, discricionário do Chefe do Poder Executivo.
V - da carreira diplomática;
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;
A legitimidade para a propositura da ação de cancelamento de naturalização é do Ministério
Público Federal. Não há tipificação legal sobre as atividades consideradas nocivas ao interesse
nacional. Logo, é incumbência do MP, frente ao caso em concreto, considerar se certas
atividades é nociva aos interesses brasileiros. Se concluir positivamente sua análise deve interpor
a ação de cancelamento, que terá seu tramite perante a Justiça Federal, a quem cabe decidir se no
caso verifica-se ou não atividade contrária aos interesses nacionais.
Exercício:
Antônio, brasileiro naturalizado, médico de formação e ex-senador da República, foi escolhido pelo
presidente da República para o cargo de ministro das Relações Exteriores. Após tomar posse, auxiliou
o presidente na assinatura de um tratado internacional. Alguns anos depois, foi requerida a sua
extradição por ter, antes da sua naturalização, praticado crime contra o sistema financeiro de seu país
de origem. Com base na situação hipotética apresentada, julgue os itens a seguir.
__ Mesmo que cumpridos os demais requisitos legais, Antônio não poderia ocupar o cargo de
ministro das Relações Exteriores, já que esse cargo é privativo de brasileiro nato. (E)
__ Desde que atendidos os demais requisitos legais, Antônio poderá ser extraditado, pois o crime
comum que ele praticou ocorreu antes da sua naturalização. ©
CAPÍTULO IV
DOS DIREITOS POLÍTICOS
Podemos conceituar os Direitos Políticos como o conjunto de atos que disciplinam o exercício da
soberania popular. Os Direitos Políticos Positivos consistem no conjunto de normas que asseguram
o Direito Subjetivo de participação no processo político e nos órgãos governamentais, eles
garantem a participação do povo no poder de dominação política por meio das diversas
modalidades de Direito de Sufrágio: Direito de voto nas eleições, Direito de Elegibilidade, Direito
de voto nos plebiscitos e referendos, assim como por outros direitos de participação popular, como o
direito de iniciativa popular, etc... Os Direitos Políticos Negativos são a Inelegibilidade e a perda ou
suspensão dos Direitos Políticos.
A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
2) Secreto:
3) Universal:
4) Periódico:
6) Obrigatoriedade:
7) Caráter Livre:
8) Personalíssimo.
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
Todavia, nem todos os Direitos Políticos podem ser exercitados a partir do alistamento
eleitoral. Adiante analisaremos a capacidade eleitoral passiva – a capacidade de ser votado –
conhecida como elegibilidade, que pressupõe o preenchimento de outros requisitos, a exemplo do
domicílio eleitoral na circunscrição e a filiação partidária. O Alistamento Eleitoral é o ato pelo
qual se adquire a alistabilidade, e esta é a primeira condição para aquisição da elegibilidade, mas
não a única. Podemos concluir que todo aquele que possui a capacidade passiva – para ser
votado – possui também a capacidade eleitoral ativa – para votar – uma vez que é requisito para
aquela. O contrário, todavia, não é verdadeiro.
O Art.14 da CF declara que não podem alistar-se os estrangeiros e, durante o período de serviço
militar obrigatório, os conscritos. Trata-se, pois, de uma vedação à capacidade eleitoral ativa, que
influencia diretamente na passiva.
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
I - a nacionalidade brasileira;
V - a filiação partidária;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e
juiz de paz;