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FACULDADE DE DIREITO
ITAÚNA
2021
Carolina Oliveira de Vargas Marques
Janaína Jéssica Oliveira Silva
Júlia Maria Souza Rabelo
Marcela Viana Silva
Raphaela Ângela Pereira Vidal
ITAÚNA
2021
SUMÁRIO
1 NOÇÕES GERAIS............................................................................................................ 4
O art. 7º, I, da CR/88 preceitua o direito fundamental social dos trabalhadores à proteção
da relação de emprego contra a dispensa arbitrária ou sem justa causa, estabelecendo uma
indenização compensatória, dentre outros direitos, nos termos de lei complementar.
Trata-se de norma constitucional de eficácia limitada, dependendo, portanto, da edição
da referida Lei Complementar para que a determinação seja totalmente regulamentada e
aplicada no Brasil.
Nesse viés, enquanto não editada a lei complementar, o art. 10 do ADCT elevou o valor
da indenização em caso de dispensa sem justa causa – que anteriormente era de 10% – para
40% do total dos depósitos realizados na conta vinculada do FGTS do empregado.
Isto posto, o princípio da continuidade da relação de emprego efetiva o ideal de
preservação do contrato de trabalho pelo maior tempo possível. Nesse sentido, o nosso
ordenamento jurídico brasileiro determina o respeito ao conjunto de parâmetros e critérios a
serem seguidos visando uma restrição à extinção contratual.
São as hipóteses de suspensão e interrupção do contrato de trabalho, bem como as
estabilidades e garantias de emprego acidentária, da gestante, do empregado eleito à CIPA, do
dirigente sindical, dentre outras hipóteses previstas em lei.
Uma outra medida restritiva à extinção do contrato de trabalho seria a exigência de
motivação jurídica por parte do empregador para a dispensa do empregado, nos termos previstos
na Convenção n. 158 da OIT.
No entanto, o Brasil não ratificou referida Convenção e nosso ordenamento jurídico
confere ao empregador o direito de dispensar seus empregados sem justa causa, ou seja, sem
necessidade de motivação.
No Brasil, tem prevalecido o posicionamento tomado pelo Supremo Tribunal Federal,
que acolheu arguição de inconstitucionalidade da Convenção n. 158 da OIT, sobretudo, porque
nos termos do art. 7º, I, da Constituição da República de 1988.
Com isso, os direitos dos trabalhadores em relação à proteção contra a despedida
arbitrária ou sem justa causa, dependeria, com exceção da imposição de indenização
compensatória já expressamente prevista, de regulamentação por lei complementar para
validamente promover a dispensa do empregado.
2 FORMAS DE EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
2.1 RESILIÇÃO
A resilição se dá quando o desfazimento do contrato decorre da simples manifestação
de vontade, de uma ou de ambas as partes. A resilição pode ser bilateral (distrato, art. 472, CC)
ou unilateral (denúncia, art. 473, CC).
BEZERRA, Raphael Lopes Costa. Extinção dos contratos: resolução, resilição e rescisão.
Jus, 2015. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/36823/extincao-dos-contratos-resolucao-
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Rescisão por Culpa Recíproca e Força Maior – Como Ocorre Cada um Destes Motivos.
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JUNIOR, Ricardo. CLT: Entenda o processo de demissão com e sem justa causa. Rede Jornal
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