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ALUNOS MOTIVADOS, MELHORES APRENDIZAGENS

TERESA GONÇALVES
INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO

22 de janeiro de 2022
O que nos faz agir?
motivação como a força que energiza, direciona e
mantém o comportamento; (deriva do latim
movere, movimento)

MOTIVAÇÃO A motivação influencia a energia, intensidade e


direção do nosso comportamento

Como pensamos sobre o que fazemos e sobre para


quê e como o fazemos? (cognições motivacionais)

Um dado preocupante: a investigação tem


evidenciado uma tendência de declínio na
motivação ao longo do trajeto escolar que
recupera um pouco no secundário.
Persistência
Empenho Focalização

Níveis de
MOTIVAÇÃO realização
ACADÉMICA Realização
Aprendizagem
profunda

Emoções e
Relações
Bem-estar
sociais
positivas
(alguns) ingredientes da motivação
Confiança nas
capacidades

autodeterminação

Valor/ Interesse

Objetivos adotados
Confiança nas capacidades
 Sou capaz de fazer esta tarefa?
Confiança nas capacidades
Experiências com nível de desafio adequado
 Sou capaz de fazer esta tarefa? que assegure aprendizagem e sucesso

Ambiente de aprendizagem: securizante,


estruturado, expectável

Apoiar a confiança nas próprias


capacidades- experienciar sucesso

Apreciação – avaliação sempre positiva e


informativa

Atribuições do resultado ao esforço (e não à


inteligência)

Felicitar pelo processo e não pelo resultado

Encarar os erros como oportunidades para


aprender
Sim, eu consigo
Autonomia

 Por que razão quero fazer esta atividade?


Autonomia
 Por que razão quero fazer esta atividade?

Motivação intrínseca, motivação extrínseca e


amotivação

Motivação autónoma é superior a controlo e pressões


externas

Razões intrínsecas (sempre que possível)


Razões “internalizadas” (quando não estão as anteriores)

Incentivos e recompensas apenas enquanto necessário


(e excluir os castigos)

Providenciar a possibilidade de escolhas, de iniciativas e


desempenho de papel ativo, de pesquisar…

Nem cenoura, nem chicote…


Valorização da tarefa - interesse
 Quero fazer esta atividade? Isto é importante/interessante para mim?
Valorização da tarefa - interesse
 Quero fazer esta atividade? Tarefas com valor e/ou utilidade e
ligadas aos interesses

Seguir os interesses da criança/jovem,


ligar à vida e à resolução de
problemas reais

Envolvimento e acompanhamento dos


interesses da criança

Fornecer oportunidades de explorar e


aprender

Incluir novidade e variedade

Ligar a tarefa (algumas das tarefas) ao


prazer
Esta aula passou num instante
Objetivos
 Por que motivo estou a fazer a tarefa?
Objetivos
Incentivar os motivos de:
 Por que motivo estou a fazer a tarefa? • aprender,
• desenvolver competências,
• curiosidade,
• prazer em aprender

E não os de comparação com os


outros e de competição
Custos da competição no bem-estar,
na confiança nas capacidades e no
interesse

Como? Através de um contexto que saliente a aprendizagem e não a competição


(em particular a competição individual)

Conciliação de diferentes objetivos, incluindo objetivos académicos e sociais

Aprender deve ser uma viagem e não uma corrida


Em síntese
A motivação é processual e multideterminada; como tal, sofre flutuações e
variações ao longo do desenvolvimento e entre contextos
O prof pode ter um papel fundamental na ativação e manutenção da
motivação

 A motivação para aprender é adquirida através da experiência mas é


estimulada diretamente pela modelação, comunicação de expectativas, e
ensino direto ou socialização com outros significativos (especialmente pais e
professores).
Jere Brophy, 1987
Aspetos motivacionais Orientações para planeamento da educação
evidenciados pela
investigação
As perceções de o Fornecer feedback claro e informativo relativamente à competência e autoeficácia, focando no
autoeficácia e de desenvolvimento da competência e capacidades;
confiança nas o Planear atividades que oferecem oportunidades de ter sucesso, mas que sejam também
capacidades motivam os desafiadoras
alunos
Atribuições adaptativas e o Fornecer feedback que saliente o processo na aprendizagem, incluindo a importância o esforço,
perceções de controlo estratégias e autocontrolo da aprendizagem;
motivam os alunos o Fornecer oportunidades de exercer alguma escolha e controlo;
o Construir relações pessoais de apoio e de cuidar na comunidade de alunos na sala de aula
Níveis altos de interesse e o Organizar tarefas, atividades e materiais estimulantes e interessantes, incluindo alguma novidade
motivação intrínseca e variedade nas tarefas e atividades;
motivam os alunos o Fornecer material e tarefas com conteúdos significativos e interessantes para os alunos;
o Demonstrar e modelar interesse e envolvimento no conteúdo e nas atividades
Níveis elevados de o Organizar tarefas, atividades e materiais relevantes e úteis para os alunos, permitindo alguma
valorização motivam os identificação pessoal com a escola;
alunos o Na comunicação em sala de salientar a importância e utilidade do conteúdo e das atividades
Os objetivos motivam e o Usar estruturas de organização e gestão que encorajem a responsabilidade pessoal e social e
orientam os alunos forneçam um ambiente seguro, confortável e previsível;
o Usar grupos cooperativos e colaborativos que permitam oportunidades de realizar
simultaneamente objetivos académicos e sociais;
o A comunicação em sala de aula deve salientar a mestria, aprendizagem e compreensão dos
conteúdos da aula e da disciplina
o Usar estruturas de tarefa, recompensa e avaliação que promovam critérios de mestria,
Pintrich, 2003 aprendizagem, esforço, progresso e recuperação e que sejam menos dependentes da
comparação social e da avaliação referida à norma

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