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EZEQUIAS: UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS?

1. APRESENTAÇÃO
Este estudo tem como base a análise dos atos do Rei Ezequias no sentido de
verificar se os mesmos condizem com os parâmetros tratados na Bíblia sobre como é se
portar com: atitude e vivencia como um homem segundo o coração de Deus.
Fazer contextualização sobre o seu tema, ou seja, por que lhe interessou tratar desse
tema

Problema da pesquisa a ser respondida no estudo


Este trabalho teve como finalidade responder ao seguinte questionamento: Quais
os atos do Rei Ezequias que comprovam que ele foi verdadeiramente um homem
segundo o coração de Deus? (É essa mesma a sua dúvida?)
Na realidade, não se trata de uma dúvida, mas com o decorrer do trabalho, quero
mostrar que Ezequias tem um comportamento de um homem “Segundo o coração de
Deus, pois ele buscou nas suas origens, no seu passado como teria que fazer para
novamente estar no centro da vontade de Deus.
 Quais são os saberes sobre as TICs que os professores dos primeiros anos do
Ensino Fundamental precisam dominar para que possam desenvolver uma
prática pedagógica mais eficiente?

A relevância deste estudo pretende contribuir para que?

1.1. OBJETIVO GERAL

Identificar e analisar os principais atos do Reis Ezequias que comprovam que ele foi
verdadeiramente um homem segundo o coração de Deus.

1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar os principais atos do Rei Ezequias que comprovam que ele foi
verdadeiramente um homem segundo o coração de Deus;
• Analisar os principais atos do Rei Ezequias, em seus aspectos e impactos na
configuração de um homem segundo o coração de Deus.
1.3. METODOLOGIA

Este trabalho adotou como metodologia a utilização da pesquisa bibliográfica, que de


acordo com Gil (2002), ela é desenvolvida com base em material já elaborado, que
permite ao pesquisador a cobertura de um rol de fenômenos de maneira mais ampla
pelo acesso a materiais já produzidos. Nesse sentido, para este estudo tomou-se como
principal referência os textos da Bíblia, dando ênfase aos livros de 2Reis e 2Cronicas
onde é narrada a História de Ezequias e seu reinado. Outras referências foram
utilizadas, como: GIL (2002), ..................................................... de onde foi possível
realizar um levantamento e seleção de dados que foram utilizados como apoio,
desenvolvimento e sustentação do tema proposto, alem da catalogação e fichamento dos
dados encontrados.

2. EZEQUIAS, REI DE JUDÁ


Ezequias foi rei de Judá entre o período de 745-717, conforme esta escrito em 2
Reis:18:1-3:
No terceiro ano de Oséias, filho de Elá, rei de Israel, começou a reinar
Ezequias, filho de Acaz, rei de Judá. Tinha vinte e cinco anos de idade
quando começou a reinar, e vinte e nove anos reinou em Jerusalém.
Era o nome de sua mãe Abi, filha de Zacarias. Fez o que era reto aos
olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Davi seu pai.

De acordo com o texto, Ezequias era filho de Acaz, este que era considerado um
homem ímpio, e fazia o que era mau aos olhos do Senhor. Mas Ezequias, durante o seu
reinado, contrariou as condutas do seu antepassado, principalmente àquelas
relacionadas ao modo de vida de seu pai, se mostrando um dos melhores reis de Judá.
Nota-se que, Ezequias cresceu em um ambiente inóspito, ao lado do pai que se
mostrava extremamente cruel, contrariando o fato de que Ezequias foi preparado com
formação, fundamentada na Palavra de Deus, para o exercício do seu reinado. Embora
seja possível conhecer um pouco da história de Ezequias, sobre a trajetória anterior ao
seu reinado, há poucos registros, a não ser a menção na Bíblia quanto ao nome de sua
mãe Abi, que significa “Deus é meu pai”. Ela era filha de Zacarias, cujo significado
também demonstra um relacionamento com Deus, “o Senhor lembra”, indicando que foi
por parte da linhagem de sua mãe que ele tenha tido uma influência positiva no seu
caminhar com Deus.
A Bíblia relata que ele viveu de modo honesto e justo, honrando o nome de Deus
e demonstrando confiança nEle. Nesse sentido, ele “Confiou no Senhor, Deus de Israel,
de maneira que depois dele não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem
entre os que foram antes dele” (2Rs 18-5).
Em seu reinado, Ezequias procurou andar corretamente diante de Deus, e assim
como Davi, ele baniu a idolatria daquele reino, conquistando pouco a pouco o sucesso
em seu reinado, época em que Isaías, Oséias e Miquéias eram os profetas
contemporâneos de Ezequias, (Is 1:1; Os 1:1; Mq 1:1).
O termo “andar corretamente como Davi” tem um significado importante,
quando é observado que ele foi mencionado nas Escrituras apenas acerca da vida de
quatro Reis de Judá: Asa, foi o terceiro rei de Judá que imbuído de fé “fez o que era
reto aos olhos do Senhor, como Davi seu pai” (1Rs 15:11); Josafá foi o quarto rei de
Judá e filho de Asa que combateu veementemente a idolatria “e o Senhor era com
Josafá; porque andou nos primeiros caminhos de Davi seu pai, e não buscou a Baalins”
2 Cr 17:3); Josias foi o 16º rei de Judá, realizando grandes reformas e também “[...] fez
o que era reto aos olhos do Senhor; e andou em todo o caminho de Davi, seu pai, e não
se apartou dele nem para a direita nem para a esquerda” (2Rs 22:2); Ezequias também
foi um desses reis, pois de acordo com as Escrituras Sagradas ele:
Fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera
Davi seu pai. Removeu os altos, quebrou e deitou abaixo o poste-
ídolo; e fez em pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera,
porque até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe
chamavam Neustã (2Reis-18:3-4).

Durante seu reinado, Ezequias, a cada dia, se apegava e depositava mais


confiança no Senhor, além de atentar aos seus mandamentos. Os textos bíblicos
mostram que ele tinha sentimentos piedosos e boas condutas. Havia em seu coração o
desejo pela realização de ações corretas, demonstrando a importância de se ter fé, mas
também, a necessidade de se dispor a realização de boas obras, ou seja, fé e obras
agradam a Deus.
A Bíblia também mostra que Ezequias começou seu reinado aos vinte e cinco
anos, perdurando por vinte e nove anos em Jerusalém. Calcula-se que o seu reinado foi
entre o período de 715 a 686 a.C., época em que, grande parte do Reino do Norte –
Israel, por causa de sua idolatria, foi levado ao cativeiro pelos assírios, demonstrando
ser um período de intensa opressão espiritual e de inseguranças para aqueles povos (2Rs
18:1).
De maneira geral, as pessoas buscam um modelo de vida para inspirá-las no seu
caminhar, e Ezequias também escolheu um parâmetro para espelhar sua conduta de
vida. O modelo que o ajudou a fazer aquilo “[...] que era reto perante o Senhor, segundo
tudo o que fizera Davi, seu pai” (2Reis 18:3), foi o rei Davi. Como seu pai biológico - o
Rei Acaz, era um homem ímpio, o que o tornou inadequado para orientá-lo de forma
positiva quanto a vida espiritual de seu filho. Desse modo, Ezequias procurou por
orientações entre os seus antepassados e encontrou em Davi, o rei de Israel daquela
época - um homem segundo o coração de Deus, apoio necessário para orientá-lo quanto
a obediência às ordenanças de Deus.
As Escrituras relatam que, por Ezequias seguir os caminhos retos, assim como fizera
Davi, “no Senhor Deus de Israel confiou, de maneira que depois dele não houve quem
lhe fosse semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele”
(2Rs 18:3-7).

Nesse sentido, verifica-se que é uma benção quando se tem no pai biológico um
modelo exemplar a ser seguido, que orienta seu filho a buscar os caminhos de Deus.
Isso pode ser observado na história do Rei Azarias. Ele foi Rei aos dezesseis anos e seu
reinado foi longo, por volta de cinquenta e dois anos. Azarias fez o que era correto
diante do Senhor, ou seja, conforme tudo que seu pai Amazias lhe ensinou.
Quando Ezequias subiu ao trono, o reino de Judá se encontrava em pecado, pois
de acordo com os escritos bíblicos, Acaz, pai de Ezequias, havia cometido inúmeros
atos impuros contra Deus, como por exemplo, a permissão de adoração a deuses falsos e
sua disseminação, sem nenhuma restrição em toda Judá. Assim, Deus permitiu que
aquela região padecesse nas mãos dos seus opressores, especialmente pela Assíria.
Desmerecendo os cuidados de Deus, Acaz saqueou o templo e o palácio, para
dar, de forma ilícita, ao Rei da Assíria. Promoveu retaliação de todos os materiais do
templo, fechou suas portas e erigiu altares para si mesmo em diversos lugares de
Jerusalém, além de apresentar sacrifícios a outros deuses. Devido as alianças que Acaz
fizera em seu reinado, colocou seu reino sob o domínio do Rei da Assíria (2Rs 16:7-9;
2Cr 28:24, 25), mas ao se tornar rei Ezequias, promoveu grandes mudanças e “passou a
rebelar-se contra o Rei da Assíria”(2Rs 18:7).
Ezequias também se tornou notório, pelo interesse em reunir alguns dos
Provérbios de Salomão, conforme mostra a introdução dos capítulos 25 a 29 de
Provérbios: “Estes são provérbios de Salomão transcritos pelos homens de Ezequias,
Rei de Judá”, (Pv. 25:1). É conhecido também pela escrita do cântico de agradecimento
descrito no livro de Isaías 38:10-20, depois que Deus o curou de uma doença terminal.
Nesse relato bíblico, ele menciona “minhas seleções para instrumentos de cordas” (Is.
38:20).
Desse modo, considera-se que Ezequias também foi um dos poucos reis que, no
fim de sua vida, não se voltou ao pecado ou a idolatria, sendo reconhecido pelas boas
obras executadas. As Escrituras Sagradas mostram que, ao falecer, foi sepultado com
honrarias, na presença de seu povo.
Quanto aos demais atos de Ezequias, e as suas boas obras, eis que
estão escritos na visão do profeta Isaías, filho de Amós, e no livro dos
reis de Judá e de Israel. E dormiu Ezequias com seus pais, e o
sepultaram no mais alto dos sepulcros dos filhos de Davi; e todo o
Judá e os habitantes de Jerusalém lhe fizeram honras na sua morte; e
Manassés, seu filho, reinou em seu lugar, (2 Cr. 32:32-33).

3. EZEQUIAS, SEUS ATOS


No tempo do reinado de Acaz, pai de Ezequias, o templo do Senhor foi fechado,
ocasionando a indução do povo ao pecado e a oferecer sacrifícios a demônios, inclusive
seus filhos foram queimados no desenvolvimento dessa prática, trocando o Deus vivo
por estátuas de pedras e imagens de esculturas.
E ajuntou Acaz os utensílios da casa de Deus, e fez em pedaços os
utensílios da casa de Deus, e fechou as portas da casa do Senhor, e fez
para si altares em todos os cantos de Jerusalém. Também em cada
cidade de Judá fez altos para queimar incenso a outros deuses; assim
provocou à ira o Senhor Deus de seus pais, (2Cr 28.24).

Mesmo tendo Deus, enviado profetas periodicamente para alertá-los e


repreendê-los, uma multidão é levada para a Síria como escravos.
Por isso o Senhor seu Deus o entregou na mão do rei dos sírios,
os quais o feriram, e levaram dele em cativeiro uma grande
multidão de presos, que trouxeram a Damasco; também foi
entregue na mão do rei de Israel, o qual lhe infligiu grande
derrota, (2Cr 28.5).

Da mesma forma, em apenas um dia, a Bíblia relata que 120 mil soldados foram
mortos (2Cr 28.6), assim como, a tribo de Israel leva para Samaria como cativos 200
mil pessoas, além dos episódios das muitas guerras relatadas em 2Cr 28.17-18.
Foi neste cenário de tragédias e pecado que Ezequias viveu e iniciou o seu
reinado, presenciando as loucuras do seu pai. Mas ao contrário dele, Ezequias foi o
melhor exemplo de rei em Israel. Superou de maneira exemplar a Davi e a Salomão que
também foram reis que agradaram o coração de Deus, pois os relatos bíblicos mostram
que Davi pecou ao se relacionar com Bate-Seba esposa do capitão Urias, e
posteriormente, para fugir do problema, Davi mata Urias (2Sm 11). No mesmo sentido,
Salomão promoveu a divisão do reino, se prostituiu com concubinas e mais 700
mulheres, princesas, além de praticar a adoração de ídolos.
E o rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha de
Faraó: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias. Das nações
de que o Senhor tinha falado aos filhos de Israel: Não chegareis a elas,
e elas não chegarão a vós; de outra maneira perverterão o vosso
coração para seguirdes os seus deuses. A estas se uniu Salomão com
amor. E tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e
suas mulheres lhe perverteram o coração. Porque sucedeu que, no
tempo da velhice de Salomão, suas mulheres lhe perverteram o
coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era perfeito
para com o Senhor seu Deus, como o coração de Davi, seu pai. Porque
Salomão seguiu a Astarote, deusa dos sidônios, e Milcom, a
abominação dos amonitas. Assim fez Salomão o que parecia mal aos
olhos do Senhor; e não perseverou em seguir ao Senhor, como Davi,
seu pai. Então edificou Salomão um alto a Quemós, a abominação dos
moabitas, sobre o monte que está diante de Jerusalém, e a Moloque, a
abominação dos filhos de Amom. E assim fez para com todas as suas
mulheres estrangeiras, as quais queimavam incenso e sacrificavam a
seus deuses. Pelo que o Senhor se indignou contra Salomão;
porquanto desviara o seu coração do Senhor Deus de Israel, o qual
duas vezes lhe aparecera. E acerca deste assunto lhe tinha dado ordem
que não seguisse a outros deuses; porém não guardou o que o Senhor
lhe ordenara. Assim disse o Senhor a Salomão: Pois que houve isto
em ti, que não guardaste a minha aliança e os meus estatutos que te
mandei, certamente rasgarei de ti este reino, e o darei a teu servo, ( 1
Reis 11:1-11).

Em contrapartida, o Rei Ezequias assumiu um reino destruído e com povo


idólatra, não se acovardando diante dos inimigos, o que contribuiu para que pudesse
restituir a ordem no reino.
Ezequias, aos 25 anos de idade validou seu zelo pela reverência a Deus, e um
dos seus primeiros atos foi a reabertura e conserto do templo, ordenando sacrifícios e
cultos de adoração a Deus (2 Cr 29.3). Para isso, convocou sacerdotes e levitas,
explicando-lhes que estava em seu coração refazer o pacto com o Deus de Israel. Queria
demonstrar um ato de fidelidade, que de maneira imprudente, seu pai havia
negligenciado, instaurando uma nova Judá. Com intensa energia, se dispôs a preparar os
levitas para os seus serviços, restabelecendo arranjos para instrumentos musicais, assim
como para o canto de louvores.
Ezequias, restabeleceu a aliança com Deus, ordenou a purificação do templo, e
tornou a realizar os cultos de adoração ao Senhor, inclusive o da Páscoa, uma
celebração importante para o povo, mas que havia sido deixada para trás e esquecida
por eles.
Após a celebração da Páscoa, solenizou por sete dias a Festa dos Pães, não
fermentados. Uma alegria intensa passou a contagiar aquele povo, motivando a todos ao
prolongamento desta festividade por mais sete dias. Observa-se que mesmo em tempos
críticos, o que prevaleceu foram as bênçãos de Deus, vindo “grande alegria em
Jerusalém, pois desde os dias de Salomão, filho de Davi, rei de Israel, não houve nada
igual a esse acontecimento em Jerusalém”, (2Cr 30:21-27).
Durante o reinado de Ezequias em Judá, Deus promoveu um grande
reavivamento espiritual, já que o povo havia se perdido nas questões espirituais e se
encontravam entregue à idolatria e ao paganismo.
Embora o panorama fosse assustador, de muita idolatria, paganismo e guerras,
as circunstâncias não impediu que Deus concedesse um avivamento aquele povo,
usando o jovem rei Ezequias na condução desse processo, transformando-o em um
instrumento de realização e de Sua graça.
Nesse sentido, observa-se que o avivamento é sempre uma manifestação da
graça de Deus, uma dádiva, e muitas vezes, resposta às orações insistentes, que traz
esperança e encoraja as pessoas a continuarem suas trajetórias de vida.
Nota-se que Ezequias eliminou primeiramente a idolatria, para que fossem
realizados os cultos no Templo, numa demonstração da forma como Deus inicia um
avivamento no meio do Seu povo, ou seja, primeiro a conversão, depois o
arrependimento e a purificação. No início, Deus determinou aos israelitas, de maneira
clara e inconfundível, a forma correta sobre como deveriam se portar em relação à
idolatria:
Destruireis por completo todos os lugares onde as nações que ides
desapossar serviram aos seus deuses, sobre as altas montanhas, sobre
os outeiros e debaixo de toda árvore frondosa; deitareis abaixo os seus
altares, e despedaçareis as suas colunas, e os seus postes-ídolos
queimareis, e despedaçareis as imagens esculpidas dos seus deuses, e
apagareis o seu nome daquele lugar (Deuteronômio 12:2-3).

Ezequias obedeceu na integra a ordenança deixada pelo Senhor ao seu povo e


retirou todo tipo de idolatria do meio deles, destruindo os altares, as colunas e os ídolos
de madeira e pedra, mostrando que o Senhor não se agrada de qualquer tipo de idolatria
no meio de seu povo.
Percebe-se que Ezequias viveu uma vida de obediência a Deus, colocando-se ao
Seu lado o tempo todo. Confiou no Senhor, Deus de Israel, de maneira que depois dele
não houve outro semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes
dele. Porque ele se apegou ao Senhor, não deixou de segui-lo e guardou os
mandamentos que Ele ordenara a Moisés. Assim, foi o Senhor com ele e para onde quer
que ia, lograva bom êxito; rebelou-se contra o rei da Assíria e não o serviu e feriu ele os
filisteus até Gaza e seus limites, desde as atalaias dos vigias até à cidade fortificada
(2Reis- 18:5-8).
Nota-se que Deus usou o testemunho da vida de Ezequias para mostrar que a
Sua obra deve ser pautada pela confiança, dedicação e obediência a Ele. Desse modo,
Ezequias confiou na proteção de Deus contra a ira dos sacerdotes que contemplavam os
ídolos, enquanto os derrubavam e destruíam. Da mesma forma, também confiou em
Deus ao despedaçar a serpente de bronze, sendo esta, uma relíquia venerada desde os
tempos de Moisés.
Demonstrou confiança ainda em Deus, ao se deparar com situações
desesperadoras diante da aparente superioridade do inimigo. Sua confiança não se
baseava na própria força e inteligência, mas somente nas promessas e afirmações de
Deus em Sua Palavra, como por exemplo. Ainda é possível observar sua confiança em
Deus quando clama a Ele, sua cura de uma enfermidade mortal.

4. EZEQUIAS E A QUEBRA DE ALIANÇAS

A Palavra de Deus, mesmo tendo sido escrita em tempos remotos, mostra que as
alianças com o mundo promove prejuízos para o povo de Deus e sempre os conduziram
à pobreza espiritual e a escravidão. No caso de Acaz, o pai de Ezequias, para obter
favores e cooperação dos assírios, desfez de todo o ouro e prata do Templo Sagrado e de
sua casa, mesmo depois de ter sido advertido por Isaías, de que não temesse o ataque
dos assírios e profetizado a derrota dos mesmos.
Mesmo assim, o rei Acaz optou pelo apoio dos assírios, fazendo com que seu
povo fosse obrigado a pagar tributos a eles, sendo que essa aliança pagã, trouxe uma
sobrecarga para a vida do povo de Deus, deixando para a geração futura as marcas da
opressão.
Observa-se que, os compromissos e alianças inadequadas na vida dos líderes do
povo de Deus podem produzir prejuízos duradouros e conduzi-los à escravidão,
dependência ou a caminhos tortuosos por longos períodos. No caso de Ezequias, ele se
rebelou contra o rei da Assíria, crendo que as forças e coisas materiais devem vir
somente de Deus. Por se posicionar como servo de Deus, decidiu que não iria tolerar
mais o domínio assírio, mesmo que essa decisão, provocasse a ira da potência mundial
da época – a Assíria. Para ele a honra a Deus estava acima de todos os privilégios
aparentes que pudesse ter, fazendo alianças com os assírios.
5. EZEQUIAS, ORGANIZAÇÃO E MUDANÇAS REALIZADAS EM JUDA

Mesmo tendo recebido como herança de seu pai Acaz, a idolatria, um Templo
saqueado, a casa do Senhor com as portas trancadas e altares idólatras, Ezequias reagiu
de maneira eficiente ao que vinha sendo praticado.

No primeiro ano do seu reinado, no primeiro mês, abriu as portas da


Casa do SENHOR e as reparou. Trouxe os sacerdotes e os levitas,
ajuntou-os na praça oriental e lhes disse: Ouvi-me, ó levitas!
Santificai-vos, agora, e santificai a Casa do SENHOR, Deus de vossos
pais; tirai do santuário a imundícia. Porque nossos pais prevaricaram e
fizeram o que era mal perante o SENHOR, nosso Deus, e o deixaram;
desviaram o seu rosto do tabernáculo do Senhor e lhe voltaram as
costas”. (2Cr: 29:3-6).

A maneira como Ezequias inicia os trabalhos, a princípio, se mostraram radical,


pois ele mesmo abriu as portas da Casa do Senhor, e com suas próprias mãos, realizou a
reforma, fazendo com que os escombros no Templo do Senhor se tornassem visíveis a
todos e o acesso a Deus fosse liberado.
Diante dos escritos bíblicos, é possível observar que o exemplo de Ezequias
contagiou o povo. Sua disposição e autoridade espiritual, provavelmente tenha
provocado renovação e vigor no povo, pois os sacerdotes e levitas que perderam seus
lugares no tempo de Acaz, tendo que buscar outras ocupações, atenderam ao chamado
do Rei Ezequias para voltarem e ocupar os seus lugares.

Santificai-vos, agora, e santificai a Casa do Senhor, Deus de vossos


pais; tirai do santuário a imundícia. Porque nossos pais prevaricaram e
fizeram o que era mal perante o Senhor, nosso Deus, e o deixaram;
desviaram o seu rosto do tabernáculo do Senhor e lhe voltaram as
costas, (2 Cr. 29:5-6).

A esta convocação, observa-se a humildade, singeleza de coração e a maturidade


espiritual deste rei Ezequias, mesmo sendo tão jovem. Observa-se também, que em
todos os escritos bíblicos, em momento algum Ezequias culpa seu pai Acaz, ao
contrário, o respeita e o honra, quando em 2Cr.29:6 ele faz uma colocação no plural
“[...] porque nossos pais [...], não transgredindo assim, o mandamento deixado pelo
Senhor de Honrar o pai.
Nesse sentido, Ezequias também convida todo o povo a uma mudança e a se
consagrarem ao Senhor de todo o coração e termina falando aos levitas com as seguintes
palavras.
Agora, estou resolvido a fazer aliança com o Senhor, Deus de Israel,
para que se desvie de nós o ardor da sua ira. Filhos meus, não sejais
negligentes, pois o Senhor vos escolheu para estardes diante dele para
servirdes, para serdes seus ministros e queimardes incenso (2 Crônicas
29:10-11).

Desse modo, compreende-se que, tanto o seguir, como o servir a Jesus deve ser
duradouro, e isso só é possível, quando as atitudes humanas tiverem origem no coração.
Ezequias almejava uma aliança e compromisso com o Senhor, e para tanto, constrange o
coração do povo com seu apelo, compreendendo que somente os bons propósitos não
bastariam, por isso, conforme esta no livro de Crônicas, Ezequias se põe a trabalhar.

Os sacerdotes entraram na Casa do Senhor, para a purificar, e tiraram


para fora, ao pátio da Casa do Senhor, toda imundícia que acharam no
templo do Senhor; e os levitas a tomaram, para a levarem fora, ao
ribeiro de Cedrom. Começaram, pois, a santificar no primeiro dia do
primeiro mês; ao oitavo dia do mês, vieram ao pórtico do Senhor e
santificaram a Casa do SENHOR em oito dias; no décimo sexto dia do
mês, acabaram (2Cr.29:12-15).

Assim, os sacerdotes foram ter com o rei Ezequias para lhe contar que haviam
purificado a Casa do Senhor, como também o altar do holocausto e todos os utensílios,
estando tudo preparado. Em seguida, o rei Ezequias reuniu os príncipes da cidade e
subiu ao templo, ordenando que se fizesse um momento de holocausto e oferta pelo
pecado de todo o Israel.
Também constituiu os levitas na Casa do Senhor com todos os instrumentos:
címbalos, alaúdes e harpas, segundo orientações de Davi e de Gade, o vidente do rei, e
do profeta Natã; porque este conselho veio do Senhor, por intermédio de seus profetas.
Toda a congregação passa a prostrar-se ao som dos cânticos e das trombetas até
o término do holocausto. Tendo chegado o fim dos sacrifícios, o rei e todos aqueles que
se achavam com ele prostraram-se e adoraram o Senhor.
Ezequias alertava ao povo para se consagrarem ao Senhor e se achegarem a Ele,
trazendo sacrifícios e ofertas de ações de graças ao templo. Além da grande quantidade
de holocaustos, houve também as gordura das ofertas pacíficas e as libações para os
holocaustos. Assim, foi estabelecido o ministério da Casa de Deus e Ezequias e todo o
povo se alegraram pelo que Deus fizera ao povo (2Cr.29:12-15).
Devido ao seu exemplo, seu apelo foi atendido, e todos se dispuseram a
santificarem-se para os trabalhos no Templo. O ânimo e determinação apresentados por
Ezequias contagiou a todos. Nota-se que a limpeza do Templo, feita externamente e
internamente, representando para Ezequias, um real encontro com o Senhor, como já
havia ocorrido em outros tempos. Os textos bíblicos relatam que os sacerdotes e os
levitas trabalharam dezesseis dias para limpar e santificar a casa de Deus, como
também, para colocar os utensílios sagrados de volta aos seus lugares. Este tempo foi
longo, e embora as transgressões das gerações anteriores fossem diversas, elas
necessitavam ser eliminadas.
Foi um momento de grande júbilo para aquele povo, que via no seu rei um
exemplo a ser seguido, ou seja, fé, sem vacilar. Todos que estavam ali puderam,
juntamente com o rei Ezequias, se ajoelhar e adorar a Deus, enquanto os levitas
cantavam. “Depois disto, Ezequias enviou mensageiros por todo o Israel e Judá;
escreveu também cartas a Efraim e a Manassés para que viessem à Casa do Senhor, em
Jerusalém, para celebrarem a Páscoa ao Senhor, Deus de Israel ”(2Cr. 30:1).
Nesse sentido, o povo foi reunido para retornar aos antigos caminhos de seus
antepassados e às suas tradições, pois Ezequias havia feito convocação ao povo, para
voltarem-se ao Senhor, e eles atenderam a esse convite.
Houve uma comoção do povo ao presenciarem aquela celebração, e juntamente
com o Rei Ezequias ajoelharam-se, para adorar a Deus. Esse dia mostrou-se como
memorável, tendo em vista, a quantidade de sacrifícios e ofertas de gratidão que foram
trazidas pelo povo, em gratidão e alegria, em sinal de consagração por tudo o que Deus
fizera para eles.
Desse modo, Ezequias, e o povo, puderam ver e participar do avivamento que
Deus operara naquele lugar. Haviam passados 250 anos sem a comemoração da Páscoa,
ou seja, a festa ordenada por Deus ao povo de Israel, para que se lembrassem da
libertação da escravidão no Egito. A obediência desta ordenança estava esquecida,
sabendo que ela é a chave para se alcançar o coração do Senhor.
Ezequias, demonstrando sabedoria, buscou o conselho com os príncipes e com a
congregação em Jerusalém. Os textos bíblicos mostram que Ele não usou de
arbitrariedade, assim como, não tomou a decisão sozinho. Neste caso, é possível
verificar que, primeiramente o homem deve buscar no Senhor orientação para a tomada
de qualquer decisão, pois Ele é bastante bom para ajudar.
Ezequias, em sua sabedoria foi à procura de cooperadores e voluntários que
aceitassem assumir responsabilidades com ele, e os encontrou com o auxílio de Deus,
para cumprir a Sua vontade. Percebe-se que o Senhor se agrada da unidade, e Ezequias
alcançou o favor por viver verdadeiramente Sua vontade.
As cartas do rei que foram distribuídas em todo o Israel continham a mensagem
de conversão e arrependimento, ou seja, um convite cheio de amor e encorajador. No
entanto, os de Efraim e Manassés até Zebulom, ao receberem o convite zombaram. Da
mesma forma como nos dias atuais, muitos dos que são convidados a receberem a
Palavra de Deus se portam da mesma maneira. No caso daqueles que foram designados
pelo rei para levar o convite não demonstraram abatimento pelas criticas recebidas, mas
continuaram confiantes naquela tarefa.
No decorrer de todo seu trabalho, Ezequias agiu com amor em seu coração, e
devido a isso, seu reino prosperou, mas esta confiança e determinação foram submetidos
a um teste de resistência. O rei assírio, conhecido pelos textos bíblicos por Senaqueribe,
mobilizou seus exércitos com o propósito de conquistar Judá, e assim o fez. Depois de
tudo que Ezequias fizera com fidelidade viu Judá ser invadida e as cidades fortificadas
serem sitiada.
Ezequias, ao perceber que o rei da Assíria pretendia pelejar contra Jerusalém
enviou então mensagem a ele, oferecendo pagar a quantia do tributo que Senaqueribe
estabelecesse (2Rs 18:13, 14). Observa-se que Ezequias pagou o tributo exigido com
ouro e prata, mas o que ocorre é que a mensagem assíria depreciava especialmente a
confiança de Ezequias em Deus, (2 Rs 18:17-35).
Este ataque surpreendeu o Rei Ezequias, e depois de tantos anos passados
debaixo das graças do Senhor, sua fé foi abalada. Pagou o tributo a Senaqueribe,
demonstrando o abalo e fraqueza de sua fé, o fazendo esquecer as conquistas e de todo
aprendizado enquanto andou nos caminhos do Senhor.
Da mesma forma, nos dias atuais as pessoas falham no teste de resistência da fé
em Deus, embora não deveriam se esquecer de onde vieram, e que o Senhor sempre tira
o homem das trevas e os leva e para a Sua maravilhosa luz – DEUS. Nesse sentido, o
homem nunca deve confiar em sua própria força, pois quando isso acontece, são
expostos na sua própria tolice.
6. EZEQUIAS, A DOENÇA E CURA

Devido as muitas conquistas, Ezequias em seu reinado, passa a ser tomado pela
soberba, fazendo-o declinar, o que é demonstrado pelo seu fraquejamento quando do
cerco do rei dos assírios e de Senaqueribe, esquecendo-se de Deus, que o havia
colocado no lugar onde estava. Nesse sentido, teve prejuízos ao pagar os tributos
exigidos por Senaqueribe e sua confiança em Deus ficou abalada.
Embora tivesse sido um homem temente a Deus, buscando andar com retidão
diante do Senho, não conseguiu manter a mesma postura até o final. Desse modo, em
certo momento, ele adoeceu e recebeu de Deus através do profeta Isaías um aviso que
traria sobre ele uma angustia muito grande.

Naqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio ter


com ele o profeta Isaías, filho de Amoz, e lhe disse: Assim diz o
SENHOR: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás
(2Rs 20:1).

Percebe-se que a enfermidade de Ezequias fez parte da disciplina de Deus, que


buscou novamente a atenção dele e para que seus pensamentos e ações fossem
novamente direcionados para o seu Senhor e Suas promessas. Ezequias estava se
afastando do Senhor. Isso é o que acontece com aqueles que se perdem na caminhada
com Deus, depois de receber suas bênçãos, não sente mais a necessidade de continuar
sua jornada na presença de Deus. Começa a pensar na força da sua carne, e isso
aconteceu com Ezequias, e o Senhor para não ver Ezequias se apostazar, envia-lhe o
profeta para lembrá-lo de que seu poder não estava nas coisas terrenas, mas naquelas
vindas do Senhor.
Após receber este aviso, Ezequias fez uma oração na qual colocou diante de
Deus a sua vida: "então, virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao Senhor. E disse:
Lembra-te, Senhor, peço-te, de que andei diante de ti com fidelidade, com inteireza de
coração e fiz o que era reto aos teus olhos; e chorou muitíssimo", (Is. 38. 2-3).
Embora Ezequias tenha adoecido, de uma enfermidade mortal, o Senhor, na sua
infinita misericórdia acrescenta-lhe quinze anos de vida e o livra das mãos do seu
perseguidor, o rei da Assíria.
Nos mesmo sentido, as pessoas nos tempos atuais, podem em algum momento,
ter a sua fé abalada, e em momentos de sucessos, vitórias e conquistas, algumas delas se
afastam dos caminhos do Senhor, o que lhe acarreta sofrimento e conseqüências, que
por vezes, se mostram desastrosas.
Ao compreender que Deus é o seu Senhor, Ezequias clama a Ele, e na sua oração
menciona que por muito tempo estivera andando em Seus caminhos com inteireza de
coração procurando fazer o que era reto. Após sua oração, o Senhor na sua indiscritível
misericórdia, o ouve e atende sua oração.
Nota-se que a oração dele não foi hostil, podendo ser verificada por meio das
palavras que ele pronunciou em uma oração sincera e de coração. Não houve blasfêmia
contra Deus por causa da sua doença, mas Ezequias se colocou na condição de pecador
e dependente de Deus, pedindo Sua misericórdia.
Certamente, observando Ezequias em seu sofrimento e angustia, Deus ordena a
Isaías para que volte até o rei Ezequias e lhe diga que: "assim diz o Senhor, o Deus de
Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; acrescentarei, pois, aos teus dias
quinze anos", (Is. 38. 5).
  Desse modo, Deus sendo um Pai amoroso, acrescentou quinze anos de vida a
Ezequias, ou seja, curou ele de uma enfermidade mortal, mudando a historia da sua
vida. É possível observar nos textos bíblicos que lhe foram acrescentados quinze anos
de benção e proteção de Deus sobre ele e aquele povo, " livrar-te-ei das mãos do rei da
Assíria, a ti e a esta cidade, e defenderei esta cidade", (Is. 38. 6). 
Alguns homens mostram-se frágeis em sua fé, pois mesmo Ezequias tendo
recebido a graça da cura, ele demonstra fraqueza na fé, o que o fez pedir um sinal a
Deus para confirmar a sua cura. Mesmo assim, o Deus lhe concede a confirmação,
dizendo à Isaías: "eis que farei retroceder em 10 graus a sombra lançada pelo Sol
Declinante no Relógio de Acaz". E assim a sombra do Sol retrocedeu em dez graus do
que já havia declinado", (Is, 38:8).
Embora tenha vacilado, o rei Ezequias era um homem de muita fé e procurava
guardar os mandamentos, como também exortava o povo a desviar-se do pecado e
aproximar-se de Deus.
Mesmo dentro das igrejas, por vezes ocorre divisões. É possível ver um número
significativo de cristãos frustrados que se afastam a cada dia da presença de Deus. Mas
torna-se necessário realizar essa busca com corações dispostos a conservar a Unidade do
Espírito.
7. A PREVENÇÃO ESPIRITUAL

Ao receber a cura, Ezequias têm sua fé fortalecida, e força redobrada para


enfrentar o inimigo, este que afrontava o Senhor e todo Seu povo. A confiança de
Ezequias em Deus também é fortalecida, demonstrando que aprendeu a lição por ter
abandonado os Seus ensinamentos.
A partir desse momento, Ezequias retoma a postura inicial do seu reinado, com
humildade de coração, e busca algumas medidas para se defender do ataque do rei da
Assíria: buscou se aconselhar com os seus príncipes e oficiais; decide fechar as fontes
de água fora da cidade; faz reformas nos muros quebrados de Jerusalém; providencia
armamento para o exército e procura incentivar o povo a não confiar em si próprio, mas
no Deus de Israel.
Observando as medidas que Ezequias toma é possível verificar uma lição
importante de como o ser humano pode se proteger e defender quando sua fé e
confiança em Deus são postas à prova. Deve, nesse caso, buscar a ajuda no Senhor, pois
somente Nele é que as pessoas podem encontrar forças. Deve sempre buscar conselhos
com aqueles que são mais experientes, sábios e tementes a Deus, antes de tomar
decisões precipitadas. Assim, Ezequias agiu com sabedoria ao buscar conselho junto aos
príncipes e maiorais do seu governo.
Da mesma forma que Ezequias também os homens de hoje não podem deixar seus
recursos caírem nas mãos do inimigo. No caso de Ezequias eram as fontes de água, de
importância vital para o povo e para os animais.
Compreende-se, dessa maneira que a fonte de vida do ser humano é Jesus,
sabendo também que o inimigo trabalha sempre na tentativa de frustrar seus sonhos,
poluir as fontes de água, atrapalhando e interrompendo a comunhão das pessoas com o
SENHOR.
Levando-se em consideração que Ezequias busca consertar os muros de Jerusalém, isso
pode ser reportado ao homem da atualidade e que deve buscar identificar em sua vida os
“muros” danificados, e por meio de uma vida em proximidade com Deus, deve buscar
restaurá-los, sabendo que o Senhor está sempre pronto a ajudar nos concertos, desde que
o homem busque as estratégias e apoio no Senhor.
Outra atitude tomada por Ezequias foi a de equipar seu exército, compreendendo
que somente as muralhas por si só não poderiam guardar a cidade do ataque inimigo.
Nesse sentido e da mesma maneira, o ser humano nos dias atuais deve estar sempre
preparado como soldados para a luta. E da mesma forma que Ezequias,o homem deve
fabricar armas e escudos em abundância para se defender, pois não basta dizer que
possui, ele deve estar preparado para as batalhas com a convicção plena de sua fé, com
base nas armas contidas na Bíblia.
No mesmo sentido, Ezequias também encoraja seu povo a confiar plenamente no
Senhor, e não em si próprio, pois a carne é fraca, e fácil de ser derrotada, talvez pela
soberba que muitas vezes nasce no coração do homem, contribuindo para que este caia
nas ardilosas armadilhas do maligno.
Ezequias, neste caso, ao falar ao povo e ao seu exército, consegue restaurar seus
ânimos e suas forças, pois as palavras proferidas por ele ecoaram no coração de todos.
Ao falar sobre a confiança no Senhor grandiosidade, mostra ao povo como derrotar
satanás. Sabe-se que quando não se pratica hábitos saudáveis, visando qualidade de vida
como por exemplo, a utilização de alimentos saudáveis ou prática de exercícios físicos,
as conseqüências são percebidas nos diferentes problemas para o corpo do ser humano,
podendo ser uma pressão alta, estresse ou um ataque cardíaco. Assim, ao suprimir os
males que podem acarretar essas doenças, a saúde pode ser restabelecida, prevenindo a
instalação dessas doenças no organismo, ficando evidente que a melhor solução é a
prevenção.

Da mesma maneira, isso ocorre na vida espiritual das pessoas, ou seja, a base
espiritual do homem pode estar bem ou não, dependendo de como ele se comporta no
relacionamento com Deus. O Exemplo das condutas do pai de Ezequias – Acaz e do
próprio Rei Ezequias demonstra muito bem essa questão. Enquanto Acaz viveu e levou
seu povo a práticas de incredulidade e idolatria contra Deus, o que os levou ao pecado, a
situações de risco, destruição e domínio de opressores, Ezequias buscou abandonar
todos os hábitos maléficos – pecados, praticados anteriormente pelos seus antepassados,
instaurando novos hábitos de restauração da relação entre ele e Deus e ainda, se dedicou
a conduzir o povo ao mesmo propósito.

Nesse sentido, a Palavra de Deus trás a seguinte descrição:

Cuidado, irmãos, para que nenhum de vocês tenha coração perverso e


incrédulo, que se afaste do Deus vivo. Pelo contrário, encorajem-se
uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama "hoje", de
modo que nenhum de vocês seja endurecido pelo engano do pecado,
pois passamos a ser participantes de Cristo, desde que, de fato, nos
apeguemos até o fim à confiança que tivemos no princípio
(HEBREUS 3:12-14).

Desse modo, o homem deve buscar de maneira rotineira a proteção do seu


coração, pois é nele que a fé é conservada. O texto de Provérbios 4:23 retrata um alerta
ás pessoas dizendo que, sobretudo, o homem deve guardar o seu coração, pois é dele
que procede as fontes da vida. Sabendo disso, Satanás dispensará grandes esforços para
atacá-lo em diferentes frentes de situações, principalmente para levar o homem à
destruição, ao pecado e seu afastamento da presença de Deus.
O profeta Isaias sabia muito bem como o homem poderia prevenir-se contra os
ataques do maligno, e o Rei Ezequias buscou desenvolvê-las na prática, prevenindo ao
povo e a si mesmo contra os ataques do inimigo:
Busquem o Senhor enquanto se pode achá-lo; clamem por ele
enquanto está perto. Que o ímpio abandone seu caminho, e o homem
mau, os seus pensamentos. Volte-se ele para o Senhor, que terá
misericórdia dele; volte-se para o nosso Deus, pois ele perdoará de
bom grado. Pois os meus pensamentos não são os pensamentos de
vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos’, declara o
Senhor. ‘Assim como os céus são mais altos do que a terra, também
os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus
pensamentos mais altos do que os seus pensamentos’" (Isaías 55:6-9).

8. EZEQUIAS: CONFIANÇA E FÉ NO SENHOR


Uma das provas de fé de Ezequias pode ser observada no momento em que o povo
assírio aborda ele e a seu povo com palavras de insulto para afetá-los em seus
psicológico. Percebe-se que essa arma é sempre usada por satanás para afrontar o
povo de Deus, e muitas vezes alcançam seu objetivo deixando-os com a fé abalada,
por estarem despreparados e fracos na fé, ao contrário do rei Ezequias que depositou
a sua confiança nas promessas do Senhor, e em nenhum momento se deixando
abalar.
Acaso, não vos incita Ezequias, para morrerdes à fome e à sede,
dizendo: O SENHOR, nosso Deus, nos livrará das mãos do rei da
Assíria? Não é Ezequias o mesmo que tirou os seus altos e os seus
altares e falou a Judá e a Jerusalém, dizendo: Diante de apenas um
altar vos prostrareis e sobre ele queimareis incenso? Não sabeis vós o
que eu e meus pais fizemos a todos os povos das terras? Acaso,
puderam, de qualquer maneira, os deuses das nações daquelas terras
livrar o seu país das minhas mãos? (2 CRONICAS 32: 11-13).

A fé e confiança demonstrados pelo rei Ezequias encoraja o povo a permanecer firme,


para lutar pelos seus interesses. O inimigo tenta semear a dúvida e o desânimo no meio
do povo de Deus, intentando destruir a sua coragem, mas Ezequias esperava e cria no
escape e vitória para eles, com a ajuda de seu Deus.
Da mesma forma, atualmente, muitas vezes o inimigo se empenha em cegar as
pessoas, minando a sua confiança e fé no SENHOR, muitas vezes, usando aqueles que
estão ao seu redor.
Mas a exemplo do rei Ezequias, as pessoas também devem sempre buscar as
respostas na Palavra de Deus, pois lá é possível encontrar a solução para todas as suas
mazelas e fraquezas, como também, da maneira correta sobre como podem se livrar dos
laços armados pelo inimigo.

CARACTERISTICAS DE UM HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS


Na Bíblia o único homem que consta eu foi tido como “home segundo o coração de
Deus” foi Davi.
Das características que são relatadas temos que é sua integridade, seu caráter firme,
sinceridade, lealdade, e acima de tudo humildade.
Davi sempre buscava a presença do Senhor, em tudo o que fazia primeiramente o
consultava, nenhuma de suas decisões eram tomadas aleatoriamente, em tudo buscava a
presença do Senhor, ele era um homem de muito temor, e obediente.
Das muitas características de Davi – homem segundo o coração de Deus, podemos
destacar:
- Ser Obediente – não se importando com a situação que sobreviesse a Davi, ele sabia
que o Senhor seria com ele. A obediência agrada ao Senhor.
- Amor – Davi amava ao Senhor de todo o coração.
- Fé – Davi tinha uma fé inabalável, pois apesar de todas as situações por que passou,
nunca deixou de crer e esperar somente no Senhor.
- Adorador – Davi louvava e adorava ao Senhor em todos os momentos. Tinha uma vida
de intimidade com o Senhor.
- Servo fiel – Davi era fiel com o Senhor, nunca deixando as situações mudar sua
fidelidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O contexto da historia do rei Ezequias, deve levar o homem a se sentir motivado
a continuar a seguir em frente, trabalhando no empreendimento do Senhor, não se
deixando abater, mas tendo bom ânimo, em todo o tempo. Assim, o povo de Deus na
atualidade, como no tempo do rei Ezequias, deve buscar a alegria nos caminhos de
Deus, e não na idolatria.
Da mesma maneira que os sacerdotes e levitas, reagiram com humildade, assim
as pessoas nos dias de hoje - o povo de Deus, escolhido e eleito por Ele, deve também
buscar, para que possam estar dentro dos propósitos do Senhor.
Desse modo, com a orientação de Deus, Ezequias livrou a Judá e Jerusalém da
idolatria. O Templo foi limpo e novamente aberto para os cultos, promovendo um
grande avivamento entre sacerdotes e levitas.
Muitas vezes os cristãos passam por testes de resistência, e o rei Ezequias passou pelos
seus, mas ao longo da sua trajetória de vida Ezequias pode experimentar teve a certeza
de que a mão no Senhor estava sobre ele.

Ezequias, embora tenha enfrentado diferentes dificuldades em seus caminhos


nunca deixou de seguir à Deus, ou seja, de obedecer aos Seus propósitos, e como
conseqüência desta obediência, Deus sempre esteve em comunhão com ele, sendo a sua
força em todas as situações desenvolvidas no serviço do Senhor.

O relato da história do rei Ezequias, descrita nos textos bíblicos e em outras


referencias que subsidiaram este estudo permitiram a realização da analise sobre o seu
reinado, sendo possível considerá-lo um homem que procurou andar com obediência
aos mandamentos de Deus, pois procurou restabelecer o reino por meio do combate a
idolatria, a quebra de acordos com seus opressores - os Assírios, a restauração do
templo e do culto a Deus, além de conduzir o seu povo a retomar a comunhão com Deus
por meio da confiança e fé. O próprio texto bíblico diz que ele foi um excelente Rei, não
havendo nenhum outro melhor depois dele (2Rs 18:3-7).
De acordo com as características apontadas por Medeiros (S/D) e os atos de
Ezequias durante o seu reinado é possível verificar que ele foi um homem que também
agradou o coração de Deus, assim como Davi, que apesar de ter cometido crimes, no
seu coração havia o temor e buscava viver segundo a Palavra do Senhor.
Ezequias também agradou o coração de Deus, pois abandonou toda a prática
pagã de seus antepassados e buscou ao Senhor de todo o coração. Fez com seu povo
também abandonasse a idolatria e retornasse aos caminhos do Senhor. Mudou a história
de seu povo, que passou da opressão para a liberdade.
Ezequias voltou as suas raízes, buscou o refúgio no Senhor, colocou temor em
seu coração, e sua fé foi fortalecida, a ponto de provocar em seu povo o desejo da
liberdade.
Por tudo podemos concluir que Ezequias amava ao Senhor de todo o coração,
tinha temor, era humilde e um adorador.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Champlin, Russell Norman, 1933 – O Antigo Testamento Interpretado: versículo por


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Dissertação (Mestrado em Antropologia Social)- Faculdade de Filosofia, Letras e
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MEDEIROS, R. Estudo Ser Segundo o Coração de Deus? Como é Isso? Site Estudos
Gospel, (S/D). Disponível em: http://www.estudosgospel.com.br/estudo-biblico-duvida-
pergunta-e-resposta-biblica/ser-segundo-o-coracao-de-deus-como-e-isso.html.

A determinação de Ezequias é demonstrada ao derrotar os filisteus que haviam se


infiltrado e se espalhado ao sul de Judá durante o reinado de seu pai.
Infelizmente, fez besteira quando velho: mostrou o ouro para a comitiva
babilônica. 2Rs 20.13. É uma vida para ser apreciada, retendo-se o que é certo e
lembrando-se do que é errado, para não cairmos no mesmo erro. Parece que Deus faz
questão de afirmar: "não há um só justo em toda terra"

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