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AOJUIZ(A)DA VARA DO TRABALHO DE GOIÂNIA - 18ª REGIÃO –GOIÁS.

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 566, Goiânia/GO, vem por


intermédio de seus procuradores adiante assinados, advogados devidamente
inscritos na OAB/GO sob o nº 37.646 e nº 26.300, com escritório profissional
naxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxlocal onde receberá as intimações de estilo,perante
apresença de Vossa Excelência com o devido acato e o respeito costumeiro, propor:

RECLAMATÓRIA
TRABALHISTA
Em desfavor de:
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
todas com sede administrativa na Avenida Anhanguera nº 5933, Setor Oeste,
Goiânia-Goiás- CEP: xxxxxxxxxxxxxx , pelos fundamentos a seguir a expostos:

I – PRELIMINARMENTE

1.1 DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃOPRÉVIA

Nos termos do decidido pelo STF na ADI/2160 a obrigatoriedade de


submissão das lides à Comissão de Conciliação Prévia é Inconstitucional, razão pela
qual, intenta a presente demanda diretamente nesta Especializada.

1.2 DA HIPOSSUFICIÊNCIA DOOBREIRO

As benesses da gratuidade de justiça, consoante dispõe o Artigo 5º,


inciso LXXIV da
ConstituiçãoFederal,artigo790,§§3ºe4ºdaCLTeartigo98doCPCéumdireitoàquelesquep
recisam do amparo da lei, pela sua fragilidadeeconômica.

O Reclamante é hipossuficiente na forma da Lei, não tendo


condições de arcar com
ascustasdoprocessosemprejuízodoseusustentoedesuafamília,razãopelaqualrequeros
benefícios da JustiçaGratuita.

Ainda assim, no último dia 21/08/2020 teve o seu contrato de


trabalho rescindido por iniciativa da reclamada, segundo a alegação de “FORÇA MAIOR”
não percebendo suas verbastrabalhistas em sua totalidade e hoje encontra-se
amparado junto ao seguro desemprego.

Logo,emfacedesituaçãodehipossuficiência,postoqueoobreirosobreviv
edeforma limitada, requer o benefício da assistência judiciáriagratuita.
1.3 DO GRUPOECONÔMICO

No caso em comento, as Reclamadas pertencem ao mesmo grupo


econômico, conforme demonstrará os contratos sociais, que desde já requer seja
determinado à juntada aos autos, que evidenciará a composição societária familiar e
ainda o objeto social comum.
Ainda assim, o Reclamante foi contratado pela 1ª Reclamada,
contudo, laborava em benefício do grupo econômico, respondendo a esta de igual
forma. Prova ainda a condição de Grupo
Econômicooacordocoletivofirmadoparadispensaemmassadostrabalhadores,anexoaos
autoseprint abaixo.

Logo, resta evidente a responsabilização de todas as reclamadas,


por grupo econômico, pugnando assim a responsabilidade SOLIDÁRIA, conforme faz
alusão o artigo 2º, § 2º da CLT. Requer!

1.4 DOS CONTATOS – RECLAMANTE EADVOGADO

Visando proporcionar a realização de audiências online apresenta os contatos:


-Reclamante: xxxxxxxxxx– Telefone/Whatsapp (62)xxxxxxxxxxxx
-Advogado: xxxxxxx - Telefone / Whatsapp (62) xxxxxxxxxx / Email
x
2.0 DOS FATOS

2.1 DA SITUAÇÃO CONTRATUAL DOOBREIRO

O autor foi contratado pela Reclamada no dia 15/01/2015, com


jornada de 44 horas semanais como Entregador Técnico, com remuneração média
de R$ 1.844,46 (hum mil, oitocentos e quarenta e quatro reais e quarenta e seis
centavos) (considerando contracheques anexo).
Apartirdesetembrode2016aReclamadajáemsinaisdedescontrolefinanc
eironão disponibilizava todas as peças e materiais para execução dos trabalhos e
atendimento a contento dos clientes, sendo que a partir de março de 2019, a
Reclamada deixou de efetuar o depósito do FGTS do Autor, ocasionando prejuízos
ao Reclamante. Conforme extrato anexo, a reclamada somente realizou parte do
depósito do FGTS, não garantindo sua integralidade no ato darescisão.
Completandotaisirregularidades,aempresaré,fezarescisãocontratuald
oautorpor “FORÇA MAIOR”. No entanto, o contrato de trabalho do autor já vinha
sendo descumprido pelo empregador há mais de 01(um) ano, posto que de modo
reiterado e empresa-ré não realizava o recolhimento do FGTS do obreiro (prova
anexo), não demonstrando qualquer preocupação com a situação laboral doautor.
Para a surpresa do reclamante e dos demais empregados, houve a
demissão em
massanoúltimodia21/08/2020,sobaalegaçãode“FORÇAMAIOR”peloCOVID,arcandoareclamad
a com o pagamento apenas de parte das verbas trabalhistas, estando o obreiro
desempregado e ainda tendo seus direitos ceifados de modo absurdo pelaré.

Breve relato dos fatos,

III – DOS DIREITOS EFUNDAMENTOS

3.1 – DA DEMISSÃO POR “ FORÇA MAIOR”- Inaplicabilidade

Conforme já exposto neste petitório, a reclamada, no dia 21 de agosto


de 2020, rescindiu o contrato de trabalho do autor e de inúmeros empregados por “força
maior”.
A título de clareza a este juízo, o reclamante junta aos autos
ACORDO COLETIVO 2020/2021 realizado pela CEVEL junto ao Sindicato dos
Empregados do Comércio do Estado de Goiás, em que constou algumas
empregados, tais como:
peculiaridades acerca da rescisão contratual com os empregados,

a- Parcelamento da rescisão em 03
vezes; b- Multa em caso
deatraso;
c- Quitação apenas dos valores pagos
no TRCT; d- Outras situações.

Informa ainda que no ato da rescisão, constou no TRCT a seguinte

ressalva:
No entanto, o objeto da presente ação se trata das diferenças não
presente
pagas na rescisão
contratual,postoquenãoháquesefalaremrescisãopor“FORÇAMAIOR
nãoháquesefalaremrescisãopor“FORÇAMAIOR”,conformesedepree
nãoháquesefalaremrescisãopor“FORÇAMAIOR
nde da simples leitura do art. 501 da CLT, que conceitua e deixa expressa a hipótese
de caracterização de “forçamaior”comocausaderescisãodoscontratosdetrabalho.
“forçamaior”comocausaderescisãodoscontratosdetrabal
Nesse sentido, entende-se por força maior, todo acontecimento
INEVITÁVEL, emrelação à vontade do empregador, e para a realização do qual
este não concorreu direta ouindiretamente. Essa é a literalidade da Lei (art. 501
da CLT).

Ocorre que esta não é a realidade vivenciada pela reclamada.


Conforme já exposto acima e juntado aos autos, a mesma há mais de 01 ano não
efetua o recolhimento do FGTS (prazo este bem anterior ao início da pandemia).
Ainda assim, conforme faz prova documental, a reclamadahá mais
de dois anosvem enfrentando dificuldades financeiras, estando endividada e não
conseguindo honrar com as suas obrigações assumidas, inclusive prejudicando o
bom andamento da atividade empresarial.
Os documentos carreados aos autos comprovam que a ré há tempos
encontrava-se fragilizada financeiramente e sem condições de atuar de forma
competitiva junto ao mercado. Tanto é verdade que os relatórios e histórico de e-
mails juntados aos autos, comprovam a ausência de peças junto ao estoque e ainda
a incapacidade de implantação de programas de melhorias de gestão.
Compreenda que a força maior somente seria devida se fosse um
acontecimento imprevisível, involuntárioe causado por agente externo, situação
que não é, em hipótese alguma, a vivenciadanopresentecaso.Trata-
sedenotóriaimprevidênciadoempregador,enãode“forçamaior”, tanto que nenhuma das
empresas concorrentes da ré se viu obrigada a encerrar asatividades.
Vale notar que a própria CLT estabelece que, em caso
deimprevidência doempregador, não há que se falar em força maior. Vejamos:

Art.501§1º-
Aimprevidênciadoempregadorexcluiarazão de
força maior. (grifonosso)

O fato é que a reclamada já vinha, antes do início da pandemia,


atrasando com suas obrigações contratuais, por imprevidência da mesma. Perceba
que utilizar o estado de CALAMIDADE
PÚBLICA,porsisó,nãoconfiguraaFORÇAMAIORenãotornalegalareduçãodasverbasna
rescisão contratual dostrabalhadores.
Reitera-se, a documentação em anexo faz prova incontestável de
que a empresa-ré já vinha, de modo reiterado, descumprindo o contrato de trabalho
dos empregados e em condição de fragilidade financeira.
Nãoédemaisregistrarque,umadasempresasdogrupoeconômico(SAIN
TMARTIN AUTOMÓVEIS LTDA) que atuava no mesmo segmento do
estabelecimento em que se ativava o obreiro
(CEVELCECÍLIOVEÍCULOS),aaproximadamente01(um)ano,
antesdoiníciodapandemia,realizou
aVendadaBandeiradeRepresentaçãodaMarcaPeugeot,comdemissãodefuncionáriose
praticamente encerrando suas atividades, mesma atitude ora tomada pela primeira
Reclamada. O fechamento das concessionárias de veículo do grupo econômico,
como visto, foi precedido de mera imprevidência das
empresas,enãodeumrealmotivode“forçamaior”.
A ex-empregadora pretende, tão somente, aproveitar-se de uma
situação de
pandemia,queassolouomundotodo,paratentarforjaruma“forçamaior”quedefatonãoocorrenoca
so concreto.
Diante de tais constatações, e sem mais delongas, requer seja
declara a NULIDADE DA DISPENSA POR FORÇA MAIOR, com consequente
reconhecimento da DISPENSA SEM JUSTA CAUSA como sendo o motivo da
rescisão contratual.

IV – DAS VERBAS RESCISÓRIAS EINDENIZATÓRIAS

No presente caso, tendo como base a Rescisão sem justa causa do


contrato de trabalho, o Reclamante tem direito ao recebimento das seguintes parcelas:

DA DIFERENÇA NOS RECOLHIMENTOS DE FGTS E DA DIFERENÇA DA MULTA


RESCISÓRIA

Conformejáexpostonaexordial,areclamadanãoprocedeuaintegralidade
dopagamentodoFGTS da forma cominada em lei. Ainda assim, não houve a projeção
do aviso prévio no contrato de trabalho. Logo, é devido ao obreiro o pagamento das
diferenças do depósito do FGTS do período de projeção do aviso prévio
indenizado.Requer!
Neste esteio é de direito do Autor ainda o recebimento da diferença
da multa rescisória. Informa que a reclamada procedeu o pagamento parcial de 20%
(Modalidade de Rescisão: Força Maior). Razão que requer ao douto juízo a
condenação da empresa-ré, ao depósito do FGTS até o último dia de labor da
autordemodointegral(inclusivecomasdevidasatualizaçõesecomputodoperíododeprojeç
ãodoaviso prévio), devendo ainda a multa rescisória ser calculada sobre o FGTS de
todo o contrato de trabalho, admitindo a compensação do valor pago pela
Reclamada.Requer!

DO AVISO PRÉVIO/ ACRÉSCIMO DE 03 DIAS/ANO

Édevidoaoreclamanteconformeoparágrafo1ºdoartigo487daCLT,eaind
aoinciso XXI do artigo 7º da Constituição Federal de 1988, a verba relativa ao Aviso
Prévio na modalidade indenizada, com o acréscimo (conforme a Lei n 12.506/2011)
de 03 dias por anotrabalhado.
Assim,oreclamantefazjusàpercepçãode 45
diasdeavisoprévioindenizado,por ter laborado por 5 (cinco) anos na Reclamada,
conforme planilha elaborada logoabaixo.
Faceaoexpostorequeraojuízoopagamentodoavisoprévioindenizado,ac
rescidos dos 03 dias por ano trabalhado, inclusive com a integralização da média
remuneratória do obreiro, conforme contrachequesanexos.
Requer,ainda,queoperíododeavisopréviosejaintegradoaocontratoeco
nsiderado como tempo de serviço para todos os efeitos, inclusive para fins de baixa
na CTPS, conforme entendimento contido na OJ nº 82 da SDI 1 doTST.

DA RETIFICAÇÃO NA CTPS DO OBREIRO

Oobreirolaborouaté21deagostode2020,dataemquehouvearupturadoc
ontrato de trabalho. No entanto, não fora respeitado a projeção do aviso
prévioindenizado.
Logo, requer que seja retificada a CTPS do autor, constando
como saída adata de 06/10/2020, tendo em vista a projeção do aviso Prévio
indenizado de 45 (quarenta e cinco) dias. Requer!

DAS DIFERENÇAS DAS FÉRIAS E 13º SALÁRIO

FÉRIAS-
ÉdevidoaoReclamante,combasenoartigo7o,incisoXVIIdaConstituição
Federal,enosartigos129,134,137e146daCLT,opagamentodasférias.Destaca-
sequeoreclamante, apesar de ter tido as férias lançadas pela Reclamada, as
mesmas não foram gozadas, tampouco pagas na forma devida, fazendo jus o
Reclamante:

FÉRIAS INTEGRAIS + 1/3 - com referência ao período aquisitivo de


15/01/2019 a 14/01/2020 – Estas foram lançadas pela Reclamada como gozadas no
período de 23/03/2020 a 05/04/2020 e 25/06/2020 a
10/07/2020.Todavianãoháquesefalaremgozodeférias,vezqueaReclamadalançouestep
eríodode
fériasnointuitodecobrirasdatasquenãopermitiuolabordoAutor,nãohouveavisocomant
ecedência
de48:00h,tampoucoopagamentodasmesmasnoprazolegal,fazendojusoautoraop
agamento das férias em dobro nos termos da Sumula 450 do TST que
assimdispõe:

Súmula nº 450 do TST: FÉRIAS. GOZO NA ÉPOCA PRÓPRIA.


PAGAMENTO FORA DO
PRAZO. DOBRA DEVIDA. ARTS. 137 E 145 DA CLT. (conversão da
Orientação Jurisprudencial nº 386 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT
divulgado em 21, 22 e 23.05.2014
É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o
terço constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que
gozadas na época
própria,oempregadortenhadescumpridooprazoprevistonoart.145domes
modiploma legal.
Assim, requer o pagamento das férias integrais + 1/3, ao período
aquisitivo de 15/01/2019 a 14/01/2020em dobro.

FÉRIAS PROPORCIONAIS + 1/3 - com referência ao período


aquisitivo iniciado em 15/01/2020 a reclamada procedeu com pagamento das férias
de modo errôneo. Lançou no TRCT: 4/12 avos. Todavia o autor faz jus ao pagamento
de 9/12 avos de férias proporcional, visto o contrato de trabalho encerrar-se em
06/10/2020 com a projeção do aviso prévio. Requer o pagamento da diferença das
férias proporcionais (5/12 avos) conforme abaixo liquidado.

13º SALARIO – Faz jus o Reclamante à diferença do pagamento do


13º Salário proporcional referente ao ano de 2020, inclusive devendo contar o
período de projeção do aviso prévio
indenizado,sendoadatadedesligamentodoobreiroem06/10/2020,inclusaaprojeçãodoav
isoprévio. AReclamadalançounoTRCTdeformaequivocada,apenas
4/12de13ºsalário.Requeradiferença(5/12 avos) conforme planilha de cálculoabaixo.

DA MÉDIA REMUNERATORIA

Pugnaquesejacomputadoporestejuízocomomédiaremuneratóriaoimpo
rtedeR$ 1.844,46 (hum mil, oitocentos e quarenta e quatro reais e quarenta e seis
centavos), calculo médio considerado os contracheques anexos.

DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

A reforma trabalhista introduziu o artigo 791-A na CLT permitindo a


concessão de honorários de sucumbência, vejamos:

Art791A-
Aoadvogado,aindaqueatueemcausaprópria,serãodevidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5%
(cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre
o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o
valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467,
de13.7.2017)
§ 2º Ao fixar os honorários, o juízo observará: (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
I - o grau de zelo do profissional; (Incluído pela Lei nº
13.467, de 13.7.2017)
II - o lugar de prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº
13.467, de 13.7.2017)
III -
anaturezaeaimportânciadacausa;(IncluídopelaLeinº13.467,
de 13.7.2017)
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido
para o seu serviço. (Incluído pela Lei nº 13.467,
de13.7.2017

Logo, pugna ao douto juízo o arbitramento dos honorários de


sucumbência de acordo com a previsão do artigo 791-A da CLT, em 15% o que
desde já requer!

ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA

Na esteira da atual jurisprudência do C.TST, requer seja utilizado


como índice de correção monetária o IPCA-E em detrimento da TR, uma vez que
esta não recompõe as perdas inflacionárias. Nesse sentido, transcrevo trecho do
acórdão proferido nos autos da RT nº 011850-77.2018.5.18.0201:

O E. STF, ao final do julgamento da Reclamação 22.012/RS,


reconheceu a constitucionalidade - e, portanto, a validade e a eficácia -
da decisão tomada pelo TST nos autos do ArgInc 479-
60.2011.5.04.0231, no sentido de declarar a inconstitucionalidade da
expressão "equivalentes à TRD", inserta no art. 39 da Lei n°8.177/91,
definindo a variação do IPCA-E, a partir de 25/03/2015, como fator de
atualização monetária dos débitos trabalhistas na Justiça do Trabalho.
Dessemodo,comapacificaçãodotemanaórbitadoSTF,encontra-
sesuperado
odebatesobreaincidênciadoíndiceconstantedocaputdoart.39daLei8177/9
1na
atualizaçãodosdébitostrabalhistas,prevalecendo,apartirde25.03.2015,oI
PCA-E,nos
exatostermosdadecisãoproferidapeloPlenodoTSTnoArgInc479-
60.2011.5.04.0231. Impende salientar ainda que, nos autos doRO-
24059-68.2017.5.24.0000,a Subseção II Especializada em Dissídios
Individuais do TST suscitouincidentede
inconstitucionalidadedo§7°doart.879daCLT,introduzidopelaLei13.467/20
17,eque fazremissãoàLei8177/91.Oincidente,contudo,encontra-
sependentedejulgamentoe sem determinação de suspensão dos
processos que tratam da matéria.
De todo modo, a respeito do teor do § 7º do art. 879 da CLT,
introduzido pela reforma, esta Eg. 1ª Turma tem entendido que, como
foi mantida a regra anterior, declarada inconstitucional, deve prevalecer
o último posicionamento do TST, segundo a
qualoíndicedecorreçãoaseraplicadonaatualizaçãodoscréditostrabalhista
séoIPCA- E.

Assim, tem-se que a partir de 25/03/2015 deve ser utilizado o IPCA-E


como fator de atualização monetária.

V - RESUMO DECÁLCULO

Salário: R$: R$ 1.844,46


Data de admissão: 15/01/2015
Data de encerramento: 06/10/2020 (com a projeção do Aviso Prévio e acréscimo de
3 dias/ano)
VERBAS TRABALHISTAS VALORES
Aviso Prévio indenizado R$ 1.844,46
Acréscimo de 03 dias/ano (15) R$ 922,23
13º Salário 2020 – diferença 5/12 avos R$ 768,52
Férias integrais 2019/20 + 1/3 – Em Dobro R$ 2.459,28
Férias Prop. 2020 +1/3 - diferença 5/12 avos R$ 1.024,07
FGTS (diferença) R$: 282,57
Multa de 20% FGTS - Reversão para demissão pelo R$: 1.811,50
empregador
Multa de 40% sobre FGTS (diferença) R$: 113,02
Honorários Advocatícios R$: 1.383,84
Total dos Pedidos R$: 10.609,49

V– DOS PEDIDOS

FACE AO EXPOSTO, com base na Constituição Federal de 1988,


Consolidação das
LeisdoTrabalho,EnunciadosdoColendoTST,InstrumentosColetivosdeTrabalhoedemai
sdisposições legais aplicáveis à espécie, diante de toda fundamentação exposta e
diante do acolhimento da rescisão do contrato de trabalho,REQUER:

a) A notificação das reclamadas para comparecer à audiência inaugural e, querendo,


conteste a presente sob pena de revelia e confissão quanto à matéria defato.

b) SejaconcedidoosbenefíciosdaAssistênciaJudiciáriaaoReclamante,emconformidadeco
moArtigo5º, inciso LXXIV da Constituição Federal, artigo 790, §§ 3º e 4º da CLT e
artigo 98 do CPC, por se tratar a demanda de natureza salarial, estando
impossibilitado o Reclamante de arcar com custasjudiciais.

c) A condenação SOLIDÁRIA das Reclamadas sobre a responsabilidade de pagamento


das verbas de direitodo Reclamantenostermosdoartigo2º, §2ºdaCLT.

d) Que seja reconhecida a REVERSÃO DA DEMISSÃO POR FORÇA MAIOR PARA


RESCISÃO SEM JUSTA CAUSA, condenando as Reclamadas no pagamento das
verbas pleiteadas: Aviso Prévio indenizado com acréscimo de 03 dias ano,
diferenças das férias proporcionais + 1/3, diferenças do 13º
salário(2020),integralizaçãodoFGTSdoperíodocontratual,inclusiveprojeçãodoavisopré
vioacrescido da multa de 40%, férias integrais em dobro, honorários advocatícios e o
pagamento da multa sobre a totalidade do saldo do FGTS no percentual de 20%
(vinte por cento) visto o pagamento a menor no ato da rescisão, sob pena de
indenização compensatória aos depósitos, art. 186 do CódigoCivil.
e) Requer ainda a retificação na CTPS do obreiro, constando como data de ruptura
contratual em 06/10/2020, requerendo desde já a projeção do aviso
prévioindenizado.

f) Requer como média remuneratória o importe de R$ 1.844,46 (hum mil, oitocentos e


quarenta e quatro reais e quarenta e seis centavos), calculo médio considerando os
contracheques anexos doReclamante.

g) Requer seja utilizado como índice de correção monetária oIPCA-E.

Protesta e requer provar o alegado por todos os meios de provas


em direito admitidos, especialmente orais, testemunhais, periciais, depoimento
pessoal do representante legal da reclamada, sob pena de confesso,etc.

Dá-seàpresentecausaovalordeR$: 10.609,49 ( Dez mil, seiscentos e


nove reais e quarenta e nove centavos )

Nestes Termos,
Pede e espera Deferimento.
Goiânia, 17 de maio de
2021.

xxxxxxxxxxxx

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