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Do caos até a posse

SUPERINTELIGÊNCIA:
DO CAOS ATÉ A POSSE
Paulo Lépore: Boa noite! Está começando agora o treinamento da “Superinteligência Jurídica
para Concurso”. Se você não me conhece, muito prazer, eu sou o professor Paulo Lépore,
um dos coordenadores do Curso Ênfase. E eu estou aqui com o Erik Navarro, Juiz Federal,
Coordenador do Curso Ênfase. Boa noite, Erik!

Erik Navarro: Boa noite, Paulo! Tudo bom, querido?


Queridas amigas, queridos amigos, que bom estar com vocês hoje! Que bom ter a oportunidade
de dizer algo completamente diferente de tudo o que esses caras já ouviram, Paulo.

Paulo Lépore: Completamente diferente. A gente, há meses, prepara esse treinamento da


superinteligência para concursos. Porque, afinal de contas, não é fácil alcançar os cargos que
mais impactam a vida das pessoas em todo o país e que mais impactam a vida das pessoas que
são aprovadas nesses concursos, transformam as próprias vidas, as vidas das suas famílias e
as vidas da sociedade brasileira.

Eu quero aproveitar para cumprimentar o pessoal que está aqui no chat: a Silvane, a Andreia,
o Isaac, a Cláudia, o Rafael, o Joãozinho, o Wagner, Mercês... Pessoal, muito boa noite!
Erik, eu estou muito emocionado de estar aqui. Como é que está o coração aí?

Erik Navarro: Ah, eu estou muito feliz, pessoal. Eu estou muito feliz pelo seguinte: a gente fez
um mergulho profundo, a gente estudou muito para estar aqui hoje. Não é só a questão de
trazer os tantos anos de experiência que o Ênfase tem preparando as pessoas e tal, e falar de
como é que a gente faz... Não é só o “porquê”, não é só o “como”, mas é “o que é que você faz
para ser como você tem de ser, para passar em concurso”.
O que vai acontecer hoje aqui é uma revolução de vida, Paulo.

Paulo Lépore: Exatamente!

Por quê?
Porque a gente vê, muitas vezes, cursos preparatórios falando sobre conteúdo que você precisa
estudar, mas pouca gente fala sobre como você faz para extrair o máximo do conteúdo, para
ativar a sua superinteligência. E é o que a gente vai começar a revelar hoje.

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Você vai participar de um treinamento de três dias — hoje, amanhã e depois — comigo, o Erik,
o professor João Mendes, o Érico Teixeira, e a gente vai entregar para você ouro puro. Você
vai sair de cada um dos dias desse treinamento com uma verdadeira transformação.
Hoje a gente vai falar bastante sobre inteligência cognitiva, sobre inteligência emocional...
Vamos trazer algumas surpresas ao longo desta live.

Você que já estava inscrito deve ter recebido um dos materiais. É só um dos pontos que a
gente vai abordar nesta noite. Então, fica com a gente. Não vai ficar disponível depois. Tem
de estar aqui agora ao vivo.

E quero aproveitar para lhe convidar para fazer o quê?


Primeiro, para dar um like no nosso vídeo, para fortalecer essa nossa energia, esse nosso
movimento. E também para compartilhar esta live.

Por que a gente pede para compartilhar?


Porque a gente sabe que a jornada de estudo para concurso é muito solitária, e a gente também
sabe que nos concursos de alta performance, você, na verdade, não está concorrendo contra
ninguém; você está concorrendo só contra você.
Porque nos concursos jurídicos de alta performance — dando exemplo de concurso de Juiz
Federal — sobram vagas. Abre-se um número de vagas, e as vagas não são preenchidas.

Por quê?
Repito: porque, na maioria das vezes, não é contra alguém que você está concorrendo, você
precisa atingir um nível a partir do qual você está apto a exercer a função.
É mais ou menos isso, não é, Erik?

Erik Navarro: Não, é exatamente isso, Paulo. E, na verdade, como sobram vagas, aquele cara
que você está vendo como concorrente é o seu parceiro, e vocês vão se apoiar para chegar lá
juntos. A gente vai falar muito disso também e de “otras cositas más”.

Paulo Lépore: Maravilha. Maravilha.


E a gente quer aproveitar para dizer o tanto que a gente está absolutamente conectado, Erik,
com aquilo que quem está inscrito neste evento está sentindo neste exato momento.

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Coloca na tela para a gente, pessoal... A gente reuniu alguns depoimentos de pessoas que
compartilharam com a gente os sentimentos delas neste exato momento do treinamento.

Então por que as pessoas estão aqui? Por que elas estão aqui conosco? Por que as pessoas
que estão aí do seu lado no chat estão aqui?
Aí o Carlos disse: “eu quero proporcionar uma vida melhor para a minha família”. O Alberto
disse que quer mudar de vida. O Eduardo disse que pode fazer o melhor para o próximo,
tornando uma sociedade mais justa e solidária. A Carla disse que o que motiva ela — está difícil
de eu enxergar, mas… — é dar mais um passo, que ela já se sente no meio da escada e o pódio
é bem lá em cima. Ela pensa que a cada questão feita, compreendida e absorvida, ela subiu
um degrau. E é verdade!

A Kátia disse que é por necessidade de buscar uma qualidade de vida melhor. O Ítalo disse que
é a fé de que tudo pode melhorar, “de que eu posso ser agente dessa melhoria, começando
a transformação em mim mesmo”.

E a Rysiliane disse que o que motiva ela é o filho dela, que ela está desempregada e morando
no interior, que não tem perspectiva de nada, que quem a ajuda é a mãe dela, e ela se vê
uma policial civil, que sempre foi o sonho dela, e dar uma vida melhor para mãe dela e para
o filho dela.

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E eu tenho certeza de que esses depoimentos que a gente acabou de ler, Erik, são depoimentos
que se conectam também com você, com o seu desejo de transformar a realidade, a realidade
sua, da sua família, a realidade brasileira, e de construir, no fim do dia, um futuro melhor.
E, como a gente sempre diz aqui no Curso Ênfase, para de ficar acreditando nesses gurus de
internet que dizem que a sua vida precisa ser um inferno enquanto você está estudando para
concurso. Isso não funciona.

Nos concursos jurídicos de alta performance — a gente vai falar sobre isso nos três dias —, o
que você precisa desenvolver é resistência, resiliência, antifragilidade, equilíbrio, ser feliz no
processo de estudo, para você conseguir chegar até o final da maratona. Não é, Erik?

Erik Navarro: É isso mesmo, Paulo! Eu sempre falo isso, pessoal. E eu acrescentaria: a sua vida
não precisa ser um inferno, e também não tem vida perfeita, por isso que precisa de resiliência.
Então, agora é hora de parar de acreditar em bobagens, parar de acreditar em “blábláblá”, e
perceber o processo estruturado de melhora que a gente vai trazer para vocês hoje.

Paulo Lépore: Erik, eu queria convidar todo mundo que está aqui nesse chat, nessa live, para
se juntar ao nosso movimento. Hoje, o primeiro episódio do treinamento se chama “Do Caos
até a `Posse”. Eu quero ver subir a hashtag aqui no chat: #docaosatéaposse. Bora ver subir
essa hashtag, Erik.

Erik Navarro: Tem de subir essa hashtag mesmo, Paulo. Porque o negócio é o seguinte: o que
a gente vai falar aqui hoje é bruto.

Paulo Lépore: É bruto.

Erik Navarro: É bruto, é raiz, é conteúdo pesado, para transformar você. Porque, veja: se você
acha que estava fazendo alguma coisa errada, e se você acha que vem fazendo errado faz
tempo, não é uma brisa que vai mudar alguma coisa; é um furacão. Então, para você entrar
no olho do furacão, você tem de estar comprometido. O mínimo que você pode fazer é botar
a hashtag ali.

Paulo Lépore: Porque o que a gente está fazendo aqui, pessoal, é formar uma comunidade.
Porque a gente sabe que você, no seu dia a dia, vai ter poucas pessoas perto que vão entender
a sua luta, entender a sua dor.

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Por quê?
Quando você quer passar em um concurso jurídico de alta performance, você está falando
em sair da média. Se você sai da média, quando você olha em volta, só vê pessoas na média.
Então, é aqui que você tem de fortalecer esse sentimento de comunidade, de a gente estar
junto, bebendo da mesma água, sentindo a mesma energia.

E vou te falar: a gente está com 700, quase 800 pessoas ao vivo, e tem um desafio aqui, Erik.
Se a gente bater mil pessoas ao vivo, no final a gente vai mandar uma surpresa para as pessoas,
relacionada a este primeiro dia de treinamento.
Então, eu quero ver o nível de comprometimento aqui de mandar esta live, compartilhar esta
live, para a gente bater mil pessoas ao vivo aqui no nosso treinamento, e a gente mandar essa
surpresa no final da live.

Erik Navarro: Já manda preparar a surpresa. Eu tenho certeza de que o pessoal vai fazer isso.

Paulo Lépore: Muito bom, muito bom.

Erik, além daqueles primeiros depoimentos que a gente viu, a gente tem outros depoimentos
que acho que seria legal você compartilhar com o pessoal.

Erik Navarro: Eu vou compartilhar com o maior prazer, pessoal. Coloca aí na tela.

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Eu tenho falado muito com os alunos por rede social, tenho recebido muitas mensagens inbox,
e é isso.
Você vê, por exemplo, a Juliana: “trabalho, cuidar de casa, da saúde. Parece que eu nunca vou
conseguir cumprir o cronograma, sempre com matéria atrasada”. Caos!

Paulo Lépore: É o caos.

Erik Navarro: É o caos. O caos não é só da Juliana. A Juliana representa milhares de pessoas.
Veja a Bárbara: “O famoso ‘Jacques.’ ‘Já que você está em casa’, ‘já que terminou a
videoconferência’ [...] Fica desgastante fincar o pé e toda hora reafirmar limites, quando a
gente retoma os estudos já tá difícil recobrar o foco…” Comportamento repetitivo…

Olha a Betânia: “Não sei o que estudar primeiro. Muito material que não consigo organizar.
Fora o tempo, o cansaço.” De novo, caos e sentimento de impotência.

A Eunice: “Conciliar várias coisas.” A vida é complexa, pessoal.


“Difícil permanecer organizado”, diz o Charles.

E olha a Elaine: “As atribuições do dia a dia, a família e filhos desgastam tanto que chega no
final do dia e eu não tenho mais gás para nada... Parece um carro sem bateria.”

Você já se sentiu assim?


Eu tenho certeza de que sim. E é isso que a gente vai mudar a partir de agora.
Por isso é um treinamento. Não é, Paulo?

Paulo Lépore: É um treinamento, com tudo que a gente tem de melhor, reunido em todos os
anos que o Ênfase é líder em aprovação em concursos jurídicos, há mais de 20 anos.

E a história é tão bonita, e a gente quer dar uma injeção de ânimo em você agora, que nós já
temos vários alunos que foram aprovados nos concursos jurídicos de elite e que, o melhor de
todos, vieram ser os nossos professores e integrar a família ́Ênfase.

E seria legal, então, agora, vocês verem dois depoimentos curtinhos de ex-alunos do Ênfase,
que foram aprovados em concursos jurídicos de elite e hoje são nossos professores. Pode
rodar os depoimentos aí!

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LAIZ MELLO:
Olá! Eu sou a Laiz Mello, Procuradora da República, aprovada no último concurso
do MPF, o 29º Concurso para Procurador da República. Hoje estou aqui para falar um
pouquinho para vocês sobre como o Ênfase mudou a minha trajetória rumo à aprovação
para o concurso público dos meus sonhos.

Eu posso dizer, sem sombra de dúvida, que o Curso Ênfase foi essencial para a minha
aprovação. Antes de entrar para o Curso Ênfase, eu era totalmente perdida, não sabia
por onde começar, não sabia o que fazer com os meus estudos. E, a partir do momento
em que eu tive um direcionamento, tive contato, a partir de aulas, com as matérias que
eu tinha mais dificuldade ou aqueles pontos do edital do concurso de que a gente nunca
tinha ouvido falar, não sabia por onde começar… às vezes, era até difícil de encontrar
em livros.

Esses pontos específicos e as matérias com as quais eu tinha maior dificuldade, esses
foram os principais pontos que me ajudaram no Curso Ênfase. Sem sombra de dúvida,
a partir do momento em que eu tive esse direcionamento dos pontos mais frágeis da
minha trajetória, desde a faculdade até a parte de concurseira, esse foi, com certeza, o
principal diferencial do Curso Ênfase.

Hoje, com certeza, eu indico o Curso Ênfase para todo concurseiro que deseja aprovação
no cargo dos seus sonhos, porque, com certeza, vale a pena. Ainda mais hoje, com a
plataforma totalmente diferenciada e metodologia renovada, o Curso Ênfase certamente
pode ajudar você a se organizar e a trilhar o seu caminho rumo à aprovação.

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RODRIGO DUARTE:
Oi, gente, tudo bem? Meu nome é Rodrigo Moura Duarte, eu sou Advogado da
União. E, para chegar lá, eu fui aluno do curso e também fui monitor, e hoje em dia
também sou professor do curso, com muito orgulho.

E a preparação que eu fiz para chegar aonde cheguei, no cargo que eu tenho, foi muito
essencial eu ter usado o Ênfase, porque, além de ter a aula bem voltada para o concurso,
ele ajudava na maneira de estudar, naquele foco, naquela ênfase no que é relevante, no
que você tem de dar mais atenção, e como estudar, a maneira de estudar, fazer questão.

Isso desde a época em que eu era concurseiro até hoje em dia, o Curso fazia, faz, e tomara
que continue fazendo, porque é um caminho muito importante, muito essencial para
que as pessoas possam chegar no cargo que desejam.

Então, assim, eu sempre agradeço muito a minha vida no Ênfase, como aluno, monitor,
e hoje, com muito orgulho, como professor. Abração!

Paulo Lépore: Que maravilha, gente. Então estão aí a Laiz Mello e o Rodrigo Duarte, nossos
colegas aqui do Ênfase, que foram alunos.
Eu tenho certeza de que muita gente se espelha nas histórias deles para poder vir fazer essa
mesma trajetória e estar um dia aqui com a gente, ministrando as aulas no Ênfase e ajudando
nessa missão de transformar a vida das pessoas e o direito no Brasil. Não é, Erik?

Erik Navarro: É verdade. É um orgulho para a gente. A gente fica muito feliz. Mas, o que eu
queria ressaltar nesses depoimentos está ali no comecinho, por exemplo, do depoimento
da Laiz: “eu me sentia perdida”. Ou seja, a Laiz é como a Juliana, é como a Bethânia, é como
todas as pessoas que nós conversamos aqui. Ela precisava de um caminho, ela precisava ser
colocada nos trilhos.
Agora, ela desejou isso, ela se abriu para isso e ela acreditou nisso. É exatamente isso o que a
gente vai fazer com você hoje.

Vamos começar a nossa aula.

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Paulo Lépore: Bora!

Pessoal, seguinte, agora quero comprometimento de vocês. Já que vocês estão aqui dedicando
esse tempo, a estratégia é: vamos extrair o melhor desse tempo.
E um dos pontos que a gente vai trabalhar aqui é o quanto você precisa potencializar o tempo
que você tem dedicado ao concurso, o tempo que você vai dedicar à sua preparação.

Então, eu quero pedir para que você, se estiver deitado, sentado meio de lado, levanta, senta
em uma mesa, em uma cadeira, pega um papel e uma caneta, porque agora vai começar um
treinamento.

Não é uma “livezinha”, não é uma conversinha. É um treinamento, com as mais sofisticadas
técnicas de neurociência da aprendizagem e aprendizagem do direito, que vão mudar para
sempre a sua trajetória de preparação para concurso jurídico.
E o Ênfase não brinca com os seus sonhos. Se não fosse verdade e profundo o que a gente vai
entregar aqui hoje, a gente não estaria fazendo essa promessa. Não é, Erik?

Erik Navarro: É isso mesmo, Paulo. Então, o negócio é o seguinte, pessoal: agora é conteúdo
de verdade...
“Ah, mas vai ser pesado.”

Cara, olha só, é um método. Você vai aprender um passo a passo. Agora, tem uma teoria por
trás. Então, não tem “blábláblá”, é papo sério. Você está com caneta na mão, você está sentado
à sua escrivaninha, e agora você vai começar a aprender e vai começar a mudar hoje.

Paulo Lépore: Beleza, Erik. Obrigado. Agora é comigo. Daqui a pouco eu te chamo.

Erik Navarro: Valeu. Arrebenta! Daqui a pouco eu volto, galera. Manda bala.

Paulo Lépore: Vamos lá, pessoal. Então, agora vai começar o treinamento da superinteligência
jurídica para concursos.

E o que nós vamos falar aqui não veio da minha cabeça, ou da cabeça do Erik, do Érico, ou
do João. É a neurociência aplicada à aprendizagem mais os mais de 20 anos de experiência
do Ênfase. Tudo o que já aconteceu de sucesso na trajetória dos nossos alunos e dos nossos
professores foi embalado nesse treinamento, que começa agora.

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Por que, qual é a chave?
A chave é a seguinte: se você quer alcançar a aprovação em um concurso jurídico de elite,
de alta performance, você precisa partir do mesmo ponto de onde as pessoas que chegam
lá partem.
Então, você precisa ter a mesma base de raciocínio jurídico e de racionalização do direito que
as pessoas que alcançam esses cargos alcançam.

Porque eu sei que você começa a faculdade, no primeiro ano da faculdade, sonha em ser juiz,
por exemplo. E aí, ao longo da faculdade, vai desanimando, pensando “ah, eu não tenho jeito
para isso, eu não sou tão inteligente quanto as pessoas que passam para juiz”.

E o que a gente já viu acontecer, mais de uma vez, aqui no Ênfase, é que pessoas que nunca
foram geniais, nunca foram os melhores alunos, conseguem, adotando as técnicas que nós
vamos passar aqui nesse treinamento, mudar as suas realidades. E, com isso, lograr êxito
nos concursos.

Então, eu vou te explicar, desde a origem, como você faz para fazer a ativação da sua
superinteligência para concursos. Começa agora.

Então, vem comigo. Eu vou começar te contando desde o princípio.


Há mais ou menos 70 mil anos, começou uma coisa muito diferente na história da humanidade,
na história nossa, dos Homo sapiens, que é ali, mais ou menos, há 70 mil anos.

Como é que a gente vivia ali em estado de natureza?


A gente era coletor. A gente ficava andando de um lado para o outro na sociedade em busca
de alimento, em busca de moradia. E a gente era muito bacana naquela época, a gente tinha
um físico bem mais forte, a gente se alimentava de forma correta.
E, depois de um tempo, a gente começou a ter que se desenvolver um pouco mais para a gente
buscar aumentar o nosso número de indivíduos na sociedade.

O que começou a acontecer?


O ser humano sempre foi um pouco mais diferente dos outros mamíferos, dos outros animais.
E, aí, naquela época, há 70 mil anos, a gente não era o animal mais forte fisicamente. A gente
acabava sendo vitimado por animais que tinham mais força do que a gente. Só que a gente já
tinha uma inteligência um pouco diferente da maioria dos outros animais.
Então, aconteceu uma primeira revolução, chamada de revolução agrícola. E essa revolução
agrícola, além de permitir que a gente deixasse de ser coletor e começasse a se fixar nos lugares,
permitiu que a gente tivesse um aumento no número de indivíduos da nossa espécie, do
Homo sapiens.
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E isso, na natureza, é o que existe de mais importante, a gente conseguir se multiplicar, se
tornar numeroso, para poder dominar as outras espécies. Tudo é sobre sobrevivência.

E essa experiência de evolução do Homo sapiens, em que a gente começou a dominar a


natureza, a dominar a produção de alimentos, começou a gerar abundância e começou a
gerar mais racionalidade.

Essa racionalidade e essa abundância começaram a — repito, como eu te disse — fazer com
que a nossa sociedade aumentasse de tamanho. Nós deixamos de viver em pequenos grupos
e começamos a nos aglomerar, nos acumular na vida em sociedade.

E, aí, essa aglomeração, esse acúmulo de indivíduos nos mesmos ambientes gerou o quê?
Gerou muita tensão.

Quando começou a sobrar alimento, começaram as disputas por esse excesso de alimentos.
Então, a sociedade começou a ficar complexa demais.
E, aí, não dava mais para viver como animais.

Por que, quando a gente tem uma complexidade de problemas para resolver, vivendo
como animais irracionais, como é que a gente resolve o problema?
Um mata e o outro morre. É assim que resolve.

Só que nós temos uma capacidade intelectiva diferente dos outros animais, que faz com que a
gente, em vez de querer resolver os problemas matando ou morrendo, a gente queira resolver
os problemas raciocinando, racionalizando sobre os problemas.

“Paulo, o que isso tem a ver com a superinteligência para concursos?”


Tem a ver no seguinte aspecto: se você conhece por que o ser humano se diferenciou dos
outros animais e como o cérebro humano se desenvolveu, hoje você consegue, no dia a dia,
perceber o que tem que mudar para ativar a melhor versão do seu cérebro, que é o que nós
vamos falar daqui a pouco.

Mas eu quero que você guarde essa informação muito importante: o ser humano começou a
se diferenciar a partir do momento em que deixou de agir como um animal irracional, guiado
pelos seus instintos de sobrevivência, e passou a racionalizar sobre a resolução de problemas.
E existe, minha cara amiga e meu caro amigo, um grande marco nessa história toda, que eu
vou colocar aqui na sua tela e você vai guardar comigo, que foi a revolução que culminou na
nossa inteligência cognitiva.
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Presta muita atenção! A inteligência cognitiva é o primeiro elemento sobre o qual nós vamos
falar dentro da nossa grande ideia, que é a superinteligência para concursos.

A inteligência cognitiva ou o cognitivo significa o quê?


Cognoscente, cognoscer é conhecer. É a inteligência que a gente usa para conhecer as coisas,
conhecer algo, desenvolver um conhecimento sobre algo.

E quando a gente estuda o Direito, o que a gente estuda – em primeiro lugar – lá nas
primeiras aulas de Direito?
A gente estuda um Código muito famoso que eu vou colocar aqui na sua tela.

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Esse Código aí, olha.
“Paulo, eu nunca imaginei que nesse treinamento da superinteligência para concurso, você
fosse me mostrar o Código de Hamurabi!”
Quem aqui sabia que essa figura que era o Código de Hamurabi, lá no primeiro ano da
faculdade, entrou lá o seu professor de História do Direito ou seu professor de Introdução ao
Direito e te mostrou esse Código de Hamurabi. Aliás, recomendo muito que, assim que você
tomar posse no seu concurso jurídico dos sonhos, vá lá no Museu do Louvre, em Paris, para
ver o Código de Hamurabi, que está lá.

Por que eu estou trazendo o Código de Hamurabi no treinamento da superinteligência?


Porque o Código de Hamurabi é um grande marco não só para o Direito, ele é um marco de
evolução da humanidade e da evolução da inteligência, que nós vamos te ensinar a ativar de
um jeito especial nesse treinamento.
Esse Código de Hamurabi foi desenvolvido pelo Rei do Império Babilônico, o Rei Hamurabi
(lá do Século XIII a.C.) teve a brilhante ideia de criar esse Código. O Código de Hamurabi, com
mais de 280 leis, com mais de 280 princípios de vida em sociedade.

Para que foi criado esse Código, pessoal? Lembra que eu falei que quando teve a
Revolução Agrícola, a grande mudança foi que a gente começou a conseguir criar grupos
mais numerosos de indivíduos em sociedade e esses grupos mais numerosos criaram uma
complexidade maior nas relações sociais?
Pois é. Até essa época em que foi criado o Código de Hamurabi, as normas de convívio social
que serviam para as pessoas se organizarem eram passadas de forma oral de uma sociedade
para outra, de uma geração para outra.

E o que o Hamurabi teve de ideia?


Ele falou assim: “Bom, eu tenho uma sociedade extremamente complexa. Eu estou aqui
liderando um grande Império – o Império Babilônico, de toda a Macedônia – eu preciso usar
a minha racionalidade e eu, como uma pessoa poderosa, vou usar a minha racionalidade para
fazer com que a vida em sociedade aqui seja uma vida mais estável, para unificar o povo. E criou
o famoso Código de Hamurabi, famoso pela Lei de Talião – “olho por olho, dente por dente.”

E o que o Código de Hamurabi trouxe de importante que tem relação com o nosso
treinamento?
Clareza e racionalização sobre o comportamento humano. O Código de Hamurabi foi
importante para isso.

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“Paulo, de novo, o que isso tem a ver com o desenvolvimento de inteligência para
concurso?”
A gente vê muitas vezes as pessoas estudando para concurso com o material correto, buscando
a disciplina correta, mas com a atitude mental errada. As pessoas se deixando levar por
desequilíbrio emocional, sem conseguir racionalizar o ambiente, o momento e o método
correto de estudo para concurso.

E de nada adianta você ter o melhor método, você ter o melhor conteúdo, se você tiver a
mentalidade errada. Se você não conseguir racionalizar, se você não conseguir ter serenidade,
estabilidade no momento que você está estudando para concurso.

Então, a origem da evolução do ser humano, do homo sapiens, é a origem da racionalidade.


E essa racionalidade, ela precisa ser vivida por você hoje no seu estudo para concurso. E,
conforme a sociedade foi ficando mais complexa, essa racionalidade foi mudando de patamar
até chegar nos dias de hoje, em que essa racionalidade te exige ainda mais equilíbrio emocional.

Quando, por exemplo, você tem diante de si um desafio de um celular, que você rola o feed
do seu celular o tempo todo, se nutrindo, se alimentando, em vez de ter a disciplina de estudo
para concurso. Você nem sabe (e nós vamos explicar isso para você) o que acontece no seu
cérebro quando você está fazendo isso, o quanto de racionalidade você perde quando você
está se alimentando de redes sociais e perdendo o foco do seu estudo para concursos.

Porque hoje as pessoas que estão conseguindo lograr êxito num concurso público de alto
desempenho são as pessoas que estão aprendendo a racionalizar ao máximo o entorno em
que elas estão inseridas. Principalmente em um ano pós-pandemia.

Mas, veja, aqui, no Século XII a.C., época do Código de Hamurabi, já era superdifícil essa
racionalização. E a sociedade foi evoluindo ainda mais. E dessa evolução da nossa sociedade,
a gente chega até ainda um período a.C. (mais ou menos ali em 500, 400, 300 a.C.) para duas
outras grandes civilizações: a civilização grega e a civilização romana.

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A civilização grega que ficou muito famosa especialmente pelo desenvolvimento do conceito
de democracia. O desenvolvimento do conceito de democracia que exigiu que as pessoas
participassem do governo. E, mais uma vez, elas racionalizassem as decisões de convívio em
sociedade. Porque viver em sociedade é você abrir mão dos seus instintos de querer matar o
coleguinha pra poder, em nome de uma paz social, ter tranquilidade.

E, aqui, na Grécia, a coisa vai ficando ainda mais complexa, ainda mais difícil. Em Roma, também,
ainda mais complexo e ainda mais difícil, e a humanidade deu mais um salto. A humanidade
deu mais um salto e desenvolveu a tal da filosofia.

“Olha só, Paulo, filosofia! Odeio esse negócio de ficar estudando os filósofos, aí cai agora no
Concurso da Magistratura e eu tenho dificuldades de caminhar por aí.”

A filosofia (não vou dar aula de filosofia aqui, não), ela simplesmente diz que a gente tem que
buscar a criação de pensamentos que nos ajudem a viver. E tem uma corrente filosófica que
está muito na moda agora, e a gente vai invocar aqui para trabalhar com vocês, que se chama
estoicismo. E ela traz lições preciosas para você ter a mentalidade correta do estudo para
concurso.

Lembrando que ainda hoje a gente vai falar sobre planejamento, a gente vai falar sobre método
de estudo e a gente vai falar sobre a forma correta de você usar a sua mente no estudo para
concurso.

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Quando você fala estoicismo, tem que lembrar desse cara que está na tela com vocês, que
se chama Zenão de Cítio.

O que esse cara fez?


Ele fundou essa escola chamada de estoicismo.
Esse cara disse o seguinte, pessoal – dá uma olhada nessa frase: “Todos nós podemos errar,
mas a perseverança no erro é uma loucura.”

O que significa isso?


Significa uma forma que você tem que pensar no seu estudo para concursos e desenvolver
a sua inteligência no seguinte sentido: às vezes, você está há seis meses, um ano, dois anos,
três anos estudando do mesmo jeito, se frustrando em relação aos simulados que você faz e
você não muda sua atitude mental. Você estuda do mesmo jeito. Você lê os mesmos livros,
você usa os mesmos métodos (ou não usa método nenhum) e, com isso, acaba colhendo
sempre os mesmos resultados.

Essa forma de você racionalizar a vida é o que vai permitir você encarar a realidade de que se
você está tendo os mesmos resultados é porque você não encarou a realidade de modificar
os métodos, de modificar a sua atitude mental – que é o que a gente vai te ensinar.

O que eu estou fazendo aqui agora é preparando a sua mentalidade, para poder receber todas
as informações que a gente vai te passar aqui nesse treinamento. Então, presta muita atenção
nessa frase: “todo mundo pode errar, mas a perseverança no erro é uma loucura.” Isso faz parte
de um pensamento humano racional.

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Além disso, o que é importante você saber?

Outra pessoa muito importante desse pensamento chamado de estoicismo.

O sujeito aqui se chama Epicteto, ele disse o seguinte: “Quando alguém está devidamente
focado na vida, não precisa procurar fora de si para obter aprovação”. A gente sabe que quem
estuda para concursos tem uma grande dor que é ficar buscando fora de si a aprovação, que
é ficar querendo a aprovação da família, querendo a aprovação dos amigos, querendo a
aprovação de todo mundo que está no seu entorno.

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E aí, você tem que cair na real em relação a uma coisa que é muito importante: você não vai
encontrar a compreensão das pessoas que estão no seu entorno. Simplesmente, porque as
pessoas não vão entender o ambiente que você está vivendo, elas não vão entender o tamanho
do seu desafio, porque o que você está querendo fazer quando você busca um concurso
jurídico de alto desempenho, é sair da média.

Se você está buscando sair da média, as pessoas que vivem na média, que é a maioria da
população, não vão te entender, elas não vão te compreender, elas não vão ser as pessoas que
vão ter condições de te apoiar. E a partir do momento que você coloca isso na sua cabeça e para
de buscar a aprovação e começa a buscar motivação dentro de você, muda completamente
o cenário.

Então, você tem que entender que você tem que racionalizar, você tem que tomar decisões
sem deixar as emoções tomarem conta de você. E a gente vai te ensinar como fazer isso
objetivamente.

“Paulo, como é que eu faço para ter atitude mental correta? Paulo, como é que eu faço
para ter a mentalidade correta? Paulo, como é que eu faço para não ser dominado pelas
emoções?”
É o que a gente vai falar daqui a pouquinho, de forma objetiva. Agora, o que nós estamos
fazendo é te explicando a importância de você ter essa mentalidade.

E mais um sujeito muito relevante nessa escola filosófica chamada de estoicismo, que é esse
aqui, chamado de Marco Aurélio, que foi um dos imperadores de Roma.

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E aí, ele disse o seguinte: “Execute cada ação da sua vida como se fosse a última. Mantendo
toda a sua atenção naquilo que elegeu como prioridade nesse momento e ficará livre de todas
as outras preocupações.”
A gente sabe que muitas vezes a grande dificuldade é manter o foco. Então, nós teremos um
ponto específico do nosso treinamento sobre foco. Como você faz para manter a atenção e
foco durante os estudos de forma prática, de forma objetiva, para poder chegar aonde você
efetivamente se preparou para chegar.
Então, depois de ter falado com você sobre mentalidade, sobre como você precisa racionalizar
o seu caminho de estudo para concurso, é chegado o momento de a gente ir para o ponto
mais prático, mais objetivo do nosso treinamento.

Até agora, o que foi muito importante você saber?


Até agora, foi muito importante você saber que nós vivemos uma revolução cognitiva, que
é uma revolução que exige que a gente use a nossa racionalidade para a gente aprender
conhecimentos novos. E que as pessoas que chegam lá, nos concursos jurídicos de elite,
não são pessoas que nasceram predestinadas. São pessoas que entenderam esse jogo da
racionalização, que entenderam que não podem ser dominadas pelas suas emoções, que
entenderam que, de forma objetiva, centrada, focada, chegam lá.

“Tá, entendi tudo isso, Paulo, agora quero saber: como? Como é que eu chego lá? Como
é que meu cérebro funciona? Como é que eu racionalizo?”

Erik, está na hora de te chamar para vir aqui continuar o nosso treinamento, que está só
começando!

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E eu quero saber aqui no chat – pode chegar, Erik – e eu quero saber aqui no chat se está
fazendo sentido para vocês o nosso treinamento. Quem acredita que está fazendo sentido,
coloca no chat aqui um “sim” para saber se está fazendo sentido para vocês essa introdução,
Erik, em que a gente falou sobre desenvolvimento de mentalidade de uma inteligência
cognitiva e que a gente vai continuar desenvolvendo agora, de forma mais pragmática, mais
prática, não é, Erik?

Erik Navarro: Legal, Paulinho! obrigado, pessoal, que bacana! Que bacana! Esses dias estava
pensando assim, Paulo: há uns anos eu estava lá lutando no caos, tentando – foi até antes
do concurso público, eu fui um aluno que sofreu muito na escola, tive algumas dificuldades
também na faculdade – e eu olhava para algumas pessoas (isso ainda acontece um pouco,
só que em outro grau) eu olhava para algumas pessoas e falava assim: “poxa, eu queria fazer
igual a esse cara aqui!”

Aí eu pensava: “Pô, então eu vou aprender a fazer como ele faz e daí eu faço.”. Eu entendia
assim, eu dizia: como é que você faz? E o cara falava... É um grande passo você aprender como
é que o cara que chegou lá, fez.

Só que depois, tinha um segundo problema, que era assim: mas como que eu consigo
fazer isso?
E aí, veio o lance da força de vontade, Paulo.

Sabe por quê?


Porque se você não entende o que acontece na sua cabeça, você começa a achar que a força
de vontade é um dom divino que você tem e eu não tenho. E aí, acabou para mim. Game Over,
concorda?

Paulo Lépore: Sim.

Erik Navarro: Porque se eu não tenho, eu nunca vou ter. Então, pessoal, é claro, a gente não
quer mexer aqui com crença de ninguém. As questões históricas, de onde nós viemos e tal. O
que importa agora é a gente falar o seguinte: o que está acontecendo dentro da minha cabeça
quando eu olho e falo: poxa, eu não consigo mudar isso em mim.

Porque não adianta só eu ensinar para você – você, concurseira, você, concurseiro que está
me vendo – qual é o jeito certo de você estudar. Você precisa acreditar o jeito certo e você
precisa conseguir implementar.

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Então, hoje, o que a gente está fazendo aqui é algo inédito, porque está cheio, obviamente,
de curso preparatório ou de gurus concurso público que ensinam método (a maioria tudo
errado, método sem base científica), mas tudo bem. Métodos têm vários na prateleira para
você pegar um.

Agora, como é que você implementa o método de verdade?


Com o que vem antes do método. É isso que a gente vai ensinar hoje, e é sobre isso que eu
vou começar a falar agora com vocês. Não é isso, Paulo?

Paulo Lépore: É isso, Erik! Está contigo agora! Vai lá!

Erik Navarro: Legal, querido! Vou lá mesmo. Bacana, pessoal. Então, olha, para você entender
como que você começa a mudar o seu comportamento, você precisa concordar comigo num
ponto. E o ponto é: o seu comportamento, aquilo que você sente, é gerado no seu cérebro. Essa
é a máquina, é a caixa de controle das suas ações. E é lá que surgem também as suas emoções.

Então, coloque aí na tela do computador o cérebro da galera, pessoal, para vocês todos
poderem ver comigo.

Aí, o que você precisa, no fim do dia, é entender como funciona o seu cérebro.

E aí, eu falo isso, Paulo, com a maior humildade do mundo, porque realmente Deus me deu
a oportunidade de estudar fora do Brasil e eu estudei na Universidade de Harvard, com os
maiores neurocientistas do mundo, o professor Joshua Green. E ele explicava muito essa
imagem que está aí na sua tela. É uma simplificação das duas formas diferentes de como
funciona o seu cérebro sempre, a todo momento.

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Câmera em mim aqui, depois eu vou voltar para a imagem. Mas agora eu quero aparecer bem
grandão na tela para galera.

Pessoal, tem duas formas do seu cérebro funcionar: o chamado sistema 1 ou forma rápida, e
o sistema 2, forma lenta. Não é aula de neurociência, mas a forma rápida fica mais ou menos
aqui na frente, a forma reflexiva fica um pouco aqui do lado.

Qual é a diferença?
Agora sim, botem na tela pra galera.

A diferença é o seguinte: o sistema 1, que é a forma rápida, ele é rápido, intuitivo, automático
(e não está escrito aí), mas ele comete muitos erros. E o sistema 2 é lento, analítico, deliberado,
mas um tanto quanto preguiçoso, porque ele consome muita energia do nosso corpo, sabe?

Então, assim, na prática (pode voltar em mim), o sistema 1 não é só o ser humano que tem, os
bichos têm também. É ali que estão os instintos, é ali que estão, principalmente, o instinto de
sobrevivência, os alarmes que disparam na nossa cabeça, e a gente acaba atuando e agindo
de maneira repetitiva, sempre usando o sistema 1.

O sistema 2 é um diferencial do ser humano em relação aos outros bichos. Capacidade reflexiva,
capacidade de aprender coisas com base em dados, capacidade de fazer uma conta, aprender
um idioma, refletir sobre alguma coisa importante. Esse é o sistema 2.

Quando você está estudando para o concurso (eu imagino até que você está pensando nisso
agora), você está usando prioritariamente o seu sistema 2. Correto?
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Parece correto, mas muito do seu (pessoal, atenção agora) comportamento de como você
estuda para o concurso está no seu sistema 1.

“Erik, você não me falou que sistema 1 era instintivo?”


Pois é, mas quando a gente usa o sistema 2 para aprender alguma coisa e aquilo vira um hábito
automatizado, ele migra do sistema 2 para o sistema 1. E aí, vou te contar um segredo: o sistema
2 e o 1 não funcionam de maneira autônoma, eles funcionam juntos, um com o outro.
Então, vou dar um exemplo prático: Quem gosta de música aqui?
Imagina que você vai aprender a tocar violão. Imagine que você resolve aprender a tocar violão
sozinho. Você se vira lá. Aprendeu cheio de vícios, mas aprendeu a tocar, de alguma maneira.
Quando você vai em um professor de violão e o cara vai te ensinar, ele vai ter muita dificuldade
de aumentar o seu nível.

Por quê?
Porque você já vai chegar cheio de vícios. Então, certos acordes que ele vai te ensinar, você
não consegue tocar, porque você pega de um jeito no braço do violão que não é o melhor jeito
possível. Isso acontece com tudo o que a gente aprende, pessoal.

Eu dei o exemplo do violão, mas pode ser, por exemplo, o jeito que você aprender a dirigir, tá
certo? Ou pode ser que você aprendeu a escovar os dentes, mas você não aprendeu a passar
fio dental.
Vou contar um segredo para vocês. Será que eu falo uma nojeira dessa aqui, Paulo? Vou falar.

Paulo Lépore: Manda.

Erik Navarro: Eu tenho dificuldade com fio dental.

Sabe por quê?


Porque eu não criei o hábito. Então, eu escovo os dentes bonitinhos, olha, estão até
relativamente brancos. Mas eu sofro com o fio dental, porque eu não aprendi a passar fio dental.

Então, eu automatizei (em algum momento, obviamente), eu usei o meu sistema dois para
aprender a escovar os dentes, mas eu automatizei o hábito de só escovar os dentes e não passar
o fio dental. Então, eu sofro um pouquinho quando eu tenho que passar o tal do fio dental.

Bom, o que tudo isso, o que esses dois sistemas – bota de novo na tela, pessoal – de como
funciona seu cérebro tem a ver com o seu estudo?

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Eu vou explicar para você agora. Volta aqui para mim. Você sabe que você está repetindo os
erros do passado. Eu sei que você sabe disso. Não vamos polemizar coisas que não precisam
ser polemizadas, mas também não vamos ser hipócrita aqui. Eu sei que você sabe que você
repete os erros do passado.

Que você tenha alguma consciência que existe um jeito melhor de fazer as coisas, mas
simplesmente você não consegue mudar. Eu quero te libertar dessa culpa agora. Você não tem
culpa de ter aprendido errado ou porque você aprendeu sozinho ou porque você aprendeu
com quem te ensinou de maneira errada.

Você usou o seu sistema 2 para aprender com as informações que você tinha disponíveis
e você automatizou esse comportamento. Por mais que você saiba que é errado, você tem
dificuldade de sair dele.

Posso dar outro exemplo que vai calar fundo no seu coração?
Vício por rede social.
É claro que você sabe se você está realmente comprometido e estudando para concurso, que
você não pode gastar tempo demais na rede social. Mas você gasta. E, no final do dia, você se
arrepende. Só que no dia seguinte, você faz da mesma forma. E no outro, e no outro, e no outro.

Então, qual é o meu papel nesse segmento de treinamento que eu estou aqui falando para
vocês (daqui a pouco o Paulinho vai estar de volta)?
Eu quero ensinar para vocês uma técnica para mudar esses hábitos, para deixar as rotinas
erradas e implementar rotinas certas na sua vida. Porque, veja, não adianta eu ensinar para
você, não adianta o Curso Ênfase ensinar para você. A gente te dar todas as ferramentas e o
que você deve fazer. Eu preciso garantir que você efetivamente implemente isso na sua vida.
Eu preciso, em última instância, fazer com que você mude os seus hábitos de estudos, para
que realmente você implemente as técnicas corretas e aí, sim, você conquiste a grande
transformação, que é passar o concurso.

Você percebe, então, por que esse treinamento é transformador?


Porque vai gerar essa primeira transformação, que é gerar em você a capacidade de se
transformar. Então, coloca aí na tela do pessoal.

É o Paulinho que vai falar disso, não é? – Paulinho, fala para eles de inteligência emocional,
que depois eu vou falar como que eles implementam esse troço na vida deles. Vai lá.

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Paulo Lépore: Boa, vamos lá! Vamos lá, Erik! E é isso, gente!
É rápido, dinâmico, porque a gente não quer fazer você perder o seu tempo e você vai aprender,
no nosso treinamento, como usar o seu tempo da melhor forma. Coloca na tela para mim esse
cara famosão, o Daniel Goleman, que é um cara que fala sobre a famosa inteligência emocional.

Eu sei que tem muita gente que está assim: “Ah, não, Paulo, não acredito que você vai falar de
inteligência emocional. Isso é conversinha, isso é pseudociência. Isso não funciona.”

Deixa eu te falar uma coisa, o Daniel Goleman, pessoal, é considerado o pai da inteligência
emocional. E se você está achando que eu vou te falar é frescurinha, eu preciso que você
desconstrua isso na sua cabeça. Inteligência emocional é ciência.

O que nós estamos falando aqui tudo tem embasamento científico, a gente não seria
irresponsável de fazer diferente aqui com você. O Daniel Goleman foi um cara que levou
para o mundo a ideia de que a gente tem uma inteligência emocional, de que a gente precisa
compreender como as nossas emoções interferem no nosso processo de conhecimento, de
conhecer as coisas.

Por quê?
Em toda aquela parte, em que eu te expliquei da evolução da humanidade, que a gente falou
do Código de Hamurabi, que a gente falou do estoicismo, que a gente falou de grandes formas
da gente racionalizar o que a gente está aprendendo, vem agora uma segunda espécie de
inteligência.

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Lembrando que o nosso treinamento é sobre superinteligência, a soma de várias formas de
se enxergar a inteligência, de você extrair a máxima performance. O Daniel Goleman disse
o seguinte: o que a gente precisa fazer... Olha o que está escrito na tela e anota no que você
preparou para anotar:
“Nós precisamos aprender a nomear e a controlar as nossas emoções, dominando nossa mente
e o nosso corpo, com predomínio da razão.”
Então, veja, se acontece isso com você: você está lá estudando, no seu quarto, sábado de
manhã – que é um dia que a maioria das pessoas tem livre, quem trabalha e quem não trabalha –
e aí, alguém vem, bate na porta do seu quarto e fala assim: “Fulano, você não pode ir na padaria
buscar um pãozinho pra nós, não? Já que você não está fazendo nada!”

E aí, você sente aquela coisa quente no peito, a cabeça já começa a latejar. Você fala: “como é
que eu não estou fazendo nada? Estou aqui estudando, sábado de manhã. Está todo mundo
na sala conversando. Todo mundo se preparando para o lazer. Eu estou estudando!”
E daquela mesma forma que a informação chegou, você devolve: “Como assim não estou
fazendo nada?? Blá blá blá. Ninguém respeita o meu sonho!!!” E sai batendo porta, sai do
quarto, sai de casa para comprar o pão e pronto, todo o período que você preparou para estudar
foi por água abaixo.

O que aconteceu?
Você deixou suas emoções, a sua inteligência emocional interferir sobre a sua inteligência
racional. A pessoa que te fez uma indagação conseguiu entrar na sua mente. As emoções
tomaram conta da sua mente e tudo o que você tinha preparado para fazer, repito, foi por
água abaixo.

De quem é a responsabilidade, nesse caso? É de quem foi lá e pediu para comprar o pão?
Ou é sua?
Sinto te dizer que a responsabilidade é sua. A responsabilidade é toda sua.

Por quê?
Você tem que ser a única pessoa capaz de te colocar e de tirar do estágio de máxima
performance cognitiva. As pessoas não podem ser capazes de dominar a sua mente, de fazer
você perder o controle, de deixar que as emoções invadam a sua cabeça e extraiam a máxima
performance cognitiva.

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Quando acontece isso, são disparados vários mecanismos internos no seu cérebro (que eu vou
te explicar agora) que não vão só te atrapalhar de estudar aquele momento, vão te atrapalhar
estudar nas próximas horas. E se isso acontece com frequência com você, você vai ter uma
perda de capacidade cognitiva e não vai conseguir nunca atingir a máxima performance.

E nós só estamos falando isso aqui agora, porque a gente julga importante você ter a
mentalidade correta, que é a mentalidade, a serenidade que você viu no depoimento da Laís,
que você viu no depoimento do Rodrigo, que você conhece do Erik, do Érico. Essa serenidade
só é alcançada com inteligência emocional.

Deixa eu te explicar isso um pouquinho melhor sobre a inteligência emocional. De novo,


neurociência.

Vou te ensinar como funciona o seu cérebro. Então, você vai ser capaz de, quando acontecerem
situações na sua vida, entender o que está acontecendo no seu cérebro seu organismo. Para
você ser capaz de retomar o controle do que está acontecendo com você. Então, de novo,
essa é a parte prática, pragmática, você tem condições de aplicar agora, a partir de agora e
depois dessa live. Então, eu estou usando um teórico aqui para te explicar.

Este teórico é meu xará, o Paul Maclean. Paul Maclean diz assim: que o nosso cérebro pode
ser dividido em três partes. Gente, isso é uma metáfora. Ele diz que o nosso cérebro é dividido
em cérebro instintivo, cérebro emocional e cérebro racional. Dá uma olhada na imagem que
está aí na sua tela.

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Percebe que ali no meio tem uma imagenzinha de um réptil?
É para representar uma parte do seu cérebro, que é a parte mais profunda do seu “cérebro
reptiliano”, o seu cérebro instintivo. Depois, tem outra uma outra imagem ali, de um outro
mamífero, que é para demonstrar o seu cérebro emocional, que é o seu cérebro límbico. E
depois, tem uma parte maior ali que demonstra um cérebro de uma pessoa, de um Homo
sapiens, de um ser humano, que é o seu cérebro racional.

Repito: o que você está vendo aí é uma metáfora visual, não é exatamente assim. É muito
mais complexo, mas você não precisa saber da complexidade da anatomia do cérebro. Você
só precisa entender o que eu vou te explicar agora: quando você recebe uma informação
do mundo – recebeu uma informação do mundo –, ela entra por alguns dos órgãos dos seus
sentidos. Ou entra pelos seus ouvidos, pelos seus olhos, pelo tato. Você toma contato com
uma situação.

Então, o que acontece quando você toma contato com uma informação do mundo?
Algum desses três tipos do seu cérebro tem que ser ativado para poder mandar você reagir
a essa informação de algum jeito. Vamos pegar o exemplo de novo que eu te dei: você está lá
estudando no seu quarto, alguém bate na porta: “Fulano, não pode ir na padaria comprar um
pão pra gente?”

Essa informação foi recebida pelos seus órgãos dos sentidos. Você recebeu essa informação ali
pelos seus ouvidos. E você tem três opções dentro de seu cérebro para reagir a essa informação.
Olha de novo para a tela, bota o slide lá.

Você pode reagir com seu cérebro reptiliano, instintivo. Você pode reagir com seu cérebro
emocional, seu cérebro emocional é o seu cérebro límbico. Ou você pode reagir com seu
cérebro racional, como o seu cérebro que vai ter condições de tratar aquela informação de
um jeito diferente.

Você, diante dessa informação, podia, por exemplo, querer sair correndo e pular pela
janela para ninguém conseguir te achar no quarto e ninguém mandar você comprar pão?
Podia. Talvez essa fosse uma reação muito mais instintiva, reptiliana. Você está querendo
correr daquela situação.

Você podia deixar as emoções tomarem conta de você e você sair gritando com a pessoa,
abrir a porta e perder completamente o controle?
Podia. Ou você podia receber aquela informação e pensar assim: tá, legal, essa pessoa está
gritando comigo.
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Estou aqui no meu quarto estudando, mas é porque, de fato, a minha mãe e meu pai, eles não
tiveram condições de entender o que é um estudo de alta performance, que faz com que eu
esteja aqui no meu quarto concentrado. Eu entendo, e eu vou precisar chegar até eles e explicar
como é a minha rotina de estudos aos sábados, para que, da próxima vez, eles ponderem se é
melhor ou não vir aqui bater na porta do meu quarto para pedir para eu ir comprar pão.

É a mesma situação com três reações distintas. E você é responsável por ativar cada um dos
tipos de resposta do seu cérebro.

“Paulo, como é que eu faço para, na prática, mudar essa minha mentalidade?”
O primeiro passo você está dando: você está aqui na live com a gente. Você está aqui buscando
a informação. E você, então, está entendendo que tem como você fazer uma mesma informação
ser respondida pelo seu cérebro de jeitos diferentes.

Então, a próxima vez que você receber uma informação de algo que mexe com você, que mexe
com as suas emoções, você tem condições de racionalizar e dizer: eu não vou deixar o meu
cérebro emocional tomar conta de mim e dizer qual é a reação emocional que vai acontecer.
Você tem que racionalizar tudo o que você recebe de estímulo.

E isso significa o quê, que eu falei lá no começo do nosso treinamento, que você achou
meio viagem, eu sei?
Isso significa que você tem que usar o maior talento do ser humano, que é a racionalidade,
que é você, diante de uma situação, ponderar as consequências de curto, de médio e de longo
prazo, e, em regra, você preferir a consequência de médio e longo prazo.

Qual é a melhor reação que tem para tomar ali quando a pessoa fala que você tem que ir
comprar o pão na padaria e você está estudando?
A melhor é xingar a pessoa, brigar e tentar voltar logo a estudar. Só que isso vai fazer com que
a pessoa volte a segunda vez, a terceira vez, a quarta vez.

E, então, você está fazendo o quê?


Você está empurrando o problema. Você não está racionalizando. Você não está evitando que
aquele problema volte a acontecer.

Então, você tendo consciência que existem essas três formas de você responder ao estímulo,
você já tem condições de, na próxima vez, pensar e pedir para o seu cérebro reagir de um jeito
diferente.

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“Paulo, tem um botão que eu posso apertar para o cérebro funcionar do jeito certo, de
um jeito mais simples?”

Seria mais simples e mais fácil que tivesse. Não. Você vai precisar treinar a forma que o seu
cérebro vai responder a cada estímulo.
Então, olha só como você pode entender as três formas de ter resposta a estímulos que você
recebe do mundo:

O seu cérebro mais instintivo vai fazer você agir logo, o seu cérebro emocional vai fazer você
sentir aquele estímulo, e o seu cérebro mais racional, que você usa pela parte do neocórtex,
vai permitir que você pense, pondere e não responda tudo de qualquer jeito.

Está fazendo sentido, pessoal, o que estou falando?


Coloca aqui no chat para mim. Eu quero saber se está fazendo sentido o que eu estou falando.
E quero saber também como é que nós estamos aqui de gente nessa live…

Erik, faltam 60 pessoas, para a gente bater 1.000 pessoas ao vivo. Lembrando que vai ter uma
super surpresa. Eu vou falar o que é: se a gente bater 1.000 pessoas nessa live, vai ter um mapa
mental de cada dia do treinamento. Não sei se eu podia falar, mas eu estou falando. Só que a
gente tem que bater 1.000 pessoas.

Então, se está fazendo sentido para você, compartilha essa live com as pessoas que também
estudam para concurso, ou que fizeram faculdade com você, que você gostaria que viessem
assistir. Se bater 1.000 pessoas, vai ter mapa mental de cada dia do treinamento. Porque, de
novo, a gente quer que você saia daqui absolutamente transformada.
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Sandra diz que está fazendo sentido... Marco, Wagner, Andreia, Lucileia, Tácia, Simone,
Rodolfo... Legal, pessoal! Maravilhoso!
Então volta comigo. Volta comigo. Foco. Concentração.

Bota o slide na tela de novo. Eu estou explicando o cérebro trino, do Paul Maclean, que traz três
possibilidades de você filtrar as informações que você recebe do mundo, tomando consciência,
tomando as rédeas da vida. Isto é ciência de um jeito simples, que a gente só faz porque a
gente vive isso.

O que nós estamos contando aqui para vocês não é teoria; cada um de nós: eu, o Erik, o Érico,
o João, a gente vive isso. A gente vive esse treinamento cerebral. Os nossos alunos vivem isso.
As pessoas que passam nos concursos de alto desempenho passam nos concursos porque
conseguem manter essa racionalidade e serem donos das suas emoções, serem menos
instintivos, menos emocionais.

Continuando com o nosso treinamento.

Eu quero te explicar agora o que acontece quando você deixa as emoções te sequestrarem.
Isso – de novo – é neurociência. Eu vou te explicar o que acontece no seu cérebro quando você
perde o controle. Você viu o vídeo que a gente está divulgando nas nossas redes sociais do
nosso concurseiro que está lá na mesa de estudos? E aí ele está lá, ele vai corrigir o simulado,
aí ele fala: errei, errei, errei, errei... Aí ele pega as folhas e joga pra cima. “Eu não aguento mais.
Eu desisto!”

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Quando isso acontece, isso acontece porque você acabou de sofrer um sequestro emocional.
Isso é científico.

Tem uma pecinha dentro do seu cérebro que é disparada quando você perde completamente
a capacidade de ativar o seu cérebro racional, quando você perde a capacidade de não reagir
de forma imediata a um estímulo externo.

Então você acabou de ir mal no simulado: o que seria a racionalização?


“Olha, eu vou repensar o que que eu estou fazendo de errado. Vou mudar o método. Vou
mudar o curso. E no próximo vou melhor.”

Não: “não aguento mais”, joga tudo para cima, bagunça tudo, vai tomar um porre.

O que você fez?


Você sofreu um sequestro emocional.

Você sofre esse sequestro emocional porque dentro do seu cérebro – põe na tela para mim
o slide – você tem dois dispositivos pequenininhos, do tamanho de uma amêndoa, que se
chamam amígdalas. As amígdalas vêm de amêndoa, o nome, a raiz vem de amêndoa.

E essas pecinhas, quando elas são ativadas por um fato de alto impacto emocional, elas
fazem o que com o seu cérebro?

Elas realizam o que a gente chama de sequestro emocional.

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O sequestro emocional, ele gera um outro efeito no seu corpo. Porque o seu corpo é uma
máquina complexa e perfeita. Ele vai disparar a glândula suprarrenal.

Disparando a glândula suprarrenal do seu corpo, o que vai acontecer?

Você vai disparar duas substâncias no seu organismo: adrenalina e cortisol.

Essas substâncias, a adrenalina e o cortisol, elas vão fazer o que com você?
Elas vão te desequilibrar completamente. A adrenalina, ela é uma substância que é jogada
na tua corrente sanguínea para te preparar para situações de alto estresse, de alto impacto
emocional.

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Você já fez algum esporte radical? Já pulou de bungee jump, foi em uma montanha-russa,
que parece que dá aquele frio na barriga?
Gente, aquele frio na barriga é físico. Aquilo ali está ligado com a liberação de adrenalina
e cortisol.

Por que será que é perto da barriga?


Olha a posição que a gente tem da glândula suprarrenal. Então você tem o disparo dessas
substâncias que vão preparar o seu corpo para um alto impacto, para uma coisa agressiva,
emocional. Isso te faz mal, te faz sentir mal.
E aí, depois que você sofre o sequestro emocional, isso gera um absoluto descontrole corporal.

Já viram as crianças de 2, 3, 4 anos, que perdem completamente o controle quando dão


uma birra? Se jogam no chão, começa a girar, grita... No shopping center de domingo à
tarde, hein. Já viram isso acontecer?

Por que que nas crianças acontece de forma ainda mais explosiva?
Porque as crianças ainda estão desenvolvendo o cérebro racional delas. Elas não nascem com
o cérebro perfeito e pronto. Então os disparos de amígdala do cérebro emocional, o sequestro
emocional nelas é muito mais potente, poderoso, impactante, e elas demoram mais tempo
para conseguir sair daquele estado.

Então você tem que entender que não é por acaso que você fica nervoso, não é por acaso que
as emoções tomam conta de você. Isso é o seu organismo reagindo a estímulos.

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Mas você não é refém dos estímulos do seu corpo. Você pode programar o seu cérebro para
buscar a racionalização, para racionalizar um número maior de coisas, e você sofrer menos
sequestros emocionais, e ser mais dono da sua vida, mais dono do seu nariz e mais dono da
sua preparação para concurso.

De novo, no chat: está fazendo sentido isso que eu estou falando, pessoal? Vocês estão
conseguindo entender quando a gente falou que esse treinamento era absolutamente
diferente de tudo que existe por aí?
Porque nunca ninguém falou sobre isso do jeito que nós estamos falando, para você entender
e para você ter capacidade de mudar a sua mentalidade, a sua forma de reagir ao mundo, e a
sua forma, por consequência, de estudar e extrair o melhor daquele tempo que você dedica
para os estudos.

Porque é uma judiação quando você se disciplina, quando você se coloca em posição de
estudo e não consegue ter o domínio da sua cabeça, da sua inteligência racional, e extrair o
melhor daquele cenário. Então, se você toma consciência (e tomar a consciência é o primeiro
passo), você tem condições de mudar a sua realidade.

Então o pessoal está colocando aqui: “Perfeito”, “Está fazendo sentido”, “Totalmente”, “Nunca
tinha ouvido”, “É isso.”

Não seja vítima de sequestro emocional! Você é dono das suas emoções. Você é dono da sua
racionalidade. Quanto mais você fica atento, maior é a possibilidade de você mudar o seu
cenário.

E aqui eu vou te dar outras chaves do sucesso, de forma muito prática.


Erik, a gente já conseguiu bater as mil pessoas?

Erik Navarro: Faltam 70.

Paulo Lépore: Está faltando.


Bom, vamos ver.

Será que vai ter o mapa mental?


Eu estou achando que não vai dar. Vamos lá, gente! Domina aí. Domina a sua racionalidade.

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“Ai, Paulo, eu tenho vergonha de compartilhar. O que as pessoas vão achar?”
Se você tem vergonha de compartilhar, é porque você não entendeu ainda a importância de
você conscientizar as pessoas do seu entorno da tua jornada. Manda elas virem pra cá, assistir
sobre o cérebro, sobre o funcionamento, entenderem as suas dores.

Você precisa de aliados, você precisa de ter com quem conversar. A solidão é venenosa
para você. Você precisa ter com quem dividir as suas aflições e as suas angústias. Nós somos
seres sociais. Divida com as pessoas. Você não está concorrendo com ninguém. Você está
concorrendo só com você nos concursos jurídicos de alto desempenho.

Vamos lá?!

Agora eu vou te dar o outro lado da moeda. Ó, coração. Vou te falar o que você pode fazer para
inundar o seu cérebro e todo o seu corpo com as substâncias do prazer e da alta performance.

Você sabia que tem como você dar um boost, dar uma turbinada na sua performance
cognitiva e corporal com algumas atitudes e com alguns alimentos especiais?
É sobre isso que eu vou falar para você. Vou te dar o cardápio completo para você reconfigurar
o teu organismo para a alta performance.

Vamos começar. Pode botar na tela aí. E eu já preparei um mnemônico para você.

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É o “SEDOGA”. O “SEDOGA” é o segredo para você organizar, turbinar, potencializar o seu
cérebro e o seu organismo. Essas são as substâncias do prazer e da alta performance que o
seu próprio organismo produz.

• Serotonina;
• Endorfina;
• Dopamina;
• Ocitocina;
• GABA;
• Acetilcolina.

“Paulo, eu não acredito, eu fiz Direito para fugir disso, você vai me mostrar…”

Só o que foi útil para você, de forma clara, objetiva e prática.


Você já viu que o nosso papo aqui é reto e é exatamente nessa linha que a gente está trabalhando
aqui no nosso treinamento.

Então vamos falar da primeira substância? Vamos falar da serotonina?

Já ouviu falar de serotonina ou não?


Serotonina, ela é produzida no nosso sistema nervoso central e também no nosso trato
gastrointestinal.

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A serotonina, ela pode ser potencializada, ativada, por meio de alguns hábitos. Está aí na sua
tela. No slide, para você guardar. Você não precisa nem gastar muita energia guardando, você
vai ter no slide ó:

• Ser uma pessoa otimista;


• Ter boas recordações;
• Estar em contato com o sol e com a natureza.

“Paulo, essa aí realmente eu errei todas. Porque o concurseiro, você sabe que vive numa
caverna. E, na caverna, a gente não fica otimista. Na caverna, a gente não tem boas coisas
para lembrar, porque a gente não conseguiu nada de bom ainda na vida. A gente não vive
com a natureza, porque meu quarto tem tudo, menos natureza. E a gente não vai para o sol.
A vitamina D vai lá embaixo.”

Onde que eu estou querendo chegar falando sobre um tema como serotonina?
Você já viu os gurus de concursos que falam assim… O Erik nunca me deixa mentir sozinho.

“Você precisa abrir mão de prazeres da sua vida. Você pode passar um tempo sem fazer
exercício. Você tem que pegar todo o tempo que você tem disponível e você tem que investir
no estudo. Porque realmente vai ser um caos, realmente vai ser difícil, realmente vai ser duro.
Você vai sofrer. Você tem que chorar lágrimas de sangue.”

Isso pode funcionar para planos de curto prazo, mas não para concursos jurídicos de alta
performance. Porque, se você entra nessa vibe, e você não tem contato com o sol, com a
natureza, você não é uma pessoa otimista, não se lembra de boas coisas, que podem ser
coisas boas da sua época de infância, você não vai potencializar a produção, por exemplo, da
serotonina, que é uma substância que vai inundar o seu corpo de boas sensações.
E, se você não faz isso, você vai prejudicar a sua performance a curto, médio e principalmente
a longo prazo. E você tem alguns atalhos, alguns alimentos - põe de volta da tela - que você
pode ingerir para potencializar a serotonina no seu organismo. Você tem alimentos que são
ricos em triptofano, que são alimentos que estão aí: aveia, castanha, gergelim, grão de bico,
que vão potencializar a produção de serotonina.

Então olha só: você pode, com a sua alimentação e com seus hábitos, potencializar a produção
de substâncias que vão inundar seu corpo de felicidade.

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Você está entendendo por que a inteligência emocional não é balela, não é conversinha?
E você acha que as pessoas de alta performance não sabem isso?
Elas sabem. Só que isso não é falado para todo mundo. Isso é passado de geração para geração,
de família para família, de conversa de mentores de carreira que cobram valores bizarros...
Isso normalmente não é falado para todo o mundo. E é o que nós estamos falando aqui. Porque
a gente quer que todo mundo tenha oportunidades iguais de transformar as suas vidas, com
determinação, com esforço próprio, com a ativação de superinteligência. É para isso que a
gente está aqui.

É para isso que a gente está aqui em uma segunda-feira à noite com você em um treinamento
da superinteligência, para você ter condições de mudar a sua vida. De verdade, com ciência,
com alto nível. Sem conversinha, sem essas pessoas...

Muita gente boa que foi aprovada em concurso e tal e adotou um método e acha que o método
dela é o único método que funciona. Só que isso pode não funcionar para você. `Porque o
caminho de uma pessoa pode ser diferente do da outra. E é por isso que você tem que entender
as bases de funcionamento da sua cabeça, do seu organismo, para você ir se adaptando,
vendo o que faz sentido... E você ter consciência do que você está fazendo. Se você não tem
consciência de por que você está fazendo, logo você se desmotiva.

Então serotonina, uma das substâncias que você tem que potencializar a produção no seu
organismo.

A segunda: endorfina.

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A endorfina é o que a gente ouve mais falar. Fazer exercício físico libera a endorfina, lá no seu
sistema nervoso central, na hipófise.

E aí o que você pode fazer para potencializar a liberação de endorfina, para ter mais
felicidade, para ter mais prazer, para ter mais alta performance?
Você pode dar risada, cantar, dançar, fazer exercício físico, fazer exercício físico com a
companheira, com o companheiro… Esse tipo de exercício físico você pensou mesmo. É
maravilhoso. Libera endorfina. Seja feliz.

Isso potencializa seu estudo. Olha só! Não é perda de tempo. Não é perda de performance
fazer exercício físico. Não é perda de tempo ou perda de performance você ir numa festa e
dançar, você cantar, você ser feliz; potencializa sua performance.

Você está entendendo onde nós estamos querendo chegar?


Você não vai conseguir nada dentro da caverna. Você só vai conseguir se boicotar a médio e
longo prazo.

E aí tem alguns alimentos aqui, que você já gostou desses, não é?


Chocolate e pimenta. E, quiser dar um boost, é chocolate com pimenta. Chocolate com
Pimenta. Olha só. E tem uns aí muito bons. Chocolate com Pimenta.

“Paulo, isso é científico?”


Completamente científico. Não é conversinha. Nós simplificamos, para trazer essas informações
para você.

Então serotonina e endorfina. Vai comendo essas coisas.


“Paulo, eu vou comprar uma grande barra de chocolate e vou comer com pimenta”.

É claro que não! Porque tudo está baseado em equilíbrio.


Mas se você come o chocolate e faz exercício físico, olha que maravilha, equilíbrio.

“Paulo, mas ter equilíbrio é difícil.”

É por isso que você tem que conhecer o cenário, para poder fazer as suas escolhas de forma
racional.

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Dopamina. Opa, essa é top. Dopamina:

Onde elas são produzidas?


No seu sistema nervoso central, nos seus neurônios dopaminérgicos. Não precisa entender
essa parte. Eu só preciso que você entenda o seguinte:

Isso aqui é o quê?


Isso aqui é um smartphone. Tem uma foto minha com a minha filha aqui.
Isso aqui é um smartphone. O smartphone produz dopamina.

Você sabia que o smartphone produz dopamina?


“Paulo, então legal, então vou continuar usando o smartphone para produzir dopamina, que
é uma substância de prazer e alta performance.”
Só que o jeito que o smartphone produz dopamina para você, dentro do seu cérebro, não é
bom para você.

Quando você está rolando o feed da sua rede social, você está fazendo o quê?
Você está liberando dopamina, você está liberando essa substância do prazer. Só que você
está liberando essa substância do prazer do seu cérebro no contexto errado.

Por que você não consegue ficar longe do seu celular, você quer pegar o celular e
mexer nele?

“Por que libera dopamina, Paulo?”


Porque a dopamina é liberada a cada vez que você mostra uma novidade para o seu cérebro,
que você faz acender uma luzinha com uma informação diferente. O seu cérebro gosta. Ele
fala “me mostra mais, me mostra mais, eu quero mais”.

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Você fica zapeando, às vezes, no controle da televisão: o que que é isso?
É dopamina, dopamina, dopamina...Você trocando, você rolando o feed…

Que é feed mesmo, gente?


É comida. Você está dando comida pro seu cérebro.

Por que você não usa essa estratégia no estudo para concurso?
“Paulo, como é que eu faço para liberar dopamina no estudo para concurso?”
Fazendo questões de prova depois de que você acabou de estudar o tema e acertando ou
errando essas questões, mostrando novidade para o seu cérebro.

Isso é o quê?
Liberar dopamina, liberar a substância do prazer.

Existem outras formas de você liberar dopamina: comemorar as suas pequenas vitórias... De
novo: você pode incluir isso na sua rotina de estudo.

Comemorar que você aprendeu um tema novo; que você conseguiu explicar para um colega
um tema novo; que quando você foi fazer a revisão daquele tema, você conseguiu de cabeça
lembrar o tema novo… Comemore! Não deixe para comemorar só no dia da posse, não. É
cruel com você. Além de não ser muito inteligente, porque você deixou de liberar dopamina.
Então pequenas vitórias, ser grato... E dormir. Dormir também libera dopamina.
E o dormir é importante porque você, além de liberar dopamina, você faz a higiene do seu
cérebro. Você recicla e higieniza o seu cérebro.

E aí tem vários alimentos que tem aqui: carne, feijão, grãos integrais, brócolis, banana,
abacate, espinafre... De alta carga proteica, para simplificar. Esses alimentos, eles vão ajudar
na produção de dopamina. Beleza?
Então entre produzir dopamina… Vou deixar aqui, Erik.
Entre produzir dopamina com celular ou do jeito certo aqui, opte pelo jeito certo.

Sabe o que que é uma outra coisa que produz dopamina também, infelizmente?
Comida muito gordurosa.

E aí, às vezes, você se empanturra naquela comida gordurosa, sabe por quê?
Dopamina. Seu cérebro sendo bombardeado dessas substâncias que são produzidas dentro
do seu próprio cérebro.

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Quem aqui perde o controle na produção de dopamina?
Bota aqui pra mim.
Está todo mundo querendo, Erik, comer chocolate com pimenta.

Quem quer um chocolate com pimenta?


Você lembrou também da novela, não lembrou? Por quê?
Você tem essas memórias aí no seu inconsciente.

Olha lá. Está fazendo sentido?


Núbia, Fabíola, Davi... Boa! Ilma, Rita... Vamos com tudo!
Erik, você está gostando, Erik? Me fala aí. Se não estiver bom, nós vamos parar, nós vamos
mudar de assunto.

Erik Navarro: Está demais. Está muito bom. Está muito bom.

Paulo Lépore: Vamos falar do São Paulo?

Erik Navarro: Não, é melhor não.

Paulo Lépore: Não? Então vai. Então bora. Se não, a gente pode até perder gente aqui da live.
Está quase dando mil pessoas. Falta 50 compartilhamentos. Compartilha essa live, que a gente
fica feliz demais. A Fabíola disse que lembrou até de música.
Bora?
Ocitocina. Essa é top.

Erik Navarro: Aí sim.

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Paulo Lépore: A gente conhece a ocitocina, e ouve falar muito da ocitocina, Erik, por causa do
trabalho de parto das mulheres. A ocitocina, esse hormônio do prazer, ele é liberado durante
o trabalho de parto, que é para tentar compensar um pouco a dor que a mulher sente.
Então, como ela vai sentir dor no parto natural, ela tem uma compensação do organismo.
O organismo compensa, tenta compensar essa dor, com a ocitocina.
Só que essa substância, que ela é produzida no sistema nervoso central, no nosso hipotálamo,
essa substância, ela também pode ser produzida de outras formas…
Vem cá, Erik. Vamos fazer uma micagem aqui. Vem cá.
Pessoal não está acreditando nas coisas que a gente vai fazer.
Isso aqui, pessoal…

Erik Navarro: Produz ocitocina!

Paulo Lépore: Isso aqui, olha lá, produz ocitocina. Abraçar... Você estar com as pessoas que
você gosta, isso é produção de ocitocina. E isso está ao seu alcance.
Obrigado, Erik.

Erik Navarro: De nada! Um abraço seu é muito bom. Eu já estou cheio de ocitocina.

Paulo Lépore: Pronto.


E isso está a seu alcance. Você pode abraçar as pessoas que estão na sua casa. Você pode,
todo dia de manhã, se conectar com as pessoas que estão na sua casa…

Quer começar o dia bem?


Chega e dá aquele abraço nas pessoas que você ama.
“Paulo, eu não tenho quem abraçar.”

Abraça um urso de pelúcia. Compra um cachorro, pega um na rua, adota... Abrace! Produza
ocitocina, o hormônio do amor.
“Paulo, eu sabia que ia terminar nisso.”

Troca de afeto, abraço, caridade, amor, confiança, meditação…

“Paulo, eu estou aqui aprendendo as coisas, e você está me mandando meditar já?”
Não, fica só no abraço. Se você ficar só no abraço, troca de afeto, troca de carinho, você está
inundando o seu organismo de substância do prazer. E não custa nada.

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Então, quando você vê aquelas pessoas mais melosas falando “ah abraçar, isso é conversinha
e tal, eu sou uma pessoa mais pragmática”. Mesmo se você for pragmático e racional, abraço
te ajuda, viu? Racionaliza o abraço, se você é uma pessoa pragmática. Abraça pra pegar um
pouquinho de ocitocina.

Não é bom para você?


Então pronto. Racionalize o seu abraço.
Obrigado, Daniel. Está até me mandando um abraço aqui.
A Simone disse que está muito rabugenta, Erik, ultimamente, que ela precisa de mais abraço.
Então vamos abraçar, gente.
Já pensou se alguém corta só esse trecho e fala “olha o treinamento Ênfase, o pessoal está
mandando se abraçar”.

Vamos falar de GABA.

Aí agora muda um pouquinho a frequência.

O GABA, ele é produzido também no sistema nervoso central, nos interneurônios. Eu não vou
entrar nesse mérito de explicar o que é isso. Mas basicamente o GABA é uma substância que
você precisa para inibir um pouco a sua atividade cerebral.

Eu estou falando sobre descanso. É um neurotransmissor inibitório. Evita a comunicação entre


neurônios. Dá uma desacelerada.
“Paulo, isso eu não quero, não. Isso aí eu estou de boa. Eu quero é acelerar. Eu quero acelerar
a transmissão de informação entre os neurônios. Eu quero as sinapses lá superativadas.”

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Não, calma. Porque tem limite. O seu cérebro, ele tem limite. Chega uma hora que ele não
consegue mais absorver informações novas, formar novas conexões entre neurônios, sem
você dar um intervalo do sono.

O sono é fundamental para você viver em alta performance. Quando você dorme, você induz
a produção de Gaba. Você se coloca em uma posição tranquila, faz uma meditação, você
também induz a produção de GABA.
Então o sono, repito, é fundamental.

Essa história de “estudem enquanto eles dormem”... Você precisa dormir. Quando você dorme,
você reseta o seu cérebro, você permite que o seu cérebro faça uma limpeza, você relaxa,
você descansa... Você - repito - precisa dormir.
“Paulo, eu nunca fui em um treinamento e ouvi gente falando em concurso que me mandou
dormir; o pessoal manda eu sacrificar horas de sono.”

Por que você acha que o Ênfase, há mais de 20 anos, é líder de aprovação em concursos
de alta performance?
Você já viu algum atleta de alta performance, um atleta olímpico falando que dorme três,
quatro horas por dia?
Não existe! Porque você não consegue ter alta performance se você não dormir, se você não
descansar, se você não se organizar.
Então, repito: você precisa desacelerar em momentos estratégicos.

“Paulo, eu estou achando que meu cérebro tem é GABA demais, porque toda hora eu estou
com sono.”
Se toda hora você está com sono, pode prestar atenção: provavelmente é porque você está
escolhendo mal a sua rotina de sono e a sua rotina durante o dia. Claro que pode ter questões
médicas envolvidas. Mas, em regra, quem fica sonolento o dia inteiro é porque está dormindo
mal durante a noite, pode ser porque você se alimenta mal durante a noite, porque você dorme
poucas horas, porque você dorme em um ambiente que não é um ambiente tranquilo.

Então você precisa cuidar do teu sono. Você precisa cuidar dos momentos em que você precisa
desacelerar. Seu cérebro tem potência quase infinita, mas chega uma hora que ele precisa de
descanso para voltar a ter alta performance no dia seguinte.

Então isso é muito, muito relevante, você prestar atenção.


Vamos falar agora da acetilcolina, a última substância que a gente vai falar aqui de prazer e
alta performance.
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Elas são ali produzidas ou liberadas nos botões sinápticos, então dentro do seu cérebro, entre
os neurônios.

E a acetilcolina é das mais importantes substâncias neuroquímicas, por quê?


Porque ela está conectada com o aprendizado, memória e atenção.
Então a acetilcolina, ela é a substância que você precisa ter, se você tem uma atividade de
alta performance cognitiva.
Olha os alimentos que podem potencializar: amendoim, aveia, cogumelo, feijão, gema,
leite, queijo, soja, derivados do leite... Alta carga proteica. Fundamental para você conseguir
potencializar a acetilcolina no seu organismo.
E eu quero te falar de uma outra coisa:

Lembra que eu te expliquei, lá naquele primeiro slide, sobre o cérebro trino, que existe
o seu cérebro instintivo, existe o seu cérebro emocional e existe o seu cérebro racional?
Lembra que eu te expliquei isso?
Onde estão as estruturas cerebrais responsáveis pela memória: elas estão na parte
instintiva, na parte emocional ou na parte racional?
Elas estão concentradas na parte emocional, especialmente no seu hipocampo. E o seu
hipocampo está na parte emocional.

Onde eu estou querendo chegar?


Estou querendo explicar o seguinte: quanto mais você consegue ativar a parte racional do
seu cérebro, mais você consegue ter equilíbrio, aprofundar temas, entender coisas novas,
racionalizar, adotar e atingir a máxima performance do ser humano.

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Só que você precisa estar também muito equilibrado emocionalmente, e você precisa estar
num estado emocional muito positivo, porque a memória está localizada nas partes do seu
cérebro que estão próximas das partes que gerem as suas emoções.
As pessoas mais equilibradas emocionalmente têm memória melhor. Isso é científico, não é
o Paulo Lépore que está falando.

Então percebe que não é só dizer para você que existe uma forma de revisão, não é só dizer
para você que existe o melhor livro. Porque, no fim do dia, todo mundo parte do mesmo ponto,
que é o edital do concurso. Só que tem gente que sabe fazer um uso espetacular do edital, e
tem gente que sabe fazer um péssimo uso do edital.

Tem que esgotar o edital para passar no concurso: sim ou não?


Quem acha que tem que esgotar o edital para passar no concurso?
Não tem que esgotar edital nenhum! Ninguém consegue esgotar edital e passar no concurso!
Você tem que estudar os temas que sempre caem, que são sempre os mesmos. Mas eu nem
vou antecipar esse tema porque a gente vai falar disso amanhã.

Pessoal, estou de olho no chat aqui. O pessoal está falando que não tem que esgotar o edital.
A galera já está, Erik, muito conectada com os pontos mais importantes do nosso treinamento.
Eu estou muito feliz. Quero te chamar para vir aqui, Erik, porque agora é o seguinte: depois
da gente ter falado da nossa inteligência cognitiva, da nossa inteligência emocional, o Erik vai
trabalhar aqui com vocês um dos temas mais importantes.

Por quê?
Porque as pessoas já ficam com dor depois de estarem a muitos minutos nos ouvindo, pensando:
“Nossa, já pensou para eu conseguir fazer tudo isso, o tanto de energia mental que eu vou
usar?”

Só que tem um jeito de você não precisar depender sempre de muita energia mental, de não
ter que depender de todo dia ter muita disciplina. É o que o Érik vai falar. Érik, está contigo,
amigo!

Erik Navarro: Fala, pessoal! Então, olha só, deixa eu contar - antes de falar isso pra eles, a gente
está esticando a aula, é treinamento, treinamento é para isso mesmo - deixa eu falar uma coisa
pra vocês: eu não sei se vocês viram, esses dias eu acabei compartilhando isso num Podcast
que está na internet chamado Flow. Eu tenho duas doenças cognitivas: dislexia e déficit de
atenção. Duas. E eu cheguei até aqui.

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Como que você acha que eu cheguei até aqui?
Eu cheguei até aqui porque – em algum momento – me explicaram isso. Isso tudo que a gente
está explicando para você. Então, eu tive a chance de aprender e agora estou compartilhando.
Porque se eu cheguei, você também pode chegar.
“Ah, não, mas você sempre foi bom aluno.”
Eu era o pior aluno da escola e fui um dos piores alunos da faculdade. Mas eu estou aqui e eu
quero compartilhar isso com você agora.

Bom, qual que é a grande dificuldade de você aprender tudo isso que você aprendeu hoje?
E amanhã vocês vão aprender muitas coisas específicas sobre estudo de concurso com o
Érico, que passou em primeiro em tudo quanto é concurso, e com o João, que é um dos
Coordenadores do Curso Ênfase.
É implementar isso. É mudar de vida, é mudar de hábito. Para isso, você precisa entender o
ciclo do hábito. Você tem que entender o ciclo do hábito. Então, é o seguinte – bota aí na tela
para a galera o ciclo do hábito, pessoal.

O ciclo do hábito ou loop do hábito, que é essa coisa que você vive – eu vivo, todo mundo vive
– de fazer sempre as mesmas coisas que a gente sabe que dão errado muitas vezes. É isso,
olha: Você tem uma deixa, aí você tem uma rotina e aí você tem uma recompensa. O que não
quer dizer que seja bom, pode ser super autodestrutivo.

EXEMPLO: Fumar. O cara toma um café, deixa. Aí ele tem a rotina, que é acender o cigarro. E aí
ele tem a recompensa, que é a dopamina jogada no seu cérebro, porque isso dá um baratinho.
Só que vai fazendo mal para saúde. A mesma coisa acontece quando você fica lá rolando o
feed do seu Instagram. Tá certo? Ou rolando o feed do seu Twitter, e assim por diante.
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Ou quando você todo dia acorda de manhã e fala assim: tenho que estudar, porque – afinal
de contas – eu sou concurseiro, eu estou me preparando para o concurso. E aí, você começa
a pegar um monte de material, começa a fazer um monte de coisa que não deveria ser feito –
como, por exemplo, pegar – nem vou falar muito disso agora – pegar livros de doutrina e tal.
E aí, te dá aquela sensação de que: não, eu estou sendo responsável, eu estou aprendendo.
E, no final do dia, você está numa grande confusão. Mas, ainda assim, você repete aquele hábito,
porque alguém – lamentavelmente – te ensinou lá atrás que você deveria ler, por exemplo,
30 livros de capa a capa para passar no concurso, de autores renomados, profundos e tal.
Eu não li nenhum e passei em primeiro lugar em todos os concursos que passei, só teve um
que eu passei em segundo, que foi a Magistratura.

Como?
Estudando da maneira correta e adquirindo esse hábito.

“Mas e agora? Eu tenho o hábito de ler livro, fazer resumos e eu não consigo avançar no
meu estudo, que – inclusive – quero estudar o edital inteiro?”
Ah, mas a gente vai te ensinar como estudar, mas agora já quero te ensinar a mudar o hábito.
Gente, hábito é um troço muito difícil de mudar.

Sabe por quê?


Porque ele entra no nosso sistema 1 – lembra lá do sistema 1 que eu falei? – então, ele vira um
troço automático. Mas existe – e a neurociência explica isso – uma regra de ouro para mudar
o hábito.

Então, o que eu vou falar agora – claro que a gente está falando de concurso público, mas,
caramba – serve para sua vida, porque todo mundo têm hábito ruim. Eu também tenho. Todo
mundo têm hábito ruim. Então, eu vou ensinar uma regra prática, um método para você mudar
os seus hábitos ruins. Inclusive, os hábitos ruins de estudo.

A regra seguinte: lembra que eu falei que você tem uma deixa, alguma coisa que starta
um comportamento e esse comportamento não é bom, mas ele ainda assim produz uma
recompensa, que é a dopamina que está lá no seu cérebro.

Como mudar hábito é muito difícil, porque o nosso cérebro tem plasticidade e ele se adapta
àquilo e depois para arrancar é duríssimo, tem um jeito mais fácil. Então, lembra, né? Volta aí
na tela para a galera, pessoal. Olha lá o ciclo do hábito.Você tem o sapatinho lá é a deixa, é o
gatilho. Você tem a ação que é a rotina e você tem a recompensa.

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Então, qual que é a proposta? Qual que é a regra de ouro da mudança do hábito?
Você mantém a deixa, o gatilho. Você mantém a recompensa. Mas você muda a rotina. Você
insere uma nova rotina. Essa é a regra de ouro da mudança do hábito. Então, o sujeito – por
exemplo – todo domingo à tarde, ele senta na frente da TV para ver futebol.
Essa é a deixa para ele encher a cara. E isso dá uma recompensa, só que depois é prejudicado.
Então, ele senta para ver o futebol – mantém a deixa, mantém o gatilho – só que ao invés de
pegar a cerveja, ele pega um suco. Ao invés de pegar a cerveja, ele pega uma água com o gás ou
pega uma cerveja sem álcool, por exemplo. Ele mudou a rotina. Ele mudou o comportamento
com uma coisa mais saudável.
Ele vai ter, ainda assim – surpresa – a recompensa. Porque é como nosso cérebro funciona.
Você está dando uma enganada no cérebro. Só que você faz isso tantas vezes que quando
você vai ver, lá na frente, você já mudou de hábito.

Bom, eu li no chat que as pessoas – você falou aí, um monte de gente falou – “Nossa, eu me
enrolo no estudo, não sei por onde estudar, fico perdido e tal.”
Bom, você tem uma deixa. Qual que é a deixa?
Sair o edital.

Ou qual que é a deixa?


Eu quero prestar concurso, é mais de longo prazo. Você tem a deixa que está todo dia a tua
vida. Você já presta concurso. Você já tem a deixa.

O que é que hoje você faz?


Você começa a estudar de forma estabanada. Você começa a repetir os erros do passado.
A partir de amanhã, a gente vai te ensinar como estudar. Então, você vai ter a deixa, porque
ela já existe. E você vai em busca da recompensa. Só que agora, você vai estudar da maneira
correta. A gente vai te dar.

O que é que o Ênfase vai fazer?


Ele vai trocar a sua rotina. Ele vai trocar o seu comportamento.

Mas por que o Paulo passou aqui tanto tempo falando de neurociência?
Porque a gente quer fazer você acreditar nisso. E, principalmente, a gente quer fazer você
acreditar que é por você. É por você. Você não vai mudar a rotina por ninguém. Você vai mudar
por você. E tem uma outra gratificaçãozinha extra que vai aparecer depois de pouco tempo –
não muito tempo – e que vai reforçar a boa rotina do estudo, que são os pequenos resultados.

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Lembra que o Paulinho falou de comemorar as pequenas vitórias?
Eu fiz muito isso, pessoal. Quando eu fiz concurso para a Magistratura, eu peguei um edital,
uma prova anterior – antes de começar a estudar – e fiz a prova. Fiquei lá longe, nossa, muito
longe da nota de corte. Depois de um tempo estudando – já da maneira correta, porque aprendi
isso rápido – eu peguei uma outra prova para fazer e já melhorei em relação à nota de corte.
Eu sabia que eu não estava pronto para a prova ainda, mas eu comemorei essa primeira vitória.
Era uma pequena vitória, era um avanço, era a demonstração, era o sinal de que eu estava no
caminho certo. Então, eu reforcei a minha rotina, que é a rotina da objetividade.

Então, se nós temos uma palavra para definir método de estudo – a gente vai falar amanhã
disso – essa palavra é objetividade. Coloca aí no chat, quem é objetivo e quem não é objetivo.
Sou objetivo ou não sou objetivo. Sim ou não. Bota no chat para eu ver.

Se você é, já está no caminho certo. Se não é, a gente já está te ensinando a mudar o hábito.
Amanhã, eles vão te dizer o que você deve fazer, objetivamente, para potencializar o estudo
do concurso. O que eu estou te ensinando hoje é como que você vai transformar isso num
hábito e como é que você vai parar de continuar fazendo as coisas que te prejudicam, as coisas
te colocam na lama, as coisas te colocam no caos, na caverna.

Olha lá. Subindo rápido para caramba. O Tiago é objetivo, a Ludmilla também. A Deyse falou
que não é. O Newman também disse que não. A Sheila é objetiva. A Ângela é objetiva. A Ana
Luísa, não. Bacana. Precisa de hábito. Olha, todo mundo precisa de hábito, pessoal. E todo
mundo já tem hábito, a questão é ter o hábito correto.

E sabe qual é o principal?


Ah, e tem um troço, pessoal, no estudo do hábito, na neurociência do hábito, chamado hábito
angular, né, Paulinho? O hábito angular é maravilhoso, porque ele ajuda – se ele for bom hábito
– a melhorar todos os outros hábitos. Então, eu tenho um hábito angular que é maravilhoso: é
exercício físico. Sempre que eu estou fazendo exercício, ele traz a reboque outros bons hábitos.

Sabe qual que é o hábito angular principal de todos eles, todos, todos? O principal hábito
angular?
Força de vontade. Lembra que eu falei para vocês?
“Poxa, Erik, mas tudo isso que você falou tem que ter força de vontade para implementar!”
Pois é. Eu quero ensinar você a transformar a força de vontade num hábito. E vou voltar a falar
rapidamente agora do Daniel Goleman, bem rapidinho. O Daniel Goleman diz o seguinte:
existem três tipos de foco no nosso cérebro: o foco executivo, o foco no outro e o foco sistêmico,
que é você olhar um pouco de maneira mais panorâmica para a vida.
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O foco no outro é muito importante, traz muito bem estar, viu, pessoal? É o altruísmo. E sempre
que você olhar para alguém, você falar: deixa eu dar atenção aqui para essa pessoa. Deixa eu
olhar nos olhos dela.

Agora, a força de vontade está no foco executivo, no autocontrole. Então, quando você dorme
bem, quando você faz exercícios, quando você tem uma dieta balanceada e quando você já
aprendeu o que é correto e começa a mudar a sua rotina a partir das deixas, dos gatilhos e das
recompensas que já existem, você começa a treinar esse foco executivo.

É difícil, não é tão simples. Meditação ajuda. Não é tão simples. Você vai ver que o mais difícil
é você perceber quando você está perdendo o foco. A gente perde o foco e não percebe.
EXEMPLO: Então, exemplo clássico: olhar o celular. Toda vez que você olha o celular, você
perde 20 minutos para voltar no nível de foco que você tinha antes de olhar para o celular.

Então, está estudando. Deixa o celular longe dos seus olhos. Você não pode sequer ver o celular.
Deixe em outro cômodo, no mudo. É assim que você se livra disso. Quando você começa a
repetir essa atividade, você já sabe que você precisa do foco executivo. Quando você começa
a repetir isso, é como se você estivesse exercitando o músculo da força de vontade.

Como qualquer músculo que você exercita, por exemplo, quando você vai à academia, ele
cansa. Então, não quer dizer que você vai ficar 24 horas por dia dizendo: tem que ter força de
vontade! Eu tenho que estar concentrado!

Não. Até porque quem está concentrado mesmo consegue fazer o trabalho em menos
tempo. Vou contar um segredo para vocês aqui: quem estuda de maneira muito focada e
muito concentrada pode estudar e passar no concurso mais difícil do mundo estudando duas
horas por dia. Estudando quatro horas por dia, se tiver tempo.

Então, não é desculpa. Se você treinar o foco executivo, você está treinando o hábito angular
mais importante da face da terra, aquele hábito que diferencia as pessoas ultra bem sucedidas
das pessoas normais, você está treinando e construindo um hábito fundamental. Não só por
concurso público, mas para sua vida: a força de vontade. Só isso.

Mas o que vai ensinar aqui – a partir de amanhã, não é, Paulo? – são formas muito objetivas
e muito práticas de você estudar da maneira correta. Mas saiba que, hoje, você estuda da
maneira errada. Então, você vai ter que aprender a mudar de hábito. Então, lembre-se do ciclo
do hábito. Lembre-se das suas deixas. Lembre-se da recompensa.

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Sentir que está fazendo a coisa certa. O que você vai fazer é mudar a rotina, mas só faça se
você acreditar. E só faça quando você entender que isso é para você. Você não está fazendo
para mim, não está fazendo para agradar ninguém. Você está fazendo para você. Aí você vai
fazer de verdade, não é, Paulinho?

Paulo Lépore: Isso aí, Mestre! Maravilhoso! E, olha, eu preciso só de mais 10 minutos do pessoal.

Erik Navarro: Manda bala!

Paulo Lépore: 10 minutos que agora vem o gran finale, prático, objetivo.

Erik Navarro: Manda bala.

Paulo Lépore: Bora! Bora! Pessoal, o seguinte: eu preciso de mais 10 minutos. Só que esses 10
minutos vão fazer você materializar muitos dos pontos que nós trabalhamos nesse primeiro
dia. Então, muito foco, muita atenção. Faça por você agora.

Você que está inscrito no nosso evento, você recebeu o material em PDF mais cedo, não
recebeu?

Coloca aqui no chat para mim: sim. Quem recebeu coloca sim aqui no chat, para eu quero
saber quem recebeu. Se você não recebeu, você vai poder fazer o download desses materiais
entrando em um dos nossos grupos de WhatsApp. Quem não está no grupo de WhatsApp
ainda, clica no chat que está fixado aí em cima, tem um link afixado. Clica para você entrar no
nosso grupo. Você vai receber os materiais do nosso treinamento.

Quem recebeu, eu quero que abra esse material agora, que eu vou te ensinar agora a mudar a
sua rotina diária. Criar o hábito, uma rotina com hábitos saudáveis, racionais na sua inteligência
cognitiva. Beleza? E esse método que nós vamos ensinar aqui agora, ele consiste em três
passos simples.

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Você tem três passos: descarregar, eliminar e organizar.

Como é que você vai fazer para organizar a sua rotina agora, em 10 minutos? Mudar agora
a partir de agora a tua realidade?
Vamos lá. Esse é o material que você recebeu, está aí na sua tela.

O nosso planner de atividades. Recebeu esse material, quem não recebeu, é só fazer o
download no grupo de WhatsApp. O que que você vai fazer dentro do nosso método?
Lembra qual que é o método?

Olha, está na sua tela: descarregar, eliminar e organizar.


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O que é o descarregar?
Descarregar é colocar no papel tudo o que está na sua cabeça.

O que que é colocar no papel tudo o que está na sua cabeça?


Primeiro, você vai descarregar listando tudo o que se faz. Só que você vai listar tudo o que
você tem que fazer dentro do seu dia de uma forma inicialmente bem simples de organizar.
Primeiro você vai pensar quais são aquelas atividades que tem uma frequência que você tem
que fazer todo ano, pelo menos uma vez por ano.

EXEMPLO: Aí, dei uns exemplos aí no material: a consulta médica, pagar IPTU, pagar IPVA.
“Paulo, eu mal tenho carro, não estou pagando IPVA ainda.”
Mas, pronto, você entendeu.

Quais são as atividades que têm frequência anual, que todo ano você tem que fazer?
Você já se viu correndo no mês de janeiro para pagar o IPVA e IPTU, para pagar ou para
agendar uma consulta médica, que você sabe que você tem que ir todo ano e que você
não se programou?
Pronto. É para acabar com isso.

Então, primeiro você vai listar e fazer uma recuperação mental e vai colocar aqui nesse planner,
você vai imprimir ou você vai fazer com esse planner aí mesmo, online, todas as atividades que
têm frequência anual. Você vai descarregar.

Depois, você vai colocar aí embaixo as que têm frequência mensal.

EXEMPLO: Por exemplo, pagar aluguel, pagar plano de saúde, fazer compra, tudo o que todo
mês você tem que fazer, você vai jogar aqui nessa lista de atividades mensais. Beleza?

Depois disso, o que você vai fazer?

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Você vai descarregar as atividades que são semanais. Aquilo que você faz toda semana, vai
descarregar, coloca lá.

EXEMPLO: Toda semana, por exemplo, você vai comprar fruta e verdura, você vai fazer
atividade física. Então, sei lá, tem algum esporte que você faz uma vez por semana. Bota ali
nossas atividades semanais.

Depois você vai colocar as diárias, no outro grupo.


EXEMPLO: Então, higiene pessoal, levar o filho para a escola, a alimentação. A rotina diária
de estudo. Coloca tudo ali.
Então, a primeira coisa que tenho que fazer é descarregar. Olha o método de novo na tela:
descarrega, elimina e organiza. A primeira coisa que você vai fazer é descarregar.

Agora, vamos entender como é que você vai trabalhar cada uma dessas listas. Como você
vai ter listado todas as suas atividades, que você pode começar a fazer agora,depois você vai
pegar cada atividade.
EXEMPLO: Por exemplo, pagar a escola do meu filho, que é uma atividade que você tem todo
mês. Aí, você vai olhar para essa tabela que está aqui do lado - que a gente chama de matriz de
Eisenhower - e vai tentar encaixar o pagar a escola do filho em um desses quatro quadrantes.

Pagar a escola do seu filho é urgente ou não urgente?


“Paulo, eu acho que é urgente.”

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Por que é urgente? Surge de repente a necessidade de pagar a escola?
Não, é não urgente.
“Não, Paulo, é muito importante.”

Primeiro eu te perguntei de urgente. Agora, olha aqui, nesse eixo aqui vertical, tem para você
avaliar se ela é importante.

Ela é importante, não é?


Ela é importante.

Mas ela é urgente?


Ela é urgente só se você não agendar. Então, pagar a escola do seu filho é muito importante,
mas não é urgente. Ela só fica urgente se você não tiver agendado. Então, você enquadra essa
atividade lá no quadrante do importante e do não urgente.
Você sofreu um acidente, tem que ir para o hospital.

Essa atividade é importante ou não importante?


É importante.

Ela é urgente?
É urgente.

Tem como você agendar?


Não, você tem que ir na hora. Se o cachorro ficou doente, seu filho ficou doente. Você tem
que parar tudo e ir fazer. São as atividades que ficam no quadrante URGENTE/IMPORTANTE.

Você vai pegar todas as atividades, tudo aquilo que toma o seu dia a dia, sua rotina e vai
encaixando ali. Fazendo uma análise mental e enquadrando ali dentro da matriz de Eisenhower.
Colocando urgente, importante, fica ali naquele quadrante. Importante não urgente fica aqui.
Não importante e urgente fica aqui. Não urgente e importante fica nesse último grupo.

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Aí, olha só aqui no material. Olha lá o que está escrito.

No quadrante de urgente/importante são as coisas que você tem que fazer imediatamente.
Machuquei, tem que ir para o hospital. Você tem que fazer imediatamente. Então, faz agora.
As coisas que são importantes, mas não são urgentes, você vai agendar. As coisas que são
urgentes, mas não são importantes, você vai tentar delegar.
EXEMPLO: Então, por exemplo, eu preciso comprar água, porque acabou a água da
minha casa.

Será que é você que precisa e ir comprar água ou você pode fazer um acordo com a
sua esposa, com seu marido, de repente pedir pelo telefone? Dá para você delegar ou
automatizar?
Então, fica aí nesse quadrante: delega ou automatiza. Tem muita coisa que dá para você
automatizar.

E lá no último quadrante, aquilo que não é nem urgente e nem importante.


EXEMPLO: Por exemplo, Paulo, eu sou colecionador de figurinha e aí vai ter uma exposição
de figurinhas. Eu estou falando nesse exemplo, porque já me contaram isso. E aí, são só dois
dias eu preciso ir lá ver essa exposição de figurinhas.

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Aí, às vezes eu brigo com a pessoa. Tá, isso é urgente e importante? Será que não dá para
eliminar?
Tem muita coisa na nossa vida que a gente consegue eliminar, que a gente acha que são tarefas
urgentes e importantes e na verdade elas não são nem urgentes e nem importantes. Então,
pronto, essa ferramenta vai te ajudar a ter clareza. Depois que você fizer isso com todas as suas
atividades, você vai conseguir eliminar um monte, você vai conseguir delegar ou automatizar
um monte.

E aí, você vai ficar com dois grupos de tarefas: as que são urgentes e importantes, que são as
que surgem de última hora, e você sempre vai ter que parar tudo para fazer isso, e as que você
pode agendar. E é uma das chaves da vida, simples, é agendar as coisas, e é uma das grandes
dificuldades que a gente tem, de fazer um planejamento de agendamento. E o ponto de partida
é você ter uma lista de atividades.

Então, eu quero que você faça o quê?


Que você de hoje para amanhã, pegue essa ferramenta e aplique.

“Pode ser agora, depois da live?”


Pode.

“Pode ser amanhã cedo, que eu vou estar na melhor versão do meu cérebro?”
Pode, mas não procrastine. Aplique essa ferramenta.

“Por quê?”
Porque você vai sentir prazer em ter um resultado objetivo palpável com esse treinamento.

“O que que vai acontecer?”


Você vai voltar amanhã.

Você entendeu como as coisas funcionam?


O Erik falou de anatomia do hábito. Eu estou te dando a possibilidade de você recompensar o
seu esforço, de você já ver um benefício claro, objetivo, aplicando a nossa matriz de Eisenhower,
a nossa metodologia de descarregar, eliminar e organizar ou agendar.

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Depois você tem aí - de presente para você - um planejamento semanal.

E ao final dessa live, você também vai receber outros presentes nossos.
Eu não queria dar spoiler, mas eu sempre acabo dando os spoilers dos presentes que a gente
vai dar. Eu tinha te pedido 10 minutos, estou cumprindo os 10 minutos que eu tinha pedido.
Mas antes de dar a última e mais importante informação, eu queria te pedir para você – para
saber se está dando sentido que a gente está aqui – ir lá no feed do nosso Instagram e comentar
qual foi a grande virada de chave desse primeiro dia.

Qual que foi o ponto mais impactante?


Comenta lá no nosso post, engaja, dá mais esse passo, dê uma ação. Se envolva mais
emocionalmente com esse momento. Quando eu peço para você compartilhar, quando
eu peço para você comentar, eu quero que você se envolva mais emocionalmente. E isso é
fundamental para você ter um pacto mais forte com este evento. Então, é muito importante
que você faça isso.

Eu e o Erik vamos pessoalmente ler esses comentários. O João, o Érico, vamos responder
vocês lá, porque a gente quer estar sempre muito envolvido com vocês. Então, vai lá no feed
do Instagram, comenta no nosso post lá de repercussão desse primeiro dia de treinamento.

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Amanhã, o que que vai acontecer?
Amanhã, nós vamos ter um treinamento sobre os nove tipos de inteligência.

“Não acredito, Paulo! Mas já não falou de duas hoje?”

Falei. Mas dentro dos nove tipos de inteligência, do Howard Gardner - que é um ponto que a
gente vai trazer amanhã - tem três tipos que nós não vamos revelar hoje, que são os três tipos
de inteligência mais importantes para você desenvolver dentro da nossa super inteligência.

E aí, eu quero que você olhe bem para o slide que está na sua tela. Olha só.

Está na sua tela agora a representação gráfica da nossa super inteligência. Então, a nossa
super inteligência tem três elementos, três componentes. A primeira terça parte foi revelada
hoje. Nós falamos da inteligência cognitiva/racional e falamos da inteligência emocional, que
estão relacionadas com duas grandes habilidades que você precisa desenvolver: organização
e cronograma de atividades.

Então, você hoje teve condições de se desenvolver nessa área. Existem mais duas grandes
áreas da super inteligência que a gente vai, revelar a próxima área amanhã e no terceiro dia, o
gran finale, algo que você nunca ouviu, porque isso é novo, e a gente vai trazer para você em
primeira mão. O mais importante elemento para você desenvolver a sua super inteligência, a
sua alta performance para concursos.

Antes disso, eu quero te chamar para ver um depoimento que a gente sempre se emociona
quando vê do Juiz Federal, ex-aluno do Ênfase, o Anderson Silva.
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Anderson Silva: “Olá, pessoal! Tudo bem? Aqui é o professor Anderson Silva. Para mim, é uma
grande alegria falar com vocês aqui hoje. Gostaria de registrar a importância que o curso teve
na minha trajetória. Lá no ano de 2012, eu acho que a equipe, os professores nem faziam ideia
de que lá em Jequié, no interior da Bahia, tinha um aluno assistindo às aulas, se esforçando e
se aplicando e sendo beneficiado pela qualidade do curso.

E o Curso Ênfase - eu sempre falo isso onde eu vou - foi determinante para levantar o meu
nível de competitividade, me deixar realmente preparado para enfrentar as provas, disputar
vagas. E foi, assim, essencial na minha aprovação. Então, esse é só um registro para mostrar
a vocês como o trabalho de todos vocês possui um impacto muito grande na vida de pessoas
que vocês não conhecem e que vocês nem fazem ideia da existência, mas que conseguem
alcançar, realizar os seus sonhos graças ao trabalho de vocês. Então, fica registrado esse
depoimento e o meu agradecimento a cada um participante, cada um colaborador, cada
um que participa desse trabalho magnífico que é feito pelo Ênfase. Um abraço.”

Paulo Lépore: Maravilha, né, gente? O Anderson é um grande amigo, professor aqui do Ênfase.
Foi nosso aluno, hoje é Juiz Federal. E que aconteceu com ele, pode acontecer com você.
Basta aplicar as técnicas que a gente está ensinando aqui, não é, Érik?

Erik Navarro: É isso aí. E agora você já sabe como aplicar as técnicas!

Paulo Lépore: Muito bem. E, então, depois de duas horas de treinamento, em primeiro lugar,
parabéns a você por ter conseguido dedicar este tempo de qualidade a você, que é quem
importa, né, Erik?

Erik Navarro: Deixa eu perguntar uma coisa pessoal. Galera, olha só, responda com sinceridade
mesmo: alguma vez você já viu algum treinamento gratuito desse nível? Ensinando isso
que a gente ensinou para vocês hoje? Coloquem aí no chat, se você já viu ou não.

Paulo Lépore: Não é por acaso, Erik, que o Ênfase, há mais de 20 anos, aprova as pessoas nos
concursos jurídicos de alto desempenho. No último concurso para Juiz Federal do TRF 3,
100% dos aprovados foram alunos do Ênfase. É seriedade, respeito com o teu sonho, técnicas
adequadas, científicas e um alto nível de respeito com os nossos alunos.

Um treinamento gratuito, para poder democratizar essa preparação para todo o mundo.
E amanhã vai ser absolutamente incrível com o Érico Teixeira, Juiz Federal, Professor do
Ênfase, aprovado em primeiro lugar no concurso. O professor João Mendes, Coordenador
do Curso Ênfase, o melhor professor de Direito Constitucional do Brasil e vai ser absoluta-
mente incrível.
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Quero dar de novo os parabéns para você que esteve aqui e que curtiu. Quem curtiu aqui no
chat, coloca a hashtag aí: #DoCaosAteAPosse

Foi do caos até a posse hoje, Erik?

Erik Navarro: Ah, foi o primeiro passo! Tem mais dois ainda faltando!

Paulo Lépore: Pessoal, muitíssimo obrigado! Apliquem a ferramenta, façam o download,


comecem a se organizar. Aproveitem esse momento para dar esse primeiro passo importante.
Amanhã tem mais e vocês vão receber surpresas aí no grupo de WhatsApp: mapa mental e
resumo desse primeiro dia! Mas só quem estiver nos grupos de WhatsApp.

Erik Navarro: Que bacana! Legal, pessoal! Demais! Então, a gente está junto. Eu estou com o
Érico e com João amanhã, é isso? E com a gente de novo e todo mundo junto no último dia.

Paulo Lépore: Quarta-feira estaremos nós quatro: eu, Erik, Érico e João para o encerramento.
Absolutamente incrível. Vai ser a terceira peça da nossa super inteligência, eu tenho certeza
que você não vai se arrepender de estar com a gente. Erik, obrigado!

Erik Navarro: Valeu, Paulo! Tchau, pessoal!

Paulo Lépore: Pessoal, para quem ainda vai estudar: excelentes estudos! Quem vai aplicar a
ferramenta: excelente a aplicação! E quem vai dormir: Bom descanso!

Erik Navarro: Tchau, galera, boa noite!

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