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Ars Antiqua: Léonin e Pérotin

Ars Antiqua: Léonin e


Pérotin
→ Música sacra polifônica, do século XI ao século
XIV.
→ Nos séculos XII e XIII: Organum de Notre-Dame
(centro-norte da frança).
→ Os principais expoentes desta escola são: o poeta e músico
Léonin (c. 1159-c. 1201), que era cônego da catedral de Paris,
e Pérotin (c. 1170-c. 1236), que trabalhou na mesma igreja.
→ Três estilos ou tipos principais de composição estão representados na
música da escola de Notre Dame e na das últimas décadas do século xiii:
o organum, o conductus e o motete.
Ars Antiqua: Léonin e
Pérotin
→ As mais altas realizações do organum tiveram origem principalmente
no trabalho da escola de Notre Dame, do século XII até meados do
século XIV.
→ As missas e ofícios continuavam majoritariamente a serem monofônicas, ainda que
houvesse expansão e desenvolvimento da polifonia do organum na Europa, irradiando
do centro-norte da França para o Oeste do continente (e as ilhas britânicas).

→ Léonin desenvolveu suas atividades composicionais durante o período


(aproximadamente) de 1180-1201; supõe-se que Pérotin compôs suas obras entre 1190
e 1236.
→ Magnus liber organi: ciclo de graduais, aleluias e responsórios a duas vozes para
todo o ano litúrgico, composto por Léonin. Os organa de Léonin são compostos para
as seções solísticas dos cânticos da missa e dos ofícios.
Ars Antiqua: Léonin e
Pérotin
→ Um exemplo é o da missa da Páscoa — Alleluia Pascha nostrum:
<https://www.youtube.com/watch?v=-4TfG3t2fc8>, que se dá de acordo com a
seguinte estrutura:
Ars Antiqua: Léonin e
Pérotin
→ Os trechos em descante das composições foram-se
desenvolvendo cada vez mais, tornando-se quase em
peças à parte.
→ Foi nas obras de Pérotin que este desenvolvimento
teve continuidade.
→ Mantida em certa medida a alternância entre
trechos em uníssono e polifonias dentro das
composições, apesar de Pérotin alterar trechos dos
originais de Léonin, substituindo ora trechos de
organum por cláusulas de descante, ora substituindo
antigas cláusulas por novas, compostas por ele.
Ars Antiqua: Léonin e
Pérotin
→ Em Pérotin temos um estilo mais marcadamente rítmico, tanto por
uma definição maior dos modos (células) rítmicos nas composições,
quanto pela uso de repetição desses modos, a fins de maior ênfase.
→Majoritariamente os modos III e IV eram os mais utilizados,
agrupados em dois, ou múltiplos de dois, gerando um efeito de ritmo
binário. São estes os modos rítmicos, na notação musical atual:

→ Os tenores prolongavam menos as notas, recorrendo à repetição na


duração das partes solo. Este uso incipiente de passagens isorrítmicas
foi utilizado posteriormente no motete.
Ars Antiqua: Léonin e
Pérotin
→ Pérotin compôs não apenas organum duplum, como para três e
quatro vozes (organum triplum e organum quadruplum).
→ Destas novas formas de se compor o organum, a tripla tornou-
se a mais popular. Nelas há não apenas a alternância entre
cantochão e polifonia, mas um certo modo de combinação das
duas técnicas.
→ As vozes mais graves faziam notas mais prolongadas e menos
definidas ritmicamente, enquanto os tenores cantavam em ritmo
modal mais definido. Esta fusão foi chamada de copula.
→ Um exemplo, Sederunt Principes:
https://youtu.be/EMyWnCf2Anc?t=132
→ Vemos não apenas a alternância entre cantochão e o organum a
quatro vozes, mas a alternância de trechos cantados, entre o duplum, o
triplum e o quadruplum.
Ars Antiqua: Léonin e
Pérotin
→ Outro estilo em que Pérotin compôs é o conductus: uma
“canção latina não litúrgica, geralmente de carácter sério,
com um texto de métrica regular, quer sobre um tema
sagrado, quer profano” (GROUT; PALISCA, p. 84).
→ O conductus era uma forma de canção que existiu entre
os séculos XI e XIII, e que surgiu para acompanhar o
momento em que um padre ou qualquer outro integrante da
igreja era conduzido de um lugar para outro. Nela os
compositores faziam suas próprias músicas, em vez de
adaptar as músicas da igreja.
→ Pérotin compôs conductus monofônicos, a duas e três
vozes.
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Kelly Loves Whales and Nick Merritt.

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