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Fases até chegar ao capitalismo

Para o prof. Avelãs Nunes (Os sistemas económicos) defende que os sistemas económicos
influenciaram-se. De tal modo é que afirmou a seguinte frase «do comunismo primitivo ao
esclavagismo , do esclavagismo ao feudalismo e deste ao capitalismo de modo a tornar claro
que a transição de sistema para o outro é fruto de um processo contínuo de transformaçaõ ;
que cada sistema econónico que a história registra é produto da evoluçao dialética do sistema
que o procedeu; é de tal modo queTeixeira Ribeiro afirmou que nenhum sistema conseguiu
substituir integralmente o anterior.»

Para Natália Petrin Este modo de produção refere-se à uma formação


econômica e social que abrange o período desde o surgimento da sociedade
humana. Esse é o modo mais duradouro, pois existiu durante centenas de
milhares de anos.
Tanto Natália Petrin e o prof. Avelãs Nunes são de opinião que não existia
ainda o conceito de propriedade privada dos meios de produção, ou ainda
proprietários. As relações eram de amizade e ajuda, e também não existia o
estado. E este último continuo dizendo que
Ao longo de muitos séculos, as forças produtivas foram muito rudimentares e as condições
materiais de vida muito precárias, pois os frutos do trabalho do homem malnão bastavam para
garantir a sobrevivência diária. O homem começou por utilizar as pedras e os paus para
procurar os seus meios de subsistência; só mais tarde passou a confeccionar instrumentos
muito simples, com a ajuda dos quais caçava e colhia os alimentos de origem vegetal, a tanto
se resumindo a actividade económica, neste período em que o homem era simples colector.

Não fazia sentido, então, falar-se de propriedade (privada) dos meios de produção, que eram
utilizados, bem como as terras, por toda a colectvidade, para satisfazer a necessidade de
todos. Não havia, portanto, diferenciação social, nem exploração de uma classe de homens
sobre a outra. Nestas sociedades primitivas, em que a organização colectiva e a disciplina do
trabalho resultam da força do costume, do prestígio e do poder de que gozavam certos
elementos da comunidade (os chefes de clãs), que não raras vezes eram mulheres.

O esclavagismo

É o sistema económico com o modo de produçao que assenta na exploração do trabalho


forçado da mão-de-obra escrava, surgiu nos vales do Nilo e do Eufrantes, na Índia e na China,
informando mais tarde as civilizações grega e romana.A explorção do trabalho escravo tornou
possível a produção de grande excedente e uma enorme acumulação de riquezas, estando,
assim, na base do desenvolvimento económico e cultural que a humanidade então conheceu:
construiram-se diques e canais de irrigação, exploraram-se minas, abriram-se estradas,
construiram-se pontes e fortificações, desenvolveram-se as artes e as letras.

O feudalismo

O que caracteriza o feudalismo são as relações de produção do tipo servil, em que os produtos
imediatos se encontram ligados à terra que trabalham e da qual extraem os seus meios de
subsistência ( ou de reprodução da força do trabalho) e se encontram obrigados a entregar aos
senhores feudais (que não participam na produção) o sobreproduto que lhes garanta a
existência como classe dominante (consisti em prestações em espécie, numa renda em
dinheiro). O feudalismo é indissociável da servidão.

Evolução do feudalismo

1º Traduz-se na ocorrência de conflitos e dificuldade de vária ordem que acabariam por minar
as relações de servidão que constituíram a razão da sobrevivência de toda a estrutura feudal.

2ª A interação destes conflitos internos co factores externos ao sistema mas que condicionam
o seu desenvolvimento (incremento do comércio e desenvolvimento das cidades) é que
resultou o lento processo de desagregação do feudalismo

A transição para o capitalismo

Foram vários os factores influenciadores prefilados pelo prof. Avelãs Nunes, nomeiadamente:

1- A acumulação primitiva de capital


a- As cruzadas
b- O capital usuário e a especulação
c- Os descobrimentos e o comércio mundial. O capital mercantil
d- A exploração colonial e a revolução dos preços
e- A proletarização dos camponeses pobres e a apropriação das terras comunais
f- Síntese
2- A reforma
3- A formação dos estados modernos da Europa
4- Ã revolução Inglesa
5- Da indústria artesana à indústria capitalista –a revolução industrial
a- A indústria artesana
b- A indústria assalariada no domicílio
c- As manufaturas
d- A maquinofactura-a revolução industrial
6- A revolução francesa

O capitalismo só se afirma como modo de produção específico quando se apodera da


indústria. O modo de produção capitalista só penetra quando atinge a fase da maquinofactura,
instalando-se um sistéma económico dominante.

Conceito

Capitalismo, ou modo de produção capitalista, é uma forma de


organização social marcada pela separação entre os proprietários e
controladores dos meios de produção (máquinas, matérias-primas,
instalações etc.) e os que não possuem e não controlam os meios de
produção, dependendo exclusivamente da venda de sua força de
trabalho, através do salário, para sobreviver.

O capitalismo constituiu-se como forma de organização ao longo do tempo, desde o


fim da Idade Média, baseado na exploração da mais-valia dos trabalhadores.

Desenvolvimento do capitalismo

O capitalismo iniciou sua formação nos séculos finais da Idade Média, quando
paulatinamente as formas artesanais de trabalho – concentradas principalmente
nas corporações de ofício – foram dando lugar a uma divisão social trabalhista
pela qual alguns mestres-artesãos passaram a ter a propriedade das ferramentas e
matérias-primas, levando-os a assalariar pessoas que com seu trabalho produziam
as mercadorias. Era o início da ruptura com a forma de organização social
baseada na servidão entre senhores e servos.
Um mercado de trocas entre os diversos tipos de mercadorias (produtos e
pessoas) garantiria a venda do que era produzido, exercendo o dinheiro um papel
fundamental no mercado, em virtude de sua função de intermediário na
realização das trocas.
O intercâmbio dessas mercadorias garantiria um lucro ao capitalista. Para alguns
estudiosos do capitalismo, o lucro seria proveniente da venda da mercadoria no
mercado por um preço superior ao que custou para sua produção. Dessa forma, o
lucro se encontraria no mercado de trocas.
Para alguns críticos do capitalismo, o lucro do capitalista provém da diferença do
valor do salário pago ao trabalhador em relação ao valor total produzido por ele,
no período em que ele executou sua ação de trabalho.
Por exemplo: um trabalhador foi contratado para trabalhar por um dia em uma
jornada de oito horas, com um salário de R$ 50,00. Entretanto, nas primeiras
quatro horas, esse mesmo trabalhador produziu mercadorias no valor de R$50,00,
sendo que nas demais quatro horas de trabalho ele produziria o mesmo valor, que
seria apropriado pelo capitalista como o resultado de um trabalho não pago. Seria
essa a origem do lucro do capitalista, conhecido também como mais-valia. A
pessoa que ganhou maior notoriedade por apontar a mais-valia como origem do
lucro foi o alemão Karl Marx, cuja principal obra, O Capital, pretendeu dissecar
o funcionamento do capitalismo.
A mais-valia seria então o resultado de uma relação social de produção, cuja
organização do processo de trabalho teria como característica principal a divisão
entre os que são proprietários e controlam os meios de produção e aqueles que
não têm propriedade e nem controlam os meios de produção, sendo obrigados a
venderem sua força de trabalho em troca de um salário para sobreviverem. Essa
divisão seria a base da divisão da sociedade capitalista, entre duas classes
antagônicas: a burguesia exploradora e os trabalhadores explorados.
A expansão das forças de produção e da organização do trabalho capitalista, com
o assalariamento e a exploração da mais-valia, proporcionou um avanço
tecnológico que ficou conhecido como Revolução Industrial. Ela ocorreu
inicialmente na Inglaterra a partir do século XVIII, expandindo-se para os países
da Europa Ocidental e EUA no século seguinte, alcançando toda a superfície do
planeta no século XX.
A necessidade de exploração da mais-valia para a produção de capital e sua
acumulação levou ao fortalecimento das relações sociais de produção capitalista.
No aspecto econômico, ela resultou no desenvolvimento industrial, tecnológico e
de meios de comunicação, bem como na integração entre as várias unidades de
produção e os locais de venda para garantir a realização das trocas de
mercadorias. Resultou ainda na criação do sistema financeiro, que deu às
instituições bancárias o controle sobre a circulação de capital e do dinheiro.
Mas as relações sociais de produção capitalista em desenvolvimento
necessitavam de que o Estado fosse reestruturado para garantir a exploração da
mais-valia. Houve a necessidade de uma nova conformação política da sociedade
para que as relações sociais de produção se desenvolvessem com mais liberdade.
O principal evento que marcou essa nova conformação política foi a Revolução
Francesa de 1789, que através de uma ação violenta criou as instituições clássicas
do capitalismo, como o parlamento, os códigos jurídicos, um exército moderno e
a constituição de um poder executivo. Essa seria a estrutura política clássica do
capitalismo.
Ao longo do século XIX e início do século XX, o desenvolvimento do
capitalismo levou a uma intensa concentração de capital, com a criação de
grandes conglomerados econômicos; à transformação de um grande contingente
de pessoas em trabalhadores assalariados e ao surgimento de inúmeros países,
que pretendiam criar as condições para o desenvolvimento capitalista em suas
fronteiras. Dessa expansão resultou ainda o colonialismo e a I Guerra Mundial, já
no século XX.
Por outro lado, a exploração da mais-valia provocou a miséria de um número
crescente de trabalhadores, que passaram a lutar por melhorias em suas condições
de vida e trabalho. Para isso, criaram sindicatos e diversas formas de associação
de trabalhadores (cooperativas, comitês de fábrica etc.) através dos quais lutavam
pela garantia de direitos. Com o acúmulo de experiências, os trabalhadores
passaram também a perceber a necessidade de alcançar o poder político e
econômico, no Estado e nas empresas, para que a exploração da mais-valia fosse
extinta. Com isso, conquistaram o direito ao voto, o direito de organização e o
direito de greve.
Como foi necessária uma ação violenta para que o capitalismo constituísse suas
estruturas econômicas e políticas, aos trabalhadores também foram necessárias
acções violentas de tomada do poder. No início do século XX, revoluções contra
o capitalismo ocorreram em alguns países, alcançando maior fama a Revolução
Russa de 1917. Depois de afastarem os inimigos, os revolucionários russos
vitoriosos anunciaram a construção do socialismo, o que seria uma forma de
organização social antagônica ao capitalismo. O principal caminho para essa
construção passaria pelo controle que o Estado teria sobre o mercado de troca de
mercadorias, planejando toda a produção econômica da sociedade e organizando
de acordo com esses preceitos todos os demais âmbitos sociais.
Uma nova guerra mundial, agora a segunda, levaria o mundo a se dividir entre os
países capitalistas e os países ditos socialistas, os primeiros eram adeptos ao livre
mercado e os segundos eram defensores de um controle do Estado sobre a
economia.
O planejamento econômico pelo Estado era apontado como o contrário do
mercado capitalista, no qual o interesse empresarial privado imperava, existindo
uma livre troca, de acordo com os interesses de seus agentes. Essa situação
impedia uma racionalização da produção. Além disso, o Estado como
proprietário dos meios de produção levaria ao fim da exploração da mais-valia, já
que não haveria apropriação privada do trabalho não pago. O Estado se
confundia com o interesse coletivo.
Existem vários críticos que apontam os dois modelos como sendo duas formas de
realização do capitalismo. De um lado um capitalismo formado por grandes
empresas que controlam vários setores do mercado dito livre concorrencial,
realizando, na verdade, um planejamento de mercado, em virtude do montante de
capital acumulado. De outro, um capitalismo de Estado, no qual as instituições
estatais controlam as empresas e planejam os mercados, principalmente através
dos gestores dessas instituições. O elemento comum seria a permanência da
exploração da mais-valia dos trabalhadores por burgueses e gestores (burocratas
das empresas e do Estado), já que aqueles continuam afastados do controle dos
meios de produção e da capacidade de decidir sobre a organização das relações
sociais de produção.

Para G. Kozlov (Curso de economia Política 1981:59) o capitalismo é um regime social baseado
na propriedade privada dos meios de produção e na exploração do homem pelo homem.

Defende que a passagem do feudalismo para o capitalismo significou o desenvolvimento


contínuo da propriedade privada, a sua concentração, ainda em maior escala, nas mãos de
uma minoria, a privação da propriedade dos meios de produção dos pequenos produtores e a
sua transformação em pessoas obrigadas a vencer voluntariamente a sua força de trabalho aos
capitalistas para conseguirem meios de subsistência.

No processo da sua evolução, o capitalismo passou por três fases históricas:

A) A cooperação capitalista simples;


B) A grande produção manufactureire
C) A produção capitalista mecanizada cuja forma típica é a fábrica
A primeira fase, existiu sob a forma de oficina, dentro da qual não havia divisão do trabalho

A segunda fase basea-se na divisão do trabalho manual dentro da oficina

Na terceira fase cria-se a base material e técnica sob a forma da grande indústria mecanizada,
o capitalismo assegurou um grande desenvolvimento da produtividade do trabalho social,
venceu o feudalismo economicamente e consolidou-se como modo de produção dominate

Para Lénine (Sobre a chamada Questão dos Mercados: p.87) o capitalismo é a fase do
desenvolvimento da produçã mercantil na qual se convertem em mercadoria não só os
produtos do trabalho humano mas também a própria capacidade de trabalho do homem

A produção capitalista é o tipo superior de produção mercantil baseada na propriedade


privada. Que assenta na exploração do trabalho assalariado, nela os meios de produção e a
força de trabalho encontram-se dissociados, e para os associar é necessária a compra e a
venda de força de trabalho no mercado. Por conseguinte, sob o capitalismo, não são apenas os
produtos do trabalho que são mercadorias , mas também a força de trabalho do homem (G.
Kozlov, Curso de Economia Política:64)

Do ponto de vista histórico o capitalismo brota da produção mercantil simples exixtente como
tipo económico da sociedade feudal. Para Lénine (A Doença Infantil do Esquerdismo no
Comunismo:p. 6) sublinhava que a pequena produção gera capitalismo e burguesia
constantemente, em cada dia, em cada hora, de forma espontânea e a uma escala maciça

Para George Stanlake (Introdução à Economia:61) o empresário é o indivíduo que se dedica à


produção com o objectivo de obter lucro.

Numa sociedade capitalista, a produção não teria lugar se não houvesse alguém disposto a
comprar os recursoa económicos necessários e a organizá-los com vista à produção, na
expectativa do lucro.

Deve haver alguém, um indivíduo ou grupo de pessoas, que organize os três factores de
produção de modo a que possa haver produção. Alguém tem que decidir: o que produzir(o
tipo de bens ou serviços e a quantidade); como produzir (os processos de produção); onde
produzir (a localização da empresa)

O empresário é alguém que corre riscos. Têm de pagar uma renda pela terra, juros pelo
empréstimo que fizeram, salários aos trabalhadores e os custos das matérias – primas.

Empresa em nome individual – esta é a forma empresarial mais simples e mais antiga e é
muitas vezes referida como empresa individual. Uma única pessoa fornece o capital, toma as
decisões e assume os riscos. Ela é a única responsável pelo êxito e fracasso da empresa e tem,
por isso, direito a todos os lucros que possam ser obtidos ou, caso contrário, assume toda a
responsabilidade pelos prejuízos que se possam verificar.
A grande desvantagem reside no facto de o proprietário ser pessoalmente responsável pelas
dívidas contraídas pela sua empresa e de esta responsabilidade ser ilimitada. Todos os seus
bens pessoais estão em risco e podem ser penhorados para satisfazer o direito dos credores,
caso a empres se torne insolvente ; Outra desvantagem deste tipo de emprea consiste na
estrita limitação da sua capacidade de obter capital para se expandir.

Este tipo de organização é o predominante na agricultura, comércio retalhista, construção,


trabalhos de manutenção e reparação e em serviços pessoais, como os cableireiros.

Sociedade em nome colectivo

Estas sociedades são associações voluntária de 2 a 20 pessoas ( é permitido um número


ilimitado de sócios no caso de certas sociedades proficionais – solicitadores e contabilistas, por
exemplo.), constituídas com o objectivo de desenvolver uma actividade económica tendo em
vista a obtenção de lucros.

Vantagem

Trata-se de uma organização flexível que permite um grau de espacialização maior do que o
das empresas individuais. Em geral os sócios especializam-se em um ou mais aspectos do
negócio; uma vez que a sociedade tem acesso mais amplo ao capital, pode alcançar uma
dimensão maior do que a empresa individual.

Desvantagem

É o facto de as responsabilidades dos sócios ser ilimitada e de eles serem totalmente


responsáveis pelos actos dos outros sócios. Exixtem, no entanto, algumas sociedades de
responsabilidade limitada, por exemplo, os sócios comanditários.

No sentido exacto do termo, o sistema de mercado puro, ou laissez – faire, nunca existiu.
Desde que existe uma qualquer forma de organização política, a autoridade política exerceu
algumas funções económicas (por exemplo, controlando os preços ou pagando os impostos)

A estrutura do sistema mercado ou sistema capitalista inclui seis aspectos essenciais. São eles:

1- Propriedade privada
2- Liberdade de escolha e liberdade de empresa
3- Interesse pessaol como motivação dominante
4- Concorrência
5- Confiança no sistema de preços
6- Papel limitado do estado
Sociedade anónimas

Consiste numa associação de pessoas que contribuem para um fundo comum de capital com a
finalidade de exercerem uma actividade económica, tendo em vista o lucro.

Características

1- Princípio da responsabilidade limitada

A própria sociedade é totalmente responsável pelas suas dívidas, como qualquer pessoa, mas a
responsabilidade dos accionistas é limitada ao montante do capital da sociedade que eles
aceitaram subscrever

2- Perspectiva de continuidade que elas oferecem

Uma sociedade anónima oferece exactamente este tipo de perspectiva, pois a sua eistência é
independente da vida e da sorte dos seus accionistas. Se um accionista morrer, as suas acções
tornam-se propriedade dos seus herdeiros; se não gostar do modo como a empresa esta a ser
gerida, pode vender as suas acções – a sociedade não será, de algum modo, afectada.

3- A possibilidade de transferência das acções;


4- A sociedade anónima permite àqueles que não podem, ou não querem, ter um papel
activo na administração, contribuir para a actividade económica, fornecendo capital.
Há pessoas que têm capacidades técnicas e comercias, mas que não possuem os
recursos necessários para utilizar de modo efectivo

Cooperativas

Existem, basicamente, dois tipos de empresas cooperativas: um funciona com base no


controlo dos trabalhadores; o outro, com base no controlo dos consumidores.

CAPITALISMO. Sistema econômico e social predominante na maioria dos países industria


lizados ou em fase de industrialização. Neles, a economia baseia-se na separação entre
trabalhadores juridicamente livres, que dispõem apenas da força de trabalho e a vendem em
troca de salário, e capitalistas, os quais são proprietários dos meios de produção e contratam
os trabalhadores para produzir mercadorias (bens dirigidos para o mercado) visando à
obtenção de lucro. Segundo o dicionário de economia

Vários cientistas sociais de destaque procuraram explicar o surgimento e o funcionamento do


capitalismo. Para Werner Sombart, a essência do capitalismo não está na economia, mas no
“espírito” que se desenvolveu dentro da burguesia que surgiu na Europa no fim da Idade
Média. Esse espírito teria levado os burgueses a perceber que o melhor método para adquirir
riqueza não era acumular capital. Max Weber caracteriza o capitalismo pela predominância da
burocracia: as empresas deixaram de ser domésticas e passaram a ter vida própria, exigindo,
devido ao tamanho crescente, sistemas contábeis e administrativos altamente racionais para
garantir a obtenção de lucro. Para Karl Marx, o que define o capitalismo é a exploração dos
trabalhadores pelos capitalistas. O valor do salário pago corresponderia apenas a uma parcela
mínima do valor do trabalho executado. A diferença, denominada mais-valia, seria apropriada
pelos proprietários dos meios de produção sob a forma de lucro.

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