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O Papel da Família e da Escola

Inclusiva

Paulo Jorge Veloso Santos


Índice
Introdução 2
A Família e as suas funções. 3
Evolução do conceito de inclusão. 4
O relacionamento intergeracional. 6
Evolução do conceito de inclusão 7
A participação dos pais na educação. 9
Importância da interação família –escola. 12
Conclusão 17

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Introdução
O lar familiar terá de ser o habitat, natural das crianças, ou seja, o lugar onde tem de
habitar as famílias sejam elas progenitores ou os familiares.

A família é o conjunto de indivíduos consanguíneos ou de colhimento sejam eles


monoparentais ou do mesmo sexo porque para mim eu costumo dizer que seja a família
como for o mais importante é o amor.

Claro que a família deverá ser sempre aquela que apoia, ampara e protege, seja em
termos de ética, moral e deverá ser socialmente adaptada cada membro desta
comunidade.

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A Família e as suas funções.
Conceito de parentesco e a sua importância na organização social.

Parentesco é a relação que une duas ou mais pessoas por vínculos de sangue
(descendência/ascendência) ou sociais que vêm sobretudo pelo casamento, onde a partir
daí vão se criando laços, e assim tornando-as mais fortes.

O parentesco estabelecido mediante um ancestral designado de consanguíneo, enquanto


o criado pelo casamento e outras relações sociais recebe o nome de parentesco por
afinidade. Chama-se de parentesco em linha repta quando as pessoas descendem umas
das outras diretamente (filho, neto, bisneto, trisneto, tataraneto, etc.), e parentesco
colateral quando as pessoas não descendem uma das outras, mas possui um ancestral em
comum (tios, primos, etc.).

O parentesco que temos com qualquer pessoa sendo pai, mão, tio ou até mesmo prima
‘’liga-nos’’ de uma forma mais direta, em que as afinidades e cumplicidades
normalmente seriam muito mais fortes do que com qualquer outra pessoa.

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Evolução do conceito de inclusão.
A família como grupo específico e diferenciado de outras estruturas sociais, organizada
em diferentes modelos nas diferentes épocas e espaços geográficos.

A família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras
pessoas e instituições.

É um grupo de pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência


(demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimónio ou adoção.

Dentro de uma família existe sempre algum grau de parentesco.

Membros de uma família costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos


ascendentes diretos.

A família é unida por múltiplos laços capazes de manter os membros moralmente,


materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante as gerações.

Tipos de Modelos de família na sociedade contemporânea

Ainda hoje a meu ver infelizmente ainda é possível ver que o pai é e sempre será o
chefe de família.

É quem tem mais “poder” sobre todos, no entanto esta a dar-se uma mudança bem
grande na nossa sociedade, pois as famílias já não estão estereotipadas como
antigamente.

Mas felizmente que a mulher tem o direito de tomar decisões, de trabalhar, de interagir
em tudo o que diz respeito á família.

Outrora as mulheres não tinham direito a opinar, nem a trabalhar, hoje são elas que
lideram muitos dos cargos mais altos da sociedade e bem a meu ver.

Ainda bem que já muitas famílias, são constituídas apenas pela mãe e pelos filhos, não
dando tanta ênfase ao pai.

Para mim o significado de família é uma forma de organização ou disposição de um


número de componentes que se inter-relacionam de maneira específica e recorrente que

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se compõem de um conjunto de indivíduos com condições e em posições, socialmente
reconhecidas, e com uma interação regular e recorrente também ela, socialmente
aprovada.

A família pode então, assumir uma estrutura nuclear ou conjugal, que consiste num
homem, numa mulher e nos seus filhos, biológicos ou adotados, habitando num
ambiente familiar comum.

A estrutura nuclear tem uma grande capacidade de adaptação, reformulando a sua


constituição, quando necessário.

Existem também famílias com uma estrutura de pais únicos ou monoparental, tratando-
se de uma variação da estrutura nuclear tradicional devido a fenómenos sociais, como o
divórcio, óbito, abandono de lar, ilegitimidade ou adoção de crianças por uma só
pessoa.

A família ampliada ou extensa (também dita consanguínea) é uma estrutura mais ampla,
que consiste na família nuclear, mais os parentes diretos ou colaterais, existindo uma
extensão das relações entre pais e filhos para avós, pais e netos.

Para além destas estruturas, existem também as denominadas de famílias alternativas,


sendo elas as famílias comunitárias e as famílias homossexuais.

As famílias comunitárias, ao contrário dos sistemas familiares tradicionais, onde a total


responsabilidade pela criação e educação das crianças se cinge aos pais e à escola,
nestas famílias, o papel dos pais é descentralizado, sendo as crianças da
responsabilidade de todos os membros adultos.

No caso das famílias homossexuais existe uma ligação conjugal ou marital entre duas
pessoas do mesmo sexo, que podem incluir crianças adotadas ou filhos biológicos de
um ou ambos os parceiros (Idem). O que em termos de educação não muda nada.

Mas para mim a família é a ancora que nos mantém a esperança.

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O relacionamento
intergeracional.
Normalmente, em todas as famílias existem conflitos geracionais. Ou porque “no meu
tempo não era assim”, ou porque “agora está tudo muito mais fácil”. É difícil os pais,
avós lidarem com os mais novos e explicarem-lhes coisas que para eles são “tão
simples”.

A família tem 4 funções principais:

a) procriativa: multiplicar e preservar a espécie humana;

b) educativa: cuidar da educação dos filhos;

c) administrativa: prover os meios de manutenção do lar e administrá-los a bem de


todos os seus integrantes;

d) afetiva: amar, ajudar, compreender, respeitar, perdoar, proteger, etc.

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Evolução do conceito de inclusão
A Educação Inclusiva é um dos mais importantes conceitos, embora

evasivo, a emergir no Reino Unido e internacionalmente nos últimos

anos.

É um conceito importante porque, na sua interpretação integral,

representa um afastamento potencialmente profundo em relação às políticas e práticas


baseadas em seleções de acordo com perceções de capacidade, que tradicionalmente
sancionaram muitos alunos com a exclusão da educação tradicional.

A educação inclusiva baseia-se na crença de que todos os membros da comunidade têm


o direito de participar e aceder à educação de igual modo. No entanto, trata-se de um
conceito evasivo porque é alvo de muitas interpretações diferentes, dependendo de
quem utiliza o termo, em que contexto e com que finalidade.

No meu ponto de vista quando sei que existe crianças que precisam de um outro tipo de
ajuda de aceitação deverá ser adaptado e compreendido entre a política e a prática”.
Devemos sempre direcionar a educação a criança para as boas praticas tais como: o ir a
escola, e para mim o mais importante é a ligação que a família terá de ter com a escola
ou outro estabelecimento de ensino desde creches, atl, entre outros. a natureza
extremamente complexa da elaboração de políticas e sua interpretação, especialmente à
luz de interesses nacionais e globais divergentes.

Documentos políticos oficiais utilizam o termo “inclusão” de forma inconsistente,


muitas vezes relacionando-o especificamente com políticas relativas aos alunos com
“necessidades educativas especiais”, e algumas vezes é assim que o termo é utilizado
nas escolas.

Por outro lado, para outros a utilização da expressão “educação inclusiva” reflete o
princípio que inclusão se refere a todos – todos os alunos, e todos os membros da
escola, universidade, comunidade mais vasta.

Inclusão refere-se fundamentalmente a temas de direitos humanos,

igualdade, justiça social e à luta por uma sociedade não discriminatória.

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Estes princípios são o âmago das políticas e práticas inclusivas.

Segundo o Tony Booth descreve a participação na sala de aula inclusiva da seguinte


forma:

Implica aprender juntamente com outros e colaborar com eles em aulas partilhadas.

Envolve um compromisso ativo com o que é aprendido e ensinado e ter uma palavra a
dizer sobre como a educação é experienciada.

Mas participar também significa ser reconhecido e aceite por si próprio: eu participo
contigo quando me reconheceres como uma pessoa como tu e me aceitares pelo que eu
sou.

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A participação dos pais na
educação.
A participação dos pais e encarregados de educação (pais/EE) na escola é um direito
consignado na lei. Tal direito está contextualizado em diferentes normativos legais,
nomeadamente, no n.º 3 do art.º 26.º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, no
qual pode ler-se que “aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de
educação a dar aos filhos”, e na Constituição da República Portuguesa (CRP).

Neste último normativo legal, no n.º 5 do artigo 36.º, estabelece-se, por um lado, que
“os pais têm o direito e o dever de educação (…) dos filhos” e, por outro, na alínea c),
do n.º 2 do artigo 67.º, que compete ao Estado “cooperar com os pais na educação dos
filhos”. Desta forma, constatamos que o direito português reconhece uma função
primordial à família, no que diz respeito à educação dos seus filhos.

As famílias viram reforçada a sua participação na vida da escola com a publicação da


Lei de Bases do Sistema Educativo em 1986 e alterações seguintes, porque lhes foi
conferido um estatuto de intervenção no processo educativo.

Com o Decreto-Lei n.º 372/90 de 27 de novembro – nova legislação das associações


de pais e encarregados de educação – foi disciplinado o regime de constituição, os
direitos e os deveres a que ficam subordinadas tais associações, razão pela qual os
pais/EE passaram a assumir um papel importante na escola. 

Atualmente, a participação de representantes dos pais/EE no conselho geral – órgão


de direção estratégica, responsável pela definição das linhas orientadoras da
atividade da escola – é uma realidade, por força do regime de autonomia,
administração e gestão dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos
ensinos básico e secundário, publicado em 2008 e alterado posteriormente.
Verificamos na última alteração ao regime atrás referido – Decreto-Lei n.º 137/2012,
de 02 de julho – que aos pais/EE é reconhecido o direito de participação na vida do
agrupamento de escolas ou escola não agrupada.

Tal participação pode, no entanto, assumir várias formas:

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Através dos momentos avaliativos previstos ao longo do ano letivo; na
sequência de reuniões solicitadas, no âmbito do atendimento dos educadores/
professores titulares/diretores de turma;

pedido endereçado aos dirigentes/órgãos de gestão dos


estabelecimentos de educação e ensino, quando as problemáticas do
quotidiano escolar assim o obriguem;

Por intermédio do representante de turma, como elo de ligação entre


as duas partes (pais/EE e educadores ou professores titulares/diretores
de turma);

Na integração e dinamização das associações de pais/EE das escolas


dos seus educandos ou filhos;

Nas estruturas concelhias, regionais e nacional do movimento


associativo de pais/EE.

Todavia, face ao tempo de duração da escolaridade dos filhos, assim as famílias


terão diferentes graus de interesse na vida escolar.

Oliveira (2013) diz-nos que, embora a legislação em vigor permita uma


participação dos pais/EE na vida escolar dos seus educandos, na prática, essa
participação afigura-se uma tarefa muito difícil.

Na enumeração daqueles que poderão constituir-se como fatores que condicionam


a relação efetiva dos pais com a escola, a autora refere os fatores culturais e
económicos como os principais responsáveis por algum do afastamento que se
verifica.

Considera-os culturais, porque inúmeras famílias não se identificam com a cultura


e “linguagem escolar” e económicos, porque apesar da Lei Geral do Trabalho em
Funções Públicas e do Código do Trabalho permitirem a justificação das faltas
para os pais/EE se deslocarem à escola até quatro horas por trimestre, por cada
menor, constata-se que uma grande parte dos responsáveis pela educação dos
menores não consegue utilizar tal crédito.

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Na mesma linha de análise, Gouveia (2009, p. iv) desenvolveu um estudo relativo
à “participação dos encarregados de educação numa escola do 1º ciclo: suas
motivações e constrangimentos”, e uma das conclusões foi a seguinte:

“Externamente, uma combinação de incompatibilidade patronal, escassez de


tempo/disponibilidade e inexistência de tradição participativa representam um
entrave à plena participação dos pais no processo educativo e organizacional da
Escola”.

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Importância da interação família –
escola.
Educação Especial e Inclusão:

Estas duas perspetivas complementam-se. São ambas sustentadas por uma visão de
educação inclusiva que contempla todos os alunos – não apenas um grupo de estudantes
considerados “vulneráveis” ou com “necessidades especiais”. Tony Booth enfatiza a
importância do reconhecimento assim como da participação. O reconhecimento está
relacionado com injustiças que são compreendidas como culturais enraizadas em
padrões sociais de representação, interpretação e comunicação’.

A participação tem que ver com ser parte de pertencer a comunidades, tendo acessos e
direitos iguais aos outros. Já a educação inclusiva exige ambas – que toda a criança e
jovem tenha o direito de frequentar a sua escola ou universidade locais todos devem
participar, e que todos os membros da escola, ou mesmo da comunidade mais alargada,
tenham o direito ao reconhecimento nos termos daquilo que são a sua cultura e crenças,
aparência, interesses, estilo de vida e autenticidade.

A inclusão reconhece a, e é recetiva à diversidade e o direito de “sermos nós próprios”


numa comunidade aberta, partilhada e democrática. Inclusão é, portanto, um conceito
um pouco diferente de ‘integração’, que se foca em como alunos individuais, ou um
grupo de alunos, se pode “adaptar” a uma escola ou turma.

A educação inclusiva implica uma transformação na vida social, cultural, curricular e


pedagógica da escola, assim como a sua organização física.

A integração tem-se referido tradicionalmente a conceitos e práticas relacionadas com


alunos rotulados como tendo “necessidades educativas especiais”.

Segundo um contexto inglês, a diferença fundamental entre o conceito de inclusão e o


conceito de integração é a de que integração se centra nos défices detetados na criança
como criadores de barreiras à participação, enquanto a inclusão situa as barreiras à
participação dentro da escola ou universidade, e nas atitudes sociais,

políticas e práticas.

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Segundo Felicity Armstrong acha que uma grande contribuição para o pensamento nesta
área ao longo da última década foi feita pelo trabalho do Centro de Estudos para a

Educação Inclusiva através do Índice para a Inclusão e segundo (Booth and Ainscow,
em 2002) diz que o Índice para a Inclusão faculta materiais que apoiam as escolas num
compromisso de exame crítico das suas políticas e práticas, e guia-as num processo de
desenvolvimento no caminho da educação inclusiva. Trata-se de “construir
comunidades de apoio e promover a realização pessoal para todos os trabalhadores e
alunos” (CSIE, 2010).

O Índice para a Inclusão não é um ‘modelo’ ou uma ‘lista’, mas antes um convite às
escolas para reconhecerem onde estão ‘agora’ e para avançarem num processo de
mudança positiva.

Para promover a Inclusão a escola deverá:

Valorizar todos os alunos e funcionários da mesma forma.


Incrementar a participação dos alunos nas culturas, curricula e comunidades das
escolas locais, reduzindo a sua exclusão em relação a estas.
Reestruturar as culturas, políticas e práticas nas escolas para que possam
responder à diversidade de alunos na localidade.
Reduzir as barreiras à aprendizagem e à participação de todos os alunos, não só
dos com dificuldades, mas também os que estão categorizados como tendo
“necessidades educativas especiais”.
Aprender através de tentativas de ultrapassar barreiras ao acesso e participação
de alunos particulares para promover mudança para o benefício dos alunos em
geral.
Admitir a diferença entre os alunos como recursos de apoio à aprendizagem e
não como problemas a serem resolvidos.
Reconhecer o direito dos alunos à educação na sua localidade.
Melhorar as escolas para os funcionários e para os alunos.
Educação Especial e Inclusão: Uma Perspetiva Inglesa
Enfatizar o papel das escolas na construção da comunidade e desenvolvimento
de valores, assim como no aumento de resultados.
Fomentar relações mutuamente sustentáveis entre as escolas e as comunidades.
Reconhecer que a inclusão na educação é um aspeto da inclusão na sociedade.

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O que eu sugiro como Práticas inclusivas e valores

Eu penso que devemos colocar as crianças em contextos específicos como a elaboração


de políticas e sua interpretação numa autoridade local ou escolar, pois existem questões
chave que precisamos de colocar relacionadas com o desenvolvimento da educação
inclusiva

A inclusão é encarada como ‘um estranho que entra’ ou como envolvendo uma
transformação da escola e culturas institucionalizadas para que todos os que vêm sejam
aceites da mesma forma.

Para mim este princípio e as práticas da educação inclusiva deverão ser abordados da
perspetiva das culturas escolares e da noção de ‘pedagogia inclusiva’.

Uma das expressões mais profundamente arreigadas na cultura escolar é a forma como
o ensino e a aprendizagem são compreendidos.

É preciso então pensar acerca destes valores e processos envolvidos na pedagogia e


medi-los por oposição aos princípios da inclusão.

Isto requer a formulação de questões: até que ponto é que as práticas e o programa
excluem, marginalizam ou menosprezam grupos de alunos ou indivíduos, e até que
ponto reconhecem e tiram partido dos ‘fundos de conhecimento’ dos próprios alunos e
experiência?

Neste ponto é útil refletir sobre o significado pedagogia que é muitas vezes utilizada
para nos referirmos à forma como os professores transmitem o programa aos alunos.
Também se pode referir a estratégias de ensino específicas que adotam em resposta a
diferentes contextos e métodos de aprendizagem. Por oposição, a pedagogia inclusiva
envolve o seguinte:

Um reconhecimento das diferenças individuais; valorização da diversidade


cultural;
Um compromisso consciente e visível de fomento e promoção de valores
inclusivos em todos os parâmetros da vida escolar, assim como na sala de aula;
Um reconhecimento e celebração do que a comunidade local tem para oferecer
em relação ao apoio da educação e inclusão.

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É claro que tudo isto está aberto a interpretações e a usado como terminologia como
“inclusão”, “participação” e “cidadania” pode ser utilizada de formas diversas, muitas
vezes contraditórias e com finalidades diferentes, mas mesmo assim eu acho que
deveríamos de reformular melhor estas variações de contexto e preocupações mesmo
que sejam do fórum cultural, geográfico, económico e autobiográfico

Porque para mim são valores que acho que devem ser sempre defendidos e que
suportem estas variações que são importantes e que envolvam sempre uma tentativa de
definição do que queremos dizer com “valores inclusivos” e qualquer definição deve ser
enquadrada culturalmente.

Os valores inclusivos assumirão diferentes significados em contextos monoculturais,


biculturais ou multiculturais – embora até estes termos de educação especial e Inclusão
devem ser descritivos sejam demasiado simplistas para abranger as complexidades
heterogeneidades que formam qualquer ‘comunidade’.

Da mesma forma, o conceito de inclusão terá significados diferentes em contextos como


infantários, escolas especiais, instituições para jovens em risco, escolas na cidade,
escolas privadas com propinas e universidades públicas rurais. Sugerir que ‘inclusão’
tem apenas sentido no contexto das escolas comuns que acolhem todos os membros da
comunidade sem olhar à diferença é, no contexto social e político atual, marginalizar
outros contextos nos quais alguns professores, funcionários, crianças e jovens se podem
encontrar.

A implicação disto seria a exclusão de alguns dos grupos mais marginalizados na


sociedade da vasta luta pela inclusão que, por definição, tem de abranger todos os
membros da sociedade, sem olhar aos diferentes cenários em que se movem ou a que
estão confinados.

Neste momento do estudo, ou análise crítica, de uma escola, estudiosos e profissionais


que se centram primeiramente em assuntos relacionados com processos de inclusão e
exclusão nas escolas tentarão compreender a natureza social e cultural da escola e
explorar como tal é traduzido na prática de sala de aula.

Poderíamos descrever este processo como começando num nível ‘macro’ em direção ao
nível ‘micro’ para ver como contornos e características mais amplos se traduzem em

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pormenores ricos – à semelhança de utilizar o sistema de navegação gps ou seja
devemos sempre compreender cada criança pois não existem duas crianças iguais.

Eu penso que cabe a cada escola ou ao estabelecimento de ensino fazer com que exista a
necessidade de examinar criticamente como os valores que aparentemente abraçados
nos níveis macro são traduzidos e comunicados ao nível da sala de aula e os seus
impactos nas relações e oportunidades disponíveis para alunos individuais.

Também precisamos de fazer perguntas que explorem os valores inclusivos de


diferentes pontos de vista.

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Conclusão

Com este trabalho aprendi que o principal papel da escola são:

Cativar;
Provocar e Promover a aproximação;
Criar vínculos;
Pensar e fazer juntos;
Tonar-se parte da comunidade;

E o principal papel da família são:

Preservar os vínculos familiares;


Disciplinar e orientar;
Monitorar seu comportamento e suas amizades;
Assegurar condições dignas de moradia,
Alimentação
Vestuário,
Higiene,
Saúde e educação;
Não oprimir,
Não explorar,
Não agredir e não constringir;
Manter a união,
O respeito,
A afetividade e o amor.

A escola precisa rever seus conceitos, mudar as estratégias de relacionamento e


convivência com a família, observando o seu contexto, e a partir dele traçar metas,
planos, atividades com tais famílias fazendo-as perceber e entender que a escola é uma
importante aliada na construção do saber, do conhecimento, da garantia de direitos e
consequentemente da cidadania.

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A família precisa saber, perceber o sentido prático de tudo que é ensinado na escola e
com ela partilhar seus objetivos.

É importante ressaltar que tanto a escola quanto a família são fundamentais, na


construção do saber, da ética, dos valores morais que norteiam a nossa sociedade, por
isso devem traçar juntos o caminho a ser trilhado por nossas crianças e adolescentes,
que em decorrência do distanciamento da escola e da família, estão se tornando alvo
fácil, das drogas, da violência, dos vícios, etc.

A família e a escola tem uma grande importância que se complementam porque é na


família que a criança aprendera regras e na escola para alem de aprender o
conhecimento irá também aprender regras para viver em sociedade, e a escola deverá ter
um compromisso para com a educação inclusiva e igualdade de oportunidades é
confrontado com um número de valores e práticas contraditórios, tal como avaliar as
pressões e condicionalismos no trabalho num nível macro fora da escola podem
influenciar diferentes níveis da vida escolar.

Nunca nos podemos esquecer que as crianças serão o novo futuro amanha.

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