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APLICAÇÕES DA INTEGRAL
DEFINIDA
então:
Z t
(1) v(t) = a(s) ds + v(t0 ).
t0
então:
Z t
(2) x(t) = v(s) ds + x(t0 ).
t0
315
316 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
comum nas aplicações considerar que o tempo inicial seja t0 = 0. Denotando a velocidade e
posição inicial respectivamente por v(0) = v0 e x(0) = x0 , obtemos:
Z t Z t Z t
De (1): v(t) = a0 ds = a0 t + v0 e de (2): x(t) = v(s) ds + x0 = (a0 t + v0 ) ds + x0 .
0 0 0
Logo,
a0 2
x(t) = t + v0 t + x0 .
2
Neste caso, conhecendo a velocidade e a posição inicial da partícula obtemos sua trajetória.
Exemplo 8.1.
[1] A velocidade de um foguete é de 1000 km/h após os primeiros 30 seg de seu lançamento.
Determine a distância percorrida pelo foguete.
1000
Primeiramente, fazemos a conversão de km/h para m/seg multiplicando pela fração ,
3600
donde obtemos:
1000 × 1000
a0 = m/seg2 = 9.259 m/seg2 .
30 × 3600
900
v0 = 0; logo v(t) = 9.259 t e obtemos: D(30) = 9.259 × = 4166.5 m. O foguete nos primei-
2
ros 30 seg percorre uma distância de 4166.5 m.
[2] Se uma bola é jogada diretamente para cima a partir do chão com velocidade inicial de
96 m/seg. Determine seu deslocamento.
Primeiramente, x0 = 0 e v0 = 96; logo, v(t) = −9.8 t + 96. A bola atinge sua altura máxima
96 ∼
quando v = 0; então, a altura máxima é atingida no tempo: t = = 9.79 seg. Logo,
9.8
470.2
9.79
Figura 8.1: .
Teorema 8.1. Sejam f, g : [a, b] −→ R funções contínuas. A área de uma região plana R de-
limitada pelo gráfico das funções contínuas y = f (x), y = g(x) e pelas retas x = a e x = b
é:
Z b
A(R) = |f (x) − g(x)| dx
a
onde:
R = {(x, y) / a ≤ x ≤ b, 0 ≤ y ≤ f (x)}
y=f(x)
a b
onde
R = {(x, y) / a ≤ x ≤ b, f (x) ≤ y ≤ 0}
a b
onde
R = {(x, y) / a ≤ x ≤ b, g(x) ≤ y ≤ f (x)}
a b
Z c
Z b
A(R) = f (x) − g(x) dx + g(x) − f (x) dx
a c
f g
a c b
Figura 8.5: R = R1 ∪ R2 .
Exemplo 8.2.
[1] Se em 1970, foram utilizados 20.3 bilhões de barris de petróleo no mundo todo e se a de-
manda mundial de petróleo cresce exponencialmente a uma taxa de 9% ao ano, então a de-
manda A(t) anual de petróleo no tempo t é A(t) = 20.3 e0.09t (t = 0 em 1970). Se a demanda
continua crescendo a uma taxa de 9% ao ano, qual será a quantidade de petróleo consumida
entre os anos de 1970 e 2012?
A quantidade de petróleo utilizada nesse período de tempo é a área sob a curva de demanda
entre t = 0 e t = 42.
Z 42
42
0.09t 0.09t
20.3 e dt = 225.56 e = 9657.4.
0 0
700
600
500
400
300
200
100
10 20 30 40
[2] Calcule a área da região limitada pelo eixo dos x e pelo gráfico de y = 4 − x2 .
Neste problema g = 0 e não são dados claramente os intervalos de integração; mas, as interse-
ções com os eixos são os pontos: (0, 4), (2, 0) e (−2, 0).
-2 -1 1 2
2 2
x3 2 32
Z Z
2 2
A= (4 − x ) dx = 2 (4 − x ) dx = 2 (4 x − ) = u.a.
−2 0 3 0 3
[3] Calcule a área da região limitada pelo eixo dos x e pelo gráfico de y = 4 x4 − 5 x2 + 1.
1
R1 = {(x, y) ∈ R2 / − 1 ≤ x ≤ − , 4 x4 − 5 x2 + 1 ≤ y ≤ 0};
2
1 1
2
R2 = {(x, y) ∈ R / − ≤ x ≤ , 0 ≤ y ≤ 4 x4 − 5 x2 + 1} e
2 2
1
R3 = {(x, y) ∈ R2 / ≤ x ≤ 1, 4 x4 − 5 x2 + 1 ≤ y ≤ 0}.
2
8.2. CÁLCULO DE ÁREAS 321
-1 -0.5 0.5 1
-0.5
-2 -1 1 2
-1 1
-1
Pela simetria da região, podemos calcular a área da região situada no primeiro quadrante e
multiplicar o resultado por 4.
i) Observemos primeiro que y 2 = a x não é função de x.
ii) Calculemos a interseção das curvas, resolvendo o sistema:
(
y2 = ax
x2 = a y.
(
y = x2 − x4
i) Calculemos as interseções das curvas:
y = x3 − x.
Então, temos os pontos x = 0,x = −1 e x = 1.
ii) Determinamos a área de cada região:
R1 = {(x, y) / − 1 ≤ x ≤ 0, x2 − x4 ≤ y ≤ x3 − x},
R2 = {(x, y) / 0 ≤ x ≤ 1, x3 − x ≤ y ≤ x2 − x4 }.
0 1
1
Z Z
2 3 4
x + x2 − x3 − x4 dx = u.a.
A(R) = −x−x +x +x dx +
−1 0 2
324 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Observação Importante
Muitas vezes os problemas ficam mais simples de resolver se integramos em relação a y e não
em relação a x. Podemos repetir o processo de partição num intervalo que fica no eixo dos y e
a obtenção das somas de Riemann.
Seja R a região plana limitada pela direita pela função x = M (y), pela esquerda por x = N (y)
e pelas retas y = c e y = d.
d
N(y) M(y)
Figura 8.13: .
Não é difícil provar que se as funções M (y) e N (y) são contínuas em [c, d], então:
Z d
A= M (y) − N (y) dy
c
Por isso, para resolver os problemas de área é sempre indicado fazer o desenho da região cor-
respondente.
Exemplo 8.3.
y2
ii) Sejam x = M (y) = y + 4 e x = N (y) = .
2
8.2. CÁLCULO DE ÁREAS 325
-2 2 4 6 8 10
-2
-4
Então:
4
y2 y2 y 3 4
Z
A= y+4− dy = + 4y − = 18 u.a.
−2 2 2 6 −2
Sugerimos ao aluno fazer este problema integrando em relação a x, para "sentir"as dificuldades.
[2] Calcule a área da região limitada pelas curvas 2 y 2 = x + 4 e y 2 = x.
-4 -2 2 4
-1
-2
Exemplos Diversos
[1] Calcule a área da região limitada pelos gráficos de y = sen(x) e y = sen(2 x) , 0 ≤ x ≤ π.
326 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
-1
0.5
-2 1 2 4
-2
√
Então, x = 1 e y = ± 3. A equação x2 + y 2 = 4x corresponde a um círculo de raio 2 centrado
em (2, 0); de fato, completando os quadrados obtemos: (x − 2)2 + y 2 = 4. Pela simetria da
região, calculamos somente a área da região:
√ p
{(x, y) / 0 ≤ y ≤ 3, 1 ≤ x ≤ 4 − x2 }
2 y2 y3 2
9
Z
2
A= (y − y + 2) dy = − + 2 y = u.a.
−1 2 3 −1 2
328 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
-3 -2 -1 1
-1
[5] Calcule a área da região limitada pelos gráficos das seguintes curvas: y = 7 x2 − 6 x − x3 e
y = 4 x.
y = 7 x2 − 6 x − x3 = x (1 − x) (x − 6); a curva intersecta o eixo dos x nos pontos (0, 0), (1, 0) e
(6, 0). Por outro lado, considerando y = 7 x2 − 6 x− x3 , temos y ′ = 14 x− 6− 3 x2 e y ′′ = 14− 6 x;
então, os pontos críticos:
√ √
7+ 3 7− 3
e
3 3
são, respectivamente, de máximo local e de mínimo local. Para obter as interseções das curvas,
resolvemos o sistema: (
y = 7 x2 − 6 x − x3
y = 4 x;
logo, 7 x2 − 10 x − x3 = −x (x − 2) (x − 5) = 0; as curvas se intersectam nos pontos de abscissas
x = 0, x = 2 e x = 5.
2 5
Logo:
Z 2 2 Z
2 3
7 x2 − 10 x − x3 dx
A= (10 x − 7 x + x ) dx +
0 5
2
3 4 7 x3 x4 5
2 7x x 2
= 5x − + − 5x + −
3 4 0 3 4 2
16 63 253
= + = u.a.
3 4 12
[6] Calcule a área da região limitada pelos gráficos das seguintes curvas: y = x2 − 4 x + 4 e
y = 10 − x2 .
10
-1 1 2 3
[7] Calcule a área limitada pela curva (y − 2)2 = x − 1, pela tangente a esta curva no ponto de
ordenada y = 3 e pelo eixo dos x.
-4 -2 2 4
As interseções com os eixos são (a, 0), (−a, 0), (0, b) e (0, −b). Como a curva é simétrica em re-
lação aos eixos coordenados, podemos calcular a área da região situada no primeiro quadrante
e multiplicar o resultado por 4. Então, consideramos:
bp 2
y= (a − x2 )3 ,
a3
no primeiro quadrante. A área desta região é:
Z ap
b
A= 3 (a2 − x2 )3 dx;
a 0
π
fazendo a mudança de variáveis: x = a sen(t), temos 0 ≤ t ≤ e dx = a cos(t) dt:
2
Z ap π
b
Z
2
A= (a2 − x2 )3 dx = a b cos4 (t) dt;
a3 0 0
3 cos(2t) cos(4t)
usando a identidade cos4 (t) = + + ,
8 2 8
Z π Z π
2
4
2 3 cos(2t) cos(4t) 3π a b
A = ab cos (t) dt = a b + + dt = u.a.
0 0 8 2 8 16
8.2. CÁLCULO DE ÁREAS 331
3πab
A área pedida é: A = 4 S = u.a.
4
x
[9] Calcule a soma das áreas limitadas pela curva y = x sen e o eixo dos x, sabendo que
a
x ∈ [0, n π a], sendo n, a ∈ N.
aπ 2aπ naπ
x x x
Z Z Z
A= x sen dx − x sen dx + ...... + (−1)n+1 x sen dx.
0 a aπ a (n−1)aπ a
Vemos que A = A0 + ........ + An−1 , onde Ak é a área limitada pela curva, o eixo dos x, se
k a π ≤ x ≤ (k + 1) a π e k = 0, 1...n − 1, ou seja,
(k+1)aπ
x
Z
Ak = x sen dx,
kaπ a
(k+1)aπ
Z
x
considerando: Ak = dx, se k é ímpar. Integrando por partes temos:
x sen
kaπ a
(k+1)aπ
x
Z
Ak = x sen dx = (2 k + 1) a2 π cos(kπ).
kaπ a
As interseções da curva com os eixos coordenados são (a, 0), (−a, 0), (0, a) e (0, −a). Pela sime-
tria da curva, calculamos a área da região no primeiro quadrante e multiplicamos o resultado
por 4.
332 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Fazendo a mudança x = a sen3 (t), obtemos y = a cos3 (t), dx = 3 a sen2 (t) cos(t) dt; então,
√
3
√
3 3
a2 − x2 2
dx = 3 a2 cos4 (t) sen2 (t) dt = 3 a2 cos4 (t) (1 − cos2 (t)) dt;
logo:
π
3 a2 3 a2
Z
2
A= − 2 cos(4 t) + cos(2 t) + 2 − cos(6 t) dt = π u.a.
8 0 8
-2 -1 1 2
Para calcular a área de D, vamos a calcular a área da região D1 à esquerda e subtraimos a área
da região D2 à direita:
8.2. CÁLCULO DE ÁREAS 333
-1 1
-2 1 4
100
A(D1 ) − A(D2 ) = u.a.
3
√
[12] Determine a área da região limitada por: y = x − 2, x + y = 2 e x + 2 y = 5.
A região D a qual devemos calcular sua área é:
-2 2 5
Para calcular a área de D, vamos a calcular a área da região D1 à esquerda e subtraimos a área
da região D2 à direita:
334 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
1
2
-2 2 4 6
2 3 4
-1
Se giramos uma região plana em torno de uma reta, obtemos o que é chamado um sólido de
revolução. A reta em torno da qual a região é girada chama-se eixo de revolução. Por exemplo,
considere a seguinte região no plano:
Figura 8.30:
Exemplo 8.4.
[1] Seja R a região limitada pelas curvas y = x, x = ±1 e o eixo dos x. Se giramos a região R
em torno do eixo dos x, obtemos:
336 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
-1 1
-1
[2] Seja R a região limitada pelas curvas y = x2 e y = 1. Se giramos a região R em torno do eixo
dos y, obtemos
-1 1
[3] Seja R a região limitada pelo gráfico de y = sen(x) para x ∈ [0, 2 π] e o eixo dos x.
Se giramos a região R em torno do eixo dos x obtemos o sólido do desenho à esquerda e se
giramos a região R em torno do eixo dos y, obtemos o sólido do desenho à direita:
1 3 6
-1
Figura 8.35:
[4] Seja R a região limitada pelos gráficos de y = x2 , x = 1, x = 2 e pelo eixo dos x. Se giramos
a região R em torno do eixo dos x, obtemos:
1 2
R = {(x, y) / a ≤ x ≤ b, 0 ≤ y ≤ f (x)}
Fazendo girar a região R ao redor dos eixo dos x , obtemos um sólido de revolução S. Considere
a seguinte partição do intervalo [a, b]: a = x0 < x1 < x2 < ..... < xn = b. Como antes,
∆xi = xi − xi−1 é o comprimento de cada subintervalo [xi−1 , xi ], i variando de 1 até n. Em
cada subintervalo [xi−1 , xi ], escolha ci , i variando de 1 até n. Seja Ri o retângulo de altura f (ci )
e base ∆xi , i variando de 1 até n.
f(x)
Ri
a x i-1 c i x i b
Figura 8.38:
Girando Ri em torno do eixo dos x obtemos um cilindro circular reto Ci de volume f (ci )2 ×
∆xi π.
Ri Rj
Ci Cj
∆x i
∆ xj
Figura 8.39:
se o limite existe.
8.3. VOLUME DE SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO 339
É possível demonstrar que este limite sempre existe e é independente das escolhas feitas. Se a
função f é negativa em algum subconjunto de [a, b], o sólido de revolução obtido a partir da
região limitada pelo gráfico de f , o eixo dos x e as retas x = a e x = b coincide com o sólido de
revolução obtido a partir da região limitada pelo gráfico de |f |, o eixo dos x e as retas x = a e
x = b. O fato de que o integrando f (x)2 ≥ 0, implica em que seja válida a mesma fórmula para
ambos os casos.
Figura 8.41:
Proposição 8.1. Sejam f : [a, b] −→ R uma função contínua tal que f (x) ≥ 0 em [a, b] e a região:
R = {(x, y) / a ≤ x ≤ b, 0 ≤ y ≤ f (x)}
Considere o sólido de revolução S obtido girando a região ao redor do eixo dos x. Então o
volume V (S) do sólido S é:
Z b
V (S) = π f (x)2 dx
a
Em geral, este processo, pode ser feito para qualquer região limitada pelos gráficos de funções
contínuas.
Sejam f, g : [a, b] −→ R funções contínuas tais que f (x) ≥ g(x) ≥ 0 para todo x ∈ [a, b] e a
região:
R = {(x, y) / a ≤ x ≤ b, g(x) ≤ y ≤ f (x)}
340 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
a b
De forma análoga, sejam M, N : [c, d] −→ R funções contínuas tais que M (y) ≥ N (y) para
todo y ∈ [c, d] e a região:
d 00000
11111
N(y)
R M(y)
Exemplo 8.5.
[1] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos x a região
limitada pela curva y = sen(x), x ∈ [0, 2 π] e o eixo dos x.
1 3 6
-1
[2] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos x a região
x
limitada pela curva y = a cosh , x ∈ [−b, b] e o eixo dos x, (a, b > 0).
a
b Z b
a2 π
x
Z
2 2 2x/a −2x/a
V (S) = 2 a π cosh dx = e +e + 2 dx
0 a 2 0
2
a π 2 b
= 2 b + a senh u.v.
2 a
[3] Calcule o volume do√sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos x a região
limitada pela curva y = a2 − x2 , −a ≤ x ≤ a e o eixo dos x.
342 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
a
4 π a3
Z p
V (S) = π [ a2 − x2 ]2 dx = u.v.
−a 3
-1 1
[4] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos x a região
limitada pelos gráficos de 4 y = 13 − x2 e 2 y = x + 5.
-3 -1 1 2
1 1
13 − x2 2 x + 5 2 π 64 π
Z Z
V (S) = π [ ] −[ ] dx = [69 − 30 x2 + x4 − 40 x] dx = u.v.
−3 4 2 16 −3 5
[5] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos y a região
limitada pelo gráfico de (x − b)2 + y 2 = a2 , 0 < a < b.
8.4. OUTROS EIXOS DE REVOLUÇÃO 343
a b
a
-a
-1 1
Z b
V (S) = π (f (x) − l)2 dx
a
Z d 2
V (S) = π N (y) − r dy
c
Exemplo 8.6.
[1] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno da reta y = 4, a região
limitada pela curva y = x2 , 1 ≤ x ≤ 2 e pela reta y = −1.
O sólido de revolução é gerado pela região:
1 2
-1
Vamos a calcular o volume pedido, substraindo ao volume do cilindro gerado pela região à
esquerda, o volume do sólido gerado pela região à direita:
8.4. OUTROS EIXOS DE REVOLUÇÃO 345
2
4
1 2
-1 1 2
Z 2 2
19 56 π
Z
2 2 2
V (S) = π 5 dx − (x + 1) dx = π 25 − = u.v.
1 1 3 3
[2] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno da reta x = −1 a região
y2
limitada pelo gráfico de x = + 1 e pelas retas y = ±2.
2
1 2
-1
2
y2 2
2 y3 y 5 2
π 448 π
Z Z
2 2 2
V (S) = π + 1 − (−1) dy = [y + 4] dy = π 4 y + + = 15 u.v.
−2 2 4 −2 3 20 −2
[3] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno da reta x = 6 a região
limitada pelo gráfico de 4 x = y 2 e pela reta x = 4.
346 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
1 4 6
-4
Fazendo girar a região R ao redor dos eixo dos y , obtemos um sólido de revolução S. Se a > 0,
o sólido possui um espaço vazio internamente.
y=f(x)
x
a b
Figura 8.55:
Como antes, considere a seguinte partição do intervalo [a, b]: a = x0 < x1 < x2 < ..... < xn = b.
∆xi = xi − xi−1 é o comprimento de cada subintervalo [xi−1 , xi ], i variando de 1 até n. Em
xi + xi−1
cada subintervalo [xi−1 , xi ], escolha ci = , o ponto médio do subintervalo [xi−1 , xi ],
2
i variando de 1 até n. Seja Ri o retângulo de altura f (ci ) e base ∆xi , i variando de 1 até n.
Fazendo girar Ri em torno do eixo dos y obtemos uma arruela cilíndrica Ai de raio médio ci e
altura f (ci ).
Ri
Figura 8.56:
inúmeras arruelas de altura pequena, das quais sabemos efetivamente calcular o volume. Se-
guindo o mesmo raciocínio anterior, temos:
n
X Z b
V (S) = lim 2 π ci f (ci ) ∆xi = 2 π x f (x) dx,
|∆xi |→0 a
i=1
se o limite existe. É possível demonstrar que este limite sempre existe e é independente das
escolhas feitas. Em geral, este processo pode ser feito para qualquer região limitada pelos
gráficos de funções contínuas. Sejam f, g : [a, b] −→ R funções contínuas tais que f (x) ≥
g(x) ≥ 0 para todo x ∈ [a, b], a ≥ 0 e a região R = {(x, y) / a ≤ x ≤ b, g(x) ≤ y ≤ f (x)}.
a b
Exemplo 8.7.
[1] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos y a região
limitada pelo gráfico de y = sen(x), 0 ≤ x ≤ π e o eixo dos x.
Z π
O volume é: V = 2 π x sen(x) dx = 2 π 2 u.v.
0
8.5. MÉTODO DAS ARRUELAS 349
[2] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos y a região
limitada pela curva y = cos(x); π2 ≤ x ≤ 4 π e o eixo dos x.
1 2 6 9 12
-1
O volume é V = 2 π V1 , onde:
3π 5π 7π
Z
2
Z
2
Z
2
Z 4π
V1 = − x cos(x) dx + x cos(x) dx − x cos(x) dx + x cos(x) dx.
π 3π 5π 7π
2 2 2 2
Z
31 π
Como x cos(x) dx = cos(x) + x sen(x) + c, então, V = 2 π (1 + 2 ) u. v.
[3] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos y a região
limitada pelas curvas y = 1 − x6 e y = x4 − 1, 0 ≤ x ≤ 1.
-1
1
17 π
Z
V = 2π x (2 − x6 − x4 ) dx = u.v.
0 12
[4] Calcule o volume do sólido de revolução obtido girando em torno do eixo dos y a região
limitada pela curva y = (x − 1)2 , 0 ≤ x ≤ 2 e o eixo dos x.
350 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
1 2
2
4π
Z
V = 2π x (x − 1)2 dx = u.v.
0 3
Generalizando esta idéia para o gráfico da função contínua f , fazemos uma partição de ordem
n do intervalo [a, b]: a = x0 < x1 < ...... < xn = b; denotamos por Qi = (xi , f (xi )), 1 ≤ i ≤ n.
Q i-1
Q
n
Q
0 Q
i
Q
1
a=x 0 x i-1 xi b= x n
Figura 8.62:
Ligando cada Qi−1 a Qi (1 ≤ i ≤ n) por um segmento de reta, obtemos uma linha poligonal
formada pela reunião dos segmentos de reta. Como sabemos calcular o comprimento de cada
8.6. CÁLCULO DO COMPRIMENTO DE ARCO 351
onde ∆xi = xi − xi−1 . Novamente observamos que quando n cresce muito, ∆xi aproxima-se
de zero e Ln aproxima-se do comprimento do arco. Se para cada partição do intervalo [a, b], os
ci são escolhidos como antes, temos que o comprimento do arco AB da curva é:
n p
X
LAB = lim 1 + (f ′ (ci ))2 ∆xi .
|∆xi |→0
i=1
Se f ′ (x) é uma função contínua em [a, b], é possível provar que o limite anterior sempre existe
e é igual a L, para qualquer escolha da partição e dos ci . Em tal caso, temos que:
Z bp
L= 1 + (f ′ (x))2 dx
a
Se a curva é o gráfico de uma função x = g(y) definida no intervalo [c, d], com as hipóteses
anteriores, temos que:
d
g(y)
Figura 8.63:
Z dp
L= 1 + (g′ (y))2 dy
c
352 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
Exemplo 8.8.
√
3
[1] Calcule o comprimento de arco da curva y = x2 entre os pontos (8, 4) e (27, 9).
Temos que:
10
Então: q
2
√ 2 9 x3 + 4
3 ′
p
f (x) = x2 , f (x) = √ e 1+ (f ′ (x))2 = √ ;
3 3
x 3 3x
q
2
1
Z 27 9 x3 + 4 √ 6
logo: L = dx. Seja u = 9 x2 + 4; logo, du =
3
√ √
3x dx.
3 8
3
x
1
Z 85 √
5 √ √
L= u du = (17 85 − 16 10) u.c.
18 40 27
então:
2 x6 − 1 2 123
Z 2
3 1
L= x + dx = = u.c.
1 4 x3 8 x2 1 32
[3] Calcule o comprimento de arco da catenária y = a cosh xa no intervalo [−b, b], tal que
b
x b
Z
L= cosh dx = 2 a senh u.c.
−b a a
0.1
-0.1
-0.2
-0.3
π π
Z
4 4 √
L= sec(x) dx = ln(sec(x) + tg(x)) = ln( 2 + 1) u.c.
0 0
x
dt
Z
ln(x) =
1 t
1. ln(1) = 0
1
4. [ln(x)]′ =
x
5. A função logarítmica é crescente.
354 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
1 1
x
= ln x y −1 = ln(x) + ln(y −1 ) = ln(x) − ln(y).
ln
y
Podemos agora definir a função exponencial assim: y = ex se, e somente se x = ln(y). Todas as
propriedades da função exponencial podem ser demonstradas a partir desta definição.
8.8 Trabalho
Consideremos uma partícula de massa m que se desloca ao longo de uma reta sob a influência
de uma força F . Da segunda lei de Newton, sabemos que F é dada pelo produto da massa pela
8.8. TRABALHO 355
W medido em J (Joule).
De fato, suponhamos que a partícula desloca-se ao longo do eixo dos x de x = a até x = b.
Consideremos a função contínua f : [a, b] −→ R. Subdividamos o intervalo [a, b] efetuando
uma partição de ordem n tal que os subintervalos [xi−1 , xi ] tem o mesmo comprimento ∆x =
xi − xi−1 , para 1 ≤ i ≤ n. Seja ci ∈ [xi−1 , xi ]; a força no ponto ci é f (ci ). Se ∆x → 0, a função
contínua f restrita ao subintervalo [xi−1 , xi ] é quase constante (varia muito pouco); então o
trabalho Wi realizado pela partícula para mover-se de xi−1 até xi é: Wi ∼ = f (ci ) × ∆x e o
trabalho total Wn , é Wn = ∼ Pn
i=1 f (ci ) ∆x. É possível provar, com rigor matemático, que o
seguinte limite sempre existe e é igual ao trabalho W realizado pela partícula:
n
X
W = lim Wn = lim f (ci ) ∆x.
n→+∞ ∆x→0
i=1
E mais ainda, este limite não depende da escolha da partição do intervalo ou da escolha dos
pontos ci .
Exemplo 8.9.
[1] Uma partícula é localizada a uma distância de x cm da origem. Uma força de (x4 + 2 x3 +
3 x2 ) N age sobre a partícula quando a mesma se move de x = 1 até x = 2. Qual é o trabalho
realizado pela partícula para deslocar-se?
Z 2
4 207
x + 2 x3 + 3 x2 dx =
W = J.
1 10
[2] Qual é o trabalho realizado ao se esticar uma mola em 8 cm sabendo que a força de 1 N a
estica em 1 cm? (N =Newton)
De acordo com a lei de Hooke, a força de y N que estica em x m a mola é dada por y = k x,
onde k é uma constante. Como x = 0.01 m e y N = 1 N , temos k = 100 e y = 100 x. O trabalho
realizado será: Z 0.08
W = 100 x dx = 0.32 J.
0
[3] Energia Cinética: O trabalho realizado por uma força f atuando sobre uma partícula de
massa m que se move de x1 até x2 é W . Usando a segunda lei de Newton, a regra da cadeia e
considerando que v1 e v2 são as velocidades da partículas em x1 e x2 , obtemos:
m v 2 v2
Z x2
m (v22 − v12 )
W = f (x) dx = = ,
x1 2 v1 2
356 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
2
pois, f = m a = m dv dv mv
dt = m v dx . A expressão 2 é chamada energia cinética do corpo em
movimento com velocidade v. Logo, o trabalho realizado por uma força f é igual à variação da
energia cinética do corpo e o cálculo desta variação dará o trabalho realizado.
Qualquer fenômeno que possa ser estudado utilizando partições pode ser modelado por inte-
grais definidas. Outras aplicações da integral definida podem ser encontradas nos exercícios.
8.9 Exercícios
8.9.1 Áreas
Calcule a área sob o gráfico de y = f (x) entre x = a e x = b, esboçando cada região, se:
2. f (x) = x3 − x, x = −1, x = 1 5
9. f (x) = √ , x = 0, x = 5
x+2
3. f (x) = x3 − 4 x2 + 3 x, x = 0, x = 2 √
10. f (x) = x 4 x2 + 1, x = 0, x = 2
x − x3
4. f (x) = , x = −1, x = 1 11. f (x) = |x|, x = −2, x = 6
3
5. f (x) = ln(x), x = 1, x = e 12. f (x) = (x + 1)3 + 1, x = −2, x = 0
5 x2
1. y = x2 , y = 2x + 13. y = x + 4, y =
4 2
2. y = −x2 − 4, y = −8 14. y 2 − y = x, y − y 2 = x
3. y = 5 − x2 , y = x + 3 15. y = x2 + 1, y = x + 1
4. x = y 2 , y = x + 3, y = −2, y = 3
16. y = x2 , y = −x + 2
5. y3 = x, y = x
17. y = |x|, y = (x + 1)2 − 7, x = −4
6. y = −x2 − 1, y = −2x − 4
18. y = ln(|x|), |y| = 3
7. x = y 2 + 1, y + x = 7
19. y = cosh(x), y = senh(x), x = ±1
8. y = 4 − x2 , y = x2 − 14
√ 20. y = ln(x), x = 1, y = 4
9. y = x3 , y = 3 x
21. y = x4 − 2 x2 , y = 2 x2
10. y = x2 , y = x4
22. y = cos(x), y = cos2 (x), 0 ≤ x ≤ π
11. x = y 2 − 2, x = 6 − y 2
23. y = ex , y = e2x−1 , x = 0
12. y = x|x|, y = x3
8.9. EXERCÍCIOS 357
1 − x2
10. y = e o eixo dos x
1 + x2
p
11. x − 4y 2 − y 4 = 0 e o eixo dos y
1
12. y = , x = 1, x = 2
(2x + 1)2
1
13. y = √ , x = 0, x = 4
2x + 1
14. y = e−x , y = x + 1, x = −1
√
15. y = e−x , y = x + 1, x = 1
16. y = ex , y = 10x , y = e
17. y = −x3 + 2 x2 + 3 x, y = −5 x
18. x2 y = 3, 4 x + 3 y − 13 = 0
19. x = y (y − 3)2 , x = 0
20. y = x4 − 3 x2 , y = x2
21. x = 1 − y 2 , x = y 2 − 1
ln(x)
24. y = , y = 0, x = c, onde c é o máximo
x
25. x2 − 2 y + y 2 = 0, x2 + y 2 = 1
26. x = 3 y, x + y = 0 e 7 x + 3 y = 24
8
27. x2 = 4 y, y =
x2 +4
1. y = x + 1, x = 0, x = 2, y = 0
2. y = x2 + 1, x = 0, y = 0, x = 2
3. y = x2 , y = x3
π
4. y = cos(x), y = sen(x), x = 0, x = 4
5. x + y = 8, x = 0, y = 0
6. y = x4 , y = 1, x = 0
7. x y = 1, x = 2, y = 3
8. x2 = y 3 e x3 = y 2
9. y = cos(2 x), 0 ≤ x ≤ π
10. y = x ex , y = 0 e x = 1
Determine o volume do sólido de revolução gerado pela rotação, em torno do eixo dos y,
da região limitada pelas seguintes curvas:
18. y = x2 + 1, x = 0 e x = 2
19. y 2 = x, x = 2 y
√
20. y = x2 + 1, x = 0 e x = 2
√
21. y = 4 4 − x2 , x = 0 e x = 1
Determine o volume do sólido de revolução gerado pela rotação, em torno a reta indicada,
da região limitada pelas seguintes curvas:
22. 2 x + y = 2 e o eixo do
23. y = ex , 1 ≤ x ≤ 2; a reta y = 1
24. y = x4 , y = 1; a reta y = 2
√
25. y = x, y = 1 a reta y = 1
27. y = 2 x − x2 ; a reta y = 0
28. y = 4 − x2 , y = 2; a reta y = 2
√
29. y = x, y = 0 e x = 9; a reta x = 9
19. y = arcsen(e−x ) de x = 0 a x = 1
8.9.4 Logaritmo
x−1
du
Z
1. Verifique que: ln(x) = .
0 u+1
1
2. Verifique que: ln(x) = L(x) + R(x), onde L(x) = (x − 1) − 2 (x − 1)2 + 13 (x − 1)3 e
Z x−1 3
u
R(x) = du.
0 u+1
1
3. Se x > 1 e 0 ≤ u ≤ x − 1, mostre que: R(x) ≤ 4 (x − 1)4 . (R(x) do exercício [2]).
4. Usando os exercícios anteriores conclua que:
ln(x) ≃ L(x) com E(x) = |ln(x) − L(x)| ≤ 14 (x − 1)4 . Equivalentemente, L(x) aproxima ln(x)
superiormente, com erro E(x) não superior a 41 (x − 1)4 .
5. Calcule aproximadamente ln(1.2) e E(1.2).
1 u5
6. Repita os exercícios 2, 3, 4 e 5 escrevendo: = 1 − u + u2 − u3 + u4 − .
u+1 u+1
7. Verifique que: ln(x) ≤ x − 1. Quando vale a igualdade?
x
8. Verifique que ≤ ln(x + 1) ≤ x, para todo x ≥ 1.
1+x
8.9.5 Trabalho
1. Uma partícula move-se ao longo do eixo dos x do ponto a até o ponto b sob a ação de
uma força f (x), dada. Determine o trabalho realizado, sendo:
(a) f (x) = x3 + 2 x2 + 6 x − 1; a = 1, b = 2
(b) f (x) = 8 + 2 x − x2 ; a = 0, b = 3
8.9. EXERCÍCIOS 361
x
(c) f (x) = (1+x2 )2
; a = 1, b = 2
2. Uma bola de ferro é atraída por um imã com uma força de 12 x−2 N quando a bola está
a x metros do imã. Qual o trabalho realizado para empurrá-la no sentido contrário ao do
imã, do ponto onde x = 2 ao ponto onde x = 6?
3. Uma partícula está localizada a uma distância de x metros da origem. Uma força de (x2 +
2 x) N é aplicada sobre a partícula. Qual é o trabalho realizado para mover a partícula de
x = 1 até x = 3?
4. Sobre uma partícula que se desloca sobre o eixo dos x atua uma força cuja componente
na direção do deslocamento é f (x) = x22 . Calcule o trabalho realizado pela força quando
a partícula se desloca de x = 1 até x = 2.
5. Uma mola tem comprimento de 25 cm e uma força de 54 N a estica 1.5 cm. Qual é o
trabalho realizado para esticar a mola de 25 cm a 45 cm?
6. Um imã atrai uma bola de ferro com uma força de f (x) = x152 N quando a bola está a x
metros do imã. Calcule o trabalho realizado para empurrá-la no sentido contrário ao do
imã de um ponto onde x = 3 a um ponto onde x = 5.
Figura 8.68:
362 CAPÍTULO 8. APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA
10. Centro de massa: Intuitivamente o centro de massa P de uma lâmina fina é o ponto
da lâmina onde, se a levantamos a partir de P paralelamente a um plano horizontal ela
permanece paralela (em equilíbrio) em relação ao plano onde foi levantada. F = π r 2 P .
Figura 8.69:
onde f e g são funções contínuas em [a, b]. Pesquise na bibliografia e verifique que o
centro de massa da lâmina, chamado de centróide de R, é o ponto (x, y) tal que:
b b
1 1
Z Z
f 2 (x) − g2 (x) dx,
x= x f (x) − g(x) dx, y=
A a 2A a
π
(a) y = x, y = x2 (c) y = cos(2 x), y = 0 e x = ±
4
(b) y = 3 x + 5, y = 0, x = −1 e x = 2