A didática da matemática: Reflexões

Psicopedagógicas

PARRA, CECÍLIA & SAIZ IRMÃ [ET

AL] (ORGS.).
 PARRA, C. Cálculo mental na escola primária.
In: PARRA, C.; SAIZ, C. (Org.). Didática da
Matemática: reflexões psicopedagógicas.
Porto Alegre, Artes Médicas, 1996.
Capítulo 1. Matemática para não-matemáticos
Capítulo 2. A didática da matemática
Capítulo 3. Aprendendo (com) a resolução de problemas
Capítulo 4. Os diferentes papéis do professor
Capítulo 5. O sistema de numeração: um problema didático
Capítulo 6. Dividir com dificuldade ou dificuldade de dividir
Capítulo 7. Cálculo mental na escola primária
Capítulo 8. A geometria, a psicogênese das nações
espaciais e o ensino da geometria na escola primária
 Porque ensinar
cálculo mental?
Cecília Parra e Irma Saiz

3
1. As aprendizagens no terreno do cálculo
mental influem na capacidade de
resolver problemas.
2. Em nosso enfoque, as noções
matemáticas (números e operações)
devem atuar, em princípio, como
ferramentas úteis para resolver

4
problemas. Só então elas poderão ser
estudadas em si mesmas, tomadas
como objetivo.
3. O trabalho com o cálculo mental habilita
para uma maneira de construção do
conhecimento que, ao nosso entender,
favorece uma melhor relação do aluno

5
com a Matemática.
4. O trabalho com cálculo pensado deve ser
acompanhado de um aumento
progressivo de cálculo automático.

6
 A aquisição de destrezas de
cálculo mental
• Promove o desenvolvimento da
compreensão numérica porque encoraja a

7
procura de processos mais fáceis
baseados nas propriedades dos números
e das operações.
(Abrantes)
 Características
• São variáveis: os procedimentos utilizados
podem ser diversos;

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• São flexíveis e adaptam-se de acordo com os
números;
• São ativos: os alunos escolhem um método
consciente ou inconscientemente;
• São holísticos, no sentido de que usam o
número como um todo, e não como
dígitos;
• Começam freqüentemente com o

9
primeiro número;
• Exigem compreensão;
• Dão uma aproximação inicial da
resposta porque os dígitos da esquerda
são considerados
primeiro.
 No trabalho com os fatos fundamentais
da multiplicação deve-se levar em conta:

10
• A regularidade das tabuadas do 5 e do 10;
• A facilidade de dobrar;
• Multiplicar por 4 é dobrar duas vezes
seguidas;
• Multiplicar por 8 é dobrar três vezes;
• A comutatividade;
• As curiosidades da tabuada do nove.

11
Exemplos

12
 Uso da calculadora
• A calculadora como instrumento, e não
como substituição do cálculo escrito;

13
• Mesmo com o uso da calculadora, é
preciso desafiar o aluno a raciocinar e a
fazer cálculos mentais.
 Tarefa 3 - Interação
Agora você vai usar a calculadora e:
• Analisar quais os objetivos de cada

14
situação;
• Para que série vocês indicariam essa
proposta;
• Quais variações seriam possíveis.
 Tarefa 3 - Interação
Agora você vai usar a calculadora e analisar
quais os objetivos das situações:

15
1. No visor da calculadora está
o número 529. Que número
aparecerá se adicionarmos 1?
2. Usando apenas as teclas 1 e 0 e as teclas
das operações, faça aparecer no visor os
seguintes números: 347, 444 e 5398.
3. No visor de uma calculadora está o

16
número 374309. Como substituir esse
número por 324309 sem "apagá-lo"?
4. Quatro passos para o zero
Material: calculadora
Nº de participantes: duplas
Desenvolvimento:

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• Escolha um número de 4 algarismos
para os alunos colocarem em suas
calculadoras.
- A tarefa deles é reduzir esse número a zero
em apenas quatro passos.
- Eles podem usar todas as quatro operações
(+, -, x ou :) e número de dois algarismos.

18
- Ganha quem primeiro atingir o zero.
5. Usando sua calculadora, determinar o
quociente inteiro e o resto da divisão:
1325 : 12.

19
6. Coloque o 1 no visor; agora, usando a
mesma divisão sucessivas vezes, faça
aparecer no visor 0,5; 0,25; 0,125. Por

20
quanto dividiu? Quantas vezes?
 Sobre o uso da calculadora
• Até o final da década de 1970, fazíamos
todas as contas no papel e, quando

21
possível, as resolvíamos “de cabeça”.
• Para construir uma calculadora foi preciso
dispor de componentes eletrônicos de
tamanhos muito pequenos.
• A partir dos anos 80, as calculadoras

22
eletrônicas foram se tornando cada vez
menores e mais rapidamente difundidas.
• O teclado de uma calculadora simples é
constituído de pequenas teclas nas quais se
inscrevem diferentes símbolos:
- os algarismos de 0 a 9;

23
- o ponto que toma o lugar da
vírgula nas representações de
números decimais;
 - os símbolos das operações
aritméticas: +, - , x e :;
- outros símbolos.
• Embora as calculadoras facilitem nossa vida

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hoje, elas não podem substituir nossa
capacidade de fazer contas por escrito e,
principalmente, mentalmente.
• Muitas vezes, professores das séries
iniciais sentem-se receosos em usar a
calculadora por temerem que seus alunos
fiquem "preguiçosos" para realizarem

25
cálculos escritos ou mentais.
• Esse problema se resolve quando
combinamos com as crianças em que
momentos vamos usar a calculadora e em
que momentos vamos prescindir dela.

26
• Além disso, é importante criar atividades
desafiadoras de uso da calculadora.
 Tarefa 4 - Interação
• As próximas telas apresentam alguns
procedimentos de cálculo.

27
• As DEs farão a análise de um procedimento de
acordo com a indicação do formador e depois
a apresentarão. As outras DEs podem
concordar ou não com a explicação dos
colegas e apresentar sua posição.

28
• Tempo: 5 minutos para discussão e 20 minutos
para apresentação
1. Explique os procedimentos utilizados no
cálculo de 957 – 198
DEs:
8 ¹4
9 5 ¹7
_ 1 9 8
7 5 9
29
2. Explique os procedimentos utilizados no cálculo
de 2000 – 458
DEs:
-1
2 0 0 0 1 9 9 9

_ 4 5 8 _ 4 5 8

+1
1 5 4 2 1 5 4 1
30
3. Explique os procedimentos utilizados no
cálculo do produto de 96 por 28.
DEs:
90 + 6
20 + 8
720 + 48
1800 + 120
1800 + 840 + 48
2688
31
4. Explique os procedimentos utilizados
no cálculo do produto 96 x 28
DEs: 9 6
x 2 8
4 8
+ 7 2 0
1 2 0
1 8 0 0
2 6 8 8

32
 Com relação ao cálculo
escrito
• Quando tratamos de cálculo
escrito, nos referimos a

33
procedimentos usados para se
chegar ao resultado de uma
operação.
Exemplo: 426 + 385

400 20 6

34
+300 80 5
700 100 11
• Em seguida, são feitas as conversões, ou
seja, 11 unidades correspondem a uma
dezena e uma unidade, e 110 dezenas
correspondem a uma centena e uma
dezena.

35
• Conversão das unidades em dezenas: 700 +
100 +10 + 1 = 700 +110+ 1.
• Conversão das dezenas em centenas: 700 +
100 + 10 + 1 = 800 + 11
• Visualizando com material dourado:

36
 345 – 158
300 40 5
-100 50 8

37
Ou seja:
300 30 15
- 100 50 8
7
Ou seja
200 130 15
- 100 50 8

38
100 80 7

Visualizando com material dourado:

 3 4 5
-1 5 8
Ou seja
3 4 15 (acrescentaram-se 10 unidades)
- 1 6 8 (acrescentaram-se 1 dezena)

39
- 7

3 14 15 (acrescentaram-se 10 dezenas)
- 2 6 8 (acrescentaram-se 1 centena)
- 1 8 7
14 x 13=

10 + 4
14

40
X 10 + 3 X13
30 + 12 42
100 + 40 140
100 + 70 + 12
182

182
623 5
500 100
123 20
100 4

41
23 124
20
3
 Uso do material dourado
• A importância do quadro de valor de
posição.

42
• A importância do registro após o uso do
material.
• Uso do material dourado no sentido da
compreensão do algoritmo e do SND.
 Outra demanda atual
Problema: Os alunos de uma
escola participaram de uma
pesquisa. Em uma das questões

43
eles tiveram que escolher o
esporte favorito. O gráfico, a
seguir, indica as preferências
pelos esportes indicados. Veja:
 50

40
alunos
de alunos

30
nºde

20
nº

10

0
futebol basquete
basquete volei
vôlei outros
outros
44
 Agora responda às questões:
• Quantos alunos participaram da pesquisa?
• Quantos alunos escolheram o vôlei?
• Qual a porcentagem dos alunos que
escolheram o vôlei?

45
 Retomando o Problema
• Que outras questões você faria aos seus
alunos a respeito desse gráfico?

46
• Como essa atividade pode levar os alunos a
compreender a correspondência entre
o número de alunos e o
percentual?

47
• E se o número de pessoas fosse 1200 em
vez de 100, como vocês calculariam 20%?
 O uso de um gráfico permite:
• Comunicar mais facilmente os dados de

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uma pesquisa;
• Apresentar globalmente uma informação;
• Possibilidade de leitura rápida;
• O destaque de aspectos relevantes da
informação;

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• A produção de textos escritos.
 Para ensinar porcentagem
• O significado de 10% como a décima
parte de ...

50
• Se calculados 10%, como determinar
20%, 30% ou 5%?
• Como calcular 50%? e 25%?

• O significado de 1% como a centésima

51
parte de...

• E para calcular 3%?