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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS

PARECER TÉCNICO Nº CCB- 018/800/21

Assunto Legislação de referência

Ventilação nos abrigos de gás liquefeito de petróleo Decreto Estadual nº 63.911 de 2018
(GLP) e gás natural (GN) Instruções Técnicas nº 28, 29 e 43
de 2019

Documento de origem: MENSAGEM Nº CCB-003/320/21, de 10MAR21 – Consulta sobre


adaptação de ventilação nos abrigos de GLP/GN

CONSULTA

O documento de origem solicita parecer quanto à exigência de ventilação nos abrigos de GLP
(gás liquefeito de petróleo) no térreo e nos andares de edificações existentes.

PARECER TÉCNICO:

Considerando:

O item 5.4.8.3 da Instrução Técnica (IT) nº 28 vigente, de 2019, que prescreve a ventilação
dos abrigos das prumadas internas;

“5.4.8.3 Ventilação dos abrigos das prumadas internas.

5.4.8.3.1 Os abrigos internos à edificação devem ser dotados de tubulação específica para
ventilação.

5.4.8.3.2 O tubo utilizado para ventilação deve possuir saída no pavimento de descarga e entrada
de ar na cobertura da edificação, com diâmetro mínimo de 75 mm.

5.4.8.3.3 O tubo que interliga o shaft à prumada de ventilação deve possuir bocal situado junto ao
fechamento da parte inferior do shaft, e ter comprimento superior a 50 cm. A junção deve formar
um ângulo de 45 graus.

5.4.8.3.4 Quando a tubulação for interna à edificação e os abrigos nos andares forem adjacentes
a uma parede externa, pode ser prevista uma abertura na parte inferior desse, dispensando-se a
exigência do item anterior, com tamanho equivalente a, no mínimo, duas vezes o da seção da
tubulação, devendo ainda tal abertura ter distância de 1,2 m de qualquer outra.”

O item 5.1.7 da IT nº 29 vigente, de 2019, que prescreve a ventilação dos abrigos das
prumadas internas;
Continuação do Parecer Técnico nº CCB 018/800/21 2

“5.1.7 Ventilação dos abrigos das prumadas internas

5.1.7.1 Os abrigos internos à edificação (localizados nos andares) devem ser dotados de
tubulação específica para ventilação, conforme ilustração do Anexo “A”.

5.1.7.2 O tubo utilizado para ventilação (escape do gás) deve possuir saída na cobertura da
edificação, com diâmetro mínimo de 75mm.

5.1.7.3 O tubo que interliga o shaft à prumada de ventilação deve possuir bocal situado junto ao
fechamento da parte superior do shaft, e ter comprimento superior a 50 cm. A junção deve formar
um ângulo de 45 graus.

5.1.7.4 Quando a tubulação for interna à edificação e os abrigos nos andares forem adjacentes a
uma parede externa, pode ser prevista uma abertura na parte superior deste, dispensando-se a
exigência do item anterior, com tamanho equivalente a, no mínimo de 75mm, devendo ainda tal
abertura ter distância de 1,2 m de qualquer outra.”

O item 8 da IT nº 43 vigente, de 2019, que contém as prescrições diversas;

“8.1. Além desta IT, as edificações e áreas de risco destinadas a centros esportivos e de
exibição, segurança contra incêndio para líquidos inflamáveis e combustíveis, manipulação,
armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) e estações
metroferroviárias, devem ainda atender às IT 12, 28 e 45 respectivamente.”

O item 5.4.6.3 da IT nº 28 de 2011 que prescreve a ventilação dos abrigos das prumadas
internas;

“5.4.6.3 Ventilação dos abrigos das prumadas internas.

5.4.6.3.1 Os abrigos internos à edificação devem ser dotados de tubulação específica para
ventilação.

5.4.6.3.2 O tubo utilizado para ventilação (escape do gás) deve ser metálico, com saída no
pavimento de descarga e na cobertura da edificação e com o dobro do diâmetro da tubulação

de gás da prumada.

5.4.6.3.3 O tubo que interliga o shaft ao tubo de ventilação deve ser metálico, com bocal situado
junto ao fechamento da parte inferior do shaft, comprimento superior a 50 cm e ter sua junção
com o tubo de ventilação formando um ângulo fechado de 45 graus.

5.4.6.3.4 Quando a tubulação for interna à edificação e os abrigos nos andares forem adjacentes
a uma parede externa, pode ser prevista uma abertura na parte inferior desse, dispensando-se a
exigência do item anterior, com tamanho equivalente a, no mínimo, duas vezes o da seção da
tubulação, devendo ainda tal abertura ter distância de 1,2 m de qualquer outra.”

O item 5.1.5 da IT nº 29 de 2011 que prescreve a ventilação dos abrigos das prumadas
internas;
Continuação do Parecer Técnico nº CCB 018/800/21 3

5.1.5 Ventilação dos abrigos das prumadas internas

5.1.5.1 Os abrigos internos à edificação devem ser dotados de tubulação específica para
ventilação, conforme ilustração do Anexo “A”.

5.1.5.2 O tubo utilizado para ventilação (escape do gás) deve ser metálico ou de PVC antichama,
com saída na cobertura da edificação e com o dobro do diâmetro de, no mínimo, uma vez e meia
o diâmetro da tubulação de gás da prumada.

5.1.5.3 O tubo que interliga o shaft ao tubo de ventilação deve ser metálico ou de PVC
antichama, com bocal situado junto ao fechamento da parte superior do shaft, comprimento
superior a 50 cm, ter sua junção com o tubo de ventilação formando um ângulo fechado de 45
graus e possuir diâmetro mínimo de uma vez e meia o diâmetro da tubulação de gás que passa
pelo respectivo abrigo.

5.1.5.4 Quando a tubulação for interna à edificação e os abrigos nos andares forem adjacentes a
uma parede externa, pode ser prevista uma abertura na parte superior deste, dispensando-se a
exigência do item anterior, com tamanho equivalente a, no mínimo, duas vezes o da seção da
tubulação, devendo ainda tal abertura ter distância de 1,2 m de qualquer outra.”

A exigência de prever ventilação nos abrigos, inclusive nos andares, prevista na norma
brasileira (NBR) 15526, disciplinando o dimensionamento de maneira detalhada desde a publicação
da versão de 2009 no item 7.5.2.2 e 7.5.2.3 mantendo os itens e a redação na versão vigente, de
2012, conforme segue:

“7.5.2.2 Ventilação dos abrigos

Os abrigos de medidores devem ser ventilados através de aberturas para arejamento e


consideradas as áreas efetivamente úteis existentes para a ventilação.

A área total das aberturas para ventilação dos abrigos deve ser de no mlnimo 1/10 da área da
planta baixa do compartimento, sendo conveniente prover a máxima ventilação permitida pelo
local.

7 .5.2.3 Abrigo nos andares

Os abrigos localizados nos andares, em local sem possibilidade de ventilação permanente,


devem possuir porta que evite vazamento para o local ambiente da instalação e devem ser
ventilados conforme uma das seguintes alternativas:

a) por aberturas nas partes superior e inferior no interior do abrigo, comunicando diretamente
com o exterior da edificação;

b) por aberturas na parte superior e inferior conectadas a um duto vertical de ventilação adjacente
comunicando as extremidades diretamente com o exterior da edificação, estes com a menor das
dimensões igual ou superior a 7 cm.”

O item 8 da IT de nº 43 não definiu data inicial para exigir o cumprimento da IT de nº 28


vigente para as edificações existentes que utilizam o GLP, resultando em uma abrangência para
todas as edificações existentes que foram elencadas no item.
Continuação do Parecer Técnico nº CCB 018/800/21 4

O Comandante do CBPMESP, consoante a manifestação do Departamento de Segurança e


Prevenção Contra Incêndio (DSPCI), no uso de suas atribuições, resolve:

As edificações que utilizam gases combustíveis, com comprovação de existência anterior a


vigência do Decreto Estadual nº 56.819, de 2011, possuem a faculdade de adaptar a ventilação dos
abrigos de GLP e GN no térreo ou nos andares conforme IT de nº 28, de 2019, ou NBR 15.526, de
2012, ambas vigentes, porém devem cumprir a exigência da época.

As edificações que utilizam GLP e GN com comprovação de existência posterior a vigência do


Decreto Estadual nº 56.819, de 2011, devem cumprir as exigências das IT de nº 28 e 29, de 2019,
ou NBR 15.526, de 2012, todas vigentes, inclusive quanto a ventilação dos abrigos localizados no
térreo e nos andares de edifícios residenciais multifamiliares com mais de um pavimento.

O presente Parecer Técnico entra em vigor na data da publicação.

São Paulo, 07 de maio de 2021.

DENILSON APARECIDO OSTROSKI

Major PM Chefe do DSPCI Interino

Em 07 de maio de 2021.

De acordo.

VALDIR PAVÃO
Cel PM Subcomandante

Em 07 de maio de 2021.

De acordo. Publique-se.
Continuação do Parecer Técnico nº CCB 018/800/21 5

LUIZ ALBERTO RODRIGUES DA SILVA


Cel PM - Comandante do Corpo de Bombeiros

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