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Teste de História dia 9/3/2021

Absolutismo régio – Regime político que vigorou em quase toda a Europa, entre os séculos XVI e XVIII.

Defendia que o poder régio tinha origem divina, ou seja, o rei seria o representante de Deus na Terra e apenas a Ele
tinha de prestar contas. Todos os seus súbditos, dos diversos grupos sociais, lhe deviam respeito e total obediência.

O rei centralizava em si todos os poderes e funções do Estado, exercendo-os sem limitação ou controlo de qualquer
órgão ou poder.

Tinha o poder legislativo, executivo e judicial, controlando a política, a justiça, a administração e a economia.

O representante máximo do absolutismo régio foi o rei francês Luís XIV, o Rei-Sol, que afirmava “o Estado sou eu”.

Em Portugal, os reis que mais defenderam o absolutismo foram os seguintes: D. Pedro II e D. João V.

Quem foi o principal rei absolutista? Quais os poderes que concentrava em si?

O principal rei absolutista foi o rei francês Luís XIV, o Rei-Sol, que afirmava “o Estado sou eu” e comparava-se ao
centro do Universo. Recebeu o cognome de Rei-Sol, porque escolheu um sol luminoso para o seu emblema pessoal.

Concentrava em si todos os poderes e funções do Estado: o poder legislativo, executivo e judicial. Por isso,
controlava a política, a justiça, a administração e a economia. Era ele que escolhia os seus funcionários, comandava
o exército e decidia acerca da guerra e da paz.

Em Portugal, os reis que mais defenderam o absolutismo foram os seguintes: D. Pedro II e D. João V.

Instrumentos do poder absoluto

Os reis, para reforçar o seu poder e fazerem-se obedecer, criaram um conjunto de órgãos políticos, com um
carácter consultivo (por exemplo: Conselho do Rei), mas o rei só pretendia os seus conselhos, quando os pedisse.
Nada poderia ser decidido sem a sua ordem, ninguém podia assinar nada e tinham de lhe prestar contas
diariamente.

Também nomearam funcionários régios que assumiram funções pertencentes, no passado, ao clero e à nobreza.

Foi organizado um exército profissional, comandado pelos reis.


Em Portugal, D. João V mandou construir o Palácio- Convento de Mafra onde havia muitos espetáculos públicos.

Corte régia – papel e importância

A corte régia foi o melhor instrumento de afirmação do poder do rei, porque, criando uma corte faustosa, com
muito luxo e ostentação, onde aconteciam grandes eventos sociais, artísticos e culturais, o Rei impunha uma
imagem de força e de superioridade aos súbditos. Ao criar grandes cortes, o rei conseguia vigiar e controlar grande
parte da nobreza.

Organização da sociedade de ordens

A sociedade do Antigo Regime estava organizada numa hierarquia de 3 ordens: clero e nobreza (as ordens
privilegiadas) e Terceiro Estado (povo e burguesia), ordem não privilegiada.

Distinguiam-se pelas diferentes funções, direitos, deveres, formas de vestir e de estar.

O nascimento (posição social da família) e os cargos desempenhados pelos cidadãos determinavam o lugar que
cada um ocupava na sociedade.

Clero (funções):

- Oração;

- Ensino;

- Assistência a pobres e a doentes. Possuíam a maior parte das propriedades,

Nobreza (funções): onde faziam as suas próprias leis e aplicavam a justiça.

- Funções militares; O povo trabalhava nessas terras e tinha de pagar

- Ocupava também cargos na política e na administração rendas a estas ordens.

Não pagavam impostos ao Rei e, por vezes, recebiam pensões.

Terceiro Estado (funções)- era quem produzia riqueza:

- Burguesia – grupo social novo, composto por comerciantes, mas também por indivíduos que tinham formação
superior e podiam exercer funções administrativas. Não podiam ascender socialmente.

- Povo – camponeses, artesãos, serviçais. Assegurava as atividades produtivas, mas não tinha quaisquer
privilégios, pagava pesados impostos e obrigações.

A mobilidade social era muito fraca. Era difícil ascender socialmente, mas podiam comprar títulos, ou serem
recompensados por serviços prestados ao rei, podendo assim, subir na hierarquia social.
Caracterizar a economia

- A agricultura era a principal atividade económica, apesar de esta apresentar baixos níveis de produtividade,

porque as técnicas e os instrumentos agrícolas eram muito rudimentares.

Era utilizada a força humana e animal e os instrumentos eram de madeira ou de ferro. Para além disso, os
camponeses eram obrigados a pagarem pesadas rendas.

Muitas terras estavam abandonadas e a produtividade estava dependente das condições climáticas.

- Ao longo dos séculos XVI e XVII desenvolveu-se o comércio internacional, o que veio a tornar-se uma atividade
bastante lucrativa.

- Houve necessidade de produzir novos produtos, para servirem de troca no comércio colonial. Assim, produziram-
se tecidos, ferramentas, calçado e outros. Isto levou ao desenvolvimento das manufaturas.

- As cidades enriqueceram e cresceram, assim como os campos, onde foram implementadas novas culturas, para
produzir matérias-primas para as manufaturas (linho, algodão, plantas tintureiras, gado lanígero).

O que é o mercantilismo? Quem o aplicou? Quais as medidas?

O mercantilismo foi uma doutrina económica que vigorou em alguns países da Europa nos séculos XVII e XVIII.
Defendia que a riqueza de um Estado era avaliada pela quantidade de metais preciosos (ouro, prata) que esse país
acumulava. Para isso, era defendido o aumento da produção e das exportações e a redução das importações.

Quem aplicou esta doutrina foi Colbert, ministro do rei francês Luís XIV.

As medidas tomadas para ter uma balança comercial favorável (mais exportações do que importações) foram as
seguintes:

- Desenvolver a indústria manufatureira, para reduzir as importações (isenção de impostos, concessão de


monopólios…)

- Fomentar o comércio internacional, as exportações;

- Proteger os produtos nacionais, aumentando os impostos aplicados aos produtos importados, sendo estes
vendidos a preços muito elevados;

- Diminuição dos impostos aos produtos exportados.

Arte Barroca – principais características

- Exuberante, teatral;

- Riqueza na decoração;

- Ideia de movimento (linhas curvas e contracurvas);

- Contrastes de luz, cor e sombra;

- Dramático (os temas representados eram essencialmente religiosos);

- Decoração dos edifícios exuberante e, por vezes, exagerada;

- Uso de mármore e talha dourada.


Arquitetura barroca:

Predomínio de edifícios religiosos e palácios de monarcas absolutos;

- Elementos clássicos: colunas frontões, frisos;

- Sobreposição de linhas curvas no exterior dos edifícios;

- Decoração rica e luxuosa;

- Ideia de movimento.

Artistas: Borromini; Bernini, Nicolau Nasoni, Ludovice (Palácio – Convento de Mafra)

Torre dos Clérigos, Palácio do Freixo

Escultura:

- Pretende transmitir dramatismo, sentimentos fortes como a paixão ou o sofrimento;

- Ideia de movimento;

- Exuberante;

- Teatral.

Bernini, António Ferreira e Machado de Castro

Pintura (decoração interior dos edifícios – frescos nos tetos e nas paredes, pinturas a óleo)

- Utilização de cores fortes, intensas e variadas;

- Contraste de luz e sombras;

Vieira Lusitano, Rubens, Rembrandt; Velásquez, Murillo

Principais descobertas (séculos XVII e XVIII)

Revolução científica - nova forma de pensar – os conhecimentos só eram considerados corretos depois de serem
confirmados pela razão e pela experiência. Nascia assim o método experimental, que se traduzia em 3 fases:

1. Observação de fenómenos naturais;


2. Formulação de hipóteses de explicação desses fenómenos;
3. Realização de experiências e utilização da razão para enunciar uma lei geral.

- Microscópio (Jansen) - Marmita de vapor (Papin)


- Termómetro (Galileu) - Máquina de semear
- Luneta astronómica (Galileu) - Balões de ar (Bartolomeu de Gusmão)
- Circulação do sangue (Harvey) - Máquina a vapor (Watt)
- Máquina de calcular (Pascal) - Análise da água (Lavoisier)
- Relógio do pêndulo (Huygens) - Vacina contra a varíola (Jenner)
- Leis da gravidade (Newton) - Pilha elétrica (Volta)
O absolutismo em Portugal

D. João V – rei absoluto que mais se destacou (1707 e 1750)

O poder régio tinha origem divina.

A nobreza perdeu lugares na governação.

As cortes reuniram-se cada vez menos.

D. João V fez da corte e dos cerimoniais públicos, os seus instrumentos de poder.

Governou rodeado de grande luxo, graças ao ouro e diamantes que vinham do Brasil.

No seu reinado, levou a cabo grandes construções arquitetónicas e outras obras da arte barroca.

Sociedade de ordens em Portugal

3 ordens sociais:

- Clero

- Nobreza

- Terceiro estado

Clero (funções):

- Oração;

- Ensino;

- Assistência a pobres e a doentes. Possuíam a maior parte das propriedades,

Nobreza (funções): Tinham acesso a cargos, isenção de impostos e


justiça própria

- Funções militares; O povo trabalhava nessas terras e tinha de pagar

- Ocupava também cargos na política e na administração rendas a estas ordens.

Terceiro Estado (funções)- era quem produzia riqueza:

- Burguesia e Povo – comércio, artesanato, agricultura. Assegurava as atividades produtivas, mas não tinha
quaisquer privilégios, pagava pesados impostos e obrigações.

- Burguesia – queria imitar a nobreza, investia os seus lucros em terras e bens de luxo.
Economia

Agricultura – principal atividade económica;

Níveis de produtividade eram baixos, porque as técnicas e os instrumentos agrícolas eram rudimentares;

A maior parte das terras pertencia ao rei, ao clero e à nobreza

Os portugueses intensificaram a exploração dos territórios africanos, dedicando-se ao tráfico de escravos e à


produção açucareira.

 2ª metade do século XVII – período de crise comercial:

- Aumento dos impostos e recurso a empréstimos, devido às guerras da Restauração com Espanha;

- Concorrência de ingleses, franceses e Holandeses no comércio do açúcar e do tabaco do Brasil;

- Diminuição das exportações de vinho e sal.

Mercantilismo em Portugal

As ideias Mercantilistas foram postas em prática pelo conde da Ericeira:

- Criação de novas manufaturas e reforço do apoio às já existentes;

- Publicação das leis pragmáticas (lei protecionista que regulava a importação e o consumo de determinados
produtos;

- Atribuição de empréstimos e privilégios a investidores estrangeiros que instalassem fábricas em Portugal.

Não deu os resultados esperados (pg. 107)

Tratado de Methuen com a Inglaterra

- 1703

- Este tratado estabelecia que os lanifícios Ingleses podiam entrar em Portugal sem quaisquer restrições.

Por seu lado, a Inglaterra reduzia as taxas alfandegárias sobre os vinhos portugueses, tornando-os mais baratos.

Consequências do tratado:

 Foi fomentada a produção de vinho, visto que a exportação de vinhos para a Inglaterra aumentou;
 O desenvolvimento das manufaturas estagnou;
 Portugal tornou-se mais dependente da Inglaterra (as importações de produtos ingleses eram superiores às
exportações)

Para cobrir o défice da balança comercial, foi usado o ouro do Brasil.

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