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Refrigeração 1
Refrigeração 1
REFRIGERAÇÃO E AR
CONDICIONADO
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ENVIO 10
PROIBIDA A REPRODUÇAO, TOTAL OU PARCIAL DESTA OBRA, POR QUALQUER MEIO OU METODO SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO EDITOR
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
O QUE É REFRIGERA-
ÇÃO?
A refrigeração é o processo de reduzir a tempe-
ratura de um corpo ou espaço determinado tiran-
do uma parte do seu calor natural.
Não se deve confundir refrigeração com esfria- Sólido Líquido Gasoso
mento. Se um corpo quente toma a temperatura
do ambiente onde ele se encontra, isso é consi-
derado como esfriamento. tura com valores inferiores aos 18 ºC negativos.
A refrigeração consiste em tirar o calor de um Antes de entrar no assunto “Refrigeração” é
corpo, até que sua temperatura seja inferior à do necessário ter alguns conhecimentos prévios que
ambiente. veremos a seguir.
Há muitos anos, os homens têm tentado esfriar
os corpos a temperaturas inferiores à do ambien-
te. Os primeiros testes ficaram limitados a redu- CONSTITUIÇÃO
zir a temperatura uns poucos graus, apenas. Os
alimentos e os líquidos eram guardados em po- DA MATÉRIA
rões para não serem afetados pela temperatura
ambiente. Todos os corpos estão compostos por partícu-
Em outros lugares, a neve e o gelo eram utiliza- las muito pequenas, chamadas de “moléculas”.
dos no verão, para conservar alimentos e esfriar Elas se mantém unidas umas com as outras
bebidas. como resultado de uma força interna.
Em épocas recentes, o gelo era utilizado em Tem se comprovado que a concentração das
conservadoras feitas de madeira e dessa manei- moléculas é maior nos sólidos e nos líquidos do
ra, os alimentos e outros produtos eram manti- que nos gases, porém, sempre entre elas, há um
dos longe da temperatura ambiente. espaço que permite o seu livre movimento.
Ainda hoje, o gelo é utilizado em alguns lares, Isto quer dizer que as moléculas de um corpo
porém, apresenta o problema de não poder man- qualquer estão constantemente em movimento,
ter uma temperatura uniforme no interior, do que e sua velocidade depende da substância de que
passou a ser chamado de geladeira. É bom lem- está formado, da sua temperatura e de seu esta-
brar daqueles móveis de madeira maciça onde do físico.
em sua parte superior era introduzida uma barra
de gelo e pela parte inferior, por meio de uma
torneira, era retirada a água, produto da troca ESTADODOSCORPOS
de calor.
A invenção e o aperfeiçoamento da geladeira Os corpos se apresentam na natureza em três
permitiu obter uma solução às necessidades, de estados físicos: sólido, líquido e gasoso.
forma cômoda, eficiente e econômica, tanto no SÓLIDOS: Caracterizam-se por ter forma própria
lar como nos locais comerciais. e volume determinado. São de elevada densida-
A principal razão para empregar a refrigeração de, e como exemplo podemos nomear: o ferro, a
é a conservação dos alimentos, tais como a car- madeira, a pedra, etc.
ne, as frutas, etc., que se estragam rapidamente, LÍQUIDOS: Têm um volume determinado, porém
ao estar em contato com a temperatura ambien- a sua forma é a do recipiente que o recebe.
te. Sua densidade é, geralmente, inferior à dos
A moderna geladeira pode ter sua temperatura sólidos e pode-se dar como exemplo: água, óleo,
ajustada de acordo com o alimento que deve ser etc.
conservado, e inclusive, poder ter sua tempera- GASES: Não têm volume nem forma fixa. São de
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SOLIDIFICAÇÃO CONDENSAÇÃO
SUBLIMAÇÃO
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SUBLIMAÇÃO: Quando um corpo passa direta- Isto significa que o corpo que tem mais ener-
mente, do estado sólido ao gasoso, sem passar gia, transfere parte desta para o corpo que tem
pelo estado líquido. São exemplos: o gelo seco, menos, ou seja, que está mais frio.
a naftalina, etc.
TRANSMISSÃO DO CALOR
CALOR E FRIO
Há formas ou maneiras de transmitir o calor:
O calor é uma forma de energia que se transmi- por radiação, por convecção e por condução.
te de um corpo para outro.
A principal fonte de calor é o Sol, porém se pode RADIAÇÃO: Ela se manifesta pelos raios ou on-
produzir calor por combustão, fricção, eletricida- das de calor que envia o sol através do espaço.
de, reações químicas ou por compressão, no caso Pode haver radiação desde uma lareira, uma lâm-
dos gases. pada ou outro elemento muito quente, pois os
Pode-se definir o calor como um movimento raios caloríficos são muito semelhantes aos rai-
molecular e quanto mais enérgico ele for, maior os luminosos.
será o calor liberado ou gerado. Também podemos definir a radiação como a
Quando o calor é retirado de um corpo, o seu transmissão de calor através de substâncias in-
movimento molecular diminui, até sumir totalmen- termediárias, sem que elas sejam aquecidas. Os
te. Este fato ocorre aos 273º C negativos. Pode- raios solares, ao passar pelo ar, não o aquecem
se dizer então que, todo corpo que possui tempe- mas esquentam os objetos que se localizam ao
ratura superior a esta, tem calor. final de seu trajeto.
Pelo que foi exposto, pode-se dizer que como o
calor é uma fonte de energia, o frio não existe, CONVECÇÃO: Esta forma de transmissão de ca-
ou seja, que frio é a ausência de calor e a refri- lor consiste na transferência de energia de um
geração ou esfriamento de um corpo, é o proces- lugar para outro, devido ao movimento ou circu-
so que retira o calor desse corpo. lação do ar, água ou gases quentes.
Os termos, frio e calor, são expressões indefini- Esta circulação pode ser produzida de forma
das e só podem ser determinadas comparativa- natural ou artificial.
mente. Exemplos disso são: a geração de correntes de
Como exemplo e observando a figura da pági- ar em torno de um corpo quente, com um ventila-
na, o recipiente 2 deverá estar mais quente que dor ou um fluxo de água. Esse líquido deverá ser
o número 1, se primeiro tocamos este último. Da o agente transmissor do calor. Outro exemplo
mesma maneira, o número 2 deverá estar mais pode ser um secador de cabelo, pois o calor que
frio que o número 3 se tocamos neste, antes do ele produz é transferido para o exterior por uma
número 2. corrente de ar forçada.
Lembre-se que o calor sempre se transmite do
corpo mais quente para o mais frio.
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A TEMPERATURA
NÃO VARIA
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Algo similar ocorre quando se quer transformar atmosfera = 1,033 kg/cm2, porém para fins prá-
um líquido em vapor. ticos:
Por exemplo, para transformar um quilo de água
a 100º C em vapor, mantendo-se a mesma tempe- 1 atm = 1 kg/cm2.
ratura, é necessária a quantidade de 537 Calori-
as. No sistema inglês, a unidade de pressão mais
Lembre-se que no exemplo anterior, era neces- utilizada é a libra por polegada quadrada.
sária uma Caloria para aumentar um grau Centí- Sua equivalência entre essas unidades é:
grado, um quilo de água, sendo que agora, para
que a mesma quantidade de água seja transfor- 1 lb/pol2 = 0,07 kg/cm2
mada em vapor, é necessária uma quantidade de 1 kg/cm2 = 14,2 lb/pol2
calor, 500 vezes superior.
Para poder medir a pressão atmosférica é utili-
PRESSÃO zado um simples dispositivo que consiste de um
tubo de ensaio e um pires. O diâmetro do tubo de
Todo corpo exerce seu próprio peso sobre o ensaio corresponde à área de 1 cm 2, ele deve
local onde se encontra apoiado, ou seja, ele está estar cheio de mercúrio (Hg) e logo, tampando
exercendo uma pressão. Nos sólidos, a pressão sua abertura deve ser virado sobre o pires, que
manifesta-se como o seu próprio peso, ou seja, também deve estar cheio de mercúrio.
para abaixo. Nos líquidos, essa pressão é exerci- O extremo inferior do tubo de ensaio, que ago-
da contra as paredes do recipiente que o con- ra está para cima, apresenta um espaço não pre-
tem e nos gases, em todas as direções. enchido com o metal líquido, pois o nível do mer-
Nosso planeta está rodeado por uma capa de cúrio desce até uma certa altura. Esse espaço,
ar, que da mesma maneira que qualquer tipo de determinado entre a superfície do mercúrio e o
corpo, exerce pressão sobre a Terra. fundo do tubo é um vácuo perfeito e a altura da
Se tomamos uma coluna de ar de um centíme- superfície de mercúrio do pires e a que ficou no
tro quadrado de base e que tenha de altura, o interior do tubo é sempre constante e mede 760
comprimento da capa atmosférica, essa coluna milímetros.
tem um peso de 1.033 gramas, no nível do mar. Esta experiência foi feita pelo físico Evangelis-
Esse valor é considerado como a pressão at- ta Torricelli, ele determinou que numa coluna de
mosférica normal (1,033 kg/cm2) e é usado como um centímetro quadrado de seção e cuja altura
unidade de medida da pressão ou Atmosfera. é igual à da capa atmosférica, tem o mesmo peso
Para resumir, no sistema internacional (SI), uma que uma coluna de mercúrio de um centímetro
quadrado de área e 760 mm de altura, ou seja,
1.033 gramas.
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COLUNA DE AR DE 1
cm2 de BASE
VÁCUO
MERCÚRIO
TERRA
PRESSÃO
ATMOSFÉRICA
PRESSÃO DA
CAPA
ATMOSFERA SOBRE
ATMOSFÉRICA
A TERRA
EXPERIÊNCIA DE TORRICELLI PRESSÃO ATMOSFÉRICA
BOMBA DE
VÁCUO
ÓLEO
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PRESSÃO PRESSÃO
ATMOSFÉRICA ATMOSFÉRICA
AR SOB PRESSÃO
PRESSÃO
SUPERIOR À ATMOSFÉRICA
ATMOSFÉRICA
(2 KG/cm2)
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MANÔMETROS
PARAFUSO BATENTE
Na prática, a medição das pressões é obtida
com o denominado manômetro de Bourdon. Ele PARAFUSO DE
tem um tubo com forma de arco e sua seção trans- REGULAGEM
versal é oval.
Esse tubo é fechado num extremo, e o outro
está conectado à fonte de pressão que devemos
medir. Quando o tubo recebe ar ou líquido sob
pressão, a força por ele recebida força o estira-
mento do tubo. Esse movimento é transmitido ao
ponteiro através de um mecanismo de engrena-
gens. TUBO
É importante indicar que a leitura do manôme- BOURDON
tro é uma diferença entre a pressão existente em
seu interior e a que existe no exterior, ou seja, a
atmosférica. Os manômetros comuns indicam ENGRE-
pressões superiores à atmosférica. NAGENS
Os manômetros, geralmente têm duas escalas
no mesmo visor. SETOR
Uma delas está dividida em kg/cm 2 e a outra, ENTRADA DE
em lb/pol2 ou p.s.i. PRESSÃO
Na figura pode-se observar um destes manôme-
tros assim como também, uma escala que permi-
te a conversão entre ambos os sistemas.
A tabela foi feita tomando como base que:
GRÁFICO DE CONVERSÕES
DE PRESSÕES RELATIVAS
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VACUÔMETROS
Gráfico de conversão
São instrumentos que têm o de polegadas p/ mm de
mesmo fundamento que o ma- mercúrio
nômetro, porém indicam pres-
sões inferiores à atmosférica.
A escala destes instrumentos
é em milímetros de mercúrio
(mm.Hg) e no sistema inglês,
em polegada de mercúrio.
Lembrando que a pressão
atmosférica é de 760 mm ou
76 cm de mercúrio, no siste-
ma inglês, o seu valor corres- cm
pondente é de 29,92 polega- o
das de mercúrio.
Polegadas
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REFRIGERAÇÃO
PRINCÍPIO ponto de ebulição inferior ao dela, e desta ma-
Na lição anterior, foi visto que para que um cor- neira, sua evaporação ocorre com maior facilida-
po, em estado líquido, passe para o estado ga- de.
soso é necessário adicionar uma determinada Geralmente, nestes processos de refrigeração
quantidade de calor. utilizam-se produtos químicos com o seu ponto
Como exemplo, tínhamos um vidro com água de ebulição a uma temperatura inferior ao zero
que era aquecida e se obtinha a vaporização do grau, ou seja que, à temperatura ambiente, eles
líquido. Na evaporação acontece o mesmo, ou estão em estado volátil e sem condições de es-
seja, que o líquido tem que ser aquecido para friar o meio que o rodeia. Um produto que pode
que possa se evaporar. O calor necessário é to- ser tomado como exemplo é o anídrido sulfuro-
mado do meio ambiente. so com o seu ponto de ebulição a 10º C negati-
vos (-10º C).
Colocamos uma pequena quantidade desse pro-
duto num tubo de ensaio ou vidro, e depois colo-
REFRIGERAÇÃOPOREVAPORAÇÃO camos esse recipiente na água. O calor contido
NATURAL na água será transferido às paredes do tubo e
Um exemplo elementar deste tipo de refrigera- depois será absorvido pelo anídrido sulfuroso,
ção é a seguinte: se molharmos as nossas mãos que passará do estado líquido para o gasoso. O
e as colocarmos numa corrente de ar, sentire- resultado imediato é a formação de gelo ao re-
mos uma sensação fria nelas. Isto se deve a que dor do tubo, e o resto da água terá sua tempera-
a água começa a evaporar-se e para isto, neces- tura diminuída, por convecção.
sita calor. O calor é retirado da própria mão e
como conseqüência, diminui sua temperatura. REFRIGERAÇÃO POR GELO
Este método elementar de diminuir a tempera- Este sistema é muito conhecido por todos nós
tura de um corpo abaixo da temperatura ambien- e sem dúvida nenhuma, foi o sistema mais utili-
te, é conhecida como “Refrigeração por evapo- zado há muitos anos atrás. Um quilograma de
ração natural”. gelo, para derreter totalmente, necessita absor-
A evaporação de um líquido pode ser feita sob ver 80 calorias, ou seja que, com ele pode-se
uma corrente de ar seco, ou também, reduzindo obter um bom efeito frigorífico. Um dos maiores
a pressão que atua sobre o mesmo. problemas deste tipo de refrigeração é que as
Em ambas as situações, a troca do estado lí- temperaturas obtidas não são tão baixas, como
quido para o gasoso, consegue-se com calor. as geradas por outros métodos.
Quase todos os métodos de refrigeração ba- Podemos incrementar o efeito frigorífico utili-
seiam-se no aproveitamento do calor latente de zando gelo simples e junto com ele misturamos
um corpo, para mudar o seu estado físico. cloreto de sódio (sal comum), potássio, cloreto
De acordo com isto, imagine que temos uma de cálcio, etc.
vasilha com água e a embrulhamos com um pano Também pode ser utilizado o gelo seco, que não
úmido. Logo depois, fazemos passar uma corren- é outra coisa que anídrido carbônico solidifica-
te de ar seco sobre o embrulho todo. O resulta- do. O seu ponto de ebulição é de 62º C negati-
do será que o pano começa a secar, ou seja, a vos (-62º C) e no estado sólido, sua temperatura
água se evapora, retirando o calor da própria fica entre – 78º a -80º C.
vasilha e a conseqüência é que a água contida A grande vantagem do gelo seco é que ele pas-
em seu interior, começa a esfriar. sa do estado sólido ao gasoso sem necessida-
Para obter, ainda pelo método de evaporação, de de passar pelo estado líquido. Isto significa
um maior efeito frigorífico, no lugar da água, são que o local onde ele estiver, permanecerá seco.
necessárias outras substâncias que têm o seu Devido a seu pouco peso, ele é utilizado no trans-
porte rodoviário e conservação de sorvetes.
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VAPOR DE
ANÍDRIDO
SULFUROSO
ANÍDRIDO
SULFUROSO LÍQUIDO
ÁGUA
GELO
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DISPOSITIVO DE EXPANSÃO
Na entrada do evaporador encontra-se um ele-
mento muito importante do equipamento de re-
frigeração: o dispositivo de expansão.
Este componente é utilizado para ajustar ou re-
gular a entrada do refrigerante no evaporador,
vindo do condensador. Ao mesmo tempo, esta
válvula reduz a alta pressão que o refrigerante
tem no interior do condensador e a transforma
em baixa pressão no interior do evaporador.
CONDENSADOR
Como seu nome diz, ele condensa ou liqüidifi-
ca o fluido refrigerante.
Essa condensação é feita sempre que a super-
fície do condensador seja suficientemente exten-
sa como para existir troca de calor entre o refri-
gerante e o meio ambiente. COMPRESSOR
Por isso, os condensadores são resfriados por
ar e, em casos muito especiais, por água.
O refrigerante passa por uma serpentina de
cobre ou alumínio, sem costura, e ao longo dela
é fixada uma série de aletas, do mesmo mate-
rial. Isto aumenta a superfície de contato entre o
líquido aquecido e o meio ambiente, dissipando
de forma efetiva o calor. Em equipamentos co-
merciais e alguns industriais, a dissipação do
calor é aumentada colocando um ventilador e
assim, forçando o ar a passar pelo condensador.
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INTERRUPTOR ELÉTRICO
É empregado para regular o funcionamento do
compressor. Isto acontece toda vez que a tem-
peratura no interior do refrigerador ou geladeira EVAPORADOR
sobe.
Eles são conhecidos como termostatos ou pres-
sostatos. Seu funcionamento é determinado de
acordo com a temperatura ou a pressão.
MOTOR ELÉTRICO
Ele é o encarregado de mover o compressor. A
potência destes motores fica entre 1/8 a ¼ h.p.,
na geladeira doméstica e de ½ a vários h.p., nas
unidades comerciais e câmaras frigoríficas. No
primeiro caso, os motores são monofásicos e no
segundo, devido a sua potência, trifásicos. INTERRUPTOR ELÉTRICO
FLUIDOREFRIGERANTE
É utilizado para absorver o calor do interior do
compartimento onde se encontram os alimentos
ou produtos que devem ser mantidos refrigera-
dos. Lembre-se que nesse local está o evapora-
dor, por onde passa o refrigerante, resfriando o
local e levando o calor ao compressor, deste
componente, vai para o condensador, e troca
calor com o meio ambiente.
Como vimos até agora pode-se entender que o
fluido refrigerante é o intermediário para a trans-
ferência do calor. Sua propriedade fundamental
é a facilidade de passar do estado líquido ao
gasoso, pois é nesta condição que ele consegue MOTOR ELÉTRICO
receber o calor do interior da geladeira.
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GABINETE
É outro dos componentes importantes de uma
geladeira, pois ele serve para receber os produ-
tos que deverão ser protegidos e mantidos abai-
xo da temperatura ambiente. Para poder cumprir
com esta missão, as suas paredes estão isola-
das por diferentes tipos de materiais e as suas
portas têm dispositivos que garantem o fecha-
mento hermético, evitado assim, que o calor pos-
sa passar através dela.
SISTEMAS DE ALTA
E DE BAIXA PRESSÃO
O sistema de refrigeração por compressão está
dividido em dois circuitos perfeitamente defini-
dos: de alta pressão e de baixa pressão.
Os elementos que formam o circuito de alta
pressão são aqueles que ficam entre a saída do
compressor e o dispositivo de expansão. GABINETE OU CAIXA DA
O circuito de baixa pressão fica entre a saída GELADEIRA DOMÉSTICA
do dispositivo de expansão até a entrada do com-
pressor.
EVAPORADOR
DISPOSITIVO
DE EXPANSÃO
COMPRESSOR
CONDENSADOR
ALTA PRESSÃO
BAIXA PRESSÃO
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TIPOSDECOMPRESSORES
Atualmente, há três tipos diferentes de com-
pressores. Eles são: aberto, hermético e semi-
hermético.
O compressor ou equipamento aberto, ca-
racteriza-se porque o motor elétrico se encon-
tra conectado ao eixo do compressor, por meio
de um sistema de transmissão de polias e
correias ou conectado diretamente, com uma
conexão flexível.
No primeiro caso, e devido a redução produ-
zida pelo sistema de polia, a velocidade do
compressor fica entre 300 a 400 rotações por
minuto. Já no equipamento com conexão dire-
ta, a velocidade pode atingir as 1.500 r.p.m.
O compressor hermético tem o compressor
e o motor elétrico instalados dentro de uma
esfera metálica, conhecida como bola preta.
COMPRESSOR ABERTO
Possui conexões para o condensador, o eva-
porador, e tubo de serviço.
Geralmente, a velocidade deste tipo de equi-
pamento fica em torno de 2.800 r.p.m.
O objetivo desde tipo de construção é reduzir
o volume e o espaço necessário para a sua
instalação, assim como também, minimizar a
possibilidade de vazamento de refrigerante ao
eliminar várias conexões.
O grande inconveniente deste tipo de com-
pressor é que são descartáveis, pois, sua re-
cuperação se torna inviável devido ao fato de
serem soldados hermeticamente. COMPRESSOR
Alguns compressores e motores são insta- HERMÉTICO OU
lados num suporte que mantêm o alinhamen- BOLA PRETA
to desses componentes, uma placa instala-
da sobre eles, garante a sua manutenção.
Este tipo de equipamento é conhecido como
semi-hermético.
UNIDADECONDENSADORA
Quando se trata de unidade de refrigeração
comercial, o conjunto formado pelo compres-
sor e o motor elétrico, que pode ser aberto,
hermético ou semi-hermético, o condensador,
o seu ventilador e o reservatório do líquido
refrigerante, são instalados sobre uma base
metálica rígida. O conjunto assim formado é
chamado de unidade condensadora e ela é
instalada, geralmente, afastada da câmara, UNIDADE CONDENSADORA
numa área bem ventilada. COM COMPRESSOR
SEMI-HERMÉTICO.
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FLUIDOS REFRIGERANTES
Para obter uma boa refrigeração, desde o pon-
to de vista comercial, todo refrigerante deve ter
o maior número possível de qualidades, tais
como:
1) Calor latente de evaporação: o número de
calorias que devem ser absorvidas durante a
evaporação deve ser muito alto, para poder em-
pregar a menor quantidade possível de refrige-
rante durante o processo de evaporação e as-
sim poder atingir a temperatura desejada.
2) Ponto de ebulição: deverá ser suficiente-
mente baixo, e ser inferior à temperatura dos ali-
Unidade condensadora com compressor hermético
mentos que sejam estocados no interior da gela-
deira. Na prática, utilizam-se refrigerantes com o
ponto de ebulição em torno dos – 20º C. É bom considerar que estas condições são im-
3) Temperatura e pressão de condensação: possíveis de ser encontradas em um só produ-
deverão ser o mais baixas possíveis e assim con- to, por isso o refrigerante selecionado deve re-
densar, rapidamente, a pressões e temperatu- unir a maior quantidade dessas propriedades na
ras normais de serviço o fluido refrigerante em- hora de determinar o seu uso.
pregado no condensador.
4) Volume do refrigerante evaporado: é o es-
paço que ocupa o refrigerante em estado gaso- TIPOS DE REFRIGERANTES
so, que deverá ser o menor possível.
5) Temperatura crítica: para todos os refrige- Para equipamentos frigoríficos de maior capa-
rantes existe uma temperatura onde eles se con- cidade é empregado o amoníaco, o cloreto de
densam, sem considerar a pressão a que eles metila, o Freon 12 e o R-22.
estão submetidos. Esta temperatura conhece-se Para o uso das nossas geladeiras domésticas
como temperatura crítica. Ela deve ser o mais basicamente o Freon 12 e o R 134a.
alta possível.
6) Efeito sobre o óleo lubrificante: todos os Amoníaco
compressores necessitam estar lubrificados e É um dos refrigerantes mais utilizados nas ins-
por isso o refrigerante não pode afetar as suas talações frigoríficas de grande tamanho, como na
características originais. conservação de carne, fabricação de gelo, etc.
7) Tendência à combustão ou explosão: um Ele era também empregado nas pequenas gela-
bom refrigerante deve ser o mínimo combustível deiras de uso doméstico como frigobares do tipo
possível e menos ainda, explosivo. de absorção.
8) Ação sobre os metais: não pode atacar os O cheiro deste produto é bastante desagradá-
metais empregados no sistema todo ou seja, ele vel e forte, pode irritar a mucosa nasal e produ-
não pode ser corrosivo. zir a formação de lágrimas. A principal desvanta-
9) Propriedades tóxicas: os fluidos refrigeran- gem é o forte cheiro, porém, no caso de um vaza-
tes não podem ser tóxicos ou trazer conseqüên- mento, ele é rapidamente localizado. Seu efeito
cias respiratórias às pessoas que trabalham com sobre as pessoas é quase nulo, na relação de
ele. até 1 parte de refrigerante por 30 de ar, num pe-
10) Localização de vazamentos: é muito inte- ríodo inferior a uma hora. No seu estado natural,
ressante que suas características permitam a ele é solúvel na água. Quando o sistema é carre-
localização dos vazamentos que possam ocorrer gado com este produto, seu estado deve ser o
ao longo do sistema. mais puro possível e não deve ter umidade.
11) Cheiro do refrigerante: sempre que possí-
vel, o líquido deve ser inodoro.
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Ponto de combustão: ele entra em combustão Ponto de combustão: deve ser considerado que
quando a sua temperatura é superior aos 85 é combustível, porém, a explosão é quase im-
ºC. À temperatura ambiente sua combustão é possível, se a relação com o ar é superior aos
muito difícil, porém se ele é aquecido à tem- 9%. Outro elemento que deve ser considerado é
peratura de referência, sua queima é instan- que uma explosão pode ocorrer devido a presença
tânea com uma chama de cor amarela. de uma chama viva, uma faísca ou um metal in-
O amoníaco também é explosivo se a re- candescente.
lação da mistura com o ar é muito baixa.
Trabalhando com ele sob condições normais, Ação sobre os metais: este produto não ataca
o perigo de inflamação ou explosão é muito nenhum metal utilizado nos sistemas de refrige-
pouco provável. Contudo, na hora de abrir um ração.
compressor carregado com este tipo de refri-
gerante devem ser tomadas as precauções Vazamentos: é evidente que sua falta de odor
necessárias. ou cheiro deve ser considerada como um incon-
veniente. Por este motivo, geralmente, é coloca-
Ação sobre os metais: não ataca aos metais, do um produto com cheiro agradável na hora de
porém quando contém água, sua reação so- carregar o sistema com o cloreto de metila. O
bre o cobre e o latão é muito corrosiva. Isto método mais utilizado para localizar o vazamen-
não acontece com o ferro e o aço. to é a espuma de água com sabão.
Lembre-se que a possibilidade de conter
água é sempre possível, por isso, as válvulas Ação sobre o lubrificante: o ataque deste pro-
e as tubulações não devem ser de cobre ou duto sobre os óleos é grande. Nas grandes ins-
latão. talações frigoríficas o seu uso não é aconselha-
do. O único tipo de óleo que este refrigerante não
Vazamentos: o melhor sistema para locali- ataca é o de origem mineral.
zar um vazamento de amoníaco é cheirar ou
então, utilizar uma vareta de vidro molhada
com ácido clorídrico passada na área aonde Refrigerante 12
acredita-se que se encontra o vazamento do
amoníaco. Ele produz uma fumaça branca. Ele é conhecido por seu nome diclorofluorme-
tano, ele não tem cheiro nem cor. Pode ser con-
Ação sobre o lubrificante: o amoníaco não siderado como um refrigerante inofensivo e reci-
modifica os óleos utilizados no refrigerante. clável.
Seu inconveniente é o baixo ponto de vaporiza-
ção. Isto representa que a quantidade necessá-
Cloreto de metila ria no interior do sistema ou volume de líquido,
deve ser superior com relação ao amoníaco. Com
É um refrigerante fabricado com a finalidade outras palavras, o sistema de refrigeração com
de ter uma grande potência frigorífica, similar Freon 12 é muito mais cara que o seu equivalen-
a do amoníaco, porém sem o cheiro tão forte. te de amoníaco.
Pode-se dizer que ele não tem cheiro e em
quantidade superior a 10% é prejudicial para
a saúde. Seus sintomas são mal estar geral,
como se fosse o início de uma gripe. Em gran-
des concentrações, podem ocorrer desmaios.
Não deve ter umidade, pois a presença de
água pode obstruir as válvulas por formação
de gelo.
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
a testes e se tenha certeza de que a válvula é mente as laterais do cilindro. Se contém fluido
completamente hermética. Para os trabalhos de refrigerante, ao chegar ao nível, se notará uma
carga a domicílio são muito práticos os cilindros mudança de som nos golpes. A válvula de saída
especiais de 2 kg, equipados com uma válvula merece um especial cuidado, principalmente o
de serviço munida de uma porca de conexão de invólucro que garante a hermeticidade.
1/8". Este tipo de cilindro não tem válvula de
segurança. Se deve evitar utilizar um cilindro que
tenha contido um determinado refrigerante e car- CÓDIGO DE CORES PARA OS RECI-
regar com outro diferente. PIENTES DE REFRIGERANTE
Os cilindros para refrigerantes devem ser ma-
nipulados com todo cuidado, não devendo ser
golpeados contra o chão nem entre si. Jamais R 11: cor laranja
deverão ser transportados em veículos públicos R 12: cor branca
de passageiros, também não deverão ser expos-
tos aos raios solares diretos durante um tempo R 22: cor verde
prolongado, pois o calor aumenta a pressão e R 502: cor roxa
esta pode ser perigosa.
Para determinar se um cilindro contém refrige- R 717: cor vermelha
rante ou está vazio, o sistema mais simples é R 134a: cor prateada
sacudi-lo com a finalidade de sentir o movimen-
to do líquido. Também pode golpear-se suave-
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REFRIGERANTES ALTERNATIVOS
Refrigeração Comercial de Temperatura Média e Baixa
Substituições a Longo Prazo.
R-507 AZ-50 Quimobásicos R-502 e Azeotrópico Polioléster Equip. Novo e Quase igual
(125/143a) Hoechst (b) HCFC-22 Adequações de ao R-502
Solvay (b) equip. instalado
R-404A 404A Quimobásicos R-502 e Mistura Polioléster Equip. Novo e Quase igual
(125/143a/134a) HP62 DuPont HCFC-22 (Pouco muda o Adequações de ao R-502
FX-70 Elf Atochem ponto de ebulição) equip. instalado
R-407A 61 ICI R-502 e Mistura (Muda Polioléster Equip. Novo e Eficiência menor
(32/125/134a) HCFC-22 bastante o Adequações de que o R-502
ponto de ebulição) equip. instalado
R-403A 69S Rhone Poulenc R-502 e Mistura (Pouco Alkil-benceno Adequações de Temperatura de
(22/218/290) (NRI) HCFC-22 muda o ponto ou Polioléster equip. instalado descarga maior
de ebulição) que o R-502
R-408A FX-10 Elf Atochem R-502 e Mistura (Pouco Alkil-benceno Adequações de Temperatura de
(125/143a/22) HCFC-22 muda o ponto ou Polioléster equip. instalado descarga maior
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R-134a HFC-134a Quimobásicos CFC-12 Fluido Puro Polioléster Equip. Novo e Quase igual ao
(22/125/290) DuPont Adequações de CFC-12
Elf Atochem equip. instalado
ICI
R-401A MP39 Quimobásicos CFC-12 Mistura (Muda Alkil-benceno Adequações de Próx. ao CFC-12
(22/152a/124) DuPont consideravelmente ou Polioléster equip. instalado Usa-se em
ponto de ebulição) Temp. de Evap.
Maior a -10º F
R-401B(b) MP66 Quimobásicos CFC-12 Mistura (Muda Alkil-benceno Adequação de Próx. ao CFC-12
(22/152a/124) DuPont consideravelmente ou Polioléster Sistemas de Usa-se em
ponto de ebulição) Refrigeração de Temp. de Evap.
Transporte Menor a -10º F
Refrigerado
R-405A Green Cool GU CFC-12 Mistura (Muda Alkil-benceno Adequações de Maior Capacidade
(22/152a/ 2015 consideravelmente ou Polioléster equip. instalado que o CFC-12
142b/318) ponto de ebulição) Similar ao MP66
R-406A GHG Peoples Welding CFC-12 Mistura (Muda Óleo Mineral Adequações de Pode segregar
(22/142b/600a) Supply consideravelmente equip. instalado componentes
(MonroeAir-Tech) ponto de ebulição) inflamáveis.
R-409A R-409A Quimobásicos CFC-12 Mistura (Muda Alkil-benceno Adequações de Capacidade mais
(22/124/142b) FX-56 Elf Atochem consideravelmente equip. instalado alta que o CFC-12
ponto de ebulição) similar o MP66
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R-134a HFC-134a Quimobásicos CFC-12 Fluido Puro Polioléster Equip. Novo e Quase igual ao
DuPont Adequações de CFC-12
Elf Atochem equip. instalado
ICI
R-134a HFC-134a Quimobásicos HCFC-22 Fluido Puro Polioléster Equipam. Novo Capacidade
DuPont inferior equip.
Elf Atochem Maior é
ICI necessário
R-410A AZ-20 Quimobásicos HCFC-22 Mistura Polioléster Equip. Novo Eficiência mais
(32/125) Azeotrópica alta que o
HCFC-22 e
R-410B pode
requerer o
redimensionam.
do equipamento
R-410B 9100 DuPont HCFC-22 Mistura Polioléster Equip. Novo Eficiência mais
(32/125) Azeotrópica alta que o
HCFC-22
pode requerer o
redimensionam.
do equipamento
R-407C 407C Quimobásicos HCFC-22 Mistura (Muda Polioléster Equip. Novo e Eficiência menor
(32/125/134a) 9000 DuPont consideravelmente Adequação de que o HCFC-22
66 ICI ponto de ebulição) equip. com
capacidades
similares
LIMITE DE RESPONSABILIDADE:
Todas as ponderações, informações e dados, fornecidos aqui supõem-se precisos e confiáveis, e são apresentados
de boa fé. Todas as ponderações, ou sugestões relacionadas com o possível uso de nossos produtos estão feitos
sem a representação ou garantia, tanto que qualquer uso está livre de usurpação de patente, e não são recomen-
dações para usurpar nenhuma patente. O usuário não deverá assumir que todas as medidas de segurança estão
indicadas, ou que outras medidas não possam ser necessárias.
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Os tubos capilares dimensionados para o R502 zer a carga com os blend´s (misturas) R404A,
podem ser utilizados como uma escolha prelimi- R408A, R402A e R402B, pois como são não-aze-
nar, mas são necessários testes no sistema para otrópicos, estes refrigerantes somente mantém
determinar sua escolha final. sua proporção na mistura dentro de um recipien-
te, quando estão na fase líquida.
Se a opção é pelo uso de uma válvula de ex-
pansão, esta poderá ser a mesma utilizada para Portanto, a carga deve ser feita na fase líquida,
o R502, mas o mercado já possui válvulas espe- tomando cuidado para que o refrigerante não seja
cíficas para a maioria dos refrigerantes alterna- admitido diretamente pelo mecanismo de bom-
tivos. beamento do compressor.
Geralmente ao utilizar qualquer destes refrige- Este artigo tem caráter orientativo, pois o me-
rantes alternativos a carga de refrigerante pode- lhor caminho para substituição de um refrigeran-
rá ser reduzida de 5 a 20% quando se compara te é conhecer muito bem as características de
com a carga de R502. funcionamento do equipamento original e seguir
as determinações do fabricante do sistema que
Cuidados especiais devem ser tomados ao fa- está sendo modificado e de seus componentes.
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CONVERSÃO DE TEMPERATURAS
= ºC · 1,8 + 32
Exemplo: 2ºC ºF ?
ºF = 2 · 1,8 + 32
ºF = 3,6 + 32
ºF = 35,6
ºF ºC ?
ºC = ºF – 32
1,8
Exemplo: 72ºF ºC ?
ºC = 72 – 32
1,8
ºC = 40
1,8
ºC = 22,2
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Emprego: a temperatura a ser convertida encontra-se na coluna central e a conversão é indicada nas colunas da
direita ou da esquerda, segundo se deseja determinar ºF ou ºC.
Exemplo:
Se desejamos saber a conversão de 20º Cº. a ºF, devemos achar este nº na Coluna Central e observar
a coluna da direita que indicará a conversão, o valor em ºF, neste caso 68º Fº.
Se desejamos saber a conversão de 86º Fº a ºC, devemos achar este nº na Coluna Central e observar
a coluna da esquerda que indicará a conversão, o valor em ºC, neste caso 30º Cº.
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