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SEMINÁRIO DE VIROLOGIA

Vírus da Imunodeficiência Humana


(HIV) e Influenza Vírus

Discentes: Camili Gomes


Diandra Silveira
Silvia Fontes
Taynná Goltara
Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV)
➢ Vírus que ataca o SI
➢ Agente infeccioso da AIDS
➢ Infecção crônica
CLASSIFICAÇÃO
➢ Família Retroviridae
➢ Subfamília Orthoretrovirinae
➢ Gênero Lentivirus

➢ Tipos:
• HIV-1

• HIV-2
MORFOLOGIA
➢ Vírus envelopado
➢ RNAfs positiva
➢ Principais proteínas
• Estruturais:
- gp 120
- gp 41
- P17
• Não estruturais:
- p66/51 (Transcriptase reversa)
- p32 (Integrase)
- p11 (Protease)
BIOSSÍNTESE VIRAL

Penetração

Adsorção Descapsidação

Biossíntese
Liberação
Viral

Maturação
Diagnóstico
➢ Existem vários tipos de testes para diagnóstico do HIV
● ELISA: Teste de rastreio que faz o diagnóstico do HIV através da detecção
dos marcadores biológicos
➢ Testes de rastreio podem gerar resultados falso positivos.

➢ Confirmação por testes complementares, como: Western blot


(WB), Imunoblot (IB), Imunofluorescência indireta (IFI),
Testes moleculares.

● WB - presença de bandas em pelo menos 2 das seguintes


proteínas: p24; gp41; gp120/gp160
➢ Testes rápidos:

● realização em 30 min

● podem ser realizados na consulta

● imunocromatografia de fluxo lateral: > 99,5%

● imunocromatografia de dupla migração (DPP): > 99%


PREVENÇÃO

➢ Uso de preservativo durante as relações sexuais


➢ A utilização de seringas e agulhas descartáveis
➢ Uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais
➢ Tratamento como prevenção de transmissão do vírus
➢ PrEP
➢ PEP

www.expressoplanalto.com.br/single-post/2017/12/01/EXPRESSO-PLANALTO-ABRE-A-CAMPANHA-DE-PREVENÇÃO-CONTRA-O-HIVAIDS
Tratamento

➢ Antirretrovirais:
● impedir a multiplicação do vírus no organismo
● ajudar a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico
➢ Tratamento tardio pode haver síndrome inflamatória de reconstituição
imune (SIR).
➢ Necessária utilização de pelo menos três antirretrovirais combinados
➢ Classes de antirretrovirais:
1 - Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa:
Abacavir e Tenofovir
2 - Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa:
Efavirenz e Etravirina

3 - Inibidores de Protease: Atazanavir e Darunavir

4 - Inibidores de fusão: Enfuvirtida

5 - Inibidores da Integrase: Dolutegravir e Raltegravir

6 - Inibidores de Entrada: Maraviroc


Epidemiologia
➢ Total de casos de 2007 a 2017 no Brasil: 194.217
➢ Casos por região:
● Sudeste: 96.439 (49,7%)
● Sul: 40.275 (20,7%)
● Nordeste: 30.297 (15,6%)
● Norte: 14.275 (7,4%)
● Centro-Oeste: 12.931 (6,7%)
➢ Casos de HIV em gestantes
VÍRUS INFLUENZA
➢ Causador da gripe (influenza);

➢ Sofre variações antigênicas frequentes e imprevisíveis,


colocando a gripe em posição de destaque entre as
doenças emergentes;
CLASSIFICAÇÃO
➢ Família Orthomyxoviridae
➢ São classificados de acordo com a diferenças antigênicas
de 2 proteínas internas, NP e M, em:

➢ Apenas os vírus A e B causam doença com impacto


significativo na saúde humana;
➢ Os vírus influenza A apresentam maior variabilidade e
portanto são divididos em subtipos de acordo com as
diferenças de suas glicoproteínas de superfície, HA e NA.

Ex: H5N1 (gripe aviária)

H1N1 (gripe suína)

➢ A influenza do tipo B é dividido em duas linhagens: Victoria


e Yamagata;
MORFOLOGIA
➢ Vírus RNAfs negativa;

➢ O genoma de RNA dos vírus de Influenza é constituído por


oito segmentos (sete segmentos no caso de Influenza C).
➢ Capsídeo de forma helicoidal;

➢ Possui envelope;

➢ No envelope tem a presença de 2 proteínas especiais:


● Hemaglutinina (espícula HA)
● Neuraminidase (espícula NA)
➢ Além da HA e NA, as partículas virais do
influenza contém outras proteínas:
● Nucleoproteína (NP)
● PB1, PB2 E PA
● Proteína de Matriz (M)
BIOSSÍNTESE VIRAL
➢ Adsorção
Ligação da HA a estruturas siálicas específicas da superfície
celular;

➢ Penetração
É realizada pelo processo de endocitose, a célula vai englobar a
partícula viral pela membrana plasmática;

➢ Desnudamento
Fusão entre o envelope viral e a membrana da célula, com isso
os nucleocapsídeos são liberados no citoplasma da célula;
➢ Transcrição e tradução
Síntese de RNAm que vão ser traduzidos no citoplasma, para
a produção de proteínas que vão compor os capsídeos dos
novos vírus;

➢ Replicação
Produção de novas moléculas de RNA viral;

➢ Maturação
O vírus amadurece por brotamento a partir da superfície da
célula;
DIAGNÓSTICO
PREVENÇÃO
➢ Vacinação
● Vacina de vírus inativado;
● Trivalente ou quadrivalente;
● Contém mistura de extratos de proteínas (HA e NA) purificadas de
diferentes cepas do vírus Influenza definidas ano a ano conforme
orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS);
● As vacinas são preparadas a partir de vírus desenvolvidos em ovos
embrionados de galinha e, então, quimicamente inativados pela
formalina.
➢ Em 2018, ficou decidido que a vacina trivalente deve conter:
● um vírus similar ao vírus influenza A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09;
● um vírus similar ao vírus influenza A/Singapore/INFIMH-16-0019/2016
(H3N2);
● um vírus similar ao vírus influenza B/Phuket/3073/2013.
TRATAMENTO
➢ Medicamentos antivirais
● Amantadina e o seu análogo rimantadina inibem a etapa de perda
do revestimento do vírus influenza A, mas não afetam os vírus
influenza B. O alvo para a sua ação é a proteína M2.
● O zanamivir e o oseltamivir inibem tanto o influenza A quanto o B
como inibidores da neuraminidase.
➢ Esses medicamentos são eficazes para tratamento durante as
primeiras 24 a 48 horas após o início da doença pelo influenza.
EPIDEMIOLOGIA
➢ Os vírus influenza são únicos na habilidade de causar epidemias anuais
recorrentes.
● Devido à sua alta variabilidade e capacidade de adaptação;
● A natureza fragmentada do material genético do vírus influenza induz
altas taxas de mutação durante a fase de replicação, em especial da
hemaglutinina e neuraminidase, as duas glicoproteínas de superfície do
vírus;
● Soma-se a isto a facilidade de transmissão do influenza;
● Epidemias de influenza de gravidade variável têm ocorrido de maneira
sistemática a cada 1 a 3 anos, predominantemente no inverno.
➢ O impacto das epidemias de influenza é reflexo da interação entre a
variação antigênica viral, o nível de proteção da população para as
cepas circulantes e o grau de virulência dos vírus;
➢ Os vírus influenza estão sujeitos a dois tipos de variações antigênicas:
as menores (antigenic drift) ou as variações maiores (antigenic shift)
● Variações antigênicas menores: se devem a mutações pontuais nos
segmentos do genoma viral;
● Variações antigênicas maiores: ocorre devido ao rearranjo entre os
fragmentos gênicos de vírus de origens distintas durante a infecção
simultânea de duas partículas virais numa mesma célula.
EPIDEMIOLOGIA
HIV X INFLUENZA
Presença de HIV pode inibir sintomas de
H1N1 no organismo?
➢ Pacientes portadores de HIV apresentaram leves sintomas de H1N1;
● SI apresenta uma resposta imune que restringe a multiplicação do
vírus influenza H1N1;
➢ Pacientes com câncer e transplantados eram afetados de forma mais
grave pelo H1N1;
➢ Portadores de HIV tem um aumento na produção de uma proteína
que bloqueia a multiplicação de H1N1;
“O HIV consegue sobrepujar a reação do organismo e manter a sua
replicação. Mas observamos que a resposta imune inata, que é
cronicamente mantida contra o vírus da Aids, pode prevenir contra
uma outra infecção”

“Ao infectar os macrófagos, o Influenza pode induzir uma reação


exagerada do sistema imune, que é danosa para o organismo. Mas nas
células já infectadas pelo HIV, a capacidade de o vírus da gripe
induzir a resposta pró-inflamatória é reduzida”
➢ HIV e H1N1 podem “conviver” no aparelho respiratório;

➢ Partículas do HIV e subprodutos atingem a superfície do epitélio


pulmonar, onde ocorre a multiplicação dos vírus da gripe;

➢ Contato da proteína gp120 com células infectadas por H1N1 é


capaz de bloquear o ciclo de replicação do H1N1;

➢ Infecção simultânea pelos dois patógenos reduz a liberação de


substâncias envolvidas na resposta inflamatória exacerbada;
Obrigada!

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