Você está na página 1de 63

Centro Universitário Estadual da Zona Oeste - UEZO

Unidade de Farmácia
Disciplina: Farmacognosia

Vias biossintéticas do
acetato-mevalonato

e do

Fosfato de metileritritol
1
Glicólise
2

Fotossíntese

Eritrose 4-P
glicose 6-P

gliceraldeído 3-P
Fenilalanina

Tirosina
ácido 3-
fosfoglicérico
Ácido
chiquímico
fosfoenolpiruvato Triptofano

ácido pirúvico
5-fosfato de
1-desoxixilulose

Malonil- Acetil-CoA
CoA Ácido mevalônico
Unidade isoprênica → Origem!!!

Ácido
Acetil-CoA mevalônico

unidade
isoprênica
C5

fosfato de fosfato de
desoxixilulose metileritritol

3
Origem Biossintética do acetato-mevalonato
Reação aldólica estereoespecífica;
Reação de hidrólise da ligação acetil-enzima
Claisen

acetoacetil-CoA

acetil-CoA
HMG-CoA
redutase
redução de aldeído Redução do tioéster
ao álcool

Ácido meváldico
Ácido mevalônico

Fosforilação sequencial
do álcool primário
ao difosfato Isomerização alílica estereoespecífica;
equilíbrio favorece DMAPP

Eliminação - o ATP facilita a descarboxilação;


a fosforilação antecipada pirofosfato de pirofosfato de
do álcool terciário gerando um isopentenila dimetilalila
melhor grupo de saída (IPP) (DMAPP)
não é aparentemente mostrada
4
Pirofosfato de isopentenila Pirofosfato de dimetilalila
(DMAPP)

Reação SN1

ressonância-estabilização do cátion alílico

5
Formação dos Vários Tipos de Terpenóides

(DMAPP)

6
Precursores dos Terpenos

7
8
Combinação de unidades isoprênicas

geraniol

farnesol

geranilgeraniol

esqualeno

fitoeno

mentol bisaboleno taxadieno

9
Hemiterpenos

isopreno

Monoterpenos

perda
estereoespecífica
de próton

pirofosfato de geranila
(GPP)
10
Monoterpenos

pirofosfato de pirofosfato de pirofosfato de


geranila linalila nerila
(GPP) (LPP) (NPP)

ressonância-estabilização ressonância-estabilização
do cátion alilico (cátion geranila) do cátion alilico (cátion nerila)

11
Monoterpenos

tipo pinano tipo canfano/bornano tipo fenchano


tipo mentano

tipo isocanfano
tipo carano tipo tujano

MONOCÍCLICOS BICÍCLICOS

12
Monoterpenos

mirceno α-pineno
ocimeno β-pineno

O
O OH

limoneno
mentol

carvona óxido de
limoneno 13
Sesquiterpenos

eudesmano

elemano
guaiano

Farnesano

ciclofarnesano cedrano

14
Formação de Substâncias Sesquiterpênicas

pirofosfato de geranila

cátion alílico
Adição eletrofílica formando
o cátion terciário

Perda estereoespecífica
de próton

pirofosfato de farnesila
15
(FPP)
16
Óleos Voláteis
Definição: São misturas complexas de substâncias voláteis,
lipofílicas, geralmente odoríferas e líquidas. Também são
conhecidos como óleos essenciais ou essências ou óleos
etéreos.

Características:
• Diferem dos óleos fixos pelo sua volatilidade.
• Em água, apresentam solubilidade limitada, mas o suficiente
para aromatizar soluções aquosas, chamadas de hidrolatos.
• O sabor é geralmente acre (ácido) ou picante.
• Em extrações recentes, são normalmente incolores ou
ligeiramente amarelados.
• Em geral não são muito estáveis, principalmente em
presença de luz, umidade, ar, calor e metais.
• A maioria dos óleos voláteis possui índice de refração e são
opticamente ativos. 17
Óleos Voláteis
Localização no vegetal:
A localização depende da família. Podem ser
encontrados em estruturas secretoras especializadas, tais
como: pêlos glandulares (Lamiaceae), células parenquimáticas
diferenciadas (Lauraceae), canais oleíferos (Apiaceae). Podem
ser estocados em certos órgãos como flores ou folhas, ou
ainda em cascas dos caules, madeiras, raízes, frutos ou
sementes.

Composição Química:
Quimicamente, a grande maioria dos óleos voláteis é
constituída de duas amplas classes de produtos naturais,
baseado em sua origem biossintética: os derivados aromáticos
fenilpropanoídicos (via do ácido chiquímico); os derivados
terpenoides (via do ácido acético), em sua maioria mono e
18
sesquiterpenos.
Óleos Voláteis
Métodos de obtenção:
Os métodos de obtenção variam conforme a localização
do óleo volátil na planta e utilização do mesmo. Os métodos
mais comuns são a hidrodestilação, a prensagem, a extração
com solventes orgânicos e a enfleurage.

19
Drogas Vegetais Clássicas

Usos Medicinais:

É importante não confundir a atividade farmacológica de uma


droga rica em óleos vegetais com as atividades farmacológicas do óleo
isolado desta mesma planta.

As drogas que possuem óleos voláteis e os óleos separados são


muito comumente utilizados como flavorizantes. No entanto, algumas
propriedades farmacológicas estão relativamente bem estabelecidas, tais
como ação carminativa (funcho, erva-doce, camomila, menta); ação
antiespasmódica (camomila, erva-doce, funcho, sálvia); ação
cardiovascular (óleos contendo cânfora); ação secretolítica (eucalipto,
anis-estrelado); ação anestésica local (cravo-da-índia); ação
antiinflamatória (óleos contendo azuleno, como a camomila); ação anti-
séptica (óleos contendo citral, geraniole timol).

20
Óleos de Importância Farmacológica:
Óleo de Eucalipto: Óleo obtido pela destilação das folhas de Eucalyptus globulus Labille de
outras espécies do gênero. A F. Bras. IV estabelece um teor mínimo de óleo volátil de 0,8%, com
teor de o cineol acima de 70% e acima de 5% para o α-pineno. Possui propriedades anti-sépticas
e expectorantes, sendo utilizado na preparação de xaropes anti-tussígenos.
Óleo de Hortelã-Pimenta (Menta): Óleo essencial obtido das folhas de Mentha piperita L., um
híbrido originário do cruzamento de diversas espécies do gênero Mentha. O óleo obtido da droga
vegetal é empregado principalmente como flavorizante nas indústrias de goma de mascar, em
produtos de higiene bucal e em preparações farmacêuticas para tratamento de problemas
respiratórios e gastrintestinais. O óleo apresenta ação antimicrobiana e espasmolítica. A maioria
das farmacopéias preconiza um teor de mentol entre 30 e 55%, de mentona entre 14 e 32% e
valores de teores limites para a pugelona e mentofurano.
Óleo de Citronela: Óleo essencial obtido das espécies Cymbopogon winterianus e C. nardus.
Deve conter cerca de 5-55% de (+)-citronelol e 25-40% de geraniol. É bastante utilizado na
indústria de perfumaria e também como repelente de insetos, como por exemplo em velas e
loções.
Óleo de Pinho: Este óleo é obtido das folhas da espécie Pinus palustris e de outras espécies do
mesmo gênero. Possui cerca de 65% de α-terpineol, 10% de chavicol de metila e ésteres
relacionados, 9% de borneol, 8% de fenchol e 4% de mentol. É conhecido por suas propriedades
desinfetante e desodorante.
Óleo de Funcho: Este óleo é obtido dos frutos da espécie Foeniculum vulgare Miller ssp.
vulgare var. vulgare e Foeniculum vulgare Miller ssp. vulgare var. dulce (Miller) Thellung.
Preparações farmacêuticas contendo funcho possuem indicações como carminativo,
antiespasmódico e expectorante. No entanto, seu óleo é utilizado especialmente como
aromatizante, uma vez que possui problemas de toxidez. A EP preconiza teores mínimos 21 de
anetol e fenchona de 60 e 15%, respectivamente para a variedade amarga.
Camomila

Atualmente dois tipos de camomila são empregadas na terapêutica: a


camomila romana, cuja espécie é conhecida por Chamaemelum nobile e a
camomila alemã, cuja espécie é Matricaria chamomilla. As duas espécies
são utilizadas na forma de chás para auxiliar no processo de digestão, mas
somente a M. chamomilla possui propriedades antiinflamatórias e
espasmolíticas.

Chamazuleno

Ambas produzem óleos essenciais ricos em substâncias


sesquiterpenoídicas. O óleo da camomila alemã possui coloração azul
escura pela presença do camazuleno, um produto oriundo da
22
decomposição térmica da matricina.
23
Diterpenos

OPP

Pirofosfato de geranilgeranila Abietano

24
Diterpenos de Crotonhirtus (Euphorbiaceae)

25
Ginkgo biloba
O G. biloba é uma espécie primitiva, sendo a única
representante da família Ginkgoaceae. Ela produz uma série de
princípios ativos responsáveis pelas suas atividades farmacológicas.
Dentre os produtos de biossíntese estão as substâncias
terpenoídicas–os diterpenos- conhecidas como ginkgolídeos A, B e C.

26
Taxus brevifolia
O nome taxol foi dado a um éster diterpênico com propriedade
antitumoral, isolado pela primeira vez em 1971, das cascas da espécie
conhecida como Taxus brevifolia.

Esta substância é sintetizada pela planta em pequenas


quantidades, sendo produzida em laboratório através de semi-síntese,
partindo de produtos menos elaborados. Esta substância é conhecida
pelo nome genérico de paclitaxel.

27
Triterpenos, Esteroides,
Saponinas e Heterosídeos
Cardioativos

28
Triterpenos

esqualeno

ciclizações

oxidoesqualeno cátion protosteríleo


animais plantas
fungos

cicloartanol
lanosterol
Triterpenos

oxidoesqualeno

cátion protosteríleo
Esteroides
Substâncias naturais com ampla distribuição na natureza.

Diversidade de aplicações terapêuticas:


cardiotônicos;
precursores da vitamina D;
anticoncepcionais orais;
agentes antiinflamatórios;
agentes anabolizantes;

Nomenclatura: esteroide é qualquer substância que contenha um


núcleo de ciclopentanoperidrofenantreno. 21
H3C
22
18
20 24
12
CH3 26
17 23 CH3
11
19 13 25
CH3 C D 16
1 H3C
9 14 27
2 15
10 8
A B
3
5 7
HO 4 6
colesterol
Exemplos de estruturas de esteróides
terapeuticamente ativos
Esteroides
Saponinas
Definição:
Saponinas são glicosídeos de esteróides ou de terpenos
policíclicos. Por possuir uma parte lipofílica e outra
hidrofílica, possuem a propriedade de reduzir a tensão
superficial da água, apresentando ações detergente e
emulsificantes.
Características Gerais:

• Por suas propriedades emulsificantes, plantas que contêm


saponinas são usadas em muitas partes do mundo, como por
exemplo a Saponaria officinalis na Europa e a Quillaja
saponaria na América do Sul.

• São substâncias de elevado peso molecular (600 a 2000).

• A cadeia de açúcar pode se apresentar linear ou ramificada.

• Ocorrem em misturas complexas, e em geral o isolamento e a


elucidação das substâncias apresentam algumas dificuldades.

• Elevada solubilidade em água.


Características Gerais...

• Em solução aquosa formam uma espuma persistente e


abundante, que é estável à ação de ácidos minerais diluídos.

• Os heterosídeos são hidrolisados por ácidos diluídos para


gerar uma aglicona (sapogenina) e açúcares e ácidos
urônicos relacionados.

• A ligação com o resíduo de açúcar ocorre na posição C-3.

• Em função de sua propriedades físico-químicas, apresentam


ação hemolítica (sobre as membranas das células vermelhas
do sangue) quando injetadas na corrente sanguínea, sendo
consideradas altamente tóxicas.

• Capacidade de complexação com esteróides.


Emprego Farmacêutico
✓ Medicamentos de núcleo esteroidal como a cortisona e seus
derivados, hormônios sexuais, incluindo os contraceptivos orais
e os diuréticos esteroidais são exemplos de alguns importantes
derivados de origem natural. Hecogenina é utilizado como
substrato para a síntese de corticóides, enquanto a diosgenina
é utilizada na síntese de contraceptivos orais e hormônios
sexuais.

✓ As saponinas são componentes importantes para a ação de


muitas drogas vegetais, destacando-se aquelas
tradicionalmente usadas como expectorantes e diuréticas. No
entanto, esses mecanismos de ação não foram totalmente
esclarecidos.
✓ Utilização como adjuvantes farmacêuticos para aumentar a
absorção de outros medicamentos através da solubilidade ou
interferência nos mecanismos de absorção.

✓ Adjuvante para aumentar a resposta imunológica.


Propriedades Biológicas

→Ação sobre membranas celulares, alterando sua


permeabilidade ou causando sua destruição. Para algumas
saponinas foram relatadas ação espermicida, moluscicida e
anti-helmíntica.

→ A complexação com o colesterol levaria a uma ação


hipocolesterolemiante, que poderia ser explicada através do
aumento da excreção do colesterol, ou ainda, através do
aumento da eliminação fecal de ácidos biliares.
Saponinas – Origem Biossintética
De acordo com a estrutura da aglicona (ou sapogenina):

→Saponinas esteroidais (terpenoides tetracíclicos)

→Saponinas triterpênicas pentacíclicas

Esqueleto de triterpenos pentacíclicos Esqueleto esteroidal


Saponinas Triterpênicas
As saponinas triterpênicas encontradas na natureza em maior
abundância possuem 30 átomos de carbono e núcleo triterpênico.

Biossíntese de Saponinas Triterpênicas


Saponinas Triterpênicas

Os triterpenos pentacíclicos podem ser divididos em três


grupos principais:

→β-amirina ou oleananos (2 metilas em C-20);

→α-amirinas ou ursanos(1 metila em C-20 e 1 em C-19);

→Lupeol (anel E com 5C).


Saponinas Triterpênicas
Grupos de Saponinas Triterpênicas
Drogas Vegetais Produtoras de Saponinas
Ginseng (Panax ginseng C.A. Meyer)

Parte utilizada: rizomas e raízes dessecadas


Indicações Terapêuticas: estimulante, reconstituinte, geradora de
vitalidade.
Constituintes Químicos: saponinas triterpênicas tetra e pentacíclicas,
cujo teor nas raízes variam de 0,5 a 3%.
Drogas Vegetais Produtoras de Saponinas

Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra L.)

Parte utilizada: raízes e rizomas


Indicações Terapêuticas: tratamento de doenças alérgicas, distúrbios
inflamatórios e úlceras gástricas. Produz efeito mineralocorticóide, o que
eleva a pressão sangüínea (efeito adverso).

Constituíntes Químicos: As saponinas


triterpênicas são consideradas os principais
componentes químicos, apresentando teor
variável de 2 a 15 %. A saponina
predominate é a glicirrizina (ácido
glicirrízico), que apresenta sabor 50 vezes
mais doce que a sacarose. O ácido
glicirrético, produto da hidrólise do
heterosídeo, não possui sabor doce.

R= β-D-ácidoglicurônico-(2-1)-β-D-ácidoglicurônico
Centela Asiática
Centella asiatica (L.) Urban

Parte utilizada: toda a planta


Indicações Terapêuticas: tratamento de feridas e lesões cutâneas
adversas, sendo utilizada em preparações magistrais e em cosméticos
como cicatrizantes.
Constituintes Químicos: As propriedades farmacológicas são
atribuídas aos triterpenos e saponinas, destacando-se o asiaticosídeo.

R = −β-glicose-(6-1)-glicose-(4-1)-α-L-ramnose
Quilaia (Quillaja saponaria Molina)

Parte utilizada: cascas

Uso Industrial: estabilizante de


suspensões na indústria farmacêutica e
agente espumante na indústria
alimentícia

Constituintes Químicos: as saponinas


são as principais responsáveis pela
atividade farmacológica. A saponina
QS-21 tem sido intensamente estudada
quanto à atividade imunoestimulantee
potencial utilização como adjuvante em
vacinas.
Heterosídeos Cardioativos

Um número considerável de plantas distribuídas no


Reino Vegetal contêm glicosídeos esteroidais contendo
C-23 ou C-24. Esses esteroides são caracterizados pela
sua alta especificidade e poderosa ação que exercem
sobre o músculo cardíaco, e por isso receberam o nome
de glicosídeos cardíacos ou cardioativos.
Esses esteroides ocorrem como glicosídeos, com
açúcares ligados na posição 3 do núcleo esteroidal.
Estrutura Química

Anel
lactônico

1-4 unidades de oses ligadas por


β 1-4 em C3.
Núcleo
esteroidal

Resíduo de
açúcar

Digoxina
48
Estrutura Química
• Aneis lactônicos de 5 membros são denominados cardenolidos.
• Aneis com 6 membros são denominados bufadienolidos

Cardenolido Bufadienolido

Resumo
2 tipos de geninas, conforme ligante em C 17β (α é inativo):
• cardenolido (C23): anel lactônico com 5 membros (α, β insaturado)
• bufadienolido (C24): anel lactônico com 6 membros (duplamente insaturado) 49
Bufadienolido
Derivados do tipo bufadienolido estão
presentes nas glândulas parótidas do
sapo do gênero Bufo.

50
Reações de caracterização
Caracterização das geninas:

• identificação do núcleo esteroidal (Liebermann- Burchard);

• identificação do anel lactona (Kedde, Legal, Baljet): Para núcleo


lactônico em cardenolidos:
Cardenolido + ácido 3,5 dinitrobenzóico + NaOH em EtOH

Vermelho ao Púrpura → Positivo

Reações de fluorescência ao ultravioleta (Pesez)

Cromatografia - CCD.
51
Reações de caracterização

Caracterização dos açúcares:

→ Reação de Keller – Killiani


Para 2,6 didesoxioses - digitoxose

→ Reação do Xantidrol
Para 2 - desoxioses

52
Drogas Vegetais Clássicas

Digitalis ou dedaleira
As principais drogas vegetais produtoras de heterosídeos cardioativos são
derivadas do gênero Digitalis: D. purpurea (digitoxina) e a D. lanata
(digitoxina e digoxina). Essas duas espécies produzem mais de 90% do
total de heterosídeos cardioativos, que são obtidos exclusivamente de
fontes naturais.

Nome científico: D. purpurea L.


Nome vulgar: dedaleira, erva-dedo, abeloura, etc...
Nome científico: D. lanata Ehrh.
Nome vulgar: digital-de-flor-amarela
Família: Scrophulariaceae
Droga vegetal: folhas dessecadas
Constituintes Químicos: Os principais heterosídeos
encontrados nestas espécies são a digitoxina, digoxina,
gitoxina e gitaloxina. A concentração dessas substâncias pode
variar de acordo com a fonte e as condições de crescimento.
Digitalis purpurea L.

• Química
digitoxigenina gitoxigenina

gitaloxigenina

R=3Dx + 1Glu R=3Dx + 1Glu


Purpureaglicosídio A Purpureaglicosídio B

55

55
Digitalis lanata L.
• Química
digitoxigenina gitoxigenina

gitaloxigenina

R= 2Dx + 1AcetilDx + 1Glu R= 2Dx + 1AcetilDx + 1Glu R= 2Dx + 1AcetilDx + 1Glu


Lanatosídio A Lanatosídio B Lanatosídio C

Diginalidase Diginalidase

R= 2Dx + 1AcetilDx R= 2Dx + 1AcetilDx R= 3Dx


Acetildigitoxina Lanatosídio B Digoxina 56
Cila
• Nome científico: Urginea maritima (Linné) Baker

• Parte usada: Escamas do bulbo.

• Sinonímia vulgar: Abana branca; Cebola de Albanã;

Cebola marítima.

• Sinonímia científica: Squilla insular Jor. e Four.; Squilla maritima Steinh.;


Squilla numidica Jord. e Four.; Urginea Scilla Steinh.; Scilla anthericoides
Willd.; Scilla lanceolata Viv.; Scilla maritima L.; Scilla pancration NYN.

• Origem Geográfica: Europa

• Colheita: Outono

• Seu cheiro é fraco e seu sabor mucilaginoso, amargo e acre, desagradável.

57
Bufadienolidos
cilarenina Urginea Scilla= Scilla maritima L.

1) Glucocilareno A – 0,001 a 0,007%


R = Rha + Glu + Glu

2) Cilareno A – Principal
R = Rha + Glu

CILA VERMELHA

Principal constituinte: Cilirosídio

58
Estrofanto

• Nome científico: Strophantus gratus


(Wallich et Hooker) Franchet. Também S. Kombe
e S. hispidus.
• Família botânica: Apocynaceae
• Parte usada: Semente.
• Sinonímia vulgar: Inea; Onaya; Kombé.
• Sinonímia científica: Roupellia grata Wallich et Hooker.
• A droga possui odor pouco pronunciado e sabor extremamente amargo e
persistente.

59
Estrofanto
• Principal constituinte:
→Estrofantina-K (5 – 8%)

Strophantus kombe
África central e oriental
S. hispidus

Estrofantidina K
60
Estrofanto

• Strophantus gratus (Farmacopéia Brasileira e Francesa)


• Principal constituinte: Estrofantina-G (Ouabaína)

Keller-Killiani
Xantidrol

61
Espirradeira
• Nome científico: Nerium oleander L.

• Família botânica: Apocynaceae

• Parte usada: planta inteira.

• Constituinte majoritário: oleandrina.

• Origem Geográfica: região do Mediterrâneo, sendo cultivada em todo o


mundo, exceto nas zonas montanhosas ou muito frias.

• Secreta um látex amargo e muito tóxico;


• As folhas contêm 1,5% de cardenolidos;
• Acidentes tóxicos com crianças e adultos (churrasco
com os galhos) 62
Cromatogramas de Nerium oleander L.

Revelação com ácido sulfúrico


concentrado

Revelação com:

A) Reagente de Kedde

B) Cloroamina - ácido tricloroacético (TCA)

Wagner, H. et al. Plant Drug Analysis. 1° ed. 1984


63

Você também pode gostar