[ C l i c k !
]
Extra! Extra! Extra!
13/03/2015
‘Chovem flashes de câmeras em meio a multidão de repórteres que se atropelam dificultando a passagem do
carro onde está seu alvo, que recusa a dar qualquer declaração. Dois repórteres conversam:
_Silêncio de novo. Fred conseguiu entrar sabia? Ficamos só com as migalhas da polícia de novo…
_Entrar e conseguir são coisas diferentes. Relaxa, nos ignorando ele parece mais suspeito. Já imagino minha
próxima manchete, ele VAI ter que falar.
_Sensacionalista. Mas fiquei sabendo que ele é só um laranja… Nem adianta olhar, eu não vou te dar detalhes.
_E podemos falar isso? A redação mandou deixar isso de lado por hora, melhor pensar em outra coisa se quiser
manter seu emprego. O povo quer é um culpado, agora é ele. Laranja pode ser a notícia de amanhã....’
Introdução
Click! é um jogo narrativo para
3 ou mais pessoas que explora os
vários lados de furos jornalísticos que
envolvem fatos de grande repercursão
se revelados, onde cada um tenta
alcançar seus interesses e todos são
pressionados sob o julgo da Censura e
de cada um dos outros. No fim apenas
uma Verdade prevalecerá- de quem?
Quão próxima dos fatos? Dependerá
de cada um.
Jogadores assumem diferentes
papéis: O Alvo dos jornalistas, com
fatos que se revelados colocam sua vida
em risco, os Repórteres que querem
esses fatos mas precisam atender os
interesses de seus patrões e entre eles
O Mediador como um jogador neutro
Como se joga:
Click! é um jogo narrativo e de inter-
pretação (também conhecido como
rpg) jogado em turnos, onde cada
partida gira em torno de um furo jor-
nalístico diferente.
Isso quer dizer que uma narrativa
se desenrola conforme os jogadores
narram acontecimentos a cada turno,
conforme a perspectiva de seus respec-
tivos papéis.
A cada turno jogadores descrevem
suas ações, rolando dados para verifi-
car se tiveram sucessos sempre que as
regras, o Mediador ou outro jogador
requisitarem.
Descrições podem ser simples indo
direto ao ponto ou mais elaboradas
conforme o gosto de cada um e dis-
O Alvo
Sabe demais e quer se proteger
Personagem que pode estar ou não
diretamente envolvido no escândalo,
mas se tornou o grande alvo, centro
de todas as atenções. Testemunha,
suspeito, um representante... até
mesmo o responsável por um caso (ex:
delegado, advogado) pode ser o Alvo
na falta de outros mais óbvios.
Seu jogador é quem cria a história que
é pivô do escândalo e toda a partida,
mas não deve revelá-la a ninguém além
do que é pedido em sua ficha.
Como Alvo você:
• Precisa proteger sua Reputação e
não ir para a Forca.
• Quer revelar pelo menos 1 segredo
que não pode revelar diretamente.
• P ode usar recursos, como
coadjuvantes, para tentar se proteger.
A Verdade é o que você faz dela
por Victor Barros Alves
que conduz o jogo e representa forças
externas-como o O Povo e Censura,
que com jogadores suficientes podem
ser papéis adicionais.
Click! não é um jogo sobre
vencedores nem perdedores, embora
os personagens possam suceder mais
ou menos- e podem ser derrotados
pela censura, indo para a cadeia ou pior.
Personagens podem se antagonizar,
competir ou cooperar, não há certo ou
errado.
O que prevalece no final? A Censura?
A Verdade? Qual delas? O jogo gira em
torno dessas perguntas, mas a jornada
pode ser mais relevante que o destino,
e as histórias dos personagens tão ou
mais relevantes que a verdade.
posição de tempo: quanto mais elab-
oradas mais tempo levará cada turno
e cada partida, porém podem tornar a
história mais interessante e envolvente.
Porém sempre que jogadores fala-
rem por personagens com person-
agens de outros jogadores eles devem
falar em primeira pessoa como se o
próprio personagem estivesse falando.
Click! é um jogo centrado em diálogo
e discurso, e a forma como as coisas
são ditas podem ser usadas contra os
próprios interlocutores, distorcidas e
manipuladas conforme interesses de
cada um.
Todos têm seus interesses e infor-
mações confidenciais em suas fichas,
mas todos acompanham juntos a Forca
Repórter Censura O Povo
Querem revelar todos os segredos
Um número qualquer de repórteres
de campo que devem cobrir o caso e
conseguir a cada turno novidades para
publicar.
Repórteres são divididos entre dois
compromissos: a obrigação com seus
patrões(que podem ser comprados
pela Censura) e a ética profissional,
o compromisso com a verdade- que
podem não estar andando lado a lado.
Repórteres podem competir ou se
aliar (dividindo as recompensas), como
preferirem.
Como Repórteres vocês:
• Querem revelar todos os fatos e
segredos.
• Precisam de notícias vendáveis a
cada turno ou sofrem consequências.
• P odem investigar, entrevistar e
publicar manchetes a cada dia.
O que você precisa:
• Entre 3 a 8 pessoas
• 5 dados de 6 faces
• Lápis, caneta e borracha
• Ficha de cada Papel impressa
• Uma folha avulsa para a Forca, ou
imprimir o modelo incluso aqui.
• Alguma criatividade, disposição e
gosto por debates e argumentações
• Pelo menos duas horas, idealmente
3 ou mais para uma partida mais
elaborada. Um prazo pode ser ajustado
antes de cada partida.
• Bloco de notas ou papel avulso para
passar bilhetes entre os jogadores.
que fica no meio da mesa, que mede
a pressão geral da Censura e do Povo.
• Um prazo(em turnos) é estipulado,
no mínimo 10.
• A cada turno jogadores descrevem
e rolam suas ações, conforme expli-
cado em suas fichas.
• Ao fim de cada turno Repórteres di-
vulgam suas Manchetes, que alteram
estatísticas do jogo conforme julga-
mento do Povo.
• Todos tentam cumprir seus objeti-
vos antes que o prazo termine; Se o
prazo acabar ou a Forca completar a
partida termina e os segredos jamais
serão revelados.
Quer proteger os segredos,
custe o que custar
A grande ameaça ou ameaças à
verdade, forças opressoras que farão
de tudo para enterrar segredos.
A Censura é um grande antagonista
de todos os demais, capaz de criar
obstáculos, manipular os fatos e coagir
os demais personagens\jogadores.
Se ninguém escolhê-la o Mediador
assume o papel da Censura.
Como Censura você:
• Precisa proteger os segredos e não
levar a culpa.
• Quer abafar o caso o quanto antes.
• P ode criar complicações e
obstáculos para outros jogadores,
bloquear ações, censurar notícias…
Volume I. 2ª Edição
A Verdade
“Dizem que a história é escrita pelos
vencedores… Hoje, ela é escrita pela Mídia.”
Em Click! a Verdade com letra
maiúscula é apenas uma: a publicada,
e que tenha sido acreditada pelo Povo.
É o Alvo quem pensa quais as
histórias por detrás de seus segredos e
só ele sabe delas. Porém as regras não
reconhecem essa história, apenas os
Fatos escritos na Ficha; E mesmo eles
não são garantidos de vir à tona.
Mesmo quando o jogador falar
a verdade de como as coisas
aconteceram (como ele imaginou) se
ela vai ser acreditada ou não depende
dos outros jogadores e como o jogo
desenrolar.
Isso vale para todos os casos, mesmo
se acusarem um jogador/personagem
de estar mentindo ou carecendo de
lógica erroneamente. As ‘provas’ são
Sigilosas(pág2) então cabe a cada um
ser convincente.
Como resultado a história final
pode ser completamente diferente
da imaginada, da que ‘realmente
aconteceu’. O Alvo não deve revelar
nem ao Mediador o que realmente
aconteceu- e pode ficar mais
interessante se não revelar nem depois
que uma partida terminar.
Mediador
Neutro, descreve cenas e gerencia
É o responsável por gerenciar o jogo,
resolver impasses, descrever cenas e
intermediar ações entre os jogadores. Ele
também representa quaisquer personagens
avulsos que não sejam dos outros
jogadores.
É ele quem determina as
consequências sempre que os dados
rolam.
O Mediador é ao mesmo tempo como
um Juiz e condutor do jogo, que pode
acrescentar surpresas e reviravoltas para
agitar as coisas e também assume os papéis
de Povo e Censura se estes ficarem vagos.
• Precisa administrar o jogo, neutro,
ou assumir o lado de seus papéis
adicionais.
• Pode criar obstáculos, surpresas e
eventos especiais.
Quer um culpado, logo
O grande povo. Assiste a tudo e julga,
o papel mais passivo mas não menos
crucial: quem e qual versão dos fatos
é a acreditada é o Povo que decide.
Como o Povo todos os demais tentam
convencer você.
Se houver qualquer curioso que ‘só
queira assistir’ esse papel pode ser o
mais convincente para que participe.
Se ninguém escolhê-lo o Mediador
assume o papel do Povo.
Como O Povo você:
• P recisa comentar manchetes e
julgar ações dos personagens.
• Quer um culpado sendo Enforcado.
• Pode pressionar(acelerar a Forca), e
conceder Vantagens.
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Regras
de Ouro
Para uma partida sadia
• Respeite os outros jogadores
• Espere sua vez, a não ser que queira
realmente intervir
• Quando falam por personagens,
ouça até o final antes de réplica
• Se em algum momento a aplicação
de uma regra não fizer sentido e
prejudicar a história ignorem; A
história é prioridade. Essa decisão
deve ser unânime. Só tomem
cuidado em não quebrar sigilo sem
necessidade.
• Personagens podem competir e
se antagonizar, não significa que
jogadores devam fazer o mesmo.
Saiba separar. Alguns papéis vão
te infernizar, tenha esportiva- e
você sempre pode revidar em outra
partida.
Escândalo!
Qual o grande pivô?
É função do Alvo elaborar os detalhes,
que só ele sabe, do que realmente
transcorreu e virou o escândalo- mas
o escândalo em sí pode ser uma
decisão coletiva, deixando para o Alvo
preencher os detalhes conforme o que
é decidido... ou Votar(ver ao lado).
Mas de que escândalo estamos
falando?
Click! é sobre escândalos que
envolvem algo muito sério (tanto que
querem abafar). Basta pensarem em
algo que daria uma notícia escandalosa
e chamativa e o resto se resolve- o Alvo
e Censura têm de criar segredos, então
um simples escândalo facilmente se
torna uma bomba relógio sobre algum
O Furo Mediador
Como tudo começa
O Furo, função do Mediador, é como
a partida vai começar no primeiro
turno- anunciando qual é a notícia
quente (o Furo) que inicia a corrida dos
Repórteres e o tormento do Alvo.
O Furo não precisa, e idealmente
nem deve ser, todo o escândalo
como o decidido (coletivamente ou
não)- E como ponto de partida ele vai
influenciar as primeiras investigações e
perguntas dos Repórteres.
O exemplo dado acima do roqueiro
acusado de estupro: o Furo pode
ser ‘Famoso Roqueiro é processado
por garota’. Isso já estabelece uma
pergunta inicial óbvia: Por quê?
Qual a acusação?- uma que dá uma
oportunidade ao Alvo de tentar contar
sua versão primeiro (ou se omitir), ao
invés de já começar taxado (o que o
tornaria o jogo mais difícil para ele).
Como Mediador sempre priorize o
Furo que der mais oportunidades de
decisão aos jogadores. Deixe que os
Repórteres acusem, ou não, que o Alvo
se explique ou não...
NARRATIVA Trama, como narrar e se portar
Como Narrar?
Dicas de como conduzir o jogo
Click! é um jogo narrativo que
dá atenção especial a diálogos e
argumentações- razão pela qual
diálogos devem ser em primeira
pessoa, e entrevistas até contam
réplicas e tréplicas.
Mas além do diálogo a narrativa é
livre (dentro dos turnos), uma questão
de gosto e escopo- quanto mais
elaborada a narrativa, mais tempo dura
cada turno e a partida como um todo.
O jogo é flexível o suficiente para
comportar dois extremos: ações nos
turnos podem ser roladas mesmo
sem narrativa, apenas descrevendo
resultados que o jogo vai funcionar-
deixando a narrativa para os momentos
em que Repórteres e Alvo se
confrontam; Ou narrar cada momento
em detalhes, o que pode ser mais
imersivo mas leva mais tempo.
Mas há uma sugestão: um meio
termo. Pense como num filme onde
vemos só as cenas que são relevantes...
fato ainda mais escandaloso sob os
panos.
Mas o que daria um bom escândalo?
Não existe melhor referência que os
jornais. Basta lembrarem de notícias
que viraram sensação, e pode ser legal
trazer alguns recortes ou mencionar
notícias atuais como inspiração.
O Escândalo pode ser diretamente
ligado ao segredo e já implicar o que
esse segredo seria- ‘O Grande Caixa 2
do governo é revelado!’ por exemplo:
estourou que ele existe, mas quem são
os culpados? Quão fundo isso vai? A
natureza do segredo é mais óbvia, mas
não afeta o jogo- e aliás, o segredo
em sí pode se revelar uma outra coisa
inesperada... Talvez outro esquema?
Censura e o Sigilo
“Opressão da liberdade de expressão, coação à força, omissão dos fatos… Essa não é a verdadeira Censura, não
se iluda. Essa é a Censura quando ela falha, como um animal acuado e desesperado usando seus últimos recursos.
Não… a Censura realmente perigosa é a que não vemos. A que não podemos recorrer, que não podemos protestar.
A que se esconde atrás das câmeras e do coração dos homens, manipulando a Verdade, que bem sucedida não
precisa de medo ou coação: te convence.
Quão fácil seria se ela quisesse ser o inimigo que imaginamos. Essa ‘Censura’, a mais real e mais perigosa que se
esconde tão bem do próprio nome não busca inimigos: alista. E quão sedutora ela pode ser...”
Porque o Sigilo é importante
Um dos papéis do jogo é o da
Censura - que se ninguém escolher
cabe ao Mediador assumir.
A Censura(o papel) representa os
interessados em abafar um caso, que
querem proteger segredos e que
podem ser bem ‘convincentes’ (leia-se:
força bruta). Mas que também tem
ferramentas mais sutis para manipular
o jogo.
Mas a censura -a dificuldade e
impedimentos a livre expressão- é
uma criatura própria que vai além
do jogador que a representar. Quem
escolher jogar como Alvo deve estar
ciente que será pressionado por todos
os demais jogadores (dos Repórteres
Direto ao ponto:
A narrativa ‘cirúrgica’, focada no que é
feito e no que importa- e abstraindo o
percurso, pulando os detalhes de como
acontece indo direto ao desfecho.
É simples:
Repórteres e Alvo narram o que vão
fazer e como querem fazer. Exemplo:
‘Vou até o Hotel Ritz questionar os
funcionários sobre o que aconteceu
aquela noite’
Ou
‘Eu e meu câmera saímos correndo,
ainda descabelados e zarpamos para
o Hotel antes que os outros abutres
cheguem... os funcionários devem ter
visto ou ouvido alguma coisa aquela
noite!’
(Como cada um narra é livre)
Então rolam os dados, o Mediador vê
o resultado e narra logo os resultados:
‘Depois de horas perguntando aqui e
ali uma camareira finalmente diz que
receberam ordens de não relatar nada-
ou seriam demitidos’
Escândalos não precisam ter nenhuma
relação óbvia com os segredos: é o caso
da exposição, do Alvo, dos eventos ou
contexto ameaçarem a descoberta dos
segredos.
Por exemplo o escândalo pode ter
sido a acusação de tentativa de estupro
por parte de uma grande celebridade
do rock em uma festa privada, mas
o segredo poderia ser outra coisa:
talvez a festa em sí, ou que dinheiro a
custeava seja algo mais escandaloso.
Talvez alguém mais, como um político
poderoso, também participou do
abuso...
Segredos podem surpreender e
pode ser divertido brincar com as
expectativas.
ao Povo) - o que não é a praia de
qualquer um. É importante deixar isso
claro a todos, e que o jogador Alvo
esteja disposto a encarar esse papel.
É importante que os jogadores
sigam à risca as regras quando se
trata de sigilo. Durante a partida o Alvo
pode se deparar, por exemplo, com
Repórteres ou o Povo interpretando
totalmente errado fatos e evidências
(e isso sendo validado), ou o Mediador
entregando fatos e evidências
erradas em resultados positivos de
investigações. É importante que
jogadores se segurem nessas horas,
é assim mesmo que o jogo funciona:
quebrar o sigilo pode arruinar o
suspense e desequilibrar a dinâmica.
Ver ‘Verdade’(pág1) para referência.
Mediador
Cenas:
Quando toda uma cena é mais
interessante e relevante de ser narrada
em detalhes.
Mediador: ‘Chegando em frente ao
Hotel vocês vêem uma dúzia de vans
da imprensa, dois carros da polícia e
alguma discussão entre repórteres,
policiais e o que parece o gerente logo
na entrada’
Cenas em geral cabem melhor
durante eventos especiais (ex: coletiva
de imprensa) que se beneficiam de um
ar de importância para elevar tensões,
mas o Mediador deve seguir seu
instinto e suas preferências.
SE quiserem ser pontuais (meio
termo), salve Cenas para momentos
dramáticos, reveladores ou
oportunidades.
O exemplo acima mostra bem uma
oportunidade sutil dada ao Repórter
da vez: ele pode se aproximar da
discussão ou quem sabe aproveitar a
distração para se infiltrar sorrateiro...
Votando
Qual Furo será o pivô
Pode ser mais interessante votarem
uma história primeiro- para decidirem
os papéis depois.
1º) Todos que tiverem uma ideia a
anotam num papel.
2º) Alguém lê em voz alta cada
proposta- pode interpretar um(a)
secretário(a) do jornal falando quais as
pistas mais quentes para a redação.
3º) Todos votam o Escândalo
escolhido.
4º) Seu autor escolhe se quer ser o
Alvo ou o Mediador da história que
pensou.
5º) Demais escolhem seus papéis.
• Tudo que estiver na parte interna
das fichas é privado e sigiloso-
e só pode ser revelado conforme
instruções ou se uma manobra (com
sucesso) provocar isso.
• O sigilo é a única regra que não deve
ser ignorada exceto em último caso
(vide Regras de Ouro, acima)
• Qualquer comunicação sobre algo
sigiloso deve ser feita longe dos
outros jogadores ou através de
bilhetes dobrados.
• T ODA informação e Demandas
sigilosas passada entre jogadores
deve passar pelo Mediador, para que
ele entregue ao respectivo jogador.

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1.Preparo
Antes de começar
1. Certifiquem-se que tem todo o
material necessário (pág1)
2. Coloquem todas as fichas na
mesa para que todos possam lê-las e
escolher.
3. Votem qual será o escândalo(pág2)
ou deixem o Alvo decidir.
4. Determinem um Prazo, mínimo 10.
5. Cada um constrói seus personagens
e preenche suas fichas conforme elas
instruem.
6. Alvo deve mostrar e conversar em
privado sobre seus segredos com o a
Censura, e ninguém mais.
7. Mediador pensa em qual Furo(pág2)
usará, e como ele não sabe como a
história realmente aconteceu deve
conversa em privado com o Alvo para
saber se seu Furo procede.
8. Repórteres e Alvo apresentam seus
personagens, falando brevemente
quem e como são.
9. Coloque ou desenhe a Forca no
meio da mesa.
10. Comecem o primeiro turno
A FORCA
A Forca representa a Pressão sobre
o Alvo pelos segredos que ele carrega,
que está figurativamente com a corda
no pescoço - mas é importante para
todos.
Conforme o Alvo for se ‘enforcando’
desenhe um boneco sendo enforcado,
são seis marcações: Cabeça, Tronco,
2 Braços e 2 Pernas. Quando um
turno terminar positivamente para ele
apague uma das partes.
É o Povo quem julga ao final de todo
dia (item 7 na ordem dos turnos), e
conforme instruções de sua ficha ele
vai declarar quem ele acha que merece
levar alguma culpa ou responsabilidade.
Se for o Alvo mais um pedaço do
boneco é desenhado.
Manchetes
O Povo tem a função de julgar os
acontecimentos e o poder de afetar
positiva e negativamente os demais:
mas apenas aquilo que o Povo vê.
Enquanto Entrevistas e Declarações só
são julgadas se publicadas(ou ao vivo),
Manchetes sempre são julgadas pelo
povo.
Ao fim de todo turno Repórteres
podem publicar manchetes: Uma frase
que representa a manchete de sua
notícia (não importa se na trama foi
notícia impressa ou televisionada).
Manchetes representam um artigo
ou noticiário ‘completo’, que não cabe
ser apresentado na íntrega durante
o jogo- por isso só as manchetes
são julgadas e como tal elas têm que
resumir e comunicar as impressões de
cada Repórter.
Repórteres só podem mencionar ou
inferir nas Manchetes seus Clicks e
Evidências que foram anotados em
suas fichas.
Isso é, mesmo que todos saibam o
que outro Repórter obteve ou que o
JOGANDO
Preparo, Desenvolvimento e Conclusão
2.TURNOS
A ordem do jogo
Turnos representam 1 dia (24 horas)
aproximadamente, mas o Mediador
tem a liberdade de pular mais dias
entre turnos quando achar necessário
ou mais interessante.
O 1º turno é especial, é como o
jogo começa: com o Furo. Aqui o
Mediador tem total liberdade narrativa
para introduzir o jogo. Pode ser
com telefones tocando e a agitação
se formando numa redação, um
dos repórteres sendo acordado de
madrugada com ordens de correr para
algum lugar ou o Alvo no momento em
que descobre que a história vazou e já
vendo repórteres ou autoridades...
Pode até mesmo narrar parte dos
acontecimentos que deram origem
ao escândalo, mas cuidado, sem
mostrar o que realmente aconteceu.
Um tiro ouvido fora da casa onde
houve o ‘assassinato’, o Roqueiro do
exemplo anterior saindo da tal festa
acompanhado por policiais...
Pode ser criativo, o começo ajuda a
criar um clima e focar todos na história.
Se não for o Alvo, um pedaço do
boneco é apagado.
Ao lado da forca ficam os nomes
que forem apontados pelo Povo como
alvos de reprimenda, já começando
com o nome do Alvo no topo. Ali
podem aparecer outros personagens
(não jogadores) ou representações: ‘O
Estado’, uma empresa, ‘A polícia’....
Sempre que um pedaço do boneco
for desenhado, marque um ‘+’ ao lado
de cada nome envolvido.
Quando o boneco for completado
o jogo termina e o nome com
mais marcações terá um desfecho
ruim: cadeia, fim de carreira, morte,
‘afundou-se nas drogas’...
Reporter
o_povo
Alvo declarou, se eles não estavam
presentes nem usaram Click!
(manobra) para tomar alguma nota
eles não podem usar a informação.
Manchetes são sempre julgadas
no instante em que os Repórteres
as anunciam e não precisam ser
anotadas- cabe ao Mediador tomar
nota apenas dos impactos de cada uma
e repercurssões.
• H á instruções para Repórteres
e Povo em suas fichas sobre as
Manchetes.
• Os julgamentos do Povo e notas são
tomadas conforme cada Manchete
é dita, mas só depois de todas as
manchetes as repercurssões são
anunciadas e marcadas nas fichas
dos afetados.
• A TENÇÃO: Manchetes que
implicam perguntas também contam
como Questões Sem Resposta, a
não ser que o Povo desconsidere a
Manchete. Isso quer dizer que serão
marcadas pelo Mediador.
Ordem no Turno:
1. Mediador anuncia quaisquer 3. Jogadores dizem o que fazem após
novidades do dia, como eventos
marcados e a repercurssão das
manchetes anteriores. Ou o Furo, se for
o primeiro turno.
2. Cada jogador com personagem
(Repórteres e Alvo) diz onde está, e sua
reação as novidades *se quiser*.
3. Repórteres dizem o que farão de
forma geral: ‘vou investigar X, para
...’, ‘vou ao hotel’, ‘procuro...’, ‘vou
contatar...’
4. Alvo diz o que fará, ou pode esperar
para o final.
5. Mediador resolve ações com cada
um na ordem que quiser(dá a vez).
6. Alvo pode agir se já não o tiver feito.
7. Fechamento. Repórteres podem
publicar Manchetes se quiserem, e o
Povo reage a elas. Mediador e Povo
anunciam quaisquer danos ou ganhos
dos demais jogadores(Repercursões).
8. Começa outro dia, novo Turno.
• S e todos os segredos vêm a
público antes de Enforcar ou Abafar,
Repórteres e o Povo saem ganhando.
• Se Enforcar ou o prazo terminar
antes dos segredos virem à tona
a história é abafada, Censura sai
ganhando.
• O Alvo sai perdendo ou ganhando
se for enforcado ou se livrar da forca,
respectivamente.
• O objetivo do povo é Enforcar um
culpado, tão somente, segredos
revelados ou não.
Questões!
Toda pergunta pede uma resposta
Quase tudo no jogo representa
perguntas ou suas respostas. Quando
jogadores descrevem uma ação é uma
pergunta do que vai decorrer disso;
Quando lançam os dados de quais serão
os resultados (e as consequências).
Perguntas pedem respostas, que
podem ou não ser obtidas. Uma
rolagem ruim de dados e o Mediador
não dará respostas- uma pergunta ao
Alvo não quer dizer que ele responderá.
Questão é quando uma pergunta
demanda resposta e terá consequências
se ignorada.
• S empre que a resposta a uma
pergunta for sobre os acontecimentos
do Escândalo, o Alvo quem deve
contar em privado a resposta ao
Mediador, que então a repassa.
O Mediador pode alterar a resposta
ou dar uma completamente diferente
em certos casos, conforme instruções
em sua ficha ou efeitos provocados
por outros jogadores.
Se houver Evento:
1. Jogadores dizem o que fazem antes
do evento.
2. Evento acontece, conforme
descrição.
o Evento. Quem não fez nada antes do
evento pode agir mais uma vez depois
que suas ações forem resolvidas.
3.Desfecho
Como a história termina
O jogo termina quando:
• O prazo acaba (sem mais turnos)
• A Forca completa
• Todos os segredos são revelados.
E então vem o desfecho:
O Mediador anuncia quem saiu
ganhando ou perdendo (ver em Forca,
à esquerda) e passa para quem saiu
ganhando narrar como a história
terminou.
Alguma instituição ou alguém foi
preso, processado? A história ficou por
isso mesmo e logo foi esquecida? Quais
as conclusões? Aqueles que narrarem o
desfecho devem levar em consideração
como a partida correu e as implicações
quando terminou.
Depois que isso é narrado aqueles
cujos personagens tiverem se
destacado ou dado mal, se ainda
vivos, podem acrescentar algo sobre
o destino de seus personagens. Como
ficou a imagem do Alvo, como ele
seguiu sua vida depois disso? E os
repórteres, alguém perdeu o emprego,
alguém foi promovido?
Se a intenção for continuar jogando
(novo Furo, mesmos Repórteres)
apenas o Alvo dá um desfecho a seu
personagem, e o Mediador da próxima
partida que elabora as consequências
que ocorreram com os Repórteres (ver
‘Campanha’, pág.X).
• Apenas em Entrevistas o Alvo pode
responder diretamente. Ou quando...
• Q uestão!, manobra que todo
Repórter possui, força o Alvo a dar
uma resposta diretamente.
• O Mediador pode dar a palavra
para que o Alvo responda perguntas
indiretas quando achar interessante,
inclusive dando ao jogador Alvo a
voz de personagens não-jogadores.
• Q uestões não respondidas são
marcadas pelo Mediador e convertem
em +Pressão na ficha do Alvo.
Clicks!
Reporter
Coleta de evidências
Tudo que pode ser usado em
Manchetes ou como evidência é
anotado pelos reporteres como Clicks
em suas fichas, e apenas Clicks podem
ser usados junto com as mecânicas
para pressionar ou provocar outros
efeitos.
Todo Repórter tem a manobra Click!
que os permitem anotar algo que
acabou de ser dito- literalmente ou re-
formulado - como um de seus Clicks.