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Mesa da Câmara dos Deputados

55ª Legislatura – 2015-2019

Presidente
Rodrigo Maia

1º Vice-Presidente
Fábio Ramalho

2º Vice-Presidente
André Fufuca

1º Secretário
Giacobo

2ª Secretária
Mariana Carvalho

3º Secretário
JHC

4º Secretário
Rômulo Gouveia

Suplentes de Secretário
1º Suplente
Dagoberto Nogueira

2º Suplente
César Halum

3º Suplente
Pedro Uczai

4º Suplente
Carlos Manato

Diretor-Geral
Lúcio Henrique Xavier Lopes

Secretário-Geral da Mesa
Wagner Soares Padilha
Câmara dos
Deputados

LDB
Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional
14ª edição

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as


diretrizes e bases da educação nacional.

Centro de Documentação e Informação


Edições Câmara
Brasília | 2017
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Diretoria Legislativa
Diretor: Afrísio de Souza Vieira Lima Filho
Centro de Documentação e Informação
Diretor: André Freire da Silva
Coordenação Edições Câmara dos Deputados
Diretora: Ana Lígia Mendes

Projeto gráfico de capa: Janaina Coe


Diagramação: Gaia Diniz
Pesquisa e revisão: Luisa Souto

1997, 1ª edição; 2001, 2ª edição; 2006, 3ª edição; 2007, 4ª edição; 2010, 5ª edição; 2011, 6ª edição; 2012, 7ª edição; 2013,
8ª edição; 2014, 9ª edição e 10ª edição; 2015, 11ª edição; 2016, 12ª edição e 13ª edição.

Câmara dos Deputados


Centro de Documentação e Informação – Cedi
Coordenação Edições Câmara – Coedi
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Brasília (DF) – CEP 70160-900
Telefone: (61) 3216-5809
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SÉRIE
Legislação
n. 263 PDF
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação.

Brasil. [Lei Darcy Ribeiro (1996)].


LDB [recurso eletrônico] : Lei de diretrizes e bases da educação nacional : Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional. – 14. ed. – Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2017. – (Série legislação ; n. 263 PDF)

Versão PDF.
Modo de acesso: livraria.camara.leg.br
Disponível, também, em formato impresso e digital (EPUB).
ISBN 978-85-402-0629-8

1. Educação, legislação, Brasil. 2. Educação e Estado, legislação, Brasil. 3. Política educacional, Brasil. I. Título. II. Série.

CDU 37(81)(094)

ISBN 978-85-402-0628-1 (papel) | ISBN 978-85-402-0629-8 (PDF) | ISBN 978-85-402-0630-4 (EPUB)


SUMÁRIO

SUMÁRIO DE ARTIGOS.....................................................................................................................................................................6

APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................................................................7

LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996............................................................................................................................. 8


Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Título I – Da Educação....................................................................................................................................................................8
Título II – Dos Princípios e Fins da Educação Nacional........................................................................................................8
Título III – Do Direito à Educação e do Dever de Educar......................................................................................................8
Título IV – Da Organização da Educação Nacional................................................................................................................9
Título V – Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino.....................................................................................11
Capítulo I – Da Composição dos Níveis Escolares..........................................................................................................11
Capítulo II – Da Educação Básica.........................................................................................................................................11
Seção I – Das Disposições Gerais....................................................................................................................................11
Seção II – Da Educação Infantil........................................................................................................................................14
Seção III – Do Ensino Fundamental.................................................................................................................................14
Seção IV – Do Ensino Médio..............................................................................................................................................15
Seção IV-A – Da Educação Profissional Técnica de Nível Médio............................................................................16
Seção V – Da Educação de Jovens e Adultos................................................................................................................17
Capítulo III – Da Educação Profissional e Tecnológica..................................................................................................17
Capítulo IV – Da Educação Superior....................................................................................................................................17
Capítulo V – Da Educação Especial......................................................................................................................................21
Título VI – Dos Profissionais da Educação.............................................................................................................................21
Título VII – Dos Recursos Financeiros......................................................................................................................................23
Título VIII – Das Disposições Gerais.........................................................................................................................................25
Título IX – Das Disposições Transitórias.................................................................................................................................26
SUMÁRIO DE ARTIGOS

1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 26-A,

27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 35-A, 36, 36-A, 36-B, 36-C, 36-D, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45,

46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 59-A, 60, 61, 62, 62-A, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69,

70, 71, 72, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 79-A, 79-B, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 87-A, 88, 89, 90, 91, 92

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LDB – 14ª EDIÇÃO

APRESENTAÇÃO

Este livro da Série Legislação, da Edições Câmara, traz o texto atualizado da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

Com a publicação da legislação federal brasileira em vigor, a Câmara dos Deputados vai além da função
de criar normas: colabora também para seu efetivo cumprimento ao torná-las conhecidas e acessíveis
a toda a população.

Os textos legais compilados nesta edição são resultado do trabalho dos parlamentares, que representam
a diversidade do povo brasileiro. Da apresentação até a aprovação de um projeto de lei, há um extenso
caminho de consultas, estudos e debates com os variados segmentos sociais. Após criadas, as leis for-
necem um arcabouço jurídico que permite a boa convivência em sociedade.

A Câmara dos Deputados disponibiliza suas publicações na Livraria da Câmara (livraria.camara.leg.br) e na


Biblioteca Digital (bd.camara.leg.br/bd). Alguns títulos também são produzidos em formato audiolivro e EPUB.
O objetivo é democratizar o acesso a informação e estimular o pleno exercício da cidadania.

Dessa forma, a Câmara dos Deputados contribui para levar informação sobre direitos e deveres aos
principais interessados no assunto: os cidadãos.
Deputado Rodrigo Maia
Presidente da Câmara dos Deputados

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LDB – 14ª EDIÇÃO

LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 19961,2 XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e


as práticas sociais.
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
3
XII – consideração com a diversidade étnico-racial.
O presidente da República
TÍTULO III – DO DIREITO À EDUCAÇÃO
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu san- E DO DEVER DE EDUCAR
ciono a seguinte lei: 4
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública
TÍTULO I – DA EDUCAÇÃO será efetivado mediante a garantia de:
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos
se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma:
no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos a) pré-escola;
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e
b) ensino fundamental;
nas manifestações culturais.
c) ensino médio;
§ 1º Esta lei disciplina a educação escolar, que se desen-
volve, predominantemente, por meio do ensino, em ins- II – educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco)
tituições próprias. anos de idade;
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do III – atendimento educacional especializado gratuito
trabalho e à prática social. aos educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
TÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS E FINS
transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
DA EDUCAÇÃO NACIONAL
preferencialmente na rede regular de ensino;
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspi-
IV – acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e
rada nos princípios de liberdade e nos ideais de solida-
médio para todos os que não os concluíram na idade própria;
riedade humana, tem por finalidade o pleno desenvol-
vimento do educando, seu preparo para o exercício da V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa
cidadania e sua qualificação para o trabalho. e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às con-
princípios: dições do educando;

I – igualdade de condições para o acesso e permanência VII – oferta de educação escolar regular para jovens e
na escola; adultos, com características e modalidades adequadas
às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar
aos que forem trabalhadores as condições de acesso e
a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
permanência na escola;
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
VIII – atendimento ao educando, em todas as etapas da
IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância; educação básica, por meio de programas suplementares
V – coexistência de instituições públicas e privadas de de material didático-escolar, transporte, alimentação e
ensino; assistência à saúde;

VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos IX – padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos


oficiais; como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de
insumos indispensáveis ao desenvolvimento do pro-
VII – valorização do profissional da educação escolar;
cesso de ensino-aprendizagem;
VIII – gestão democrática do ensino público, na forma
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de
desta lei e da legislação dos sistemas de ensino;
ensino fundamental mais próxima de sua residência a
IX – garantia de padrão de qualidade; toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro)
X – valorização da experiência extraescolar; anos de idade.

1.  Publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, de 23-12-1996.


2.  O art. 12 da Lei nº 13.415, de 16-2-2017, determina que os sistemas de ensino
deverão estabelecer cronograma de implementação das alterações promovidas
por essa lei nos arts. 26, 35-A e 36 no primeiro ano letivo subsequente à data de 3.  Inciso acrescido pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
publicação da BNCC e iniciar o processo de implementação a partir do segundo ano 4.  Incisos I a IV e VIII com nova redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013, que
letivo subsequente à data de homologação da BNCC. também acrescentou as alíneas a, b e c ao inciso I e o inciso X.

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LDB – 14ª EDIÇÃO

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Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito TÍTULO IV – DA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NACIONAL
público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo
Art. 8º A União, os estados, o Distrito Federal e os muni-
de cidadãos, associação comunitária, organização sin-
cípios organizarão, em regime de colaboração, os res-
dical, entidade de classe ou outra legalmente cons-
pectivos sistemas de ensino.
tituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o poder
público para exigi-lo. § 1º Caberá à União a coordenação da política nacional
de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas
§  1º O poder público, na esfera de sua competência
e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva
federativa, deverá:
em relação às demais instâncias educacionais.
I – recensear anualmente as crianças e adolescentes em
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organi-
idade escolar, bem como os jovens e adultos que não
zação nos termos desta lei.
concluíram a educação básica;
Art. 9º A União incumbir-se-á de:
II – fazer-lhes a chamada pública;
I – elaborar o Plano Nacional de Educação, em colabo-
III – zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência
ração com os estados, o Distrito Federal e os municípios;
à escola.
II – organizar, manter e desenvolver os órgãos e insti-
§  2º Em todas as esferas administrativas, o poder
tuições oficiais do sistema federal de ensino e o dos
público assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino
territórios;
obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em
seguida os demais níveis e modalidades de ensino, con- III – prestar assistência técnica e financeira aos estados,
forme as prioridades constitucionais e legais. ao Distrito Federal e aos municípios para o desenvol-
vimento de seus sistemas de ensino e o atendimento
§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste
prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua
artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judi-
função redistributiva e supletiva;
ciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição
Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial IV – estabelecer, em colaboração com os estados, o Dis-
correspondente. trito Federal e os municípios, competências e diretrizes
para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino
§ 4º Comprovada a negligência da autoridade compe-
médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos
tente para garantir o oferecimento do ensino obrigatório,
mínimos, de modo a assegurar formação básica comum;
poderá ela ser imputada por crime de responsabilidade.
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IV-A – estabelecer, em colaboração com os estados,
§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade
o Distrito Federal e os municípios, diretrizes e proce-
de ensino, o poder público criará formas alternativas
dimentos para identificação, cadastramento e atendi-
de acesso aos diferentes níveis de ensino, independen-
mento, na educação básica e na educação superior, de
temente da escolarização anterior.
alunos com altas habilidades ou superdotação;
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Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a
V – coletar, analisar e disseminar informações sobre a
matrícula das crianças na educação básica a partir dos
educação;
4 (quatro) anos de idade.
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VI – assegurar processo nacional de avaliação do rendi-
Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as
mento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em
seguintes condições:
colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a defi-
I – cumprimento das normas gerais da educação nacional nição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino;
e do respectivo sistema de ensino;
VII – baixar normas gerais sobre cursos de graduação e
II – autorização de funcionamento e avaliação de quali- pós-graduação;
dade pelo poder público; 9
VIII – assegurar processo nacional de avaliação das institui-
III – capacidade de autofinanciamento, ressalvado o pre- ções de educação superior, com a cooperação dos sistemas
visto no art. 213 da Constituição Federal. que tiverem responsabilidade sobre este nível de ensino;

5.  Caput do artigo e caput e inciso I do § 1º com nova redação dada pela Lei 7.  Inciso IV-A acrescido pela Lei nº 13.234, de 29-12-2015.
nº  2.796, de 4-4-2013. 8.  Inciso regulamentado pelo Decreto nº 5.773, de 9-5-2006.
6.  Artigo com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013. 9.  Idem.

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LDB – 14ª EDIÇÃO

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IX – autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e I – organizar, manter e desenvolver os órgãos e institui-
avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de ções oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os
educação superior e os estabelecimentos do seu sistema às políticas e planos educacionais da União e dos estados;
de ensino. II – exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
§  1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho III – baixar normas complementares para o seu sistema
Nacional de Educação, com funções normativas e de de ensino;
supervisão e atividade permanente, criado por lei.
IV – autorizar, credenciar e supervisionar os estabeleci-
§ 2º Para o cumprimento do disposto nos incisos V a mentos do seu sistema de ensino;
IX, a União terá acesso a todos os dados e informações
V – oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas,
necessários de todos os estabelecimentos e órgãos
e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a
educacionais.
atuação em outros níveis de ensino somente quando
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser estiverem atendidas plenamente as necessidades de
delegadas aos estados e ao Distrito Federal, desde que sua área de competência e com recursos acima dos per-
mantenham instituições de educação superior. centuais mínimos vinculados pela Constituição Federal
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Art. 10. Os estados incumbir-se-ão de: à manutenção e desenvolvimento do ensino;
I – organizar, manter e desenvolver os órgãos e institui- VI – assumir o transporte escolar dos alunos da rede
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ções oficiais dos seus sistemas de ensino; municipal.


II – definir, com os municípios, formas de colaboração na Parágrafo único. Os municípios poderão optar, ainda,
oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor
a distribuição proporcional das responsabilidades, de com ele um sistema único de educação básica.
acordo com a população a ser atendida e os recursos 13
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as
financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a
poder público; incumbência de:
III – elaborar e executar políticas e planos educacionais, I – elaborar e executar sua proposta pedagógica;
em consonância com as diretrizes e planos nacionais de
II – administrar seu pessoal e seus recursos materiais
educação, integrando e coordenando as suas ações e as
e financeiros;
dos seus municípios;
III – assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula
IV – autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e
estabelecidas;
avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de
educação superior e os estabelecimentos do seu sistema IV – velar pelo cumprimento do plano de trabalho de
de ensino; cada docente;
V – baixar normas complementares para o seu sistema V – prover meios para a recuperação dos alunos de
de ensino; menor rendimento;
VI – assegurar o ensino fundamental e oferecer, com VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando
prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem, processos de integração da sociedade com a escola;
respeitado o disposto no art. 38 desta lei; VII – informar pai e mãe, conviventes ou não com seus
VII – assumir o transporte escolar dos alunos da rede filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a
estadual. frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a
execução da proposta pedagógica da escola;
Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as
competências referentes aos estados e aos municípios. VIII – notificar ao conselho tutelar do município, ao juiz
competente da comarca e ao respectivo representante
Art. 11. Os municípios incumbir-se-ão de:
do Ministério Público a relação dos alunos que apre-
sentem quantidade de faltas acima de 50% (cinquenta
por cento) do percentual permitido em lei.
10.  Inciso regulamentado pelo Decreto nº 5.773, de 9-5-2006. A Lei nº 10.870,
de 19-5-2004, instituiu Taxa de Avaliação in loco, em favor do Instituto Nacional de Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), pelas avaliações periódicas
que realizar, quando formulada solicitação de credenciamento ou renovação de
credenciamento de instituição de educação superior e solicitação de autorização,
reconhecimento ou renovação de reconhecimento de cursos de graduação. 12.  Inciso acrescido pela Lei nº 10.709, de 31-7-2003.
11.  Inciso VII acrescido pela Lei nº 10.709, de 31-7-2003; inciso VI com nova redação 13.  Inciso VIII acrescido pela Lei nº 10.287, de 10-9-2001; inciso VII com nova
dada pela Lei nº 12.061, de 27-10-2009. redação dada pela Lei nº 12.013, de 6-8-2009.

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LDB – 14ª EDIÇÃO

I – participar da elaboração da proposta pedagógica do I – as instituições do ensino fundamental, médio e de


estabelecimento de ensino; educação infantil mantidas pelo poder público municipal;
II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a II – as instituições de educação infantil criadas e man-
proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; tidas pela iniciativa privada;
III – zelar pela aprendizagem dos alunos; III – os órgãos municipais de educação.
IV – estabelecer estratégias de recuperação para os Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis
alunos de menor rendimento; classificam-se nas seguintes categorias administrativas:
V – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, I – públicas, assim entendidas as criadas ou incorpo-
além de participar integralmente dos períodos dedi- radas, mantidas e administradas pelo poder público;
cados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvi- II – privadas, assim entendidas as mantidas e adminis-
mento profissional; tradas por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado.
VI – colaborar com as atividades de articulação da escola Art. 20. As instituições privadas de ensino se enqua-
com as famílias e a comunidade. drarão nas seguintes categorias:
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da I – particulares em sentido estrito, assim entendidas as
gestão democrática do ensino público na educação que são instituídas e mantidas por uma ou mais pessoas
básica, de acordo com as suas peculiaridades e con- físicas ou jurídicas de direito privado que não apre-
forme os seguintes princípios: sentem as características dos incisos abaixo;
I – participação dos profissionais da educação na elabo- 14
II – comunitárias, assim entendidas as que são insti-
ração do projeto pedagógico da escola; tuídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais
II – participação das comunidades escolar e local em pessoas jurídicas, inclusive cooperativas educacionais,
conselhos escolares ou equivalentes. sem fins lucrativos, que incluam na sua entidade man-
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades tenedora representantes da comunidade;
escolares públicas de educação básica que os integram III – confessionais, assim entendidas as que são insti-
progressivos graus de autonomia pedagógica e admi- tuídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais
nistrativa e de gestão financeira, observadas as normas pessoas jurídicas que atendem a orientação confessional
gerais de direito financeiro público. e ideologia específicas e ao disposto no inciso anterior;
Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: IV – filantrópicas, na forma da lei.
I – as instituições de ensino mantidas pela União; TÍTULO V – DOS NÍVEIS E DAS MODALIDADES
II – as instituições de educação superior criadas e man- DE EDUCAÇÃO E ENSINO
tidas pela iniciativa privada; CAPÍTULO I – DA COMPOSIÇÃO DOS NÍVEIS ESCOLARES
III – os órgãos federais de educação. Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
Art. 17. Os sistemas de ensino dos estados e do Distrito I – educação básica, formada pela educação infantil,
Federal compreendem: ensino fundamental e ensino médio;
I – as instituições de ensino mantidas, respectivamente, II – educação superior.
pelo poder público estadual e pelo Distrito Federal;
CAPÍTULO II – DA EDUCAÇÃO BÁSICA
II – as instituições de educação superior mantidas pelo
poder público municipal; Seção I – Das Disposições Gerais
III – as instituições de ensino fundamental e médio Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver
criadas e mantidas pela iniciativa privada; o educando, assegurar-lhe a formação comum indispen-
sável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios
IV – os órgãos de educação estaduais e do Distrito
para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Federal, respectivamente.
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries
Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de
anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular
educação infantil, criadas e mantidas pela iniciativa pri-
de períodos de estudos, grupos não seriados, com base
vada, integram seu sistema de ensino.
na idade, na competência e em outros critérios, ou por
Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem:

14.  Inciso com redação dada pela Lei nº 12.020, de 27-8-2009.

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LDB – 14ª EDIÇÃO

forma diversa de organização, sempre que o interesse do b) possibilidade de aceleração de estudos para
processo de aprendizagem assim o recomendar. alunos com atraso escolar;
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries
quando se tratar de transferências entre estabeleci- mediante verificação do aprendizado;
mentos situados no país e no exterior, tendo como base d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
as normas curriculares gerais.
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de
§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às pecu- preferência paralelos ao período letivo, para os
liaridades locais, inclusive climáticas e econômicas, a casos de baixo rendimento escolar, a serem dis-
critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso ciplinados pelas instituições de ensino em seus
reduzir o número de horas letivas previsto nesta lei. regimentos;
15
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental VI – o controle de frequência fica a cargo da escola,
e médio, será organizada de acordo com as seguintes conforme o disposto no seu regimento e nas normas
regras comuns: do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência
I – a carga horária mínima anual será de oitocentas horas mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total de
para o ensino fundamental e para o ensino médio, distri- horas letivas para aprovação;
buídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo tra- VII – cabe a cada instituição de ensino expedir históricos
balho escolar, excluído o tempo reservado aos exames escolares, declarações de conclusão de série e diplomas
finais, quando houver; ou certificados de conclusão de cursos, com as especifi-
II – a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a cações cabíveis.
primeira do ensino fundamental, pode ser feita: § 1º A carga horária mínima anual de que trata o inciso I
a) por promoção, para alunos que cursaram, com do caput deverá ser ampliada de forma progressiva, no
aproveitamento, a série ou fase anterior, na pró- ensino médio, para mil e quatrocentas horas, devendo os
pria escola; sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco
b) por transferência, para candidatos procedentes anos, pelo menos mil horas anuais de carga horária, a
de outras escolas; partir de 2 de março de 2017.

c) independentemente de escolarização anterior, § 2º Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta


mediante avaliação feita pela escola, que defina de educação de jovens e adultos e de ensino noturno
o grau de desenvolvimento e experiência do can- regular, adequado às condições do educando, conforme
didato e permita sua inscrição na série ou etapa o inciso VI do art. 4º.
adequada, conforme regulamentação do respec- Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades res-
tivo sistema de ensino; ponsáveis alcançar relação adequada entre o número
III – nos estabelecimentos que adotam a progressão de alunos e o professor, a carga horária e as condições
regular por série, o regimento escolar pode admitir materiais do estabelecimento.
formas de progressão parcial, desde que preservada a Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino,
sequência do currículo, observadas as normas do res- à vista das condições disponíveis e das características
pectivo sistema de ensino; regionais e locais, estabelecer parâmetro para atendi-
IV – poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos mento do disposto neste artigo.
de séries distintas, com níveis equivalentes de adianta- 16
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino
mento na matéria, para o ensino de línguas estrangeiras, fundamental e do ensino médio devem ter base nacional
artes, ou outros componentes curriculares; comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino
V – a verificação do rendimento escolar observará os e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diver-
seguintes critérios: sificada, exigida pelas características regionais e locais
da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo
16.  §§ 2º e 5º com nova redação dada pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017, que também
do período sobre os de eventuais provas finais; acresceu o § 10; § 3º com nova redação dada pela Lei nº 10.793, de 1-12-2003; caput
do artigo com nova redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013; § 7º acrescido pela
Lei nº 12.608, de 10-4-2012, com nova redação dada pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017;
§ 8º acrescido pela Lei nº 13.006, de 26-6-2014; § 9º acrescido pela Lei nº 13.010, de
15.  Inciso I com nova redação dada pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017, que também 26-6-2014; § 6º acrescido pela Lei nº 11.769, de 18-8-2008, e com nova redação dada
acrescentou os §§ 1º e 2º. pela Lei nº 13.278, de 2-5-2016.

12
LDB – 14ª EDIÇÃO

§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e
17

obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório
matemática, o conhecimento do mundo físico e natural o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena.
e da realidade social e política, especialmente do Brasil. § 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo
§ 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões incluirá diversos aspectos da história e da cultura que
regionais, constituirá componente curricular obrigatório caracterizam a formação da população brasileira, a partir
da educação básica. desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história
§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagó- da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos
gica da escola, é componente curricular obrigatório da indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira
educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: e o negro e o índio na formação da sociedade nacional,
resgatando as suas contribuições nas áreas social, eco-
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a
nômica e política, pertinentes à história do Brasil.
6 (seis) horas;
§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-
II – maior de 30 (trinta) anos de idade;
-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em
em situação similar, estiver obrigado à prática da edu- especial nas áreas de educação artística e de literatura
cação física; e história brasileiras.
IV – amparado pelo Decreto-Lei nº  1.044, de 21 de Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica
outubro de 1969; observarão, ainda, as seguintes diretrizes:
V – (vetado); I – a difusão de valores fundamentais ao interesse social,
VI – que tenha prole. aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem
comum e à ordem democrática;
§ 4º O ensino da história do Brasil levará em conta as
contribuições das diferentes culturas e etnias para a for- II – consideração das condições de escolaridade dos
mação do povo brasileiro, especialmente das matrizes alunos em cada estabelecimento;
indígena, africana e europeia. III – orientação para o trabalho;
§ 5º No currículo do ensino fundamental, a partir do IV – promoção do desporto educacional e apoio às prá-
sexto ano, será ofertada a língua inglesa. ticas desportivas não formais.
§ 6º As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as Art. 28. Na oferta de educação básica para a população
linguagens que constituirão o componente curricular de rural, os sistemas de ensino promoverão as adaptações
que trata o § 2º deste artigo. necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida
§ 7º A integralização curricular poderá incluir, a critério rural e de cada região, especialmente:
dos sistemas de ensino, projetos e pesquisas envolvendo I – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às
os temas transversais de que trata o caput. reais necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
§ 8º A exibição de filmes de produção nacional consti- II – organização escolar própria, incluindo adequação
tuirá componente curricular complementar integrado à do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às
proposta pedagógica da escola, sendo a sua exibição condições climáticas;
obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais.
III – adequação à natureza do trabalho na zona rural.
§ 9º Conteúdos relativos aos direitos humanos e à pre- 18
Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo,
venção de todas as formas de violência contra a criança
indígenas e quilombolas será precedido de manifestação
e o adolescente serão incluídos, como temas transver-
do órgão normativo do respectivo sistema de ensino,
sais, nos currículos escolares de que trata o caput deste
que considerará a justificativa apresentada pela Secre-
artigo, tendo como diretriz a Lei nº 8.069, de 13 de julho de
taria de Educação, a análise do diagnóstico do impacto
1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), observada a
da ação e a manifestação da comunidade escolar.
produção e distribuição de material didático adequado.
§ 10. A inclusão de novos componentes curriculares
de caráter obrigatório na Base Nacional Comum Curri-
cular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de
Educação e de homologação pelo ministro de Estado 17.  Artigo acrescido pela Lei nº 10.639, de 9-1-2003, e com nova redação dada pela
Lei nº 11.645, de 10-3-2008.
da Educação. 18.  Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.960, de 27-3-2014.

13
LDB – 14ª EDIÇÃO

Seção II – Da Educação Infantil IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços


de solidariedade humana e de tolerância recíproca em
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação
19

que se assenta a vida social.


básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral
da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, § 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o
psicológico, intelectual e social, complementando a ação ensino fundamental em ciclos.
da família e da comunidade. §  2º Os estabelecimentos que utilizam progressão
Art. 30. A educação infantil será oferecida em: regular por série podem adotar no ensino fundamental
o regime de progressão continuada, sem prejuízo da ava-
I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de
liação do processo de ensino-aprendizagem, observadas
até 3 (três) anos de idade;
as normas do respectivo sistema de ensino.
II – pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco)
20

§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em


anos de idade.
língua portuguesa, assegurada às comunidades indí-
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo
21
genas a utilização de suas línguas maternas e processos
com as seguintes regras comuns: próprios de aprendizagem.
I – avaliação mediante acompanhamento e registro do §  4º O ensino fundamental será presencial, sendo o
desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de pro- ensino a distância utilizado como complementação da
moção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; aprendizagem ou em situações emergenciais.
II – carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, § 5º O currículo do ensino fundamental incluirá, obriga-
distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de toriamente, conteúdo que trate dos direitos das crianças
trabalho educacional; e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei nº 8.069,
III – atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança
horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas e do Adolescente, observada a produção e distribuição
para a jornada integral; de material didático adequado.
IV – controle de frequência pela instituição de edu- § 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído
cação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% como tema transversal nos currículos do ensino
(sessenta por cento) do total de horas; fundamental.
V – expedição de documentação que permita atestar os 23
Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa,
processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. é parte integrante da formação básica do cidadão e
constitui disciplina dos horários normais das escolas
Seção III – Do Ensino Fundamental
públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração
22
à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quais-
de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se quer formas de proselitismo.
aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação
§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedi-
básica do cidadão, mediante:
mentos para a definição dos conteúdos do ensino reli-
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo gioso e estabelecerão as normas para a habilitação e
como meios básicos o pleno domínio da leitura, da admissão dos professores.
escrita e do cálculo;
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, cons-
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sis- tituída pelas diferentes denominações religiosas, para
tema político, da tecnologia, das artes e dos valores em a definição dos conteúdos do ensino religioso.
que se fundamenta a sociedade;
Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, pelo menos 4 (quatro) horas de trabalho efetivo em sala
tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habili- de aula, sendo progressivamente ampliado o período de
dades e a formação de atitudes e valores; permanência na escola.
§ 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das
formas alternativas de organização autorizadas nesta lei.
19.  Artigo com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
§ 2º O ensino fundamental será ministrado progressiva-
20.  Inciso com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
21.  Caput do artigo com nova redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013, que mente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino.
também acrescentou os incisos I a V.
22.  Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 11.274, de 7-2-2006; § 5º acrescido
pela Lei nº 11.525, de 25-9-2007; § 6º acrescido pela Lei nº 12.472, de 1-9-2011. 23.  Artigo com redação dada pela Lei nº 9.475, de 22-7-1997.

14
LDB – 14ª EDIÇÃO

Seção IV – Do Ensino Médio § 6º A União estabelecerá os padrões de desempenho


esperados para o ensino médio, que serão referência
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação
nos processos nacionais de avaliação, a partir da Base
básica, com duração mínima de 3 (três) anos, terá como
Nacional Comum Curricular.
finalidades:
§ 7º Os currículos do ensino médio deverão considerar
I – a consolidação e o aprofundamento dos conheci-
a formação integral do aluno, de maneira a adotar um
mentos adquiridos no ensino fundamental, possibili-
trabalho voltado para a construção de seu projeto de
tando o prosseguimento de estudos;
vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos
II – a preparação básica para o trabalho e a cidadania e socioemocionais.
do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser
§ 8º Os conteúdos, as metodologias e as formas de
capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições
avaliação processual e formativa serão organizados
de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
nas redes de ensino por meio de atividades teóricas e
III – o aprimoramento do educando como pessoa humana, práticas, provas orais e escritas, seminários, projetos e
incluindo a formação ética e o desenvolvimento da auto- atividades on-line, de tal forma que ao final do ensino
nomia intelectual e do pensamento crítico; médio o educando demonstre:
IV – a compreensão dos fundamentos científico- I – domínio dos princípios científicos e tecnológicos que
-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a presidem a produção moderna;
teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
II – conhecimento das formas contemporâneas de
Art. 35-A. A Base Nacional Comum Curricular definirá
24
linguagem.
direitos e objetivos de aprendizagem do ensino médio,
25
Art. 36. O currículo do ensino médio será composto
conforme diretrizes do Conselho Nacional de Educação,
pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerários
nas seguintes áreas do conhecimento:
formativos, que deverão ser organizados por meio da
I – linguagens e suas tecnologias; oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a
II – matemática e suas tecnologias; relevância para o contexto local e a possibilidade dos
III – ciências da natureza e suas tecnologias; sistemas de ensino, a saber:

IV – ciências humanas e sociais aplicadas. I – linguagens e suas tecnologias;

§ 1º A parte diversificada dos currículos de que trata o II – matemática e suas tecnologias;


caput do art. 26, definida em cada sistema de ensino, III – ciências da natureza e suas tecnologias;
deverá estar harmonizada à Base Nacional Comum Curri- IV – ciências humanas e sociais aplicadas;
cular e ser articulada a partir do contexto histórico, eco-
V – formação técnica e profissional.
nômico, social, ambiental e cultural.
§ 1º A organização das áreas de que trata o caput e das
§ 2º A Base Nacional Comum Curricular referente ao
respectivas competências e habilidades será feita de
ensino médio incluirá obrigatoriamente estudos e prá-
acordo com critérios estabelecidos em cada sistema
ticas de educação física, arte, sociologia e filosofia.
de ensino.
§ 3º O ensino da língua portuguesa e da matemática será
I – (revogado);
obrigatório nos três anos do ensino médio, assegurada
às comunidades indígenas, também, a utilização das II – (revogado);
respectivas línguas maternas. III – (revogado).
§ 4º Os currículos do ensino médio incluirão, obrigatoria- § 2º (Revogado.)
mente, o estudo da língua inglesa e poderão ofertar outras
§ 3º A critério dos sistemas de ensino, poderá ser com-
línguas estrangeiras, em caráter optativo, preferencial-
posto itinerário formativo integrado, que se traduz
mente o espanhol, de acordo com a disponibilidade de
na composição de componentes curriculares da Base
oferta, locais e horários definidos pelos sistemas de ensino.
Nacional Comum Curricular (BNCC) e dos itinerários for-
§ 5º A carga horária destinada ao cumprimento da Base mativos, considerando os incisos I a V do caput.
Nacional Comum Curricular não poderá ser superior a mil
e oitocentas horas do total da carga horária do ensino
médio, de acordo com a definição dos sistemas de ensino. 25.  Caput do artigo e seus incisos I a IV, caput do § 1º e § 3º com nova redação dada
pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017, que também acresceu os §§ 5º a 12 e revogou os
incisos I e II do § 1º; inciso IV do caput do artigo acrescido pela Lei nº 11.684, de
2-6-2008, que também revogou o inciso III do § 1º; §§ 2º e 4º revogados pela Lei
24.  Artigo acrescido pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017. nº 11.741, de 16-7-2008

15
LDB – 14ª EDIÇÃO

§ 4º (Revogado.) IV – cursos oferecidos por centros ou programas


§ 5º Os sistemas de ensino, mediante disponibilidade ocupacionais;
de vagas na rede, possibilitarão ao aluno concluinte do V – estudos realizados em instituições de ensino nacio-
ensino médio cursar mais um itinerário formativo de nais ou estrangeiras;
que trata o caput. VI – cursos realizados por meio de educação a distância
§ 6º A critério dos sistemas de ensino, a oferta de for- ou educação presencial mediada por tecnologias.
mação com ênfase técnica e profissional considerará: § 12. As escolas deverão orientar os alunos no processo
I – a inclusão de vivências práticas de trabalho no setor de escolha das áreas de conhecimento ou de atuação
produtivo ou em ambientes de simulação, estabele- profissional previstas no caput.
cendo parcerias e fazendo uso, quando aplicável, de 26
Seção IV-A – Da Educação Profissional
instrumentos estabelecidos pela legislação sobre apren-
Técnica de Nível Médio
dizagem profissional;
Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na Seção IV deste
II – a possibilidade de concessão de certificados interme-
capítulo, o ensino médio, atendida a formação geral do
diários de qualificação para o trabalho, quando a formação
educando, poderá prepará-lo para o exercício de pro-
for estruturada e organizada em etapas com terminalidade.
fissões técnicas.
§ 7º A oferta de formações experimentais relacionadas
Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho e,
ao inciso V do caput, em áreas que não constem do Catá-
facultativamente, a habilitação profissional poderão ser
logo Nacional dos Cursos Técnicos, dependerá, para sua
desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino
continuidade, do reconhecimento pelo respectivo con-
médio ou em cooperação com instituições especiali-
selho estadual de educação, no prazo de três anos, e da
zadas em educação profissional.
inserção no Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, no
prazo de cinco anos, contados da data de oferta inicial Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível médio
da formação. será desenvolvida nas seguintes formas:

§ 8º A oferta de formação técnica e profissional a que I – articulada com o ensino médio;


se refere o inciso V do caput, realizada na própria ins- II – subsequente, em cursos destinados a quem já tenha
tituição ou em parceria com outras instituições, deverá concluído o ensino médio.
ser aprovada previamente pelo conselho estadual de Parágrafo único. A educação profissional técnica de nível
educação, homologada pelo secretário estadual de edu- médio deverá observar:
cação e certificada pelos sistemas de ensino.
I – os objetivos e definições contidos nas diretrizes curri-
§ 9º As instituições de ensino emitirão certificado com culares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional
validade nacional, que habilitará o concluinte do ensino de Educação;
médio ao prosseguimento dos estudos em nível superior
II – as normas complementares dos respectivos sistemas
ou em outros cursos ou formações para os quais a con-
de ensino;
clusão do ensino médio seja etapa obrigatória.
III – as exigências de cada instituição de ensino, nos
§ 10. Além das formas de organização previstas no art. 23,
termos de seu projeto pedagógico.
o ensino médio poderá ser organizado em módulos e
adotar o sistema de créditos com terminalidade específica. Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível médio
articulada, prevista no inciso I do caput do art. 36-B
§ 11. Para efeito de cumprimento das exigências curri-
desta lei, será desenvolvida de forma:
culares do ensino médio, os sistemas de ensino poderão
reconhecer competências e firmar convênios com insti- I – integrada, oferecida somente a quem já tenha con-
tuições de educação a distância com notório reconheci- cluído o ensino fundamental, sendo o curso planejado
mento, mediante as seguintes formas de comprovação: de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional
técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino,
I – demonstração prática;
efetuando-se matrícula única para cada aluno;
II – experiência de trabalho supervisionado ou outra
II – concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino
experiência adquirida fora do ambiente escolar;
médio ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas
III – atividades de educação técnica oferecidas em outras distintas para cada curso, e podendo ocorrer:
instituições de ensino credenciadas;

26.  Seção acrescida pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008.

16
LDB – 14ª EDIÇÃO

a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se CAPÍTULO III – DA EDUCAÇÃO


28

as oportunidades educacionais disponíveis; PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA


b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no cum-
29

as oportunidades educacionais disponíveis; primento dos objetivos da educação nacional, integra-se


c) em instituições de ensino distintas, mediante con- aos diferentes níveis e modalidades de educação e às
vênios de intercomplementaridade, visando ao dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia.
planejamento e ao desenvolvimento de projeto § 1º Os cursos de educação profissional e tecnológica
pedagógico unificado. poderão ser organizados por eixos tecnológicos, possi-
Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educação pro- bilitando a construção de diferentes itinerários forma-
fissional técnica de nível médio, quando registrados, tivos, observadas as normas do respectivo sistema e
terão validade nacional e habilitarão ao prosseguimento nível de ensino.
de estudos na educação superior. § 2º A educação profissional e tecnológica abrangerá os
Parágrafo único. Os cursos de educação profissional téc- seguintes cursos:
nica de nível médio, nas formas articulada concomitante I – de formação inicial e continuada ou qualificação
e subsequente, quando estruturados e organizados em profissional;
etapas com terminalidade, possibilitarão a obtenção
II – de educação profissional técnica de nível médio;
de certificados de qualificação para o trabalho após
a conclusão, com aproveitamento, de cada etapa que III – de educação profissional tecnológica de graduação
caracterize uma qualificação para o trabalho. e pós-graduação.
§ 3º Os cursos de educação profissional tecnológica
Seção V – Da Educação de Jovens e Adultos
de graduação e pós-graduação organizar-se-ão, no
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada que concerne a objetivos, características e duração, de
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de acordo com as diretrizes curriculares nacionais estabe-
estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. lecidas pelo Conselho Nacional de Educação.
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente Art. 40. A educação profissional será desenvolvida
30

aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os em articulação com o ensino regular ou por diferentes
estudos na idade regular, oportunidades educacionais estratégias de educação continuada, em instituições
apropriadas, consideradas as características do alu- especializadas ou no ambiente de trabalho.
nado, seus interesses, condições de vida e de trabalho,
31
Art. 41. O conhecimento adquirido na educação pro-
mediante cursos e exames.
fissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser
§ 2º O poder público viabilizará e estimulará o acesso e a objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para
permanência do trabalhador na escola, mediante ações prosseguimento ou conclusão de estudos.
integradas e complementares entre si.
Parágrafo único. (Revogado.)
§ 3º A educação de jovens e adultos deverá articular-se,
27

Art. 42. As instituições de educação profissional e tec-


32
preferencialmente, com a educação profissional, na
nológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão
forma do regulamento.
cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames a matrícula à capacidade de aproveitamento e não
supletivos, que compreenderão a base nacional comum necessariamente ao nível de escolaridade.
do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos
em caráter regular. CAPÍTULO IV – DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: Art. 43. A educação superior tem por finalidade:

I – no nível de conclusão do ensino fundamental, para I – estimular a criação cultural e o desenvolvimento do


os maiores de 15 (quinze) anos; espírito científico e do pensamento reflexivo;

II – no nível de conclusão do ensino médio, para os


maiores de 18 (dezoito) anos.
28.  Denominação do capítulo com redação dada pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008.
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos 29.  Artigo regulamentado pelo Decreto nº 5.154, de 23-7-2004, e com nova redação
dada pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008.
educandos por meios informais serão aferidos e reco-
30.  Artigo regulamentado pelo Decreto nº 5.154, de 23-7-2004.
nhecidos mediante exames. 31.  Artigo regulamentado pelo Decreto nº 5.154, de 23-7-2004, e com nova redação
dada pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008.
27.  Parágrafo acrescido pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008. 32.  Artigo com nova redação dada pela Lei nº 11.741, de 16-7-2008.

17
LDB – 14ª EDIÇÃO

II – formar diplomados nas diferentes áreas de conheci- em cursos de graduação e que atendam às exigências
mento, aptos para a inserção em setores profissionais e das instituições de ensino;
para a participação no desenvolvimento da sociedade IV – de extensão, abertos a candidatos que atendam aos
brasileira, e colaborar na sua formação contínua; requisitos estabelecidos em cada caso pelas instituições
III – incentivar o trabalho de pesquisa e investigação de ensino.
científica, visando ao desenvolvimento da ciência e da §  1º Os resultados do processo seletivo referido no
tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse inciso II do caput deste artigo serão tornados públicos
modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio pelas instituições de ensino superior, sendo obrigatória
em que vive; a divulgação da relação nominal dos classificados, a
IV – promover a divulgação de conhecimentos cultu- respectiva ordem de classificação, bem como do cro-
rais, científicos e técnicos que constituem patrimônio nograma das chamadas para matrícula, de acordo com
da humanidade e comunicar o saber através do ensino, os critérios para preenchimento das vagas constantes
de publicações ou de outras formas de comunicação; do respectivo edital.
V – suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento § 2º No caso de empate no processo seletivo, as insti-
cultural e profissional e possibilitar a correspondente tuições públicas de ensino superior darão prioridade de
concretização, integrando os conhecimentos que vão matrícula ao candidato que comprove ter renda familiar
sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistemati- inferior a dez salários mínimos, ou ao de menor renda
zadora do conhecimento de cada geração; familiar, quando mais de um candidato preencher o cri-
VI – estimular o conhecimento dos problemas do mundo tério inicial.
presente, em particular os nacionais e regionais, prestar § 3º O processo seletivo referido no inciso II conside-
serviços especializados à comunidade e estabelecer com rará as competências e as habilidades definidas na Base
esta uma relação de reciprocidade; Nacional Comum Curricular.
VII – promover a extensão, aberta à participação da Art. 45. A educação superior será ministrada em insti-
população, visando à difusão das conquistas e benefí- tuições de ensino superior, públicas ou privadas, com
cios resultantes da criação cultural e da pesquisa cien- variados graus de abrangência ou especialização.
tífica e tecnológica geradas na instituição. Art. 46. A autorização e o reconhecimento de cursos,
35

VIII – atuar em favor da universalização e do aprimo-


33
bem como o credenciamento de instituições de edu-
ramento da educação básica, mediante a formação e a cação superior, terão prazos limitados, sendo renovados,
capacitação de profissionais, a realização de pesquisas periodicamente, após processo regular de avaliação.
pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de 36
§  1º Após um prazo para saneamento de deficiên-
extensão que aproximem os dois níveis escolares. cias eventualmente identificadas pela avaliação a que
Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes
34
se refere este artigo, haverá reavaliação, que poderá
cursos e programas: resultar, conforme o caso, em desativação de cursos
I – cursos sequenciais por campo de saber, de dife- e habilitações, em intervenção na instituição, em sus-
rentes níveis de abrangência, abertos a candidatos que pensão temporária de prerrogativas da autonomia, ou
atendam aos requisitos estabelecidos pelas instituições em descredenciamento.
de ensino, desde que tenham concluído o ensino médio § 2º No caso de instituição pública, o Poder Executivo
ou equivalente; responsável por sua manutenção acompanhará o pro-
II – de graduação, abertos a candidatos que tenham con- cesso de saneamento e fornecerá recursos adicionais, se
cluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido necessários, para a superação das deficiências.
classificados em processo seletivo; Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, inde-
III – de pós-graduação, compreendendo programas de pendente do ano civil, tem, no mínimo, 200 (duzentos)
mestrado e doutorado, cursos de especialização, aper- dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo
feiçoamento e outros, abertos a candidatos diplomados reservado aos exames finais, quando houver.

35.  Artigo regulamentado pelo Decreto nº 5.773, de 9-5-2006. A Lei nº 10.870, de


19-5-2004, instituiu a Taxa de Avaliação in loco, em favor do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), pelas avaliações periódicas
33.  Inciso VIII acrescido pela Lei nº 13.174, de 21-10-2015. que realizar, quando formulada solicitação de credenciamento ou renovação de creden-
34.  Inciso I do caput do artigo com nova redação dada pela Lei nº 11.632, de ciamento de instituição de educação superior e solicitação de autorização, reconheci-
27-12-2007; parágrafo único acrescido pela Lei nº 11.331, de 25-7-2006, e renume- mento ou renovação de reconhecimento de cursos de graduação.
rado para § 1º pela Lei nº 13.184, de 4-11-2015, que também acrescentou o § 2º; § 3º 36.  A Taxa de Avaliação in loco, de que trata a Lei nº 10.870, de 19-5-2004, será
acrescido pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017. também devida no caso da reavaliação de que trata esse parágrafo.

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LDB – 14ª EDIÇÃO

37
§ 1º As instituições informarão aos interessados, do docente e o tempo de casa do docente, de
antes de cada período letivo, os programas dos cursos forma total, contínua ou intermitente.
e demais componentes curriculares, sua duração, requi- § 2º Os alunos que tenham extraordinário aproveita-
sitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis mento nos estudos, demonstrado por meio de provas e
e critérios de avaliação, obrigando-se a cumprir as res- outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados
pectivas condições, e a publicação deve ser feita, sendo por banca examinadora especial, poderão ter abreviada
as 3 (três) primeiras formas concomitantemente: a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos
I – em página específica na internet no sítio eletrônico ofi- sistemas de ensino.
cial da instituição de ensino superior, obedecido o seguinte: § 3º É obrigatória a frequência de alunos e professores,
a) toda publicação a que se refere esta lei deve ter salvo nos programas de educação a distância.
como título “Grade e Corpo Docente”; § 4º As instituições de educação superior oferecerão,
b) a página principal da instituição de ensino supe- no período noturno, cursos de graduação nos mesmos
rior, bem como a página da oferta de seus cursos padrões de qualidade mantidos no período diurno,
aos ingressantes sob a forma de vestibulares, sendo obrigatória a oferta noturna nas instituições
processo seletivo e outras com a mesma finali- públicas, garantida a necessária previsão orçamentária.
dade, deve conter a ligação desta com a página Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos,
específica prevista neste inciso; quando registrados, terão validade nacional como prova
c) caso a instituição de ensino superior não possua da formação recebida por seu titular.
sítio eletrônico, deve criar página específica para § 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão por
divulgação das informações de que trata esta lei; elas próprias registrados, e aqueles conferidos por insti-
d) a página específica deve conter a data completa tuições não universitárias serão registrados em univer-
de sua última atualização; sidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação.
II – em toda propaganda eletrônica da instituição de § 2º Os diplomas de graduação expedidos por universi-
ensino superior, por meio de ligação para a página refe- dades estrangeiras serão revalidados por universidades
rida no inciso I; públicas que tenham curso do mesmo nível e área ou
III – em local visível da instituição de ensino superior e equivalente, respeitando-se os acordos internacionais
de fácil acesso ao público; de reciprocidade ou equiparação.

IV – deve ser atualizada semestralmente ou anualmente, § 3º Os diplomas de mestrado e de doutorado expe-
de acordo com a duração das disciplinas de cada curso didos por universidades estrangeiras só poderão ser
oferecido, observando o seguinte: reconhecidos por universidades que possuam cursos de
pós-graduação reconhecidos e avaliados, na mesma área
a) caso o curso mantenha disciplinas com duração
de conhecimento e em nível equivalente ou superior.
diferenciada, a publicação deve ser semestral;
Art. 49. As instituições de educação superior aceitarão
b) a publicação deve ser feita até 1 (um) mês antes
a transferência de alunos regulares, para cursos afins,
do início das aulas;
na hipótese de existência de vagas, e mediante pro-
c) caso haja mudança na grade do curso ou no corpo cesso seletivo.
docente até o início das aulas, os alunos devem
Parágrafo único. As transferências ex officio dar-se-ão
38

ser comunicados sobre as alterações;


na forma da lei.
V – deve conter as seguintes informações:
Art. 50. As instituições de educação superior, quando da
a) a lista de todos os cursos oferecidos pela insti- ocorrência de vagas, abrirão matrícula nas disciplinas de
tuição de ensino superior; seus cursos a alunos não regulares que demonstrarem
b) a lista das disciplinas que compõem a grade curri- capacidade de cursá-las com proveito, mediante pro-
cular de cada curso e as respectivas cargas horárias; cesso seletivo prévio.

c) a identificação dos docentes que ministrarão as Art. 51. As instituições de educação superior creden-
aulas em cada curso, as disciplinas que efetiva- ciadas como universidades, ao deliberar sobre critérios
mente ministrará naquele curso ou cursos, sua e normas de seleção e admissão de estudantes, levarão
titulação, abrangendo a qualificação profissional em conta os efeitos desses critérios sobre a orientação

37.  Lei nº 13.168, de 6-10-2015, que também acrescentou os incisos de I a V e suas


respectivas alíneas. 38.  Parágrafo regulamentado pela Lei nº 9.536, de 11-12-1997.

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do ensino médio, articulando-se com os órgãos norma- I – criação, expansão, modificação e extinção de cursos;
tivos dos sistemas de ensino. II – ampliação e diminuição de vagas;
Art. 52. As universidades são instituições pluridiscipli- III – elaboração da programação dos cursos;
nares de formação dos quadros profissionais de nível
IV – programação das pesquisas e das atividades de
superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo
extensão;
do saber humano, que se caracterizam por:
V – contratação e dispensa de professores;
I – produção intelectual institucionalizada mediante o
estudo sistemático dos temas e problemas mais rele- VI – planos de carreira docente.
vantes, tanto do ponto de vista científico e cultural, Art. 54. As universidades mantidas pelo poder público
quanto regional e nacional; gozarão, na forma da lei, de estatuto jurídico especial para
II – 1/3 (um terço) do corpo docente, pelo menos, com atender às peculiaridades de sua estrutura, organização
titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; e financiamento pelo poder público, assim como dos seus
planos de carreira e do regime jurídico do seu pessoal.
III – 1/3 (um terço) do corpo docente em regime de tempo
integral. § 1º No exercício da sua autonomia, além das atribui-
ções asseguradas pelo artigo anterior, as universidades
Parágrafo único. É facultada a criação de universidades
públicas poderão:
especializadas por campo do saber.
I – propor o seu quadro de pessoal docente, técnico
Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asseguradas
e administrativo, assim como um plano de cargos e
às universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes
salários, atendidas as normas gerais pertinentes e os
atribuições:
recursos disponíveis;
I – criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e
II – elaborar o regulamento de seu pessoal em confor-
programas de educação superior previstos nesta lei,
midade com as normas gerais concernentes;
obedecendo às normas gerais da União e, quando for o
caso, do respectivo sistema de ensino; III – aprovar e executar planos, programas e projetos de
investimentos referentes a obras, serviços e aquisições
II – fixar os currículos dos seus cursos e programas,
em geral, de acordo com os recursos alocados pelo res-
observadas as diretrizes gerais pertinentes;
pectivo Poder mantenedor;
III – estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa
IV – elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais;
científica, produção artística e atividades de extensão;
V – adotar regime financeiro e contábil que atenda às
IV – fixar o número de vagas de acordo com a capacidade
suas peculiaridades de organização e funcionamento;
institucional e as exigências do seu meio;
VI – realizar operações de crédito ou de financiamento,
V – elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos
com aprovação do Poder competente, para aquisição de
em consonância com as normas gerais atinentes;
bens imóveis, instalações e equipamentos;
VI – conferir graus, diplomas e outros títulos;
VII – efetuar transferências, quitações e tomar outras
VII – firmar contratos, acordos e convênios; providências de ordem orçamentária, financeira e patri-
VIII – aprovar e executar planos, programas e projetos de monial necessárias ao seu bom desempenho.
investimentos referentes a obras, serviços e aquisições § 2º Atribuições de autonomia universitária poderão ser
em geral, bem como administrar rendimentos conforme estendidas a instituições que comprovem alta qualifi-
dispositivos institucionais; cação para o ensino ou para a pesquisa, com base em
IX – administrar os rendimentos e deles dispor na forma avaliação realizada pelo poder público.
prevista no ato de constituição, nas leis e nos respec- Art. 55. Caberá à União assegurar, anualmente, em seu
tivos estatutos; orçamento geral, recursos suficientes para manutenção
X – receber subvenções, doações, heranças, legados e e desenvolvimento das instituições de educação supe-
cooperação financeira resultante de convênios com enti- rior por ela mantidas.
dades públicas e privadas. Art. 56. As instituições públicas de educação superior
Parágrafo único. Para garantir a autonomia didático- obedecerão ao princípio da gestão democrática, asse-
-científica das universidades, caberá aos seus colegiados gurada a existência de órgãos colegiados deliberativos,
de ensino e pesquisa decidir, dentro dos recursos orça- de que participarão os segmentos da comunidade ins-
mentários disponíveis, sobre: titucional, local e regional.

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LDB – 14ª EDIÇÃO

Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes ocu- aqueles que apresentam uma habilidade superior nas
parão 70% (setenta por cento) dos assentos em cada áreas artística, intelectual ou psicomotora;
órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem V – acesso igualitário aos benefícios dos programas
da elaboração e modificações estatutárias e regimen- sociais suplementares disponíveis para o respectivo
tais, bem como da escolha de dirigentes. nível do ensino regular.
Art. 57. Nas instituições públicas de educação superior,
39
42
Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadastro
o professor ficará obrigado ao mínimo de 8 (oito) horas nacional de alunos com altas habilidades ou superdo-
semanais de aulas. tação matriculados na educação básica e na educação
CAPÍTULO V – DA EDUCAÇÃO ESPECIAL superior, a fim de fomentar a execução de políticas
públicas destinadas ao desenvolvimento pleno das
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os
40
potencialidades desse alunado.
efeitos desta lei, a modalidade de educação escolar
oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, Parágrafo único. A identificação precoce de alunos com
para educandos com deficiência, transtornos globais do altas habilidades ou superdotação, os critérios e procedi-
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. mentos para inclusão no cadastro referido no caput deste
artigo, as entidades responsáveis pelo cadastramento, os
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio espe-
mecanismos de acesso aos dados do cadastro e as polí-
cializado, na escola regular, para atender às peculiari-
ticas de desenvolvimento das potencialidades do alunado
dades da clientela de educação especial.
de que trata o caput serão definidos em regulamento.
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes,
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino
escolas ou serviços especializados, sempre que, em
estabelecerão critérios de caracterização das institui-
função das condições específicas dos alunos, não for
ções privadas sem fins lucrativos, especializadas e com
possível a sua integração nas classes comuns de ensino
atuação exclusiva em educação especial, para fins de
regular.
apoio técnico e financeiro pelo poder público.
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional 43
Parágrafo único. O poder público adotará, como alter-
do Estado, tem início na faixa etária de 0 (zero) a 6 (seis)
nativa preferencial, a ampliação do atendimento aos
anos, durante a educação infantil.
educandos com deficiência, transtornos globais do
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos edu-
41
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação
candos com deficiência, transtornos globais do desen- na própria rede pública regular de ensino, independen-
volvimento e altas habilidades ou superdotação: temente do apoio às instituições previstas neste artigo.
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educa-
TÍTULO VI – DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO
tivos e organização espe­cíficos, para atender às suas
necessidades;
44
Art. 61. Consideram-se profissionais da educação
escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício
II – terminalidade específica para aqueles que não
e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são:
puderem atingir o nível exigido para a conclusão do
ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e I – professores habilitados em nível médio ou superior
aceleração para concluir em menor tempo o programa para a docência na educação infantil e nos ensinos fun-
escolar para os superdotados: damental e médio;

III – professores com especialização adequada em nível II – trabalhadores em educação portadores de diploma
médio ou superior, para atendimento especializado, bem de pedagogia, com habilitação em administração, plane-
como professores do ensino regular capacitados para a jamento, supervisão, inspeção e orientação educacional,
integração desses educandos nas classes comuns; bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas
mesmas áreas;
IV – educação especial para o trabalho, visando a sua
efetiva integração na vida em sociedade, inclusive con- III – trabalhadores em educação, portadores de diploma
dições adequadas para os que não revelarem capaci- de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim.
dade de inserção no trabalho competitivo, mediante Parágrafo único. A formação dos profissionais da edu-
articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para cação, de modo a atender às especificidades do exercício

39.  Conforme o art. 3º do Decreto nº 2.668, de 13-7-1998, aos docentes servidores 42.  Artigo acrescido pela Lei nº 13.234, de 29-12-2015.
ocupantes de cargo em comissão e função de confiança não se aplica o disposto 43.  Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
nesse artigo.
44.  Caput do artigo, seus incisos I a III e incisos I a III do parágrafo único com nova
40.  Caput com redação dada pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013. redação dada pela Lei nº 12.014, de 6-8-2009; incisos IV e V do parágrafo único
41.  Idem. acrescidos pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017.

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de suas atividades, bem como aos objetivos das dife- a estudantes matriculados em cursos de licenciatura, de
rentes etapas e modalidades da educação básica, terá graduação plena, nas instituições de educação superior.
como fundamentos: § 6º O Ministério da Educação poderá estabelecer nota
I – a presença de sólida formação básica, que propicie o mínima em exame nacional aplicado aos concluintes do
conhecimento dos fundamentos científicos e sociais de ensino médio como pré-requisito para o ingresso em
suas competências de trabalho; cursos de graduação para formação de docentes, ouvido
II – a associação entre teorias e práticas, mediante está- o Conselho Nacional de Educação (CNE).
gios supervisionados e capacitação em serviço; § 7º (Vetado.)
III – o aproveitamento da formação e experiências ante- 46
§ 8º Os currículos dos cursos de formação de docentes
riores, em instituições de ensino e em outras atividades; terão por referência a Base Nacional Comum Curricular.
IV – profissionais com notório saber reconhecido pelos 47
Art. 62-A. A formação dos profissionais a que se refere
respectivos sistemas de ensino, para ministrar con- o inciso III do art. 61 far-se-á por meio de cursos de con-
teúdos de áreas afins à sua formação ou experiência teúdo técnico-pedagógico, em nível médio ou superior,
profissional, atestados por titulação específica ou incluindo habilitações tecnológicas.
prática de ensino em unidades educacionais da rede Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada
pública ou privada ou das corporações privadas em para os profissionais a que se refere o caput, no local
que tenham atuado, exclusivamente para atender ao de trabalho ou em instituições de educação básica e
inciso V do caput do art. 36; superior, incluindo cursos de educação profissional,
V – profissionais graduados que tenham feito comple- cursos superiores de graduação plena ou tecnológicos
mentação pedagógica, conforme disposto pelo Conselho e de pós-graduação.
Nacional de Educação. Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão:
45
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação I – cursos formadores de profissionais para a educação
básica far-se-á em nível superior, em curso de licen- básica, inclusive o curso normal superior, destinado à
ciatura plena, admitida, como formação mínima para o formação de docentes para a educação infantil e para
exercício do magistério na educação infantil e nos cinco as primeiras séries do ensino fundamental;
primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em
II – programas de formação pedagógica para porta-
nível médio, na modalidade normal.
dores de diplomas de educação superior que queiram
§ 1º A União, o Distrito Federal, os estados e os muni- se dedicar à educação básica;
cípios, em regime de colaboração, deverão promover
III – programas de educação continuada para os
a formação inicial, a continuada e a capacitação dos
profissionais de educação dos diversos níveis.
profissionais de magistério.
Art. 64. A formação de profissionais de educação para
§ 2º A formação continuada e a capacitação dos pro-
administração, planejamento, inspeção, supervisão e
fissionais de magistério poderão utilizar recursos e tec-
orientação educacional para a educação básica, será
nologias de educação a distância.
feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível
§ 3º A formação inicial de profissionais de magistério de pós-graduação, a critério da instituição de ensino,
dará preferência ao ensino presencial, subsidiaria- garantida, nesta formação, a base comum nacional.
mente fazendo uso de recursos e tecnologias de edu-
Art. 65. A formação docente, exceto para a educação
cação a distância.
superior, incluirá prática de ensino de, no mínimo, 300
§ 4º A União, o Distrito Federal, os estados e os muni- (trezentas) horas.
cípios adotarão mecanismos facilitadores de acesso e
Art. 66. A preparação para o exercício do magistério
permanência em cursos de formação de docentes em
superior far-se-á em nível de pós-graduação, priorita-
nível superior para atuar na educação básica pública.
riamente em programas de mestrado e doutorado.
§ 5º A União, o Distrito Federal, os estados e os municí-
Parágrafo único. O notório saber, reconhecido por uni-
pios incentivarão a formação de profissionais do magis-
versidade com curso de doutorado em área afim, poderá
tério para atuar na educação básica pública mediante
suprir a exigência de título acadêmico.
programa institucional de bolsa de iniciação à docência

45.  Caput do artigo com nova redação dada pela Lei nº 13.415, de 16-2-2017, que 46.  O art. 11 da Lei nº 13.415, de 16-2-2017, estabelece que o disposto no § 8º
também acresceu o § 8º; §§ 1º a 3º acrescidos pela Lei nº 12.056, de 13-10-2009; §§ 4º deverá ser implementado no prazo de dois anos, contado da publicação da Base
a 6º acrescidos pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013; § 7º proposto e vetado no projeto que Nacional Comum Curricular.
foi transformado na Lei nº 12.796, de 4-4-2013. 47.  Artigo acrescido pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.

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LDB – 14ª EDIÇÃO

48
Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valori- resultante de impostos, compreendidas as transferên-
zação dos profissionais da educação, assegurando-lhes, cias constitucionais, na manutenção e desenvolvimento
inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de do ensino público.
carreira do magistério público: § 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida
I – ingresso exclusivamente por concurso público de pela União aos estados, ao Distrito Federal e aos muni-
provas e títulos; cípios, ou pelos estados aos respectivos municípios, não
II – aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive será considerada, para efeito do cálculo previsto neste
com licenciamento periódico remunerado para esse fim; artigo, receita do governo que a transferir.

III – piso salarial profissional; §  2º Serão consideradas excluídas das receitas de


impostos mencionadas neste artigo as operações de cré-
IV – progressão funcional baseada na titulação ou habi-
dito por antecipação de receita orçamentária de impostos.
litação, e na avaliação do desempenho;
§ 3º Para fixação inicial dos valores correspondentes
V – período reservado a estudos, planejamento e ava-
aos mínimos estatuídos neste artigo, será considerada
liação, incluído na carga de trabalho;
a receita estimada na lei do orçamento anual, ajustada,
VI – condições adequadas de trabalho. quando for o caso, por lei que autorizar a abertura de
§ 1º A experiência docente é pré-requisito para o exer- créditos adicionais, com base no eventual excesso de
cício profissional de quaisquer outras funções de magis- arrecadação.
tério, nos termos das normas de cada sistema de ensino. § 4º As diferenças entre a receita e a despesa previstas e
§ 2º Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e as efetivamente realizadas, que resultem no não atendi-
no § 8º do art. 201 da Constituição Federal, são con- mento dos percentuais mínimos obrigatórios, serão apu-
sideradas funções de magistério as exercidas por pro- radas e corrigidas a cada trimestre do exercício financeiro.
fessores e especialistas em educação no desempenho § 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do
de atividades educativas, quando exercidas em estabe- caixa da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
lecimento de educação básica em seus diversos níveis e municípios ocorrerá imediatamente ao órgão respon-
modalidades, incluídas, além do exercício da docência, sável pela educação, observados os seguintes prazos:
as de direção de unidade escolar e as de coordenação e
I – recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de
assessoramento pedagógico.
cada mês, até o vigésimo dia;
§ 3º A União prestará assistência técnica aos estados,
II – recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigé-
ao Distrito Federal e aos municípios na elaboração de
simo dia de cada mês, até o trigésimo dia;
concursos públicos para provimento de cargos dos pro-
fissionais da educação. III – recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao
final de cada mês, até o décimo dia do mês subsequente.
TÍTULO VII – DOS RECURSOS FINANCEIROS
§  6º O atraso da liberação sujeitará os recursos a
Art. 68. Serão recursos públicos destinados à educação correção monetária e à responsabilização civil e criminal
os originários de: das autoridades competentes.
I – receita de impostos próprios da União, dos estados, Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desen-
do Distrito Federal e dos municípios; volvimento do ensino as despesas realizadas com vistas
II – receita de transferências constitucionais e outras à consecução dos objetivos básicos das instituições edu-
transferências; cacionais de todos os níveis, compreendendo as que se
III – receita do salário-educação e de outras contribui- destinam a:
ções sociais; I – remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente
IV – receita de incentivos fiscais; e demais profis­sionais da educação;

V – outros recursos previstos em lei. II – aquisição, manutenção, construção e conservação


de instalações e equipamentos necessários ao ensino;
Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de
18 (dezoito), e os estados, o Distrito Federal e os municí- III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados
pios, 25% (vinte e cinco por cento), ou o que consta nas ao ensino;
respectivas constituições ou leis orgânicas, da receita IV – levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas
visando precipuamente ao aprimoramento da qualidade
48.  Parágrafo único primitivo transformado em § 1º pela Lei nº 11.301, de 10-5-2006, e à expansão do ensino;
que também acrescentou o § 2º; § 3º acrescido pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.

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LDB – 14ª EDIÇÃO

V – realização de atividades-meio necessárias ao fun- progressivamente, as disparidades de acesso e garantir


cionamento dos sistemas de ensino; o padrão mínimo de qualidade de ensino.
VI – concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas § 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a fór-
públicas e privadas; mula de domínio público que inclua a capacidade de
VII – amortização e custeio de operações de crédito des- atendimento e a medida do esforço fiscal do respectivo
tinadas a atender ao disposto nos incisos deste artigo; estado, do Distrito Federal ou do município em favor da
manutenção e do desenvolvimento do ensino.
VIII – aquisição de material didático-escolar e manu-
tenção de programas de transporte escolar. § 2º A capacidade de atendimento de cada governo será
definida pela razão entre os recursos de uso constitucio-
Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e
nalmente obrigatório na manutenção e desenvolvimento
desenvolvimento do ensino aquelas realizadas com:
do ensino e o custo anual do aluno, relativo ao padrão
I – pesquisa, quando não vinculada às instituições de mínimo de qualidade.
ensino, ou, quando efetivada fora dos sistemas de
§ 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e 2º,
ensino, que não vise, precipuamente, ao aprimoramento
a União poderá fazer a transferência direta de recursos a
de sua qualidade ou à sua expansão;
cada estabelecimento de ensino, considerado o número
II – subvenção a instituições públicas ou privadas de de alunos que efetivamente frequentam a escola.
caráter assistencial, desportivo ou cultural;
§ 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá ser
III – formação de quadros especiais para a administração exercida em favor do Distrito Federal, dos estados e dos
pública, sejam militares ou civis, inclusive diplomáticos; municípios se estes oferecerem vagas, na área de ensino
IV – programas suplementares de alimentação, assis- de sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10
tência médico-odontológica, farmacêutica e psicológica, e o inciso V do art. 11 desta lei, em número inferior à sua
e outras formas de assistência social; capacidade de atendimento.

V – obras de infraestrutura, ainda que realizadas para Art. 76. A ação supletiva e redistributiva prevista no artigo
beneficiar direta ou indiretamente a rede escolar; anterior ficará condicionada ao efetivo cumprimento
pelos estados, Distrito Federal e municípios do disposto
VI – pessoal docente e demais trabalhadores da edu-
nesta lei, sem prejuízo de outras prescrições legais.
cação, quando em desvio de função ou em atividade
alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino. Art. 77. Os recursos públicos serão destinados às escolas
públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias,
Art. 72. As receitas e despesas com manutenção e desen-
confessionais ou filantrópicas que:
volvimento do ensino serão apuradas e publicadas nos
balanços do poder público, assim como nos relatórios a I – comprovem finalidade não lucrativa e não distribuam
que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição Federal. resultados, dividendos, bonificações, participações
ou parcela de seu patrimônio sob nenhuma forma ou
Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão, priorita-
pretexto;
riamente, na prestação de contas de recursos públicos,
o cumprimento do disposto no art. 212 da Constituição II – apliquem seus excedentes financeiros em educação;
Federal, no art. 60 do Ato das Disposições Constitucio- III – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra
nais Transitórias e na legislação concernente. escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou
Art. 74. A União, em colaboração com os estados, o ao poder público, no caso de encerramento de suas
Distrito Federal e os municípios, estabelecerá padrão atividades;
mínimo de oportunidades educacionais para o ensino IV – prestem contas ao poder público dos recursos
fundamental, baseado no cálculo do custo mínimo por recebidos.
aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade.
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser
Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este artigo destinados a bolsas de estudo para a educação básica,
será calculado pela União ao final de cada ano, com vali- na forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência
dade para o ano subsequente, considerando variações de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regu-
regionais no custo dos insumos e as diversas modali- lares da rede pública de domicílio do educando, ficando
dades de ensino. o poder público obrigado a investir prioritariamente na
Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da União expansão da sua rede local.
e dos estados será exercida de modo a corrigir,

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LDB – 14ª EDIÇÃO

§ 2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de
51

poderão receber apoio financeiro do poder público, novembro como Dia Nacional da Consciência Negra.
inclusive mediante bolsas de estudo. 52
Art. 80. O poder público incentivará o desenvolvimento
TÍTULO VIII – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS e a veiculação de programas de ensino a distância, em
todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação
Art. 78. O sistema de ensino da União, com a colaboração
continuada.
das agências federais de fomento à cultura e de assis-
tência aos índios, desenvolverá programas integrados § 1º A educação a distância, organizada com abertura e
de ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar regime especiais, será oferecida por instituições espe-
bilíngue e intercultural aos povos indígenas, com os cificamente credenciadas pela União.
seguintes objetivos: § 2º A União regulamentará os requisitos para a reali-
I – proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a zação de exames e registro de diploma relativos a cursos
recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de educação a distância.
de suas identidades étnicas; a valorização de suas lín- § 3º As normas para produção, controle e avaliação de
guas e ciências; programas de educação a distância e a autorização para
II – garantir aos índios, suas comunidades e povos, o sua implementação, caberão aos respectivos sistemas
acesso às informações, conhecimentos técnicos e cien- de ensino, podendo haver cooperação e integração entre
tíficos da sociedade nacional e demais sociedades indí- os diferentes sistemas.
genas e não índias. § 4º A educação a distância gozará de tratamento dife-
Art. 79. A União apoiará técnica e financeiramente os renciado, que incluirá:
sistemas de ensino no provimento da educação inter- I – custos de transmissão reduzidos em canais comerciais
cultural às comunidades indígenas, desenvolvendo pro- de radiodifusão sonora e de sons e imagens e em outros
gramas integrados de ensino e pesquisa. meios de comunicação que sejam explorados mediante
§ 1º Os programas serão planejados com audiência das autorização, concessão ou permissão do poder público;
comunidades indígenas. II – concessão de canais com finalidades exclusiva-
§ 2º Os programas a que se refere este artigo, incluídos mente educativas;
nos planos nacionais de educação, terão os seguintes III – reserva de tempo mínimo, sem ônus para o poder
objetivos: público, pelos concessionários de canais comerciais.
I – fortalecer as práticas socioculturais e a língua Art. 81. É permitida a organização de cursos ou institui-
materna de cada comunidade indígena; ções de ensino experimentais, desde que obedecidas as
II – manter programas de formação de pessoal especia- disposições desta lei.
lizado, destinado à educação escolar nas comunidades 53
Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas
indígenas; de realização de estágio em sua jurisdição, observada a
III – desenvolver currículos e programas específicos, lei federal sobre a matéria.
neles incluindo os conteúdos culturais correspondentes Art. 83. O ensino militar é regulado em lei específica,
às respectivas comunidades; admitida a equivalência de estudos, de acordo com as
IV – elaborar e publicar sistematicamente material didá- normas fixadas pelos sistemas de ensino.
tico específico e diferenciado. Art. 84. Os discentes da educação superior poderão ser
§ 3º No que se refere à educação superior, sem prejuízo
49 aproveitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas res-
de outras ações, o atendimento aos povos indígenas pectivas instituições, exercendo funções de monitoria,
efetivar-se-á, nas universidades públicas e privadas, de acordo com seu rendimento e seu plano de estudos.
mediante a oferta de ensino e de assistência estudantil, Art. 85. Qualquer cidadão habilitado com a titulação
assim como de estímulo à pesquisa e desenvolvimento própria poderá exigir a abertura de concurso público
de programas especiais. de provas e títulos para cargo de docente de insti-
50
Art. 79-A. (Vetado.) tuição pública de ensino que estiver sendo ocupado
por professor não concursado, por mais de 6 (seis) anos,

51.  Artigo acrescido pela Lei nº 10.639, de 9-1-2003.


49.  Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.416, de 9-6-2011. 52.  Artigo regulamentado pelo Decreto nº 5.622, de 19-12-2005; inciso I do § 4º com
50.  Artigo proposto e vetado no projeto que foi transformado na Lei nº 10.639, de nova redação dada pela Lei nº 12.603, de 3-4-2012.
9-1-2003. 53.  Artigo com redação dada pela Lei nº 11.788, de 25-9-2008.

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LDB – 14ª EDIÇÃO

ressalvados os direitos assegurados pelos arts. 41 da às disposições desta lei no prazo máximo de 1 (um) ano,
Constituição Federal e 19 do Ato das Disposições Cons- a partir da data de sua publicação.
titucionais Transitórias. § 1º As instituições educacionais adaptarão seus esta-
Art. 86. As instituições de educação superior consti- tutos e regimentos aos dispositivos desta lei e às normas
tuídas como universidades integrar-se-ão, também, na dos respectivos sistemas de ensino, nos prazos por estes
sua condição de instituições de pesquisa, ao Sistema estabelecidos.
Nacional de Ciência e Tecnologia, nos termos da legis- § 2º O prazo para que as universidades cumpram o dis-
lação específica. posto nos incisos II e III do art. 52 é de 8 (oito) anos.
TÍTULO IX – DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Art. 89. As creches e pré-escolas existentes ou que
Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se
54 venham a ser criadas deverão, no prazo de 3 (três) anos,
um ano a partir da publicação desta lei. a contar da publicação desta lei, integrar-se ao respec-
tivo sistema de ensino.
§ 1º A União, no prazo de 1 (um) ano a partir da publi-
cação desta lei, encaminhará, ao Congresso Nacional, o Art. 90. As questões suscitadas na transição entre o
Plano Nacional de Educação, com diretrizes e metas para regime anterior e o que se institui nesta lei serão resol-
os 10 (dez) anos seguintes, em sintonia com a Declaração vidas pelo Conselho Nacional de Educação ou, mediante
Mundial sobre Educação para Todos. delegação deste, pelos órgãos normativos dos sistemas
de ensino, preservada a autonomia universitária.
§ 2º (Revogado.)
Art. 91. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
§ 3º O Distrito Federal, cada estado e município, e, suple-
tivamente, a União, devem: Art. 92. Revogam-se as disposições das Leis nos 4.024,
de 20 de dezembro de 1961, e 5.540, de 28 de novembro
I – (revogado);
de 1968, não alteradas pelas Leis nos 9.131, de 24 de

a) (revogada); novembro de 1995 e 9.192, de 21 de dezembro de 1995

b) (revogada); e e, ainda, as Leis nos 5.692, de 11 de agosto de 1971, e

c) (revogada); 7.044, de 18 de outubro de 1982, e as demais leis e
decretos-lei que as modificaram e quaisquer outras
II – prover cursos presenciais ou a distância aos jovens
disposições em contrário.
e adultos insufi­cientemente escolarizados;
Brasília, 20 de dezembro de 1996; 175º da
III – realizar programas de capacitação para todos os
Independência e 108º da República.
professores em exercício, utilizando também, para isto,
os recursos da educação a distância; FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
IV – integrar todos os estabelecimentos de ensino fun- Paulo Renato Souza
damental do seu território ao sistema nacional de ava-
liação do rendimento escolar.
§ 4º (Revogado.)
§ 5º Serão conjugados todos os esforços objetivando a pro-
gressão das redes escolares públicas urbanas de ensino
fundamental para o regime de escolas de tempo integral.
§ 6º A assistência financeira da União aos estados, ao Dis-
trito Federal e aos municípios, bem como a dos estados
aos seus municípios, ficam condicionadas ao cumpri-
mento do art. 212 da Constituição Federal e dispositivos
legais pertinentes pelos governos beneficiados.
55
Art. 87-A. (Vetado.)
Art. 88. A União, os estados, o Distrito Federal e os muni-
cípios adaptarão sua legislação educacional e de ensino

54.  Alíneas a, b e c do inciso I do § 3º revogadas pela Lei nº 11.274, de 7-2-2006; § 3º


com nova redação dada pela Lei nº 11.330, de 25-7-2006; § 2º e caput do inciso I do
§ 3º revogados pela Lei nº 12.796, de 4-4-2013.
55.  Artigo proposto e vetado no projeto que foi transformado na Lei nº 12.796, de
4-4-2013.

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