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Colegas,
– uma planificação, que inclui um mapa dos recursos que o professor poderá utilizar nas suas
aulas;
É nosso desejo que os instrumentos de aprendizagem que criámos contribuam para que o
desafio que nos é colocado diariamente seja mais fácil de concretizar.
Os autores.
1. Introdução ao programa
A disciplina de Economia C integra-se no elenco de disciplinas de opção da Componente de
Formação Específica do Curso Científico-Humanístico de Ciências Socioeconómicas, com a
carga horária semanal de 4,5 horas (3 aulas de 90 minutos). 1
Este programa destina-se a alunos que, optando pela disciplina de Economia no 12. o ano,
podem já ter sido iniciados na perspetiva económica de abordagem dos fenómenos sociais ao
longo dos anos letivos anteriores. Pretende-se, agora, alargar a escala de análise ao nível
mundial, permitindo que os alunos contextualizem conhecimentos já adquiridos nas
problemáticas contemporâneas mundiais e que sobre elas se documentem e reflitam. De
facto, o cidadão português, para além de cidadão europeu, é, cada vez mais, cidadão do
mundo. De um mundo cada vez mais entendido como sistema, onde tudo está ligado, mas
onde as desigualdades de nível e de qualidade de vida se mantêm de forma acentuada. De um
mundo que é necessário compreender nas suas características essenciais e nos seus problemas
fundamentais. De um mundo no qual há que participar de forma construtiva, tendo em vista o
presente mas, também, o futuro – «o nosso futuro comum». De um mundo onde a dimensão
ética, corporizada nos Direitos Humanos, não pode estar ausente.
Contudo, tal como afirma o bastonário da Ordem dos Economistas [António Simões Lopes, 2000],
a propósito das «questões deste tempo» presente, «consideramos não caber ao economista o
exclusivo de abordagens tão complexas, por interdisciplinares, em matérias tão amplas quanto as
que caracterizam o fenómeno social» que é a vida das sociedades no planeta Terra.
Daí que, embora privilegiando a perspetiva do economista, como é natural numa disciplina de
Economia, haja que completá-la, sempre que oportuno, com referências a articulações com outros
domínios do saber social. Desta reflexão decorreram as opções feitas relativamente aos conteúdos
deste programa, que se apresentam, de forma sintética, no esquema conceptual da página 6.
Pelas características do seu conteúdo este é, assim, um programa que, mais do que
transmitir conceitos, pretende colocar os alunos perante factos da realidade económica
mundial e levá-los a compreendê-los, a analisá-los, a discuti-los e a problematizá-los, sem cair
em pretensas verdades feitas definitivamente estabelecidas. Tal atitude não exclui, no entanto,
a importância formativa da última unidade letiva do programa que, sendo globalizante,
introduz expressamente a reflexão ética inerente aos Direitos Humanos.
1
A nova carga horária é de 3 horas (2 aulas de 90 minutos).
Editável e fotocopiável © Texto | Economia C 12 3
2. Apresentação do programa
Assim, de acordo com o que acima se expôs, a disciplina orientar-se-á pelos seguintes
objetivos gerais:
Mundo atual
Globalização
Crescimento e Regionalização
e Económica
Desenvolvimento do Mundo
Desenvolvimento
e Utilização
de Recursos
Desenvolvimento
e Direitos Humanos
Desenvolvimento
Citando a UNESCO (1996) «há maiores possibilidades de aprendizagem nas salas de aula
onde existe»:
1. Aprendizagem ativa, ou seja, abordagens que encorajam os participantes a implicar-se
em oportunidades de aprendizagem.
2. Negociação de objetivos, ou seja, abordagens em que as atividades têm em conta as
motivações e interesses de cada participante.
3. Demonstração, prática e reflexão sobre a prática, ou seja, abordagens em que se
propõem modelos práticos, se promove a sua utilização e se dão oportunidades de
refletir sobre eles.
4. Avaliação contínua, ou seja, abordagens que promovem a investigação e a reflexão como
meios de revisão da aprendizagem.
5. Apoio, ou seja, abordagens que ajudam os indivíduos a correr riscos.
Por outro lado, dadas as características do programa, pretende-se igualmente que o aluno
mobilize conhecimentos anteriormente adquiridos, quer em Economia, quer em outras
disciplinas (como, por exemplo, História e Geografia), e os enquadre nas problemáticas em
estudo, articulando-os e, eventualmente, dando-lhes novas significações. De facto, seria grave
se os alunos ficassem com a ideia de que questões como as tratadas neste programa ficam
suficientemente abordadas quando se utiliza apenas o ponto de vista da Economia. Ao longo
de todo o programa, os alunos devem ser recordados de que o estudo da sociedade tem de
ser, necessariamente, multidisciplinar, dada a parcialidade da visão de cada uma das Ciências
Sociais envolvidas nesse estudo, aproveitando-se, sempre que oportuno, para caracterizar a
perspetiva específica da Ciência Económica (abordar a realidade social na perspetiva da
produção e da utilização de bens escassos necessários à satisfação de necessidades presentes
e futuras).
4. Recursos
Como recursos didáticos, a utilizar pelo professor e/ou pelos alunos, sugerem-se, entre outros
que o professor venha a considerar adequados, os seguintes:
• Livros, jornais e revistas de caráter científico e informativo.
• Estatísticas disponibilizadas por organismos nacionais e internacionais (INE, Ministérios,
Autarquias, Comissão Europeia e Parlamento Europeu, Instituições da ONU, OCDE, etc.).
• Sites na internet, quer de organismos nacionais e internacionais, quer de bases de dados e
de informações diversificadas. CD-Roms (enciclopédias, bases de dados, temáticos, etc.).
• Programas de televisão, quer informativos, quer documentais.
• Filmes e documentários, considerados oportunos e adequados, disponíveis no mercado.
• Dossiers temáticos, de organização progressiva e cumulativa.
• Visitas de estudo.
É igualmente desejável que as aulas de Economia decorram em sala própria e equipada
com quadro, projetor e ecrã, televisão e leitor de vídeo, computador com ligação à internet e
material multimédia.
1. Crescimento e Desenvolvimento
1.1 Crescimento económico e desenvolvimento – conceitos
e indicadores 19, 5 h 13 aulas
1.2 O crescimento económico moderno
1.2.1 Fontes de crescimento económico
1.2.2 Características do crescimento económico moderno
1.2.3 Ciclos de crescimento económico
1.3. As desigualdades atuais de desenvolvimento
2
*Cálculos feitos pelos autores.
Estão incluídos os tempos letivos previstos para a realização do trabalho de grupo.
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4. O Desenvolvimento e os Direitos Humanos
4.1 Direitos Humanos – noção, características gerais e evolução
4.2 Economia e justiça social – O direito ao desenvolvimento
4.3 Economia e cidadania – O direito à não discriminação 21 h 14 aulas
e a um completo desenvolvimento humano
4.4 Economia e ecologia – O direito a um ambiente saudável
e a um desenvolvimento sustentável
4.5 Economia, desenvolvimento e Direitos Humanos
Trabalho de Pesquisa 9h 6 aulas
Total 99 h 66 aulas
Os tempos letivos previstos para o trabalho de aplicação estão indicados junto ao último
tema. Isto não significa, porém, que o trabalho tenha de ser realizado exatamente no decurso
da lecionação do último tema. O professor, tendo em conta a planificação e gestão do
programa e as características dos alunos, combinará com estes a calendarização do trabalho.
As horas necessárias para a realização de atividades de avaliação estão incluídas nos tempos
letivos indicados para a gestão de cada tema e de cada unidade letiva.
A apresentação dos quadros que se seguem inclui a lista dos temas, o roteiro de conteúdos e das unidades letivas, os conceitos
operatórios de aprofundamento e de sensibilização, estes últimos marcados com asterisco, bem como as orientações metodológicas. O
professor, de acordo com a avaliação do processo de ensino-aprendizagem, selecionará as orientações metodológicas que considerar
adequadas e viáveis, podendo mesmo tomar a iniciativa de seguir outras. Deste modo, essas orientações funcionam apenas como meras
sugestões.
OBJETIVOS GERAIS
• Compreender os conceitos de crescimento económico e de desenvolvimento
• Compreender o processo de crescimento económico moderno das economias desenvolvidas
• Conhecer as desigualdades de desenvolvimento das economias atuais
1. Crescimento e Desenvolvimento
• Crescimento económico
1.1 Crescimento económico • Desenvolvimento • Distinguir crescimento económico • Para lecionar esta unidade, o professor
e desenvolvimento – • Revolução Industrial* de desenvolvimento poderá recorrer a estratégias
conceitos e indicadores • Subdesenvolvimento • Situar os fenómenos do crescimento diversificadas, como, por exemplo,
• Países desenvolvidos económico e do desenvolvimento a realização de trabalhos individuais
• Países em desenvolvimento no contexto da Revolução Industrial ou em grupo, a organização de dossiers
(PVD/PED) e da sua evolução temáticos e a organização de debates
• Indicadores de • Reconhecer os indicadores sobre questões específicas da unidade.
desenvolvimento: como instrumentos de medida
- Simples: do desenvolvimento • A pesquisa e a utilização de
. económicos • Distinguir indicadores simples documentos, nomeadamente de dados
. demográficos de indicadores compostos estatísticos,
. socioculturais • Interpretar indicadores de é um suporte indispensável para a
. políticos desenvolvimento realização de análises e a interpretação
- Compostos: • Referir limitações dos indicadores de dados que permitam a aquisição
. Índice de Desenvolvimento como medida do desenvolvimento e o aprofundamento de conhecimentos
Humano (IDH) • Constatar o crescimento económico sobre esta temática. Desta forma,
. Índice de Pobreza Humana (IPH 1) de algumas economias nos últimos os alunos poderão identificar, ainda
e (IPH 2) dois séculos que de forma geral, as diferenças
• Caracterizar genericamente as de desenvolvimento entre países
economias desenvolvidas e as e regiões do mundo.
economias subdesenvolvidas através
de conjuntos variados de indicadores
*Conceitos de sensibilização
OBJETIVOS GERAIS
• Compreender os fatores (tecnológicos, económicos e políticos) que estiveram na base da crescente mundialização e da globalização atuais
• Compreender a globalização do mundo atual
• Conhecer problemas que se colocam aos países em desenvolvimento decorrentes da globalização
• Conhecer a regionalização económica mundial (blocos económicos regionais)
2. A Globalização e a Regionalização
Económica do Mundo
• Mundialização económica • Explicitar o conceito de mundialização
2.1 A mundialização económica económica
• Poder-se-á recorrer a textos de autor
2.1.1 Noção e evolução • 1.a Europeização do mundo • Referir as etapas históricas da para conhecer a evolução histórica
• Colonização mundialização da economia do processo de mundialização
• Referir os Descobrimentos (séculos XV e económica (referência aos factos mais
XVI) com a abertura das vias terrestres e relevantes)
marítimas – dos Descobrimentos (séculos XV e XVI)
até à atualidade. Essa evolução deve ser
• Vantagens comparativas* • Relacionar a internacionalização das articulada com os fatores que estiveram
• Divisão Internacional do trocas com a especialização dos países na sua origem, nomeadamente a
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Trabalho (DIT)* segundo as suas vantagens inovação tecnológica que permitiu o
• Inovação tecnológica comparativas desenvolvimento dos meios de
• 1.a Revolução Industrial • Relacionar a inovação tecnológica transporte e a melhoria dos processos
(desenvolvimento dos transportes e de fabrico que, por sua vez, possibilitou
maquinização do processo produtivo) o aumento da produtividade
com o desenvolvimento das trocas das empresas.
• 2.a Europeização do mundo
• Relacionar a mudança de política
colonial do final do século XIX com as
necessidades de desenvolvimento
industrial capitalista dos países
europeus desenvolvidos (em especial,
do Reino Unido)
• Relacionar a aculturação ocidental
com a destruição de traços culturais e
de formas de organização autóctones,
desprezados com base em avaliações
etnocêntricas feitas pelas metrópoles
OBJETIVOS GERAIS
• Fontes de poluição:
- fixas • Distinguir fontes diferentes
- difusas de poluição
- acidentais • Problematizar os padrões culturais
- sistemáticas (nomeadamente os de consumo)
e os estilos de vida como fontes
• Alterações climáticas* de degradação ambiental
• Redução da biodiversidade* • Referir consequências para
o desenvolvimento provocadas
pela degradação ambiental
• Neste ponto, interessa sobretudo
• Identificar conceitos económicos problematizar as relações que se
3.2.2 O funcionamento relacionados com problemas estabelecem entre Economia
da economia ambientais (externalidades, bens e Ecologia. Assim, sugere-se que
e os problemas • Externalidades públicos e bens comuns) os alunos, divididos em grupos
ecológicos • Bens públicos • Definir externalidades e orientados pelo professor:
• Bens comuns • Distinguir bens públicos de bens - selecionem um problema ecológico,
• Direitos de propriedade comuns de preferência da sua
• Explicitar em que consistem os localidade/região, resultante do
direitos de propriedade crescimento económico;
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• Explicar em que medida - problematizem esse
as externalidades, os bens públicos disfuncionamento da atividade
e os bens comuns impõem limitações económica – externalidades
ao funcionamento regular negativas, ausência
da economia de direitos de propriedade, ineficácia
• Relacionar as limitações dos mecanismos de mercado, etc.;
ao funcionamento regular - equacionem soluções para a
economia com a ausência resolução do problema selecionado;
de direitos de propriedade - debatam, na turma, as conclusões
• Explicar o papel do Estado e/ou a que chegaram.
de organizações supranacionais
na resolução dos problemas
• Leis ambientais ambientais
• Princípio do «poluidor – • Problematizar formas de intervenção
pagador» do Estado e/ou de organizações
• Impostos* supranacionais na resolução desses
•Taxas* problemas (leis ambientais
e instituição de direitos de
propriedade e de impostos e taxas)
• Investigação e
Desenvolvimento (I&D) • Problematizar o papel
do saber e da inovação
tecnológica na atenuação
dos problemas ecológicos
*Conceitos de sensibilização
A terminar o Programa, pretende-se que os alunos reflitam sobre os aspetos mais relevantes da economia mundial e sobre alguns dos problemas da
atualidade na perspetiva dos Direitos Humanos. Assim, a presente unidade letiva permite a revisão globalizante das temáticas estudadas ao longo do ano,
completando os conhecimentos adquiridos e as reflexões então feitas com o seu confronto com a dimensão ética da vida social corporizada nos Direitos
Humanos.
O crescente alargamento no reconhecimento de Direitos Humanos, que tem levado a que se fale de «Gerações dos Direitos Humanos», não significa que
se defenda a implementação sequencial desses direitos. Pelo contrário, todos os Direitos Humanos já reconhecidos e que venham a sê-lo no futuro são, e
serão, entendidos como universais, indivisíveis, interdependentes e inalienáveis. E, por isso mesmo, devem refletir-se, de forma integrada, nas políticas postas
em prática com vista ao Desenvolvimento, que se pretende humano, sustentável e solidário, sem esquecer que a existência de direitos implica,
necessariamente, o reconhecimento de deveres e de responsabilidades, individuais e coletivas.
No entanto, tal como se afirma no Relatório do PNUD sobre Desenvolvimento Humano, de 2000, são necessárias abordagens novas e ousadas para
conseguir a realização universal dos Direitos Humanos no século XXI; abordagens adaptadas às oportunidades e realidades da era da globalização, aos seus
novos atores e às suas novas regras mundiais – «Todos os direitos, para todas as pessoas, em todos os países, deveria ser o objetivo para o século XXI».
OBJETIVOS GERAIS
4.4 Economia e Ecologia – O direito a • Economia • Explicitar a relação entre Economia • Neste ponto deve salientar-se
um ambiente saudável e a um • Ecologia e Ecologia a necessidade de articulação entre
desenvolvimento sustentável • Desenvolvimento sustentável ─ • Expor o conceito de desenvolvimento «o conhecimento da casa» (Ecologia)
(Cf. World Comission on sustentável e «a gestão da casa» (Economia) que
Environment and Development- • Distinguir a responsabilidade dos países todos habitamos, bem como o facto
-WCED), 1987 desenvolvidos e dos países em de, sem desenvolvimento, ser difícil
desenvolvimento relativamente colocar a defesa do ambiente como
à questão ecológica um objetivo importante, dadas
as diferentes hierarquizações
das necessidades estabelecidas
por sociedades em diferentes estádios
de desenvolvimento.
• Energias alternativas* • Exemplificar medidas económicas
• Reciclagem* relativas a problemas ambientais,
• Reutilização* ajustadas à promoção de um
• Ecoprodutos* desenvolvimento sustentável
• Indústrias Verdes*/Indústrias • Justificar a necessidade de cooperação
limpas*/Ecoindústrias* internacional no domínio da promoção
• Agricultura biológica* efetiva de um desenvolvimento
sustentável
• Direitos ambientais • Justificar os direitos ambientais como • Com este último ponto pretende-se
evidenciar a relação profunda entre
Direitos Humanos
economia, desenvolvimento e Direitos
Pretende-se que os alunos realizem um trabalho de grupo / projeto de investigação / aprofundamento sobre qualquer temática / conteúdo do programa,
terminando necessariamente com a sua problematização à luz dos Direitos Humanos. Assim, e em função do tema escolhido, o trabalho poderá ser iniciado em
qualquer momento do ano letivo e terminado aquando da lecionação da última unidade letiva do programa.
O professor, em conjunto com os alunos, decidirá igualmente se cada grupo investigará um conteúdo do programa ou aspetos diferentes e complementares do
mesmo conteúdo.
O trabalho poderá assumir a forma de trabalho de projeto e integrar-se/articular-se com as atividades da Área de Projeto. Assim, a participação da disciplina na
Área de Projeto poderá permitir a divulgação destes trabalhos junto da comunidade educativa, por exemplo, através da publicação de artigos em jornais e revistas, da
edição de desdobráveis, da organização de exposições e/ou da realização de debates que poderão contar com a participação de especialistas nos domínios em
discussão.
Finalidades
Apesar de estarem previstas 9h (6 aulas de 90 minutos cada) para a realização do trabalho, junto à unidade letiva 4 do Programa, a calendarização do trabalho
deverá ser feita de acordo com a planificação e a gestão do programa que vierem a ser adotadas pelo professor, em função das escolhas das temáticas a
investigar/aprofundar no trabalho.
O professor deverá necessariamente discutir e clarificar previamente com os alunos os objetivos do trabalho, as regras do processo de trabalho adotado, assim
como os critérios de avaliação que serão utilizados.
Tendo em vista a exequibilidade dos trabalhos, o professor deverá ainda orientar e esclarecer os alunos na:
– organização da turma em grupos de trabalho;
– escolha do tema/subtema que cada grupo investigará;
– realização do levantamento dos recursos disponíveis sobre o tema escolhido, tendo em atenção a sua acessibilidade e o seu grau de dificuldade;
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– elaboração do plano do trabalho, a partir de um guião fornecido pelo professor;
– realização do próprio trabalho.
Além disso, o professor deverá planificar com os alunos a calendarização das:
– datas para a realização das diferentes fases/etapas do trabalho;
– aulas para a realização do trabalho;
– aulas para comunicação/apresentação dos trabalhos à turma e respetiva avaliação.
Estes procedimentos, indispensáveis para garantir a exequibilidade do trabalho, são igualmente facilitadores da sua avaliação, já que esta deverá incidir não só
sobre o produto, mas também sobre o processo de trabalho, nomeadamente sobre o contributo de cada elemento do grupo para o resultado final.
Apresentação do trabalho
Cada grupo deverá sistematizar a pesquisa efetuada, entregando um trabalho escrito e fazendo uma comunicação oral à turma que poderá ser apoiada em
diferentes suportes, nomeadamente, se possível, com a utilização das tecnologias da informação e comunicação.
As comunicações deverão ser seguidas de debate e, eventualmente, de formas de divulgação total ou parcial junto da comunidade educativa.
FIO CONDUTOR: O crescimento económico com respeito pelos Direitos Humanos (económicos, sociais, ambientais e políticos) pode ser uma estratégia para um
desenvolvimento sustentável.
CALENDARIZAÇÃO
Objetivos Conteúdos Recursos didáticos disponibilizados Blocos de 90 min.
(proposta do programa oficial)
(*) nova carga horária
FIO CONDUTOR: O desenvolvimento económico num mundo globalizado, em termos financeiros, económicos e culturais, implica estratégias de inserção na
economia mundial, com respeito pelos direitos dos povos.
CALENDARIZAÇÃO
Objetivos Conteúdos Recursos didáticos disponibilizados Blocos de 90 min.
(proposta do programa oficial)
Domínio cognitivo Manual
• Compreender o conceito de A mundialização económica • Textos e respetivas questões (pp. 92-133)
mundialização económica. • Sintetizandos (pp. 104, 122, 129, 133)
• Conhecer as etapas do processo de A globalização do mundo atual • Esquematizando (p. 134) 20 aulas
mundialização. • Resumindo e conceitos-chave (p. 135)
• Conhecer os vários tipos de A globalização e os países em • Avaliação (pp. 136-137)
globalização. desenvolvimento • Economia Aplicada (pp. 138-139)
• Reconhecer a complexidade do • Glossário (pp. 246-248)
fenómeno da globalização. A regionalização económica
• Compreender os efeitos da Preparação para os Testes
mundial
globalização. • Resumo da matéria
• Fichas formativas e sua resolução
Domínio das atitudes • Teste de avaliação e sua resolução
Pretende-se que o aluno:
• reflita sobre a interdependência Caderno de Apoio ao Professor
entre fenómenos económicos,
históricos e sociais e entre Recursos Multimédia
economias; • Teste 1: Noção e evolução do processo de mundialização.
• reconheça a importância da A aceleração da mundialização económica a partir de
intervenção e da cooperação global 1945
num mundo globalizado; • Teste 2: A mundialização e a globalização
• desenvolva uma atitude baseada na • Teste 3: A transnacionalização da produção, a
tolerância e no respeito pelas globalização financeira e a globalização cultural
diferenças culturais; • Teste 4: A globalização e os países em desenvolvimento
• adquira práticas de pesquisa, de • Teste 5: A regionalização económica mundial
leitura e de análise; • Animação: A globalização do mundo actual – as empresas
• desenvolva o espírito crítico. transnacionais
• PPT: Noção e evolução do processo de mundialização
• PPT: A mundialização e a globalização
• Links de interesse
• Vídeos
• Textos e imagens
FIO CONDUTOR: O desenvolvimento económico sustentável obriga a uma utilização racional e ética dos recursos naturais e humanos.
CALENDARIZAÇÃO
Objetivos Conteúdos Recursos didáticos disponibilizados Blocos de 90 min.
(proposta do programa oficial)
CALENDARIZAÇÃO
Objetivos Conteúdos Recursos didáticos disponibilizados Blocos de 90 min.
(proposta do programa oficial)
• desenvolva capacidades de
observação, análise e reflexão
crítica acerca da realidade atual;
• tome atitudes críticas em relação às
violações dos Direitos Humanos;
• combata atitudes que conduzam a
discriminações;
• desenvolva o sentido de cidadania
ativa.
1. Introdução
São considerados objetivos do sistema educativo para os alunos do Ensino Secundário,
conforme se pode ler nos documentos oficiais, nomeadamente na Lei n. o 49/2005, artigo 9.o, o
proporcionar aos alunos um ensino baseado no raciocínio e reflexão, na curiosidade científica,
na observação e experimentação e na crítica fundamentada, para que a formação dos jovens
não seja sustentada, apenas, em termos de literacia científica, mas também na capacidade de
dar resposta aos problemas da comunidade.
Nesse sentido, parece-nos fundamental que os alunos, para além da compreensão
indispensável dos conteúdos programáticos, possam ser confrontados com a realidade social
global de que fazem parte, que os condiciona, se interroguem e procurem, de forma orientada
e articulada com outras dimensões sociais, o conhecimento.
Nesse percurso para o saber, os alunos deverão ser sensibilizados para a dimensão ética
que a problemática económica implica, quando as questões de escolha se impõem.
É esse questionamento e reflexão que poderá transportar os alunos para outra realidade
menos técnica e mais humana – afinal, o objetivo de uma formação para a cidadania.
As áreas suscetíveis de abordagem são muitas, tudo dependendo do interesse dos alunos
por algum tema de investigação, em particular. Sugerimos, contudo, que nos temas que os
alunos possam selecionar se procure a comparação e avaliação de situações, recorrendo a
informação atualizada, permitindo, assim, obter um quadro evolutivo caracterizador de
realidades sociais.
A metodologia a seguir dependerá do tema-problema e das possibilidades do investigador.
Sugere-se, contudo, a metodologia do trabalho de projeto por respeitar a curiosidade, a
motivação ou os interesses do investigador e pelas potencialidades formativas que desenvolve.
No entanto, qualquer método é de respeitar.
Pelas possibilidades formativas que estes trabalhos de investigação proporcionam,
decidimos intitular as atividades propostas de «Economia Aplicada».
2. Competências
Consideramos ser possível desenvolver as seguintes competências:
• selecionar uma área de estudo, identificando o problema a pesquisar;
• recolher informação bibliográfica, teórica e estatística relativa ao tema selecionado;
• selecionar a informação, recolhendo os conteúdos e os indicadores próprios para a
investigação do tema-problema e aplicar os conceitos e os conhecimentos teóricos
estudados nas respetivas unidades letivas anteriores;
• analisar a informação e estabelecer relações entre as variáveis;
• retirar conclusões;
• expor, sob a forma de relatório escrito ou apresentação em PowerPoint, o tema estudado;
• apresentar e discutir o trabalho na turma.
4. Guião de investigação
Apresenta-se, em seguida, um método de abordagem para um tema de pesquisa.
I. Identificação da problemática em estudo
• Formulação/identificação do tema/temática em estudo: «Qual a área de estudo? Qual o
domínio científico do meu problema?»
II. Identificação do problema/objeto de estudo
• Formulação da pergunta de partida: «O que vai ser investigado/pesquisado? Qual a questão
a que quero responder?»
• Deverá ser feita uma seleção da/dos informação/dados, que permita estabelecer a
relação entre as variáveis que foram consideradas corretas para o estudo em causa, isto
é, deverá ser selecionada a informação que permita testar o quadro teórico estabelecido.
Nesta fase será testada a relação que se definiu entre as variáveis.
V. Conclusões
As conclusões resultam da análise dos dados recolhidos e deverão:
• dar resposta à questão de partida;
• incluir pistas para solucionar o problema;
• sugerir caminhos para aprofundar o estudo iniciado.
1. Capa
Identificação da escola
Identificação da disciplina
Identificação do trabalho realizado
Identificação do(s) autor(es) do relatório
Identificação da data de realização do relatório
2. Índice
De siglas, de tabelas, de quadros, de gráficos, de esquemas, de mapas
(um índice particular para cada situação).
De conteúdo, isto é, identificação das partes e dos capítulos em que o relatório
se encontra organizado, bem como o número da página em que cada capítulo
se inicia. O índice dá, assim, a conhecer a estrutura do relatório.
4. Referências
bibliográficas Listagem de livros, capítulos de livros, revistas, artigos e endereços da internet
e outros que foram utilizados, em conformidade com as regras de utilização.
documentos
2. As páginas que antecedem o trabalho propriamente dito devem ser numeradas com
numeração romana e em letra minúscula da seguinte forma:
– capa: corresponde à página i (não devendo ser inscrita);
– resumo: corresponde à página ii (em trabalhos mais complexos, o resumo deverá ser
feito igualmente em língua inglesa, correspondendo, assim, à página iii);
– índice: corresponde à página iii;
seguindo-se por ordem:
– lista de abreviaturas;
– índice de quadros, etc.
3. A numeração das páginas do trabalho será feita em numeração árabe, que é inscrita,
normalmente, no canto inferior direito, iniciando-se, assim, na Introdução, com o n. o 1.
4. Todos os capítulos deverão começar numa nova página e o seu título deverá estar em letra
maiúscula, a bold e com tamanho 14; os subcapítulos em letra minúscula, tamanho 12 e bold.
5. Quando há referência a obras consultadas, deve indicar-se, entre parêntesis, o autor e o ano
da obra considerada.
6. Quando se fazem citações, se estas forem, no máximo, de três linhas, podem vir na
sequência do texto; caso sejam superiores, devem ser destacadas no texto com margens
diferentes (indentation: before text a 0,63 cm e after text a 0,4 cm) e espaçamento simples.
8. As siglas das abreviaturas devem ser utilizadas entre parêntesis depois da expressão completa,
numa primeira referência. Em referências posteriores, basta usar a sigla.
9. As siglas não devem ter pontos a separar as letras maiúsculas que a formam. Por exemplo:
INE e não I.N.E.
7. Documento de interesse
Índice Sintético de Desumanidade
Evitar a morte de crianças no mundo em desenvolvimento é uma questão de recursos
mas também de estruturas sociais e vontade política. Alguns países não ficam nada bem na
fotografia.
Alexandre Abreu , quarta-feira, 25 de março de 2015
Motivado pelo artigo devastador sobre Angola que Nicholas Kristof, do New York Times,
escreveu na semana passada, passei algum tempo nos últimos dias a observar o ranking
mundial da mortalidade infantil disponibilizado nos indicadores de desenvolvimento do Banco
Mundial. Em termos da taxa de mortalidade infantil (TMI), Angola não está em primeiro lugar a
contar do fundo da tabela, mas está em segundo: em 2013, por cada mil crianças que
nasceram neste país, 101 morreram antes de atingirem a idade de um ano.
Kristof, porém, refere-se a Angola como «o país mais mortal para as crianças» e há um
outro sentido em que tem razão: no que se refere à taxa de mortalidade com menos de cinco
anos, Angola está mesmo no fundo da tabela. Em todo o caso, mesmo o segundo lugar a
contar do fim no que se refere à taxa de mortalidade infantil em sentido estrito tem muito
pouco de honroso: é que enquanto a Serra Leoa, que está em último lugar com 107 óbitos de
crianças por cada mil nascimentos, conta com um PIB per capita de 1.544 dólares, Angola tem
um PIB per capita cinco vezes superior: 7.736 dólares. Ou seja, Angola dispõe, em termos
médios, de cinco vezes mais recursos por pessoa do que a Serra Leoa – mas tem um
desempenho praticamente idêntico em termos de vidas de crianças salvas.
Quando digo «vidas de crianças salvas», não se trata de um exagero, pois a verdade é que é
possível reduzir quase a zero a mortalidade de bebés com menos de um ano. Em Portugal, por
exemplo, a TMI em 2013 foi de 3,1 crianças por mil nados-vivos. Na Islândia, que neste momento é
a campeã mundial neste domínio, foi de 1,6. Quer isto dizer que por mais que haja sempre
acidentes trágicos e doenças raras face às quais pouco ou nada se pode fazer, a vasta maioria das
mortes de bebés são evitáveis - dispomos do conhecimento e da tecnologia para isso, assim
existam os recursos e a vontade coletiva que o permitam. Não é apenas uma questão de medicina
preventiva ou curativa – passa também, de forma central, pelas questões das condições de
habitação, saneamento, nutrição, acesso a água potável ou existência de conflitos armados –, mas
é possível reduzir quase a zero a TMI. Dezenas de países pelo mundo fora fizeram-no.
Claro que a questão dos recursos não é de somenos importância. São necessários recursos para
garantir habitação, nutrição ou saneamento em condições, e são necessários recursos para montar
e manter um sistema de saúde que efetivamente salve vidas. E por isso não é muito justo censurar
a Tanzânia por ter uma TMI muito superior à da Dinamarca (36,4 por mil contra 2,9 por mil),
quando o PIB per capita da Tanzânia é vinte e cinco vezes inferior (1.775 dólares contra 43.445
dólares). Em contrapartida, já faz sentido comparar o Paquistão (PIB p.c.: 4.602 dólares) com a
Nicarágua (4.643 dólares), para concluir que o primeiro país tem um desempenho muito pior: 69
óbitos com menos de um ano por cada mil nados-vivos face a 20 por mil na Nicarágua.
Para perceber um pouco melhor a relação entre estas duas variáveis, extraí da base de dados
do Banco Mundial o conjunto completo dos dados da TMI e do PIB p.c. (em paridade de poder de
compra) para os 214 países e territórios que aí estão contidos, e eliminei seguidamente 33 países e
territórios para os quais não estavam disponíveis, nos últimos cinco anos, dados relativos a alguma
54 Editável e fotocopiável © Texto | Economia C 12
destas duas variáveis. Restaram 187 países e os respetivos pares de dados, que em seguida
representei num gráfico como aquele que encabeça este artigo.
Na verdade, o gráfico em cima contém exatamente esses mesmos dados, só que no eixo
horizontal, em vez do PIB per capita, está o logaritmo desse mesmo PIB per capita, de modo a
tornar o gráfico mais legível (caso contrário, seria difícil incluir no mesmo gráfico de forma
legível o Qatar, com o seu PIB p.c. de 136.727 dólares, e a República Centro Africana, cujo PIB
p.c. é de 603 dólares). No eixo vertical, está assim a TMI: número de crianças falecidas com
menos de um ano por cada mil que nasceram; no eixo horizontal, o PIB per capita em
logaritmo, tanto maior quanto mais para a direita o ponto no gráfico que representa cada país.
Percebe-se desde logo, como seria de esperar, que a TMI é decrescente com o rendimento:
os países mais ricos, com mais recursos, tendem a ter um melhor desempenho. A curva de
tendência, que representa a relação «média» entre rendimento e mortalidade infantil e que
está representada no gráfico a tracejado, mostra isso mesmo.
Mas percebemos também – e é esse o ponto mais interessante – que existem casos de países
que se afastam bastante desta «relação média» entre o rendimento e a TMI. Alguns, como Angola
ou a Serra Leoa, estão muito acima da curva, o que indica que têm uma mortalidade infantil muito
superior ao que, em média, está associado ao seu nível de rendimento. Outros, como a Eritreia ou
o Malawi, estão muito abaixo da curva, o que sugere que conseguem um desempenho muito
melhor no que se refere à sobrevivência de crianças com menos de um ano do que seria de esperar
face aos recursos disponíveis nesses países. Na verdade, a distância vertical entre o ponto que
representa cada país e a curva de tendência é precisamente uma medida da diferença entre o
desempenho efetivamente alcançado em termos de mortalidade infantil e o desempenho que
seria de esperar dado o nível de rendimento do país.
Essa distância vertical é fácil de calcular e de interpretar. Para cada país, dá-nos o número
de mortes de crianças com menos de um ano de idade, por cada mil nascimentos, que teriam
sido evitadas caso o país tivesse um desempenho consentâneo com os recursos de que dispõe.
A Guiné Equatorial, por exemplo, tem uma mortalidade infantil de 69,3 por mil, mas o seu nível
de rendimento está em média associado a uma TMI de 6 por mil. A diferença (69-6=63) pode
ser interpretada da seguinte forma: por cada mil crianças nascidas na Guiné Equatorial em
2013, houve 63 mortes que podem ser consideradas evitáveis, bastando para tal que o país
tivesse um desempenho em termos de saúde, nutrição, saneamento, etc., correspondente ao
seu nível de rendimento.
Essa distância constitui por isso um excelente indicador, de interpretação muito intuitiva.
É, no fundo, um indicador sintético de desumanidade. Não nos diz se o mau desempenho dos
países se deve à desigualdade extrema na distribuição do rendimento, ao desinteresse ou
incompetência do Estado, ou à existência de conflitos armados – mas reflete o efeito conjunto
de todos estes efeitos, e todos eles, na medida em que provocam mortes evitáveis de crianças
recém-nascidas, constituem diferentes formas de desumanidade.
Neste ranking sinistro, os lugares de topo são ocupados por Angola (84 mortes evitáveis
com menos de um ano por cada mil nascimentos), Guiné Equatorial (63) e Nigéria (51). Em
sentido contrário, os desempenhos mais notáveis são alcançados pelo Malawi (menos 56
óbitos com menos de um ano do que o nível de rendimento faria prever), Burundi (-46) e
Libéria (-38) - países que, em termos relativos e apesar da enorme falta de recursos,
conseguem fazer muito com pouco. Quando falamos das muito elevadas taxas de mortalidade
infantil nos países em desenvolvimento, tendemos muitas vezes a naturalizá-las, como se a
falta de recursos de alguma forma tornasse inevitáveis todas estas mortes de crianças. Como o
gráfico e este indicador revelam, não é necessariamente assim: em muitos casos, o que está
em causa é pura e simplesmente desumanidade.
www.expresso.sapo.pt
http://www.amnistiainternacional.pt
Consideramos que, com esta atividade, será possível desenvolver nos alunos a
compreensão, análise, discussão e problematização de temas da atualidade, as suas evoluções
e imprevisibilidades, tal como vem definido nas finalidades do programa, em particular:
Embora estas datas se encontrem no período de férias, poder-se-á referi-las e desenvolver atividades
sobre estes temas no período letivo.
Quadro elaborado a partir de informações da Amnistia Internacional – Portugal
Para os professores:
Uma webquestion é um recurso didático que o professor poderá utilizar com diversas
finalidades:
– descoberta de conhecimento;
– consolidação e aprofundamento de conteúdos programáticos já lecionados;
– síntese de matérias lecionadas.
Independentemente da finalidade escolhida, a utilização da Web, como fonte de
informação, constitui um recurso didático transversal às aprendizagens. Tendo em conta que a
disciplina de Economia C é lecionada no 12. o ano, considera-se competência estruturante o
facto do aluno ser capaz de selecionar a informação indicada, reconhecendo o essencial e
identificando os elementos necessários para a produção do seu conhecimento. Assim sendo,
os recursos fornecidos para a realização do trabalho pelos alunos são abrangentes, sendo até
alguns deles dispensáveis, obrigando o aluno ao exercício da sua seleção.
Na proposta de trabalho que apresentamos (Objetivos de Desenvolvimento do Milénio e
Desenvolvimento Sustentável do Milénio), o aluno deverá:
– identificar as dez áreas mais problemáticas que dificultam o desenvolvimento.;
– reconhecer na solidariedade, entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, uma
estratégia para alcançar esse objetivo comum;
– reconhecer a complexidade e globalidade do problema;
– encontrar a sua forma particular de participar nesta ação global.
Esta proposta tem ainda por objetivo avaliar as dificuldades de consecução dos Objetivos
de Desenvolvimento do Milénio – ODM e a necessidade de construção de uma nova agenda
global centrada nas pessoas e no planeta, baseada nos Direitos Humanos e aprovada em 2015.
Para os alunos:
Menu:
I – Introdução
II – Tarefa
III – Processo
IV – Recursos
V – Avaliação
VI – Conclusão
II – TAREFA
Grupos Tarefas
Grupos Recursos
http://www.unicef.pt/docs/os_objectivos_de_desenvolvimento_do_milenio.pdf
http://www.unicef.pt/docs/os_objectivos_de_desenvolvimento_do_milenio.pdf
http://www.unicef.pt/docs/os_objectivos_de_desenvolvimento_do_milenio.pdf
http://www.unicef.pt/docs/os_objectivos_de_desenvolvimento_do_milenio.pdf
http://www.pnud.org.br/Noticia.aspx?id=4009
http://www.unicef.pt/docs/os_objectivos_de_desenvolvimento_do_milenio.pdf
Turma
Organizar a apresentação das conclusões tiradas pelos grupos à escola.
PRODUTO FINAL
PowerPoint ou Com pouca Com criatividade mas Com criatividade e sem falhas
outro suporte criatividade e falhas com falhas técnicas técnicas ou científicas
utilizado técnicas ou ou científicas
científicas
TRABALHO DE GRUPO
– fazer comunicações;
Em cada conjunto de questões de escolha múltipla uma das afirmações está correta. Indique-a.
7. A imigração para os países recetores é benéfica para as suas economias. Esta afirmação é
A. verdadeira, porque recebem o trabalho de que necessitam sem o esforço da sua
formação.
B. falsa, porque as dificuldades de integração são sempre grandes.
C. verdadeira, porque o trabalho dos imigrantes é mais barato.
D. falsa, porque a imigração causa desemprego.
15. A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi proclamada a 10 de dezembro de 1948
A. pelo Conselho da Europa.
B. Comissão Europeia.
C. pelo Conselho de Segurança da ONU.
D. pela Assembleia Geral da ONU.
16. «Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas» artigo 20. o
da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Este direito constitui um direito
A. coletivo e político.
B. civil e político.
C. económico e social.
D. económico e cultural.
17. A pobreza constitui uma violação dos Direitos Humanos. Esta afirmação é
A. verdadeira porque a pobreza tem como fatores a falta de investimento, de políticas
sociais de qualidade e de políticas económicas restritivas.
B. falsa porque, apesar de constituir uma carência de recursos para as populações, não
põe em causa os Direitos Humanos.
C. verdadeira porque, ao constituir uma carência de recursos básicos, põe em causa a
satisfação de necessidades essenciais e a integração social.
D. falsa porque, apesar de haver pobreza, a democracia e a prossecução de uma
cidadania ativa não são postas em causa.
Teste de avaliação
Unidade 1
Grupo I
Nas questões de escolha múltipla, apenas uma das afirmações está correta. Assinale-a.
4. Uma depressão é
A. uma fase do ciclo económico.
B. uma recessão grave.
C. uma etapa sempre presente no crescimento económico.
D. uma recessão em dois trimestres seguidos.
2. Explique por que razão, tendo o Brunei um RNB p.c. mais elevado, a sua posição no
IDH é inferior à da Noruega.
4. O índice de Gini contribui para corrigir as informações dadas pelo RNB p.c. no sentido
de avaliar o bem-estar da população. Explique porquê.
Grupo III
3. Explicite a estratégia seguida pelos EUA para superar a crise dos anos 30 do século XX.
4. Justifique, com base da teoria dos ciclos de Schumpeter, o boom do ciclo económico
correspondente à «Nova Economia» dos finais do século XX e início do século XXI.
Grupo V
Observe o seguinte gráfico que relaciona riqueza e população adulta por regiões.
Teste de avaliação
Unidade 2
Grupo I
Nas questões de escolha múltipla, apenas uma das afirmações está correta. Assinale-a.
2.3 Caracterize, de acordo com o texto, a economia – mundo europeia, no final do século XIX.
Evolução do comércio mundial e do PIB: percentagem das exportações mundiais e do PIB mundial
1981 2010
Comércio PIB Comércio PIB
África 4,7 3,4 3,1 2,6
Índia 0,5 1,6 1,8 2,6
China 1,0 2,4 9,2 9,3
Brasil 1,1 1,9 1,2 3,3
Japão 7,3 9,8 4,8 8,7
EUA 12,3 25,8 9,6 23,4
UE 40,9 27,8 35,5 25,8
1.1 Explicite o conceito de globalização dos mercados financeiros, de acordo com o autor do
texto.
1.2 Explique a importância das tecnologias de informação e comunicação para os mercados
financeiros globais.
1.3 Justifique a afirmação destacada no texto.
2. Observe o mapa.
Exportações de mercadorias das principais organizações de integração económica, 2012 (valor das
exportações em dólares e participação no comércio mundial, em %)
3.1 A integração regional é importante para o comércio dos países líderes? Justifique a sua
resposta com os dados fornecidos.
3.2 Explicite a posição dos EUA e da China enquanto parceiros comerciais dos outros países
líderes.
Teste de avaliação
Unidade 3
Grupo I
Nas questões de escolha múltipla apenas uma das afirmações está correta. Assinale-a.
1. A emigração pode contribuir para melhorar as contas externas do país de emigração porque
A. faz baixar o desemprego nesse país.
B. diminui possíveis tensões sociais nesse país.
C. poderá trazer remessas dos emigrantes para o país.
D. diminui o desemprego no país recetor.
Grupo II
1. As populações são entidades dinâmicas que se encontram em constante movimento:
crescem, diminuem, estagnam. Muitas são as razões que explicam esse movimento, por
vezes denominado de «transição demográfica».
1.1 Indique três fatores que possam explicar o decrescimento de uma população.
1.2 Explicite em que consiste o fenómeno «transição demográfica».
1.3 Caracterize a transição demográfica atualmente em curso nos países desenvolvidos.
3. Portugal tem sido, desde há muito, um país de emigração. Todavia, nem sempre essa
emigração apresenta características semelhantes. Aliás, e para nos reportarmos ao período
relativamente recente, as características da emigração portuguesa dos anos 1960/1970 são
bem distintas das da emigração atual.
3.1 Explicite as diferenças que o texto acima pressupõe.
3.2 Refira alguns dos problemas que a natureza dos nossos emigrantes pode acarretar para
Portugal.
3.3 Neste tipo de emigração (como em todas as situações), nem todos os países ganham o
mesmo. Podemos aliás dizer que nesta situação quem ganha é o país recebedor. Justifique.
Grupo III
O Relatório Planeta Vivo 2014, elaborado pela Organização Internacional de Defesa do Ambiente (WWF
2014), posiciona Portugal na 27.a posição, entre 151 países do ranking, com uma pegada ecológica
elevada e uma biocapacidade reduzida. A pegada ecológica que tem a assinatura dos portugueses é de
tal ordem, que seriam precisos recursos naturais equivalentes aos produzidos por mais de dois planetas
e meio para mantermos o nosso estilo de vida.
Para desagravar a atual situação de gastar mais recursos do que aqueles que o planeta tem capacidade
para produzir e repor, são necessárias «mudanças no comportamento» dos cidadãos e das empresas.
Algumas soluções estão na alteração das formas de mobilidade, e, de modo indireto, nos produtos
consumidos. A opção por alimentos produzidos localmente, para evitar o transporte de longa distância,
e a produção doméstica de energias renováveis, através da instalação de painéis fotovoltaicos, por
exemplo, são passos a seguir. Para a indústria, uma das alterações relaciona-se com a redução da
queima de combustíveis fósseis.
Teste de avaliação
Unidade 4
Grupo I
Nas questões de escolha múltipla, apenas uma das afirmações está correta. Assinale-a.
3. Um obstáculo externo à eficácia da ajuda aos países em desenvolvimento é esta ser canalizada
para projetos que são do interesse dos países doadores. Esta afirmação é
A. falsa, porque a ajuda pode conduzir a uma maior dependência tecnológica, financeira e
comercial.
B. verdadeira, porque desta forma a ajuda não se destina a satisfazer as necessidades dos
países destinatários.
C. falsa, porque a ajuda é aplicada por governos ditatoriais no equipamento das forças de
repressivas.
D. verdadeira, porque a ajuda não é suficiente para fazer face às necessidades dos países
destinatários.
4. O abandono escolar precoce e o trabalho infantil constituem fatores de exclusão social, porque
A. marginalizam grupos sociais.
B. dificultam o crescimento económico.
C. põem em causa o desenvolvimento.
D. atingem largas camadas da população.
2. Observe a figura.
Objetivo do Milénio: reduzir em 3/4 a mortalidade materna entre 1990 e 2015
Grupo III
1. Observe o gráfico que se segue sobre a taxa de risco de pobreza em 2010 e 2013 por sexo e
grupo etário registada em Portugal.
Taxa de risco de pobreza, segundo o sexo e grupo etário, Portugal, 2010-2013
Fonte: www.observatorio-das-desigualdades.com
Nota: Taxa de risco de pobreza: percentagem da população com rendimento disponível
abaixo da linha de pobreza, definida como 60% do rendimento mediano nacional.
2. Interprete a evolução da taxa de risco de pobreza por grupo etário, registada em Portugal,
entre 2010 e 2013.
Grupo IV
Observe o quadro que se segue.
Índice de Igualdade de Género (2005-2013) no que respeita ao exercício do poder pelas
mulheres, em Portugal e nos 27 estados-membros da União Europeia,*em média
Portugal EU-27
Domínio Indicadores Unidade Mulheres Homens Mulheres Homens
Percentagem
Poder de ministros/as % 18 82 25 75
Percentagem
de deputados/as % 30 70 23 77
Percentagem
de deputados/as
das assembleias % 22 78 30 70
regionais
Percentagem
de membros
nos conselhos
de administração % 5 95 12 88
das empresas mais
cotadas
Percentagem
de membros nos
órgãos de tomada
de decisão do Banco % 17 83 18 82
Central (Banco
de Portugal)
1. Interprete a posição de Portugal no contexto dos países da União Europeia no que respeita
ao exercício do poder, a partir do quadro.
2. Conclua sobre a situação de Portugal no que respeita à igualdade entre mulheres e homens
no exercício do poder, tendo em conta os dados do quadro.
Grupo V
1. Leia o texto que se segue.
Embora o desenvolvimento humano exija a expansão das opções atualmente disponíveis
aos indivíduos, é igualmente importante ter em conta o impacto nas escolhas das gerações
futuras a favor da equidade intergeracional. O desenvolvimento humano não deve
acontecer à custa das gerações futuras. Para garantir e sustentar o desenvolvimento
humano e evitar repercussões dramáticas locais e globais, é fundamental atuar com
urgência e ousadia no que se refere à sustentabilidade ambiental.
PNUD, Relatório do Desenvolvimento Humano, 2014
Grupo I
Em cada conjunto de questões de escolha múltipla apenas uma das afirmações está
correta. Indique-a.
1.1 Tendo em conta as características das economias modernas, comente o gráfico anexo.
1.2 As inovações no modo de organização empresarial constituem outra característica do
crescimento económico moderno. Explique porquê.
GRUPO IV
1. Observe o seguinte gráfico relativo aos ciclos de crescimento económico.
Teste Global 2
Grupo I
Nas questões de escolha múltipla apenas uma das afirmações está correta. Assinale-a.
1. Os ciclos de crescimento económico verificam-se porque
A. não é possível prever a dinâmica das economias.
B. o controlo sobre as variáveis económicas é ineficaz.
C. os agentes económicos não atuam racionalmente.
D. as economias crescem de forma irregular.
2. O fenómeno migratório tem consequências positivas para o país de origem dos trabalhadores.
Esta afirmação é
A. verdadeira, porque as remessas enviadas contribuem positivamente para a economia do país
de origem desses trabalhadores.
B. falsa, porque causa envelhecimento do país recebedor.
C. verdadeira, porque permite o rejuvenescimento do país de origem dos trabalhadores.
D. falsa, porque causam problemas nos sistemas de segurança social do país recebedor.
3. A crise financeira iniciada nos EUA em 2007, rapidamente estendida a outros países, arrastou as
suas economias para uma situação de crise económica. Este efeito da crise financeira é
demonstrativo
A. da gravidade da crise financeira.
B. da interdependência das economias.
C. do peso económico dos EUA.
D. da gravidade da crise económica.
4. A integração das economias em espaços regionais constitui um fator de mundialização. A
afirmação é
A. verdadeira, na medida em que se verifica um aumento da dimensão do mercado.
B. falsa, pois a criação de espaços regionais contraria a dimensão mundial da economia.
C. verdadeira, pois a eliminação de obstáculos à livre circulação de bens e capitais favorece
a inserção na economia mundial.
D. falsa, uma vez que a integração das economias retrai o comércio internacional.
Documento B
O aumento da oferta de bens alimentares tem aumentado para dar resposta ao crescimento
populacional, à mudança dos padrões de consumo e estilos de vida.
Fonte: UNEP, 2014
Documento C
Grupo IV
Leia o texto que se segue.
O desemprego jovem é preocupante
O problema do desemprego jovem atinge não só Portugal, mas também vários países da
União Europeia, em que o número de desempregados jovens tem vindo a aumentar de forma
acentuada. De facto, nos últimos anos, Portugal assistiu a um aumento muito acentuado da sua
taxa de desemprego jovem, situada hoje [2014] bastante próxima dos 40%. Trata-se, portanto, de
uma realidade muito preocupante, em especial porque nos últimos tempos tem atingido não
apenas indivíduos pouco qualificados, mas também milhares de licenciados, constituindo assim
um problema económico, político e social grave, segundo a Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Económico (OCDE).
Vânia Catarina Neves de Sá, O Desemprego Jovem em Portugal, Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra, 2014 (adaptado)
Grupo I
Nas questões de escolha múltipla apenas uma das afirmações está correta. Assinale-a.
3. A globalização financeira
A. é acompanhada por uma maior regulação dos mercados por parte das autoridades.
B. gera maior instabilidade dos mercados financeiros, dada a desregulação da atividade.
C. caracteriza-se por menor interdependência entre os mercados financeiros nacionais e
internacionais.
D. é acompanhada por uma menor integração dos mercados financeiros e instabilidade dos
mercados financeiros.
Documento B
Ranking de competitividade
Posição no ranking
Países
(num total de 144 países)
Suíça 1.a
China 28.a
Portugal 36.a
1.1 Indique dois fatores que possam explicar a transição apresentada no gráfico.
1.2 Apresente uma noção de transição demográfica.
1.3 Justifique:
A evolução prevista no gráfico indicia um fenómeno de transição demográfica.
1.4 Exponha um dos problemas que o gráfico revela.
Grupo IV
O sofrimento dos refugiados sírios
No Relatório da Amnistia Internacional é denunciado o falhanço da comunidade internacional em dar
resposta ao número crescente de refugiados sírios que fogem para a Turquia. Esta situação tem
conduzido a uma crise de proporções sem precedentes, com estas pessoas a serem empurradas de
volta para o outro lado da fronteira, a serem alvo de disparos por parte da guarda fronteiriça e ainda
centenas de milhares a viverem em condições de pobreza extrema.
Fonte: Agir pelos Direitos Humanos, Jan./Fev./Mar. 2015 (adaptado)
Fonte: OCDE
1. Indique, com base no gráfico, os quatro países que registaram maior crescimento da
concentração de rendimentos no grupo 1% dos mais ricos, entre 1981 e 2012.
2. Explicite, com base no gráfico, a evolução verificada em Portugal, entre 1981 e 2012 no que
respeita à concentração de rendimentos no grupo 1% dos mais ricos.
3. Compare a situação de Portugal com a dos outros países da UE, tendo em conta o gráfico.
2.3 O final do século XIX é caracterizado pela expansão da 2.4 A integração regional é acompanhada por uma maior
economia europeia no mundo em que mercadorias, capitais e liberalização das trocas, não só dentro das regiões integradas
pessoas saem da Europa em direção a outras regiões do mundo. mas, também, fora das regiões, em resultado de acordos
comerciais estabelecidos, contribuindo, assim, para uma maior
3.1 De 1981 para 2010 África, Japão, EUA e UE registaram menor inserção das economias regionais na economia mundial.
participação nas exportações mundiais e no PIB mundial,
enquanto a Índia, China e Brasil observaram um crescimento da 3.1 Os países líderes nas exportações mundiais apresentam como
sua participação nestes dois indicadores, com particular destaque principais parceiros nas suas trocas países que integram as
para a China. Assim, enquanto os países da UE viram a sua organizações económicas de que fazem parte ou países que
participação nas exportações mundiais reduzir-se de 40,9 % para pertencem à sua área de influência regional. No primeiro caso
35,5 %, a China registou um forte crescimento de 1 % para 9,2 %. temos os Países Baixos, membro da UE, que têm como principais
Em termos do PIB mundial, pode observar-se, a título de exemplo, parceiros outros países da UE (a Alemanha, a Bélgica e a França),
a queda da participação dos EUA (de 25,8 % para 23,4 %) e o os EUA, em que o Canadá e o México, enquanto membros da
aumento da participação da China (de 2,4 % para 9,3 %). mesma organização (o NAFTA) constituem os seus principais
parceiros e a Alemanha, com a França e os Países Baixos como
3.2 Os valores mostram que a globalização não tem beneficiado dois dos seus parceiros. No segundo caso temos o Japão com a
de igual modo todos os países e regiões: as economias China e a Coreia do Sul como principais parceiros. Relativamente
emergentes como o Brasil, a Índia e a China, com maior destaque à China, a situação é um pouco diferente, pois os EUA aparecem
para este último país, conseguiram, através da sua maior como o seu principal parceiro, seguido do Japão e da Coreia do
participação no comércio mundial, ver crescer as suas economias Sul, países da região.
e consequentemente a sua participação no PIB mundial,
enquanto a região de África viu diminuir a sua participação nas 3.2 Os EUA aparecem como um dos principais parceiros
exportações mundiais de 4,7 % para 3,1 % e no PIB mundial de 3,4 comerciais dos países lideres nas exportações mundiais (China,
% para 2,6 %. As economias desenvolvidas, embora mantendo Japão e Alemanha), o que mostra o peso económico deste país no
uma posição dominante no comércio e no PIB mundial, mundo. A China surge também como um dos principais parceiros
registaram em 2010 uma queda na sua participação, muito comerciais para duas importantes economias mundiais, os EUA e
2.4 Um dos obstáculos internos à eficácia da ajuda ao 3. Duas medidas para promover a igualdade de género poderão
desenvolvimento poderá ser, entre outros, a ajuda ser canalizada ser, entre outras, a existência de normas que estabeleçam a
para projetos despesistas que não vão melhorar a situação da paridade e pesadas multas para os partidos que continuem a
maior parte das populações. discriminar as mulheres no acesso ao poder. Paralelamente deve
ser promovida nas escolas a igualdade de género através da
2.5 A ajuda não tem sido eficaz por responsabilidade quer dos visibilização das mulheres na história, na produção do
países doadores, quer dos países para onde se destina a ajuda. conhecimento, na literatura e nas artes, a desconstrução dos
Como podemos verificar pela figura, os ODM estão longe de ser estereótipos de género e uma linguagem que não exclua as
alcançados, em particular o que diz respeito à melhoria da saúde mulheres (linguagem inclusiva).
materna. A taxa de mortalidade materna em África, em 2010,
continua muito alta e muitos países não fizeram progressos na
2.1. Justiça social implica a igualdade de oportunidades, a 2. A necessidade de avaliar diferentes aspetos relativos à situação
satisfação das necessidades básicas das populações, através de dos países exige o recurso a variados indicadores. No entanto,
um equitativo acesso aos recursos. Não poderá haver justiça pelo facto de o desenvolvimento constituir um fenómeno social
social enquanto se mantiverem as acentuadas desigualdades total, em que diferentes variáveis têm lugar, podemos não ter a
sociais, quer a nível mundial, quer dentro dos próprios países. informação total de que necessitamos, pois outros elementos nos
escaparam. É o que se passa no domínio económico-social.
2.2. O crescimento do PIB por habitante só por si não é sinónimo Conhecer o RNB p.c. é indispensável, mas não será tudo. Para
de desenvolvimento porque as necessidades básicas podem não avaliar uma situação de desenvolvimento, o elemento
estar satisfeitas, haver pobreza e exclusão social, um ambiente «desigualdade na distribuição» desse rendimento é igualmente
deteriorado e violações de Direitos Humanos, por exemplo. importante. De facto, em todos os países, quando introduzido o
corretor, o valor do RNB p.c. diminuiu e, nalguns casos,
2.3. A perspetiva do desenvolvimento como liberdade foi
substancialmente, como sucede nos EUA.
desenvolvida pelo economista Amartya Sen. De acordo com esta
perspetiva, a liberdade individual é essencial na promoção do Grupo III
desenvolvimento humano, pois o seu exercício, além de ter
implicações económicas permite dar voz a todos os seres 1.1. O gráfico evidencia o crescimento das economias pela
humanos, implicando-os nos processos de desenvolvimento. observação do crescimento do setor terciário. No entanto, essa
Deste modo, é necessário o «crescimento sustentado, integração, evolução em 15 anos não apresenta a mesmo dinamismo para
coesão social, boa democracia e seu alargamento», com respeito todos os países, situando os países do Sul e Leste Asiático e
pelos direitos civis e políticos, que permitem dar voz a todos os Pacífico no pelotão do crescimento do setor dos serviços.
indivíduos e grupos sociais, proporcionando-lhes a participação na
Textos
TEXTO TÍTULO AUTORES PÁGINAS
1.1 Crescimento de Francisco Louçã e José Castro Caldas 12
Desenvolvimento
1.2 O Programa das Nações Unidas www.wikipedia.org 22
para o Desenvolvimento
1.3 Fundo Monetário Internacional FMI (adaptado) 24
1.4 O boom da economia no pós-II Luis Mira Amaral 29
Guerra Mundial
1.5 A primeira sociedade de Beja Santos 30
consumo
1.6 O comércio global e o PNUD 34
crescimento das economias
1.7 A liberalização do comércio Stiglitz 36
mundial e o emprego
1.8 O nível educativo e a economia Isabel Lança et al. 39
1.9 O empresário - agente de Cristian Stoffaes 44
mudança
1.10 O crescimento económico Mário Murteira 49
intensivo e extensivo
1.11 Conhecimento e Inovação Mário Murteira 50
1.12 A fábrica de alfinetes de Adam Adam Smith 53
Smith
1.13 O que é a sociedade de Beja Santos 57
consumo?
1.14 Crises económicas pré- Frédéric Teulon 68
-industriais
1.15 Crises económicas pós- Frédéric Teulon 69
-Revolução Industrial
1.16 Crise económica da década de Frédéric Teulon 69
1970
1.17 A crise económica e financeira Revista Exame 70
de 2008
1.18 Diferença e desigualdade João Ferreira de Almeida 78
1.31 Riqueza e população por regiões Crédit Suisse Global Wealth, Databook 83
em 2014 2014
1.32 IDH global, 2013 PNUD 84
1.33 IDH Portugal NUTS II, 1997-2008 INE 85
1.34 Crescimento do PIB mundial (%) FMI 90
(previsões 2014)
1.35 Despesas em I&D e desempenho Augusto Mateus 90
em inovação – Portugal,
1995-2010
1.36 Posição competitiva de Portugal Global Competitiveness Report, 2014-2015 91
no contexto das economias
avançadas, 1994-2014
Textos
TEXTO TÍTULO AUTORES PÁGINAS
2.1 A primeira partilha do mundo P.Vidal-Naquet e J. Bertin 96
2.2 O algodão-primeiro produto industrial de grande consumo Philippe Norel 97
2.3 O movimento de populações e de capitais no processo de Jacques Adda 99
mundialização na segunda metade do século XIX
2.4 A era da globalização Augusto Mateus, J.M. Brandão de 106
Brito e Vítor Martins
2.5 A organização em rede na economia global Manuel Castells 112
2.6 A tendência para a homogeneização Eric J. Hobsbawm e Antonio 113
Polito,
2.7 Marcas globais, produtos locais Exame. abril. com.br 114
2.8 A globalização financeira Philipe Norel 118
2.9 A desregulação e a instabilidade dos mercados Francisco Louçã 119
2.10 Globalização: a promessa de desenvolvimento Joseph E. Stiglitz 127
Figuras
FIGUR TÍTULO FONTE PÁGINAS
A
2.1 A expansão europeia- séculos XV e XVI Atlas Histórico, Círculo de Leitores 95
2.2 O comércio triangular – final do século XV no final do Google 96
século XVII
2.3 A Europa emigra (em milhões) Atlas Histórico, Círculo de Leitores 98
2.4 Taxas de crescimento das exportações dos países Paul Bairoch 100
desenvolvidos, 1950-1996
2.5 Países-Membros da OMC OMC 102
2.6 Evolução das exportações no mundo, 1980-2013 OMC 103
2.7 a
Fluxos migratórios do século XVI à 1. metade do século Google 109
XX
2.8 Principais fluxos migratórios no final do século XX e início Google 109
do século XXI
2.9 A liberalização dos fluxos de capital e as crises bancárias PNUD, Relatório do Desenvolvimento 119
Humano, 2014
2.10 Taxas de crescimento real do PIB per capita, 1971-2010 UNCTAD, 2014 125
2.11 Exemplos de organizações de integração económica World Resources Institute 130
2.12 Principais intervenientes no comércio mundial, 2011 Eurostat, 2014 137
2.13 Os grandes investimentos chineses na Europa, 2005 a Financial Times e Público 138
2014
2.14 Evolução do número de fábricas e empregos na indústria Peuples Solidaires, 139
de vestuário no Bangladesh Alternatives Économiques
2.15 Evolução da entrada de portugueses na Suíça, Espanha e Observatório da Emigração, 2014 139
Reino Unido, 2002-2013
Textos
TEXTO TÍTULO AUTORES PÁGINAS
3.1 Transformações na agricultura V.V. Prada 143
3.2 O crescimento da População: CIA World Factbook 146
um processo em 4 fases
3.3 Algumas considerações sobre o CIA World Factbook 148
crescimento demográfico
3.4 Há mais de 45,2 milhões de WWW.DN.PT / GLOBO 156
refugiados em todo o mundo
3.5 Movimentos migratórios www.minhatv.net/noticias 158
contribuem para o adaptado
desenvolvimento
3.6 Integração pluralista Boaventura Sousa Santos 163
3.7 Happy Planet Le Monde Diplomatique 170
3.8 Brasil não assina documento da www.oglobo.globo.com 176
cúpula do clima para zerar
desmatamento até 2030
3.9 Dia da sobrecarga da Terra; já www.super.abril.com.br 188
usámos todos os recursos
naturais do ano
Figuras
FIGURA TÍTULO FONTE PÁGINAS
3.1 Evolução da população mundial Angus Maddison e Banco Mundial 144
até 2054
3.2 Evolução das taxas de INE 145
natalidade e mortalidade em
Portugal, 1900-2010
3.3 Países onde vive a maioria da Google 148
população mundial
3.4 Pirâmides de idades (Nigéria, CIA World Factbook 150
Brasil e Itália)
3.5 População estrangeira que SEF 152
solicitou estatuto de residente
em Portugal, 2002-2011
3.6 Imigração – Portugal, 2013 Pordata 153
3.7 Pirâmides etárias de Portugal INE 160
2008-2013
3.8 População de nacionalidade INE 160
portuguesa e estrangeira por
grupo etário, 2011 (%)
3. 9 Os 10 países mais poluidores do Banco Mundial 2013 186
mundo (emissões totais de CO2)
Quadros
QUADRO TÍTULO FONTE PÁGINAS
3.1 População residente em INE 146
Portugal entre 1960-2013
3.2 A transição demográfica em CIA World Factbook 147
alguns países
3.3 Distribuição dos graus de DGEP- MTSS 154
escolaridade (%) segundo a
nacionalidade dos
trabalhadores por conta de
outrem em Portugal, 2005
3.4 Evolução da população DIOC 162
emigrada residente na OCDE
com mais de 15 anos,
2000-2011
3.5 Crescimento da emigração DIOC 162
portuguesa (total e altamente
qualificada) residente na
OCDE, 2000-2011
Textos
PÁG. DO
TEXTO TÍTULO AUTORES
MANUAL
4.1 O modelo imposto ao Sul Boaventura de Sousa Santos 198
PÁG. DO
QUADRO TÍTULO FONTES
MANUAL
4.1 Desigualdade na distribuição do Frederico Cantante, Análise Social, 216
rendimento disponível nos países da 212, XLIX (3.o), 2014
União Europeia (Índice de Gini)
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