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São ecossistemas, naturais ou não, modificados pela ação humana para o desenvolvimento dos sistemas
agrícolas de cultivo. Estes sistemas passam a receber subsídios (através de fertilizantes), controles (de
suprimentos de água, das pragas e das doenças), objetivando processos de colheita e de comercialização.
LOWRANCE, R.; STINNER, B. R.; THRUPP, L.A. Agricultural ecossistems: unifying concepts. New
York: Jonh Wiley, 1984.
Os agroecossistemas são ecossistemas semidomesticados que se encaixam num gradiente entre ecossistemas
que experimentam um mínimo de impacto humano e aqueles sob um máximo de controle humano, como as
cidades. Odum descreve quatro características principais dos agroecossistemas: (a) envolvem fontes
auxiliares de energia, como a humana, animal e energia de combustíveis, a fim de aumentar a produtividade
de organismos em particular; (b) a diversidade pode estar bem reduzida ao se comparar com ecossistemas
naturais; (c) os animais e as plantas dominantes estão mais sob seleção artificial do que natural; e (d) os
controles dos sistemas são na maioria das vezes externos e não internos, via subsistemas de feedback.
ODUM, E. Properties of agroecosystems. In: LOWRANCE et al. Agricultural ecosystems. New York:
Wiley Intersci., 1984.; HECHT, S.B. A evolução do pensamento agroecológico. In: ALTIERE, M.A. (Org)
Agroecologia – as bases científicas da agricultura alter-nativa. 2ª ed. Rio de Janeiro: PTA-FASE, 1989.
240p.Pp. 35-41.
Termo utilizado para se referir aos ecossistemas (des)estruturados para serem utilizados na produção
agropecuária e/ou florestal, também conhecidos como ecossistemas agrícolas. De um modo geral, a
literatura especializada os define como sistemas que recebem insumos externos e exportam produtos para
outros sistemas.
Um espaço geográfico no seio do qual os elementos do tipo ecológico e do tipo antrópico articulam-se de
maneira organizada e finalizada. Concretamente tenta-se delimitar zonas onde um determinado ecossistema
(ou combinação homogênea de ecossistemas) é ocupado e explorado por um determinado grupo de
agricultores (ou combinação homogênea de grupos sociais), a partir de uma história comum. Estas zonas
podem se caracterizar, no início, por uma determinada paisagem. Não é por acaso que a noção de paisagem
constitui uma articulação fundamental entre os ecólogos, os historiadores e os geógrafos do mundo real e os
agrônomos.